ANatália Correia
Poesia
Completa
O Sol nas Noites
e o Luar nos Dias
Com um Prefacio da Autora
PUBUCACOKS I10M OUIXOTL"
LISBOA
IW
índice
Introdução
Inéditos (1941/47)
Fiz um conto para me embalar
Do dever de deslumbrar
Manhã cinzenta
Rio de nuvens (1947)
I Nuvens correndo num rio
II Quem foi que riu na noite silenciosa
III Casio e fabulosa a lua
IV 0 casa de dois andares
X Eu venho do sonho e fujo da vida
VIA manhã estava em mim
VII Ribeirinha branca
\ll\Turva hora onde
IXÁguas caindo, caindo
XEu também tive uma casa
XI Estradas de sol
XII Pássaro breve
XWl Andar?! Não me custa nada
XIVAndam palavras na noite
XV Noite
XVIQuem vem contar-me uma história
XVII Aquela Ilha esquecida
XVIII Fm cada estrela cadente
Inéditos (1947/55)
As alunas das Doroteias
Há dias e dias
Num relâmpago de jovem fêmea louva-a-deus
Gélido ardor
Nostalgia
Imperfeição
Fado
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Poemas (1955)
INTRODUÇÃO AO MISTÉRIO DA POESIA
O mistério
O poema
A necessária complexidade da semente
O poeta
\ Lírio dos próprios movimentos
II Rosa de cabelos leves
BIOGRAFIA
Retraio talvez saudoso da menina insular
O poeta e a casa
A floresta da infância
Mãe ausente
Obscura castidade
A exaltação da pele
Intoxicação
Paz
Recompensa
O poeta e as víboras
Vou das antíteses para o absoluto
Mãos feridas na porta dum silêncio
Auto-retrato
O LIVRO DOS AMANTES
I Glorifiquei-te no eterno
II Harmonioso vulto que em mim se dilui
\\] Príncipe secreto da aventura
IV Dá-me a tua mão por cima das horas
V Toma o meu corpo transparente
VI Aumentámos a vida com palavras
VII Tu pedes-me a noção de ser concreta
VIII Eis-me sem explicações
IX Pusemos tanto azul nessa distância
NOCTURNOS
I Lividez da noite sentida no que alcanço
\l Magia dum ritmo exterior
III Que súplica imprecisa nos ruídos
IV O noite exterior por cima dos telhados
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V Que espanto em meu olhar insone
VI d noite rosa de cabelos negros
APONTAMENTOS
Virtualidade
A nascente triste
Súbita consciência
Desenho sobre o infinito
Meditação
O rosto que ninguém vê
Unidade
Do sentimento trágico da vida
Crucificação
RETRATOS
Romance de D. Pedro e Dona Inês
D. João
Cantos de Safo para Átis
lEspero-a num silêncio de margem
]\ Desfez-te a brisa em meu cabelo agreste
III Como pombas
IV Virginal
V Lentos meus gestos desenham o seu rosto
Hamlet
Cristo-báquico
7 POEMAS DA MORTE E DA SOBREVIVÊNCIA
I Percorrendo um país de lentidão
II Que desolação ou que alegria habita
III Não regressarei à terra
W Não ficarei nos charcos como um bicho
V Saltou meu coração agreste
VI Que todos vivam a sua morte enquanto é tempo
VIIA harpa do vento
Inéditos (1955/57)
Canção entregue ao nada
Nocturno
Novas notícias que os amantes dão de Cristo ao mundo
Equívoco cósmico
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Em louvor do poeta anónimo
TOUS LES PARLANTS SONT RAYONNANTS
DE LUMIÈRE INITIALE
I Tous les visages me proposent de partir
II Mes mains se cherchent sur ton corps
III Comme des aveugles
WTandis que Ia pensée
Vllnefaut au poete
VI Laisse courir
VII Qui, Dieu ou le Diable
VIII Cest Ton image qui complique
