0 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Lucas Pellegrino de Noronha Souza Michel Umeki Paulo Otávio da Silva Gimenes Vinicius Eduardo Ricco ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda - Lins/SP LINS SP 2008 0 LUCAS PELLEGRINO DE NORONHA SOUZA MICHEL UMEKI PAULO OTÁVIO DA SILVA GIMENES VINICIUS EDUARDO RICCO ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof.º M.Sc. André Ricardo Ponce dos Santos e orientação técnica da Prof.ª M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva. LINS SP 2008 1 Souza, Lucas Pellegrino de Noronha; Umeki, Michel; Gimenes, Paulo Otávio da Silva; Ricco, Vinicius Eduardo S716a Administração de capital excedente no mercado financeiro: SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda / Lucas Pellegrino de Noronha Souza; Michel Umeki; Paulo Otávio da Silva Gimenes; Vinicius Eduardo Ricco. Lins, 2008. 84p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2008 Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Mercado Financeiro. 2. Capital Excedente 3. Opções de Investimento. I Título. CDU 658 2 LUCAS PELLEGRINO DE NORONHA SOUZA MICHEL UMEKI PAULO OTÁVIO DA SILVA GIMENES VINICIUS EDUARDO RICCO ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para obtenção do titulo de Bacharel em Administração. Aprovada em: ____/____/____ Banca Examinadora: Prof. Orientador: André Ricardo Ponce dos Santos Titulação: Mestre em Administração pela Unimep Assinatura:______________________________________ 1º Prof(a): ______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:______________________________________ 1º Prof(a): ______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:______________________________________ 3 Dedico esse trabalho aos meus pais, Ana Maria e Luiz Antonio que me criaram e forneceram a educação moral e social necessária para eu chegar até aqui, e ao meu irmão João, grande amigo e companheiro de todas as horas. À minha querida esposa Marcela que me acompanhou com paciência, compreendendo a necessidade de me ausentar várias vezes para que o trabalho fosse realizado, me apoiando até o fim desta jornada. Aos meus sogros Mirian e Leon que me deram grande apoio e incentivo para terminar o curso. E aos meus grandes amigos de TCC, Paulo, Vinicius e Michel (Pôneis) que com muita paciência e dedicação terminam comigo este trabalho. Lucas Pellegrino Dedico esse trabalho em especial, aos meus pais, Mitsuyuki e Cristina, duas pessoas maravilhosas que batalharam muito na vida para que eu chegasse até aqui. Sou totalmente grato a eles por tudo que tenho até hoje. Aos nossos orientadores Prof. Ms. André e Prof. Ms Heloisa, que tiveram colaboração fundamental para o desenvolvimento desse trabalho, apoiando nossas idéias e nos motivando a prosseguir essa pesquisa. À todos os amigos que fiz nesse curso, em especial a vocês, Lucas, Paulo e Vinícius, que dividiram junto a mim, momentos exaustivos em leituras e pesquisas, mas também momentos muitos felizes e produtivos. Recordarei para sempre de todos vocês, e espero encontrá-los no mercado afora. Michel Umeki 4 Agradeço esse trabalho em primeiro lugar, a Deus que me iluminou e sempre esteve presente, dando forças para superar os obstáculos impostos pela pesquisa. Ao meus pais, Cláudio e Ilda, duas pessoas maravilhosas, que me apoiaram a escolher o curso de Administração no momento em que mais precisei de um conselho. Sou grato a eles, e por isso me dediquei ao máximo durante estes anos para me tornar um futuro Administrador. À minha namorada Mariane, que sempre me apoiou para que eu conseguisse chegar até o fim, mesmo quando trocava nossos dias de lazer para trabalhar na pesquisa. E finalmente ao nosso grupo, que teve a oportunidade de trabalhar nesse ano, construindo um laço de amizade, e superando todas as dificuldades (com o japonês pegando no nosso pé!) . Enfim, a meta que foi estabelecida pelo grupo foi alcançada. Paulo Otávio Gostaria de dedicar este projeto aos meus pais que de forma tão sábia e plena, me deram toda a base de recursos para se adquirir o conhecimento. Aos meus amigos acadêmicos e ao meu grupo, que mostrou-se muito maduro nos momentos de decisões e de grandes dificuldades. Aos professores que no decorrer deste curso fizeram parte da minha formação, tanto no aspecto pessoal como no profissional. Trago também gratidão ao nosso orientador, André Ricardo que sempre esteve pronto para nos atender, auxiliar e trazer fontes de conhecimento imensuráveis, e é isso o que levaremos para nosso dia a dia profissional. Vinicius Eduardo Ricco 5 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por nos conceder a chance de conquistar mais uma etapa em nossas vidas. Apesar dos momentos exaustivos e das dificuldades encontradas, uma força maior sempre nos inspirou a prosseguir em frente. Ao nosso orientador Prof. Ms. André Ricardo, pelo apoio e incentivo que nos proporcionou ao longo desses meses, uma contribuição fundamental para o conteúdo deste trabalho, apresentando novas idéias, materiais de pesquisa e sugestões. À Prof. Ms Heloisa Helena, uma mulher especial, que com muita clareza, paciência, e receptividade sempre esteve disposta em aprimorar o conteúdo e estrutura de nosso trabalho. Aos nossos familiares, que de uma forma ou de outra, sempre estavam presentes apoiando cada passo, e ajudando a superar as dificuldades encontradas. À colaboração da empresa SP Leondeny, em nos atender cordialmente, fornecendo informações de fundamental contribuição para o desenvolvimento da pesquisa. Somos eternamente gratos pela chance de trabalharmos em equipe, trocando conhecimentos e experiências vividas, fortalecendo nosso laço de união. Dessa forma, fica aqui registrado que a amizade que construímos nesse trabalho, é algo que ficará para sempre em nossa lembrança. Lucas, Michel, Paulo e Vinicius 6 RESUMO No mercado financeiro, as instituições atuam como intermediárias, entre aqueles que desejam investir e os que necessitam de crédito. Neste mercado, existem diversas modalidades de investimento totalmente acessíveis ao pequeno e grande investidor. Porém, muitas empresas buscam hoje, aplicações pouco rentáveis para suas economias, pelo fato de que investimentos com maiores rentabilidades envolvem grandes riscos. É importante frisar que existem métodos e técnicas simples de análise para a redução de risco e escolha dos investimentos mais adequados para a situação e necessidade de cada investidor. O primeiro passo a ser realizado pela empresa que queira investir, é quantificar o que poderá ser desembolsado na aplicação. Para essa etapa, deverá ser diagnosticado seu capital excedente, tendo como base os valores que a empresa poderá investir que não causarão impactos em seu fluxo financeiro. A análise dos controles internos, lucro e fluxo de caixa são de fundamental importância para esse diagnóstico. O próximo passo é buscar a melhor opção para a aplicação do capital excedente, levandose em consideração que o investimento deve ser analisado à longo prazo. Foram abordadas na pesquisa as principais aplicações disponíveis no Brasil, entre elas, os investimentos em ações e em renda fixa. Foi analisada que a empresa SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda, de LinsSP, vêm apresentando bons resultados nos últimos exercícios, contando com um excedente financeiro para ser aplicado. A proposta da pesquisa foi analisar quais das opções de investimento oferecidas pelo mercado financeiro, são as mais viáveis para a aplicação do capital excedente da empresa, visualizando também sua situação atual. Palavras-chave: Investimento. Mercado Financeiro. Capital Excedente. Opções de 7 ABSTRACT In the financial market, institutions act as intermediaries between those who wish to invest and those who require credit. In this market, there are several types of investment which are accessible to both the small and larger investor. However, many companies seek investments which are less profitable, as investments with more profit involve higher risks. It is important to highlight that there are basic methods and techniques of analysis to reduce the risk, and choice of investments which are more suited to the specific situation of each investor. The first step that the investing company needs to take is to quantify how much it wants to invest. At this stage, its excess capital must be diagnosed based on the amount of money that the company can invest without having an impact on its financial flow. The analysis of the internal financial control, profit and cash flow, are fundamental to this diagnostic. The next step is to seek the best option for the investment of the excess capital, taking into account that it should be considered as a long term investment. Research was carried out into the main financial markets available in Brazil, including stocks and shares and fixed rate investments. An analysis demonstrated that SP Leondeny Insurance Broker Ltd, Lins-SP, has shown good financial results in recent years, with a surplus to be invested. The purpose of this research was to analyse which of the investment options offered by the financial markets are the most viable for the investment of the company s surplus capital, bearing in mind its current financial situation. Keywords: Financial Market. Excess Capital. Investment Options. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxo físico e monetário entre os agentes macroeconômicos......... 18 Figura 2: Fases da economia de escambo...................................................... 19 Figura 3: Poupança e Investimento ................................................................. 23 Figura 4: Fachada da empresa........................................................................ 37 Figura 5: Organograma da empresa ............................................................... 48 Figura 6: Portifólio da carteira.......................................................................... 59 Figura 7: Crescimento da carteira ................................................................... 63 Figura 8: Geração FIA ..................................................................................... 64 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Tipos de Aplicação ....................................................................... 29 Quadro 2 Tipos de fundos ............................................................................ 33 Quadro 3 D.R.E. da SP Leon........................................................................ 52 Quadro 4 Rentabilidade da poupança .......................................................... 52 Quadro 5 Histórico da rentabilidade dos índices.......................................... 53 Quadro 6 Fluxo de Caixa SP Leon ............................................................... 65 Quadro 7 Simulador de investimento ........................................................... 66 Quadro 8 Rentabilidade no período.............................................................. 66 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APP: Acidentes Pessoais de Passageiros CDBs: Certificados de Depósito Bancário CDIs: Certificados de Depósito Interbancário CVM: Comissão de Valores Mobiliários DRE: Demonstração do Resultado do Exercício 9 IBOVESPA: Índice Bovespa IBrX: Índice Brasil IEE: Índice de Energia Elétrica IGC: Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada ISE: Índice de Sustentabilidade Empresarial ITAG: Índice de Ações com Tag Along Diferenciado ITEL: Índice Setorial de Telecomunicações IVBX-2: Índice Valor bovespa ON: Ordinárias PN: Preferenciais RCF: Responsabilidade Civil Facultativa 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................. 13 CAPÍTULO I - ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO ............................................................................... 15 1 INTRODUÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO .................................... 15 1.1 Conceitos macroeconômicos ................................................................ 15 1.1.1 Agentes macroeconômicos................................................................... 16 1.1.2 Bens e serviços ..................................................................................... 16 1.1.3 Fatores de produção ............................................................................. 17 1.2 Estágios da economia ........................................................................... 19 1.2.1 Economia de escambo.......................................................................... 19 1.2.2 Introdução da moeda ............................................................................ 20 1.2.3 Intermediação financeira....................................................................... 21 1.3 O mercado financeiro ............................................................................ 21 1.3.1 Investimento e poupança ...................................................................... 22 1.4 O capital excedente............................................................................... 23 1.4.1 Análise do lucro..................................................................................... 24 1.4.1.1 Lucro gerado para o caixa ................................................................... 25 1.4.2 O fluxo de caixa..................................................................................... 25 1.4.3 Definição do capital excedente ............................................................. 