UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
IRACEMA DE SOUZA FERNANDES
ORIENTADOR:
Prof: Robson Materko
RIO DE JANEIRO
FEVEREIRO/2002
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
IRACEMA DE SOUZA FERNANDES
Trabalho monográfico apresentado como
requisito parcial para a obtenção do Grau de
Especialista em Reengenharia e Gestão
em Recursos Humanos
RIO DE JANEIRO
FEVEREIRO/2002
Agradeço a Deus e a meus pais por me
darem força para lutar pelos meus ideais.
A todos os que me ajudaram direta ou
indiretamente e, em especial, a
Raphael Fernandes Torres.
Dedico este trabalho de pesquisa a todos aqueles
que estão envolvidos nos ideais da educação
“Conhecer os outros é inteligência; conhecer a sim
mesmo é sabedoria; dominar os outros
é força; dominar a si mesmo é poder”
Tao
SUMÁRIO
PÁGINA
- RESUMO
7
- INTRODUÇÃO
9
- INOVANDO AS OPORTUNIDADES
ILIMITADAS
11
- UM MUNDO MÁGICO
16
- VENCENDO BARREIRAS
20
- OS NOVOS TEMPOS
25
- CONCLUSÃO
27
- REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
30
RESUMO
A impressionante velocidade com que a tecnologia tem causado impacto está
gerando uma extensa sucessão de novas oportunidades de negócios. O desenvolvimento da
Internet, por exemplo, com o seu alcance global e milhões de usuários, está abrindo
possibilidades para a educação sob encomenda, com o potencial, em última instância, para
alterar quase todos os aspectos da vida nas empresas.
A batalha pela "sala de estar digital" está sendo travada atualmente por gigantes
empresariais do mundo inteiro e por sua rede de parceiros. A telefonia global e a
comunicação por satélite nos estão levando em direção a números de telefones pessoais e a
conexões de vídeo em qualquer ponto do planeta. Os vencedores dessas guerras
tecnológicas colherão uma enorme safra de novos produtos e serviços , com a geração de
uma grande quantidade de empregos.
A tecnologia também está alterando os relacionamentos econômicos e
comerciais e gerando novas formas de organização. As empresas existentes estão passando
por transformações.
O poder de as empresas estimularem os empreendedores a constatarem a
vantagem de treinar mais pessoas, mais amiúde, em menos tempo e com maior eficácia,
especificamente em relação a custo X benefício, valendo-se dos diversos recursos
oferecidos pelas Videoconferências e pela Internet, dentro do horário de trabalho, para
melhor qualificar seus profissionais.
É o começo de uma nova viagem. Essa nova e rápida transformação diante de
tantas e crescentes mudanças exige uma nova postura dos empresários.
O homem dominou o fogo, os animais, a terra, as tecnologias mais sofisticadas
e até mesmo o espaço sideral. E agora
descobriu que tem o poder de alavancar as
transformações mais profundas e construtivas de uma empresa, é por excelência, fruto de
um trabalho persistente e coordenado entre homens de ação com uma visão mais ampla da
grande responsabilidade no uso da alta tecnologia permitindo num espaço curto de tempo, a
contínua atualização exigente no mercado atual de trabalho.
O futuro é constituído por corajosos pioneiros que acreditam, acima de tudo, na
potencialidade latente em cada ser humano de realizar grandezas.
A conquista do sucesso competitivo através das pessoas exige, sobretudo, a
mudança da maneira como vemos a força de trabalho e as relações de emprego. Significa
atingir o sucesso através do trabalho com as pessoas, e não substituindo-as ou limitando o
alcance das suas atividades. Envolve a abordagem da força de trabalho como fonte de
vantagem competitiva, e não apenas como um custo a ser minimizado ou evitado.
A informatização é um processo irreversível.
INTRODUÇÃO
Precisamos de um tipo diferente de ser humano para viver num mundo que
muda tão constantemente. Precisamos de indivíduos que se situam bem com a mudança;
que possam improvisar e encarar uma situação com confiança, força e coragem.
Abraham Maslow
Uma organização existe para realizar alguma coisa: produzir automóveis,
emprestar dinheiro, fornecer acomodação para uma noite etc. Começado o negócio, sua
função ou objetivo específico deve ser nítido. Com o passar do tempo, a função pode
perder importância, pela alteração das condições de mercado, ou pode se tornar obscura, à
proporção que a corporação acrescenta novos produtos e mercados aos seus negócios.
Sentindo que a empresa vem se afastando de sua função, a gerência deve
reconsiderar seus intentos. De acordo com Peter Drucker, é a hora de fazer algumas
perguntas fundamentais: Qual é o nosso negócio? Quem é o cliente? Qual será nosso
negócio? Como deveria ser nosso negócio? Aparentemente simples, essas questões estão
entre as mais difíceis de serem respondidas pela organização .Empresas bem-sucedidas
fazem-se continuamente essas perguntas e as responde com cuidado e seriedade.
Poucos negócios perseguem apenas um objetivo. A maioria das organizações
busca um conjunto de objetivos que inclui lucratividade, crescimento das vendas, aumento
da participação de mercado, contenção de riscos, inovação e reputação.
Todos os negócios devem planejar estratégias a fim de alcançar suas metas,
pois são elas que indicam o que se deseja atingir.
