UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS IDENTIDADES E ALTERIDADES: DESIGUALDADES E DIFERENÇAS NA EDUCAÇÃO (GEPIADDE) IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS de 10 a 12/11/2010 CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO ISSN: 2176-7033 Itabaiana/SE Novembro de 2010 Coordenação: Profª. Drª. Maria Batista Lima Prof. Dr. Carlos Magno Gomes Profª Drª. Jeane de Cassia Nascimento Santos IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho (Itabaiana/SE) DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação - GEPIADDE COMISSÃO ORGANIZADORA: Profª. Drª. Maria Batista Lima Prof. Dr. Carlos Magno S. Gomes Profª Drª. Jeane de Cássia N. Santos Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva Profª.Ms. Edinéia Tavares Lopes Prof. Ms. Marcos Ribeiro de Melo Prof. Esp. João Rogério M. de Santana Prof. Esp. Evanilson Tavares de França EQUIPE DE APOIO: Aline Ribeiro dos Santos Allysson Santos Costa Ana Lúcia de Oliveira M. Neres Assicleide da silva brito Cleidiane da S. V. Oliveira Daniela Barreto de Matos Daniela dos Santos Rezende Dayane dos Santos Trindade Débora Guimarães C. Santos Elaine do Nascimento Costa Eliana Santos Almeida Jairton Mendonça de Jesus Jeane Rodrigues Jiselda Meirielly de França Joelma Jares de Freitas Lusineide Cunha Góis Marcus Túlio de Araujo Machado Maria da Purificação Melo Santos Militão Alves de Andrade Natali Sousa Silva Rosenilde Alves dos Santos Sergio Matos dos Santos Silvanete Rezende Lima Tayonara da Cruz Nascimento Vanessa Andrade de Santana Vanuza Oliveira do Carmo Yércia Souza APOIO: PROEX-UFS/PROGRAD-UFS/Reitoria - UFS DEDI – Campus Itabaiana/ SEDUC – Itabaiana/ DRE-03/SEED NEAB-UFS/ODEERE(UESB)/NUGSEX – Diadorim (UNEB) Grupo ParlaCÊNICO de Espetáculos SINTUFS/ADUFS/Instituto Braços/UNICEF/CDJB Supermercado Nunes Peixoto - Itabaiana – SE ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-SE/ Fundação Cultural Palmares Alfabyte Informática/EDITORA FTD/NOSSA GRÁFICA Profª Ivoni Lima de Andrade(Ver. de Itabaiana) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil COMISSÃO CIENTÍFICA: Prof. Dr. Armando Gens (UFRJ/UERJ) Profª Drª Azoilda Loretto da Trindade (UERJ/UFRJ) Prof. Dr. Carlos Magno S. Gomes (UFS) Profª Drª Dalila Xavier (UFS) Profª Drª Denise Maria Botelho (UNB) Prof. Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS) Profª Drª Florentina da Silva Souza (UFBA) Profª Drª Gicélia Mendes da Silva (UFS) Prof. Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (UFS) Profª Drª Jeane de Cassia N. Santos (UFS) Prof. Dr. Jesiel Ferreira de Oliveira Filho (UFS) Profª Drª Joelma Carvalho Vilar (UFS) Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (UFS) Prof. Dr. José Ricardo Carvalho (UFS) Profª Drª. Lina Aras (UFBA/UFPE) Prof. Dr. Marcelo Alario Ennes (UFS) Profª. Drª. Maria Batista Lima (UFS) Profª Drª Maria Nazaré Mota de Lima (UFBA) Prof. Drª Mariléia Reis (UFS) Profª Drª Marise de Santana (UESB) Profª Drª Mônica Cristina Silva Santana (UFS) Profª Drª Neusa Gusmão (UNICAMP) Prof. Dr. Paulo Sérgio da Costa Neves (UFS) Prof. Dr. Péricles Morais de A. Júnior (UFS) Prof. Dr. Ricardo Carvalho (UFS) Profª Drª Rosa Gens (UFRJ) Profª Drª Suely Aldir Messeder (UNEB) Profª Drª Verônica M. dos Reis Mariano (UFS) FICHA CATALOGRÁFICA Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades F692f 2009: Itabaiana, SE - Educação diversidade e questões de gênero. (Organizadores: Maria Batista Lima e Carlos Magno Santos Gomes). Itabaiana: Gepiadde, 2010. Publicação disponibilizada on line Programa PDF ISSN 2176-7033 1. Educação. 2. Letras. 3. Ciências Sociais. CDU 37.01:81 Os organizadores não se responsabilizam pelos erros de norma culta nem pelos de digitação. As informações contidas nos resumos e textos completos são de responsabilidade de seus autores. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................4 PROGRAMAÇÃO GERAL.................................................................................................................5 MINICURSOS.....................................................................................................................................6 PROGRAMAÇÃO DOS GRUPOS TEMÁTICOS...............................................................................7 CADERNO DE RESUMOS (por Grupos Temáticos)....................................................................16 Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil APRESENTAÇÃO Temos o prazer de apresentar os Anais Eletrônicos do IV Fórum Identidades e Alteridades que teve como tema central: Educação e Relações Etnicorraciais. Estes Anais estão divididos em dois volumes. O volume I traz a programação e o caderno de resumos. O Volume II é composto dos textos completos. O IV Fórum Identidades e Alteridades tem como objetivo o debate em torno das Identidades no espaço da escola e da sociedade. Trata-se de um encontro de pesquisadores de abrangência nacional. Este evento fortalece o diálogo de professores/as e pesquisadores/as de diferentes áreas que compõem o GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. Nesta quarta edição, o evento, realizado de 10 a 12 de novembro de 2010, no Campus Universitário Professor Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe, traz o tema “Educação e Relações Etnicorraciais” para ressaltar o debate científico e educacional acerca da educação para as relações etnicorraciais a partir, principalmente, dos contextos africanos, afrobrasileiros e indígenas, em diálogo com outras diversidades culturais e sócio-políticas presentes na sociedade. Esta abordagem ressalta a importância das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatória a inclusão da história e cultura africanas, afro-brasileiras e indígenas nos currículos escolares, bem como com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e sua efetivação na Educação Brasileira. Você encontrará nestes anais, os resumos e textos completos com diversas abordagens sobre os conceitos de identidades e alteridades, as questões etnicorraciais e suas interrelações em diversas áreas de conhecimento e temas de estudos, tendo como fio condutor o campo da educação. Os trabalhos apresentados nesta edição estão voltados para descrever, analisar e propor novas formas de estudar os fenômenos educacionais, culturais, sociais e artísticos, em diálogo com as diversidades presentes na sociedade brasileira. O debate gira em torno da educação em relação com a construção e expressão das identidades: híbridas, pós-modernas, de gênero, sexual e etnicorracial, entre outras. Dentro deste quadro das diversas identidades e da educação para as relações etnicorraciais, agradecemos sua integração aos diálogos propostos pelo IV Fórum e esperamos que você participe, ativamente, das atividades: mesas-redondas, sessões de comunicações, exposições de imagens e minicursos. Comissão organizadora Itabaiana-SE, 10 de novembro de 2010. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil PROGRAMAÇÃO GERAL 10/11/2010 – PRIMEIRO DIA 15h - Credenciamento e entrega de material 19h – Cerimônia de Abertura 19h30 - Atividade Cultural: Grupo ParlaCÊNICO. Espetáculo: Alma Africana. Coordenador: Prof. Evanilson Tavares de França (GEPIADDE/SEED) 20h30 – Mesa-redonda de Abertura: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: Avanços, Desafios e Perspectivas Palestrantes: Profª Drª Neusa Gusmão (UNICAMP) Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Subrinho (UFS) Profª Drª Denise Maria Botelho (UNB) Coordenação: Profª Drª Maria Batista Lima 11/11/2009 – SEGUNDO DIA Pela manhã 8h30 as 12h30 – Minicursos Pela tarde 14h – Mesa-redonda: Identidades e Alteridades: Múltiplas Abordagens Prof. Dr. Marcelo Alário Ennes (UFS) Profª Drª Sueli Messeder (UNEB) Prof. Dr. Carlos Magno dos Santos Gomes (UFS) Coord. Prof. Ms. Marcos Ribeiro de Melo (UFS) 16h – Lançamento de Livros 17h – Sessão de Comunicações Pela noite 19h – Atividade Cultural 19h30 – Mesa-redonda: Educação para as Relações Etnicorraciais na Educação Básica e no Ensino Superior: Trajetórias e Perspectivas Afrobrasileiras e Indígenas - Prof. Drª Dora Lúcia de Lima Bertúlio (Fundação Cultural Palmares/UFPR) - Ações Afirmativas, Direitos Humanos e Democracia - Profª Drª Florentina da Silva Souza (UFBA) - Práticas Pedagógicas de Trabalho com Relações Etnicorraciais na Escola na Perspectiva da Lei 10.639/03 - Prof. Ms. José Valdir de Santana (UESB) - Educação Escolar Indígena e Temática Indígena na Educação Brasileira. Coordenação: Prof. Ms. Robson Anselmo Santos (Instituto Braços/GEPIADDE) 12/11/2010 - TERCEIRO DIA Pela tarde 14h às 17h – Mesa-redonda - Aspectos Históricos, Geográficos e Psicossociais e a Educação para as Relações Etnicorraciais Profª Drª Dalila Xavier (UFS) – Identidades, Diferenças, Preconceito e a Educação para as Relações Etnicorraciais em Sergipe Profª Drª Marise de Santana (UESB) - História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Educação Brasileira Prof. Ms. Genésio Santos (UFS) - Geografia e Educação para as Relações Etnicorraciais Coordenação: Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (GEPIADDE/DEDI/P 17 às 19h - Apresentação de Comunicações Pela noite 19h – Mesa-Redonda: Relações Etnicorraciais, Língua e Literatura Profª Dra. Maria Nazaré Mota Lima (UFBA) - Literatura Africana, Afrobrasileira e a Educação para as Relações etnicorraciais Prof. Dr. Hipolyte Brice Sogbossi - Línguas africanas e educação para as relações etnicorraciais no Brasil Coordenação: Profª Drª Jeane de Cassia N. Santos (UFS) 20h30 - Conferencia de Encerramento Azoilda Loretto da Trindade - Valores Civilizatórios Afrobrasileiros e Indígenas como Referenciais para a Educação Básica Coordenação: Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes (UFS) 22h30 – Encerramento Certificados (de 30 horas como ouvintes + 4h minicursos) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Programação dos MINICURSOS 11/11/2010 Local: Didática I Horário: 08h30 às 12h30 1. Produção de Material Didático-Pedagógico para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Azoilda Loretto da Trindade (UERJ/LAESER-UFRJ) 2. Juventude, Direitos Humanos e Educação - Robson Anselmo Santos (GEPIADDE/Instituto Braços) e Vilma Maria Santos Francisco (Fundação Cultural Palmares) 3. Literatura e Educação para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS-GEPIADDE/DLI) 4. Estresse e Ansiedade no Cotidiano Escolar – Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (UFSDEDI/GEPIADDE) 5. Gênero e Cotidiano Escolar - Profª Maracy Pereira (UFS-GEPIADDE) 6. Brincando com o Corpo: Gênero e Sexualidade na Sala de Aula – Profª Esp. Edenilse Batista Lima (UFS-EDUCON) e Prof. Esp. João Rogério Menezes de Santana (UFSDEDI/GEPIADDE/EDUCON) 7. 7. Religião, Religiosidade e Educação para as Relações Etnicorraciais - Profa. Martha Sales (Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais “Omolàiyé e Prof.ª Sonia Oliveira (Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial do Estado de Sergipe) 8. Inclusão e Diversidade: Questões, Desafios e Possibilidades do Cotidiano Escolar - Profª. Drª Verônica Reis Mariano (UFS-DED-NPGED) e Profª Ms. Isa Regina dos Anjos (UFS-DEDI/UFSCar) 9. Identidades e Alteridades na Educação do/no Campo: Sujeitos, Práticas e Desafios - Profª. Drª Joelma Carvalho Vilar (UFS) e Prof. Jânio Ribeiro (NPGED/UFS) 10.Comunidades Quilombolas: História, Território, Cultura e Educação: Direitos e Desafios – Prof. Ms. Wellington Bonfim e Profª Ms. Tereza Martins (UFS) 11.África em Sala de Aula – Aspectos Geográficos – Daniel Almeida Silva (UFS) 12.História Africana e Afro-Brasileira na Sala de Aula – Profª Ms. Joceneide Cunha (UNIT/UFBA) e Prof. Esp. Marcelo Santos 13.Didática para as Relações Etnicarraciais _ Profª Drª Marise de Santana (UESB) 14.Produção Visual: Experiências com o tema Educação e Culturas Afro-brasileiras – Prof. Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS) 15.Formação de Professoras e Professoras para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Denise Botelho (UNB) 16.Corpo e Diversidade – Profª Esp. Renata Silva e Prof. Esp. Bosco Torres (SEED) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil PROGRAMAÇÃO DA SESSÃO DE COMUNICAÇÃO Cada apresentação terá duração de 10 minutos QUINTA-FEIRA, 11/11/2010, 17h às 19h Local: Didática I, Campus Prof. Alberto Carvalho SESSÃO 01: RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E COTIDIANO ESCOLAR Coordenadoras: Profª. Drª. Azoilda Loretto da Trindade e Profª. Drª. Maria Batista Lima EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: PRÁTICAS ESCOLARES ASSESSORADAS PELA SEED/SE Ana Cristina do Nascimento (SEED) Maria da Conceição Santos Góes Mascarenhas (SEED) (DES) CONSTRUINDO MODELOS IDENTITÁRIOS: POR ENTRE OS CAMINHOS ETNICORRACIAIS PRESENTES NO COTIDIANO ESCOLAR Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Aldenise Cordeiro Santos (UFS) Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT PARA ALÉM DO RACISMO NO COTIDIANO ESCOLAR: POR UMA PEDAGOGIA BRASILIS Azoilda Loretto da Trindade (FFP/UERJ) AS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS ACERCA DA LEI FEDERAL 10.639/10: DIÁLOGOS COM UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE MALHADOR- SE Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) QUESTÕES ETNICORRACIAIS E DE GÊNERO E EDUCACÃO ESCOLAR Maria Batista Lima (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS) O PROCESSO DE INCLUSÃO DA TEMÁTICA “HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA” EM UMA ESCOLA PÚBLICA RURAL EM SERGIPE 2003-2010 Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT) Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT) “MICRO-AÇÕES E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639”: UMA PESQUISA NO CURSO NORMAL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO DE SÃO GONÇALO Nathaly Pisão da Silva (UERJ-FFP) PRÁTICAS PEDAGÓGICAS AFIRMATIVAS NOS COTIDIANOS ESCOLARES GONÇALENSES Regina de Fatima de Jesus (UERJ – FFP) A RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA E O CONTEXTO ESCOLAR Sônia Oliveira Santos (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil SESSÃO 02: ESTUDOS CULTURAIS E IDENTIDADES Coordenador: Prof. Dr. Marcelo Alario Ennes IDENTIDADE SURDA: ANÁLISE DO DISCURSO IDENTITÁRIO DO SURDO E SUAS FRONTEIRAS SIMBÓLICAS EM ARACAJU-SE Daisy Mara Moreira de Oliveira (UFS) ESTRANGEIRO EM SERGIPE NO TEMPO DA SEGUNDA GUERRA: CONFLITOS DE IDENTIDADE Eduardo Alves Neto (UFS) Marcelo Alario Ennes (UFS) “NA LIDA DA CATAÇÃO NÓIS SOMOS GENTE!” IDENTIDADE E ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO DOS TERRITÓRIOS DA MANGABA EM SERGIPE Jailton de Jesus Costa (CODAP/UFS) Rosemeri Melo e Souza (DGE/UFS) AS CANÇÕES DE GONZAGÃO: IDENTIDADE CULTURAL Joaquim Cardoso da Silveira Neto (FBB/FACE/SEC-BA) Jailda Evangelista do Nascimento Carvalho (UFS) Alecrisson da Silva (Pio Décimo) RETÓRICAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIFERENÇA: JOVENS QUE SE IDENTIFICAM COM O ESTILO DE VIDA DO PAGODE BAIANO EM ARACAJU Mateus Antonio de Almeida Neto (UFS) A MEDIAÇÃO CULTURAL E O DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DO INDIVIDUO: UMAS REFLEXÕES QUASE BIOLÓGICAS Miguel Angel Garcia Bordas (UFBA) Theresinha Guimarães Miranda (UFBA) Fabio Zoboli (UFS) A PESCA ARTESANAL NA ILHA MEM DE SÁ: RELAÇÕES RECIPROCAS ENTRE AMBIENTE E CULTURA Miria Cássia Oliveira Aragão (UFS) Rosemeri Melo e Souza (UFS) “OS SURDOS”: SUJEITOS DE UMA CULTURA PRÓPRIA NUM ESPAÇO MULTICULTURAL? Valéria Simplício (Faculdade São Luís de França SESSÃO 03: IDENTIDADES, DIFERENÇAS NA CULTURA E NA LITERATURA Coordenador: Prof. Dr. Carlos Magno dos Santos Gomes Local: Sala ______ Didática_________ IDENTIDADE E MÍDIA: SER NEGRO/AS EM REVISTAS Daniela Barreto do Sacramento (UFS) Maria Batista Lima (UFS) A IDENTIDADE FEMININA NAS NARRATIVAS DE ANTÔNIO CARLOS VIANA Gisélia Mendes da Silva (UFS) DISCURSO, GÊNERO E IDENTIDADE EM NELIDA PIÑON Joseana Souza da Fonsêca (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil A LEI MARIA DA PENHA COMO SUBSÍDIO DE LEITURA Monique Santos de Oliveira (UFS) A LUTA PELA LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO DAS LETRAS LUSITANAS Mirela Magnani Pacheco (UFS) SESSÃO 04: GÊNERO E SEXUALIDADE Prof. M. Sc. Marcos de Melo (Coordenador) Local: Sala ______ Didática_________ SANIDADE OU LOUCURA NA FICÇÃO DE SÔNIA COUTINHO Claudia Souza Santos Santana (UEFS) “COISAS DE BICHA”: REDES SOCIAIS E O MILITANTISMO HOMOSSEXUAL SERGIPANO Diego Ramon Souza Pereira (UFS) Marcos Ribeiro de Melo (UFS) SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR: CONCEPÇÕES DE PAIS DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Edenilse Batista Lima (SEED-SE) João Rogério de Menezes (UFS) MENINAS VESTEM ROSA, MENINOS VESTEM AZUL: CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTES ACERCA DA MASCULINIDADE E FEMINILIDADE Flora Alice Santos Almeida (UFS) SER MULHER: REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE FEMININA EM CONTOS INFANTIS Fernanda Reis de Carvalho (UFS) CONDIÇÕES HISTÓRICO-SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DO MOVIMENTO “HOMOSSEXUAL/LGBT” EM ARACAJU (1981-1996) Marcos Ribeiro de Melo (UFS) SABERES DOCENTES: UM PANORAMA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A DIVERSIDADE SEXUAL Maria do Carmo Lima Santos (IFS) SESSÃO 05: RELIGIÃO, RELIGIOSIDADE, IDENTIDADES E DIVERSIDADE Coordenadores/as: Prof. Dr. Péricles Morais de Andrade Júnior (UFS), Prof. Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (UFS) e Profª Martha Sales (UFS) Local: Sala ______ Didática_________ ABASSÁ REI DE URUBÁ DA FILHA DE OXOSSI QUEURICIDÊ: UMA VISITA BREVE, UMA HOMENAGEM AINDA QUE TARDIA Evanilson Tavares de França (SEED) ANÁLISE ANTROPOLOGICA ACERCA DA “A EFICÁCIA SIMBÓLICA” NOS PROCESSOS DE CURA NO CANDOMBLÉ Eval Cruz (UFS) SANTO DAIME EM ARACAJU: CONFLITO E IDENTIDADE Felipe Silva Araujo (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil CONSIDERAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS ESCADARIAS DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM ARACAJU/SE Lumara Cristina Martins Santos (UFS IMAGENS DE CERIMÔNIAS RITUAIS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO DA SANTERÍA CUBANA Zaylin Leydi Powell Castro (UFBA) SESSÃO 06: DIVERSIDADES, MÍDIAS E TECNOLOGIA Coordenador: Prof. Dr. Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Local: Sala ______ Didática_________ TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO, SUBJETIVIDADES E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NOS TERRITÓRIOS DA GEOFILOSOFIA Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Vinicius Silva Santos (UFS) EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E MÍDIA Maria Joseane Costa Santos (UFS) Daniele dos Santos Reis (UFS) Samira de Jesus Nascimento (UFS) TERRITORIALIDADE E REDES DE SOCIABILIDADES JUVENIS: LUGARES, TRANSITOS E TENSÕES DA IDENTIDADE Vinicius Silva Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS ÍNDIOS NO IMAGINÁRIO SERGIPANO: MÍDIAS E EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE Kléber Rodrigues (UFS) Diogo Francisco Cruz Monteiro(UFS) SOCIALIDADE, JOGOS ELETRÔNICOS E CULTURA JUVENIL: INTERAÇÕES, CONVÍVIO E ALTERIDADE NO SELF Vinicius Silva Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E A SOCIOTECNIA Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Vinicius Silva Santos (UFS) SEXTA-FEIRA, 12/11/2010, 17h às 19h Local: Didática I, Campus Prof. Alberto Carvalho SESSÃO 07: AÇÕES AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE E INCLUSÃO E DIVERSIDADE: IDENTIDADES, QUESTÕES E DESAFIOS Coordenadores/as: Prof. Robson Anselmo Santos; Profª Ms. Vilma Maria Santos Francisco; Prof. Esp. Evanilson Tavares de França (GEPIADDE/UFS); Profª Drª Verônica Maria dos Reis Mariano (UFS) e Profª. Ms. Isa Regina dos Anjos (UFS) Local: Sala ______ Didática_________ Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA: UMA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE Antônio Marcos Feitosa Gomes (EMCDF) O DESAFIO DA INCLUSÃO DA TEMÁTICA ETNICORRACIAIS NAS ESCOLAS Edjária Silva Chagas (Secretaria Municipal de Educação) Joelma Santos Alves (Secretaria Municipal de Educação) A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO, O EMERGIR DE UM NOVO PARADIGMA DE DEMOCRACIA E AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS Robson Anselmo Santos (INSTITUTO BRAÇOS/ GEPPIADE) ENSINO SUPERIOR E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: ESTUDO COM ALUNOS DE LICENCIATURA DA UFS/ITABAIANA Rosenilde Alves dos Santos (UFS) Maria Batista Lima (UFS) João Rogério Menezes de Santana (UFS OPORTUNIZAR E DEMOCRATIZAR: O CASO DA POLÍTICA DE COTAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (NOTAS PRELIMINARES) Yérsia Souza de Assis (UFS) Frank Nilton Marcon (UFS) EXCLUSÃO SOCIAL E DEFICIÊNCIA: ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS, CORPOS E NARRATIVAS Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (UFS) GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA Josefa Edilani de Souza (UFS) Maria Domingas dos Santos (UFS) Eliene Domingas de Souza (UNIT) SURDOS E CIDADANIA: UMA TRAJETÓRIA DE DESAFIOS NA BUSCA DA PRÁXIS INCLUSIVA Edna Maria dos Santos (IFS) O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA PESSOAS CEGAS, UM DESAFIO PARA A INCLUSÃO NA ERA DIGITAL Vânia Queline Correia dos Santos (FJAV/FAMA) Márcia Elisiario Fontes (FJAV/FAMA) SESSÃO 08: LITERATURA E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS, EIXO 10 - LETRAMENTO E DIVERSIDADES E ARTES, COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE Coordenadores/as: Profª Drª Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS) Prof. Dr. Jesiel Ferreira de Oliveira Filho (UFS); Prof. Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS) Local: Sala ______ Didática_________ LEITURA E LITERATURA: DESCOBRINDO CONCEPÇÕES ETNICORRACIAIS MEDIANTE A OBRA BOM CRIOULO Alecrisson da Silva (PIO DÉCIMO) Rivalmir Alves de Oliveira (PIO DÉCIMO) HISTÓRIA E LITERATURA: O PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO EM ANGOLA Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Flávio Santos do Nascimento (PIO X) LEI 10639/03 EM PERSPECTIVA Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS) IMPLICAÇÕES DO “INTERNETÊS” NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA/ESCRITA: COMO A LINGUAGEM DA INTERNET INFLUÊNCIA A AQUISIÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS Maria Jocelma dos Santos (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) TELENOVELA BRASILEIRA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL Isabel Cristina Rodrigues Ferreira (UFLA) SESSÃO 09: EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICAS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO E COMUNIDADES QUILOMBOLAS: HISTÓRIA, CULTURA E EDUCAÇÃO E IDENTIDADES E ALTERIDADES NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO: SUJEITOS, PRÁTICAS E DESAFIOS Coordenadores/as: – Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes (UFS), Prof. José Valdir de Santana (UFSCar/UESB), Prof. Ms. Wellington Bonfim (NEABUFS/Fac. Pio Décimo)e Profª Ms. Tereza Martins (UFS), e Profª Drª Joelma Carvalho Vilar Local: Sala ______ Didática_________ A ESCOLA INDÍGENA COMO ESPAÇO DE FRONTEIRA E DE CONSTRUÇÃO CULTURAL: POTENCIAL ANALÍTICO E REFLEXÃO ETNOGRÁFICA José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCAR) RELEITURA DA HISTÓRIA DO ÍNDIO NO BRASIL: ÍNDIO SUJEITO DE SUA HISTÓRIA Rosivalda dos Santos Barreto (UFC) Nadja de Souza Castro (SMSF) REPRESENTAÇÕES DO ÍNDIO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE IDENTIDADES Diogo Francisco Cruz Monteiro (UFS) AUTONOMIA POLÍTICA E MÉTODOS LOCAIS DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO ATER XUKURU Fernando Barros Jr. (UFPE) COMUNIDADE QUILOMBOLA E O DESAFIO DE UMA EDUCAÇÃO COMPROMETIDA COM A SUA REALIDADE Tereza Cristina Santos Martins (UFS) AFRICANIDADES BRASILEIRAS: A DANÇA DE SÃO GONÇALO DE MUSSUCA Givalda Maria dos Santos Bento (UFS) OS MOVIMENTOS SOCIAIS COMO INSTRUMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E REIVINDICAÇÃO DOS TRABALHADORES Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT) Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil VIVÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE: MULHERES TRABALHADORAS DA MARÉ EM MARAGOJIPE-BAHIA Jeruza Jesus do Rosário (UNEB) SESSÃO 10: GEOGRAFIA, IDENTIDADES E DIVERSIDADES Coordenadores/as: Profª Drª Gicélia Mendes da Silva e Prof. Ms. Daniel Almeida Silva (UFS) Local: Sala ______ Didática_________ A IDENTIDADE SERGIPANA NO TEXTO DE MANUEL DOS PASSOS E OLIVEIRA TELLES QUE TRATAM DAS QUESTÕES DE LIMITES TERRITORIAIS ENTRE SERGIPE E A BAHIA (1900-1930) Antônio Lindvaldo Sousa (UFS) Taiane Almeida do Nascimento (UFS) A RELAÇÃO DO CAMPONÊS COM A TERRA: UMA IDENTIDADE PARA ALÉM DA PROPRIEDADE PRIVADA Lucas Oliveira Morais (UFS) PROPRIEDADE CAMPONESA: TERRA DE VIDA E TRABALHO Carlos Anderson Nascimento (UFS) Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS) A DIVERSIDADE CULTURAL NO MEIO GEOGRÁFICO Eliene Domingas de Souza (UFS) Josefa Edilani de Souza (UFS) RESISTÊNCIA CAMPONESA FRENTE A UMA LUTA IDENTITÁRIA Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS) Carlos Anderson Nascimento (UFS) HISTÓRIAS DE VIDA E MEMÓRIA AMBIENTAL Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) TERRITÓRIOS DO SABER NAS HISTÓRIAS DE VIDA PROFISSIONAL DE EGRESSOS (PRODEMA/UFS - 1997-2010) Najó Glória dos Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) MEMÓRIA, IMAGINÁRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS HISTÓRIAS DE PESCADORES RIBEIRINHOS DE ILHA DAS FLORES, SERGIPE, BRASIL Maracy Pereira (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) MEMÓRIA E PERTENCIMENTO NA HISTÓRIA SOCIAL DO LUGAR UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO REGIONAL ATRAVÉS DA EXPANSÃO HABITACIONAL NO BAIRRO ATALAIA, ARACAJU, SERGIPE Anésia Sá dos Santos Menezes (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) SESSÃO 11: IDENTIDADES, RELAÇÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO Coordenação: Profª Drª Mônica Cristina Silva Santana (UFS); Profª Maracy Pereira (UFS) e Prof. Esp. João Rogério Menezes de Santana (UFS) Local: Sala __________ da Didática __________ Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil CIVILIDADE, MODELOS E PADRÕES: A ESCOLA MODERNA E SUAS PRODUÇÕES Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Diego Prado de Melo (FPD) GÊNERO NA ESCOLA: UM DIÁLOGO COM DOCENTES DA REDE MUNICIPAL DE ITABAIANA Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS) Maria Batista Lima (UFS) LIBERDADES CONTROLADAS E VIOLÊNCIAS COSTUMEIRAS: PRÉ-CONCEITOS E SINGULARIDADES Diego Prado de Melo (FPD) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT) O MÉTODO ESCOTEIRO PARA MENINAS: A ADEQUAÇÃO DAS PRÁTICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA CO-EDUCAÇÃO NO ESCOTISMO BRASILEIRO Aldenise Cordeiro Santos (UFS) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) REDISTRIBUIÇÃO E RECONHECIMENTO DE GÊNERO: DIÁLOGO ENTRE NANCY FRASER E AXEL HONNETH Alfrancio Ferreira Dias (UFS) Maria Helena Santana Cruz (UFS) REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NO CONTEÚDO E EM ILUSTRAÇÕES DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PRIMEIRO CICLO (1º AO 5º ANOS) Tatiane Frutuoso dos Santos (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) SESSÃO 12: PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS NA ESCOLA E EIXO 16 - HISTÓRIA, RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO COORDENADORES/AS: PROF. DR. JOILSON PEREIRA DA SILVA, PROFª JOCENEIDE CUNHA, PROF. MARCELO SANTOS ESTEREÓTIPOS E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA Joelma Jares de Freitas Bispo (UFS) Joilson Pereira da Silva (UFS) NEGRO, EU? REPRESENTAÇÕES DE SI, ESTEREÓTIPOS E O BULLYING NA ESCOLA DO OVÓ II – TUCANO-BA Maximiano Martins de Meireles (UNEB/UEFS) COTAS RACIAIS E RACISMO NA ESCOLA Aldeane de Jesus Guedes (UFS) Maria Cristina Santos Teixeira (UFS) Joilson Pereira da Silva (UFS) BULLYING: UM ESTUDO DE CASO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO Dayane dos Santos Trindade (UFS) Genilde Tavares Brito Joseilde Tavares Brito Marileide Soares Bezerra Santos Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO RACIAL Andréa Tavares de Jesus (UFS) Edson Nunes de Souza(UFS) Fábio Ferreira Santos (UFS) FUGAS, ROUBOS, CONFLITOS DE ESCRAVOS E SUICIDIOS: A RESISTENCIA DE MULHERES E HOMENS NEGROS NA ARACAJU OITOCENTISTA Patrícia Abreu dos Santos (UNIT) UM POUCO DA CONTRIBUIÇÃO AFRICANA PARA MATEMÁTICA: CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA Marcelo Silva de Souza (UFS) SESSÃO 13: IDENTIDADES, PRÁTICAS E FORMAÇÃO DOCENTE Coordenadores/as: Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes e Dr. José Ricardo Carvalho (UFS) PIBID/UFS/ITA: INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA Lidiane Santos Gama (UFS) Gisleine Souza da Silva (UFS) Ramon de Oliveira Santana (UFS) Edinéia Tavares Lopes (UFS) PROJETO FEIRA DE ITABAIANA: RELATOS DE UMA ATIVIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR Crislaine Barreto de Gois (UFS) Antônio Carlos Pinto Oliveira (UFS) Sérgio Matos Santos (UFS) Edinéia Tavares Lopes (UFS A LEITURA DE FÁBULAS E O PROCESSO DE REESCRITA: UMA VISÃO DIAGNÓSTICA DO QUE OS ALUNOS SABEM SOBRE NARRATIVA José Ricardo Carvalho (UFS) Aline de Araujo Santos (UFS) A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DO LEITOR José Ricardo Carvalho (UFS) Maria José dos Santos (UFS) A FEMINILIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NOS DIAS ATUAIS: O ESPAÇO PARA OS “TIOS” Débora Guimarães Cruz Santos (UFS/NPGECIMA) PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA A PARTIR DA RETEXTUALIZAÇÃO DE FÁBULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL José Ricardo Carvalho (UFS) Emanuela Alves Correia (UFS) PRÁTICAS EDUCATIVAS E CONFLITOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL Daniela dos Santos Rezende (UFS) Marcelo Alario Ennes (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil CADERNO DE RESUMOS IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: Educação e Relações Etnicorraciais Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil PALESTRAS: DIVERSIDADE, DIFERENÇA E EDUCAÇÃO: DESAFIOS DO SÉCULO XXI Dra. Neusa Maria Mendes de Gusmão (UNICAMP-SP) O texto coloca em tela o desafio do século XXI, qual seja a construção de sociedades de aprendizagem que possam resultar em realidades plurais e democráticas. Em discussão a diversidade cultural e o papel da educação e da cultura no processo de reconhecimento de diferentes grupos e de seus direitos. O debate da Lei 10639/03 é aqui, um caso exemplar de avanços e limites na conquista de uma realidade verdadeiramente intercultural pressuposta nas sociedades de aprendizagens. Educação para as Relações Étnico-Raciais no Século XXI Drª Denise Maria Botelho (UNB) Educar para igualdade tem como pressuposto ações pedagógicas afirmativas como alternativa de eleger, os(as) historicamente excluídos(as) em situação de igualdades de oportunidades. A perspectiva afirmativa educacional promove um convívio harmonioso entre os(as) diferentes, não permitindo que os preconceitos se concretizem em discriminações, xenofobias, sexismos e racismos. Conquistar eqüidade para os diversos grupos étnico-raciais depende de inúmeras ações, entre elas conhecer e trazer para o cotidiano escolar conteúdo que estimulem a participação de alunos e alunas negras como atores sociais ativos, com a intencionalidade de promover a igualdade de oportunidades. Pensar em educação afirmativa é pensar uma nova forma de educar que exige um trabalho integrado, principalmente entre educadores(as), professores(a) e familiares, num processo em que os(as) envolvidos(as) estarão continuamente se educando durante o processo. Para uma educação para as relações étnico-raciais é necessário que o(a) educador(a) tenha, além do reconhecimento da existência do racismo, do preconceito e da discriminação e suas conseqüências prejudiciais para a formação dos indivíduos, um princípio ético que o(a) impulsiona para a busca de eqüidade social e, principalmente, com conhecimento sobre as relações raciais e de gênero no país. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCar) Pretende-se, com essa reflexão, fazer um duplo exercício: refletir acerca das experiências de educação escolar indígena específica, diferenciada e intercultural a partir das demandas construídas pelos povos indígenas em nosso país, sobretudo a partir da década de 1970, na medida em que essas experiências ganham reconhecimento jurídico e estatal com a Constituição de 1988 e as legislações específicas que a seguem, constituindo-se em importantes conquistas das políticas indígenas e indigenistas, uma vez que estas primam pela efetivação da cidadania para os povos indígenas do Brasil; ademais, pretende-se discutir acerca das questões trazidas pela Lei 11.645/2008, sobretudo os aspectos relacionados à História e Cultura Indígenas, o que significa pensar “temáticas indígenas na Educação” e os desafios que se colocam aos sistemas de ensino e às políticas de educação. Em certo sentido, interessa refletir acerca dessas questões à luz das diversas experiências que estão sendo construídas no Brasil, tanto as que dizem respeito aos projetos de educação escolar indígena como as relacionadas aos desafios trazidos pela Lei 11.645/2008. Palavras-chave: Educação escolar indígena; Lei 11.645/2008; Temáticas indígenas na Educação Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil MINICURSOS ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR Verônica dos Reis Mariano Souza (UFS) O objetivo principal do minicurso é discutir sobre os problemas para a acessibilidade, de natureza arquitetônica, pedagógica e cultural, na Universidade Federal de Sergipe. Como referenciais teóricos destacam-se, principalmente, o Decreto nº 5.296\2004, a Portaria nº 3.284\2003, a NRB 9050:2004, a Resolução 80\2008\CONEP\UFS, Torrez Gonzáles (2002) e Vitaliano (2007), dentre outros. Apesar do sistema de cotas para pessoas em situação de deficiência, persistem barreiras, tanto físicas quanto de comunicação e culturais, muito dificultando ou impedindo o acesso aos conhecimentos. A simples reserva de vagas não é suficiente. É necessário, ainda, criar efetivas condições para que todos tenham realmente acesso aos cursos oferecidos. Também não é bastante a garantia de acessibilidade, pois tão importante quanto ela é a garantia de uma formação sólida, que permita a todos os alunos, com ou sem deficiência, condições para atuar de forma competente no mercado de trabalho. Palavras-chave: inclusão; Acessibilidade; Ensino superior CORPO DIVERSIDADE João Bosco Torres Santos Renata Maria Matos Silva dos Santos O corpo, cotidianamente, apresenta-se reprimido, introspectivo. Não encontra pilares de sustentação que favoreçam a expressão da sua essência, a expansão das suas características. Inserido num contexto sócio-cultural que organiza seus discursos partindo do princípio da exclusão dos “diferentes”, os diversos corpos tem sido tratados como objeto, um caminho à reprodução dos modelos pré-estabelecidos, afirmando valores exteriores, em detrimento das suas peculiaridades. Somos sujeitos em formação, em construção, caminhando para o conhecimento de nós mesmos e reconhecimento do nosso valor. O corpo diversidade é uma proposta que visa despertar e valorizar as potencialidades individuais, afirmar e reafirmar as peculiaridades de cada corpo, conquistando o respeito e espaço no contexto das relações grupais. A dança neste momento será a interventora, a mediadora, o meio pelo qual iremos propor, através de ações corporais criativas e reflexivas, a mudança de paradigmas: um corpo-objeto, reprodutor, introspectivo tornando-se corpo-sujeito, criador e histórico. Por fim, entende-se que, por meio do movimento, da investigação e exploração do próprio corpo, e da busca de si, em si mesmo, possamos caminhar no sentido de uma retomada de consciência que favoreça a reafirmação das suas características essenciais, o respeito e a oportunidade no âmbito das relações sócio-culturais. PALAVRAs-CHAVE: Dança, Corpo, Diversidade. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil PRODUÇÃO VISUAL: experiências com o tema da educação e culturas afro-brasileiras Edson Dias Ferreira (UEFS) A proposta aqui esboçada toma como referencia inicialmente a constatação de dois autores Etiene Samain e Doglas Kellner acerca da imagem, da oralidade e da escrita, para propor uma incursão pelos processos alfabetizatórios que demandam estas três dimensões do conhecimento no cenário da formação docente. O que estimulou a realização do trabalho com linguagens visuais e cultura com viés calcado na etnicidade foi o curso desenvolvido no projeto ODEERE-UESB, cuja ação envolve atividades de extensão e pós-graduação. As ações do projeto estão voltadas para implementação da lei 10639/03 no município de Jequié e sua região de influência. Neste sentido, muitos experimentos foram realizados ao longo desses quase seis anos de atividade com a mediação de vídeos, fotografias, programas de TV, jornais para auxiliar na percepção de traços cultura. A proposta era, então, estimular a reflexão sobre a imagem, a partir de textos selecionados; buscando analisar o material visual disponível para tentar interpretar cada uma das inquietações despertadas e depois colocar a mão na massa para produzir. Assim, nossa contribuição se consolida quando conseguimos despertar a consciência dos participantes para produzir e aplicar nas suas ações o resultado da sua própria produção, de maneira que tal ato possa repercutir no dia-a-dia da sala de aula. JUVENTUDE, DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO Prof. Ms. Robson Anselmo Santos (GEPIADDE/Instituto Braços) Prof. Ms. Vilma Maria Santos Francisco (Fundação Cultural Palmares) O processo desse curso buscará contextualizar a evolução dos Direitos Humanos e a constituição da juventude como categoria social, destacando as demandas dos adolescentes e jovens negros como manifestações legítimas que pressionam a estrutura étnica da sociedade brasileira e as bases da sua democracia em construção. Resgatar a condição de humanidade da juventude negra, necessariamente, evoca-se o debate da superação da igualdade formal, adentrando ao universo das condições materiais de existência, que se compõem de dimensões objetivas e subjetivas de realização objetivada dos direitos humanos, compreendendo que os jovens pretos e mestiços são credores e destinatários destes. BRINCANDO COM O CORPO: GÊNERO E SEXUALIDADE NA SALA DE AULA Profª Esp. Edenilse Batista Lima (SEED-SE/EDUCON-UFS) Prof° Esp. João Rogério Menezes de Santana (GEPIADDE/DEDI-UFS/EDUCON) O objetivo geral desse minicurso é sensibilizar o público-alvo para uma reflexão sobre práticas que conduzam, a formação de crianças e adolescentes, evitando que descoberta do sexo leve ao risco à saúde em razão da falta de informação e formação.. Os tópicos a serem trabalhados, na perspectiva de instrumentalização teórico-metodológica para a prática docente, são: gênero e sexualidade; saúde corporal e valorização e respeito ao corpo. Dessa forma, os objetivos específicos foram definidos, a partir da especificidade da população participante o que possibilita as seguintes intervenções: contribuir para o desenvolvimento de práticas educativas no tocante a gênero e sexualidade em sala de aula; conhecimento de práticas e condutas salutares a respeito de saúde corporal bem como práticas didático-pedagógicas sobre gênero e sexualidade. A partir dos seus objetivos, as práticas de intervenção serão realizadas através de dinâmicas de grupo, a saber: balão no pé, para iniciar as atividades como forma de interação entre os participantes. Em seguida às dinâmicas seguiram um processo de intervenção comportamental a respeito de gênero e sexualidade e suas várias contextualizações sócio-culturais. Desse modo o principal resultado é o de ter possibilitado a abertura de diálogo e discussão sobre gênero e sexualidade na formação de professores e professoras que atuarão com diversas faixas etárias de estudantes, desde a Educação Infantil perpassando pelo Ensino Fundamental e Ensino Médio Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil RESUMO DOS EIXOS TEMÁTICOS (ET) ET 01 – RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E COTIDIANO ESCOLAR EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: PRÁTICAS ESCOLARES ASSESSORADAS PELA SEED/SE Ana Cristina do Nascimento (SEED) Maria da Conceição Santos Góes Mascarenhas (SEED) O trabalho aqui apresentado tem como base uma análise do acompanhamento e assessoramento técnico-pedagógico em Comunidades Quilombolas que têm escolas da rede estadual de educação no interior, a saber: Comunidade da Mussuca, município de Laranjeiras; Comunidade de Ladeiras, município de Japoatã; Comunidade de Brejão dos Negros, município de Brejo Grande; Comunidade do Mocambo, município de Porto da Folha e; Comunidade do Pontal dos Crioulos, município de Amparo do São Francisco. O trabalho é proposto a partir da descrição e análise crítica das atividades desenvolvidas nas escolas das comunidades e dos resultados percebidos na ação pedagógica das unidades escolares. Entre os procedimentos desenvolvidos na assessoria técnico-pedagógica destacamos: Reuniões com os professores, equipe diretiva, pais dos alunos e representantes da comunidade para apresentar a metodologia trabalhada na Educação Escolar Quilombola; discussão e orientação para elaboração de projeto denominado “Quem Sou Eu”, projeto que se propõe a resgatar e fortalecer a memória local, as tradições, potencializar a autoestima e o pertencimento dos/as quilombolas. Nesse processo conceitos memórias, tradições e identidades são basilares para a construção de projetos a partir dos valores das próprias comunidades. São utilizadas reflexões sobre a questão quilombola a partir dos textos de Glória Moura, Maria dos A. Lina dos Santos, Isis Silva, Lilian Gomes, Marileia de Almeida, Georgina Helena Lima Nunes, bem como elementos conceituais sobre identidade referendados em Stuart Hall. Palavras-chave: Educação Escolar Quilombola, Projeto, Tradição, Identidade. (DES) CONSTRUINDO MODELOS IDENTITÁRIOS: POR ENTRE OS CAMINHOS ETNICORRACIAIS PRESENTES NO COTIDIANO ESCOLAR Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Aldenise Cordeiro Santos (UFS) Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT) O presente trabalho versa sobre as práticas educativas em sala de aula, no que diz respeito às relações de construção dos conceitos de gênero, raça e etnia, assim como funcionam as relações de saber-poder no cotidiano escolar em suas nuances sexistas e racistas. As diferenças étnicas, sexuais, religiosas, raciais e sociais que constroem o mosaico de nosso tempo precisam ser consideradas nas discussões educacionais que compõe os diferentes modos de vida. Percebemos, que a alguns anos a questão da diferença e da diversidade cultural passou a ganhar destaque nas pesquisas sociais e educacionais, conseguindo espaço também nas questões estruturais dos currículos escolares. Essa prática característica deste momento de nossa história suscita que passemos a pensar também de forma diferenciada o sujeito na escola. Nessa medida, a problemática das diversidades e multiplicidades culturais e sociais tem constituído cada vez mais em realidade no nosso cotidiano educacional, fazendo-se necessário tornar corrente tal discussão no espaço acadêmico. Este texto constitui-se numa análise qualitativa que considera o fazer escolar e sua literatura, envolvendo a construção de conceitos e entendimentos acerca dos discursos que tramam as práticas educacionais no que se refere as questões das multiplicidades, identificando algumas linhas que atravessam o currículo escolar e que acabam por cartografar a geografia da escola e de nossa sociedade. Palavras-chave: Cultura; Educação; Diversidade PARA ALÉM DO RACISMO NO COTIDIANO ESCOLAR: POR UMA PEDAGOGIA BRASILIS Azoilda Loretto da Trindade (FFP/UERJ) Pretendo apresentar as considerações tecidas após pesquisa de pós-doutorado em Educação realizado no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde, valendo-me de abordagens cotidianistas emancipatórias e de metodologias de Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil recuperação/criação de memórias e trajetórias de vida, revisito uma trajetória de 23 anos ininterruptos de ativismo anti-racista na área da Educação, dialogo, reflito e exponho conclusões transitórias, articulando o pensamento acadêmico – presente na pesquisa de pós-doutorado, na qual recupero elementos de minha dissertação de mestrado “O racismo no cotidiano escolar”, acrescentando novas referências – com o pensamento político-social (ativismo) acerca da Educação em suas abordagens anti-racista, de igualdade étnico-racial, das relações étnico-raciais e multicultural . Dessa trajetória destacarei, em especial, o projeto de formação de professores “A Cor da Cultura”(Seppir, Canal Futura,Cidan, Petrobras e Rede Globo), e pontuarei aspectos da série Multiculturalismo e do documentário “Africanidades brasileiras”, ambos do Programa Salto para o Futuro (Seed-MEC) e de cursos de formação das Secretarias de Educação do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, São João de Meriti ,Niterói e Mendes para a aplicação da lei 10639/03, e do LAESER/UFRJ, - nos quais fui/sou coordenadora e/ou consultora pedagógica. Um trabalho no qual busco – na minha polifonia como mulher negra, docente, ativista, brasileira, afrobasileira – apresentar uma trajetória na perspectiva de uma griota que coletiva e cotidianamente testemunha e constrói uma história de diálogos, embates, confrontos, encontros e desencontros, na Educação do Brasil, em prol de uma PEDAGOGIA BRASILIS. Palavras chave: racismo –cotidiano escolar – Pedagogia Brasilis AS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS ACERCA DA LEI FEDERAL 10.639/10: DIÁLOGOS COM UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE MALHADOR- SE Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) Este trabalho apresenta uma analise preliminar sobre a inserção da cultura Afro- Brasileira em uma escola municipal, localizada na cidade de Malhador- SE. O referido artigo tem como objetivo investigar as concepções e práticas referentes a Lei Federal 10.639/10, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africanas e Afro- Brasileira em todos os currículos escolares. Nesse trabalho focalizamos o levantamento dos repertórios didático-pedagógicos utilizados pelas professoras em sala de aula e qual o distanciamento e aproximação desses com as temáticas africanas e afro-brasileiras. Busca-se entender também qual a participação da escola na (re)produção, erradicação e/ou minimização do preconceito e da discriminação etnicorracial. Os procedimentos metodológicos utilizados no estudo foram: aplicação de questionários, além de entrevista com as professoras da escola investigada e observação participativa. Quanto ao referencial teórico utilizado está centrado nos autores/as Souza e Silva (2006); Souza (2006), Lima (2006, 2008); Sodré (1999); Lima e Trindade (2009); Gomes (2009), entre outros. Desta forma, o estudo tem apontado entre outras coisas que a escola dispõe de uma pequena quantidade de material didático que aborda essa temática da cultura afro- brasileira, mas que o principal instrumento de implementação de uma educação antirracista é o compromisso e a instrumentalização teórico-metodológica dos/as profissionais da educação. Palavras- chaves: Lei Federal, preconceito, identidade QUESTÕES ETNICORRACIAIS E DE GÊNERO E EDUCACÃO ESCOLAR Maria Batista Lima (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS) O