26 1.5 As atividades de investimentos............................................................. 27 1.5.1 Caderneta de poupança........................................................................ 27 1.5.2 Certificado de depósito bancário........................................................... 28 1.5.3 Tesouro direto ....................................................................................... 28 1.5.4 Investimento em ações ......................................................................... 29 1.5.4.1 Bolsas de valores................................................................................. 31 1.5.4.2 Risco do mercado de ações ................................................................ 31 1.5.4.3 Fundos de investimento....................................................................... 32 1.6 Indicadores de desempenho................................................................. 34 1.6.1 Índices do mercado acionário ............................................................... 34 11 1.6.2 Certificados de depósito interbancário.................................................. 35 CAPÍTULO II - A EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS LTDA .............................................................. 37 2 DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA .................................................. 37 2.1 Histórico e evolução .............................................................................. 37 2.2 A empresa ............................................................................................. 38 2.3 Ramo de atuação .................................................................................. 39 2.4 Equipe gerencial.................................................................................... 39 2.5 Parcerias ............................................................................................... 40 2.6 Produtos ................................................................................................ 40 2.6.1 Modalidades de contratação ................................................................. 40 2.6.1.1 Seguro de veículos .............................................................................. 40 2.6.1.2 Seguro de vida..................................................................................... 42 2.6.1.3 Seguro de residência ........................................................................... 42 2.6.1.4 Seguro saúde....................................................................................... 44 2.6.1.5 Seguro de riscos diversos ................................................................... 45 2.6.1.6 Seguro garantia ................................................................................... 45 2.6.1.7 Seguro transporte ................................................................................ 46 2.7 Clientes.................................................................................................. 47 2.8 Estrutura organizacional ....................................................................... 47 2.8.1 Departamentos...................................................................................... 48 2.8.1.1 Administrativo ...................................................................................... 48 2. 8.1.2 Financeiro e contabilidade.................................................................. 49 2. 8.1.3 Vendas ................................................................................................ 49 2. 8.1.4 Sinistro ................................................................................................ 50 2. 8.1.5 Arquivo ................................................................................................ 50 CAPÍTULO III - A ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE APLICADA NA EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS LTDA .............................................................. 51 3 ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO .............................. 51 12 3.1 Investindo em ações ............................................................................. 53 3.2 Análise dos fundos ................................................................................ 54 3.2.1 Tipo e estratégia de gestão................................................................... 55 3.2.2 Riscos.................................................................................................... 55 3.2.3 Desempenho passado .......................................................................... 56 3.2.4 Patrimônio ............................................................................................. 56 3.2.5 Comparar custos dos fundos ................................................................ 57 3.2.6 Liquidez ................................................................................................. 57 3.3 Seleção do fundo .................................................................................. 57 3.4 Banco de Investimento Geração Futuro ............................................... 58 3.4.1 Apresentação das empresas da carteira .............................................. 58 3.4.1.1 Petrobrás.............................................................................................. 59 3. 4.1.2 Gerdau ................................................................................................ 59 3.4.1.3 Usiminas .............................................................................................. 60 3.4.1.4 Votorantim Celulose e Papel ............................................................... 60 3.4.1.5 Taurus .................................................................................................. 61 3.4.1.6 Randon................................................................................................. 61 3.4.1.7 Weg...................................................................................................... 61 3.4.1.8 Guararapes .......................................................................................... 62 3.4.1.9 Plascar ................................................................................................. 62 3.4.2 Fundo Geração Fia ............................................................................... 63 3.4.3 Características do fundo ....................................................................... 64 3.5 Análise financeira da empresa.............................................................. 65 3.6 Momento atual do mercado no mundo ................................................. 67 3.6.1 Perspectivas.......................................................................................... 67 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................... 69 CONCLUSÃO .................................................................................................. 70 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 72 APÊNDICES .................................................................................................... 75 ANEXOS .......................................................................................................... 82 13 INTRODUÇÃO Apesar de algumas empresas terem começado a perceber que é possível obter recursos e aumentar sua capacidade de crescimento através de investimentos no mercado financeiro, ainda são muitas as que preferem aplicações tradicionais, com baixo risco. Investir está cada vez mais fácil, e hoje, com inúmeras opções de investimento disponíveis, é preciso analisar quais são as que melhor se enquadram no perfil e anseios de cada investidor. Para que uma empresa comece a pensar nas diversas opções de mercado é necessário que antes haja uma administração efetiva de seu capital excedente, analisando quais valores ela poderá investir sem que façam falta em seu fluxo financeiro futuro. A presente pesquisa pretendeu realizar uma análise das opções de investimento do mercado, identificando os fatores que deverão ser levados em consideração pelas empresas que planejam adquirir um patrimônio a longo prazo. A SP Leon atua com solidez no mercado, contando com um resultado acima do esperado nos últimos exercícios. Tendo em vista que a empresa possui capital excedente para se investir nas diversas opções do mercado, surgiu o seguinte questionamento: As diversas modalidades de investimento oferecidas pelo mercado financeiro são instrumentos que possibilitam às empresas com capital excedente a obterem melhores resultados? Diante desse questionamento, surgiu como hipótese de que o capital excedente na empresa deve ser aplicado nas opções do mercado financeiro, que combinado com uma boa gestão, obtém melhores resultados financeiros. A pesquisa foi realizada na empresa SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda, situada na cidade Lins-SP, no período de março à outubro de 2008, tendo como objetivo de pesquisa, demonstrar a viabilidade de investimento do capital excedente na opção que melhor atenda as necessidades da empresa. 14 Para esse fim, a pesquisa teve como análise, as providências que a empresa deve seguir antes de aplicar seu capital, analisando também o risco, a rentabilidade, e a liquidez das principais modalidades de investimento no mercado financeiro. Para concretização dessa hipótese, foram utilizados os métodos e técnicas de pesquisa descritos no capitulo III. O trabalho está assim estruturado: Capítulo I Aborda o conceito dos agentes e fatores integrantes de uma economia, para permitir a correta percepção do desenvolvimento econômico até o mercado de capitais. Capítulo II Aborda o histórico, principais realizações, serviços e estrutura da empresa. Capítulo III Aborda a necessidade de a empresa aplicar seu capital excedente na opção mais rentável e favorável ao seu perfil. Encerrando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e a conclusão. 15 CAPÍTULO I ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO 1 INTRODUÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO No mercado financeiro, as instituições financeiras atuam como intermediárias, interpondo-se entre aqueles que dispõem de recursos, e aqueles que necessitam de crédito. Enquanto para o primeiro grupo surge a questão de como vai aplicar seus recursos em excesso, o segundo grupo preocupa-se em como obter recursos necessários à viabilização de seus processos de investimento. O mercado financeiro de acordo com Andrezo e Lima (2006), consiste no conjunto de agentes e instrumentos destinados a oferecer alternativas de aplicação e captação de recursos financeiros. Este capítulo tem como objetivo elucidar os agentes e fatores integrantes de uma economia, e principalmente, permitir a correta percepção do desenvolvimento econômico até o mercado de capitais, para que melhor se compreenda o surgimento da intermediação das instituições financeiras. 1.1 Conceitos macroeconômicos Para a compreensão das atividades econômicas, serão abordados alguns conceitos macroeconômicos para a análise do fluxo circulatório de renda que uma economia. a) agentes macroeconômicos; b) bens e serviços; c) fatores de produção. 16 1.1.1 Agentes macroeconômicos De acordo com Pinheiro (2005), os agentes macroeconômicos são responsáveis diretos pelas ações econômicas que desenvolvem no sistema, e podem ser agrupados em função da natureza dessas ações em quatro grupos: a) famílias: englobam todos os tipos de unidades domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco, empregados ou não, que formam o potencial de recursos para o processamento de atividades produtivas e os que recebam transferências pagas pela previdência social ou outras entidades; b) empresas: são os agentes econômicos para os quais convergem os recursos da produção disponíveis. Reúnem todas as unidades produtoras dos setores primário (agricultura), secundário (indústria), e terciário (serviços). As empresas reúnem, organizam e remuneram os fatores de produção fornecidos pelas unidades familiares; c) governo: é um agente coletivo que contrata diretamente o trabalho de unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo; d) setor externo: envolve as transações econômicas entre unidades familiares, empresas e governo do país com agentes semelhantes de outros países. 1.1.2 Bens e serviços Segundo Santos (2008), os bens e serviços são consumidos/produzidos pelos agentes econômicos, e seu fluxo se dá entre as unidades produtoras e as unidades familiares. A utilização do potencial produtivo leva à criação de uma infinidade de bens e serviços que segundo Pinheiro (2005), são classificados em três tipos de bens e serviços: 17 a) bens de capital: são os bens utilizados na fabricação de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo produtivo. Eles não atendem diretamente às necessidades humanas, mas destinam-se a multiplicar a eficiência do trabalho; b) bens de consumo: destinam-se à satisfação direta das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem subdividir-se em: bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos, etc), e bens de consumo não duráveis (alimentos, roupas, etc); c) bens intermediários: são os bens transformados ou agregados na produção de outros bens, e são consumidos totalmente no processo produtivo. É importante destacar que a participação efetiva dos agentes macroeconômicos é extremamente relevante para o desenvolvimento, pois é através da integração desses agentes que uma economia pode se desenvolver sustentavelmente em uma nação. Isso só será possível se o país possuir fatores de produção suficientes para suprir as necessidades de seus agentes. 