As empresas estão descobrindo que precisam de parceiros estratégicos se
quiserem ser efetivas.. Não é fácil alcançar a liderança nacional ou global sem alianças
estratégicas com empresas locais ou multinacionais que complementem ou alavanquem
suas capacidades e recursos.
Mesmo para grandes empresas como AT&T, IBM, Philips, Siemens. A Star
Alliance, por exemplo, juntou a Lufthansa, a United Airlines, a Air Canada, a SAS, a Thai
Airways, a Varig, a Air New Zealand e a Ansett Australia em uma gigantesca parceria
global que permite conexões praticamente perfeitas para cerca de 700 destinos.
As novas tecnologias vêm exigindo padrões globais e levando a
alianças
também globais.
As organizações necessitam de criatividade para encontrar parceiros que
possam complementar suas forças e compensar suas fragilidades.
As mudanças tecnológicas num ritmo acelerado. Há 40 anos diversos produtos de hoje
eram inexistentes. John F. Kennedy não conheceu os computadores pessoais, os relógios
digitais, os videocassetes e os aparelhos de fax.
Para o desenvolvimento de novas tecnologias, algumas outras idéias estão
sendo testadas; está diminuindo com grande rapidez o intervalo de tempo entre as novas
idéias e sua execução, e o tempo entre o lançamento de um produto e o pico de produção
está decaindo consideravelmente. A tecnologia se nutre das descobertas de noventa por
cento dos cientistas que ainda hoje vivem entre nós.
INOVANDO AS OPORTUNIDADES ILIMITADAS
Os cientistas estão, atualmente, trabalhando em uma espantosa sucessão de
idéias de novas tecnologias que revolucionarão os produtos e os processos de produção.
O novo milênio apresenta um grande número de oportunidades para as empresas. Os
avanços tecnológicos na energia solar, nas redes da computação, na televisão a cabo e via
satélite, na engenharia genética e nas telecomunicações prometem transformar o mundo que
conhecemos.
Concomitantemente forças nos ambientes socioeconômico, cultural e natural
imporão novos limites ao marketing e à prática de negócios. As empresas que estiverem
aptas a inventar novas soluções e valores de forma socialmente responsável terão maior
possibilidade de serem bem-sucedidas.
A tecnologia historicamente tem se mostrado um dos fatores de transformação.
Atualmente, a discussão sobre o papel do gerente nas organizações está passando por
mudanças significativas, porque ser gerente, hoje, é muito diferente do que era há 30 ou 40
anos.
Os problemas com que ele se defronta são frutos de mudanças tecnológicas,
econômicas e sociais de amplitude planetária e nesse ambiente de incerteza as novas
organizações são quase sempre globais, flexíveis e adaptativas. Elas requerem gerentes que
dominem o conjunto de ferramentas que podem ser resumidas no programa de cinco
disciplinas de Peter Senge:
a) capacidade de expandir capacidades pessoais para obter resultados, criando um
ambiente empresarial que estimule a alcançar as metas escolhidas;
b) ter modelos mentais que permitem esclarecer e melhorar a imagem que cada um tem
no mundo para moldar atos e decisões;
c) estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar, e como
esse futuro será alcançado;
d) aprendizado em equipe que leve grupos a desenvolver inteligência e capacidades
maiores que a soma dos talentos individuais;
e) criar formas de analisar uma linguagem para descrever as forças e inter-relações que
modelam o comportamento dos sistemas. É essa Quinta disciplina que permite
mudar os sistemas com maior eficácia, de acordo com os processos do mundo
natural e econômico. Esses gerentes serão capazes de dar o clique que permite às
organizações passarem da inércia à inovação e da estagnação ao crescimento
sustentado
Aí valem os ensinamentos de Faith Popcorn, autora do bestseller "Nostradamus
do Marketing" que esse clique como um efeito de um raio que sacode e obriga a estar alerta
para aproveitar as oportunidades.
Clique (click) é também uma sigla formada pelas iniciais de cinco palavras:
Courage (coragem) para abandonar conceitos tradicionais e ver que as coisas estão
mudando; Letting Go (abrir mão) para libertar-se de velhas idéias e desenvolver outras
novas; Insight (olhar para dentro) Ter uma atitude introspectiva para descobrir o que
fazemos bem e podemos melhorar; Commitment (compromisso) ser fiel a uma idéia; e,
finalmente, Know How (conhecimento) para saber fazer as coisas.
Com isso, organizações globais e flexíveis são capazes de identificar e formar
os gerentes do futuro. São eles os verdadeiros líderes. Conduzirão suas equipes,
estimulando-as a inventar e produzir, representando suas organizações atraindo clientes,
financiadores e parceiros, e contribuindo para a realização da responsabilidade social dessas
organizações.
Dirigir dessa forma é governar no sentido da própria etmologia da palavra, isto
é, Ter o leme em mão firme e conduzir a nau a bom porto.
Historicamente, no Brasil, mais especificamente nas estatais - que se firmaram
no cenário da "substituição de importação" e posteriormente tiveram seu grande "boom"
durante a fase das políticas de desenvolvimento/segurança, cujo apogeu ocorreu nos anos
iniciais do governo militar - houve uma demanda muito significativa de profissionais
altamente qualificados. Essa qualificação estava centrada, via de regra, numa qualificação
técnico-operacional.