IX Comme des colombes en désaccord
XMes ijeux, les vagabonds
XI Je n'ose pas songer
XII Cest Ia nuit qui le porte
XIII /rréso/w entre les roses et Ia nuit
XIV Pudique de ce que j'ignore
XVCes jours inachevés auxquels manquent
XNlAucun amant naime suffisamment
XVII Le poème est le regret
XVIII Si tu cueilles une rose
XIXQuel assassin dans iinfini
Dimensão encontrada (1957)
Para aquela que morreu inexplicavelmente porque era amada
A mágica dos movimentos perpétuos
Quando falamos de nós falamos dos outros
IO teu instante
II Perfil em arco-íris que te espantas
III Secaram todos os lírios
A recusa das imagens evidentes
\Rosa que só tens nexo
UGirassol que na retina
III É um outono que não é outono
IV Há noites que são feitas dos meus braços
V Há um cipreste que se dissimula
Violentámos a natureza quando matámos as nossas feras
E de mãos dadas os amantes cada vez mais se aproximam
do paraíso
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I Indeciso entre as rosas e a noite
II Amor: o brilho da espada
UlTrago-te a rosa na ponta de uma espada
Queixa das almas jovens censuradas
Ode do agravo geral
Inéditos (1957/58)
Rreve encontro
Se
Rosto invisível
(Desen)canto
Passaporte (1958)
Passaporte
Boletim meteorológico
Discurso directo
Biografia encomendada pela insónia
Êxodo
0 poema
Metamorfoses necessárias para a reconquista do mundo
A demiurgia do riso
Ricochete
Homenagem a Titus Lucretius Carus
Poema destinado a haver domingo
Nictofagia
Projecto de bodas
Elegia dos amantes lúcidos
Ultrabiográfico
Pranto
I Interpretei azáleas ao clarão
II Mas o peso dum tecto constelado
Inéditos (1958/59)
Coro das vozes cativas
Requiem libertário por uma mulher pública reformada à força
Asfixia
Comunicação (1959)
Inéditos (1959/61)
Superação
A outra fábula do dilúvio
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O retrato que eu achei no quadro que o poeta pintou
Verdadeira litania para os tempos da revolução
Cântico do país emerso (1961)
Memória da minha comunhão poética com a saga
do cavaleiro da Nossa Senhora da Liberdade
I Enquanto que no mar das Caraíbas
II Enquanto que o Navio-Nação partia
III Porque não era do cio da tormenta
IV Quanto ao resto
V Enquanto que subitamente todos os portos
VI Enquanto que do mar das Caraíbas
VII Entre mim e a cidade se ateia a perspectiva
VIII Não sou daqui. Mamei em peitos oceânicos
Inéditos (1961/66)
A posteriori
Errância imóvel
Jesus num bar
Zeca Afonso: trovador da voz d'ouro insubmisso
0 vinho e a lira (1966)
O vinho e a lira
'.
Vésper ."
Alba
REBIS
Rebis
Eucasta
O encontro
Ternura em pupila lenta
O amador
M//?! domingo em que passaste na minha rua e os prédios se
afastaram para que me raptasses por cima das árvores
Os namorados lisboetas
O testamento dos namorados
Bilhete para o amigo ausente
A arte de ser amada
TRÊS FADOS
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Fado de Ivone Vieira velha camareira enrouquecida de não cantar
Fado de Diogo Ary dos Santos jovem lusíada tocador de guitarra que
morreu de amor
Fado de Cesário Verde
O DIÁRIO DE CYNTHIA
Autogénese
A ilha
Mãe infusa
Cardiografia
As árvores
I Reclusa da folhagem
II No dia mastigado
III Lúbrica de sol
'.
