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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Lucas Pellegrino de Noronha Souza
Michel Umeki
Paulo Otávio da Silva Gimenes
Vinicius Eduardo Ricco
ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO
MERCADO FINANCEIRO
SP Leondeny Administradora e Corretora de
Seguros Ltda - Lins/SP
LINS
SP
2008
0
LUCAS PELLEGRINO DE NORONHA SOUZA
MICHEL UMEKI
PAULO OTÁVIO DA SILVA GIMENES
VINICIUS EDUARDO RICCO
ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Administração, sob a
orientação do Prof.º M.Sc. André Ricardo
Ponce dos Santos e orientação técnica da
Prof.ª M.Sc. Heloisa Helena Rovery da
Silva.
LINS
SP
2008
1
Souza, Lucas Pellegrino de Noronha; Umeki, Michel; Gimenes, Paulo
Otávio da Silva; Ricco, Vinicius Eduardo
S716a
Administração de capital excedente no mercado financeiro: SP
Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda / Lucas
Pellegrino de Noronha Souza; Michel Umeki; Paulo Otávio da Silva
Gimenes; Vinicius Eduardo Ricco.
Lins, 2008.
84p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Administração, 2008
Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Heloisa Helena
Rovery da Silva
1. Mercado Financeiro. 2. Capital Excedente 3. Opções de
Investimento. I Título.
CDU 658
2
LUCAS PELLEGRINO DE NORONHA SOUZA
MICHEL UMEKI
PAULO OTÁVIO DA SILVA GIMENES
VINICIUS EDUARDO RICCO
ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para
obtenção do titulo de Bacharel em Administração.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: André Ricardo Ponce dos Santos
Titulação: Mestre em Administração pela Unimep
Assinatura:______________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:______________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:______________________________________
3
Dedico esse trabalho aos meus pais, Ana Maria e Luiz Antonio que me
criaram e forneceram a educação moral e social necessária para eu chegar até
aqui, e ao meu irmão João, grande amigo e companheiro de todas as horas.
À minha querida esposa Marcela que me acompanhou com paciência,
compreendendo a necessidade de me ausentar várias vezes para que o
trabalho fosse realizado, me apoiando até o fim desta jornada.
Aos meus sogros Mirian e Leon que me deram grande apoio e incentivo
para terminar o curso.
E aos meus grandes amigos de TCC, Paulo, Vinicius e Michel (Pôneis)
que com muita paciência e dedicação terminam comigo este trabalho.
Lucas Pellegrino
Dedico esse trabalho em especial, aos meus pais, Mitsuyuki e Cristina,
duas pessoas maravilhosas que batalharam muito na vida para que eu
chegasse até aqui. Sou totalmente grato a eles por tudo que tenho até hoje.
Aos nossos orientadores Prof. Ms. André e Prof. Ms Heloisa, que tiveram
colaboração fundamental para o desenvolvimento desse trabalho, apoiando
nossas idéias e nos motivando a prosseguir essa pesquisa.
À todos os amigos que fiz nesse curso, em especial a vocês, Lucas,
Paulo e Vinícius, que dividiram junto a mim, momentos exaustivos em leituras e
pesquisas, mas também momentos muitos felizes e produtivos. Recordarei
para sempre de todos vocês, e espero encontrá-los no mercado afora.
Michel Umeki
4
Agradeço esse trabalho em primeiro lugar, a Deus que me iluminou e
sempre esteve presente, dando forças para superar os obstáculos impostos
pela pesquisa.
Ao meus pais, Cláudio e Ilda, duas pessoas maravilhosas, que me
apoiaram a escolher o curso de Administração no momento em que mais
precisei de um conselho. Sou grato a eles, e por isso me dediquei ao máximo
durante estes anos para me tornar um futuro Administrador.
À minha namorada Mariane, que sempre me apoiou para que eu
conseguisse chegar até o fim, mesmo quando trocava nossos dias de lazer
para trabalhar na pesquisa.
E finalmente ao nosso grupo, que teve a oportunidade de trabalhar
nesse ano, construindo um laço de amizade, e superando todas as dificuldades
(com o japonês pegando no nosso pé!) . Enfim, a meta que foi estabelecida
pelo grupo foi alcançada.
Paulo Otávio
Gostaria de dedicar este projeto aos meus pais que de forma tão sábia e
plena, me deram toda a base de recursos para se adquirir o conhecimento.
Aos meus amigos acadêmicos e ao meu grupo, que mostrou-se muito
maduro nos momentos de decisões e de grandes dificuldades.
Aos professores que no decorrer deste curso fizeram parte da minha
formação, tanto no aspecto pessoal como no profissional. Trago também
gratidão ao nosso orientador, André Ricardo que sempre esteve pronto para
nos atender, auxiliar e trazer fontes de conhecimento imensuráveis, e é isso o
que levaremos para nosso dia a dia profissional.
Vinicius Eduardo Ricco
5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por nos conceder a chance de
conquistar mais uma etapa em nossas vidas. Apesar dos momentos exaustivos
e das dificuldades encontradas, uma força maior sempre nos inspirou a
prosseguir em frente.
Ao nosso orientador Prof. Ms. André Ricardo, pelo apoio e incentivo que
nos proporcionou ao longo desses meses, uma contribuição fundamental para
o conteúdo deste trabalho, apresentando novas idéias, materiais de pesquisa e
sugestões.
À Prof. Ms Heloisa Helena, uma mulher especial, que com muita clareza,
paciência, e receptividade sempre esteve disposta em aprimorar o conteúdo e
estrutura de nosso trabalho.
Aos nossos familiares, que de uma forma ou de outra, sempre estavam
presentes apoiando cada passo, e ajudando a superar as dificuldades
encontradas.
À colaboração da empresa SP Leondeny, em nos atender cordialmente,
fornecendo informações de fundamental contribuição para o desenvolvimento
da pesquisa.
Somos eternamente gratos pela chance de trabalharmos em equipe,
trocando conhecimentos e experiências vividas, fortalecendo nosso laço de
união. Dessa forma, fica aqui registrado que a amizade que construímos nesse
trabalho, é algo que ficará para sempre em nossa lembrança.
Lucas, Michel, Paulo e Vinicius
6
RESUMO
No mercado financeiro, as instituições atuam como intermediárias, entre
aqueles que desejam investir e os que necessitam de crédito. Neste mercado,
existem diversas modalidades de investimento totalmente acessíveis ao
pequeno e grande investidor. Porém, muitas empresas buscam hoje,
aplicações pouco rentáveis para suas economias, pelo fato de que
investimentos com maiores rentabilidades envolvem grandes riscos. É
importante frisar que existem métodos e técnicas simples de análise para a
redução de risco e escolha dos investimentos mais adequados para a situação
e necessidade de cada investidor. O primeiro passo a ser realizado pela
empresa que queira investir, é quantificar o que poderá ser desembolsado na
aplicação. Para essa etapa, deverá ser diagnosticado seu capital excedente,
tendo como base os valores que a empresa poderá investir que não causarão
impactos em seu fluxo financeiro. A análise dos controles internos, lucro e fluxo
de caixa são de fundamental importância para esse diagnóstico. O próximo
passo é buscar a melhor opção para a aplicação do capital excedente, levandose em consideração que o investimento deve ser analisado à longo prazo.
Foram abordadas na pesquisa as principais aplicações disponíveis no Brasil,
entre elas, os investimentos em ações e em renda fixa. Foi analisada que a
empresa SP Leondeny Administradora e Corretora de Seguros Ltda, de LinsSP, vêm apresentando bons resultados nos últimos exercícios, contando com
um excedente financeiro para ser aplicado. A proposta da pesquisa foi analisar
quais das opções de investimento oferecidas pelo mercado financeiro, são as
mais viáveis para a aplicação do capital excedente da empresa, visualizando
também sua situação atual.
Palavras-chave:
Investimento.
Mercado
Financeiro.
Capital
Excedente.
Opções
de
7
ABSTRACT
In the financial market, institutions act as intermediaries between those
who wish to invest and those who require credit. In this market, there are
several types of investment which are accessible to both the small and larger
investor.
However, many companies seek investments which are less
profitable, as investments with more profit involve higher risks. It is important to
highlight that there are basic methods and techniques of analysis to reduce the
risk, and choice of investments which are more suited to the specific situation of
each investor. The first step that the investing company needs to take is to
quantify how much it wants to invest. At this stage, its excess capital must be
diagnosed based on the amount of money that the company can invest without
having an impact on its financial flow. The analysis of the internal financial
control, profit and cash flow, are fundamental to this diagnostic. The next step
is to seek the best option for the investment of the excess capital, taking into
account that it should be considered as a long term investment. Research was
carried out into the main financial markets available in Brazil, including stocks
and shares and fixed rate investments. An analysis demonstrated that SP
Leondeny Insurance Broker Ltd, Lins-SP, has shown good financial results in
recent years, with a surplus to be invested. The purpose of this research was to
analyse which of the investment options offered by the financial markets are the
most viable for the investment of the company s surplus capital, bearing in mind
its current financial situation.
Keywords: Financial Market. Excess Capital. Investment Options.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxo físico e monetário entre os agentes macroeconômicos......... 18
Figura 2: Fases da economia de escambo...................................................... 19
Figura 3: Poupança e Investimento ................................................................. 23
Figura 4: Fachada da empresa........................................................................ 37
Figura 5: Organograma da empresa ............................................................... 48
Figura 6: Portifólio da carteira.......................................................................... 59
Figura 7: Crescimento da carteira ................................................................... 63
Figura 8: Geração FIA ..................................................................................... 64
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Tipos de Aplicação ....................................................................... 29
Quadro 2
Tipos de fundos ............................................................................ 33
Quadro 3
D.R.E. da SP Leon........................................................................ 52
Quadro 4
Rentabilidade da poupança .......................................................... 52
Quadro 5
Histórico da rentabilidade dos índices.......................................... 53
Quadro 6
Fluxo de Caixa SP Leon ............................................................... 65
Quadro 7
Simulador de investimento ........................................................... 66
Quadro 8
Rentabilidade no período.............................................................. 66
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APP: Acidentes Pessoais de Passageiros
CDBs: Certificados de Depósito Bancário
CDIs: Certificados de Depósito Interbancário
CVM: Comissão de Valores Mobiliários
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício
9
IBOVESPA: Índice Bovespa
IBrX: Índice Brasil
IEE: Índice de Energia Elétrica
IGC: Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada
ISE: Índice de Sustentabilidade Empresarial
ITAG: Índice de Ações com Tag Along Diferenciado
ITEL: Índice Setorial de Telecomunicações
IVBX-2: Índice Valor bovespa
ON: Ordinárias
PN: Preferenciais
RCF: Responsabilidade Civil Facultativa
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 13
CAPÍTULO I - ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO
MERCADO FINANCEIRO ............................................................................... 15
1
INTRODUÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO .................................... 15
1.1
Conceitos macroeconômicos ................................................................ 15
1.1.1 Agentes macroeconômicos................................................................... 16
1.1.2 Bens e serviços ..................................................................................... 16
1.1.3 Fatores de produção ............................................................................. 17
1.2
Estágios da economia ........................................................................... 19
1.2.1 Economia de escambo.......................................................................... 19
1.2.2 Introdução da moeda ............................................................................ 20
1.2.3 Intermediação financeira....................................................................... 21
1.3
O mercado financeiro ............................................................................ 21
1.3.1 Investimento e poupança ...................................................................... 22
1.4
O capital excedente............................................................................... 23
1.4.1 Análise do lucro..................................................................................... 24
1.4.1.1 Lucro gerado para o caixa ................................................................... 25
1.4.2 O fluxo de caixa..................................................................................... 25
1.4.3 Definição do capital excedente ............................................................. 26
1.5
As atividades de investimentos............................................................. 27
1.5.1 Caderneta de poupança........................................................................ 27
1.5.2 Certificado de depósito bancário........................................................... 28
1.5.3 Tesouro direto ....................................................................................... 28
1.5.4 Investimento em ações ......................................................................... 29
1.5.4.1 Bolsas de valores................................................................................. 31
1.5.4.2 Risco do mercado de ações ................................................................ 31
1.5.4.3 Fundos de investimento....................................................................... 32
1.6
Indicadores de desempenho................................................................. 34
1.6.1 Índices do mercado acionário ............................................................... 34
11
1.6.2 Certificados de depósito interbancário.................................................. 35
CAPÍTULO II - A EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E
CORRETORA DE SEGUROS LTDA .............................................................. 37
2
DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA .................................................. 37
2.1
Histórico e evolução .............................................................................. 37
2.2
A empresa ............................................................................................. 38
2.3
Ramo de atuação .................................................................................. 39
2.4
Equipe gerencial.................................................................................... 39
2.5
Parcerias ............................................................................................... 40
2.6
Produtos ................................................................................................ 40
2.6.1 Modalidades de contratação ................................................................. 40
2.6.1.1 Seguro de veículos .............................................................................. 40
2.6.1.2 Seguro de vida..................................................................................... 42
2.6.1.3 Seguro de residência ........................................................................... 42
2.6.1.4 Seguro saúde....................................................................................... 44
2.6.1.5 Seguro de riscos diversos ................................................................... 45
2.6.1.6 Seguro garantia ................................................................................... 45
2.6.1.7 Seguro transporte ................................................................................ 46
2.7
Clientes.................................................................................................. 47
2.8
Estrutura organizacional ....................................................................... 47
2.8.1 Departamentos...................................................................................... 48
2.8.1.1 Administrativo ...................................................................................... 48
2. 8.1.2 Financeiro e contabilidade.................................................................. 49
2. 8.1.3 Vendas ................................................................................................ 49
2. 8.1.4 Sinistro ................................................................................................ 50
2. 8.1.5 Arquivo ................................................................................................ 50
CAPÍTULO III - A ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE
APLICADA NA EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E
CORRETORA DE SEGUROS LTDA .............................................................. 51
3
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO .............................. 51
12
3.1
Investindo em ações ............................................................................. 53
3.2
Análise dos fundos ................................................................................ 54
3.2.1 Tipo e estratégia de gestão................................................................... 55
3.2.2 Riscos.................................................................................................... 55
3.2.3 Desempenho passado .......................................................................... 56
3.2.4 Patrimônio ............................................................................................. 56
3.2.5 Comparar custos dos fundos ................................................................ 57
3.2.6 Liquidez ................................................................................................. 57
3.3
Seleção do fundo .................................................................................. 57
3.4
Banco de Investimento Geração Futuro ............................................... 58
3.4.1 Apresentação das empresas da carteira .............................................. 58
3.4.1.1 Petrobrás.............................................................................................. 59
3. 4.1.2 Gerdau ................................................................................................ 59
3.4.1.3 Usiminas .............................................................................................. 60
3.4.1.4 Votorantim Celulose e Papel ............................................................... 60
3.4.1.5 Taurus .................................................................................................. 61
3.4.1.6 Randon................................................................................................. 61
3.4.1.7 Weg...................................................................................................... 61
3.4.1.8 Guararapes .......................................................................................... 62
3.4.1.9 Plascar ................................................................................................. 62
3.4.2 Fundo Geração Fia ............................................................................... 63
3.4.3 Características do fundo ....................................................................... 64
3.5
Análise financeira da empresa.............................................................. 65
3.6
Momento atual do mercado no mundo ................................................. 67
3.6.1 Perspectivas.......................................................................................... 67
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................... 69
CONCLUSÃO .................................................................................................. 70
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 72
APÊNDICES .................................................................................................... 75
ANEXOS .......................................................................................................... 82
13
INTRODUÇÃO
Apesar de algumas empresas terem começado a perceber que é
possível obter recursos e aumentar sua capacidade de crescimento através de
investimentos no mercado financeiro, ainda são muitas as que preferem
aplicações tradicionais, com baixo risco.