Conseqüentemente, e dada a urgência em se implantar e explorar esses novos
segmentos produtivos, as empresas tomaram para si parte dessa tarefa de especializar,
investindo na formação de seu quadro de profissionais, influenciando, inclusive, o setor
educacional.
Sob a proteção da utilização de uma tecnologia, cuja evolução ocorre em ritmo
exponencial, essa necessidade de investir em mão-de-obra é, realmente, imperiosa.
Hoje uma empresa necessita fazer-se uma instituição capaz de aprender
constantemente, e eis aqui o segredo, e assim poder absorver, do lado da tecnologia, a
evolução ímpar da técnica; do lado do mercado, a conquista constante e ampliada dos
clientes; do lado da empresa, o conjunto de regras, valores e comportamentos capazes de
reunir as pessoas para um exercício consciente de cidadania intra e extra muros da
organização.
No momento em que as empresas passaram a dar maior valor aos seus ativos
intangíveis, representados pelo seu capital intelectual e, principalmente, pelo mais
importantes deles_ o capital humano_ surgiu o conceito de Universidade Empresarial , com
as empresas investindo em seus colaboradores, visando ao seu desenvolvimento. Com isso,
a educação empresarial, diretamente relacionada com o objetivo da empresa, tornou-se
estratégica na capacitação de funcionários.
Com esse objetivo, as empresas estão fazendo parcerias com provedores
educacionais_ universidades e/ou centros de ensino_ que passaram a desenvolver currículos
personalizados, adequados à realidade da empresa, harmonizados com seus objetivos, assim
propiciando uma capacitação de alta qualidade e excelência, e também, unificando a
linguagem de todos os funcionários.
O
conceito
permite
concentrar
as
necessidades
de
treinamento
e
desenvolvimento nesses objetivos. Desenvolve não só o trabalho de equipes, mas novas
modalidades de aprendizagem, utilizando o ensino à distância e a auto-instrução ou
aprendizagem por contra própria. Assim, atende-se os novos critérios de empregabilidade.
Segundo pesquisa realizada pela Survey of Corporate University-Future
Directions, realizada em março/98 em cem universidades corporativas, as empresas
resolveram implementá-las graças à necessidade de capacitação e atualização tecnológica
permanente de seu pessoal, visando o desenvolvimento das competências essenciais e
individuais e um crescente ambiente de equipes auto dirigidas, nas quais os indivíduos têm
mais responsabilidade em liderança e gestão e precisam administrar o auto-aprendizado.
Falando sobre Universidade Empresarial, a professora Maria da Salete Galvão,
responsável pelo Curso de Pedagogia Empresarial no Centro de Programas Gerenciais da
Fundação MUDES/IBJ, explica que ä educação corporativa vem atender as necessidades de
um processo que chamamos de aprendizagem contínua, ao mesmo tempo direcionado para
as necessidades de uma organização. Antes o pessoal chegava à empresa
com uma
formação ou treinamento que não apresentava os resultados esperados porque cada
organização é única em diferenças e culturas".
Ela continua: "Quando você começa a fazer algo que os outros fizeram e deu
certo, mas não tem muito haver com aquilo de fato se precisa fazer, os conhecimentos se
diluem no processo. E o que ele vai desenvolver, só interessa às necessidades que precisa
atender".
Enquanto isso, a educação empresarial permite não atirar no escuro, pois é
voltada para as necessidades específicas da empresa. Por exemplo, hoje eu preciso
desenvolver um trabalho com meu funcionário de chão de fábrica, o que exige lidar com
certo tipo de máquina, o que implica um conhecimento mais elaborado, inclusive de língua
estrangeira, porém na maioria das vezes ele não tem a escolaridade adequada.
Então vou começar a direcionar esse trabalho colocando-o dentro de uma
instituição formal, graças a uma parceria que posso estabelecer. Posso, então, pedir a uma
universidade para criar um programa capaz de, em X tempo, desenvolver as competências
necessárias ao funcionamento daquele serviço.
Posso fazer isso através de um curso a distância, que é uma outra modalidade
de ensino que está sendo muito utilizada dentro da educação corporativa, ou posso fazer a
partir do centro de auto-instrução. A Price Waterhouse, por exemplo, tem um centro onde o
seu funcionário vai buscar o que é necessário para que se recicle, melhorando seu
desempenho.
A empresa tem vida própria no sentido que ela não está amarrada à educação
formal, nem descarta tudo isso. Se eu tenho funcionários que precisam ser melhorados, vou
investir para que minha empresa evolua e se torne mais competente, dentro das suas
características. Maria da Salete lembra que "gerenciar conhecimento é conhecer as
necessidades de uma empresa, indo direto ao ponto, evitando perda de tempo e dispersão".
Nas empresas mais atuais, já existe um cargo de "gestor de conhecimento",
aquela pessoa que atua a partir de um levantamento que leva em conta não só o nível de
conhecimento de vida e do mundo, um conhecimento tácito que precisa ser explicitado de
uma forma mais objetiva.
Salete continua: Eu tenho que saber gerenciar isso tudo. Por exemplo, fulano
tem um potencial muito bom, mas não tem curso superior, vou trabalhar essas
competências para melhorá-lo".