1.1.3 Fatores de Produção Segundo Pinheiro (2005), são conhecidos como fatores de produção, o conjunto dos recursos que definem o potencial produtivo do sistema econômico. A utilização deste potencial leva a realização da produção de uma infinidade de bens e serviços como: a) trabalho: constitui-se do potencial de mão de obra no sistema econômico, sendo o principal fator de produção; b) terra: são os elementos naturais incorporáveis às atividades econômicas, sendo que seu volume disponível depende da evolução tecnológica, do avanço da ocupação territorial, das facilidades de transporte, entre outros fatores; c) capital: compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade, de forma que com o emprego delas, a população ativa se equipa para o exercício das atividades de produção. 18 A inter-relação entre os agentes macroeconômicos com os fatores de produção é apresentada na figura 1 a seguir: FLUXO FÍSICO (Produtos e Serviços) FLUXO MONETÁRIO (Pagto pelo consumo, e Capital) EMPRESAS FAMÍLIAS FLUXO MONETÁRIO (Salários e Lucros) FLUXO FÍSICO (Mão de Obra Qualificada) GOVERNO ST. EXTERNO Fonte: Pinheiro, 2005, p. 15 Figura 1: Fluxo físico e monetário entre os agentes macroeconômicos Conforme a figura anterior, as empresas oferecem os fatores de produção e em contrapartida, remuneram salários às famílias, juros, aluguéis e lucros aos investidores, pagam os devidos tributos ao governo e, podem negociar seus produtos (ou matéria-prima) com outros países. Pinheiro (2005) e Santos (2008), denominam este fluxo de renda como fluxo monetário e, permite a unidade familiar demandar bens e serviços no mercado de produto, sendo este último, sustentado pelas unidades produtoras que, para produzir, demandam mercado de produtos. Os agentes e setores se inter-relacionam a partir de um fluxo circular de renda, pois inicia-se com a participação de dois tipos de agentes: família e 19 empresas. As famílias que são as detentoras dos fatores de produção e as empresas que utilizam, por determinado preço, seus recursos. 1.2 Estágios da economia Atualmente, a utilização da moeda está tão generalizada que se torna difícil imaginar uma economia sem o seu uso. Dessa forma, é de grande valia primeiramente, compreender a utilização da moeda e seus benefícios. Pinheiro (2005) analisa em três estágios as fases da economia: economia de escambo, introdução da moeda e intermediação financeira. 1.2.1 Economia de escambo O primeiro estágio da economia, o escambo, representa a troca direta sem intervenção de um instrumento monetário, sendo este típico de economias com suas atividades econômicas voltadas para o consumo imediato. CONSUMO PRODUÇÃO INDIVIDUAL TROCA DIRETA ACUMULAÇÃO DE ATIVOS Fonte: Pinheiro 2005, p.20 Figura 2: Fases da economia de escambo 20 1.2.2 Introdução da moeda A moeda é um conjunto de ativos financeiros de uma economia que os agentes utilizam em suas transações. Ela é um bem com características específicas e diferenciadas em relação aos demais bens da economia, de forma que não produz nada, não sendo um bem de investimento, nem de consumo. Há três conceitos de depósitos em relação à aceitação da moeda, que segundo Córdoba (1996, apud PINHEIRO, 2005): a) (I) e (III) Moeda em efetivo e depósitos a vista ou a prazo - Nesse conceito a moeda não é transformada, pelo menos em sua forma primitiva, em outros bens; b) (I), (III) e (IV) Moeda como depósito de valor conceituada como aplicações em bens de A moeda é consumo ou investimentos, fácil ou dificilmente transferíveis sempre e quando a atitude do possuidor seja de conferir um caráter de investimento temporário a esses bens; c) (II) e (IV) Moeda investida em bens de consumo ou de investimento Nesse conceito o investidor não possui a intenção de se desfazer desses bens em nenhum momento. Em que: (I) Moeda no sentido estrito (II) Riqueza no sentido estrito (III) Moeda no sentido amplo (IV) Riqueza no sentido amplo Na economia, a moeda cumpre quatro papéis importantes: a) meio de pagamento: capacidade que a moeda tem de saldar dividas em última instância, ou seja, é um ativo financeiro de liquidez imediata; b) reserva de valor: a moeda é usada para poupar o poder de compra no momento em que a renda é recebida até ser gasta; c) unidade-padrão de conta: a moeda fornece uma unidade de conta, criando medição de valor na economia; 21 d) intermediária de troca entre os agentes: a moeda desempenha sua mais importante função na economia, que é a de intermediária de troca entre os agentes econômicos, sendo um meio ou instrumento de troca geralmente aceito pelos agentes na concretização de suas transações. 1.2.3 Intermediação financeira Esse estágio é definido como uma atividade que tem a finalidade de viabilizar o atendimento das necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, manifestados pelos agentes econômicos carentes de recursos aplicando ao mesmo tempo o excedente monetário dos agentes superavitários, com mínimo de riscos. As precondições para a existência da intermediação financeira são: a) superação do escambo; b) existência da moeda; c) excedente financeiro; d) bases institucionais para o funcionamento no mercado; e) existência de agentes econômicos dispostos a trocar ativos monetários por ativos financeiros, dados os riscos e ganhos reais possíveis. 1.3 O mercado financeiro Para que exista transferência de recursos financeiros, é necessário que ocorra prévia ou simultaneamente poupança e que existam instituições e mecanismos capazes de transformar poupança em investimento. O mercado financeiro deve possibilitar que os agentes econômicos sejam colocados em contato, direto ou indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis. Ao fazer isso, o mercado possibilita um aproveitamento das 22 oportunidades em toda economia, resultando em um aumento geral da produtividade, da eficiência e do bem-estar da sociedade. (ANDREZO; LIMA, 2006) O mercado financeiro exerce cinco funções básicas: a) facilitar negociação, proteção, diversificação e pulverização de riscos; b) alocar recursos; c) monitorar administradores e exercer controle sobre companhias; d) agregar poupanças individuais; e) facilitar troca de bens e serviços, ao promover especialização. 1.3.1 Investimento e poupança O desenvolvimento da economia depende da expansão da capacidade produtiva, que por sua vez, exige investimentos em capital físico e recursos humanos. Dessa forma, o crescimento econômico está associado a elementos incentivadores de poupança e sua alocação eficiente em investimentos. (ANDREZO; LIMA, 2006) De modo geral, os investimentos se caracterizam pela utilização dos recursos poupados, próprios ou de terceiros, para ampliar a capacidade produtiva. Já a poupança, segundo Assaf Neto (2008) é a parte da renda não consumida nas sociedades que têm economia em equilíbrio. Quando cumpre a finalidade de aproximar poupadores e tomadores de recursos em adequadas condições de retorno, risco e liquidez, o mercado financeiro estimula poupança e promove investimentos, o que resulta em aumento da produtividade, da eficiência e do bem-estar, gerando conseqüentemente crescimento econômico. O crescimento se acelera quando os investimentos se direcionam para alternativas com maiores retornos econômicos e sociais. Assim, verifica-se um círculo virtuoso, que vai do alto crescimento para poupanças e investimentos elevados e destes para um crescimento ainda maior. (ANDREZO; LIMA, 2006) 23 Fonte: Pinheiro, 2005, p. 16 Figura 3: Poupança e Investimento 1.4 O capital excedente No mercado financeiro existem agentes econômicos com desejo de investir inferior à capacidade de poupança. Tais agentes na economia moderna são denominados como poupadores, ou também, como unidades econômicas superavitárias. Para esse grupo, surge a questão de como aplicar os recursos em excesso. (ANDREZO; LIMA, 2006) O excedente financeiro é uma precondição fundamental para a existência da intermediação financeira. (PINHEIRO, 2005) Quando o montante do lucro é superior ao montante das remunerações individuais de cada recurso ou fator de produção envolvido, obtém-se um valor excedente, que deverá compensar os riscos e preocupações inerentes à atividade empresarial. (KASSAI et al., 1999) Os fundos ociosos devem ser aplicados em títulos do mercado financeiro, para maximizar os resultados financeiros. Com base em projeção de fluxo de caixa, o tesoureiro pode optar entre as diversas alternativas de aplicação financeira. (HOJI, 2001, p. 94) Para que uma empresa comece a pensar nas diversas opções de mercado, é necessária que haja uma administração efetiva do capital excedente, analisando quais valores a empresa poderá investir sem que façam falta em desembolsos futuros. 24 Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa) adequados por longo prazo, ou melhor, indefinidamente, pois o investimento é feito em caráter permanente. (HOJI, 2004, p. 21) As diferenças intertemporais entre o lucro, o fluxo de caixa e as necessidades de investimento de uma empresa são supridas por recursos financeiros (KASSAI et al., 1999, p.23) Fica evidente que as análises dos controles internos: lucro e fluxo de caixa; são de fundamental importância para demonstrar a origem do capital excedente. 1.4.1 Análise do lucro De acordo com J. R. Hicks em sua obra Value and capital (1946, apud CATELLI, 2001), lucro é a quantia que uma pessoa pode consumir durante um período de tempo, estando essa pessoa tão bem no final do período como estava no início. O lucro é a base para a análise de decisões de investimento, e é definido como não apenas a remuneração individual e isolada de cada um dos recursos aplicados, mas também como um ganho excedente, sendo necessário para garantia de continuidade da empresa. (KASSAI et al., 1999) Em outras palavras, o lucro é visto como a quantia máxima que a empresa pode distribuir como dividendos e ainda continuar tão bem ao final do período como estava no começo. Continuar tão bem, economicamente falando, é interpretado como manter o capital intacto, mesmo descontando o valor dos recebimentos líquidos futuros. Em termos contábeis, o lucro corresponde ao resíduo derivado do confronto entre a receita realizada e o custo consumido. (CATELLI, 2001) Lucro é a melhor medida do sucesso da administração de uma entidade e negócios em uma economia competitiva. Do ponto de vista dos detentores de capital, o lucro serve como guia para uma política de investimento. Os investidores previdentes procuram otimizar os retornos de seus investimentos e suas decisões são 25 guiadas pelos lucros proporcionados pelos investimentos existentes. (CATELLI, 2001, p. 86) Os lucros acumulados após serem retidos, deixam de ser distribuídos na forma de dividendos, e na visão do acionista, os lucros não distribuídos equivalem a um re-investimento na empresa. Portanto a retenção de lucros somente se justificaria se a expectativa do retorno sobre os fundos reinvestidos fosse pelo menos igual ao retorno que os acionistas obteriam em investimentos como o mesmo nível de risco. (HOJI, 2001) 1.4.1.1 Lucro gerado para o caixa Este conceito parte de um pressuposto mais rígido, pois dele são excluídas as operações de aplicações do giro próprio ocorrido no período, isto é, só é capaz de se aumentarem as vendas ou o retorno delas, se houver investimento do capital da empresa e no seu ciclo financeiro e operacional. Neste conceito, são considerados os elementos do giro que têm relação direta com o ciclo operacional, e, portanto, a necessidade de investimento é contínua. Não devem fazer parte destes demonstrativos os demais itens do giro que não tenham relação direta com o ciclo operacional. Portanto, a diferença obtida entre o resultado de exercício corrente, com o saldo inicial do caixa, é a composição das receitas e despesas que tenham referência direta com o ciclo operacional. (PADOVEZE, 2003) 1.4.2 O fluxo de caixa O fluxo de caixa representa as entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo, de forma que em sua demonstração, devem existir pelo menos uma entrada e uma saída. 26 A projeção do fluxo de caixa deve ser feita para um período de abrangência que permita ao tesoureiro tomar providências com antecedência suficiente, principalmente, em casos de necessidade de cobertura de insuficiência de caixa, pois a efetivação de algumas modalidades requer meses de planejamento e preparativos. Para saber se as operações estão gerando caixa, é necessário analisar o fluxo financeiro (receitas e despesas) e cada uma de suas atividades, de acordo com sua natureza. O simples aumento do saldo de caixa não significa que a empresa esteja gerando caixa, ou seja, pode este recurso estar comprometido com outras despesas. (HOJI, 2001) Definido o investimento a ser realizado, a fase mais importante da elaboração do projeto de investimento é a determinação das estimativas de todos os desembolsos e todas as receitas do fluxo de caixa do investimento. Em geral, as estimativas usadas na construção do fluxo de caixa do projeto de investimento são médias ponderadas ou valores esperados de uma distribuição de freqüências, ajustadas com algum critério estabelecido pelos responsáveis de cada divisão da empresa. (LAPPONI, 2000, p. 257) Hoji (2001) define que as empresas precisam manter o saldo mínimo de caixa, basicamente para atender às seguintes necessidades: a) pagamentos de transações geradas pelas atividades operacionais como matérias primas, serviços profissionais e salários; b) desembolso para investimentos permanentes; c) amortização de empréstimos e financiamentos; d) pagamentos de eventos não previstos. 