Investir está cada vez mais fácil, e hoje, com inúmeras opções de
investimento disponíveis, é preciso analisar quais são as que melhor se
enquadram no perfil e anseios de cada investidor.
Para que uma empresa comece a pensar nas diversas opções de
mercado é necessário que antes haja uma administração efetiva de seu capital
excedente, analisando quais valores ela poderá investir sem que façam falta
em seu fluxo financeiro futuro.
A presente pesquisa pretendeu realizar uma análise das opções de
investimento do mercado, identificando os fatores que deverão ser levados em
consideração pelas empresas que planejam adquirir um patrimônio a longo
prazo.
A SP Leon atua com solidez no mercado, contando com um resultado
acima do esperado nos últimos exercícios. Tendo em vista que a empresa
possui capital excedente para se investir nas diversas opções do mercado,
surgiu o seguinte questionamento:
As diversas modalidades de investimento oferecidas pelo mercado
financeiro são instrumentos que possibilitam às empresas com capital
excedente a obterem melhores resultados?
Diante desse questionamento, surgiu como hipótese de que o capital
excedente na empresa deve ser aplicado nas opções do mercado financeiro,
que combinado com uma boa gestão, obtém melhores resultados financeiros.
A pesquisa foi realizada na empresa SP Leondeny Administradora e
Corretora de Seguros Ltda, situada na cidade Lins-SP, no período de março à
outubro de 2008, tendo como objetivo de pesquisa, demonstrar a viabilidade
de investimento do capital excedente na opção que melhor atenda as
necessidades da empresa.
14
Para esse fim, a pesquisa teve como análise, as providências que a
empresa deve seguir antes de aplicar seu capital, analisando também o risco, a
rentabilidade, e a liquidez das principais modalidades de investimento no
mercado financeiro.
Para concretização dessa hipótese, foram utilizados os métodos e
técnicas de pesquisa descritos no capitulo III.
O trabalho está assim estruturado:
Capítulo I
Aborda o conceito dos agentes e fatores integrantes de uma
economia, para permitir a correta percepção do desenvolvimento econômico
até o mercado de capitais.
Capítulo II
Aborda o histórico, principais realizações, serviços e
estrutura da empresa.
Capítulo III
Aborda a necessidade de a empresa aplicar seu capital
excedente na opção mais rentável e favorável ao seu perfil.
Encerrando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e a
conclusão.
15
CAPÍTULO I
ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE NO MERCADO FINANCEIRO
1
INTRODUÇÃO AO MERCADO FINANCEIRO
No mercado financeiro, as instituições financeiras atuam como
intermediárias, interpondo-se entre aqueles que dispõem de recursos, e
aqueles que necessitam de crédito. Enquanto para o primeiro grupo surge a
questão de como vai aplicar seus recursos em excesso, o segundo grupo
preocupa-se em como obter recursos necessários à viabilização de seus
processos de investimento.
O mercado financeiro de acordo com Andrezo e Lima (2006), consiste
no conjunto de agentes e instrumentos destinados a oferecer alternativas de
aplicação e captação de recursos financeiros.
Este capítulo tem como objetivo elucidar os agentes e fatores
integrantes de uma economia, e principalmente, permitir a correta percepção
do desenvolvimento econômico até o mercado de capitais, para que melhor se
compreenda o surgimento da intermediação das instituições financeiras.
1.1
Conceitos macroeconômicos
Para a compreensão das atividades econômicas, serão abordados
alguns conceitos macroeconômicos para a análise do fluxo circulatório de
renda que uma economia.
a) agentes macroeconômicos;
b) bens e serviços;
c) fatores de produção.
16
1.1.1 Agentes macroeconômicos
De acordo com Pinheiro (2005), os agentes macroeconômicos são
responsáveis diretos pelas ações econômicas que desenvolvem no sistema, e
podem ser agrupados em função da natureza dessas ações em quatro grupos:
a) famílias: englobam todos os tipos de unidades domésticas,
unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco,
empregados ou não, que formam o potencial de recursos para o
processamento de atividades produtivas e os que recebam
transferências pagas pela previdência social ou outras entidades;
b) empresas: são os agentes econômicos para os quais convergem os
recursos da produção disponíveis. Reúnem todas as unidades
produtoras dos setores primário (agricultura), secundário (indústria),
e terciário (serviços). As empresas reúnem, organizam e remuneram
os fatores de produção fornecidos pelas unidades familiares;
c) governo: é um agente coletivo que contrata diretamente o trabalho de
unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das
empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como
um todo;
d) setor externo: envolve as transações econômicas entre unidades
familiares, empresas e governo do país com agentes semelhantes de
outros países.
1.1.2 Bens e serviços
Segundo Santos (2008), os bens e serviços são consumidos/produzidos
pelos agentes econômicos, e seu fluxo se dá entre as unidades produtoras e as
unidades familiares. A utilização do potencial produtivo leva à criação de uma
infinidade de bens e serviços que segundo Pinheiro (2005), são classificados
em três tipos de bens e serviços:
17
a) bens de capital: são os bens utilizados na fabricação de outros bens,
mas não se desgastam totalmente no processo produtivo. Eles não
atendem diretamente às necessidades humanas, mas destinam-se a
multiplicar a eficiência do trabalho;
b) bens de consumo: destinam-se à satisfação direta das necessidades
humanas. De acordo com sua durabilidade, podem subdividir-se em:
bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos, etc), e
bens de consumo não duráveis (alimentos, roupas, etc);
c) bens intermediários: são os bens transformados ou agregados na
produção de outros bens, e são consumidos totalmente no processo
produtivo.
É importante destacar que a participação efetiva dos agentes
macroeconômicos é extremamente relevante para o desenvolvimento, pois é
através da integração desses agentes que uma economia pode se desenvolver
sustentavelmente em uma nação. Isso só será possível se o país possuir
fatores de produção suficientes para suprir as necessidades de seus agentes.
1.1.3 Fatores de Produção
Segundo Pinheiro (2005), são conhecidos como fatores de produção, o
conjunto dos recursos que definem o potencial produtivo do sistema
econômico. A utilização deste potencial leva a realização da produção de uma
infinidade de bens e serviços como:
a) trabalho: constitui-se do potencial de mão de obra no sistema
econômico, sendo o principal fator de produção;
b) terra: são os elementos naturais incorporáveis às atividades
econômicas, sendo que seu volume disponível depende da evolução
tecnológica, do avanço da ocupação territorial, das facilidades de
transporte, entre outros fatores;
c) capital: compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela
sociedade, de forma que com o emprego delas, a população ativa se
equipa para o exercício das atividades de produção.
18
A inter-relação entre os agentes macroeconômicos com os fatores de
produção é apresentada na figura 1 a seguir:
FLUXO FÍSICO (Produtos e Serviços)
FLUXO MONETÁRIO (Pagto pelo consumo, e Capital)
EMPRESAS
FAMÍLIAS
FLUXO MONETÁRIO (Salários e Lucros)
FLUXO FÍSICO (Mão de Obra Qualificada)
GOVERNO
ST. EXTERNO
Fonte: Pinheiro, 2005, p. 15
Figura 1: Fluxo físico e monetário entre os agentes macroeconômicos
Conforme a figura anterior, as empresas oferecem os fatores de
produção e em contrapartida, remuneram salários às famílias, juros, aluguéis e
lucros aos investidores, pagam os devidos tributos ao governo e, podem
negociar seus produtos (ou matéria-prima) com outros países.
Pinheiro (2005) e Santos (2008), denominam este fluxo de renda como
fluxo monetário e, permite a unidade familiar demandar bens e serviços no
mercado de produto, sendo este último, sustentado pelas unidades produtoras
que, para produzir, demandam mercado de produtos.
Os agentes e setores se inter-relacionam a partir de um fluxo circular de
renda, pois inicia-se com a participação de dois tipos de agentes: família e
19
empresas. As famílias que são as detentoras dos fatores de produção e as
empresas que utilizam, por determinado preço, seus recursos.
1.2
Estágios da economia
Atualmente, a utilização da moeda está tão generalizada que se torna
difícil imaginar uma economia sem o seu uso. Dessa forma, é de grande valia
primeiramente, compreender a utilização da moeda e seus benefícios. Pinheiro
(2005) analisa em três estágios as fases da economia: economia de escambo,
introdução da moeda e intermediação financeira.
1.2.1 Economia de escambo
O primeiro estágio da economia, o escambo, representa a troca direta
sem intervenção de um instrumento monetário, sendo este típico de economias
com suas atividades econômicas voltadas para o consumo imediato.