presente trabalho foi desenvolvido com base no projeto de pesquisa denominado: Identidades e Diferenças: diversidades étnico/racial, de gênero e de orientação sexual no Contexto Educacional. A discussão sobre identidade na contemporaneidade é bastante complexa, sendo estas construções sociais que se configuram na relação com o outro. Trata-se de um processo histórico, plural em seus diversos aspectos. Um desses espaços é a escola, já que esta tem por finalidade também atuar na socialização dos indivíduos. Desse modo, se constitui como objetivo investigar as representações sociais de identidade etnicorraciais e de gênero apresentadas por professores(as)/estudantes e a relação dessas representações com a vivência e expressão identitária desses sujeitos. Realizou-se aplicação de questionários e entrevistas abordando as questões etnicorracial e de gênero. Dentro das concepções pode-se constatar que os docentes se encontram com a visão voltada para “o mito do branqueamento”, fruto da construção histórica Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil concebida em seu convívio familiar, na mídia, na sociedade, bem como na escola. Com relação a gênero a recorrência de características apontadas, em sua maioria por jovens mulheres, indica que a equidade de gênero ainda está andando a passos lentos, pois se por um lado apontam as conquistas da mulher, a luta por respeito e espaço, por outro também denotam predominância da ideologia de uma mulher frágil, dependente, limitada e naturalmente nascida para ser mãe e esposa, ser especial por sua delicadeza e compreensiva. Espera-se que essas reflexões favoreçam a compreensão do papel da escola na formação da identidade dos indivíduos. Palavras-Chave: etnicorracial; gênero; educação escolar. O PROCESSO DE INCLUSÃO DA TEMÁTICA “HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA” EM UMA ESCOLA PÚBLICA RURAL EM SERGIPE 2003-2010 Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT) Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT) A multiculturadidade de uma sociedade em diferentes estágios de desenvolvimento bastante desiguais constitui-se um complicador para essa situação onde o global e local entram em choque tornando ainda mais importante o papel da educação. Pensar hoje o lugar da escola, da comunidade escolar e do seu currículo, entendido no sentido amplo de formação humana e cidadã, implica o foco na educação intercultural, que se acentua progressivamente no contexto da globalização e do discurso de educação para todos. Historicamente verifica-se que o Brasil e Sergipe têm tido currículos que só reproduzem a cultura eurocêntrica, fruto da história da Europa, da ideologia do branqueamento, que divulgam a idéia e o sentimento de que as pessoas brancas seriam mais humanas, teriam inteligência superior e que, portanto, deveriam comandar e estabelecer o que é bom para todos. O currículo monocultural, até hoje divulgado, não demonstra a cultura dos grupos histórica e culturalmente dominados, razão pela qual deverá ser revisado de modo a ensejar à escola mostrar aos seus alunos que existem outras culturas, dialogar com tais culturas e reconhecer o pluralismo cultural, buscando-se combater o racismo e discriminação que atingem diferentes grupos sociais, especialmente os negros da comunidade da Mussuca, no município de Laranjeiras/ Sergipe. Palavras-chave: Políticas afirmativas; Identidade; Currículo multicultural. “MICRO-AÇÕES E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639”: UMA PESQUISA NO CURSO NORMAL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO DE SÃO GONÇALO Nathaly Pisão da Silva (UERJ-FFP) O presente trabalho teve como objetivo investigar as possibilidades e os desafios na aplicação da lei 10.639, prioritariamente na área de história do curso normal de instituições públicas de ensino do município de São Gonçalo. A lei 10.639 veio atender as demandas do movimento social negro por uma educação reformulada com um currículo mais democrático, incluindo a História e a Cultura dos africanos e afro-descendentes no currículo escolar. Na política educacional, a medida pode ser considerada uma ruptura profunda com um tipo de postura pedagógica etnocêntrica e reprodutora das desigualdades (Paixão, 2006). O trabalho traz alguns elementos históricos sobre o desenvolvimento do processo de exclusão dos negros do meio sócio-escolar. Destaca as microações (Jesus, 2010) de professores da rede pública voltadas à efetivação da lei, bem como aponta os maiores desafios para o cumprimento da mesma. Como parte dos dispositivos metodológicos, questionários e entrevistas com agentes escolares foram utilizados para a concretização dos objetivos da pesquisa. Palavras-chave: movimento negro; relações etnicorraciais; cotidiano escolar; lei 10.639. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS AFIRMATIVAS NOS COTIDIANOS ESCOLARES GONÇALENSES Regina de Fatima de Jesus (UERJ – FFP) As práticas pedagógicas narradas por participantes da pesquisa Micro-ações afirmativas no cotidiano de escolas públicas do município de São Gonçalo - RJ, realizada entre 2008 - 2010 são trazidas ao diálogo neste trabalho. Tais práticas revelam micro-ações afirmativas: práticas pedagógicas instituintes e de caráter antirracista, comprometidas com a superação da desigualdade etnicorracial nos cotidianos das escolas públicas. A noção “micro-ação afirmativa” Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil revela aproximações com o conceito de ação afirmativa, tendo em vista buscar potencializar crianças e jovens afro-descendentes que, até então não percebiam, nos espaços escolares, a valorização da história e cultura africana e afro-brasileira, e dos referenciais negros sendo apresentados pela História Oficial. A história oral (Portelli, 2010) é a opção metodológica da pesquisa por reconhecermos que é preciso valorizar a palavra dos sujeitos cotidianos (Hampâté Bâ, 1982; 2003) cujas experiências são formadoras e possíveis transformadoras da realidade de exclusão que impede e/ou dificulta o sucesso escolar dos afro-descendentes. Ao trazer as palavrasmundo (Freire, 1988) dos(as) professores(as) dialogamos com Gomes (2006), Guimarães (2002), Gusmão (2002), Munanga (1999), Oliveira (2006), dentre outros(as) autores(as) que nos oportunizam perceber as africanidades (Silva, 2000) presentes na cultura brasileira. Palavras-chave: micro-ações afirmativas, relações etnicorraciais, cotidiano escolar. A RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA E O CONTEXTO ESCOLAR Sônia Oliveira Santos (UFS) O presente trabalho tem como objetivo apresentar abordagens sobre o Ensino Religioso versando sobre o ensino da Religiosidade de Matriz Africana trabalhada no contexto escolar a partir da aplicabilidade da lei 10.639/03. No primeiro momento farei um breve contexto sobre escola e currículo, refletindo sobre o espaço escolar e a versatilidade do currículo na tentativa de atender a diversidade encontrada no ambiente escola referente aos sujeitos envolvidos, seguindo sobre a construção do Projeto Político Pedagógico e o Ensino Religioso, além da lei 10.639/03 e sua relação com a diversidade, seguido de um breve relato sobre a Religiosidade de matriz Africana e o seu contexto em sala de aula, seguido das considerações finais. Palavras – chave: Ensino Religioso; Religiosidade de Matriz Africana; Escola ET 02 – ESTUDOS CULTURAIS E IDENTIDADES IDENTIDADE SURDA: ANÁLISE DO DISCURSO IDENTITÁRIO DO SURDO E SUAS FRONTEIRAS SIMBÓLICAS EM ARACAJU-SE Daisy Mara Moreira de Oliveira (UFS) O tema identidade, presente nos discursos das Ciências Sociais, é considerado como uma das características das sociedades contemporâneas e produto da globalização de um período histórico que tem como marca as constantes transformações que, por conseqüência, causam as crises existenciais. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o movimento surdo denominado de “Identidade Surda”, através da guinada histórica nacional promovida por este grupo na década de 60, além de verificar como os surdos sergipanos têm, na atualidade, reafirmado este movimento e em que espaços estas identidades tem se revelado. Para tanto, utilizamos de entrevistas com surdos residentes em Aracaju-SE, bem como a observação nos locais de encontro. A pesquisa, ainda que parcial, aponta para o despertamento deste grupo específico e o engajamento com seus pares e articulações em locais próprios de encontro em prol do fortalecimento cultural. Palavras-chave: identidade surda, cultura, surdo. ESTRANGEIRO EM SERGIPE NO TEMPO DA SEGUNDA GUERRA: CONFLITOS DE IDENTIDADE Eduardo Alves Neto (UFS) Marcelo Alario Ennes (UFS) A comunicação tem uma abordagem analítica sobre as influências que a presença dos Estrangeiros no Estado de Sergipe. A investigação ocasionou-se em diversas instâncias, sejam na economia, na cultura, na política ou em outros âmbitos sociais. A problematização dar-se através da concepção de Tempo e Identidade. O tempo de recorte é o período da segunda guerra mundial onde Sergipe é inserido neste contexto global. Durante esse período os conflitos de identidades ocorreram após torpedeamento de navios brasileiros na costa sergipana. Pondera-se os Estrangeiros que foram acusados de quinto-colunismo pela mídia e autoridades do Estado, as conseqüências se enfatizaram numa consolidação da identidade nacional e perseguição aos Estrangeiros de nacionalidade dos países que compunham o eixo Alemanha – Itália - Japão que Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil estavam em Sergipe. Para isso, fundamentou-se na teoria de Pierre Bourdieu em sua concepção de Campo social e noção de habitus. No tocante identidade a comunicação instrumentaliza-se a partir das concepções de Stuart Hall e Manuel Castells. Palavras-chave: Estrangeiros; Sergipe; Identidades “NA LIDA DA CATAÇÃO NÓIS SOMOS GENTE!” IDENTIDADE E ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO DOS TERRITÓRIOS DA MANGABA EM SERGIPE Jailton de Jesus Costa (CODAP/UFS) Rosemeri Melo e Souza (DGE/UFS) A constituição identitária das mulheres coletoras de mangabas e de suas territorialidades configuradas em profunda relação expressa na aparente antinomia coexistência/ sobrevivência baseada na coleta (catação) dos frutos da mangaba (Hancornia speciosa) é o foco deste trabalho. Procura-se discorrer sobre os mecanismos de constituição de uma identidade de resistência (Castells, 2003) desse segmento social, mediante recurso a variadas formas das sociabilidades estabelecidas (Motta et al., 2009) e das configurações sócio-territoriais empreendidas como estratégias do cotidiano (CERTEAU, 2006) pelas catadoras de mangaba que vivem e praticam sua atividade no litoral norte de Sergipe, mais especificamente aquelas residentes em Barra dos Coqueiros. A crescente escassez de acesso às mangabeiras, posto estas árvores estarem situadas em propriedades privadas e/ou em processo de apropriação por particulares, sendo que a mangaba não é espécie cultivada em Sergipe. Esse contexto de pesquisa evidencia um “jogo indiciário”, conforme Ginsburg (2001), que norteia a perspectiva metodológica deste trabalho e o estabelecimento das territorialidades, através de jornadas de campo e de abordagem etnográfica, depoimentos de catadoras de mangaba foram analisados para a demarcação das estratégias do cotidiano. Conclui-se que a territorialidade constituída no tensionamento entre a identidade de resistência e a alteridade de sua condição de catadoras aponta para intrincada teia relacional e de significados que enveredam entre o ethos discursivo das mesmas, sobretudo das mais idosas catadoras como pertencimento e as condições objetivas de manutenção desse segmento vivenciadas pelas catadoras mais jovens pelas condições desfavoráveis à continuidade da exploração da mangaba como recurso de uso comum. Palavras-chave- Hancornia speciosa, territorialidade, identidade, alteridade. AS CANÇÕES DE GONZAGÃO: IDENTIDADE CULTURAL Joaquim Cardoso da Silveira Neto (FBB/FACE/SEC-BA) Jailda Evangelista do Nascimento Carvalho (UFS) Alecrisson da Silva (Pio Décimo) Referenciar a identidade de um povo a partir de expectativas geradas no meio musical é tarefa complexa e difícil de ser executada. Esta realidade se vislumbra quando o tema é a auto-estima de um povo, grupo social ou sociedade. Ela se aplica ao Nordeste, que sofre dificuldades e preconceitos dirigidos ao campo lingüístico e cultural, geradores de situações e rotulações preconceituosas. Para se chegar a essas afirmações, este trabalho utilizou-se de duas metodologias: a primeira foi a de campo e a segunda a bibliográfica. Uma das conclusões produzida por esta investigação científica foi a de que o perfil que gerou inúmeros rótulos e estereótipos está sendo superado aos poucos pela presença marcante de manifestações artísticas, dentre outras, as canções de Luiz Gonzaga, Rei do Baião. Gonzaga, com seu estilo inovador, ajudou a iniciar o processo de negação do aviltamento a que o povo nordestino esteve relegado, colocado à margem da credibilidade e possibilidade étnica para desaprovação de inúmeros sociólogos e pesquisadores que enxergam no nordestino de hoje, um povo em franca ascensão em função da colaboração da arte de um Luiz Gonzaga. O grande mérito de Gonzagão está no processo de composição baseado nas variantes lingüísticas e nas imagens culturais como matéria-prima para as suas músicas defensoras da cultura e da formação da identidade nordestina. Palavras-chave: Canções; Nordeste; Identidade Cultural. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil RETÓRICAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIFERENÇA: JOVENS QUE SE IDENTIFICAM COM O ESTILO DE VIDA DO PAGODE BAIANO EM ARACAJU Mateus Antonio de Almeida Neto (UFS) A identidade é uma construção que se narra sempre relativa a algo que está em jogo e construída por processos antagônicos. O ponto de partida desse processo individual ou coletivo é o fato de que a identidade sempre é construída a partir do Outro. Este trabalho é de natureza etnográfica no qual procura-se operacionalizar a identidade cultural como uma categoria analítica buscando refletir junto a jovens que se identificam com o estilo de vida do pagode baiano e constrói retóricas identitárias em seu cotidiano na capital sergipana, Aracaju. Penso a identidade cultural a partir dos estudos de Hall (2006) e o conceito semiótico de cultura de Geertz (1978) - baseado nos signos, nos sistemas de significação amarrado as teias de significados em que o próprio homem mesmo teceu. Palavras-chave: identidade cultural, estilo de vida, pagode baiano, retóricas identitárias, Aracaju. A MEDIAÇÃO CULTURAL E O DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DO INDIVIDUO: UMAS REFLEXÕES QUASE BIOLÓGICAS Miguel Angel Garcia Bordas (UFBA) Theresinha Guimarães Miranda (UFBA) Fabio Zoboli (UFS) Esta comunicação parte de uma clara assunção do caráter social dos processos considerados mentais, tentando ter um entendimento dos processos da denominada mediação semiótica. Representa um esforço desde um ângulo novo – não dicotômico – para o exame das relações entre linguagem e pensamento. No meio destas manifestações dicotômicas desejamos apresentar esta abordagem, por vezes entendida ou denominada de Vigotskyana ou sócio-histórico-cultural mostrando alguns destaques sobre o grande tema da ontogenia e filogenia dos processos mentais e da evolução da mente. A nossa preocupação visa encontrar elementos epistemológicos para uma melhor compreensão dos processos de aprendizagem assim como uma fundamentação antropológica. A PESCA ARTESANAL NA ILHA MEM DE SÁ: RELAÇÕES RECIPROCAS ENTRE AMBIENTE E CULTURA Miria Cássia Oliveira Aragão (UFS) Rosemeri Melo e Souza (UFS) Dentre as diversas teias de reciprocidades envoltas no cerne da existência humana a relação do homem com a natureza mediada pelo trabalho requer especial atenção. Pois, a construção do ser social se faz na interação dos padrões