Veículos a gás natural,
a solução necessária e urgente
25/Junho/2014/Ordem dos Engenheiros
Jorge Jacob, Presidente da APVGN
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Vivemos num planeta em que os recursos em petróleo são finitos
– o Pico Petrolífero (Peak Oil) é uma realidade. Embora pouco se
fale disso, a produção mundial de petróleo convencional está
estagnada desde 2004.
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Os transportes dependem fundamentalmente dos refinados de petróleo.
Com a sua produção em declínio ele tende a encarecer. Então,
QUAL A SOLUÇÃO?
Resposta: Substituir os refinados de petróleo no sector dos transportes. O
petróleo que resta no mundo deve ser aplicado a finalidades mais nobres.
E QUAL É O ÚNICO COMBUSTÍVEL QUE PODE SUBSTITUIR OS
REFINADOS DE PETRÓLEO NO SECTOR DOS TRANSPORTES NO
IMEDIATO E MACIÇAMENTE?
O METANO (CH4), ou GÁS NATURAL (GN).
O GN tanto pode ter uma origem fóssil como não fóssil (BIOMETANO).
O GN nos transportes tanto pode ser usado em forma comprimida (GNC)
como em forma liquefeita (GNL).
Os recursos de GN convencional no planeta estão mais bem distribuídos do
que os petrolíferos e são suficientes para mais de 500 anos.
E ainda há os recursos em GN não convencional !
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O GN será a solução geral do século XXI
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Estamos numa etapa de transição.
Neste momento o mundo inteiro desenvolve
intensamente a alternativa dos veículos a gás natural
(VGNs)
Já há cerca de 20 milhões de VGNs a circularem no
planeta (Abril/2014):
3,5 milhões no Irão
2,79 milhões no Paquistão
2,33 milhões na Argentina
1,76 milhões no Brasil
3 milhões na China
1,8 milhão na Índia
823 mil na Itália
464 mil na Colômbia
450 mil no Uzbequistão
…
E apenas pouco mais de 600 unidades em Portugal
Fonte: Gas Vehicles Report, April/2014
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Como funcionam os VGNs?
• bi-fuel (podem funcionar alternativamente com GN ou gasolina)
• dual-fuel (podem funcionar com uma mistura de GN e gasóleo, ou
exclusivamente com gasoleo)
• dedicados (funcionam exclusivamente com GN)
–x–
Dentre as enormes vantagens dos VGNs destacam-se:
• São uma tecnologia totalmente dominada e já em fase de
comercialização: hoje todos os grandes fabricantes de veículos do
mundo (de pesados ou de ligeiros) dispõem de versões a gás natural.
• A transição do gasóleo ou da gasolina não exige um grande salto
tecnológico como combustiveis experimentais, mais exóticos, que
estão a ser ensaiados: qualquer mecânico sabe trabalhar com VGNs.
• O GN também faz mover tractores, empilhadores, motocicletas,
navios, barcos pesqueiros, ferry-boats, rebocadores, cacilheiros,
riquixós e até mesmo aviões.
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A segurança dos VGNs
Os VGNs podem funcionar com reservatórios de gás natural
comprimido (GNC) ou de gás natural liquefeito (GNL). Em qualquer
dos casos, trata-se de uma solução económica e segura.
Os reservatórios de GNC são construídos para uma pressão muito
superior àquela do seu funcionamento normal (200 bar).
O gás natural, por ser mais leve do
que o ar, é um combustível
intrinsecamente mais seguro do que
os demais. Em caso de fuga, o GN
dissipa-se na atmosfera – não se
acumula em poça.
A legislação portuguesa permite que
os VGNs estacionem em caves
(Decreto-lei nº 298/2001, de
21/Novembro).
Bateria de cilindros GNC
montados no tejadilho de um
autocarro, instalada pela Caetano
Bus em Vila Nova de Gaia.
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Mesmo na pior das hipóteses – um incêndio do veículo –
não há perigo de explosão pois os reservatórios de GNC
são dotados de válvulas de segurança que libertarão o
gás aos poucos, sob condições controladas.
Quanto aos
reservatórios de
GNL, a sua pressão
de funcionamento é
baixa. Trata-se de
reservatórios
criogénicos, em que
o GN é mantido em
estado liquefeito
mais através da
baixa temperatura (162º C) do que da
pressão.
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A União Europeia acaba de
aprovar o projecto dos quatro
CORREDORES AZUIS
ligando a Europa no sentido
Norte-Sul e Leste-Oeste.
O projecto prevê a instalação
de um total de 45 postos GNL.
Muitos deles já estão em
funcionamento.
O primeiro posto de
abastecimento de GNL em
Portugal foi inaugurado em
2013, em Mirandela. Está em
curso a instalação de novos
postos GNL nos municípios
do Carregado, Azambuja e
Matosinhos.
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Além de seguros, os VGNs são também:
• A solução mais amiga do ambiente. A sua generalização numa cidade
ou região melhora drasticamente a qualidade do ar pois reduz a
emissão de partículas sólidas (particulate matter, PM10 e PM2,5), NOx,
SO2 e muitos outros elementos danosos para a nossa saúde.
• A alternativa mais económica para qualquer operador de frota, seja
ela camiões de recolha de RSU, de táxis, de veículos de distribuição
urbana de mercadorias, camionagem de longo curso ou qualquer outra.
• A melhor alternativa para reduzir a gigantesca factura energética
portuguesa em que o petróleo tem um peso desmesurado: 9,49 mil
milhões de euros em 2013. A generalização dos VGNs em Portugal
poderia dar uma contribuição poderosa para a melhoria da balança de
pagamentos de Portugal.
Recordar que entre 2000 e 2013 os preços do petróleo importado por
Portugal aumentaram (em Euros) 249% ao passo que os do GN
aumentaram apenas 126% – cerca da METADE !!!
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Uma
análise
sumária
dos
VGNs
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Adoptar VGNs
- Os gestores de frotas – de pesados ou de ligeiros – que queiram
estudar a sua conversão para o gás natural podem contar a
experiência da APVGN. A nossa Associação actua também como
consultora na especialidade e faz os estudos técnicos e
económicos necessários.
- Os estudos incluem tanto o dimensionamento do posto de
abastecimento como a indicação de veículos com a tipologia
pretendida.
- A instalação de um posto de abastecimento de VGNs num
município melhora a sua competitividade e melhora o ambiente.
- Os projectos de VGNs têm pay-back !
- Nota: os postos de abastecimento devem preferencialmente ser
instalados “em regime de serviço público”, para permitir o
abastecimento de terceiros. Isso rentabiliza o investimento no posto.
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O século XX foi do
petróleo, o século XXI
será o do gás natural.
Este é a energia que vai
predominar no nosso
século, tanto na sua forma
comprimida (GNC) como
liquefeita (GNL).
A Península Ibérica tem
uma vantagem relativa
sobre todas as outras
regiões do mundo pois
dispõe de sete portos
metaneiros.
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30 de Setembro
próximo, no LNEC:
Conferência
O gás natural
nos transportes
Entrada livre,
mediante inscrição
prévia.
Muito obrigado pela
vossa atenção.
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Eng José Manuel Jacob: "Veiculo a Gás Natural