CONSUMO
PRODUÇÃO
INDIVIDUAL
TROCA DIRETA
ACUMULAÇÃO DE
ATIVOS
Fonte: Pinheiro 2005, p.20
Figura 2: Fases da economia de escambo
20
1.2.2 Introdução da moeda
A moeda é um conjunto de ativos financeiros de uma economia que os
agentes utilizam em suas transações. Ela é um bem com características
específicas e diferenciadas em relação aos demais bens da economia, de
forma que não produz nada, não sendo um bem de investimento, nem de
consumo. Há três conceitos de depósitos em relação à aceitação da moeda,
que segundo Córdoba (1996, apud PINHEIRO, 2005):
a) (I) e (III) Moeda em efetivo e depósitos a vista ou a prazo - Nesse
conceito a moeda não é transformada, pelo menos em sua forma
primitiva, em outros bens;
b) (I), (III) e (IV) Moeda como depósito de valor
conceituada
como
aplicações
em
bens
de
A moeda é
consumo
ou
investimentos, fácil ou dificilmente transferíveis sempre e quando a
atitude do possuidor seja de conferir um caráter de investimento
temporário a esses bens;
c) (II) e (IV) Moeda investida em bens de consumo ou de investimento
Nesse conceito o investidor não possui a intenção de se desfazer
desses bens em nenhum momento.
Em que:
(I)
Moeda no sentido estrito
(II)
Riqueza no sentido estrito
(III)
Moeda no sentido amplo
(IV)
Riqueza no sentido amplo
Na economia, a moeda cumpre quatro papéis importantes:
a) meio de pagamento: capacidade que a moeda tem de saldar dividas
em última instância, ou seja, é um ativo financeiro de liquidez
imediata;
b) reserva de valor: a moeda é usada para poupar o poder de compra
no momento em que a renda é recebida até ser gasta;
c) unidade-padrão de conta: a moeda fornece uma unidade de conta,
criando medição de valor na economia;
21
d) intermediária de troca entre os agentes: a moeda desempenha sua
mais importante função na economia, que é a de intermediária de
troca entre os agentes econômicos, sendo um meio ou instrumento
de troca geralmente aceito pelos agentes na concretização de suas
transações.
1.2.3 Intermediação financeira
Esse estágio é definido como uma atividade que tem a finalidade de
viabilizar o atendimento das necessidades financeiras de curto, médio e longo
prazo, manifestados pelos agentes econômicos carentes de recursos aplicando
ao mesmo tempo o excedente monetário dos agentes superavitários, com
mínimo de riscos.
As precondições para a existência da intermediação financeira são:
a) superação do escambo;
b) existência da moeda;
c) excedente financeiro;
d) bases institucionais para o funcionamento no mercado;
e) existência de agentes econômicos dispostos a trocar ativos
monetários por ativos financeiros, dados os riscos e ganhos reais
possíveis.
1.3
O mercado financeiro
Para que exista transferência de recursos financeiros, é necessário que
ocorra prévia ou simultaneamente poupança e que existam instituições e
mecanismos capazes de transformar poupança em investimento. O mercado
financeiro deve possibilitar que os agentes econômicos sejam colocados em
contato, direto ou indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades
possíveis. Ao fazer isso, o mercado possibilita um aproveitamento das
22
oportunidades em toda economia, resultando em um aumento geral da
produtividade, da eficiência e do bem-estar da sociedade. (ANDREZO; LIMA,
2006)
O mercado financeiro exerce cinco funções básicas:
a) facilitar negociação, proteção, diversificação e pulverização de riscos;
b) alocar recursos;
c) monitorar administradores e exercer controle sobre companhias;
d) agregar poupanças individuais;
e) facilitar troca de bens e serviços, ao promover especialização.
1.3.1 Investimento e poupança
O desenvolvimento da economia depende da expansão da capacidade
produtiva, que por sua vez, exige investimentos em capital físico e recursos
humanos. Dessa forma, o crescimento econômico está associado a elementos
incentivadores de poupança e sua alocação eficiente em investimentos.
(ANDREZO; LIMA, 2006)
De modo geral, os investimentos se caracterizam pela utilização dos
recursos poupados, próprios ou de terceiros, para ampliar a capacidade
produtiva. Já a poupança, segundo Assaf Neto (2008) é a parte da renda não
consumida nas sociedades que têm economia em equilíbrio.
Quando cumpre a finalidade de aproximar poupadores e tomadores de
recursos em adequadas condições de retorno, risco e liquidez, o mercado
financeiro estimula poupança e promove investimentos, o que resulta em
aumento
da
produtividade,
da
eficiência
e
do
bem-estar,
gerando
conseqüentemente crescimento econômico.
O crescimento se acelera quando os investimentos se direcionam para
alternativas com maiores retornos econômicos e sociais. Assim, verifica-se um
círculo virtuoso, que vai do alto crescimento para poupanças e investimentos
elevados e destes para um crescimento ainda maior. (ANDREZO; LIMA, 2006)
23
Fonte: Pinheiro, 2005, p. 16
Figura 3: Poupança e Investimento
1.4
O capital excedente
No mercado financeiro existem agentes econômicos com desejo de
investir inferior à capacidade de poupança. Tais agentes na economia moderna
são denominados como poupadores, ou também, como unidades econômicas
superavitárias. Para esse grupo, surge a questão de como aplicar os recursos
em excesso. (ANDREZO; LIMA, 2006)
O excedente financeiro é uma precondição fundamental para a
existência da intermediação financeira. (PINHEIRO, 2005)
Quando o montante do lucro é superior ao montante das remunerações
individuais de cada recurso ou fator de produção envolvido, obtém-se um valor
excedente, que deverá compensar os riscos e preocupações inerentes à
atividade empresarial. (KASSAI et al., 1999)
Os fundos ociosos devem ser aplicados em títulos do mercado
financeiro, para maximizar os resultados financeiros. Com base em
projeção de fluxo de caixa, o tesoureiro pode optar entre as diversas
alternativas de aplicação financeira. (HOJI, 2001, p. 94)
Para que uma empresa comece a pensar nas diversas opções de
mercado, é necessária que haja uma administração efetiva do capital
excedente, analisando quais valores a empresa poderá investir sem que façam
falta em desembolsos futuros.
24
Os proprietários de empresas privadas esperam que seu
investimento produza um retorno compatível com o risco assumido,
por meio de geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e
caixa) adequados por longo prazo, ou melhor, indefinidamente, pois
o investimento é feito em caráter permanente. (HOJI, 2004, p. 21)
As diferenças intertemporais entre o lucro, o fluxo de caixa e as
necessidades de investimento de uma empresa são supridas por recursos
financeiros (KASSAI et al., 1999, p.23)
Fica evidente que as análises dos controles internos: lucro e fluxo de
caixa; são de fundamental importância para demonstrar a origem do capital
excedente.
1.4.1 Análise do lucro
De acordo com J. R. Hicks em sua obra Value and capital (1946, apud
CATELLI, 2001), lucro é a quantia que uma pessoa pode consumir durante um
período de tempo, estando essa pessoa tão bem no final do período como
estava no início.
O lucro é a base para a análise de decisões de investimento, e é
definido como não apenas a remuneração individual e isolada de cada um dos
recursos aplicados, mas também como um ganho excedente, sendo necessário
para garantia de continuidade da empresa. (KASSAI et al., 1999)
Em outras palavras, o lucro é visto como a quantia máxima que a
empresa pode distribuir como dividendos e ainda continuar tão bem ao final do
período como estava no começo. Continuar tão bem, economicamente falando,
é interpretado como manter o capital intacto, mesmo descontando o valor dos
recebimentos líquidos futuros. Em termos contábeis, o lucro corresponde ao
resíduo derivado do confronto entre a receita realizada e o custo consumido.
(CATELLI, 2001)
Lucro é a melhor medida do sucesso da administração de uma
entidade e negócios em uma economia competitiva. Do ponto de
vista dos detentores de capital, o lucro serve como guia para uma
política de investimento. Os investidores previdentes procuram
otimizar os retornos de seus investimentos e suas decisões são
25
guiadas pelos lucros proporcionados pelos investimentos existentes.
(CATELLI, 2001, p. 86)
Os lucros acumulados após serem retidos, deixam de ser distribuídos na
forma de dividendos, e na visão do acionista, os lucros não distribuídos
equivalem a um re-investimento na empresa.
Portanto a retenção de lucros somente se justificaria se a expectativa do
retorno sobre os fundos reinvestidos fosse pelo menos igual ao retorno que os
acionistas obteriam em investimentos como o mesmo nível de risco. (HOJI,
2001)
1.4.1.1 Lucro gerado para o caixa
Este conceito parte de um pressuposto mais rígido, pois dele são
excluídas as operações de aplicações do giro próprio ocorrido no período, isto
é, só é capaz de se aumentarem as vendas ou o retorno delas, se houver
investimento do capital da empresa e no seu ciclo financeiro e operacional.
Neste conceito, são considerados os elementos do giro que têm relação
direta com o ciclo operacional, e, portanto, a necessidade de investimento é
contínua. Não devem fazer parte destes demonstrativos os demais itens do giro
que não tenham relação direta com o ciclo operacional.
Portanto, a diferença obtida entre o resultado de exercício corrente, com
o saldo inicial do caixa, é a composição das receitas e despesas que tenham
referência direta com o ciclo operacional. (PADOVEZE, 2003)
1.4.2 O fluxo de caixa
O fluxo de caixa representa as entradas e saídas de dinheiro ao longo
do tempo, de forma que em sua demonstração, devem existir pelo menos uma
entrada e uma saída.
26
A projeção do fluxo de caixa deve ser feita para um período de
abrangência que permita ao tesoureiro tomar providências com antecedência
suficiente, principalmente, em casos de necessidade de cobertura de
insuficiência de caixa, pois a efetivação de algumas modalidades requer meses
de planejamento e preparativos.
Para saber se as operações estão gerando caixa, é necessário analisar
o fluxo financeiro (receitas e despesas) e cada uma de suas atividades, de
acordo com sua natureza. O simples aumento do saldo de caixa não significa
que a empresa esteja gerando caixa, ou seja, pode este recurso estar
comprometido com outras despesas. (HOJI, 2001)
Definido o investimento a ser realizado, a fase mais importante da
elaboração do projeto de investimento é a determinação das
estimativas de todos os desembolsos e todas as receitas do fluxo de
caixa do investimento. Em geral, as estimativas usadas na
construção do fluxo de caixa do projeto de investimento são médias
ponderadas ou valores esperados de uma distribuição de
freqüências, ajustadas com algum critério estabelecido pelos
responsáveis de cada divisão da empresa. (LAPPONI, 2000, p. 257)
Hoji (2001) define que as empresas precisam manter o saldo mínimo de
caixa, basicamente para atender às seguintes necessidades:
a) pagamentos de transações geradas pelas atividades operacionais
como matérias primas, serviços profissionais e salários;
b) desembolso para investimentos permanentes;
c) amortização de empréstimos e financiamentos;
d) pagamentos de eventos não previstos.
1.4.3 Definição do capital excedente
Diante deste prisma, pode-se chamar de Capital Excedente, os valores
como parte do lucro, que não serão aplicados no imobilizado, despesas
eventuais ou não previstas, assim como não necessários para se cumprir
obrigações mensais do próximo período no fluxo de caixa.
27
1.5
As atividades de investimentos
O indivíduo racional concorda em trocar um poder de consumo presente
e certo por um poder de consumo futuro e incerto, se houver a expectativa de
que este será maior que o primeiro. (ANDREZO; LIMA, 2006)
A estabilidade econômica abriu a possibilidade para uma mudança de
visão por parte dos investidores, que obtiveram ganhos nos investimentos,
apesar de toda a preocupação com a inflação. (BOVESPA, 2008)
As atividades de investimentos correspondem a aplicações de
recursos em ativos de caráter permanente, necessários para a
execução das atividades operacionais, tais como compras de
maquinários, de móveis e utensílios, investimento em ações de
empresas controladas e coligadas, além de gastos com pesquisas e
desenvolvimentos de produtos. (HOJI, 2001, p. 19)
Entre as milhares de aplicações à disposição do investidor, as mais
comuns no Brasil são:
a) caderneta de poupança;
b) certificado de depósito bancário;
c) tesouro direto;
d) investimento em ações.
1.5.1 Caderneta de poupança
De acordo com Gradilone (2007), a poupança é o investimento mais fácil
e popular que existe. Bancos públicos permitem que pessoas sem conta no
banco e com apenas dez reais no bolso possam abrir sua caderneta. Porém,
antes de aplicar seu capital, o investidor deve conhecer algumas características
fundamentais da caderneta de poupança:
a) a poupança é isenta de impostos e de taxas de administração, ou
seja o banco não cobra nada do investidor;
b) toda sua rentabilidade vai para o bolso do investidor;
28
c) a poupança é uma aplicação mensal, dessa forma, a quantia que for
resgatada antes do período de 30 dias, perderá o rendimento do
período;
d) sua rentabilidade é baixa, e definida pelo Banco Central (e não pelo
mercado financeiro), dessa forma, ela é sujeita a manipulação por
parte do governo.