culturais esculpidos no âmbito do trabalho, condição modeladora dos ambientes naturais e construídos, além de elo condutor das práticas sociais e da reprodução humana. A área de estudo compreende a comunidade Mem de Sá situada em uma ilha fluvial no estuário do rio Vaza-barris, (11º29’26”S e 06’46”W), localizada em Itaporanga D’ ajuda, distante apenas 23 Km da sede municipal e a 53 Km de Aracaju, capital do estado de Sergipe. A lógica de vida evidenciada na comunidade Mem de Sá revela a singularidade de utilização do seu território, pois as relações sociais pautadas na afinidade, parentesco e compadrio se expandem ao território de pesca, território comum. As demarcações e uso dos pontos de pesca pelos nativos refletem a sabedoria ecológica, ambiental e social dos mesmos permeados pelo acesso coletivo aos recursos naturais, como também, influenciam diretamente na utilização das artes de pesca nos reconhecidos pontos. Portanto, na ilha Mem de Sá a pesca artesanal se compõe por laços sociais construídos culturalmente influenciando diretamente a utilização do Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ambiente natural, como também, o conhecimento tradicional sobre os processos naturais repassados ao longo do tempo é elemento primordial para a sobrevivência das gerações de pescadores precedentes. Palavras- chaves: cultura, ambiente, reciprocidade. “OS SURDOS”: SUJEITOS DE UMA CULTURA PRÓPRIA NUM ESPAÇO MULTICULTURAL? Valéria Simplício (Faculdade São Luís de França) O presente trabalho procura fazer uma reflexão acerca da relação entre a surdez e a cultura através dos referenciais teóricos: cultura, cultura surda e multiculturalismo, buscando analisar as discussões que têm sido travadas na atualidade sobre a “Cultura Surda” a partir de dois modos: de um lado, a existência de uma cultura surda e seu oposto (a cultura ouvinte); do outro, a não aceitação da existência de uma cultura surda, uma vez que surdos e ouvintes fazem parte de um mesmo universo social. Algumas questões serão levantadas com o pressuposto de discursar sobre movimentos de lutas e batalhas pelos surdos e pela aceitação de uma Cultura Surda num espaço multicultural, bem como os discursos sobre a desconsideração da existência de agrupamentos de surdos que se utilizam de formas de representação diferentes daquelas utilizadas pelos ouvintes. Alguns estudiosos da área, apoiados no conceito de multiculturalismo, que entende a cultura não restrita à etnia, à nação ou à nacionalidade, mas como um lugar de direitos coletivos para a determinação própria de grupos, têm defendido a existência de uma cultura surda, consubstanciada por comportamentos, valores, atitudes, estilos cognitivos e práticas sociais diferentes da cultura ouvinte. No entanto, a questão da existência de uma cultura surda gera dificuldades e incompreensões em alguns por entenderem que, apesar da surdez ser um traço de identificação entre os surdos, parece não ser suficiente para considerá-los como "pares" ou como "iguais" ou mesmo como parte de uma mesma comunidade só pelo fato de serem surdos. Palavras-chave: surdez; cultura surda, multiculturalismo ET 03 – IDENTIDADES, DIFERENÇAS NA CULTURA E NA LITERATURA Coordenador: Prof. Dr. Carlos Magno Santos Gomes A ALTERIDADE DA ESCRITORA BRASILEIRA Prof. Dr. Carlos Magno Gomes (UFS) Este trabalho traz algumas reflexões sobre a forma como a escritora brasileira constroi sua alteridade na narrativa brasileira. A alteridade é problematizada como uma questão social a partir do momento que a mulher busca dar voz para os excluídos em suas narrativas. Nesse processo, a identidade da mulher burguesa é questionada diante da voz do outro de classe, de de raça ou de orientação sexual diferenciada. Com isso, avalia-se o posicionamento intelectual e estético da escritora quando aborda a questão da voz do outro. No campo teórico, trabalha-se com conceitos de identidade, propostos por Bauman e Hall, e de alteridade, construídos por Bhabha e Jodelet. Assim, prioriza-se uma metodologia interdisciplinar que valorize a perspectiva da diferença e dos estudos culturais como ponto de referência para este estudo. Historicamente, identificamos algumas representações da alteridade na ficção de Rachel de Queiroz (1930), Lygia Fagundes Telles (1973), Clarice Lispector (1977), Nélida Piñon (1989) e Ly a Lya Luft (1994). Palavras-chave: Alteridade, Identidade, Escritora Brasileira. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil IDENTIDADE E MÍDIA: SER NEGRO/AS EM REVISTAS Daniela Barreto do Sacramento (UFS) Maria Batista Lima (UFS) Diversas literaturas, tais como Hall (2002), Meneses (1992), Lima (2006) apontam que somos seres sociais constituídos por diversas identidades, tais como gênero, etnicorraciais, religiosas, entre outras. Considera-se que essas identidades são construídas histórica e socialmente a partir das relações com os diversos outros com os quais no relacionamos direta e indiretamente. Relações estas mediadas por diversos artefatos culturais produzidos e em processo na sociedade. Entre estes instrumentais, encontram-se aqueles constituídos por imagens representativas do pensamento e imaginários sócio-políticos e ideológicos da sociedade através das imagens. Um dos lócus privilegiados dessa linguagem imagética são as revistas destinadas predominantemente aos jovens e ao público feminino. Nessa perspectiva este artigo propõe-se a analisar a representação sobre negros e negras nas revistas “Toda Teen” e “Atrevida”, revistas brasileiras destinadas a adolescentes. Consideramos a produção midiática como instrumento de formação de opinião, portanto de conceitos, procedimentos e atitudes. Desse modo, estes artefatos são instrumentos de educação das novas gerações através de suas representações e, portanto, na forma como representam as diversidades brasileiras. Estudos apontam que hegemonicamente ainda servem como instrumentos de exclusão de parte dessa sociedade, de modo específico a população negra. Faz-se necessário refletir sobre essa realidade e sua dinâmica de (re)produção em processo, bem como suas possibilidades de transformação. Palavras-chave: identidade, imagem, mídia, ser negro, racismo, representação. A IDENTIDADE FEMININA NAS NARRATIVAS DE ANTÔNIO CARLOS VIANA Gisélia Mendes da Silva (UFS) Esta pesquisa investiga a representação feminina nas obras do contista brasileiro contemporâneo Antônio Carlos Viana. A mulher na narrativa de Viana assume, normalmente, posturas que vão desde a pureza de comportamento, como ocorre no conto “A linda Lili” do livro Aberto está o inferno (2004), às atitudes ousadas de Dalila, personagem do conto “Nas águas de Dalila” que integra a coletânea O meio do mundo e outros contos (1999). Esses extremos na composição artística de Viana possibilitam reflexões relevantes para a elaboração de um quadro significativo dos perfis femininos que compõem o universo artístico deste escritor. Para embasarmos as nossas discussões nos valeremos de alguns teóricos que discorrem acerca de gênero, cultura e identidade. Palavras-chave: Antônio Carlos Viana, gênero, identidade. DISCURSO, GÊNERO E IDENTIDADE EM NELIDA PIÑON Joseana Souza da Fonsêca (UFS) A finalidade desta comunicação é analisar como o discurso do sujeito mulher é construído em A doce canção de Caetana (1987), de Nélida Piñon. O estudo parte da observação que nem todos os agentes sociais têm os canais de expressão livres. Nesse texto, a insistente voz do narrador sobrepõe às vozes das personagens femininas. A artista mambembe e as prostitutas, personagens em estudo, não se sobressaem enquanto sujeito do discurso. Tal aspecto revela que o silenciamento está interrelacionado a enquadramentos sociais de gênero, raça ou classe, bem como impede a construção de novas identidades para essas mulheres. A ordem do discurso (2006), de Foucault; Marxismo e Filosofia (1986), de Bakhtin, garantem a coerência teórica no que se refere à relação sujeito/discurso. Os autores reconhecem que as práticas discursivas estão articuladas sob determinações históricas e políticas. No estudo sobre constuções identitárias, as teorias de Bauman (2005) e Hall (2006) corroboram na afirmativa desta análise. Palavras-chave: Mulher, Discurso, Silenciamento, Determinações históricas e políticas A LEI MARIA DA PENHA COMO SUBSÍDIO DE LEITURA Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Monique Santos de Oliveira (UFS) Este trabalho apresenta as diretrizes da Lei 11.340/06, denominada, Lei Maria da Penha, como parte de uma leitura interdisciplinar em que a violência contra a mulher seja desmistifica. A partir da visibilidade da opressão simbólica masculina, analisamos como a violência contra a mulher é representada na literatura. Partimos dos estudos de gêneros sobre a dominação masculina debatida por Pierre Bourdieu. Assim, pretende-se explorar de forma politizada questões de gêneros como uma prática atual para o ensino de literatura. Palavras-chave: Leitura; Violência; Lei Maria da Penha. A LUTA PELA LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO DAS LETRAS LUSITANAS Mirela Magnani Pacheco (UFS) Para se falar do processo de construção da identidade lusitana no período colonial, faz-se necessário aludir, primeiramente, ao modo como a consolidação da língua portuguesa esteve ligada ao fortalecimento do império português, sobretudo no período das navegações. Essa observação se torna necessária no sentido de compreender os mecanismos mediante os quais se delineou a língua que inevitavelmente nos une a Portugal bem como as manifestações culturais que dela nasceram, dentre elas a literatura, que passou por um longo processo de construção – ou “invenção”, como quis Abreu (2003) – ao longo do século XVIII. Literatura essa que passa a ser dividida com a colônia, já nesse período – com as produções dos poetas brasileiros que se dirigiam a Lisboa, Coimbra e Porto, em busca de educação de qualidade – e que passará por momentos de tensão no século seguinte, quando se dá a independência política do Brasil, iniciando assim o movimento de emancipação da literatura brasileira. Palavras-chave: Língua portuguesa; construção; letras lusitanas. ET 04 - AÇÕES AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA: UMA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE Antônio Marcos Feitosa Gomes (EMCDF) O presente estudo descreve uma pesquisa em curso que abordará dentro de uma perspectiva dialética, contradições e dificuldades do ensino da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas públicas (Municipal e Estadual) de Canindé de São Francisco. Tem por objetivo geral investigar o ensino da história e cultura afro-brasileira e as ações das Escolas públicas no sentido de contribuir para melhor preparar os professores para trabalhar a diferença pela a igualdade. Utilizando para tanto, uma metodologia qualitativa, no qual foi necessário desenvolver os seguintes procedimentos metodológicos: uma pesquisa bibliográfica em textos, artigos, livros, jornais, revistas e internet, além de entrevista com professores, alunos, coordenadores e diretores. Evidencia-se a priori que é na formação do professor que se deve iniciar uma mudança de concepção em relação à história afro-brasileira. Também se dispõe a articular, a luz da teoria revisada, a vivência de atividades didáticas em sala de aula com a efetivação da lei 10.639/03 no cotidiano escolar, rompendo com paradigmas preconceituosos, baseados no senso comum. Uma análise parcial percebe-se a necessidade de uma política efetiva de formação continuada para os professores nesta temática. Palavras-chave: Afro-brasileira, Igualdade, Formação Continuada, Escolas Públicas. O DESAFIO DA INCLUSÃO DA TEMÁTICA ETNICORRACIAIS NAS ESCOLAS Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Edjária Silva Chagas (Secretaria Municipal de Educação) Joelma Santos Alves (Secretaria Municipal de Educação) Este trabalho divulga os primeiros resultados de um projeto pedagógico que tem como foco a proposta de trabalhar as Relações Etnicorraciais partindo do princípio de que para valorizarmos nossa cultura, antes precisamos conhecê-la em toda sua essência, a educação é uma ação de comunicação entre os sujeitos que possibilita a articulação entre o saber erudito, cientifico e as experiências do senso comum e a convivência ética com a diferença.Entender o porquê de um país imenso de riquezas e possibilidades e com tantos limites para exercer sua alma e sua força pelos caminhos da superação das desigualdades ainda é um desafio. O resgate histórico da contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira; reconhece as disparidades entre brancos e negros em nossa sociedade e a necessidade de intervir de forma positiva assumindo um compromisso de eliminar as desigualdades raciais.Com esse trabalho iniciaremos nas escolas da rede municipal de Rosário do Catete o comprimento da resolução nº 1, de 17 de junho de 2004 do Conselho Nacional de Educação, assim disseminando as temáticas relacionadas as relações etnicorraciais que será o ponto de partida para se promover uma reflexão da realidade, problematizando- a e experimentado-a. Para tal desenvolveremos trabalhos a partir da prática cotidiana dos alunos, estimulando a leitura de gêneros textuais diversificados sobre a temática, oficinas ,filmes, parodias pesquisas,teatro e excursões intermunicipais. Palavras–chave: Relações Etnicorraciais, Resgate Histórico, Superação e Desigualdade A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO, O EMERGIR DE UM NOVO PARADIGMA DE DEMOCRACIA E AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS ROBSON ANSELMO SANTOS (INSTITUTO BRAÇOS/ GEPPIADE) Este ensaio se propõe discutir o impacto das estruturas sociais na constituição da identidade dos sujeitos, focalizando a escola e a educação escolar como instrumentos construtores de identidades fragmentadas dos estudantes negros, é o palco primaz que direcionam nosso olhar para perceber o potencial de transformação engendrado nas políticas de ações afirmativas para a população negra, como mecanismos de promoção da igualdade, destacando o grau de implementação/absorção pelos sistemas de ensino das Diretrizes Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais. Palavras Chave: Identidade, Negro, Educação ENSINO SUPERIOR E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: ESTUDO COM ALUNOS DE LICENCIATURA DA UFS/ITABAIANA Rosenilde Alves dos Santos (UFS) Maria Batista Lima (UFS) João Rogério Menezes de Santana (UFS) A universidade é um espaço onde circulam questões relacionadas às identidades. São temáticas que têm ocupado as diversas áreas do conhecimento. As identidades são cada vez mais entendidas como construções plurais socialmente construídas e modificadas nas relações sociais. Ao longo da nossa vida formamos nossas identidades a partir da forma como nos relacionamos com os outros e como estes influenciam nossa forma de ser: mulher, homem, negro/a, branco/a, heterossexual, homoafetivo, dentre outros. Na condição de processo estão sempre em construção. Para Lima e Trindade (2009, p.17) as identidades dos sujeitos se constituem a partir das semelhanças e da identificação com o outro, nas relações sociais. Segundo as autoras “são continuamente (re) construídas a partir de repertórios culturais e históricos de matrizes africanas, e das relações que se configuram na vivência em sociedade.” Assim, como colocam Lima e Trindade (2009) na história brasileira as problemáticas etnicorraciais são mediadas pela forma Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil como o racismo e o escravismo impuseram sentido negativo ao ser negro/a. Este trabalho é parte do projeto e pesquisa “A Expansão do Ensino Superior Federal Público: o caso da Universidade Federal de Sergipe / Campus Professor Alberto Carvalho”. Como objeto de estudo o processo de formação de identidades dos alunos dos sete cursos de licenciatura desse campus. Serão abordadas aqui atribuições acerca das identidades