PERDOAR A TAREFA MAIS ÁRDUA DO AMOR “... Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...” Muitas vidas são arruinadas pela amargura e pela falta de perdão. Segundo Dr.Belisário Marques, há uma série de sintomas físicos e mentais associados com as mágoas reprimidas: depressão, ansiedade, desespero, tristeza profunda, baixa auto-estima, desconfiança e dificuldades nos relacionamentos. As pessoas passam por desgostos emocionais e físicos porque recusam perdoar os outros. Quanto mais tempo carregamos rancor, o fardo se tornará mais pesado. Segundo a escritora americana Kay Kusma, o perdão recolhe: a mágoa a ira o medo a incompreensão a vergonha o orgulho a culpa Tiago 5:16 nos diz: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.” O perdão é uma atitude de humildade que nos prepara para receber a Cristo. O ato de perdoar a quem nos ofende e pedir perdão àqueles que ofendemos, drena as obstruções causadas pelas emoções negativas, dando abertura para que Deus tome conta do nosso coração. O perdão está no centro de um relacionamento. Remove as barreiras da separação, e quebra as grades da prisão que nós mesmos construímos. Na parábola que Jesus contou em Mateus 18:23-35 nos deixa claro que: O perdão não é uma opção. É um mandamento! A BASE DO PERDÃO Mas é uma coisa tão pequena, será que eu tenho mesmo de pedir perdão? Sim. Se você feriu alguém física, psicológica, espiritual ou materialmente, não importa a dimensão do ferimento – você precisa ser perdoado. Mas é uma coisa tão pequena; será que eu tenho mesmo de perdoar? Sim. O perdão é o único caminho para a reconciliação. Mas, e se a outra pessoa não pede para ser perdoada? O seu perdão não deve depender do pedido da pessoa que lhe ofendeu. Mas, e se a pessoa não estiver nenhum pouco arrependida? Tudo o que você deve fazer é construir a ponte no seu lado do abismo. Deixe que Deus Se preocupe com a completa conexão. Mas, e se eu não acho que fiz algo de errado, e a pessoa está sendo apenas sensível demais, ou me culpando injustamente? Se há mágoa e inimizade, há necessidade de haver uma reconciliação, e o único caminho para a reconciliação é o perdão. Peça perdão por causar sofrimento à pessoa. Mas, se eu pedir perdão, não estarei admitindo que estou errado? A lei pode estar do seu lado, mas você pode morrer certo, ou matar alguém com suas maneiras, atitudes e pela sua escolha. Mas, se eu perdoar, não estarei incentivando a pessoa a repetir a ofensa? Você só pode ser responsável por aquilo que você faz. Não tente controlar o comportamento dos outros. Mas, e se a pessoa continuar a me ofender? Quantas vezes devo perdoá-la? Pedro fez essa pergunta, julgando estar sendo generoso ao sugerir sete vezes. A resposta de Jesus, porém, deixou claro que não existem limites para o perdão. Mas, se a pessoa não merecer perdão? O perdão nunca é merecido. É sempre uma dádiva. É bondade em ação. Mas, e se a pessoa não quiser mais nada comigo, ou se eu não quiser mais nada com ela? O pecado sempre acarreta conseqüências. Construa o seu lado da ponte. A conseqüência pode ser que o outro lado da ponte nunca venha a ser construído. Ou ainda, o fato de os dois lados estarem construídos não significa que a ponte será atravessada novamente. O que importa é que a ponte está lá, caso alguém queira usá-la. Mas, e se eu perdoar, e ainda sentir raiva ou mágoa? A mágoa não é insuportável. Quanto à raiva, podemos dizer que ela é uma emoção justificável quando alguém é ofendido. Insuportável é a raiva e a mágoa associadas aos sentimentos de culpa, ódio, fúria, vinganças e rancor, que corroem o nosso próprio coração, e faz com que desejemos o mal aos outros. Com o tempo, a mágoa e a raiva vão diminuir. Mas como saber se você foi