1.5.2 Certificado de depósito bancário
Segundo Gregório, Lima e Goulart (2006), os certificados de depósito
bancário (CDBs) são títulos transferíveis para outros investidores por endosso
nominativo e podem ser pré e pós-fixados.
De acordo com Gradilone (2007), ao aplicar em um CDB, o investidor
empresta capital ao banco e recebe este de volta com juros no vencimento.
Por esse motivo, o risco do CDB é o risco do banco. Se o banco falir, as
aplicações estão garantidas até o limite de 60.000 reais.
A vantagem é que quem possuir mais capital para aplicar, recebe boas
taxas de juros. Quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo também
ganha mais do que quem precisa de dinheiro logo. A grande desvantagem do
CDB é a falta de liquidez. Ao resgatar antes do período, o investidor perde
grande parte da rentabilidade, e paga mais imposto.
1.5.3 Tesouro direto
O tesouro direto é a melhor alternativa para o investidor com pouco
dinheiro. A partir de 200 reais, é possível obter rentabilidades e 11% ou 12% ao
ano. O princípio dessa aplicação, é a compra de títulos de dívida pública sem
os intermediários, e sem as tarifas que estes cobram.
A vantagem dessa aplicação é que as taxas cobradas pelo tesouro
direto são mais baixas do que as tarifas dos bancos. Outro fator é o baixo risco,
29
pois quem está garantindo o pagamento, é o governo federal, ou seja, o
dinheiro de quem paga impostos.
Como os bancos ganham pouco com o tesouro direto, eles não
oferecem nenhuma facilidade ao cliente. Os negócios têm de ser feitos por
meio de corretoras de valores, e o investidor necessita ter uma conta nessas
corretoras. Portanto a desvantagem do tesouro direto, é que ele não é um
investimento tão simples como a poupança e o CDB. (GRADILONE, 2007)
Tipo de Aplicação
Rendimento
Risco
Liquidez
Poupança
Baixo
Baixo
Média
CDB
Médio/Alto
Baixo
Baixa
Tesouro Direto
Médio/Alto
Baixíssimo
Alta
Fonte: Adaptado de Gradilone, 2007, p. 39
Quadro 1
Tipos de Aplicação
1.5.4 Investimento em ações
A principal razão para o investimento em ações é a possibilidade de
ganhos superiores aos investimentos tradicionais disponíveis no mercado.
(GUIMARÃES, 2008)
Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de
capitais e, especificamente, o destacado papel do mercado acionário para o
crescimento
econômico,
características
essenciais
de
países
em
desenvolvimento.
Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado
de capitais, o que se traduz em mais oportunidades para as pessoas,
empresas e instituições aplicarem suas poupanças. Todo investimento em
ações possui riscos, porém investir a longo prazo tem os diminuído, trazendo
boas rentabilidades. Ninguém entra em um empreendimento hoje para sair
amanhã, e a compra de uma ação é mesma coisa que investir em bens, carros
e imóveis. Portanto, um investimento em ações é a formação de patrimônio, ou
ainda, uma poupança de longo prazo. (BOVESPA, 2008b)
30
Ação é a menor parcela em que o capital social de uma companhia
ou sociedade anônima é dividido, sendo que a responsabilidade dos
acionistas é limitada ao preço de emissão das ações subscritas. A
companhia pode ser aberta ou fechada, dependendo se os valores
mobiliários de sua emissão são ou não negociados em Bolsa de
Valores ou Mercado de Balcão e estão ofertados ao público de uma
forma geral. (LIMA; OZAWA; GOULART, 2006, p. 68)
As ações, quanto à espécie podem ser classificadas em ordinárias (ON)
ou preferenciais (PN).
a)
a ação ordinária concede direito a um voto nas deliberações da
assembléia geral da companhia.
b)
as ações preferenciais têm prioridade no recebimento dos
dividendos ou reembolso do capital em caso de liquidação da
companhia.
As ações, quanto à forma, podem ser classificadas em nominativas e
escriturais.
a)
a propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do
nome do acionista no Livro de Registro de ações nominativas ou
pelo extrato fornecido pela instituição custodiante.
b)
a propriedade das ações escriturais presume-se pelo registro na
conta de depósito das ações, aberta em nome do acionista nos
livros da instituição depositária. (LIMA; OZAWA; GOULART, 2006)
O valor de compra ou venda da ação é determinado em mercado,
variando de acordo com o desempenho financeiro verificado ou previsto para a
companhia, assim como da conjuntura econômica doméstica e internacional.
(DÚVIDAS..., 2008)
De acordo com Eid Junior (2007a), é fundamental a compreensão e o
estudo de dois fatores que impulsionam os preços das ações:
a) risco de mercado: é o reflexo da mudança de expectativas sobre o
futuro da economia. Tal mudança leva os investidores a vender ou
comprar mais ações. O preço das ações cai quando são muito
vendidas, e se elevam quando são maciçamente compradas.
b) desempenho e perspectivas individuais da empresa: quando um
conjunto de investidores e analistas percebe que uma empresa
melhorou suas expectativas, surge uma demanda pela compra das
31
ações dessa empresa. Se ocorrer da mudança de perspectiva for
para pior, todos tenderão a vender a ação e seu preço cai.
1.5.4.1 Bolsas de valores
As bolsas de valores são locais que oferecem condições e sistemas
necessários para a realização de negociação de compra e venda de títulos e
valores mobiliários de forma transparente. As bolsas têm atividade de autoregulação que visa preservar elevados padrões éticos de negociação e divulgar
as operações executadas com rapidez, amplitude e detalhes. (BOVESPA,
2008b)
A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-reguladora
que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). São membros da Bovespa as sociedades corretoras que
tenham adquirido titulo patrimonial. A Bovespa é a Bolsa de Valores
brasileira com maior volume de negociação de ações. (GOULART;
LIMA; GREGÓRIO, 2006, p. 23)
A Bovespa exerce em defesa do interesse dos investidores, um rigoroso
acompanhamento de todas as transações, o que assegura elevados padrões
éticos no cumprimento dos negócios realizados. Com a finalidade de oferecer o
máximo de segurança nas operações realizadas em seu sistema de
negociação, a Bovespa as acompanha minuciosamente, exigindo limites e
garantias para a execução dessas operações. (BOVESPA, 2008b)
1.5.4.2 Risco do mercado de ações
A filosofia de todos os profissionais do mercado financeiro é que é
possível administrar melhor os riscos se você conhecê-los e quantificá-los.
(GRADILONE, 2007, p. 29)
32
Muitos analistas econômicos defendem a idéia de que é hora de mudar
para investimentos mais arriscados, porém antes de qualquer iniciativa é
preciso analisar cuidadosamente o mercado atual. (EID JUNIOR, 2007b)
Segundo Hoji (2001), no mercado globalizado, os efeitos negativos da
economia de um país disseminam-se instantaneamente para todo o resto do
mundo, provocando fortes reflexos no mercado. O retorno do investimento em
ações dependerá de uma série de fatores, tais como desempenho da empresa
e comportamento da economia.
As ações são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao
investidor
uma
rentabilidade
garantida,
previamente
conhecida.
Esta
rentabilidade é composta de dividendos ou participação nos resultados e
benefícios concedidos pela empresa emissora, além do eventual ganho do
capital auferido na venda da ação no mercado secundário (bolsa de valores).
Não há garantia de rentabilidade no investimento em ações, portanto é
aconselhável que o investidor não dependa apenas dessas aplicações para
desembolsos imediatos. (GOULART; LIMA; GREGÓRIO, 2006)
1.5.4.3 Fundos de investimento
A forma de se investir mudou, de forma que em vez de comprar ações
diretamente, os investidores são aconselhados, em alguns casos, a preferir os
fundos de investimento, delegando a um especialista a tarefa de acompanhar
os altos e baixos do mercado em busca de oportunidades momentâneas de
ganho. (CARTEIRA..., 2008)
Barbosa (2008) cita que em momentos marcados pela volatilidade na
Bolsa de Valores de São Paulo, é muito confortável para o investidor contar
com a gestão profissional dos fundos de ações
a forma mais prática de se
investir, e a que exige menos acompanhamento. Para quem não tem tempo de
seguir as notícias relacionadas às empresas e aos setores que compõe uma
carteira, alternativa é deixar que um gestor cuide desse trabalho. Hoje, para
cada pessoa física que aplica diretamente na Bovespa, há mais de cinco que
investem em fundos de ações.
33
Os fundos de investimento caracterizam-se pela aplicação em
conjunto de recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, buscando
maior rentabilidade, uma vez que a soma de recursos aplicados
normalmente, é grande, e que, portanto, podem ser obtidos preços e
taxas melhores. Foram criados com o objetivo de reduzir o risco
inerente às aplicações no mercado financeiro, uma vez que o fundo
aplica seus recursos em diferentes ativos
títulos de renda fixa,
títulos de renda variável e outros ativos -, os quais possuem riscos
diferenciados. Desse modo, a diversificação do títulos adquiridos
pelo fundo (carteira do fundo) possibilita reduzir o risco de sofrer
perdas com os investimentos. (MALACRIDA; LIMA, 2006, p. 468)
Sob o ponto de vista de Gradilone (2007), um fundo de investimento
possui várias definições:
a) legalmente, um fundo de investimento é uma pessoa jurídica, com
CNPJ, administradores e sede;
b) para os bancos e administradores, o fundo é um produto a ser
comercializado;
c) para o governo, os fundos são os grandes compradores de títulos
públicos;
d) para as empresas com ações negociadas na bolsa, os fundos são
grandes compradores dessas ações;
e) para os investidores, os fundos são uma aplicação financeira.
Segundo Malacrida e Lima (2006), os fundos de investimento são
classificados tradicionalmente em renda fixa e renda variável:
a) fundos de renda fixa: São compostos em sua maioria, por aplicações
em títulos que possuem uma taxa prefixada ou pós-fixada, porém,
baseada no mercado de juros;
b) fundos de renda variável: São compostos em sua maioria, por
aplicações em ações e/ou títulos cuja taxa de retorno é variável, e
não baseada diretamente no mercado de juros.
TIPOS DE FUNDOS
Rendimento
Risco
Liquidez
Fundos de Renda Fixa
Médio
Baixo
Alta
Fonte: Adaptado de Gradilone, 2007, p. 52
Quadro 2
Tipos de fundos
Fundos de Ações
Alto
Alto
Alta
34
1.6
Indicadores de desempenho
Nem sempre uma opção de investimento que gerou maior rentabilidade
em um determinado período pode ser considerada a melhor para se investir.
De acordo com Malacrida e Lima (2006), alguns indicadores conhecidos como
benchmarks auxiliam investidores e profissionais do mercado a avaliarem o
desempenho de uma opção.
A análise da rentabilidade de um fundo de investimento, por exemplo, é
comparada com as oscilações desses índices pelos investidores. Serão
analisados a seguir: os índices do mercado acionário e os Certificados de
Depósito Interbancário (CDIs).
1.6.1 Índices do mercado acionário
De acordo com os autores Goulart, Lima e Gregório (2006), a Bovespa
costuma divulgar alguns índices que mostram a evolução dos negócios e ações
no mercado. Entre diversos índices divulgados, é essencial a análise do índice
Bovespa para quem investe em ações, tanto para acompanhamento do
mercado, como para avaliar comparativamente o desempenho de sua própria
carteira.