etnicorraciais dos alunos(as) no contexto da expansão e inclusão. Palavras-chave: ensino superior, relações etnicorraciais, inclusão, cotas. OPORTUNIZAR E DEMOCRATIZAR: O CASO DA POLÍTICA DE COTAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (NOTAS PRELIMINARES) Yérsia Souza de Assis (UFS) Frank Nilton Marcon (UFS) Pensar a questão da política de cotas e das ações afirmativas no universo das instituições de ensino superior públicas do Brasil tem sido um tema bastante apreciado por parte de pesquisadores das aéreas das ciências sociais e da educação. Pensando nisto, a presente comunicação busca se inserir nesse debate auxiliando – se em elucidações teóricas já feitas sobre o tema (MARCON, 2010) (NEVES, 2010) (HASENLBAG e SILVA, 1998) (MUNANGA, 2001). Pretende – se assim investigar o processo de políticas de cotas no contexto das ações afirmativas por meio do PAAF /UFS – Programa de Ações Afirmativas da Universidade Federal de Sergipe e, como esse processo cruzado com a questão da mobilidade social pode apontar questões acerca das oportunidades educacionais entre alunos oriundos de escolas públicas e privadas, e entre alunos brancos e não – brancos, partindo dessa perspectiva buscar – se – á por meio dos dados estatísticos destacar o panorama do ensino em Sergipe, em especial, do ensino superior da UFS. Todo caso, é válido salientar que essa comunicação por se tratar de um estudo de caso preliminar ainda não conta com considerações finais conclusivas. Palavras-chave: Ações Afirmativas; Raça; Ensino Superior; Mobilidade Social ET 05 – GÊNERO E SEXUALIDADE SANIDADE OU LOUCURA NA FICÇÃO DE SÔNIA COUTINHO Claudia Souza Santos Santana (UEFS) Sônia Coutinho, escritora baiana contemporânea, nos apresenta em sua narrativa uma importante contribuição acerca do universo feminino a partir dos anos 60, sua obra nasce em um dos períodos mais duros da ditadura militar, onde a repressão havia dissociado e reduzido ao silêncio, os movimentos sociais, entre eles o feminista, compreende-se que não só o movimento social, como também, o gênero feminino em si, viveu por muito tempo, e em alguns casos ainda vive-se em um silêncio profundo, onde a mulher ainda se mantém em certo grau, em posição secundária. Este artigo pretende analisar o conto “O leque do Afeganistão”, inserido no livro “Os venenos de Lucrécia” (1978). Desenvolvendo uma nova voz, representando a condição da mulher na ficção contemporânea, a escritora apresenta os conflitos internos e anseios vivenciados pela personagem Sibila, que se desilude no casamento, resultando em um estado de sanidade ou loucura evidenciado pela postura da protagonista, que ainda traz consigo os resquícios de uma criação opressora, desencadeando assim vários estados da alma humana. A concretização desse trabalho é de caráter bibliográfico e dedutivo. Palavras-chave: Sanidade, loucura, ficção, universo feminino. “COISAS DE BICHA”: REDES SOCIAIS E O MILITANTISMO HOMOSSEXUAL SERGIPANO Diego Ramon Souza Pereira (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Marcos Ribeiro de Melo (UFS) Saber como a posição social de um agente e as redes interacionais associados por esses resultam na produção de um militante, é o objetivo principal desta comunicação. Embasado por uma literatura sobre movimentos sociais, particularmente redes sociais e estruturas de oportunidades políticas, a exemplo de Alonso (2007; 2009), Melo (2008; 2010), Oliveira (2008), Petrarca (2008) entre outros. Foi se analisado as informações provenientes da aplicação de uma entrevista semi-estruturada feita a uma liderança do movimento homossexual de Sergipe. Este artigo tem o intuito de contribuir no entendimento da lógica do militantismo sergipano, particularmente as redes sociais que fomentaram a gênese do movimento homossexual sergipano. Entre os apontamentos conclusivos é válido salientar que se mostrou evidente como as redes (escolares, partidárias, trabalhistas, entre outras) da trajetória individual se tornam ou são convertidos em disposições a militar. Palavras-chave: Militantismo, Movimento Homossexual, Redes Sociais, Sergipe SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR: CONCEPÇÕES DE PAIS DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Edenilse Batista Lima (SEED-SE) João Rogério de Menezes (UFS) Uma medida promissora para a promoção da saúde do adolescente é o conhecimento da própria sexualidade e dos potenciais riscos que se corre quando não se vivencia esta sexualidade de maneira consciente, a partir das negociações pela liberdade A saudável concretização desse direito se dá a partir das práticas sócio-educativas, principalmente na família e na escola. Neste trabalho objetivou-se compreender concepções acerca da relação saúde, sexualidade e educação escolar manifestadas por pais de alunos do Ensino Médio de uma escola pública da cidade de São Cristóvão/SE. Um questionário foi aplicado a 90 pais de alunos de três turmas do Ensino Médio Regular, sendo que a maioria era do sexo feminino, com idades compreendidas entre 41 a 72 anos, com maioria entre 41 a 50. Os resultados apontam que os pais associam sexualidade a sexo, não se sentem à vontade para falar sobre sexualidade com seus filhos e acreditam que sexo antes do casamento é irresponsabilidade, pecado e desvaloriza as jovens. Avaliando os resultados percebemos que as concepções dos pais consultados se relacionam, principalmente, com a idéia de uma sexualidade ligada à essencialidade do corpo, desprovida de fatores psicológicos e culturais; e que a conversa com seus filhos sobre sexualidade ainda é um tabu. Palavras-chave: Educação sexual, Saúde, Sexualidade MENINAS VESTEM ROSA, MENINOS VESTEM AZUL: CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTES ACERCA DA MASCULINIDADE E FEMINILIDADE Flora Alice Santos Almeida (UFS) Esse estudo objetivou identificar as concepções de adolescentes acerca da masculinidade e feminilidade levando em consideração as diferenças e papéis socialmente estabelecidos para homens e mulheres. Participaram dessa pesquisa 14 adolescentes, entre 15 a 18 anos de idade, de ambos os sexos, sendo 05 meninas e 09 meninos, participantes do Serviço Socioeducativo “PROJOVEM Adolescente”, residentes na região periférica do Município de Nossa Senhora das Dores-SE. Utilizou-se a técnica do Grupo Focal para a constituição dos dados, sendo realizado em uma única sessão. Os sujeitos do estudo conceberam como masculinos aspectos relacionadas à força, à sexualidade sem freios, à dedicação ao trabalho, enquanto que as atividades ligadas à maternidade, ao afeto, ao cuidado foram concebidas como papéis e atribuições femininas. Apesar de nesse estudo também terem sido evidenciados aspectos que denotam transformações nas concepções acerca do masculino e do feminino, confirmam-se ainda os estereótipos tradicionais de gênero; as aproximações da mulher ao espaço privado e do homem ao espaço público; a expressividade relacional associada às mulheres e a instrumentalidade aos homens; convivendo Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil assim aspectos arraigados por uma ideologia masculinista de gênero, com outros mais equânimes. Tais resultados podem vir a subsidiar o desenvolvimento de Projetos de Intervenção e ações de técnicos da Rede territorial do Município de Nossa Senhora das Dores no que tange às relações de gênero e a forma como essas são concebidas e significadas na Adolescência. Palavras-chave: Relações de gênero, Adolescência, Estereótipos de Gênero SER MULHER: REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE FEMININA EM CONTOS INFANTIS Fernanda Reis de Carvalho (UFS) Este trabalho tem como propósito analisar como a identidade feminina tem sido representada nos contos infantis. Para tanto, utilizamos os contos “A Gata Borralheira”, conto clássico escrito por Perrault em 1697 na Europa, também conhecido como Cinderela (neste ensaio utilizamos a versão brasileira traduzida por Monteiro Lobato); e “A Bela ou a Fera”, conto contemporâneo escrito por Anna Flora no ano de 1993 no Brasil. Para atingir este objetivo, faremos uma discussão sobre a noção de identidade, a partir das ideias propostas por Stuart Hall (2007), Kathryn Woodward (2007) e Michel Agier (2001), refletindo sobre as identidades na pós-modernidade enquanto fragmentadas, construídas através de discursos e em relação com o contexto, podendo assim serem constantemente revisadas e modificadas. A análise dos contos revela que ao longo do tempo ocorreram mudanças significativas na representação da mulher, porém apesar desta representação encontrar-se em constante reformulação, deixando de ser relacionada apenas ao ambiente doméstico e ampliando-se ao âmbito público, como o trabalho, a imagem da mulher ainda é percebida por diversas vezes atrelada ao lar e à espera de um príncipe que possa cuidar dela e com quem ela possa ser feliz. Palavras-chave: Identidade – Mulher – Contos infantis CONDIÇÕES HISTÓRICO-SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DO MOVIMENTO “HOMOSSEXUAL/LGBT” EM ARACAJU (1981-1996) Marcos Ribeiro de Melo (UFS) O presente artigo, que traz dados preliminares de uma pesquisa de doutorado em andamento, parte de duas principais percepções. A primeira é a de que a mobilização política “homossexual/LGBT” é um espaço de produção e de disputas em torno de discursos sobre a “homossexualidade”. A segunda diz respeito à existência de mudanças neste tipo de mobilização na cidade de Aracaju-SE ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000, em específico, no que tange à consolidação dos discursos de afirmações identitárias. A partir destas compreensões, o trabalho investiga as condições histórico-sociais de constituição do movimento “homossexual/LGBT” na cidade de Aracaju/SE. Estas condições são analisadas a partir dos “processos de identificação” gerados pela mobilização, numa relação direta com a análise das trajetórias de três ativistas (dirigentes) do “Grupo Dialogay de Sergipe”, as causas defendidas pela mobilização e as oportunidades e restrições político-culturais entre 1981 e 1996, anos de criação e da primeira extinção do grupo, respectivamente. Como fontes para o trabalho foram utilizadas atas de reuniões, correspondências ativas da organização, artigos de jornais, entrevistas e trabalhos sobre o Dialogay. Palavras-chave: condições de constituição; trajetórias; processos de identificação; oportunidades político-culturais. SABERES DOCENTES: UM PANORAMA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A DIVERSIDADE SEXUAL Maria do Carmo Lima Santos (IFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O debate em torno da abordagem diversidade sexual foi um tema que historicamente passou longe das discussões nas agências formadoras, em especial dos cursos de formação de professores, por se configurar num paradigma indigno de ser trabalhado no cotidiano do espaço escolar. Com o advento da nova LDB 9394/96, o tema ganha espaço entre os temas transversais e nos princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), configurado na orientação sexual, como algo inerente à vida, ao prazer e ao exercício da sexualidade, como um direito singular de cada individuo. O objetivo deste estudo é discutir a problemática da formação de professores na perspectiva da abordagem diversidade sexual na escola, identificando as diferentes referências e abordagens teórico-metodológicas que vem sendo trabalhadas no âmbito das agências formadoras, na tentativa de contribuir com a formação de professores conscientes da importância da desmistificação desta temática através de práticas pedagógicas inovadoras e contribuintes da resistência e luta contra os mais diversos sintomas de sexismo, misoginia e homofobia, enraizados na sociedade e na escola. Palavras-chave: sexualidade, professores, escola e práticas pedagógicas. ET 06 – RELIGIÃO, RELIGIOSIDADE, IDENTIDADES E DIVERSIDADE ABASSÁ REI DE URUBÁ DA FILHA DE OXOSSI QUEURICIDÊ: UMA VISITA BREVE, UMA HOMENAGEM AINDA QUE TARDIA Evanilson Tavares de França (SEED) As linhas breves que comporão este artigo propõem-se a expor um arcabouço do Abassá Rei de Urubá, a partir de memórias do autor (personagem significativo em toda a trajetória do terreiro – onde permaneceu dos sete aos 22 anos, tendo, inclusive, assumindo a função de ogã alabê) e de entrevistas semi-estruturadas efetuadas junto a filhos e filhas de santo da casa de candomblé de Bochocha, como era conhecida a yalorixá Lenilda Tavares de França na intimidade familiar e entre os pares do santo. Representa, portanto, uma tentativa de resgate de uma história, de boniteza indiscutível e de profundidade inegável, construída por filhas, filhos e mãe de santo de um terreiro plantado em Sergipe (Aracaju), com maior temporalidade no bairro Ponto Novo, mas com raízes baianas (de onde, aliás, vieram Bochocha e sua mãe, Maria Prudência Santos). Ainda que tivesse o ketu como matriz, a casa da filha de Oxossi celebrava os caboclos e realizava os seus rituais, como mostra a denominação do terreiro “Rei de Urubá”, um índio da tribo dos potiguara. É também uma busca de valorização de um terreiro que teve uma história áurea, iniciada na primeira metade da década de 70 e concluída definitivamente em 2008. É, ainda, uma homenagem, dirigida àqueles e àquelas que afirmam e reafirmam sua negritude fazendo uso, também, da religiosidade. Palavras-chave: Abassá Rei de Urubá, Candomblé, Ketu. ANÁLISE ANTROPOLOGICA ACERCA DA “A EFICÁCIA SIMBÓLICA” NOS PROCESSOS DE CURA NO CANDOMBLÉ Eval Cruz (UFS) O presente trabalho estabelece uma relação entre magia e cura, a partir do pressuposto de que as práticas mágicas continuam a ser solicitadas dentro das vertentes afro-brasileiras, a exemplo do candomblé, através da criação de uma Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde unindo, desse modo, a medicina convencional às praticas mágicas. Com este objetivo, o estudo aborda a questão em foco, à luz de estudos relevantes, como os de Marcel Mauss, EvansPritchard, Lévi-Strauss, dentre outros, que foram instigados pela temática. A análise realizada aponta que as práticas mágicas interferem positivamente na vida das pessoas que nelas acreditam, evidenciando desse modo a sua eficácia. Percebe-se que, para o mal que a medicina não encontrou a cura, as práticas mágicas oferecidas nos terreiros cooperam minimizando ou sanando o problema posto pelo consulente. Palavras-chaves: Magia, cura, candomblé. SANTO DAIME EM ARACAJU: CONFLITO E IDENTIDADE Felipe Silva Araujo (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O uso coletivo de determinadas substâncias, componentes de um sistema interdependente de práticas, por atores sociais vinculados a esse sistema através de laços materiais e cognitivos, tem sido amplamente debatido nas últimas décadas, o que até certo ponto contribuiu para o amadurecimento da relação entre o Estado, a Sociedade e os tais sistemas “marginais”. O Brasil é pioneiro tanto em relação à rede de pesquisa que está se formando em torno do fenômeno ayahuasca quanto ao reconhecimento legal pelo Estado de práticas religiosas que exploram este tipo de comunhão vegetal. Através da observação participante da trajetória de uma igreja do Santo Daime em Aracaju, desde os trabalhos sem igreja em 2007, passando pela concretização do local e obra em 2008, até uma análise do presente momento, exploramos questões acerca da dinâmica do processo de identificação e do conflito diante de práticas como o Santo Daime – onde diferentes campos semânticos se encontram em constante estado de negociação – e posteriormente realizamos inferências acerca do papel do conflito no estabelecimento de práticas e estilos de vida a partir do uso ritual da ayahuasca em práticas daimistas. A metodologia etnográfica e autores expoentes dos estudos culturais pós-coloniais ofereceram fundamentação a partir da qual nos posicionamos diante do fenômeno religioso moderno que nos propusemos discutir. Palavras-chave: santo