1.4.3 Definição do capital excedente Diante deste prisma, pode-se chamar de Capital Excedente, os valores como parte do lucro, que não serão aplicados no imobilizado, despesas eventuais ou não previstas, assim como não necessários para se cumprir obrigações mensais do próximo período no fluxo de caixa. 27 1.5 As atividades de investimentos O indivíduo racional concorda em trocar um poder de consumo presente e certo por um poder de consumo futuro e incerto, se houver a expectativa de que este será maior que o primeiro. (ANDREZO; LIMA, 2006) A estabilidade econômica abriu a possibilidade para uma mudança de visão por parte dos investidores, que obtiveram ganhos nos investimentos, apesar de toda a preocupação com a inflação. (BOVESPA, 2008) As atividades de investimentos correspondem a aplicações de recursos em ativos de caráter permanente, necessários para a execução das atividades operacionais, tais como compras de maquinários, de móveis e utensílios, investimento em ações de empresas controladas e coligadas, além de gastos com pesquisas e desenvolvimentos de produtos. (HOJI, 2001, p. 19) Entre as milhares de aplicações à disposição do investidor, as mais comuns no Brasil são: a) caderneta de poupança; b) certificado de depósito bancário; c) tesouro direto; d) investimento em ações. 1.5.1 Caderneta de poupança De acordo com Gradilone (2007), a poupança é o investimento mais fácil e popular que existe. Bancos públicos permitem que pessoas sem conta no banco e com apenas dez reais no bolso possam abrir sua caderneta. Porém, antes de aplicar seu capital, o investidor deve conhecer algumas características fundamentais da caderneta de poupança: a) a poupança é isenta de impostos e de taxas de administração, ou seja o banco não cobra nada do investidor; b) toda sua rentabilidade vai para o bolso do investidor; 28 c) a poupança é uma aplicação mensal, dessa forma, a quantia que for resgatada antes do período de 30 dias, perderá o rendimento do período; d) sua rentabilidade é baixa, e definida pelo Banco Central (e não pelo mercado financeiro), dessa forma, ela é sujeita a manipulação por parte do governo. 1.5.2 Certificado de depósito bancário Segundo Gregório, Lima e Goulart (2006), os certificados de depósito bancário (CDBs) são títulos transferíveis para outros investidores por endosso nominativo e podem ser pré e pós-fixados. De acordo com Gradilone (2007), ao aplicar em um CDB, o investidor empresta capital ao banco e recebe este de volta com juros no vencimento. Por esse motivo, o risco do CDB é o risco do banco. Se o banco falir, as aplicações estão garantidas até o limite de 60.000 reais. A vantagem é que quem possuir mais capital para aplicar, recebe boas taxas de juros. Quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo também ganha mais do que quem precisa de dinheiro logo. A grande desvantagem do CDB é a falta de liquidez. Ao resgatar antes do período, o investidor perde grande parte da rentabilidade, e paga mais imposto. 1.5.3 Tesouro direto O tesouro direto é a melhor alternativa para o investidor com pouco dinheiro. A partir de 200 reais, é possível obter rentabilidades e 11% ou 12% ao ano. O princípio dessa aplicação, é a compra de títulos de dívida pública sem os intermediários, e sem as tarifas que estes cobram. A vantagem dessa aplicação é que as taxas cobradas pelo tesouro direto são mais baixas do que as tarifas dos bancos. Outro fator é o baixo risco, 29 pois quem está garantindo o pagamento, é o governo federal, ou seja, o dinheiro de quem paga impostos. Como os bancos ganham pouco com o tesouro direto, eles não oferecem nenhuma facilidade ao cliente. Os negócios têm de ser feitos por meio de corretoras de valores, e o investidor necessita ter uma conta nessas corretoras. Portanto a desvantagem do tesouro direto, é que ele não é um investimento tão simples como a poupança e o CDB. (GRADILONE, 2007) Tipo de Aplicação Rendimento Risco Liquidez Poupança Baixo Baixo Média CDB Médio/Alto Baixo Baixa Tesouro Direto Médio/Alto Baixíssimo Alta Fonte: Adaptado de Gradilone, 2007, p. 39 Quadro 1 Tipos de Aplicação 1.5.4 Investimento em ações A principal razão para o investimento em ações é a possibilidade de ganhos superiores aos investimentos tradicionais disponíveis no mercado. (GUIMARÃES, 2008) Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de capitais e, especificamente, o destacado papel do mercado acionário para o crescimento econômico, características essenciais de países em desenvolvimento. Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais, o que se traduz em mais oportunidades para as pessoas, empresas e instituições aplicarem suas poupanças. Todo investimento em ações possui riscos, porém investir a longo prazo tem os diminuído, trazendo boas rentabilidades. Ninguém entra em um empreendimento hoje para sair amanhã, e a compra de uma ação é mesma coisa que investir em bens, carros e imóveis. Portanto, um investimento em ações é a formação de patrimônio, ou ainda, uma poupança de longo prazo. (BOVESPA, 2008b) 30 Ação é a menor parcela em que o capital social de uma companhia ou sociedade anônima é dividido, sendo que a responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas. A companhia pode ser aberta ou fechada, dependendo se os valores mobiliários de sua emissão são ou não negociados em Bolsa de Valores ou Mercado de Balcão e estão ofertados ao público de uma forma geral. (LIMA; OZAWA; GOULART, 2006, p. 68) As ações, quanto à espécie podem ser classificadas em ordinárias (ON) ou preferenciais (PN). a) a ação ordinária concede direito a um voto nas deliberações da assembléia geral da companhia. b) as ações preferenciais têm prioridade no recebimento dos dividendos ou reembolso do capital em caso de liquidação da companhia. As ações, quanto à forma, podem ser classificadas em nominativas e escriturais. a) a propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do nome do acionista no Livro de Registro de ações nominativas ou pelo extrato fornecido pela instituição custodiante. b) a propriedade das ações escriturais presume-se pelo registro na conta de depósito das ações, aberta em nome do acionista nos livros da instituição depositária. (LIMA; OZAWA; GOULART, 2006) O valor de compra ou venda da ação é determinado em mercado, variando de acordo com o desempenho financeiro verificado ou previsto para a companhia, assim como da conjuntura econômica doméstica e internacional. (DÚVIDAS..., 2008) De acordo com Eid Junior (2007a), é fundamental a compreensão e o estudo de dois fatores que impulsionam os preços das ações: a) risco de mercado: é o reflexo da mudança de expectativas sobre o futuro da economia. Tal mudança leva os investidores a vender ou comprar mais ações. O preço das ações cai quando são muito vendidas, e se elevam quando são maciçamente compradas. b) desempenho e perspectivas individuais da empresa: quando um conjunto de investidores e analistas percebe que uma empresa melhorou suas expectativas, surge uma demanda pela compra das 31 ações dessa empresa. Se ocorrer da mudança de perspectiva for para pior, todos tenderão a vender a ação e seu preço cai. 1.5.4.1 Bolsas de valores As bolsas de valores são locais que oferecem condições e sistemas necessários para a realização de negociação de compra e venda de títulos e valores mobiliários de forma transparente. As bolsas têm atividade de autoregulação que visa preservar elevados padrões éticos de negociação e divulgar as operações executadas com rapidez, amplitude e detalhes. (BOVESPA, 2008b) A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-reguladora que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). São membros da Bovespa as sociedades corretoras que tenham adquirido titulo patrimonial. A Bovespa é a Bolsa de Valores brasileira com maior volume de negociação de ações. (GOULART; LIMA; GREGÓRIO, 2006, p. 23) A Bovespa exerce em defesa do interesse dos investidores, um rigoroso acompanhamento de todas as transações, o que assegura elevados padrões éticos no cumprimento dos negócios realizados. Com a finalidade de oferecer o máximo de segurança nas operações realizadas em seu sistema de negociação, a Bovespa as acompanha minuciosamente, exigindo limites e garantias para a execução dessas operações. (BOVESPA, 2008b) 1.5.4.2 Risco do mercado de ações A filosofia de todos os profissionais do mercado financeiro é que é possível administrar melhor os riscos se você conhecê-los e quantificá-los. (GRADILONE, 2007, p. 29) 32 Muitos analistas econômicos defendem a idéia de que é hora de mudar para investimentos mais arriscados, porém antes de qualquer iniciativa é preciso analisar cuidadosamente o mercado atual. (EID JUNIOR, 2007b) Segundo Hoji (2001), no mercado globalizado, os efeitos negativos da economia de um país disseminam-se instantaneamente para todo o resto do mundo, provocando fortes reflexos no mercado. O retorno do investimento em ações dependerá de uma série de fatores, tais como desempenho da empresa e comportamento da economia. As ações são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao investidor uma rentabilidade garantida, previamente conhecida. Esta rentabilidade é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa emissora, além do eventual ganho do capital auferido na venda da ação no mercado secundário (bolsa de valores). Não há garantia de rentabilidade no investimento em ações, portanto é aconselhável que o investidor não dependa apenas dessas aplicações para desembolsos imediatos. (GOULART; LIMA; GREGÓRIO, 2006) 1.5.4.3 Fundos de investimento A forma de se investir mudou, de forma que em vez de comprar ações diretamente, os investidores são aconselhados, em alguns casos, a preferir os fundos de investimento, delegando a um especialista a tarefa de acompanhar os altos e baixos do mercado em busca de oportunidades momentâneas de ganho. (CARTEIRA..., 2008) Barbosa (2008) cita que em momentos marcados pela volatilidade na Bolsa de Valores de São Paulo, é muito confortável para o investidor contar com a gestão profissional dos fundos de ações a forma mais prática de se investir, e a que exige menos acompanhamento. Para quem não tem tempo de seguir as notícias relacionadas às empresas e aos setores que compõe uma carteira, alternativa é deixar que um gestor cuide desse trabalho. Hoje, para cada pessoa física que aplica diretamente na Bovespa, há mais de cinco que investem em fundos de ações. 33 Os fundos de investimento caracterizam-se pela aplicação em conjunto de recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, buscando maior rentabilidade, uma vez que a soma de recursos aplicados normalmente, é grande, e que, portanto, podem ser obtidos preços e taxas melhores. Foram criados com o objetivo de reduzir o risco inerente às aplicações no mercado financeiro, uma vez que o fundo aplica seus recursos em diferentes ativos títulos de renda fixa, títulos de renda variável e outros ativos -, os quais possuem riscos diferenciados. Desse modo, a diversificação do títulos adquiridos pelo fundo (carteira do fundo) possibilita reduzir o risco de sofrer perdas com os investimentos. (MALACRIDA; LIMA, 2006, p. 468) Sob o ponto de vista de Gradilone (2007), um fundo de investimento possui várias definições: a) legalmente, um fundo de investimento é uma pessoa jurídica, com CNPJ, administradores e sede; b) para os bancos e administradores, o fundo é um produto a ser comercializado; c) para o governo, os fundos são os grandes compradores de títulos públicos; d) para as empresas com ações negociadas na bolsa, os fundos são grandes compradores dessas ações; e) para os investidores, os fundos são uma aplicação financeira. Segundo Malacrida e Lima (2006), os fundos de investimento são classificados tradicionalmente em renda fixa e renda variável: a) fundos de renda fixa: São compostos em sua maioria, por aplicações em títulos que possuem uma taxa prefixada ou pós-fixada, porém, baseada no mercado de juros; b) fundos de renda variável: São compostos em sua maioria, por aplicações em ações e/ou títulos cuja taxa de retorno é variável, e não baseada diretamente no mercado de juros. TIPOS DE FUNDOS Rendimento Risco Liquidez Fundos de Renda Fixa Médio Baixo Alta Fonte: Adaptado de Gradilone, 2007, p. 52 Quadro 2 Tipos de fundos Fundos de Ações Alto Alto Alta 34 1.6 Indicadores de desempenho Nem sempre uma opção de investimento que gerou maior rentabilidade em um determinado período pode ser considerada a melhor para se investir. De acordo com Malacrida e Lima (2006), alguns indicadores conhecidos como benchmarks auxiliam investidores e profissionais do mercado a avaliarem o desempenho de uma opção. A análise da rentabilidade de um fundo de investimento, por exemplo, é comparada com as oscilações desses índices pelos investidores. Serão analisados a seguir: os índices do mercado acionário e os Certificados de Depósito Interbancário (CDIs). 