perdoado? Idealisticamente, o perdoador e o perdoado buscariam a reconciliação. Realisticamente, nunca se sabe. Você é somente responsável pelos seus próprios sentimentos e comportamento. Mas como sei se eu realmente perdoei alguém? Você se verá desejando a essa pessoa tudo de bom na vida. Você será capaz de pedir honestamente a Deus que conceda a ele ou a ela as mesmas bênçãos que Ele tem concedido a você. Mas, e se eu não sentir vontade de perdoar? Os sentimentos não devem necessariamente preceder as atitudes. Não conte com os seus sentimentos como bons indicadores para predizer a atitude correta. O perdão é um ato de sua escolha, de seu desejo; não de seus sentimentos. Mas, e se eu não puder perdoar? E se o mal que foi feito a mim for imperdoável? Dizer “não posso perdoar” é apenas uma maneira diferente de dizer “não vou perdoar”. “... para Deus todas as coisas são possíveis”, inclusive o perdão. Os 5 Passos para o Perdão 1º Passo RECONHECER O PROBLEMA Quando o perdão é necessário? Quando nós sentimos que causamos uma ferida que quebra o relacionamento. É quando nós nos pegamos desejando o mal aos outros, que todo o processo do perdão precisa ser iniciado. A primeira maneira de “falsificar” o perdão é acreditar que você não tem culpa. Mas há também o risco de errar no outro extremo, ficar tão paranóico, a ponto de pedir perdão desnecessariamente. 2º Passo ACEITAR A RESPONSABILIDADE PELO SEU COMPORTAMENTO Reconheça que você está em falta. Você não pode pedir perdão se não reconhece seu próprio erro. Alguns transferem a culpa dos seus próprios erros para os outros. A falha em não aceitar e assumir a responsabilidade pelos próprios erros incentiva a irresponsabilidade. Os acusadores acusam todos até os inocentes. Quando a acusação é lançada, surge a dúvida na mente dos outros. Em quem acreditar? O seu caráter é questionado. Não tolere esse espírito em você. Admita seus erros e não acuse os outros. Os grandes seres humanos são aqueles que assumem seus próprios erros. 3º Passo TER UMA ATITUDE DE PERDÃO E ARREPENDIMENTO “Desculpe-me” é uma palavra mágica, mas será que realmente quer dizer arrependimento? Dizer “desculpe-me” não é o suficiente a menos que tenhamos uma ATITUDE de sincero arrependimento. Só perdoamos quando queremos. Não pressione as pessoas a se desculparem. O indivíduo pressionado pode até seguir os passos do perdão, mas só superficialmente. O perdão brota do âmago da pessoa, não da ponta da língua. É uma escolha livre e consciente. Não pode ser forçado; precisa ser desejado. Dê um tempo para acalmar os ânimos. Quando a raiva e vingança predominam é impossível o arrependimento. Deixe aberta a porta para o arrependimento, e espere. 4º Passo LUTAR PELA RECONCILIAÇÃO A reconciliação não acontece quando alguém diz: “Eu perdôo, mas não faça isso novamente”. “Você está perdoado, mas não confio mais em você”. Estar pronto para a reconciliação somente se a outra pessoa tomar a iniciativa, prejudica o processo do perdão. Seja humilde e tome a iniciativa da reconciliação. 5º Passo ESQUECER OU ESCOLHER NÃO SE LEMBRAR MAIS Lembrar erros passados atrapalha nossas expectativas em relação a outra pessoa. Mas é possível esquecer uma mágoa? O Criador do nosso computador tem uma forma de apagar nossos arquivos. Ele enterra nossos erros, as lembranças dolorosas, nas profundezas do mar. ENFIM, O PERDÃO PRECISA SER BUSCADO E OFERECIDO. José, escolheu esquecer e perdoar as ofensas recebidas. Paulo, escolheu aceitar o perdão de Deus; e depois de perdoado disse: “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam, avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...” Filip. 3:13 e 14 Precisamos hoje, aprender a mesma lição de perdão. Experimente esta dádiva, O Perdão!