IV £m Sigtuna o pinheiro
Uma laranja para Alberto Caeiro
Cidadania
Balada para um homem na multidão
Velório
A rapariga do sweater vermelho
Poema involuntário
Poema sáfaro
Poema limo
Antilógica
10 esquivo rosto contrito
II Mio ter a, mínima ideia
III Não mais os sons
Núpcias químicas
.•
O SEXTO DIA
Ave Ma(ter)ya
O sexto dia
O SOLSTÍCIO DA BESTA
Espólio sentimental de uma caçada à cabra selvagem
0 besouro
O cão
O gato
10 gato nos atravessa
11 Da casa ele é o génio
III Por nós abandonaste
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O tigre
O abutre
AS SILVAS DO MANDALA
Requiem por nossa mãe Cibelanaítariadne
Os dias do teu Reino estão contados
Caosmonáutica
Telex
As silvas do mandala
Inéditos (1966/68)
Poema para Ana
Ultrapassagem
Fantásticas bodas
Escrito numa ânfora grega
O discípulo
Mátria (1968)
I Combustível a besta se encorpora
II Entanto como dizer a pedra escuta
III Pontualmente uma árvore de ouro
IV Copenhaga lavando os cabelos
VPiazza de Fiore Húngaros dedos
VI Maníaco de amantes
VII Manolo Sanchez de Sevilha
VIII/ans Hoornik Gabor Lars Peters
IX Foi em Creta No azul fêmea do Egeu
XO vendaval de cavalos
XI Os sonhos vão erguer-se sobre as patas traseiras
XII Poesia em cujo ouvido o mundo
XIII Fotões da cólera que a amorosa retina
Inéditos (1968/72)
Fado de António Botto
O poema substitui uma lágrima
Desvairo dos passantes
Mãe acto único absoluto
Mãe proémio
A mosca iluminada (1972)
FRAGMENTOS DE UM ITINERÁRIO
Num dia demasiadamente raivoso
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O nascimento do poeta
No sítio em que os Transparentes
Árvore géniológica
Na fossa dos mais acreditados dicionários
Mãe ilha
Os outros seriam menos estúpidos
A casa do poeta
0 quarto é o homem elevado ao quadrado
Quarto
0 casamento é um soneto
Tríptico do amor conjugal
I Tinhas a idade de esperar-me num convés
II Os meus erros te armaram cavaleiro
III Mo é menos amor é má fortuna
0 meu perfil é a última esperança
De perfil
0 sonho é o homem a três quartos
Sonho a três quartos
Alguém liga-se à corrente poética
A defesa do poeta
AS APARIÇÕES
A felicidade é disparatada como uma rosa
Amanhece
0 democrático calça seu aperto de mão
A política do dia
Não sei se todos vós chegareis
Pavana para uma cadela vivíssima
Se por vezes a minha poesia retrocede
Uma história verdadeira de Natal
O pedinte
Em sua doce afinidade com as hienas
José António
Que fazer de um morto
0 morto colectivo
Romance da Paloma
Inéditos (1972/73)
Da clara à negra ciência
Comboio
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Pedagogia
O anjo do ocidente à entrada do ferro (1973)
No topázio mais triste da minha clarividência
Dedicatória
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Wienflug
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Excursão às ruínas da valsa
0 anjo barroco à entrada de Sal(zburgo)
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Gutefahrt!
Do sagrado meretrício
O mia Napoli
Aeroporto
Ara ubiorum
Último canto de Luís o Cisne
Metrópolis
Passez y vos vacances
I Tudo está certo: o natal nas árvores
110 que no requeijão
III Entre o olho .cerúleo do Brienz
IV Os espantados horizontes
Arrêt à Vaduz
Au petit riche
Ab Io temps que fai refreschar Io segle
Primeiro andamento da saga
Último andamento da saga
O anjo do esqui à entrada do aço
Sigtuna
Hotel viking
O anjo lapidário
A virgem de Memling atrai com uma maçã os suicidas a Bruges
London from a tear top
Terra
filosofal
Pranto dos europeus à saída do festim
I Pronta que foi a obra e ficaram os deuses
II Ah tudo ocupava sem medo um nome próprio
111 Que direcção tomar? Nossos abracadabras
IV Que fizemos das árvores? Era fácil pousar
V Chamávamos Europa ao sítio onde parou
Inéditos (1973/76)
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Saudade
Língua mater dolorosa
Rascunho de uma epístola
Epístola aos iamitas (1976)