1.6.1 Índices do mercado acionário De acordo com os autores Goulart, Lima e Gregório (2006), a Bovespa costuma divulgar alguns índices que mostram a evolução dos negócios e ações no mercado. Entre diversos índices divulgados, é essencial a análise do índice Bovespa para quem investe em ações, tanto para acompanhamento do mercado, como para avaliar comparativamente o desempenho de sua própria carteira. O índice Bovespa (Ibovespa) é o mais importante indicador do desempenho do mercado de ações brasileiro, pois retrata o comportamento das principais ações negociadas na Bovespa. Ele é formado a partir de uma aplicação imaginária, em reais, em uma quantidade teórica de ações (carteira). Sua finalidade é servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, as ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do numero de negócios e do volume financeiro negociados no mercado a vista. (GOULART; LIMA; GREGÓRIO, 2006, p. 33) A Bovespa divulga também outros índices: a) índice brasil (IBrX): Mede o retorno de uma carteira de ações integrada pelas cem ações mais negociadas; 35 b) IBrX-50: Mede o retorno de uma carteira de ações composta pelas cinqüenta ações mais negociadas; c) índice de energia elétrica (IEE): Índice setorial que mede o desempenho das ações do setor elétrico; d) índice setorial de telecomunicações (ITEL): Índice setorial que mede o desempenho das ações do setor de telecomunicações (tanto telefonia fixa como celular); e) índice de ações com governança corporativa diferenciada (IGC): Mede o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa; f) índice valor bovespa (IVBX-2): Mede o retorno de carteira hipotética constituída exclusivamente por papéis emitidos por empresas de excelente conceito perante os investidores, classificadas a partir da 11ª posição, tanto em termos de valor de mercado como de liquidez de suas ações; g) índice de ações com tag along diferenciado (ITAG): Mede o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários, no caso de alienação do controle; h) índice de sustentabilidade empresarial (ISE): Reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial. 1.6.2 Certificados de depósito interbancário Os bancos emprestam dinheiro uns aos outros no mercado interbancário. De acordo com Gradilone (2007), os certificados de depósitos interbancários (CDIs) são títulos trocados nessas transações e representam a melhor taxa que o banco se dispõe a pagar pelo dinheiro de um investidor. 36 Certificados de depósito interbancário são títulos emitidos por instituições financeiras monetárias e não monetárias com a função de transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Sendo assim, viabilizam a liquidez do sistema financeiro, permitindo que as instituições financeiras com sobra de recursos os transfiram para aquelas que apresentam necessidade de financiamento de seu caixa. Sua negociação é restrita ao mercado interfinanceiro e a maior parte das transações tem prazo de um dia, não obstante possam ser negociadas por prazos maiores. Não há taxação sobre essas operações. São rápidas e seguras. (GREGÓRIO; LIMA; GOULART, 2006, p. 110) A taxa dos CDIs, pela qual os bancos trocam dinheiro entre si, é o juro referencial para o setor privado, de forma que sua taxa média diária é utilizada como referencial para o custo do dinheiro (juros), e como parâmetro para avaliar a rentabilidade dos investimentos no mercado. (GRADILONE, 2007) 37 CAPÍTULO II A EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS LTDA 2 DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA 2.1 Histórico e evolução A Empresa SP Leon Corretora de Seguros, CNPJ 07.073.274/0001-50, foi fundada em 1992 na cidade de Lins, quando o Sr. Leon Guimarães resolveu entrar no ramo de seguros por influência de seu sogro, que já possuía carteira de corretor e alguns clientes segurados. Fonte: Fotografada pelos autores, outubro 2008 Figura 4: Fachada da empresa 38 A empresa iniciou suas atividades com seguros de automóveis e residências de amigos e conhecidos. Após este período se tornou uma empresa consolidada e conhecida na cidade, prestando serviços a diversos clientes. a) em 1994, a SP Leon fundou o núcleo educativo Garotos do Bairro. Nessa creche são oferecidas aulas de música, informática, esportes, reforço escolar e de consciência cívica e moral, para cerca de 70 crianças de 7 a 12 anos; b) em 2002 a empresa decidiu expandir seus negócios, criando uma nova filial na cidade de Osasco, visando atender novos clientes nessa cidade; c) em 2005, a empresa alterou sua razão social, passando de SP Leon Corretora de Seguros Ltda, para SP Leondeny Corretora de Seguros Ltda; d) em janeiro de 2007, a filial de Osasco foi transferida para a capital São Paulo. Hoje, a principal preocupação da empresa, é garantir aos seus clientes acesso às soluções de proteção mais adequadas e vantajosas. Para tanto, toda a experiência acumulada ao longo dos 16 anos da empresa é utilizada para oferecer os melhores serviços e analisar com profundidade as necessidades do cliente, propondo o programa de seguros mais ajustado a cada realidade. 2.2 A empresa A estrutura da empresa é capaz assegurar a máxima qualidade em todas as etapas de relacionamento com o cliente, desde o atendimento no momento da contratação e renovação de apólices, até a assessoria de profissionais treinados e capacitados para ajudá-los nos casos de ocorrência de sinistros. 39 A área técnica da SP Leon Corretora de Seguros proporciona ainda todo o suporte à venda, manutenção das apólices de seguros e prestação de serviços aos clientes. Toda essa infra-estrutura tem por objetivo superar cada vez mais as expectativas dos segurados por meio do aprimoramento dos processos da corretora. 2.3 Ramo de atuação Atualmente a SP Leon Corretora de Seguros opera em todos os ramos de seguros através de parceria firmada com as melhores e mais conceituadas seguradoras do País. Sua missão é atuar como consultora de seguros, a fim de atender as necessidades do cliente com a máxima qualidade e precisão. Para tanto, profissionais treinados e com larga experiência avaliam os riscos aos quais o segurado está exposto, e apresentam o melhor programa de seguros para cada realidade. 2.4 Equipe gerencial A Equipe Gerencial é formada pelos sócios Leon Guimarães e Marcela Becari Guimarães, respectivamente, pai e filha. O Sr. Leon Guimarães é graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Lins, e já atuou em diversas empresas, até se engajar no ramo de seguros onde permanece há 16 anos. A Senhora Marcela Guimarães é Turismóloga formada pela Unimep de Lins, e atuou no ramo de agência de viagens por alguns anos, até se tornar sócia de seu pai na SP Leon. 40 2.5 Parcerias A SP Leon Corretora de Seguros tem como principais parceiros, diversas Companhias de Seguros que oferecem o serviço certo para cada seguro contratado. Entre essas empresas, podem ser citadas: Porto Seguro, Azul Seguros, Liberty Seguros, Bradesco Seguros, Mapfre Seguros, Allianz Seguros, Unibanco Seguros, Itaú Seguros, Marítima Seguros, Sul América Seguros e Real/Tókio Marine. As empresas citadas acima são companhias que por meio de um contrato, se responsabilizam a indenizar o cliente por eventuais prejuízos que ele sofra, de acordo com o especificado na apólice de seguros. 2.6 Produtos 2.6.1 Modalidades de contratação 2.6.1.1 Seguro de veículos Cobre prejuízos ao veículo (colisão, incêndio, roubo) e a terceiros, em caso de responsabilidade do segurado. O seguro visa indenizar o segurado por prejuízos no veículo indicado na apólice (contrato de seguro) ocorrida dentro do território nacional decorrentes de incêndio, roubo ou colisão. A indenização ocorre tanto em casos de danos parciais, quanto em casos de perda total (impossibilidade de recuperação/conserto). No caso de perda total, a franquia, participação obrigatória do segurado no pagamento dos prejuízos, não é deduzida no valor da indenização. A importância segurada é o valor constante na apólice, previamente acordado entre as partes, podendo atualmente ser definido de duas maneiras: 41 a) valor de mercado referenciado: indenização paga pelo valor médio de mercado conforme tabela e porcentagem sobre as mesmas impressas na apólice; b) valor determinado: indenização paga pelo valor grafado em reais na apólice. Coberturas: a) colisão: acidentes de trânsito em geral, queda acidental sobre o veículo de qualquer agente externo que não faça parte do mesmo ou não esteja fixado nele, atos danosos praticados por terceiros, submersão total ou parcial do veículo em água doce proveniente de enchentes ou inundações, granizo, furacão, terremoto, incêndio ou explosão acidental, raio e suas conseqüências, roubo ou furto e suas conseqüências; b) acessórios: garantem a indenização por perdas para acessórios (equipamentos de som e afins), equipamentos (Munck, plataforma elevatória, guindaste, etc.), carrocerias e similares, desde que tais bens estejam discriminados na apólice e tenha sido pago prêmio específico. Demais acessórios estão incluídos no valor destinado ao veículo (casco) não se aplicando a eles a exigência acima, porém, terão cobrança da mesma franquia fixada ao veículo; c) assistência 24 horas: prestação de serviços de assistência ao veículo segurado e seus ocupantes em decorrência de acidente de trânsito, incêndio ou roubo, bem como pane elétrica ou mecânica; d) carro reserva: desde que seja pago prêmio adicional, garante ao segurado o direito a um carro reserva, com seguro, em caso de evento coberto, variando de uma seguradora para outra nos casos de perda total e perda parcial; e) acidentes pessoais de passageiros (APP): garante indenização ao motorista e passageiros do veículo ou a seus beneficiários legais em caso de acidente que os atinja e que resulte em morte ou invalidez permanente; f) responsabilidade civil facultativa (RCF): garante indenização dos valores que o cliente tenha de pagar a terceiros por danos materiais e/ou pessoais e/ou morais, todos involuntários, causados por 42 sinistros dos quais ele seja comprovadamente responsável. Não há franquia para as coberturas de RCF. 2.6.1.2 Seguro de vida Paga ao segurado ou aos seus beneficiários uma determinada quantia, previamente fixada na apólice, no caso de morte ou invalidez. Tem por finalidade o pagamento ao segurado ou aos seus beneficiários de uma determinada quantia (capital segurado) previamente fixada na apólice nos eventos contratados. a) morte: Morte por qualquer causa; b) morte acidental: Morte de causa externa, súbita, involuntária e violenta; c) invalidez total ou parcial por acidente: Evento com data caracterizada, exclusivo e diretamente externo, súbito, involuntário e violento, causador de lesão física total ou parcial. A indenização é paga de acordo com o grau da lesão; d) invalidez permanente total por doença: Indenização por invalidez da qual não se pode esperar a recuperação ou reabilitação com os recursos terapêuticos disponíveis. 2.6.1.3 Seguro de residência Indeniza prejuízos causados à residência, por incêndio, raio, explosão, roubo, entre outros. Garante indenização por prejuízos causados à residência segurada durante a vigência da apólice em decorrência de eventos cobertos pelas garantias contratadas. Coberturas Principais: a) incêndio: onde quer que o mesmo tenha origem, inclusive em decorrência de tumultos, greves e lockout; 43 b) queda de raio: exclusivamente dentro da área do terreno ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados; c) explosão: de qualquer natureza onde quer que a mesma tenha origem. Coberturas Opcionais: a) danos elétricos: perdas e danos causados à residência segurada devido a variações anormais de tensão, curto-circuito, arco voltaico, calor gerado acidentalmente por eletricidade, descargas elétricas, eletricidade estática ou qualquer efeito ou fenômeno de natureza elétrica; b) desmoronamento: perdas e danos provocados diretamente por desmoronamento parcial ou total em conseqüência de qualquer evento, inclusive por convulsões da natureza, como tufão, furacão, inundação e terremoto; c) roubo e furto qualificado: indeniza os bens subtraídos de dentro da residência por meio de roubo ou furto qualificado. Essa garantia responde ainda por danos causados a portas, janelas, fechaduras e outras partes da residência segurada em conseqüência ou decorrente da simples tentativa de roubo ou furto qualificado, excluindo-se da indenização os vidros; d) vendaval/fumaça: essa garantia indeniza o segurado por perdas e danos causados à residência diretamente por vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, colisão involuntária de veículos, aeronaves ou quaisquer outros engenhos aéreos ou espaciais e fumaça; e) aluguel (perda ou pagamento): indeniza a perda de aluguel que a residência venha a deixar de render por não poder ser ocupada em decorrência de sinistro coberto pelas garantias indicadas na apólice. Indeniza também despesa de aluguel que o proprietário da residência segurada tenha de pagar a terceiros, caso seja obrigado a alugar outro imóvel para nele se instalar, em conseqüência de sinistro coberto pelas garantias indicadas na especificação da apólice; 44 f) quebra de vidros: cobre os prejuízos referentes a quebra de vidros e espelhos instalados na residência segurada provocada por qualquer causa; g) responsabilidade civil familiar: garante o pagamento de indenizações decorrentes de danos corporais ou materiais causados a terceiros pelo segurado, seus dependentes e empregados domésticos no exercício do trabalho. Cobre também os danos a terceiros provocados por animais domésticos ou associados à existência, uso e conservação do imóvel; h) condomínio: reembolsa danos que o imóvel venha a sofrer em virtude de incêndio, queda de raio ou explosão de gás doméstico, além de outras coberturas adicionais, quando contratadas. Impacto de veículos, roubo, danos elétricos, alagamento, desmoronamento, derrame de água de sprinklers, responsabilidade civil do condomínio; i) viagem: esse tipo de seguro visa oferecer maior tranqüilidade e comodidade ao segurado em viagens, por meio da contratação de um capital que garante o pagamento de despesas médicas e hospitalares nos casos de urgência e emergência. Os produtos oferecem coberturas variadas, que incluem, além da assistência médica, serviços de localização de bagagem, despesas com farmácia, despesas odontológicas, assistência jurídica, etc. O atendimento é prestado sempre por meio de uma central de assistência 24 horas. A contratação do seguro deve ser feita com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem. 2.6.1.4 Seguro saúde Cobre as despesas que o segurado tenha em função de atendimento médico-hospitalar referente a cirurgias, honorários médicos e outros. O seguro destina-se ao ressarcimento das despesas que o segurado tenha em função de atendimento médico-hospitalar referente a cirurgias, honorários médicos, exames laboratoriais, tratamentos, consultas médicas, 45 internações, etc. As coberturas variam em função do contrato. Por esse motivo, é importante observar o que está estipulado no mesmo ao contratar o seguro. 