Tipos de café
Expresso é o café exclusivo, preparado sob pressão, em doses individuais para ser saboreado no exato momento da
extração. As máquinas devem permitir a operação com temperatura de 90º C, num tempo que varia de 22 a 28
segundos. Estas são condições ideias para a obtenção de um café expresso excelente. O café expresso é concentrado - 7
gramas de pó para até 50ml de água.
Cappuccino é um café preparado com um terço de café expresso, um terço de leite aquecido e um terço de espuma de
leite. Também é utilizado chocolate em pó.
Na visão Católica, o cappuccino surgiu após a derrota otomana (Império Otomano, Estado Turco) no cerco a Viena de
1683. Após a retirada dos turcos, o frade Marco d'Aviano, da Ordem de Frades Franciscanos dos Cappuccin, descobriu
sacos contendo grãos de café deixados pelos muçulmanos durante a retirada. Os europeus não conheciam a bebida até
então. Para adoçar o seu sabor amargo, o frade adicionou leite e mel, criando assim a bebida que viria a ser conhecida
pelo nome da ordem religiosa a que pertencia.
Liofilizado é obtido através de um processo, no qual uma amostra de café fresco recém preparado é congelado e logo
após é colocado em um recipiente. Na secagem por liofilização, o extrato é congelado a temperaturas inferiores a 30ºC
negativos, sendo então triturado em moinhos especiais e conduzido à câmara de vácuo dentro de bandejas. O vácuo
provoca a sublimação do gelo (transformação do sólido para o vapor). Quando a maioria do gelo é retirado, o café
liofilizado esta pronto para ser empacotado. Este é um processo químico que conserva o alimento, que tem seu sabor e
aroma bem mais preservados durante a industrialização. A liofilização tem vantagens importantes sobre os métodos de
processamento do café instantâneo, já que as moléculas responsáveis pelo sabor não são destruídas, como quando o
café é secado mediante aquecimento prolongado. Alguns consideram este, um café com sabor sem comparação. O café
liofilizado tem maior duração e pesa menos que outras formas de café. A demanda do mercado externo por ele tem
crescido muito. Por exigir altos investimentos em tecnologia, pode custar até 50% mais do que o café comum.
Descafeinado foi produzido pela primeira vez em 1905, mas seu gosto nunca foi uma unanimidade. Nele, a cafeína pode
ser retirada dos grãos verdes de café, antes deles serem torrados. Primeiro, são passados no vapor, que traz a maior
parte da cafeína para a superfície, e depois a cafeína é dissolvida em um solvente. Para muitos especialistas, a retirada
da cafeína em um processo basicamente químico, que utiliza no grão ainda verde desde solventes até dióxido de
carbono, altera seu sabor, principalmente se ele for um café especial. Para ser chamado de descafeinado, um café tem
que ter mais de 97% de sua cafeína retirada. O café descafeinado responde por 10% do consumo mundial. Nos Estados
Unidos a faixa é de 20%, enquanto no Brasil estima-se que seja 1%. O público para o produto descafeinado é composto
por pessoas com maior sensibilidade à cafeína. Em algumas pessoas, a cafeína pode provocar de palpitações a
problemas gastrointestinais, ansiedade, tremores, aumento da pressão sangüínea e insônia. Este processo químico,
além da cafeína, extrai outros compostos voláteis que dão aroma ao café.
Solúvel é produzido com a extração dos sólidos solúveis e de voláteis através dos processos de torrefação e moagem
com água dos grãos de café seco. O processo de torrefação é o responsável pelo desenvolvimento do aroma e sabor
característicos do café. A moagem é necessária para que os sólidos solúveis e as substâncias voláteis responsáveis pelo
aroma e sabor sejam adequadamente extraídos. Extrato com concentração de sólidos solúveis de 25% é obtido e
posteriormente concentrado usando evaporação ou congelamento e então secos por spray drying ou freeze drying,
respectivamente. Em seguida, opcionalmente, é feita a aglomeração do produto. O aglomerado é seco posteriormente
em leite fluidizado até o conteúdo desejado de umidade. Café solúvel produzido pelo processo freeze drying apresenta
maior vida útil comparativamente ao do processo spray drying, provavelmente porque a umidade inicial de café solúvel
produzido pelo processo freeze drying é em torno de 2%, enquanto que a do processo spray drying é de 4,5%. A maior
causa de perda de qualidade de café solúvel é o aumento de umidade, que resulta em total aglomeração do produto
quando se atinge níveis de 7 a 8%. Entretanto, de forma a recuperar parte do aroma que é perdido durante os processos
de extração e secagem, alguns tipos de café solúvel recebem a aplicação de óleo de aroma de café para incrementar as
características sensoriais do produto. Neste caso, o café solúvel é susceptível a deterioração de sabor/odor devido á
presença de oxigênio e umidade.
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