O índice Bovespa (Ibovespa) é o mais importante indicador do
desempenho do mercado de ações brasileiro, pois retrata o
comportamento das principais ações negociadas na Bovespa. Ele é
formado a partir de uma aplicação imaginária, em reais, em uma
quantidade teórica de ações (carteira). Sua finalidade é servir como
indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, as
ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do
numero de negócios e do volume financeiro negociados no mercado
a vista. (GOULART; LIMA; GREGÓRIO, 2006, p. 33)
A Bovespa divulga também outros índices:
a) índice brasil (IBrX): Mede o retorno de uma carteira de ações
integrada pelas cem ações mais negociadas;
35
b) IBrX-50: Mede o retorno de uma carteira de ações composta pelas
cinqüenta ações mais negociadas;
c) índice de energia elétrica (IEE): Índice setorial que mede o
desempenho das ações do setor elétrico;
d) índice setorial de telecomunicações (ITEL): Índice setorial que mede
o desempenho das ações do setor de telecomunicações (tanto
telefonia fixa como celular);
e) índice de ações com governança corporativa diferenciada (IGC):
Mede o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de
empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa;
f) índice valor bovespa (IVBX-2): Mede o retorno de carteira hipotética
constituída exclusivamente por papéis emitidos por empresas de
excelente conceito perante os investidores, classificadas a partir da
11ª posição, tanto em termos de valor de mercado como de liquidez
de suas ações;
g) índice de ações com tag along diferenciado (ITAG): Mede o
desempenho de uma carteira teórica composta por ações de
empresas que
ofereçam
melhores
condições aos
acionistas
minoritários, no caso de alienação do controle;
h) índice de sustentabilidade empresarial (ISE): Reflete o retorno de
uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade
empresarial.
1.6.2 Certificados de depósito interbancário
Os
bancos
emprestam
dinheiro
uns
aos
outros
no
mercado
interbancário. De acordo com Gradilone (2007), os certificados de depósitos
interbancários (CDIs) são títulos trocados nessas transações e representam a
melhor taxa que o banco se dispõe a pagar pelo dinheiro de um investidor.
36
Certificados de depósito interbancário são títulos emitidos por
instituições financeiras monetárias e não monetárias com a função
de transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Sendo
assim, viabilizam a liquidez do sistema financeiro, permitindo que as
instituições financeiras com sobra de recursos os transfiram para
aquelas que apresentam necessidade de financiamento de seu
caixa. Sua negociação é restrita ao mercado interfinanceiro e a maior
parte das transações tem prazo de um dia, não obstante possam ser
negociadas por prazos maiores. Não há taxação sobre essas
operações. São rápidas e seguras. (GREGÓRIO; LIMA; GOULART,
2006, p. 110)
A taxa dos CDIs, pela qual os bancos trocam dinheiro entre si, é o juro
referencial para o setor privado, de forma que sua taxa média diária é utilizada
como referencial para o custo do dinheiro (juros), e como parâmetro para
avaliar a rentabilidade dos investimentos no mercado. (GRADILONE, 2007)
37
CAPÍTULO II
A EMPRESA SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE
SEGUROS LTDA
2
DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA
2.1
Histórico e evolução
A Empresa SP Leon Corretora de Seguros, CNPJ 07.073.274/0001-50,
foi fundada em 1992 na cidade de Lins, quando o Sr. Leon Guimarães resolveu
entrar no ramo de seguros por influência de seu sogro, que já possuía carteira
de corretor e alguns clientes segurados.
Fonte: Fotografada pelos autores, outubro 2008
Figura 4: Fachada da empresa
38
A empresa iniciou suas atividades com seguros de automóveis e
residências de amigos e conhecidos. Após este período se tornou uma
empresa consolidada e conhecida na cidade, prestando serviços a diversos
clientes.
a) em 1994, a SP Leon fundou o núcleo educativo Garotos do Bairro.
Nessa creche são oferecidas aulas de música, informática, esportes,
reforço escolar e de consciência cívica e moral, para cerca de 70
crianças de 7 a 12 anos;
b) em 2002 a empresa decidiu expandir seus negócios, criando uma
nova filial na cidade de Osasco, visando atender novos clientes
nessa cidade;
c) em 2005, a empresa alterou sua razão social, passando de SP Leon
Corretora de Seguros Ltda, para SP Leondeny Corretora de Seguros
Ltda;
d) em janeiro de 2007, a filial de Osasco foi transferida para a capital
São Paulo.
Hoje, a principal preocupação da empresa, é garantir aos seus clientes
acesso às soluções de proteção mais adequadas e vantajosas. Para tanto,
toda a experiência acumulada ao longo dos 16 anos da empresa é utilizada
para oferecer os melhores serviços e analisar com profundidade as
necessidades do cliente, propondo o programa de seguros mais ajustado a
cada realidade.
2.2
A empresa
A estrutura da empresa é capaz assegurar a máxima qualidade em
todas as etapas de relacionamento com o cliente, desde o atendimento no
momento da contratação e renovação de apólices, até a assessoria de
profissionais treinados e capacitados para ajudá-los nos casos de ocorrência
de sinistros.
39
A área técnica da SP Leon Corretora de Seguros proporciona ainda todo
o suporte à venda, manutenção das apólices de seguros e prestação de
serviços aos clientes.
Toda essa infra-estrutura tem por objetivo superar cada vez mais as
expectativas dos segurados por meio do aprimoramento dos processos da
corretora.
2.3
Ramo de atuação
Atualmente a SP Leon Corretora de Seguros opera em todos os ramos
de seguros através de parceria firmada com as melhores e mais conceituadas
seguradoras do País.
Sua missão é atuar como consultora de seguros, a fim de atender as
necessidades do cliente com a máxima qualidade e precisão. Para tanto,
profissionais treinados e com larga experiência avaliam os riscos aos quais o
segurado está exposto, e apresentam o melhor programa de seguros para
cada realidade.
2.4
Equipe gerencial
A Equipe Gerencial é formada pelos sócios Leon Guimarães e Marcela
Becari Guimarães, respectivamente, pai e filha.
O Sr. Leon Guimarães é graduado em Ciências Contábeis pela
Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Lins, e já atuou em
diversas empresas, até se engajar no ramo de seguros onde permanece há 16
anos.
A Senhora Marcela Guimarães é Turismóloga formada pela Unimep de
Lins, e atuou no ramo de agência de viagens por alguns anos, até se tornar
sócia de seu pai na SP Leon.
40
2.5
Parcerias
A SP Leon Corretora de Seguros tem como principais parceiros,
diversas Companhias de Seguros que oferecem o serviço certo para cada
seguro contratado. Entre essas empresas, podem ser citadas: Porto Seguro,
Azul Seguros, Liberty Seguros, Bradesco Seguros, Mapfre Seguros, Allianz
Seguros, Unibanco Seguros, Itaú Seguros, Marítima Seguros, Sul América
Seguros e Real/Tókio Marine.
As empresas citadas acima são companhias que por meio de um
contrato, se responsabilizam a indenizar o cliente por eventuais prejuízos que
ele sofra, de acordo com o especificado na apólice de seguros.
2.6
Produtos
2.6.1 Modalidades de contratação
2.6.1.1 Seguro de veículos
Cobre prejuízos ao veículo (colisão, incêndio, roubo) e a terceiros, em
caso de responsabilidade do segurado.
O seguro visa indenizar o segurado por prejuízos no veículo indicado na
apólice (contrato de seguro) ocorrida dentro do território nacional decorrentes
de incêndio, roubo ou colisão. A indenização ocorre tanto em casos de danos
parciais,
quanto
em
casos
de
perda
total
(impossibilidade
de
recuperação/conserto).
No caso de perda total, a franquia, participação obrigatória do segurado
no pagamento dos prejuízos, não é deduzida no valor da indenização.
A importância segurada é o valor constante na apólice, previamente
acordado entre as partes, podendo atualmente ser definido de duas maneiras:
41
a) valor de mercado referenciado: indenização paga pelo valor médio
de mercado conforme tabela e porcentagem sobre as mesmas
impressas na apólice;
b) valor determinado: indenização paga pelo valor grafado em reais na
apólice.
Coberturas:
a) colisão: acidentes de trânsito em geral, queda acidental sobre o
veículo de qualquer agente externo que não faça parte do mesmo ou
não esteja fixado nele, atos danosos praticados por terceiros,
submersão total ou parcial do veículo em água doce proveniente de
enchentes ou inundações, granizo, furacão, terremoto, incêndio ou
explosão acidental, raio e suas conseqüências, roubo ou furto e suas
conseqüências;
b) acessórios: garantem a indenização por perdas para acessórios
(equipamentos de som e afins), equipamentos (Munck, plataforma
elevatória, guindaste, etc.), carrocerias e similares, desde que tais
bens estejam discriminados na apólice e tenha sido pago prêmio
específico. Demais acessórios estão incluídos no valor destinado ao
veículo (casco) não se aplicando a eles a exigência acima, porém,
terão cobrança da mesma franquia fixada ao veículo;
c) assistência 24 horas: prestação de serviços de assistência ao veículo
segurado e seus ocupantes em decorrência de acidente de trânsito,
incêndio ou roubo, bem como pane elétrica ou mecânica;
d) carro reserva: desde que seja pago prêmio adicional, garante ao
segurado o direito a um carro reserva, com seguro, em caso de
evento coberto, variando de uma seguradora para outra nos casos
de perda total e perda parcial;
e) acidentes pessoais de passageiros (APP): garante indenização ao
motorista e passageiros do veículo ou a seus beneficiários legais em
caso de acidente que os atinja e que resulte em morte ou invalidez
permanente;
f) responsabilidade civil facultativa (RCF): garante indenização dos
valores que o cliente tenha de pagar a terceiros por danos materiais
e/ou pessoais e/ou morais, todos involuntários, causados por
42
sinistros dos quais ele seja comprovadamente responsável. Não há
franquia para as coberturas de RCF.
2.6.1.2 Seguro de vida
Paga ao segurado ou aos seus beneficiários uma determinada quantia,
previamente fixada na apólice, no caso de morte ou invalidez.
Tem por finalidade o pagamento ao segurado ou aos seus beneficiários
de uma determinada quantia (capital segurado) previamente fixada na apólice
nos eventos contratados.
a) morte: Morte por qualquer causa;
b) morte acidental: Morte de causa externa, súbita, involuntária e
violenta;
c) invalidez
total
ou
parcial
por
acidente:
Evento
com
data
caracterizada, exclusivo e diretamente externo, súbito, involuntário e
violento, causador de lesão física total ou parcial. A indenização é
paga de acordo com o grau da lesão;
d) invalidez permanente total por doença: Indenização por invalidez da
qual não se pode esperar a recuperação ou reabilitação com os
recursos terapêuticos disponíveis.
2.6.1.3 Seguro de residência
Indeniza prejuízos causados à residência, por incêndio, raio, explosão,
roubo, entre outros. Garante indenização por prejuízos causados à residência
segurada durante a vigência da apólice em decorrência de eventos cobertos
pelas garantias contratadas.
Coberturas Principais:
a) incêndio: onde quer que o mesmo tenha origem, inclusive em
decorrência de tumultos, greves e lockout;
43
b) queda de raio: exclusivamente dentro da área do terreno ou edifício
onde estiverem localizados os bens segurados;
c) explosão: de qualquer natureza onde quer que a mesma tenha
origem.
Coberturas Opcionais:
a) danos elétricos: perdas e danos causados à residência segurada
devido a variações anormais de tensão, curto-circuito, arco voltaico,
calor gerado acidentalmente por eletricidade, descargas elétricas,
eletricidade estática ou qualquer efeito ou fenômeno de natureza
elétrica;
b) desmoronamento: perdas e danos provocados diretamente por
desmoronamento parcial ou total em conseqüência de qualquer
evento, inclusive por convulsões da natureza, como tufão, furacão,
inundação e terremoto;
c) roubo e furto qualificado: indeniza os bens subtraídos de dentro da
residência por meio de roubo ou furto qualificado. Essa garantia
responde ainda por danos causados a portas, janelas, fechaduras e
outras partes da residência segurada em conseqüência ou
decorrente da simples tentativa de roubo ou furto qualificado,
excluindo-se da indenização os vidros;
d) vendaval/fumaça: essa garantia indeniza o segurado por perdas e
danos causados à residência diretamente por vendaval, furacão,
ciclone, tornado, granizo, colisão involuntária de veículos, aeronaves
ou quaisquer outros engenhos aéreos ou espaciais e fumaça;
e) aluguel (perda ou pagamento): indeniza a perda de aluguel que a
residência venha a deixar de render por não poder ser ocupada em
decorrência de sinistro coberto pelas garantias indicadas na apólice.