Causa-me hoje frémitos de amargura
Aprilis
Ó liberdade, brancura do relâmpago
lEvoé! de pâmpano os soldados
II Como de um peso lento sai a trova
Já as primeiras cousas são chegadas
I Tanta foice isto é coice desconfio
II Nem só sirius se vê de um quinto andar
IIIE fez-se luz e a luz o touro fez
IV Corpórea e branca tornou-se a liberdade
0 sacrificio
IÉ o câncer no Trópico do número
II No ânus o termómetro das conjuras
III Volva-se o asco em riso. Émais barato
IV De repente de riso sou de pedra
V Uma brisa de bálsamo em itálico
VI0 político enxerto que faz papa
VII Medeia a Revolução fez outro aborto
VIII Este demais rancor amor de menos
IX No sótão de verbenas que salvei
XDe lida e bronze foram os meus anos
XI Com que então meu Pessoa esta oficina
Urna áurea
10 Pátria amada minha misteriosa
11 De insubornáveis másculas lonjuras
IIIE vi letras torcidas num braseiro
Inéditos (1976/79)
Ir
Sinais que no amor se adiantam
Poema posto em saudade
0 dilúvio e a pomba (1979)
ONDE O MAR, COM PAREDES DE VIDRO,
RODEIA O CENTRO INVIOLÁVEL: A ILHA
A ilha do arcanjo
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Singelinha
Na campa de Antero
Cavalhadas de São Pedro
O dilúvio e a pomba
O Arcano
A ÁRVORE DA VIDA
A casa na raiz
Os ares que os deuses respiram
Verão
Lausperenes
Balada de uma faia donzela que morreu violada
Nasce um deus outros morrem
Falavam-me de amor
Em cruz não era acabado
Advento
O ESPÍRITO É TÃO REAL COMO UMA ÁRVORE
Pórtico
Os numes nos nomes
De alma aberta
Guerra santa
Em forma de militância
Páscoa
Como dizer o silêncio?
Agapé
O beijo de Antikonie
IFoi no mês alumbrado dos bruxedos
II De amor nada mais resta que um Outubro
III Nesta colina de santos eucaliptos
O Livro dos Mortos
Afrodite ressurrecta
Afonso de Portugal
Romance da Senhora de Domes
Romance português meditado em Patmos
Inéditos (1979/91)
CANTIGAS DE RISADILHA
Uma flor de harmonia no Plenário
Campos em campos de agro-box
No decurso de um secante debate sobre a seca
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Se Crespo logra governo
Num debate que se arrastou até altas horas da manhã
Durante o debate da lei contra o alcoolismo
No servo aninha-se o déspota
Soberba metamorfose ministerial de Angelo
Inesperado direito dinástico cai como bomba no PPM
Prodígio genético
«0 acto sexual é para fazer filhos» — disse ele
Já não sei se é país se é orfanato
Nesta lusa farronca sem vintém
Malvadas línguas que dão fel afama
Do inesperado «livrinho da formiga»
Notícia de um caso tremendo que abalou o Parlamento
VARIAÇÕES
No meu aniversário
Consumatum est
Nesta agonia de árvores excluídas
Bobby Sands
Até ao fim do mundo
Recordando o amante Francisco Sá-Carneiro em memória
da minha amiga Snu
Mi Babilónia
Ó imprudência lusa de musa consumida
Aviso à radiosa adolescência
Ensalmo
O armistício (1985)
Exórdio
A festa da descrucificação
Invocação
A altares não prendas aqueles que são deuses
AS ESTAÇÕES
Primavera
Verão
Outono
Inverno
SETE MOTIVOS DO CORPO
IMío te importe, ó mortal, depois de morto
II Com a essência das flores mais coniventes
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III Com a paixão desconcerta o pensamento
IV Vede o estádio em transe: é a oferta
V Mocinhas gráceis, fungíveis
XI Quando em halo de fêmea húmida e quente
VII Já quando pouco dista o escuro Averno
OS JARDINS DE ADÓNIS
10 que foi, sem limites, inocência impossível
II Recusa, amigo, da lide o ardil que, fátuo
III Estranhos à terra, os namorados
IXAlta na sombra a crista de agapantos
XNo jardim numa enternecida hora
As
flores
As estátuas
NESTES LUGARES ONDE OS DEUSES
No senhorio das deusas lavradeiras
Ceres alentejana ao meio-dia
No templo de Florbela-Diana, a castradora
Romance de Dionisos duriense
As Hespérides são moças algarvias
ODES
Ode à noite
Orfe à paz
Odes condignas
Inéditos (1985/90)
Uma só voz de inumeráveis bocas?