2.6.1.5 Seguro de riscos diversos Destina-se a cobrir perdas de propriedades do segurado provocadas por acidentes de origem súbita e imprevista que causem perdas/danos a esses bens. O seguro de Riscos Diversos destina-se a proteger os bens de propriedade do segurado no caso de acidentes de origem súbita e imprevista que causem perdas/danos a esses bens, bem como ao estabelecimento segurado. Roubo, vendaval, incêndio e explosão são algumas das coberturas que podem ser contratadas. Além disso, há diversas modalidades, algumas das quais estão listadas a seguir: a) riscos diversos equipamentos; b) riscos diversos equipamentos agrícolas; c) riscos diversos empresa; d) riscos diversos condomínio; e) riscos diversos residência (destinado a pessoa física); f) casco marítimo; g) casco aeronáutico. 2.6.1.6 Seguro garantia Garante ao segurado o cumprimento de serviços ou acordos feitos com terceiros num prazo determinado. a) garantia do concorrente ou manutenção de oferta: garante ao segurado que a empresa vencedora de uma licitação assinará o contrato de execução, mantendo o preço proposto, conforme estabelecido em uma proposta comercial; 46 b) se o tomador se negar a assumir as obrigações previstas na concorrência e em sua proposta comercial, o segurador indenizará o segurado até o limite da importância fixada na apólice e entrará com uma ação de regresso contra o tomador; c) garantia do executante: é a modalidade que garante o fiel cumprimento do contrato, seja para construir, fornecer ou prestar serviços. Em caso de descumprimento do contrato, o segurador imediatamente efetua a indenização dos prejuízos causados pelo tomador ao segurado; d) garantia de retenção de pagamento: trata-se de garantia subsidiária em contratos de execução e garante as retenções de pagamento que o contratado teria de deixar depositado em complemento de garantia estabelecida em contrato; e) garantia de adiantamento de pagamentos: Garante adiantamentos concedidos ao contratado para a compra de materiais, instalação no canteiro de obras, etc; f) garantia de perfeito funcionamento: permite ao segurado receber indenização dos prejuízos decorrentes da inadequação de qualidade de construção, bens fornecidos ou serviços prestados; g) garantia aduaneira: garante a indenização de prejuízos decorrentes do não recolhimento dos impostos devidos nas importações temporárias; h) garantia judicial: é um instrumento de garantia que visa assegurar o juízo (poder judiciário) relativo a efetividade processual, permitindo depois de recepcionado, a discussão jurídica até o termo final; i) garantia imobiliária: baseado na Lei 4.591, 64, esse seguro tem por objeto garantir a fiel execução das obras de construção de edificações ou conjunto de edificações de unidades autônomas. 2.6.1.7 Seguro transporte 47 Apresenta os ramos importação/exportação e transportes nacionais e indeniza prejuízos causados aos bens transportados em decorrência de acidentes com o veículo transportador. a) internacional: O seguro destina-se a cobrir as perdas e danos provocados no objeto segurado, provenientes de naufrágio, encalhe explosão, incêndio, raio, ressacas, tempestades, arrebatamento pelo mar, operações de carga e descarga, transbordo, mudança de rota forçada, barataria do capitão ou tripulantes, riscos resultantes de fortuna do mar, caso fortuito ou força maior; b) nacional: Cobre as perdas e danos que sobrevenham ao objeto segurado, provenientes de colisão, capotagem, descarrilamento, tombamento, incêndio, explosão, raio, inundação, desmoronamento de terra e pedras, roubo oriundo de assalto a mão armada, desaparecimento total do veículo, água doce ou de chuva, amassamento, arranhadura, contaminação, derrame, quebra, roubo, vazamento e outros danos semelhantes. 2.7 Clientes A SP Leon Corretora de Seguros tem como seus principais clientes, pessoas físicas que buscam segurar seu patrimônio e pessoas Jurídicas, que buscam seguro de frotas de automóveis, seguro saúde e seguro de vida para funcionários. Entre os principais clientes, podem-se citar empresas de ramos diversos como: Brascargo Logística e Transporte, Klint Distribuidora de Soluções Tecnológicas, F.A Trevise Ltda, Ceavil Construções, Transfrigor do Brasil Ltda, Embragem, Empresa de Armazéns Gerais Ltda., entre outras. 2.8 Estrutura organizacional 48 Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, a SP Leon Corretora de Seguros possui um sistema organizacional simples. Pode-se identificar a estrutura da empresa no organograma abaixo: DIRETOR SINISTRO ADMINISTRATIVO ARQUIVO FINANCEIRO E CONTABILIDADE VENDAS ARQUIVO Fonte: Elaborado pelos autores Figura 5: Organograma da empresa A SP Leon capacita seus funcionários fazendo treinamentos e cursos preparatórios para cada tipo de atendimento. Vale citar que a empresa vem se preocupando com a imagem que irá passar para seus segurados, e dessa forma, sempre está investindo na qualidade de sua estrutura, buscando sempre a maior satisfação e aprovação do público alvo. 2.8.1 Departamentos 2.8.1.1 Administrativo 49 O Departamento Administrativo fica responsável por: a) supervisionar e coordenar os setores Financeiro e Arquivo; b) dirigir o processo de recrutamento de pessoal; c) encaminhar e conferir todas as correspondências e documentos que são emitidas para os clientes como apólices e cobranças; d) controlar contas a receber, informando pendências financeiras a todo cliente em débito; e) diminuir a inadimplência na corretora evitando o não pagamento de comissões. 2.8.1.2 Financeiro e contabilidade Ficam a cargo do Departamento Financeiro e Contabilidade: a) conferir a rentabilidade em cada venda; b) analisar se está de acordo o que companhia de seguro está pagando para corretora; c) contabilizar receitas de despesas da empresa; d) prestar contas para diretoria; e) cotar preços, fazer de orçamentos e compras de itens para uso próprio na corretora. 2.8.1.3 Vendas É a linha de frente da corretora, e é o departamento responsável por: a) captar e orientar de forma geral o segurado; b) informar e apresentar o produto ao cliente; c) fazer a ligação do cliente com a companhia de seguros por meio da uma proposta de seguro; 50 d) passar para o setor administrativo a proposta para que seja conferida e enviada para a companhia de seguro, onde posteriormente será emitida a apólice do segurado; e) renovar o seguro, contatando os segurados e informando quando uma apólice está para vencer; f) passar o valor para o novo período para contratação da próxima vigência. 2.8.1.4 Sinistro É o setor que fica responsável por atender o cliente quanto ao serviço contratado, pedir os documentos necessários para abertura do sinistro, onde posteriormente fará a reclamação de sinistro para Cia. de Seguros que fica responsável por analisar e pagar o segurado de acordo com o serviço contratado. 2.8.1.5 Arquivo Fica responsável ao Arquivo: a) arquivar as pastas dos segurados e liquidações de sinistros em locais próprios, guardando assim as informações e contratos; b) digitar as informações dos seguros no sistema para que além do arquivo físico, as informações permaneçam armazenadas em softwares. 51 CAPÍTULO III A ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE APLICADA NA EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS LTDA 3 ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO Este capítulo tem como objetivo demonstrar a viabilidade de investimento do capital excedente da empresa SP Leondeny Corretora de Seguros, tendo como alternativa, as diversas opções do mercado atual que tem crescido consideravelmente. Para demonstrar as etapas da administração de capital excedente, abordando a necessidade da empresa escolher a opção mais rentável e favorável ao seu perfil, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa SP Leondeny Corretora de Seguros, situada na cidade de Lins, no período de março a outubro de 2008. Os métodos utilizados para a pesquisa foram: Estudo de caso: utilizado para analisar aspectos voltados a resultados financeiros, e para a simulação de investimentos da empresa. Método de observação sistemática: utilizado para simular e analisar as aplicações dos recursos excedentes no mercado, assim como seus eventuais retornos, como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. Para se obter informações, a pesquisa utilizou as seguintes técnicas: Roteiro de estudo de caso (Apêndice A); Roteiro de observação Sistemática; Roteiro de entrevista com o sócio diretor da empresa; Roteiro de entrevista com o gerente financeiro. A Empresa SP Leon Corretora de Seguros adquiriu os seguintes resultados nos últimos dois anos de exercício: 52 Fonte: Setor de Contabilidade da SP Leon Quadro 3 D.R.E. da SP Leon Através da análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), constata-se um crescimento considerável da lucratividade da empresa no período de 2006 para 2007. O quadro abaixo demonstra que até dezembro de 2005, a empresa possuía um capital acumulado no valor de 61.320,00, onde vem sendo aplicado na caderneta de poupança. Fonte: Elaborado pelos autores Quadro 4 Rentabilidade da poupança 53 Considerando os dois aportes anuais, a aplicação gerou até o fim de 2007, um acumulado de 106.595,25, sendo um valor muito alto para a baixa rentabilidade gerada na caderneta (em média 8,88% de 2003 a 2007). Abaixo, a pesquisa realizou um comparativo da rentabilidade dos principais índices do mercado dos últimos cinco anos. Foi calculada a média anual de cada índice, assim como o percentual da rentabilidade total no período. Fonte: Elaborado pelos autores Quadro 5 Histórico da rentabilidade dos índices De acordo com o quadro, índice Bovespa, que reflete o desempenho de uma carteira composta pelas ações mais negociadas no mercado, obteve uma rentabilidade muito superior aos demais índices nos últimos cinco anos. Enfim, a empresa não vem aplicando o seu capital excedente da maneira mais rentável, de forma que pela análise pregressa, a pesquisa constatou que as opções que geraram melhores retornos foram os investimentos em ações. 3.1 Investindo em ações 54 Eid Junior (2007a) fundamenta que há diversos economistas especializados em países e setores, matemáticos, programadores e ainda, um conjunto de assistentes que acompanham todas as notícias que são publicadas sobre as empresas. Portanto, para se investir diretamente em ações, exige no mínimo conhecimentos, recursos e pessoal técnico para analisar cada empresa e cada ação. Alguns critérios são essenciais para não se correr riscos no mercado acionário: a) ter acesso à análise de boa qualidade sobre as empresas e ações; b) ter tempo para se dedicar ao acompanhamento do mercado, entendendo os determinantes do desempenho das ações; c) estudar e acompanhar o desempenho da economia mundial e dos setores. Se o investidor não atender a todos esses critérios, ele possui como opção, instrumentos que tenham uma equipe muito capacitada por trás para tomar as melhores decisões, como por exemplo, os fundos de investimento. A grande vantagem de se aplicar em Fundos de Investimentos é sua capacidade de análise, sendo que possuem à disposição, um conjunto grande de analistas, que conseguem adquirir informações que em geral não são acessíveis aos investidores comuns, seja por desconhecimento, seja por elevado custo desses comparativos. Os fundos podem assumir esses custos em função do grande volume de recursos que gerenciam. (EID JUNIOR, 2007b) Existem outras diversas modalidades de investimento, porém a pesquisa encontrou na aplicação em fundos de ações livre, a chance da empresa SP Leon de diluir riscos com melhores ganhos, e ainda contar com gestores especializados no mercado, trazendo tranqüilidade para o sócio-investidor, já que a empresa não possui um setor especializado nessa atividade. 3.2 Análise dos fundos Como a empresa deseja assumir o risco calculado para esse capital aplicado, sabendo que a falta dessa quantia não causará impactos nos 55 períodos posteriores do fluxo de caixa, pode-se então entender que o fundo sugerido deverá possuir níveis balanceados de risco e rentabilidade. De acordo com Barbosa (2008), Eid Junior (2007a) e Halfeld (2006) é de fundamental importância a análise de alguns fatores para escolha do fundo de ações que atenda melhor às necessidades da empresa. 