O Banco de Boston está desenvolvendo uma universidade corporativa que vai
investir no conhecimento que o banco precisa desenvolver. Escolheu também um tipo de
clientela para trabalhar algumas competências. Isso é o que está sendo chamado de boys
school, desenvolvido com pessoas de baixa renda, que antes eram desprezadas. Essa
educação corporativa faz um link com outras instituições através da empresa, sempre
atrelado à empresa.
UM MUNDO MÁGICO - O SER HUMANO
É CAPAZ DE REALIZAR GRANDEZAS
Com a Revolução Industrial passou-se a achar que o trabalho é a primeira
necessidade do homem. Capitalismo e Socialismo concordam nisso .
Segundo pesquisa realizada pelo Data Folha e publicada na Folha de São Paulo,
o trabalho fica numa posição de destaque no pensamento dos brasileiros sobre o futuro. No
cômputo final, o ranking das preferências nacionais ficou assim: família (79%), trabalho
(75%), estudo (68%), religião (40%), dinheiro (26%) e, bem atrás, lazer (10%).
Mas cada tempo tem a cultura que merece. O nosso, que é o tempo dos meios
de comunicação, parece ter suprido a distância entre o homem e o homem.
Os meios de comunicação de massa, após o advento do chip, do satélite da
Internet etc passaram a provocar profundas modificações na nossa sociedade, intervindo em
todos os seus aspectos, inclusive nas empresas.
Cada vez mais a informação, o conhecimento e a educação são fatores
extremamente imprescindíveis na formação de um qualificado profissional ampliando sua
competência para melhor se posicionar no mercado atual.
Com a constante necessidade de se atualizar dentro de seu horário e ambiente
de trabalho é que profissionais e empreendedores estão percebendo a importância de se
utilizar largamente as Videoconferências e a Internet.
A fim de resolver problemas com rapidez, o mercado atual exige que o
profissional possua qualidades múltiplas e variadas, mas com a falta de tempo e
oportunidades para aqueles que trabalham em horário integral em relação à velocidade
impetuosa das mudanças tecnológicas é que o uso de Videoconferências e da Internet tem
sido amplamente incentivado.
A tecnologia da realidade virtual permite que os usuários interajam com
mundos gerados por computadores por meio da visão, do som e do tato.
A tecnologia da transformação e a transformação do ambiente de negócios. O
ritmo alucinante de introdução das novas tecnologias de informação, principalmente da
Internet, está alterando o ambiente de negócios de forma radical.
Durante o período predominante da Agricultura e da Revolução Industrial, o
emprego nas áreas primárias e secundárias que se consolidou, entrou num processo, ao que
parece irreversível, de redução sistemática. Todavia, na área terciária, ou seja, a de
serviços, a de oportunidade de trabalho, cresce continuamente e diversificadamente.
Entretanto podemos afirmar que enquanto o emprego cai, aumenta o trabalho,
pois o indivíduo deve estar sempre buscando elevar-se a uma posição de destaque
incorporando-se à exigente atualização do mercado.
Num mundo que sobrevaloriza o trabalho, o desafio de acompanhar as
mudanças da esfera mercadológica torna cada vez maior e necessário treinar profissionais
de empresas.
O mercado atual exige profissionais dinâmicos, versáteis, competentes e
altamente qualificados capazes de criar soluções com rapidez, de se adaptar a situações
novas, de inteirar-se em diferentes culturas do mercado e, ao mesmo tempo, acompanhar os
avanços tecnológicos.
Com a globalização, o essencial, hoje em dia, é ser educado, isto é, possuir ou
deter competências, habilidades, hábitos e atitudes. O fator principal para a qualificação de
profissionais é a incessante aprendizagem.
Assim sendo, aumentam as possibilidades da Educação via Videoconferências e
Internet, pois possibilita educar mais profissionais, com maior freqüência e eficiência, a
enfrentar o intenso ritmo da esfera mercadológica, sem prejuízo para a empresa. Pois esta
não precisará ficar subtraída de pessoal em suas tarefas diárias, porque a própria empresa
poderá estipular os horários e selecionar os profissionais a receberem o processo de
educação continuada.
Essa é uma nova postura que exige mudança na postura, no comportamento, na
cultura e na filosofia empresarial. Diante das grandes ondas de mudanças que rapidamente
se aproximam, há uma piada contada pelo presidente da Sony, Akio Morita: "Dois
indivíduos estavam caminhando juntos na selva quando viram um leão faminto que se
aproximava. Um deles, imediatamente, começa a calçar um sapato de corrida. `Se você
pensa`, disse o outro, `que pode correr mais do que um leão faminto, você é um bobão`. `Eu
não preciso correr mais do que o leão`, respondeu o outro; `só preciso correr mais do que
você`."
Fica entendido que assim também será o desafio da corrida de informatização e
automação nas empresas. O leão é uma imagem figurada das grandes forças que estão
convergindo para provocar profundas e radicais mudanças em todo o sistema de vida de
uma empresa.
As empresas que tiverem uma lucidez intelectual mais aguçada para elaborarem
planos estratégicos dentro do novo contexto, levarão sensíveis e consideráveis vantagens,
quando se cristalizar a nova ordem nacional e internacional emergente.
A contínua aprendizagem por parte dos profissionais de uma empresa é uma
exigência da realidade atual, por isso a Educação via Conferências e Internet vem
crescendo no mundo todo expandindo o mercado de trabalho e abrindo oportunidades
fantásticas desde que se especialize para melhor aproveitá-las sempre se mantendo
atualizados.