Indeniza também despesa de aluguel que o proprietário da
residência segurada tenha de pagar a terceiros, caso seja obrigado a
alugar outro imóvel para nele se instalar, em conseqüência de
sinistro coberto pelas garantias indicadas na especificação da
apólice;
44
f) quebra de vidros: cobre os prejuízos referentes a quebra de vidros e
espelhos instalados na residência segurada provocada por qualquer
causa;
g) responsabilidade civil familiar: garante o pagamento de indenizações
decorrentes de danos corporais ou materiais causados a terceiros
pelo segurado, seus dependentes e empregados domésticos no
exercício do trabalho. Cobre também os danos a terceiros
provocados por animais domésticos ou associados à existência, uso
e conservação do imóvel;
h) condomínio: reembolsa danos que o imóvel venha a sofrer em
virtude de incêndio, queda de raio ou explosão de gás doméstico,
além de outras coberturas adicionais, quando contratadas. Impacto
de veículos, roubo, danos elétricos, alagamento, desmoronamento,
derrame de água de sprinklers, responsabilidade civil do condomínio;
i) viagem: esse tipo de seguro visa oferecer maior tranqüilidade e
comodidade ao segurado em viagens, por meio da contratação de
um capital que garante o pagamento de despesas médicas e
hospitalares nos casos de urgência e emergência. Os produtos
oferecem coberturas variadas, que incluem, além da assistência
médica, serviços de localização de bagagem, despesas com
farmácia, despesas odontológicas, assistência jurídica, etc. O
atendimento é prestado sempre por meio de uma central de
assistência 24 horas. A contratação do seguro deve ser feita com
antecedência mínima de 10 dias da data da viagem.
2.6.1.4 Seguro saúde
Cobre as despesas que o segurado tenha em função de atendimento
médico-hospitalar referente a cirurgias, honorários médicos e outros.
O seguro destina-se ao ressarcimento das despesas que o segurado
tenha em função de atendimento médico-hospitalar referente a cirurgias,
honorários médicos, exames laboratoriais, tratamentos, consultas médicas,
45
internações, etc. As coberturas variam em função do contrato. Por esse motivo,
é importante observar o que está estipulado no mesmo ao contratar o seguro.
2.6.1.5 Seguro de riscos diversos
Destina-se a cobrir perdas de propriedades do segurado provocadas por
acidentes de origem súbita e imprevista que causem perdas/danos a esses
bens.
O seguro de Riscos Diversos destina-se a proteger os bens de
propriedade do segurado no caso de acidentes de origem súbita e imprevista
que causem perdas/danos a esses bens, bem como ao estabelecimento
segurado. Roubo, vendaval, incêndio e explosão são algumas das coberturas
que podem ser contratadas. Além disso, há diversas modalidades, algumas
das quais estão listadas a seguir:
a) riscos diversos equipamentos;
b) riscos diversos equipamentos agrícolas;
c) riscos diversos empresa;
d) riscos diversos condomínio;
e) riscos diversos residência (destinado a pessoa física);
f) casco marítimo;
g) casco aeronáutico.
2.6.1.6 Seguro garantia
Garante ao segurado o cumprimento de serviços ou acordos feitos com
terceiros num prazo determinado.
a) garantia do concorrente ou manutenção de oferta: garante ao
segurado que a empresa vencedora de uma licitação assinará o
contrato de execução, mantendo o preço proposto, conforme
estabelecido em uma proposta comercial;
46
b) se o tomador se negar a assumir as obrigações previstas na
concorrência e em sua proposta comercial, o segurador indenizará o
segurado até o limite da importância fixada na apólice e entrará com
uma ação de regresso contra o tomador;
c) garantia do executante: é a modalidade que garante o fiel
cumprimento do contrato, seja para construir, fornecer ou prestar
serviços. Em caso de descumprimento do contrato, o segurador
imediatamente efetua a indenização dos prejuízos causados pelo
tomador ao segurado;
d) garantia de retenção de pagamento: trata-se de garantia subsidiária
em contratos de execução e garante as retenções de pagamento que
o contratado teria de deixar depositado em complemento de garantia
estabelecida em contrato;
e) garantia de adiantamento de pagamentos: Garante adiantamentos
concedidos ao contratado para a compra de materiais, instalação no
canteiro de obras, etc;
f) garantia de perfeito funcionamento: permite ao segurado receber
indenização dos prejuízos decorrentes da inadequação de qualidade
de construção, bens fornecidos ou serviços prestados;
g) garantia aduaneira: garante a indenização de prejuízos decorrentes
do não recolhimento dos impostos devidos nas importações
temporárias;
h) garantia judicial: é um instrumento de garantia que visa assegurar o
juízo (poder judiciário) relativo a efetividade processual, permitindo
depois de recepcionado, a discussão jurídica até o termo final;
i) garantia imobiliária: baseado na Lei 4.591, 64, esse seguro tem por
objeto garantir a fiel execução das obras de construção de
edificações ou conjunto de edificações de unidades autônomas.
2.6.1.7 Seguro transporte
47
Apresenta os ramos importação/exportação e transportes nacionais e
indeniza prejuízos causados aos bens transportados em decorrência de
acidentes com o veículo transportador.
a) internacional: O seguro destina-se a cobrir as perdas e danos
provocados no objeto segurado, provenientes de naufrágio, encalhe
explosão, incêndio, raio, ressacas, tempestades, arrebatamento pelo
mar, operações de carga e descarga, transbordo, mudança de rota
forçada, barataria do capitão ou tripulantes, riscos resultantes de
fortuna do mar, caso fortuito ou força maior;
b) nacional: Cobre as perdas e danos que sobrevenham ao objeto
segurado, provenientes de colisão, capotagem, descarrilamento,
tombamento, incêndio, explosão, raio, inundação, desmoronamento
de terra e pedras, roubo oriundo de assalto a mão armada,
desaparecimento total do veículo, água doce ou de chuva,
amassamento, arranhadura, contaminação, derrame, quebra, roubo,
vazamento e outros danos semelhantes.
2.7
Clientes
A SP Leon Corretora de Seguros tem como seus principais clientes,
pessoas físicas que buscam segurar seu patrimônio e pessoas Jurídicas, que
buscam seguro de frotas de automóveis, seguro saúde e seguro de vida para
funcionários.
Entre os principais clientes, podem-se citar empresas de ramos diversos
como: Brascargo Logística e Transporte, Klint Distribuidora de Soluções
Tecnológicas, F.A Trevise Ltda, Ceavil Construções, Transfrigor do Brasil Ltda,
Embragem, Empresa de Armazéns Gerais Ltda., entre outras.
2.8
Estrutura organizacional
48
Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, a SP Leon Corretora
de Seguros possui um sistema organizacional simples.
Pode-se identificar a estrutura da empresa no organograma abaixo:
DIRETOR
SINISTRO
ADMINISTRATIVO
ARQUIVO
FINANCEIRO E
CONTABILIDADE
VENDAS
ARQUIVO
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 5: Organograma da empresa
A SP Leon capacita seus funcionários fazendo treinamentos e cursos
preparatórios para cada tipo de atendimento. Vale citar que a empresa vem se
preocupando com a imagem que irá passar para seus segurados, e dessa
forma, sempre está investindo na qualidade de sua estrutura, buscando sempre
a maior satisfação e aprovação do público alvo.
2.8.1 Departamentos
2.8.1.1 Administrativo
49
O Departamento Administrativo fica responsável por:
a) supervisionar e coordenar os setores Financeiro e Arquivo;
b) dirigir o processo de recrutamento de pessoal;
c) encaminhar e conferir todas as correspondências e documentos que
são emitidas para os clientes como apólices e cobranças;
d) controlar contas a receber, informando pendências financeiras a todo
cliente em débito;
e) diminuir a inadimplência na corretora evitando o não pagamento de
comissões.
2.8.1.2 Financeiro e contabilidade
Ficam a cargo do Departamento Financeiro e Contabilidade:
a) conferir a rentabilidade em cada venda;
b) analisar se está de acordo o que companhia de seguro está pagando
para corretora;
c) contabilizar receitas de despesas da empresa;
d) prestar contas para diretoria;
e) cotar preços, fazer de orçamentos e compras de itens para uso
próprio na corretora.
2.8.1.3 Vendas
É a linha de frente da corretora, e é o departamento responsável por:
a) captar e orientar de forma geral o segurado;
b) informar e apresentar o produto ao cliente;
c) fazer a ligação do cliente com a companhia de seguros por meio da
uma proposta de seguro;
50
d) passar para o setor administrativo a proposta para que seja conferida
e enviada para a companhia de seguro, onde posteriormente será
emitida a apólice do segurado;
e) renovar o seguro, contatando os segurados e informando quando
uma apólice está para vencer;
f) passar o valor para o novo período para contratação da próxima
vigência.
2.8.1.4 Sinistro
É o setor que fica responsável por atender o cliente quanto ao serviço
contratado, pedir os documentos necessários para abertura do sinistro, onde
posteriormente fará a reclamação de sinistro para Cia. de Seguros que fica
responsável por analisar e pagar o segurado de acordo com o serviço
contratado.
2.8.1.5 Arquivo
Fica responsável ao Arquivo:
a) arquivar as pastas dos segurados e liquidações de sinistros em
locais próprios, guardando assim as informações e contratos;
b) digitar as informações dos seguros no sistema para que além do
arquivo físico, as informações permaneçam armazenadas em
softwares.
51
CAPÍTULO III
A ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL EXCEDENTE APLICADA NA EMPRESA
SP LEONDENY ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS LTDA
3
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INVESTIMENTO
Este
capítulo
tem como objetivo
demonstrar a
viabilidade de
investimento do capital excedente da empresa SP Leondeny Corretora de
Seguros, tendo como alternativa, as diversas opções do mercado atual que tem
crescido consideravelmente.
Para demonstrar as etapas da administração de capital excedente,
abordando a necessidade da empresa escolher a opção mais rentável e
favorável ao seu perfil, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa SP
Leondeny Corretora de Seguros, situada na cidade de Lins, no período de
março a outubro de 2008.
Os métodos utilizados para a pesquisa foram:
Estudo de caso: utilizado para analisar aspectos voltados a resultados
financeiros, e para a simulação de investimentos da empresa.
Método de observação sistemática: utilizado para simular e analisar as
aplicações dos recursos excedentes no mercado, assim como seus eventuais
retornos, como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.
Para se obter informações, a pesquisa utilizou as seguintes técnicas:
Roteiro de estudo de caso (Apêndice A);
Roteiro de observação Sistemática;
Roteiro de entrevista com o sócio diretor da empresa;
Roteiro de entrevista com o gerente financeiro.
A Empresa SP Leon Corretora de Seguros adquiriu os seguintes
resultados nos últimos dois anos de exercício:
52
Fonte: Setor de Contabilidade da SP Leon
Quadro 3
D.R.E. da SP Leon
Através da análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE),
constata-se um crescimento considerável da lucratividade da empresa no
período de 2006 para 2007. O quadro abaixo demonstra que até dezembro de
2005, a empresa possuía um capital acumulado no valor de 61.320,00, onde
vem sendo aplicado na caderneta de poupança.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 4
Rentabilidade da poupança
53
Considerando os dois aportes anuais, a aplicação gerou até o fim de
2007, um acumulado de 106.595,25, sendo um valor muito alto para a baixa
rentabilidade gerada na caderneta (em média 8,88% de 2003 a 2007).
Abaixo, a pesquisa realizou um comparativo da rentabilidade dos
principais índices do mercado dos últimos cinco anos. Foi calculada a média
anual de cada índice, assim como o percentual da rentabilidade total no
período.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 5
Histórico da rentabilidade dos índices
De acordo com o quadro, índice Bovespa, que reflete o desempenho de
uma carteira composta pelas ações mais negociadas no mercado, obteve uma
rentabilidade muito superior aos demais índices nos últimos cinco anos.
Enfim, a empresa não vem aplicando o seu capital excedente da
maneira mais rentável, de forma que pela análise pregressa, a pesquisa
constatou que as opções que geraram melhores retornos foram os
investimentos em ações.
3.1
Investindo em ações
54
Eid
Junior
(2007a)
fundamenta
que
há
diversos
economistas
especializados em países e setores, matemáticos, programadores e ainda, um
conjunto de assistentes que acompanham todas as notícias que são publicadas
sobre as empresas. Portanto, para se investir diretamente em ações, exige no
mínimo conhecimentos, recursos e pessoal técnico para analisar cada empresa
e cada ação. Alguns critérios são essenciais para não se correr riscos no
mercado acionário:
a) ter acesso à análise de boa qualidade sobre as empresas e ações;
b) ter tempo para se dedicar ao acompanhamento do mercado,
entendendo os determinantes do desempenho das ações;
c) estudar e acompanhar o desempenho da economia mundial e dos
setores.
Se o investidor não atender a todos esses critérios, ele possui como
opção, instrumentos que tenham uma equipe muito capacitada por trás para
tomar as melhores decisões, como por exemplo, os fundos de investimento.