3.2.1 Tipo e estratégia de gestão Embora exista uma dezena de tipos diferentes de fundos de ações, o melhor é optar por uma gestão ativa, que busque, por exemplo, ganhos superiores ao Ibovespa, isso devido aos tempos de volatilidade atuais. Dessa forma, caberá ao gestor buscar melhores resultados, mudando a estratégia do fundo e a carteira se necessário. Conhecer quem são os gestores e certificar-se da confiabilidade da instituição são procedimentos mais importantes do que se pode imaginar. Olhar apenas a rentabilidade de um fundo não é suficiente. Vale a pena analisar se o fundo tem sido fiel a estratégia assumida inicialmente. 3.2.2 Riscos De acordo com Halfeld (2006), diversificar os investimentos, assim como ampliar o período das aplicações, tende a diminuir o risco dos investimentos. Os fundos com carteiras menos diversificadas são mais sensíveis a perdas no caso de uma das ações, apresentar queda mais expressiva. Para investidores que não querem assumir um alto grau de risco, um outro passo é optar por fundos que não operem alavancados. Alavancar significa quando o gestor opta por operar com valores acima do patrimônio. Com isso, potencializa as chances de retorno, mas também aumenta os riscos, em caso de uma crise séria, o investidor pode perder todo o seu dinheiro e até 56 ser chamado para cobrir um eventual rombo. Portanto, entre dois fundos com o mesmo desempenho, o melhor é optar pelo que não opera alavancado. 3.2.3 Desempenho passado Nos fundos de gestão ativa, as rentabilidades podem variar muito, portanto é crucial examinar a capacidade do gestor em superar as adversidades. Em geral, o sucesso no passado com carteiras bem diversificadas e com estratégias bem definidas, é pelo menos uma garantia parcial do sucesso no futuro. Extrair informações passadas é um dos bons caminhos para a escolha dos investimentos. É fundamental que os investidores analisem o retorno dos fundos olhando um período longo, em torno de cinco anos. Essa análise não pode se restringir ao retorno acumulado, de forma que deve ser feita em sub-períodos. É importante procurar aqueles que apresentem resultados consistentes ao longo do tempo, ou seja, aqueles que em todos os períodos tiveram rentabilidade constante. Esses fundos conseguem reagir melhor às crises do que os outros. É importante antes de investir em fundos novos no mercado, aguardálos a mostrarem suas qualidades ao longo do tempo. 3.2.4 Patrimônio Deve-se evitar os fundos com poucos cotistas ou com patrimônio muito pequeno. A razão é simples: num fundo pequeno, a saída de um grande cotista, ainda mais se ocorrer num momento de crise, pode trazer grandes prejuízos para quem fica. Melhor aplicar em fundos consolidados, com patrimônio bastante pulverizado. 57 3.2.5 Comparar custos dos fundos Há dois custos embutidos nos fundos de ações: a taxa de administração e a de performance. As duas têm seus valores diluídos nas cotas, ou seja, já estão descontadas no preço da ação. No caso da taxa de performance, não há muito como economizar, já que o valor está fixado, variando apenas o índice de referência utilizado no cálculo. A taxa de administração é fundamental para o desempenho dos fundos, principalmente os mais comuns, como os DI e de renda fixa, sendo que essa tarifa pode variar de 2% a 4,5%. Nem sempre um fundo mais barato é o melhor, pois este pode ter taxa de administração mais alta e retorno também maior. Um fundo mais caro e mais rentável pode ser mais viável, porque a taxa cobrada é apenas a remuneração pelo bom serviço prestado pelo gestor 3.2.6 Liquidez Vale a pena verificar as regras de resgate do fundo antes de fechar a aplicação. A maioria dos fundos de ações é D3 ou D4 (ou seja, o resgate acontece três ou quatro dias após a solicitação), mas ainda há produtos no mercado com prazo de 30 dias para resgate e até fundos com carência. Dessa forma, o investidor não pode sacar nos primeiros dias ou meses de aplicação. Isso ganha importância no caso de um imprevisto, quando é preciso sacar o dinheiro com urgência e o aplicador se dá conta de que vai precisar esperar para ver seu dinheiro. 3.3 Seleção do fundo Para a escolha do melhor fundo, foram analisados os seguintes critérios: 58 a) o fundo escolhido deverá trazer em seu histórico (no mínimo, os últimos 5 anos), rentabilidades que venham de encontro com os anseios de ganhos da empresa; b) as empresas que fazem parte do mix de ações e suas respectivas análises de crescimento futuro; c) percentual de distribuição que cada empresa tem dentro deste fundo; d) número de investidores que o fundo possui, pois através deles, é que se pode conseguir maior poder de negociações; e) o fundo deverá estar devidamente cadastrado junto à Bovespa; f) a corretora da qual o comercializa, também terá que obedecer os critérios mínimos exigidos por este órgão regulador. 3.4 Banco de Investimento Geração Futuro Foi direcionada a gestão e análise do fundo à corretora Geração Futuro, que é uma das melhores gestoras especializadas no mercado de ações, contando com o conhecimento e a experiência de um grupo de analistas em investimentos com interesses alinhados há mais de 30 anos. A empresa possui mais de 45 mil clientes, e conta com 7,1 bilhões de recursos de terceiros administrados. Os resultados da geração futuro são frutos de uma análise criteriosa e fundamentalista das empresas que compõem a carteira de ações. São selecionadas poucas empresas com alto potencial de crescimento, qualidade de gestão e governança corporativa. 3.4.1 Apresentação das empresas da carteira Abaixo foi apresentado o percentual atribuído à cada empresa na diversificação da carteira da Geração Futuro: 59 Fonte: Geração Futuro, 2008. Figura 6: Portifólio da carteira 3.4.1.1 Petrobrás a) maior empresa brasileira e uma das maiores companhias de energia do mundo; b) líder nas tecnologias de exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultra profundas; c) tem se destacado como uma das empresas que mais ampliam suas reservas de petróleo e sua capacidade de produção e refino; d) pretende ampliar sua inserção no mercado de biocombustíveis. 3.4.1.2 Gerdau a) maior produtora de aços longos das Américas; 60 b) décima primeira siderúrgica mundial, operando com 55 usinas e presente em 13 países; c) especializada no fornecimento para construção civil, indústria e agropecuária; d) posiciona-se como consolidadora da indústria com amplo histórico favorável de aquisições; e) possui 39 usinas espalhadas por diversos países. 3.4.1.3 Usiminas a) líder no mercado siderúrgico brasileiro de aços planos; b) representa 27% da produção do país, com market share de 52%; c) principal fornecedora dos setores automotivo, naval e de tubos de grande diâmetro no país; d) o atual programa de investimentos para expansão e melhoria da produção e a recente aquisição de minas de ferro contribuirão para consolidar a Usiminas como uma das siderúrgicas mais eficientes do mundo. 3.4.1.4 Votorantim Celulose e Papel a) empresa focada na produção de celulose e na fabricação de papéis especiais; b) se destaca pelos projetos de expansão já em andamento que a colocarão entre os líderes mundiais na fabricação de celulose de eucalipto, com um dos mais baixos custos de produção do mundo; c) controlada pelo grupo Votorantim, a empresa está apta a atuar como consolidadora do setor no país, estando presente no bloco de controle da Aracruz. 61 3.4.1.5 Taurus a) empresa que se destaca na fabricação de equipamentos de segurança; b) é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo; c) lidera o mercado brasileiro de armas, coletes e capacetes para motociclistas, com forte presença no mercado norte americano de pistolas e revólveres; d) atua também na fabricação de máquinas operatrizes e peças forjadas. 3.4.1.6 Randon a) atende o setor primário, cargas industriais e prestação de serviços, fornecendo carretas e vagões; b) líder em todos os mercados em que atua; c) sua marca é reconhecida intencionalmente; d) modelo de verticalização de produtos com elevada escala de produção e amplo portifólio; e) nas autopeças, lidera o fornecimento para caminhões e outros veículos pesados, operando com sócios estrangeiros, que lhe transferem tecnologia e oferecem acesso a mercados nos EUA e na Europa; f) exportam seus produtos para mais de 90 países e atuam com fornecedoras de todas as montadoras de veículos pesados do Brasil. 3.4.1.7 Weg a) maior indústria de motores de baixa tensão na América Latina; 62 b) lidera o mercado brasileiro e exporta para mais de 100 países; c) fornece soluções em energia através da fabricação de equipamentos para automação e gerenciamento de instalações, como motores elétricos, geradores, transformadores e subestações de energia; d) é líder no mercado doméstico com cerca de 80% de participação. 3.4.1.8 Guararapes a) união da maior confecção têxtil do país com a terceira maior rede de lojas de vestuário (Lojas Riachuelo); b) possui 94 lojas em 22 estados, mais de 13 milhões de cartões de crédito próprios e benefícios fiscais que lhe asseguram vantagens competitivas em relação aos concorrentes; c) única varejista integrada no Brasil. 3.4.1.9 Plascar a) fornecedora referência no mercado internacional no setor automobilístico; b) com a expansão do mercado, deve continuar crescendo na América Latina, ampliando o atendimento a novas montadoras; c) controlada pelo IAC Group - Wilbur Ross e Franklin Mutual, com possibilidade de aumento de participação nas montadoras européias e asiáticas; d) atua no Nafta, Europa e Mercosul, atendendo as principais montadoras de veículos. Em seguida é apresentado o crescimento médio anual do faturamento das empresas da carteira, no período de 1995 a 2006. 63 Fonte: Geração Futuro, 2008. Figura 7: Crescimento da carteira 3.4.2 Fundo Geração FIA Entre os produtos da Geração Futuro, foi escolhida como opção de investimento, o Fundo de Investimento Geração FIA, que obteve grande destaque desde sua fundação, recebendo diversas premiações por sua performance. Um levantamento feito pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas constatou que o Geração FIA foi o fundo de ações no Brasil que de 2003 a 2007, alcançou a maior rentabilidade. O retorno de janeiro de 2003 a setembro de 2007, chegou a 945%, sendo o dobro da alta registrada pelo Índice Bovespa. (NÚMERO 1...,2007) A seguir a performance acumulada desde a criação do fundo: 64 Fonte: Geração Futuro, 2008. Figura 8: Geração FIA 3.4.3 Características do fundo O fundo Geração FIA apresenta as seguintes fatores: a) aplicação a partir de R$ 50.000,00; b) taxa de administração: 3% a.a.; c) taxa de performance: 20% sobre o que exceder do Ibovespa com cobrança semestral; d) patrimônio (em 30/06/2008): 502,75 milhões; e) principal gestor: Wagner Faccini Salavarry; f) movimentação mínima: 5.000,00 reais. Existem diversas categorias para classificação de fundos de investimento. O Fundo Geração FIA está classificado na categoria de Fundos de Ações Outros, que de acordo com Eid Junior (2007a), são fundos que buscam ganhos superiores aos dos índices da bolsa, com o uso das mais diferentes estratégias, buscando ações que pagam bons dividendos. Fundos que investem nas empresas menores, chamadas small caps, são bons 65 exemplos de fundos classificados nesta categoria. Historicamente esses são os fundos que obtiveram o melhor desempenho. 3.5 Análise financeira da empresa O valor de R$ 106.550,32 foi o saldo inicial do caixa em 2008, e analisando o fluxo de caixa previsto o exercício, foi constatado que o valor de R$ 100.000,00, é um valor excedente, que não causará impactos durante as previsões de entradas e saídas de caixa em 2008. Fonte: Setor de Contabilidade SP Leon Quadro 6 Fluxo de Caixa SP Leon O quadro abaixo demonstra as rentabilidades no período de 2003 à 2007 em quatro modalidades de investimento, entre elas o Fundo Geração Fia, o IBOVESPA, o CDI e a Poupança. 66 Fonte: Elaborado pelos autores Quadro 7 Simulador de investimento Os percentuais aplicados estão sendo considerados no final do exercício, com sugestão de aportes anuais que não venham influenciar nos compromissos do fluxo financeiro da empresa. O quadro abaixo mostra que enquanto se obteve uma rentabilidade de 1.054% no fundo de investimento Geração FIA; o Índice Bovespa, o CDI, e a Poupança renderam respectivamente 444%, 117% e 52%. A diferença foi muito relevante, levando-se em conta que não foram considerados os aportes anuais. Fonte: Elaborado pelos autores Quadro 8 Rentabilidade no período 67 Nessa simulação, aplicou-se a metodologia de análise para um investidor com perfil agressivo e com disponibilidade para aplicação à longo prazo. Observando-se o comparativo da rentabilidade do fundo escolhido, com investimentos tradicionais e índices que regem no mercado, a pesquisa conclui o quanto é vantajoso a empresa analisar as opções de investimento, administrando riscos e mensurando em seu fluxo financeiro o que realmente poderá ser aplicado. Com a estabilidade econômica e um cenário cada vez mais competitivo, as empresas brasileiras enfrentam o desafio de aprender a fazer planos de longo prazo. Investir e acreditar em empresas sólidas e bem estruturadas no mercado é um bom caminho para quem espera futuramente um retorno sobre suas aplicações. 