Diz Ljosa: "A educação ao longo da vida será crucial para a competitividade do
indivíduo no mercado de trabalho, assegurando igualdade de oportunidades, e para a
competitividade do país, que necessita de recursos humanos cada vez mais qualificados".
(Belloni, 1999, pág. 42)
A Educação à Distância concede, aos profissionais, a entrarem no processo de
treinamento, atualização e qualificação em seus locais de trabalho, permitindo aos
empregadores um expressivo nível de controle com relação aos conteúdos da formação e
informação.
Um outro ponto de vista é de Carmo que declara que "a Educação à Distância é
cada dia mais necessária, para que, em seus locais de trabalho, profissionais adquiram
informação e tenham oportunidades de se atualizar de acordo com as exigências". (Belloni,
1999, pág.41 )
Trabalhar significa, cada vez mais, aprender e pôr em prática o conhecimento
adquirido. Assim pensa Peter Drucker (1999) de maneira visível e agradável em uma de
suas interessantes palestras a profissionais: "Se você quiser se preparar melhor para o
futuro, será prudente introduzir o aprendizado contínuo na sua vida".
Essa afirmação pode significar ir a uma reunião administrativa e ouvir um
especialista falar; pode ser a leitura de um livro; certamente a leitura de revistas
especializadas; ou pode implicar numa volta à universidade, para um curso avançado de
gerência . Este estímulo tem que ser incorporado a sua vida para que você saiba o que está
acontecendo a sua volta.
Detenha conhecimento sobre o ambiente externo à organização por meio de
aprendizado contínuo, com livros, revistas, palestras e até a volta à universidade. Assim
você se preparará para as mudanças. Um maior número de empresas foram à falência por
causa de novos protagonistas de cuja existência eles nem sabiam.
O professor Alexandre Romiszowsky da Associação Brasileira de Educação à
Distância (ABED) no IV Congresso Estadual de Informática na Educação (COINFE)
realizado em novembro de 2000, referiu-se a Peter Drucker que disse que em breve não
mais haverá espaço para campus presencial e que a educa - ção será ministrada através de
universidades virtuais.
Atualmente, sem dúvida, vive-se em uma Sociedade da Informação e do
Conhecimento onde a capacidade de aprender é definitiva para a sobrevivência das
empresas.
VENCENDO BARREIRAS - PASSOS IMPORTANTES JÁ FORAM DADOS POR
EMPRESAS, PORÉM AINDA HÁ UM LONGO CAMINHO A SER PERCORRIDO
Kottler ensina que: "A cultura não é algo que se manipula com facilidade. As
tentativas de arrebatá-la e distorcê-la em novas formas nunca funcionam porque não se
pode arrebatá-la".
Defrontando as questões práticas de executar a mudança na empresa, os
empenhos do gerente para se sugerir as novas idéias e atitudes têm recebido pouco apoio
das instituições educacionais.
Os líderes empresariais atribuem, em geral, a falta de competitividade ao
sistema educacional. O atual sistema educacional vem sendo incisivamente questionado.
A obtenção das metas de qualidade da empresa impõe uma força de trabalho ajustada e bem
exercitada, que esteja fundamentada a fim de participar das atividades de melhoria contínua
da empresa.
Os
métodos
de
reconhecimento
e
recompensa
devem
revigorar
o
compartilhamento e realçar a execução dos objetivos de qualidade. Os funcionários devem
receber treinamento nas capacitações fundamentais à execução das suas atividades e à
abrangência e solução e solução dos problemas de qualidade.
O principal empuxo subentendido em sua doutrina continua sendo o modelo
hierárquico, ainda que se comente sobre qualidade e conhecimento e que se disponha de
preferências por cursos com títulos de altíssimo valor, influenciado pela produção , cujas
primazias são o volume e a escala, no qual a postura gerencial é a do contrato e do controle
e a estratégia competitiva é a conversão dos custos unitários por todos os meios possíveis.
Johnson & Johnson afirma que os professores das escolas de gestão empresarial
dos Estados Unidos... tendem, em geral, a focar temas e fenômenos que não têm qualquer
relação com o que as pessoas de negócios precisam saber para dirigir uma empresa
competitiva e rentável na economia global. Desde o início da década de 1960, quase todas
as atividades de pesquisa e ensino das escolas de gestão empresarial americanas estão
alicerçadas com firmeza nos princípios da gestão por "controle remoto".
As escolas por graduação ensinam os aspirantes a Ph.D. em gestão empresarial
a esposar os fundamentos do controle de cima para baixo e a rejeitar os preceitos "suaves"
da indução verbal do empowerment de baixo para cima.
Também Kaplan se mostra preocupado com o nível do ensino e da pesquisa que
influencia as escolas de administração e sobretudo com o fato de que parecem desconhecer
inteiramente a transformação radical da qualidade. Atenta ainda que uma pesquisa de 1991
divulga que apenas 1 a 2% das escolas de gestão empresarial dos Estados Unidos foram de
fato abaladas pela revolução da gestão da qualidade total.
Outrossim observa que os professores das escolas de administração ainda estão
perplexos sobre se o movimento da qualidade cria valor para as empresas, se a pesquisas
atribuídas à qualidade são proposições legítimas e se serão reconhecidos e recompensados
pela realização de tais pesquisas. Ainda de acordo com Kaplan, as mesmas afirmativas são
verdadeiras quanto à revolução do gerenciamento baseado em informações.