A grande vantagem de se aplicar em Fundos de Investimentos é sua
capacidade de análise, sendo que possuem à disposição, um conjunto grande
de analistas, que conseguem adquirir informações que em geral não são
acessíveis aos investidores comuns, seja por desconhecimento, seja por
elevado custo desses comparativos. Os fundos podem assumir esses custos
em função do grande volume de recursos que gerenciam. (EID JUNIOR,
2007b)
Existem outras diversas modalidades de investimento, porém a pesquisa
encontrou na aplicação em fundos de ações livre, a chance da empresa SP
Leon de diluir riscos com melhores ganhos, e ainda contar com gestores
especializados no mercado, trazendo tranqüilidade para o sócio-investidor, já
que a empresa não possui um setor especializado nessa atividade.
3.2
Análise dos fundos
Como a empresa deseja assumir o risco calculado para esse capital
aplicado, sabendo que a falta dessa quantia não causará impactos nos
55
períodos posteriores do fluxo de caixa, pode-se então entender que o fundo
sugerido deverá possuir níveis balanceados de risco e rentabilidade.
De acordo com Barbosa (2008), Eid Junior (2007a) e Halfeld (2006) é de
fundamental importância a análise de alguns fatores para escolha do fundo de
ações que atenda melhor às necessidades da empresa.
3.2.1 Tipo e estratégia de gestão
Embora exista uma dezena de tipos diferentes de fundos de ações, o
melhor é optar por uma gestão ativa, que busque, por exemplo, ganhos
superiores ao Ibovespa, isso devido aos tempos de volatilidade atuais. Dessa
forma, caberá ao gestor buscar melhores resultados, mudando a estratégia do
fundo e a carteira se necessário.
Conhecer quem são os gestores e certificar-se da confiabilidade da
instituição são procedimentos mais importantes do que se pode imaginar. Olhar
apenas a rentabilidade de um fundo não é suficiente. Vale a pena analisar se o
fundo tem sido fiel a estratégia assumida inicialmente.
3.2.2 Riscos
De acordo com Halfeld (2006), diversificar os investimentos, assim como
ampliar o período das aplicações, tende a diminuir o risco dos investimentos.
Os fundos com carteiras menos diversificadas são mais sensíveis a perdas no
caso de uma das ações, apresentar queda mais expressiva.
Para investidores que não querem assumir um alto grau de risco, um
outro passo é optar por fundos que não operem alavancados. Alavancar
significa quando o gestor opta por operar com valores acima do patrimônio.
Com isso, potencializa as chances de retorno, mas também aumenta os riscos,
em caso de uma crise séria, o investidor pode perder todo o seu dinheiro e até
56
ser chamado para cobrir um eventual rombo. Portanto, entre dois fundos com o
mesmo desempenho, o melhor é optar pelo que não opera alavancado.
3.2.3 Desempenho passado
Nos fundos de gestão ativa, as rentabilidades podem variar muito,
portanto é crucial examinar a capacidade do gestor em superar as
adversidades.
Em geral, o sucesso no passado com carteiras bem diversificadas e
com estratégias bem definidas, é pelo menos uma garantia parcial do sucesso
no futuro. Extrair informações passadas é um dos bons caminhos para a
escolha dos investimentos.
É fundamental que os investidores analisem o retorno dos fundos
olhando um período longo, em torno de cinco anos. Essa análise não pode se
restringir ao retorno acumulado, de forma que deve ser feita em sub-períodos.
É importante procurar aqueles que apresentem resultados consistentes
ao longo do tempo, ou seja, aqueles que em todos os períodos tiveram
rentabilidade constante. Esses fundos conseguem reagir melhor às crises do
que os outros.
É importante antes de investir em fundos novos no mercado, aguardálos a mostrarem suas qualidades ao longo do tempo.
3.2.4 Patrimônio
Deve-se evitar os fundos com poucos cotistas ou com patrimônio muito
pequeno. A razão é simples: num fundo pequeno, a saída de um grande
cotista, ainda mais se ocorrer num momento de crise, pode trazer grandes
prejuízos para quem fica. Melhor aplicar em fundos consolidados, com
patrimônio bastante pulverizado.
57
3.2.5 Comparar custos dos fundos
Há dois custos embutidos nos fundos de ações: a taxa de administração
e a de performance. As duas têm seus valores diluídos nas cotas, ou seja, já
estão descontadas no preço da ação.
No caso da taxa de performance, não há muito como economizar, já que
o valor está fixado, variando apenas o índice de referência utilizado no cálculo.
A taxa de administração é fundamental para o desempenho dos fundos,
principalmente os mais comuns, como os DI e de renda fixa, sendo que essa
tarifa pode variar de 2% a 4,5%. Nem sempre um fundo mais barato é o
melhor, pois este pode ter taxa de administração mais alta e retorno também
maior. Um fundo mais caro e mais rentável pode ser mais viável, porque a taxa
cobrada é apenas a remuneração pelo bom serviço prestado pelo gestor
3.2.6 Liquidez
Vale a pena verificar as regras de resgate do fundo antes de fechar a
aplicação. A maioria dos fundos de ações é D3 ou D4 (ou seja, o resgate
acontece três ou quatro dias após a solicitação), mas ainda há produtos no
mercado com prazo de 30 dias para resgate e até fundos com carência. Dessa
forma, o investidor não pode sacar nos primeiros dias ou meses de aplicação.
Isso ganha importância no caso de um imprevisto, quando é preciso
sacar o dinheiro com urgência e o aplicador se dá conta de que vai precisar
esperar para ver seu dinheiro.
3.3
Seleção do fundo
Para a escolha do melhor fundo, foram analisados os seguintes critérios:
58
a) o fundo escolhido deverá trazer em seu histórico (no mínimo, os
últimos 5 anos), rentabilidades que venham de encontro com os
anseios de ganhos da empresa;
b) as empresas que fazem parte do mix de ações e suas respectivas
análises de crescimento futuro;
c) percentual de distribuição que cada empresa tem dentro deste fundo;
d) número de investidores que o fundo possui, pois através deles, é que
se pode conseguir maior poder de negociações;
e) o fundo deverá estar devidamente cadastrado junto à Bovespa;
f) a corretora da qual o comercializa, também terá que obedecer os
critérios mínimos exigidos por este órgão regulador.
3.4
Banco de Investimento Geração Futuro
Foi direcionada a gestão e análise do fundo à corretora Geração Futuro,
que é uma das melhores gestoras especializadas no mercado de ações,
contando com o conhecimento e a experiência de um grupo de analistas em
investimentos com interesses alinhados há mais de 30 anos. A empresa possui
mais de 45 mil clientes, e conta com 7,1 bilhões de recursos de terceiros
administrados.
Os resultados da geração futuro são frutos de uma análise criteriosa e
fundamentalista das empresas que compõem a carteira de ações. São
selecionadas poucas empresas com alto potencial de crescimento, qualidade
de gestão e governança corporativa.
3.4.1 Apresentação das empresas da carteira
Abaixo foi apresentado o percentual atribuído à cada empresa na
diversificação da carteira da Geração Futuro:
59
Fonte: Geração Futuro, 2008.
Figura 6: Portifólio da carteira
3.4.1.1 Petrobrás
a) maior empresa brasileira e uma das maiores companhias de energia
do mundo;
b) líder nas tecnologias de exploração e produção de petróleo em
águas profundas e ultra profundas;
c) tem se destacado como uma das empresas que mais ampliam suas
reservas de petróleo e sua capacidade de produção e refino;
d) pretende ampliar sua inserção no mercado de biocombustíveis.
3.4.1.2 Gerdau
a) maior produtora de aços longos das Américas;
60
b) décima primeira siderúrgica mundial, operando com 55 usinas e
presente em 13 países;
c) especializada no fornecimento para construção civil, indústria e
agropecuária;
d) posiciona-se como consolidadora da indústria com amplo histórico
favorável de aquisições;
e) possui 39 usinas espalhadas por diversos países.
3.4.1.3 Usiminas
a) líder no mercado siderúrgico brasileiro de aços planos;
b) representa 27% da produção do país, com market share de 52%;
c) principal fornecedora dos setores automotivo, naval e de tubos de
grande diâmetro no país;
d) o atual programa de investimentos para expansão e melhoria da
produção e a recente aquisição de minas de ferro contribuirão para
consolidar a Usiminas como uma das siderúrgicas mais eficientes do
mundo.
3.4.1.4 Votorantim Celulose e Papel
a) empresa focada na produção de celulose e na fabricação de papéis
especiais;
b) se destaca pelos projetos de expansão já em andamento que a
colocarão entre os líderes mundiais na fabricação de celulose de
eucalipto, com um dos mais baixos custos de produção do mundo;
c) controlada pelo grupo Votorantim, a empresa está apta a atuar como
consolidadora do setor no país, estando presente no bloco de
controle da Aracruz.
61
3.4.1.5 Taurus
a) empresa que se destaca na fabricação de equipamentos de
segurança;
b) é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo;
c) lidera o mercado brasileiro de armas, coletes e capacetes para
motociclistas, com forte presença no mercado norte americano de
pistolas e revólveres;
d) atua também na fabricação de máquinas operatrizes e peças
forjadas.
3.4.1.6 Randon
a) atende o setor primário, cargas industriais e prestação de serviços,
fornecendo carretas e vagões;
b) líder em todos os mercados em que atua;
c) sua marca é reconhecida intencionalmente;
d) modelo de verticalização de produtos com elevada escala de
produção e amplo portifólio;
e) nas autopeças, lidera o fornecimento para caminhões e outros
veículos pesados, operando com sócios estrangeiros, que lhe
transferem tecnologia e oferecem acesso a mercados nos EUA e na
Europa;
f) exportam seus produtos para mais de 90 países e atuam com
fornecedoras de todas as montadoras de veículos pesados do Brasil.
3.4.1.7 Weg
a) maior indústria de motores de baixa tensão na América Latina;
62
b) lidera o mercado brasileiro e exporta para mais de 100 países;
c) fornece soluções em energia através da fabricação de equipamentos
para automação e gerenciamento de instalações, como motores
elétricos, geradores, transformadores e subestações de energia;
d) é líder no mercado doméstico com cerca de 80% de participação.
3.4.1.8 Guararapes
a) união da maior confecção têxtil do país com a terceira maior rede de
lojas de vestuário (Lojas Riachuelo);
b) possui 94 lojas em 22 estados, mais de 13 milhões de cartões de
crédito próprios e benefícios fiscais que lhe asseguram vantagens
competitivas em relação aos concorrentes;
c) única varejista integrada no Brasil.
3.4.1.9 Plascar
a) fornecedora
referência
no
mercado
internacional
no
setor
automobilístico;
b) com a expansão do mercado, deve continuar crescendo na América
Latina, ampliando o atendimento a novas montadoras;
c) controlada pelo IAC Group - Wilbur Ross e Franklin Mutual, com
possibilidade de aumento de participação nas montadoras européias
e asiáticas;
d) atua no Nafta, Europa e Mercosul, atendendo as principais
montadoras de veículos.
Em seguida é apresentado o crescimento médio anual do faturamento
das empresas da carteira, no período de 1995 a 2006.
63
Fonte: Geração Futuro, 2008.
Figura 7: Crescimento da carteira
3.4.2 Fundo Geração FIA
Entre os produtos da Geração Futuro, foi escolhida como opção de
investimento, o Fundo de Investimento Geração FIA, que obteve grande
destaque desde sua fundação, recebendo diversas premiações por sua
performance.
Um levantamento feito pelo Centro de Estudos em Finanças da
Fundação Getulio Vargas constatou que o Geração FIA foi o fundo de ações no
Brasil que de 2003 a 2007, alcançou a maior rentabilidade. O retorno de janeiro
de 2003 a setembro de 2007, chegou a 945%, sendo o dobro da alta registrada
pelo Índice Bovespa. (NÚMERO 1...,2007)
A seguir a performance acumulada desde a criação do fundo:
64
Fonte: Geração Futuro, 2008.
Figura 8: Geração FIA
3.4.3 Características do fundo
O fundo Geração FIA apresenta as seguintes fatores:
a) aplicação a partir de R$ 50.000,00;
b) taxa de administração: 3% a.a.;
c) taxa de performance: 20% sobre o que exceder do Ibovespa com
cobrança semestral;
d) patrimônio (em 30/06/2008): 502,75 milhões;
e) principal gestor: Wagner Faccini Salavarry;
f) movimentação mínima: 5.000,00 reais.