Insónia
Mi estrada do norte
No túmulo de Florbela
A dor de recear pela vida do amigo estando ele em perigo
Em louvor da arte que no sol mergulha
0 cavalo
Ode à paz
CANCIONEIRO JOCO-MARCELINO
Marcelo e as Tágides
Batma(n)rcelíada
O fado do coveiro
Marcelo é bom bailarino
•.
Marcelo até Almeida
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O carochinha
O ambidextro
Requiem por Marcelo
Sonetos românticos (1990)
Ars aurífera
IDo soneto que sémen e ovo inclui
II Porque a primor em prata principia
III Medita a rosa se queres ler no soneto
Rogando à musa que torne claro o coração obscuro
IA luz meridional que
rigorosa
II De um emboscado deus os sons que escreves
III Súbita a inspiração faz o convite
IV/lce/ícíer chamas digo fazer versos
Mãe ilha
I Limão aceso na meia-noite ilhada
II A/o coração da ilha está um vaso
III Foi isto outrora na ilha das fadas
IV Por lentas alamedas musicais
X Nessa manhã as garças não voaram
Louvado seja o génio da noite
I Lenia declina a luz e a noite vai
II Génio da noite que os verdes sombreando
III Fantástico jardim de uma outra idade
IV Vai-se o dia, Da lua a tocha acesa
Do amor que acorda o espírito que dorme
0 corpo
A alma
0 Espírito
Na câmara de reflexão
I Saibam quantos meus versos não ignoram
II Já muitas mortes dar-me haveis querido
III Pedi mais vida e pago o preço. Fico
IV Reúno coisas comovidamente
VDe mãos dadas com o sonho me extravio
VI Vem do mais recôndito concerto
XllOnde quero entender passa uma nuvem
VIII Deuses de um céu que rosas vãs me atira
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IX Ml febre de buscar o senso à vida
XEu não sou deste mundo. Então de qual
XI Tomai estes meus versos na vazante
Necessário é satisfazer o oficio das trevas
lUma dor fina que o peito me atravessa
II De hora negra me enrola a crespa vaga
III Ciosa Terra Mãe, vamos às contas
O romper da manhã na noite mística
I Foram-me ao pino os anos anelantes
II Mordeis-me a cauda do fato de sereia
III Vós que torpes e tredos me negais
IV Tal a gota no rio — quem na entende
X Por céus e infernos e extremos tais
XI Nativa de um esplendor que está para ser
Poesia: ó véspera do prodígio!
\Além do sol, além do Sete-Estrelo
II No perdido jardim que a Esfinge guarda
III Musas amigas, levai estes espelhos
IX Creio nos anjos que andam pelo mundo
Inéditos (posteriores a 1990)
CANTIGAS DE AMIGO
Queixam-se as novas amigas em velhos cantares de amigo
I Nesta praia, amigas, de onde p'rás cruzadas
II £ Maio, amigo, deixa a batalha e vem
III Já luzem as galas
IX Nesta fresca serra, estranhas à guerra
X Fragrantes brisas que correis no vento
VI Nossos amigos que foram descontentes
XII Porque pareceram as graças
VIII MJ alto do mundo, nós as montanhesas
IX^lromas e cores dos prados
XPastorela
Alegram-se as velhas amigas em novos cantares de amigo
I Pelos campos primaveris
II Sob a milgranada, amigas, bailemos
III Que novas me trazeis gentis calhandras
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IXIrmãs aos ternos retiros
XLedo o meu amigo foi caçar no monte
VI Mis róseas ondas quando o amanhecer
Xll Antes que acabem as festas
XlllAIba
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