Deste modo, verificamos haver o mal alinhamento entre a estratégia e as
recompensas precisamente onde seria de se esperar o
aglomerado dos melhores
conhecimentos. Porventura, a maioria das escolas de gestão empresarial não considere
empresas como clientes.
É possível que enxerguem a si mesmas a serviço dos donos das universidades e
dos institutos de certificação, com os currículos mais direcionados para os objetivos de
proteção dos empregos e de levantamento de fundos do que para a criação de alunos bem
informados e preparados para atender às necessidades dos seus clientes empresariais do
mundo atual.
Com poucas exceções, as universidades e as escolas de gestão empresarial,
desfrutam de uma estrutura organizacional funcional, onde cada departamento é
responsável por seus próprios cursos. Quase não há motivação para o ensino ou para a
pesquisa multifuncionais.
A educação tende a ser contínua, bem diferente dos tempos em que os
funcionários recebiam boa parte da sua educação antes se juntar à força de trabalho. Essa
inclinação significa maior realce na educação no local de trabalho, em vez da que é
ministrada nas escolas, universidades e até mesmo nos departamentos de recursos humanos
com uma organização centralizada. Stan Davis, autor e ex-professor de Harvard, comenta
que quando a meia-vida do conhecimento é tão breve, exigindo mecanismos de atualização
em bases contínuas que se tornam cada vez mais importantes, é necessário que o
treinamento deixe de ser uma função centralizada.
É preciso que se transforme em algo onipresente e intrínseco. Enquanto
permanecer na condição de função independente, localizada no departamento de recursos
humanos, o treinamento continuará sendo subavaliado e subdesenvolvido.
"No Brasil há pouco investimento em hardware, por custar caro. Por conta
disso, o Brasil importa muitos equipamentos "- diz Manuel Martins Filho, coordenador do
curso de ciência da computação da Unicarioca.
As empresas americanas gastam mais de $50 bilhões por ano com o
treinamento preciso e cerca da metade dessa despesa gigantesca está sendo o mais absoluto
desperdício - esbanjada com treinamento desnecessário, treinamento que está sendo
direcionado para problemas que não se decidem com treinamento, treinamento que está
predestinado ao insucesso por falhas de conceito. O treinamento corporativo não está sendo
adequado às necessidades individuais dos estudantes.
Davis e Botkin vêem as escolas de gestão empresarial ameaçadas da seguinte
maneira: "As empresas mais do que o governo, estão instituindo as mudanças educacionais
necessárias à economia emergente, baseada no conhecimento. Os sistemas escolares,
públicos e privados estão ficando para trás, na esteiras das mudanças que estão ocorrendo
fora do seu contexto interno, no setor privado, tanto no trabalho como no lazer, envolvendo
pessoas de todas as idades. Nas próximas décadas, o setor privado eclipsará o setor público,
como instituição educacional predominante".
É incontestável a gigantesca interferência da Internet como provedor
educacional. À proporção que aumente o acesso às videoconferências e começam a
aparecer as redes globais de pesquisa e ensino, as empresas e os estudantes terão condições
de optar pelas alternativas que atendem às suas necessidades educacionais. A maioria não
se satisfará com algo que não seja o melhor.
Algumas escolas de gestão empresarial já se arriscam nos campos do
aprendizado à distância, porém no momento em que o mercado começar a se adaptar, é
indubitável que as melhores oportunidades ficarão com as grandes marcas. Alguns até
mesmo pressupõem que a educação por encomenda no domicílio, nas escolas e no local de
trabalho será um negócio ainda maior que o entretenimento por encomenda.
Há alguns indicadores introdutórios do poder e obtenção dessa tecnologia. Por
exemplo, no verão de 1994, um estudante da universidade do Alabama ofereceu um curso
sobre o funcionamento da Internet para subscritores da Internet. Todos os dias, durante seis
semanas, 62.000 estudantes, em 77 países, receberam aulas com orientações básicas e
tarefas para casa. No Los Alamos National Laboratory, um físico mantém um banco de
dados de papéis de trabalho para os cientistas que influem na área da física de alta energia
e em outros campos dependentes. Todos os dias, o sistema atende automaticamente a
20.000 pedidos de cópias.
Nos próximos anos, altos funcionários de empresas terão acesso a bancos de
dados on-line e aos últimos trabalhos acadêmicos e de pesquisa sobre qualquer assunto
correlato. Terão condições de personalizar os cursos de gestão às exigências da empresa ,
inclusive com programas de vídeo e de multimídia preparados por eles próprios.
E o mais interessante, gastarão mais tempo ensinando e orientando o pessoal,
do que participando de reuniões operacionais. Os certificados das escolas de gestão
empresarial se tornarão menos importantes do que os certificados das empresas de
vanguarda.
As empresas não se restringirão a necessitar de melhor educação para o seu
quadro de funcionários; passarão a exigi-la como requisito. Todo o seu pessoal entender o
objetivo comum e aprender não apenas a identificar problemas, como também convertê-los
em solução. Além disso, os especialistas poderão contar com mais tempo para se
aperfeiçoarem nas especialidades.