Existem
diversas
categorias
para
classificação
de
fundos
de
investimento. O Fundo Geração FIA está classificado na categoria de Fundos
de Ações Outros, que de acordo com Eid Junior (2007a), são fundos que
buscam ganhos superiores aos dos índices da bolsa, com o uso das mais
diferentes estratégias, buscando ações que pagam bons dividendos. Fundos
que investem nas empresas menores, chamadas small caps, são bons
65
exemplos de fundos classificados nesta categoria. Historicamente esses são os
fundos que obtiveram o melhor desempenho.
3.5
Análise financeira da empresa
O valor de R$ 106.550,32 foi o saldo inicial do caixa em 2008, e
analisando o fluxo de caixa previsto o exercício, foi constatado que o valor de
R$ 100.000,00, é um valor excedente, que não causará impactos durante as
previsões de entradas e saídas de caixa em 2008.
Fonte: Setor de Contabilidade SP Leon
Quadro 6
Fluxo de Caixa SP Leon
O quadro abaixo demonstra as rentabilidades no período de 2003 à
2007 em quatro modalidades de investimento, entre elas o Fundo Geração Fia,
o IBOVESPA, o CDI e a Poupança.
66
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 7
Simulador de investimento
Os percentuais aplicados estão sendo considerados no final do
exercício, com sugestão de aportes anuais que não venham influenciar nos
compromissos do fluxo financeiro da empresa.
O quadro abaixo mostra que enquanto se obteve uma rentabilidade de
1.054% no fundo de investimento Geração FIA; o Índice Bovespa, o CDI, e a
Poupança renderam respectivamente 444%, 117% e 52%. A diferença foi muito
relevante, levando-se em conta que não foram considerados os aportes anuais.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 8
Rentabilidade no período
67
Nessa simulação, aplicou-se a metodologia de análise para um
investidor com perfil agressivo e com disponibilidade para aplicação à longo
prazo. Observando-se o comparativo da rentabilidade do fundo escolhido, com
investimentos tradicionais e índices que regem no mercado, a pesquisa conclui
o quanto é vantajoso a empresa analisar as opções de investimento,
administrando riscos e mensurando em seu fluxo financeiro o que realmente
poderá ser aplicado.
Com a estabilidade econômica e um cenário cada vez mais competitivo,
as empresas brasileiras enfrentam o desafio de aprender a fazer planos de
longo prazo. Investir e acreditar em empresas sólidas e bem estruturadas no
mercado é um bom caminho para quem espera futuramente um retorno sobre
suas aplicações.
3.5
Momento atual do mercado no mundo
A partir do primeiro semestre de 2008 as conseqüências da crise dos
subprime (créditos hipotecários de alto risco) nos Estados Unidos se propagam
aos mercados financeiros americanos e mundiais. Nos nove primeiros meses
do ano, os principais índices perderam mais de 25%. A crise se agrava no
início de outubro de 2008 com quedas de quase 10% em vários mercados
mundiais.
Esta crise é a mais grave desde 1929, a diferença, entretanto, é que há
uma reação competente por parte dos governos americanos e europeus, pois,
mostram que não estão agindo de acordo com os preceitos neoliberais e da
ortodoxia
econômica,
que
dizem
que
os
mercados
resolvem
tudo
automaticamente. A forte intervenção destes governos vem oferecendo liquidez
ao sistema e garantindo depósitos bancários, e isto irá contribuir para a
resolução do problema.
3.6.1 Perspectivas
68
À medida que a economia cresce maior é a disponibilidade para investir,
pois todo dinheiro não consumido pode ser convertido em investimentos. A
expectativa da economia mundial é de um crescimento de 3,9% em 2008 e 3%
em, 2009. O Brasil é um dos poucos países para o qual os especialistas
elevaram suas estimativas de crescimento neste ano, 5,2%, em linha com
outras previsões feitas pelo mercado. No ano que vem, no entanto, a
expectativa é de uma forte desaceleração para 3,5%.
Pela contramão da crise, vão os investidores que aproveitam este
momento para adquirir cotas com preços baixos, e se beneficiando a médio e
longo prazo com a situação atual. O investidor de fundos de ações deve estar
consciente de que seu retorno será a longo prazo, e retirar o capital investido
só lhe acarretará prejuízos.
De acordo com as análises passadas, todas as vezes que existiram
quedas drásticas, posteriormente se obteve altas substanciais. Como todas as
crises que existiram, esta chegará ao fim, trazendo novamente ganhos
expressivos ao mercado financeiro.
69
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Tendo em vista que a SP Leon possui o capital excedente no valor de
R$ 100.000,00, e que o investimento desta disponibilidade não causará
impactos no fluxo financeiro do próximo período, propomos que a empresa
direcione a gestão deste recurso à Corretora Geração Futuro, que tem como
indicação ao perfil da empresa o Fundo de Investimento Geração Fia, por
trazer
conforme
análises
demonstradas
neste
trabalho,
as
melhores
rentabilidades do mercado, onde riscos existem, porém em níveis menores,
pela composição de uma carteira extremamente sólida e bem dimensionada.
Futuros aportes da aplicação ficarão a critério da empresa, salientando que
este investimento deverá ser pensado à longo prazo.
70
CONCLUSÃO
Diante da pesquisa, conclui-se a viabilidade de investimento no mercado
de ações, onde as premissas teóricas apresentadas puderam fundamentar que
parte dos riscos que envolvem essa aplicação, podem ser neutralizadas,
adequando esse investimento em uma carteira diversificada à longo prazo.
As modalidades de investimento escolhidas para empresa foram os
fundos de investimento que além de possuírem a característica abordada,
contam com equipes de gestores altamente qualificados para as melhores
estratégias, que de modo muito rápido, asseguram as decisões diante das
diversas oscilações do mercado. Esse fator é fundamental já que a empresa
não possui um setor especializado na análise do mercado. Ressalta-se
também que é importante que o fundo escolhido diversifique sua carteira
através de resultados históricos conhecidos, e percepção analítica das
tendências setoriais do mercado de ações.
Foi
constatado
através
de
análises
pregressas
e
simulações
apresentadas no decorrer deste trabalho que as diversas modalidades de
investimento oferecidas pelo mercado financeiro são instrumentos que
possibilitam as empresas com capital excedente a obterem melhores
resultados. O capital excedente que tenha seu risco administrado de forma
fundamentalista, aplicado à longo prazo na opção que melhor atenda ao perfil e
anseios do investidor, propicia rentabilidades superiores às aplicações
tradicionais de baixo risco.
A pesquisa fundamenta a importância das empresas buscarem para
seus investimentos, opções que vão além dos tradicionais, e dessa forma, a
abordagem do tema é de extrema relevância para as pessoas que desejam
compreender melhor como se comportam as atividades de investimento nas
diferentes modalidades do mercado.
Para os autores, a presente pesquisa agregou uma série de
fundamentos sobre o mercado financeiro, e de como regem os fatores ligados
à economia. Pudemos adquirir uma visão mais ampla e concreta dos mercados
financeiro e acionário, que possuem uma extensa variedade de opções, sendo
que os fundos são apenas uma parte deste ramo.
71
Conhecer e aplicar análises fundamentalistas, são tarefas para
profissionais que sabem as teorias que envolvem o setor e as tendências que
regem a economia. Gerir capital de terceiros não é algo que se pode entregar
aos cuidados de amadores, e neste sentido, a pesquisa buscou para a
empresa de forma concreta e aqui estudada, trazer segurança com melhores
ganhos, mesmo sabendo dos riscos inerentes neste mercado.
72
REFERÊNCIAS
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73
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estrutura e aplicação. São Paulo: Thomson, 2003.
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 3.ed. São
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SANTOS, A. R. P. Apostila de mercado de capitais. 2008, 51p. Apostila da
disciplina de Administração. Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium.
75
APÊNDICES
76
APÊNDICE A
1
Roteiro de Estudo de Caso
INTRODUÇÃO
A
presente
pesquisa
foi
realizada
na
empresa
SP
Leondeny
Administradora e Corretora de Seguros Ltda, tendo como objetivo de pesquisa,
demonstrar a viabilidade de investimento do capital excedente na opção que
melhor atenda as necessidades da empresa.
2
RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
a) descrição do mercado financeiro e as possibilidades de investimento
para o Capital Excedente da empresa;
b) análise do risco, rentabilidade e liquidez das principais modalidades de
investimento do mercado;
c) depoimentos do sócio diretor da empresa, e do representante da
corretora de valores, a qual foi direcionada a gestão do investimento;
d) apresentação da
opção que melhor atenda ao perfil e anseios da
empresa.
.
3
DISCUSSÃO
Relação entre a teoria e a prática observada na empresa.
4
PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES
MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENNTOS.
SOBRE
77
APÊNDICE B
I
Roteiro de Observação Sistemática
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:................................................................................................................
Localização:...........................................................................................................
Cidade:...............................................................................Estado:.......................
Atividade Econômica:............................................................................................
Porte:.....................................................................................................................
II
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1
Análise do mercado financeiro e suas opções de investimento
disponíveis ao investidor
2
Histórico da Empresa
3
Abertura de balanços dos exercícios dos últimos vinte quatro meses
4
Análise do fluxo caixa, custos operacionais, administrativos, fixos e
variáveis
5
Identificação do Capital Excedente da Empresa
6
Demonstração das aplicações dos recursos do mesmo período
7
Estudo da viabilidade do investimento mais rentável e propícia para
as características da empresa
78
APÊNDICE C
I
Roteiro Histórico
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:...............................................................................................................
Localização:...........................................................................................................
Atividade econômica:.............................................................................................
Porte:.....................................................................................................................
Data de fundação:..................................................................................................
Sócios e proprietários:...........................................................................................
II
ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA
1
Origem da empresa SP Leondeny:.............................................................
2
Fundadores:................................................................................................
3
Evolução da empresa:................................................................................
4
Atividades desenvolvidas:...........................................................................
5
Produtos:.....................................................................................................
6
Rentabilidade do investimento atual da empresa:......................................
79
APÊNDICE D
I
Roteiro de Entrevista para o Sócio Diretor
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo no Ramo:...................................................................................................
Especialidades:......................................................................................................
Experiências Profissionais anteriores:...................................................................
Experiências Profissionais atuais:.........................................................................
Cidade:...................................................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
A empresa SP LEON tem conhecimento das diversas opções
investimentos do mercado, e suas atribuições?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2
De que maneira o capital da empresa tem sido investido?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3
Como a empresa analisa suas disponibilidades, e decide o quê investir?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4
A empresa tem obtido retorno satisfatório com as aplicações financeiras
que ela possui?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5
A empresa está disposta a realizar um investimento à longo prazo?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
80
APÊNDICE E
Roteiro de Entrevista para o representante da corretora de
valores, a qual foi direcionada a gestão do investimento
I
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo no Ramo:.........................................................................................
Especialidades:...........................................................................................
Experiências Profissionais anteriores:........................................................
Experiências Profissionais atuais:...............................................................
Cidade:........................................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
Quais as vantagens do mercado de ações em relação ao de renda fixa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2
Quais as características e atributos das empresas que fazem parte da
composição da carteira em que vocês diversificam os investimentos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3
Como identificar o melhor tipo de investimento para cada perfil?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4
De que maneira funciona a dinâmica das operações na Bolsa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5
Como a Geração Futuro enxerga o futuro dos investimentos diante de
uma crise econômica como a atual?
_______________________________________________________________
81
_______________________________________________________________
6
Quais os procedimentos necessários para que a empresa SP LEON se
torne membro investidor de sua corretora?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7
Que tipos de análises de mercado são realizadas diariamente pelas
corretoras de valores?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8
Como são realizadas as análises fundamentalistas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9
Como acontece a renovação das empresas da carteira de investimentos,
e quais critérios são levados em consideração pelos analistas da corretora?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
82
ANEXOS
83
ANEXO A
Fotos
Foto 1: Fachada da Empresa
Foto 2: Recepção
84
Foto 3: Autores visitam a Bovespa com seu orientador
Foto 4: Antigo pregão da Bovespa
85
Foto 5: Painel de preços comercializados
Foto 6: Painel de oscilações dos índices das empresas
86
Foto 7: Palestra da Corretora de Valores Geração Futuro no Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium
Foto 8: Palestrante André Hojo
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administração de capital excedente no mercado