3.5 Momento atual do mercado no mundo A partir do primeiro semestre de 2008 as conseqüências da crise dos subprime (créditos hipotecários de alto risco) nos Estados Unidos se propagam aos mercados financeiros americanos e mundiais. Nos nove primeiros meses do ano, os principais índices perderam mais de 25%. A crise se agrava no início de outubro de 2008 com quedas de quase 10% em vários mercados mundiais. Esta crise é a mais grave desde 1929, a diferença, entretanto, é que há uma reação competente por parte dos governos americanos e europeus, pois, mostram que não estão agindo de acordo com os preceitos neoliberais e da ortodoxia econômica, que dizem que os mercados resolvem tudo automaticamente. A forte intervenção destes governos vem oferecendo liquidez ao sistema e garantindo depósitos bancários, e isto irá contribuir para a resolução do problema. 3.6.1 Perspectivas 68 À medida que a economia cresce maior é a disponibilidade para investir, pois todo dinheiro não consumido pode ser convertido em investimentos. A expectativa da economia mundial é de um crescimento de 3,9% em 2008 e 3% em, 2009. O Brasil é um dos poucos países para o qual os especialistas elevaram suas estimativas de crescimento neste ano, 5,2%, em linha com outras previsões feitas pelo mercado. No ano que vem, no entanto, a expectativa é de uma forte desaceleração para 3,5%. Pela contramão da crise, vão os investidores que aproveitam este momento para adquirir cotas com preços baixos, e se beneficiando a médio e longo prazo com a situação atual. O investidor de fundos de ações deve estar consciente de que seu retorno será a longo prazo, e retirar o capital investido só lhe acarretará prejuízos. De acordo com as análises passadas, todas as vezes que existiram quedas drásticas, posteriormente se obteve altas substanciais. Como todas as crises que existiram, esta chegará ao fim, trazendo novamente ganhos expressivos ao mercado financeiro. 69 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Tendo em vista que a SP Leon possui o capital excedente no valor de R$ 100.000,00, e que o investimento desta disponibilidade não causará impactos no fluxo financeiro do próximo período, propomos que a empresa direcione a gestão deste recurso à Corretora Geração Futuro, que tem como indicação ao perfil da empresa o Fundo de Investimento Geração Fia, por trazer conforme análises demonstradas neste trabalho, as melhores rentabilidades do mercado, onde riscos existem, porém em níveis menores, pela composição de uma carteira extremamente sólida e bem dimensionada. Futuros aportes da aplicação ficarão a critério da empresa, salientando que este investimento deverá ser pensado à longo prazo. 70 CONCLUSÃO Diante da pesquisa, conclui-se a viabilidade de investimento no mercado de ações, onde as premissas teóricas apresentadas puderam fundamentar que parte dos riscos que envolvem essa aplicação, podem ser neutralizadas, adequando esse investimento em uma carteira diversificada à longo prazo. As modalidades de investimento escolhidas para empresa foram os fundos de investimento que além de possuírem a característica abordada, contam com equipes de gestores altamente qualificados para as melhores estratégias, que de modo muito rápido, asseguram as decisões diante das diversas oscilações do mercado. Esse fator é fundamental já que a empresa não possui um setor especializado na análise do mercado. Ressalta-se também que é importante que o fundo escolhido diversifique sua carteira através de resultados históricos conhecidos, e percepção analítica das tendências setoriais do mercado de ações. Foi constatado através de análises pregressas e simulações apresentadas no decorrer deste trabalho que as diversas modalidades de investimento oferecidas pelo mercado financeiro são instrumentos que possibilitam as empresas com capital excedente a obterem melhores resultados. O capital excedente que tenha seu risco administrado de forma fundamentalista, aplicado à longo prazo na opção que melhor atenda ao perfil e anseios do investidor, propicia rentabilidades superiores às aplicações tradicionais de baixo risco. A pesquisa fundamenta a importância das empresas buscarem para seus investimentos, opções que vão além dos tradicionais, e dessa forma, a abordagem do tema é de extrema relevância para as pessoas que desejam compreender melhor como se comportam as atividades de investimento nas diferentes modalidades do mercado. Para os autores, a presente pesquisa agregou uma série de fundamentos sobre o mercado financeiro, e de como regem os fatores ligados à economia. Pudemos adquirir uma visão mais ampla e concreta dos mercados financeiro e acionário, que possuem uma extensa variedade de opções, sendo que os fundos são apenas uma parte deste ramo. 71 Conhecer e aplicar análises fundamentalistas, são tarefas para profissionais que sabem as teorias que envolvem o setor e as tendências que regem a economia. Gerir capital de terceiros não é algo que se pode entregar aos cuidados de amadores, e neste sentido, a pesquisa buscou para a empresa de forma concreta e aqui estudada, trazer segurança com melhores ganhos, mesmo sabendo dos riscos inerentes neste mercado. 72 REFERÊNCIAS ANDREZO, A. F.; LIMA, I. S. Introdução ao mercado financeiro. In: LIMA, I. S.; LIMA, G.A.S. F.; PIMENTEL, R. C. (Coord.). Curso de mercado financeiro: tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2006, p. 1-21. ASSAF NETO, A. Investimento em ações. Ribeirão Preto: Inside books, 2008. BARBOSA, M. Sete passos para escolher um fundo de ações. Exame. São Paulo, n. 2, p, 54-55, fev. 2008. BOVESPA. Clube de investimento. Bolsa de Valores de São Paulo. São Paulo, p, 3-13, abr. 2008a. ______. Porque seus sonhos precisam de ação. Bolsa de Valores de São Paulo. São Paulo, p, 1-16, abr. 2008b. CAMPOS FILHO, A. Demonstração dos fluxos de caixa: uma ferramenta indispensável para administrar sua empresa. São Paulo: Atlas, 1999. 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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. 75 APÊNDICES 76 APÊNDICE A 1 Roteiro de Estudo de Caso INTRODUÇÃO A presente pesquisa foi realizada na empresa SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda, tendo como objetivo de pesquisa, demonstrar a viabilidade de investimento do capital excedente na opção que melhor atenda as necessidades da empresa. 2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO a) descrição do mercado financeiro e as possibilidades de investimento para o Capital Excedente da empresa; b) análise do risco, rentabilidade e liquidez das principais modalidades de investimento do mercado; c) depoimentos do sócio diretor da empresa, e do representante da corretora de valores, a qual foi direcionada a gestão do investimento; d) apresentação da opção que melhor atenda ao perfil e anseios da empresa. . 3 DISCUSSÃO Relação entre a teoria e a prática observada na empresa. 4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENNTOS. SOBRE 77 APÊNDICE B I Roteiro de Observação Sistemática DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa:................................................................................................................ Localização:........................................................................................................... Cidade:...............................................................................Estado:....................... Atividade Econômica:............................................................................................ Porte:..................................................................................................................... II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Análise do mercado financeiro e suas opções de investimento disponíveis ao investidor 2 Histórico da Empresa 3 Abertura de balanços dos exercícios dos últimos vinte quatro meses 4 Análise do fluxo caixa, custos operacionais, administrativos, fixos e variáveis 5 Identificação do Capital Excedente da Empresa 6 Demonstração das aplicações dos recursos do mesmo período 7 Estudo da viabilidade do investimento mais rentável e propícia para as características da empresa 78 APÊNDICE C I Roteiro Histórico DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa:............................................................................................................... Localização:........................................................................................................... Atividade econômica:............................................................................................. Porte:..................................................................................................................... Data de fundação:.................................................................................................. Sócios e proprietários:........................................................................................... II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA 1 Origem da empresa SP Leondeny:............................................................. 2 Fundadores:................................................................................................ 3 Evolução da empresa:................................................................................ 4 Atividades desenvolvidas:........................................................................... 5 Produtos:..................................................................................................... 6 Rentabilidade do investimento atual da empresa:...................................... 79 APÊNDICE D I Roteiro de Entrevista para o Sócio Diretor DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Tempo no Ramo:................................................................................................... Especialidades:...................................................................................................... Experiências Profissionais anteriores:................................................................... Experiências Profissionais atuais:......................................................................... Cidade:................................................................................................................... II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 A empresa SP LEON tem conhecimento das diversas opções investimentos do mercado, e suas atribuições? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2 De que maneira o capital da empresa tem sido investido? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3 Como a empresa analisa suas disponibilidades, e decide o quê investir? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4 A empresa tem obtido retorno satisfatório com as aplicações financeiras que ela possui? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 A empresa está disposta a realizar um investimento à longo prazo? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 80 APÊNDICE E Roteiro de Entrevista para o representante da corretora de valores, a qual foi direcionada a gestão do investimento I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Tempo no Ramo:......................................................................................... Especialidades:........................................................................................... Experiências Profissionais anteriores:........................................................ Experiências Profissionais atuais:............................................................... Cidade:........................................................................................................ II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Quais as vantagens do mercado de ações em relação ao de renda fixa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2 Quais as características e atributos das empresas que fazem parte da composição da carteira em que vocês diversificam os investimentos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3 Como identificar o melhor tipo de investimento para cada perfil? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4 De que maneira funciona a dinâmica das operações na Bolsa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 Como a Geração Futuro enxerga o futuro dos investimentos diante de uma crise econômica como a atual? _______________________________________________________________ 81 _______________________________________________________________ 6 Quais os procedimentos necessários para que a empresa SP LEON se torne membro investidor de sua corretora? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 7 Que tipos de análises de mercado são realizadas diariamente pelas corretoras de valores? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8 Como são realizadas as análises fundamentalistas? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 9 Como acontece a renovação das empresas da carteira de investimentos, e quais critérios são levados em consideração pelos analistas da corretora? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 82 ANEXOS 83 ANEXO A Fotos Foto 1: Fachada da Empresa Foto 2: Recepção 84 Foto 3: Autores visitam a Bovespa com seu orientador Foto 4: Antigo pregão da Bovespa 85 Foto 5: Painel de preços comercializados Foto 6: Painel de oscilações dos índices das empresas 86 Foto 7: Palestra da Corretora de Valores Geração Futuro no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Foto 8: Palestrante André Hojo This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. 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