A retenção dos principais trabalhadores do conhecimento é essencial para o
êxito de longo prazo nas grandes empresas. Porém, muitas empresas não encontram
facilidade em conservar as suas estrelas, que , geralmente, exigem um alto grau de
liberdade e de recursos nem sempre possíveis. Inúmeras vezes, o resultado é a ida para um
concorrente em condições de oferecer maior apoio.
Embora várias empresas prevalecem da interferência da informação para
redesenhar suas estruturas organizacionais, uma excessiva quantidade delas comete o erro
de fazer as mudanças e ficar aguardando as benfeitorias. Crêem que, ao optarem por um
modelo de sucesso de alguma outra empresa, basta incorporar novos elementos e criar redes
federais ou unidades empresariais e aguardar o fluxo de dividendos dos novos gerentes e
funcionários "investidos de poderes. Essas expectativas, entretanto, geram sempre
decepção.
O executivo Lewis Platt, quando questionado sobre os elementos que
possibilitam a rápida adaptação da HP às demandas do mercado em mutação, responde que
há uma única resposta, provavelmente é descentralização. "Os conceitos são importantes,
porém apenas serão eficazes se bem implementados e acompanhados de outras mudanças
básicas - por exemplo, nos sistemas de mensuração e recompensas.
Os gerentes estão habituados a pensar nas empresas como entidades contratuais
estáveis, com uma localização física, como centros corporativos e unidades operacionais.
Entretanto, a tecnologia está conduzindo as empresas para uma nova direção, onde serão
vistas como sistemas, e não como entidades físicas.
É como empresas virtuais que estas empresas estão sendo conhecidas. De fato,
esse modelo de empresa pode existir sem quaisquer elementos físicos, consistindo, apenas,
de uma cadeia de valores virtuais e de uma estrutura de conhecimentos que conecta os
inputs virtuais com as necessidades do mercado.
OS NOVOS TEMPOS - A CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO
CONSTITUEM UM MODELO DE VIDA EM MUITAS ORGANIZAÇÕES
Identificar os benefícios para uma empresa de proporcionar a seus profissionais
a conveniência de cursar no processo do aperfeiçoamento, qualidade e estudo continuado,
durante o horário de trabalho, tornando-os mais qualificados e capazes de criar soluções
impertinentes no mercado atual passa a ser a meta das organizações que querem se manter
no topo da competitividade.
A nova visão das empresas, atuais é a possibilidade de elas oferecerem a seus
profissionais o estudo continuado via Videoconferências e Internet, dentro do horário de
trabalho, sem que isso acarrete prejuízo para elas.
Com o avanço da informática nas empresas, o indivíduo deve estar capacitado a
realizar rápidas adaptações, numa busca constante para uma integração mais
harmoniosa entre tecnologia avançada e a necessidade de atualização no mercado de
trabalho. O quadro de empregos da realidade anterior passou a se destruir dando lugar a
um novo contexto de trabalho.
Associar os temas emprego/renda e profissionais/funções é uma tarefa
desafiadora, pois são elementos de uma adequação de difícil resolução. Mas possuir
diplomas e certificados não indica profissionais capazes de solucionar problemas com
eficácia e rapidez.
Surge, então, uma questão: Como pode o profissional ter um contínuo acesso a
informações atualizadas para que ele próprio construa conhecimento adequado e ,assim, se
manter altamente qualificado para atuar no mercado competitivo dos dias de hoje?
As universidades estrangeiras estão se unindo a escolas brasileiras - parcerias
entre instituições de ensino ajudam a qualificar executivos.
Não somente de currículo depende o executivo que deseja se inscrever numa
pós-graduação. Em alguns casos, ele precisa de passaporte também. Muitas escolas estão
fechando parcerias com universidades estrangeiras, em programas que incluem aulas aqui e
lá fora.
De acordo com os coordenadores das instituições de ensino do Brasil, os alunos
destes cursos são, em geral, diretores e presidentes de empresa com idade próxima a 40
anos. Também é comum que estes profissionais sejam patrocinados pelas companhias,
garantindo seu emprego durante os momentos em que será preciso se ausentar do trabalho.
A Fundação Getúlio Vargas de Niterói, por sua vez, fechou um convênio com a
Universidade de Ohio, dos Estados Unidos. Dessa maneira, o aluno pode cursar, por
exemplo, MBA em Logística Empresarial e adquirir o certificado de mestrado americano.
Para tal, terá aulas no Brasil com professores credenciados pela universidade americana e
será preciso, num espaço de tempo de dois anos, passar três meses estudando no exterior.
CONCLUSÃO
Um mundo elástico - Só porque uma coisa aconteceu ontem, não quer dizer que
vá acontecer amanhã; e , mesmo que aconteça, poderá não ocorrer da mesma forma.
A maior parte das organizações foi estruturada e organizada dentro de protótipos de relativa
estabilidade e permanência.
O modelo organizacional tradicional em que se inspiraram, foi formado no
início do século XX. São organizações que foram feitas para durar para sempre, como se
fossem prontas, perfeitas e acabadas e não precisassem de melhorias ou adaptações com o
decorrer do tempo.
Um modelo elástico e conservador no qual não se prevê qualquer mudança ou
flexibilidade era uma das fundamentais características do modelo mecanicista e tradicional.
Era como se o mundo não admitisse mudanças.
Mas os tempos mudaram. E hoje, em plena Era da Informação e de
Globalização do mundo de negócios, a crescente mudança e instabilidade ambiental
colocou em confronto o antigo modelo rígido e definitivo de informação.
As fortes mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais representam
as principais características do mundo atual. Essas condições de mudança e de
transformação influenciam intensamente as organizações _ é o processo inovador.
Uma verdadeira mudança de mentalidade como o meio mais eficaz de mudar a
organização inteira. Quando uma organização se prepara se prepara para a melhoria através
da qualidade total, ela precisa definir seu programa de treinamento e desenvolvimento de
maneira que sejam planejados, coordenados, implementados, avaliados e melhorados em
processo contínuo.
Novos tipos de treinamento são precisos para sustentar esse processo e planejar
abordagens bem-sucedidas de melhoria através de todas as pessoas dentro da organização.
O envolvimento e o treinamento devem levar em conta que a necessidade para o
envolvimento e a flexibilidade é a conseqüência óbvia: treinar e retreinar, sempre que
preciso, atualizando-se incessantemente. Para tanto a organização precisa investir no capital
humano tanto quanto em equipamentos ou hardware.
Para se tornarem competitivas globalmente e enfrentarem um ambiente hightech, as organizações modernas estão fazendo da competitividade a sua prioridade máxima.
Em um mundo caracterizado para um ambiente instável e sujeito a mudanças imprevisíveis,
as organizações necessitam ser ágeis e flexíveis.
De tanto ocupar a maior parte da vida de seus funcionários, as empresas estão
se tornando uma extensão de sua vida particular. Realmente, o uso da tecnologia de
informação apropriada é o fator de êxito em destaque.
O treinamento eficaz é fundamental para a produtividade superior, mas como os
sistemas de contabilidade consideram o treinamento uma despesa, há , em geral, um
incentivo para tornar-se mínimo seus custos. A visão de alguns gerentes é de que o
treinamento é um inaproveitável auxílio.
A melhoria dos níveis de aptidão aumenta o valor dos funcionários e torna-os
mais capacitados aos ataques dos concorrentes. Mas o ambiente de trabalho se organiza
cada vez mais em torno dos trabalhadores do conhecimento e da sua rede de computadores,
transformando-se rapidamente num ambiente de especialistas.
Ainda que a maioria dos gerentes saiba que existe uma ligação nítida entre
educação e produtividade, foi confirmada mais uma vez essa relação. Robert Zemsky,
professor de educação na Universidade da Pensilvânia e co-diretor do National Center on
the Educational Quality of the Workforce (EQW) estudou as relações entre educação e
produtividade em mais de três mil locais de trabalho nos Estados Unidos.
Em maio de 1995, o EQW informou que, em média, um aumento de 10% no
nível de educação significava um ganho de 8,6% na produtividade total, ao passo que uma
elevação de 10% no valor dos equipamentos aumentava a produtividade em 3,4%. Porém, a
escolaridade não faz mágicas, previne Zemsky; "Os dois tipos de investimentos (educação e
treinamento) são complementares. Um de pouco adianta sem o outro".
Nas empresas de hoje, baseadas no conhecimento, os gerentes estão buscando
mais iniciativa da parte dos funcionários. As empresas tenderão a uma direção de resultados
que unirá o trabalho aos objetivos estratégicos.
A modificação da estrutura organizacional, o investimento em redes baseadas
no conhecimento e a redimensão dos indicadores e das recompensas são passos
primordiais. Porém, a transmissão das mensagens educacionais adequados também será um
grande desafio. Diversos departamentos de treinamento e escolas de administração têm
deixado por conta dos gerentes a solução dos problemas de educação.
Contudo, será também um grande desafio a comunicação das mensagens
educacionais apropriadas. Inúmeras empresas examinam primeiro, ao defrontar o processo
de mudança. Seus pontos fracos competitivos atuais e recorrem às ações necessárias para
superá-los.
Várias empresas não consideram o todo quando adotam e executam novas
idéias gerenciais. Impregnados ainda da abordagem mecanicista sobre o desempenho da
empresa, admitem uma mudança aqui e outra acolá, na hipótese de que todos as outras
características da máquina em funcionamento se adequarão a essas partes desconhecidas e
que as melhorias brotarão vigorosos.
Entretanto, uma extraordinária quantidade de evidências recentes, nos orientam
em outro sentido. Caso não haja mudanças culturais, as grandes metamorfoses na empresa
não produzirão resultados. Por esse ensinamento ser ignorado, um número considerável de
programas de reestruturação, reengenharia, qualidade e empowerment não ocorreram
satisfatoriamente.
Para John Kotter, a cultura se reporta aos preceitos de comportamento e aos
valores usados em comum num grupo de pessoas. Os preceitos de comportamento são os
modos de atuação comuns ou disseminados dentro de um grupo. São duráveis, pois os
componentes do grupo inclinam-se a adquirir formas de comportamento que transmitem
essas práticas aos novos componentes, recompensando aqueles que se harmonizam e
aprovando aqueles que não se enquadram.
Também são importantes os valores compartilhados. O que visa a modelar o
comportamento grupal e quase sempre persiste ao tempo, mesmo quando se modifica a
constituição do grupo, são os interesses e objetivos comuns à maioria das pessoas desse
grupo.
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BOA CHANCE - do jornal O Globo. 17 de fevereiro de 2002
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