daime, ayahuasca, conflito, identidade CONSIDERAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS ESCADARIAS DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM ARACAJU/SE Lumara Cristina Martins Santos (UFS) Festa da Lavagem da Conceição, assim é popularmente conhecida a Lavagem das Escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Aracaju/SE. O evento ocorre anualmente no dia oito de dezembro, sendo protagonizado pelos adeptos do Candomblé e da Umbandade Aracaju e de outros municípios do nosso Estado contando também com a participação de representantes de outros segmentos sociais (pesquisadores, políticos, representantes da Igreja Católica, universitários, artistas, etc). O fato social teve seu início em 1982 com a promessa feita por um grupo de estudantes a Nossa Senhora da Conceição, que em Aracaju sincretiza com Oxum, e continuou ocorrendo sem interrupções. Portanto, nesse trabalho pretendo etnografar um dos momentos festivos existentes no dia de comemoração alusivo a Oxum. Abordando as relações sociais identitárias e conflituosas da festa, que pode ser um dos motivos para que a Lavagem aconteça sem uma parcela representativa dos terreiros da capital e de outras localidades circunvizinhas. Palavras-chave: Festa, Ritual e Identidade IMAGENS DE CERIMÔNIAS RITUAIS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO DA SANTERÍA CUBANA Zaylin Leydi Powell Castro (UFBA) As primeiras informações que se tem das religiões provenientes da África se remontam aos albores do século XIX. Em Cuba estas tiveram maior auge como em outros lugares de América, onde a imigração africana a partir da escravidão foi muito mais forte.Dois grandes grupos religiosos têm chegado a nossos dias: A Santería Cubana ou Regla de Ocha e o Palo Monte. A Santería Cubana ou Regla de Ocha é a religião de origem lucumí que conhecemos como ioruba originária das atuais áreas da Nigéria.A santería em si tem sua origem no culto aos orixás ou deidades do panteão dos iorubas, sincretizados com os santos da hagiografia da Igreja Católica. Esta identificação, na que por analogias de suas características e atributos se homologou a cada orixá com um santo católico, foi o que originou a denominação de Santería, termo de mais freqüente uso entre a população de leigos e fiéis. A Santería ou Regla de Ocha é também conhecido como Regla de Ocha – Ifá, pela transcendental importância que têm as práticas rituais relacionadas com o oráculo de Ifá, que são desenvolvidas pelos babalaô (sacerdotes de Ifá). Esta religião se configurou com rasgos diferenciais nas províncias ocidentais de Cuba aos finais do século XIX e aproximadamente a partir da terceira década do século XX se espalhou na região oriental do país. Esta religião tem elementos iorubas muito importantes e são essenciais no desenvolvimento das cerimônias rituais no processo de iniciação. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ET 07 – DIVERSIDADES, MÍDIAS E TECNOLOGIA TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO, SUBJETIVIDADES E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NOS TERRITÓRIOS DA GEOFILOSOFIA Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Vinicius Silva Santos (UFS ) Nosso objetivo é socializar as repercussões das atividades de pesquisa, ensino e extensão ocorridas entre 2007-2008 originadas através do projeto intitulado I Simpósio Itinerante de Geofilosofia e Subjetividades. Tais atividades foram desenvolvidas no âmbito da Universidade do Estado da Bahia, em diferentes regiões do território baiano, através do Núcleo de Estudos de Filosofia e Formação de Professores – NÔMADES do Departamento de Educação - DEDC XIII. A finalidade central do projeto visou apresentar, discutir e disseminar idéias de autores como Felix Guattari (1992), Gilles Deleuze (2000; 2005), Suely Rolnik (1992), Gilbert Simondon (1989), Jean Baudrillard (2002), Michel Foucault (1994) e Gaston Bachelard (1999) relativas às questões da produção de subjetividades numa cultura hipermidiática, analisando, sobretudo, suas influencias no currículo e na formação de professores. Por fim, destacamos a relevância de tais experiências para efetivar o papel político da universidade na produção e socialização de conhecimentos. Dentre as atividades destacam-se: (1) Formatos da Subjetividade numa Sociedade Televisiva; (2) Multiculturalismo e Subjetividade numa Sociedade do Conhecimento; (3) Dramas da Subjetividade na Cena Contemporânea; (4) Lugares da Subjetividade no Limiar Contemporâneo da Representação: políticas de captura da infância no currículo e na formação de professores; (5) Senhas da Subjetividade – Micropolíticas de Afectos; (6) Micropolítica e Segmentaridade.. Palavras-chave: Geofilosofia. Subjetividade. Tecnologias da Informação e da Comunicação EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E MÍDIA Maria Joseane Costa Santos (UFS) Daniele dos Santos Reis (UFS) Samira de Jesus Nascimento (UFS) O mundo contemporâneo vem passando por diversas transformações, e a escola como instituição social educativa passa a ser questionada do seu papel diante das mudanças econômica, sociais e culturais do mundo globalizado, pois com a introdução das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem se adquiriu um novo modelo ensino, no qual busca a formação de um cidadão flexível e apto atender as exigências do mundo moderno, sem se preocupa em formar indivíduos capazes de compreender as relações sociais que se dão no espaço. Neste contexto, a mídia tornou-se um dos principais instrumentos de propagação da ideologia da classe dominante, fazendo com que a educação escolar forme profissionais qualificados e que estes sejam capazes de gerar riquezas que alimentem o capitalismo, criando dessa forma uma sociedade que sustente o circulo do capital. Diante dessa realidade, é importante um estudo que analise os novos paradigmas educacionais face às transformações da sociedade tecnológica e uma reflexão sobre o papel da mídia como veiculo propagador das tecnologias. TERRITORIALIDADE E REDES DE SOCIABILIDADES JUVENIS: LUGARES, TRANSITOS E TENSÕES DA IDENTIDADE Vinicius Silva Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Analisamos neste artigo a produção de redes de sociabilidade a partir da reflexão sobre o conceito de territorialidade oriundo da filosofia de Félix Guattari (1992; 1987) e Gilles Deleuze (2000; 2004). Inicialmente apresentamos reflexões pontuais sobre o processo de constituição de identidades sociais, considerando as tensões políticas e formativas que o conceito de identidade provoca na cena contemporânea. Em seguida, discutimos sobre a formação sociocultural de jovens, considerando as noções de pertencimento, laço e agrupamento social através da análise sobre as influências das tecnologias da informação e da comunicação como “território-lugar” que engendra Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil condutas sociais, estilos de vida singulares e auto-hetero-constituídos. Os principais autores utilizados são: Hartley (2004), Johnson (1999), Bhabha (1998), Cevasco (2003), Eagleton (1993), Hall (2003). Por fim, destacamos a importância de tais análises para o campo dos estudos culturais, das ciências humanas e sociais envolvidos na exploração heurística das novas gerações. Palavras-chave: Rede de Sociabilidade. Juventude. Territorialidade. Identidade ÍNDIOS NO IMAGINÁRIO SERGIPANO: MÍDIAS E EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE Kléber Rodrigues (UFS) Diogo Francisco Cruz Monteiro(UFS) O documentário “Índios no imaginário sergipano” pretende se constituir como instrumento a ser utilizado na formação de professores em Sergipe, na geração de estudos e reflexões acerca da representação indígena no livro didático em ambientes formais e não formais de ensino. No documentário serão registradas em vídeo entrevistas com alunos e professores do sistema básico de ensino de Sergipe, de escolas indígenas e professores universitários que trabalham em suas pesquisas com a temática indígena. Os depoimentos serão coletados durante quatro meses. Após estas etapas de coleta dos depoimentos, as imagens gravadas serão submetidas ao processo de montagem, em que serão selecionadas as falas mais importantes sobre o imaginário dos depoentes acerca dos povos indígenas. Estas imagens serão comprimidas no formato DVD para a posterior reprodução e divulgação dos resultados do documentário. Com a efetivação deste projeto, pretendemos aprofundar o conhecimento sobre o imaginário que a população estudantil sergipana constrói sobre os povos indígenas, evidenciar as apreciações e os posicionamentos que os membros da academia em Sergipe possuem sobre a maneira como as representações dos livros didáticos e o ensino de história têm colaborado para a formação das interpretações acerca da cultura do povo indígena. Palavras-chave: índios, documentário, livro didático SOCIALIDADE, JOGOS ELETRÔNICOS E CULTURA JUVENIL: INTERAÇÕES, CONVÍVIO E ALTERIDADE NO SELF Vinicius Silva Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) O objetivo desse artigo é analisar os espaços de interação dos jogos eletrônicos e suas cartografias no campo das relações sociais contemporâneas. No primeiro momento, apresentamos a origem desse estudo e seus principais achados. Em seguida através do conceito de socialidade, oriundo da sociologia Maffesoliniana, destacamos a pertinência teórico-conceitual das suas análises para compreender as questões dos laços e convívios dos jovens usuários dos jogos eletrônicos, de modo a analisar o surgimento e/ou gerenciamento de espaços sociais virtuais de interação marcados pelos processos de convívio e alteridade e sua relevância autoorganizativa figurando outras lógicas de interpretação dos fenômenos ligados aos jovens e os jogos eletrônicos. Por fim, se faz necessário compreender/analisar os caminhos cartográficos trilhados pela juventude contemporânea como ponto de partida para compreender tais espaços coletivamente instituídos nas narrativas dos jogos eletrônicos, pulsando desejo, vontade de mesclar-se com outros atores sociais em selves de diversão, prazer e alteridade. Palavras-chave: Jogos Eletrônicos. Socialidade. Alteridade. A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E A SOCIOTECNIA Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Vinicius Silva Santos (UFS) O objetivo do artigo é apresentar o conceito de Estética da Diferença como dispositivo capaz de provocar engendramento, afecção e agenciamento nas práticas sociais ordinárias. Inicialmente, explicitamos a origem do conceito, sua cartografia e geopolítica. Em seguida, analisamos o campo epistemológico no qual se insere o conceito de sociotecnia associado ao campo da Estética através de breve discussão sobre as especificidades de cada área e sua caracterização atual. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Num terceiro momento situamos as contribuições da filosofia de Gilles Deleuze na formulação do conceito de Diferença Pura, articulando a essa etapa a definição de engendramento, agenciamento e afecção e sua expressividade, concretude e visibilidade para o campo das ciências antropossociais. Por fim, trazemos à tona a política de sentido contida na potencialidade dos conceitos de sociotecnia e de estética da diferença, ressaltando a pertinência das reflexões apresentadas para a análise de práticas sociais e culturais específicas, cujas tensões anunciam possibilidades de se guerrilhar contra o pensamento redutor ligado à permanência, ao Idêntico e ao Similar. Palavras-chave: Diferença Pura. Estética da Diferença. Sociotecnia. ET 08 - LITERATURA E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS LEITURA E LITERATURA: DESCOBRINDO CONCEPÇÕES ETNICORRACIAIS MEDIANTE A OBRA BOM CRIOULO Alecrisson da Silva (PIO DÉCIMO) Rivalmir Alves de Oliveira (PIO DÉCIMO) Este trabalho foi realizado com alunos da terceira série do ensino médio de uma escola da rede estadual da cidade de Coronel João Sá que leram a obra a obra literária de Adolfo Caminha “BomCrioulo” durante o ano letivo de 2010. Este texto aborda duas concepções marcantes: a bravura do soldado Amaro que possui características afrodescentes e o seu desequilíbrio emocional evidenciado por conta da traição que o seu companheiro que possui características culturais do povo europeu com uma pessoa do gênero feminino (dona Carolina). No período em que a obra foi escrita, a sociedade afrodescendente escravizada no Brasil respira os ares da abolição à escravatura. Como a política brasileira não tinha uma preocupação com uma forma de inserção de muitos dos ex-escravos no mercado de trabalho, a alternativa era se sujeitar a qualquer opção de trabalho. No caso do soldado Amaro a maneira mais viável foi ingressar nas forças armadas. Mediante a essa abordagem, procura-se constatar se os sujeitos pesquisados conseguem filtrar que no contexto social daquela época as condições de inserção à liberdade pós escravidão não foi proposta como deveria pelo governo brasileiro. Os resultados mostram que essa concepção aparenta não ter sido explorada com tamanha evidência nos debates pós leitura em sala de aula, uma vez que poucos são os reflexos demonstrados acerca de tais concepções. Palavras-chave: Bravura; Força militar; Escravidão; Abandono social. HISTÓRIA E LITERATURA: O PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO EM ANGOLA Flávio Santos do Nascimento (PIO X) A independência de muitas ex-colônias européias na África se desenvolveu, quase sempre, de maneira traumática. Tendo como corolário conflitos internos entre grupos que reivindicavam o direito à direção das recém criadas nações. Estes grupos puderam fragmentar-se de acordo com noções étnicas, identificação ideológica, ou ambos fatores atuando ao mesmo tempo. Neste trabalho é a guerra de independência de Angola que será abordada. Para isso se fará uma ponte entre História, Literatura e Educação. A literatura aqui empregada é a praticada por de Pepetela, mais precisamente o livro Mayombe. Importante escritor angolano, Pepetela participou ativamente do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola). A tarefa é entender os instrumentos engendrantes do movimento de libertação, bem como a efetivação operacional do sentimento de nacionalidade. Intelectual, Pepetela é postulado aqui como intermediador, através das representações que constroi ao longo de sua narrativa. Desnudando as vontades e as necessidades presentes no jogo de sorte e azar que é a guerra. Palavras-chave: História – Literatura – Educação – Relações Etnicorraciais LEI 10639/03 EM PERSPECTIVA Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS) Em 09 de janeiro de 2003, a lei 10639 alterou o texto da LDB, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos estabelecimentos oficiais e particulares Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil de ensino Fundamental e Médio. Essa alteração fez-se necessária, no sentido de direcionar o olhar para a diversidade étnica brasileira, não reconhecida pela história e pelos círculos letrados do Brasil. Nesse sentido, além de possibilidade o pleno exercício da cidadania, a lei 10639/03 também gerou demandas relacionadas ao ensino de história e cultura africana. Sob essa perspectiva, a Universidade e seu corpo docente têm um papel muito importante, qual seja, trabalhar e preparar docentes e professores que necessitam de material e aporte teórico, a fim de ministrar o conteúdo programático recomendado pela Lei. Palavras-chave: Lei 10639/03, identidade, literatura. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ET 10 - LETRAMENTO E DIVERSIDADES IMPLICAÇÕES DO “INTERNETÊS” NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA/ESCRITA: COMO A LINGUAGEM DA INTERNET INFLUÊNCIA A AQUISIÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS Maria Jocelma dos Santos (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) O presente artigo aborda o uso da linguagem do “internetês” no processo de desenvolvimento leitura/escrita dos adolescentes de uma escola pública do ensino fundamental de uma escola de Aparecida- SE, a partir da análise de um questionário e de e-mails: formais e informais, nos quais tínhamos como objetivos observarmos como se perpetua o uso dessa linguagem e como a aquisição dessa nova maneira de escrever interfere no processo de obtenção das competências lingüísticas, tendo em vista que a linguagem predominante remete-se a norma culta. Assim, esse artigo traz alguns comentários e reflexões a acerca dessa temática, com o intuito de mostrar de maneira os pontos plausíveis do “internetês” para a linguística textual. Palavras-chave: internetês; competência linguística; gênero e cibercultura. ET 11 - EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICAS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO A ESCOLA INDÍGENA COMO ESPAÇO DE FRONTEIRA E DE CONSTRUÇÃO CULTURAL: POTENCIAL ANALÍTICO E REFLEXÃO ETNOGRÁFICA José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCAR) O paradigma da educação escolar indígena específica, diferenciada, intercultural e bilíngüe ou multilíngüe foi instituído legalmente como um direito dos povos indígenas por meio da Constituição Federal de 1988 que regulamentou que as especificidades étnicas devem ser respeitadas em suas respectivas manifestações e organizações sociais. O que pretendemos, nesse trabalho, é refletir acerca da educação escolar indígena, pensada e construída nessa perspectiva específica, diferenciada e intercultural, como espaço de fronteira e de construção cultural. Interessa-nos refletir acerca do potencial analítico da idéia de fronteira e de construção cultural, elaborado por Tassinari (2001, 2003) para compreendermos os mais variados projetos de educação escolar indígena em curso em nosso país, a partir da demanda/objetivo que cada povo indígena deposita em sua escola. No mesmo sentido, interessa-nos pensar essas categorias analíticas partindo da reflexão etnográfica produzida sobre a educação escolar indígena em nosso país, a partir dos diálogos interculturais e multidisciplinares, sobretudo na interface entre Antropologia e Educação. Palavras-chave: construção cultural; educação escolar indígena; fronteira. RELEITURA DA HISTÓRIA DO ÍNDIO NO BRASIL: ÍNDIO SUJEITO DE SUA HISTÓRIA Rosivalda dos Santos Barreto (UFC) Nadja de Souza Castro (SMSF) Este texto objetiva sintetizar a história do índio no Brasil no que toca as relações iniciais com os colonizadores, conseqüências desta para esta população apontando brevemente as leis promulgadas no curso da história aos dias atuais, isto por não garantirem integralmente os direitos dos povos indígenas; sinalizar questões referentes a educação destas população desmistificando o papel da Igreja e do Estado na “civilização” dos índios dando indicativos de como pode ser aplicada a Lei 10.639/08 a ser implementada nas escolas para promover o conhecimento da população índia e não-índia, bem como da diversidade de línguas faladas e da população atual de índios no Brasil. O trabalho se desenvolverá da seguinte forma: “Descoberta” do Brasil e conversão dos gentios; legislação promotora da emancipação; resistência, insurreições e alianças indígenas; o papel do Estado e o índio; a Lei 11.645/08 na escola. Assim apresentarei o panorama da realidade populacional indígena, a responsabilidade do Estado com a educação e políticas reparatórias para estes que não significaram ganhos reais e ao não índio o conhecimento da sua história de não subalternização destes. Quanto à escola em sua prática curricular destacar a importância desta população para a igualdade na sociedade pelo respeito que esta tem pela diversidade. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil REPRESENTAÇÕES DO ÍNDIO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE IDENTIDADES Diogo Francisco Cruz Monteiro (UFS) O ensaio que segue analisa as formas como os índios são representados nos livros didáticos de história, estabelecendo um diálogo entre os discursos sobre a identidade indígena construídos pelos autores dos livros escolares e aqueles elaborados pelos próprios índios, as identidades que se processam pelas tensões geradas entre as auto-identificações dos grupos indígenas e as denominações que lhes são atribuídas. Dialogaremos com os conceitos de representação, identidade e fronteiras étnicas elaborados, respectivamente, por Michel Foucault, Frank Nilton Marcon e Fredrik Barth. Cumprimos os procedimentos de levantamento e análise de conteúdo dos textos das fontes bibliográficas de referência, produções acadêmicas e livros didáticos. Os livros didáticos de história perpetuam um olhar externo (colonizador) sobre as representações dos povos indígenas. O índio é observado como indivíduo com limitada capacidade de ação, sem presente e expectativa de futuro. Para a reversão deste quadro, aponta-se a necessidade de constante diálogo entre os resultados das recentes pesquisas acadêmicas nas áreas de antropologia e história e a produção da escrita didática da história, além do incentivo aos professores e gestores do ensino básico para a participação em atividades de formação continuada nas universidades. Portanto, além destas alternativas, a retomada do orgulho de ser índio, a luta dos povos indígenas pela reafirmação e fortalecimento de suas identidades, como propõem as lideranças de suas organizações sociais, deve ser levada em consideração no ensino e nos livros didáticos de história, para um tratamento mais adequado das culturas indígenas nas escolas não-indígenas. Palavras-chave: Livro didático, representação, índio. AUTONOMIA POLÍTICA E MÉTODOS LOCAIS DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO ATER XUKURU Fernando Barros Jr. (UFPE) Atualmente os Xukuru do Ororubá se encontram localizados no agreste pernambucano, principalmente na cidade de Pesqueira. Após sistemáticas tentativas de supressão dos traços culturais que os distinguem da população circunvizinha e da apropriação das suas terras, na década de 1980 foi dado início a articulações que possibilitaram a homologação do título da terra em 2001. Durante todo esse processo, dois elementos se mostraram de fundamental importância para a restituição de uma ordem social e garantia dos direitos básicos previstos na constituição: a organização política por meio de conselhos; e a composição de alianças com organizações que propunham ajuda ao povo. Da junção desses fatores surgiram vários conselhos – como os de lideranças, educação e saúde – que geraram uma imagem de organização democrática e horizontalizada. No decorrer da pesquisa de mestrado, realizada entre os anos de 2008-2010, foi possível perceber a intenção explícita de um grupo significativamente grande, liderados pelo cacique, que buscam prioritariamente a autonomia política da etnia. Desta maneira, organizações como o COPIXO (Conselho de Professores Indígenas Xukuru do Ororubá) existente desde 1996, passam a ser percebidos como fortemente influenciados pelas parcerias externas e consequentemente em conflito com as atuais pretensões do grupo. Com essa comunicação oral, pretendo debater as questões resultantes desses conflitos de interesse, além de buscar compreender o surgimento de outras estruturas organizativas como a Jupago, que mesmo não se propondo substituir as organizações anteriores, objetivam desenvolver métodos educacionais de acordo com princípios locais em oposição ao que compreendem ser o modelo executado pelo COPIXO. Palavras-chave: política educacional, autonomia, saber local. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ET 12 – GEOGRAFIA, IDENTIDADES E DIVERSIDADES A IDENTIDADE SERGIPANA NO TEXTO DE MANUEL DOS PASSOS E OLIVEIRA TELLES QUE TRATAM DAS QUESTÕES DE LIMITES TERRITORIAIS ENTRE SERGIPE E A BAHIA (1900-1930) Antônio Lindvaldo Sousa (UFS) Taiane Almeida do Nascimento (UFS) Este estudo tem como objeto de análise A Identidade Sergipana no Texto de Manuel dos Passos e Oliveira Telles que Tratam das Questões de Limites Territoriais entre Sergipe e a Bahia (19001930). Para tanto, investigamos a definição de identidade sergipana trazida pelo autor, as principais características desta e, os motivos que os levaram a expansão dos limites territoriais, destacando as relações políticas, físicas e sociais desse período e como essa identidade se reflete hoje. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica realizada em livros, artigos. Os resultados obtidos revelaram que autor traz uma concepção iluminista de identidade, que ressalta o progresso e uma visão romântica do ser sergipano, tendo em vista as condições de vida do sergipano. Embora houvesse o contexto político, social e econômico diferente de outras regiões brasileiras, não havia esse reconhecimento. A construção da identidade Sergipana perpassa uma visão social de mundo do homem Sergipano como algo nuclear e desconsidera a fragmentação, a desconcentração da identidade sergipana, reflete nos dias atuais na identidade atribuída do sergipano. Palavras-chave: Identidade, Território, Sergipano A RELAÇÃO DO CAMPONÊS COM A TERRA: UMA IDENTIDADE PARA ALÉM DA PROPRIEDADE PRIVADA Lucas Oliveira Morais (UFS) É pertinente analisar a relação existente entre os camponeses e a terra, pois numa sociedade capitalista estes ainda mantêm uma relação com a terra que perpassa o fato de serem proprietários desta, de ter o titulo de proprietário, a grande importância em ter a terra está no fato de poder produzir independente de um patrão. Esse é um dos fatores que faz existir um elevado numero de lutas camponesas pela reforma agrária no Brasil. Com o objetivo de analisar e explicar como se dá essa relação entre os camponeses e a terra. E para entender esse processo a metodologia foi sustentada por duas frentes: a investigação bibliográfica, e a realização de um trabalho de campo, buscando por meio de entrevistas informais coletar as informações necessárias para a construção do presente artigo. É importante salientar ainda que essa identidade que o camponês estabelece com a terra não é um fenômeno presente somente na atualidade, se faz presente em toda a história de luta e resistência dessa classe. Cabe destacar ainda que o principal contribuinte para a existência e permanência dessa identidade está no fato da terra possibilitar a sua reprodução, pois é dela que o camponês extrai a renda que ajuda a sustentar sua família. É por isso que apesar de varias dificuldades que os camponeses enfrentam, principalmente camponeses assentados, eles afirmam que tem uma condição de vida melhor devido ao acesso á terra. Palavras-chave: Camponês, Identidade e Terra PROPRIEDADE CAMPONESA: TERRA DE VIDA E TRABALHO Carlos Anderson Nascimento (UFS) Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS) O presente estudo pretende refletir sobre a propriedade camponesa que, para estes pesquisadores, aparece como terra de vida e trabalho. Acreditamos que a base, por sua vez, fundamenta-se numa economia moral amalgamada a uma ordem moral anticapitalista que se encontra nos interstícios da economia e da ordem capitalista, ou seja, como contradição. A questão camponesa no capitalismo, não é explicável por meio das categorias da economia capitalista ou da economia estatal. Numa economia natural, a atividade econômica camponesa é Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil denominada pela exigência de satisfazer as necessidades de cada unidade de produção, que é ao mesmo tempo uma unidade de consumo. Além disso, a divisão do trabalho camponês entre atividades agrícolas e não agrícolas, não é simplesmente determinada pela disponibilidade de terra para trabalho e sim, pelo mercado. Neste rol de investigações, o espaço agrário deve ser considerado como um conjunto indissociável do qual participam, de um lado, certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais e, de outro lado, a vida que os anima ou aquilo que lhes dá vida. Isto é a sociedade em movimento. Sendo assim, numa escala local/territorial poderemos destacar o território como uma produção social, imbricado relacionalmente pela historicidade e conflitualidade inerente a toda esfera do corpo social. Ou seja, no Pov. Cajarana é possível verificar camponeses proprietários inseridos dialeticamente no mundo “moderno” carregando consigo a problemática da terra e do território no capitalismo. O resultado tem sido um território em disputa! Palavras-chave: Propriedade camponesa, Modo de vida, Conflitualidade, Capitalismo. A DIVERSIDADE CULTURAL NO MEIO GEOGRÁFICO Eliene Domingas de Souza (UFS) Josefa Edilani de Souza (UFS) Este artigo pretende ser uma contribuição das discussões relacionadas às novas facetas dos processos sócio-culturais. Pois nas últimas décadas o processo sócio-cultural, unido, as várias e diferentes formas de cultura, vem sendo um ponto de partida para uma nova maneira de olhar, a exemplo do agir, pensar e se comportar das classes sociais. Tem esse texto, como principal propósito, abordar as noções de costume, tradição e cultura a partir de uma apreciação geográfica. Além desse objetivo, questionar-se-á aqui o significado de espaço cultural e geográfico, bem como a possível existência efetiva de um fundamento geográfico/cultural na constituição das individualidades contemporâneas. Por último, e não menos importante, a leitura desses eventos relacionará breves idéias a respeito da utilização dessas noções no estudo do espaço humano, enquanto ambiente culturalmente constituído. Após tais elementos seguiram-se procedimentos como: obtenção de informações pela realização de revisão bibliográfica, descrição de aspectos relativos às diferentes concepções. Tal pesquisa desenvolveu-se a partir da investigação em instituições acadêmicas associadas ao levantamento bibliográfico e eletrônico. Por tais constatações, se conclui que este estudo junto à imediata análise do espaço de distribuição da cultura e sua população compreende a um contructo humano, apresentando um maior teor de organização quando definido geograficamente no ambiente. Palavras-chave: Geografia, diversidade cultural, costumes, tradição RESISTÊNCIA CAMPONESA FRENTE A UMA LUTA IDENTITÁRIA Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS) Carlos Anderson Nascimento (UFS) Entender o camponês enquanto “modo de vida” Shanin 2008, é observar um segmento social de identidade própria em um contexto de deturpação e homogeneização de identidades sociais. A própria terra a qual desde meados do século XIX passou a ser sinônimo de mercadoria, possui um valor todo diferente aos olhos dos camponeses, possuindo para os mesmos o valor trabalho, em contrapartida a visão capitalista que coloca a terra enquanto mero valor de troca. As diferenças de compreensão da realidade concreta são os grandes definidores da identidade camponesa visto que “aquilo que os seres humanos têm em comum é a capacidade para se diferenciar uns dos outros” (LAPLANTINE 2006). É no campo que se ouvi uma palavra raramente ouvida entre os operários urbanos, a palavra liberdade. A acepção de liberdade entendida pelos camponeses perpassa por uma concepção que se contrapõe a ilusória noção político burguesa, sendo entendida enquanto possibilidade de realização do indivíduo enquanto portador de seus sonhos e aspirações, que na maioria das vezes se realiza com a conquista de seu pedaço de “chão”. Palavras-chave: Camponês, identidade, liberdade. HISTÓRIAS DE VIDA E MEMÓRIA AMBIENTAL Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O presente trabalho analisa a relevância das histórias de vida de membros de diferentes tipos de agrupamentos humanos (comunidades e/ou grupos sociais) na constituição de um campo de conhecimento interdisciplinar denominado memória ambiental. Busca-se dar visibilidade às contribuições da abordagem (auto) biográfica no campo da pesquisa sobre meio ambiente e desenvolvimento, destacando a história de vida como instrumento de pesquisa no campo das ciências humanas e sociais. Os principais autores utilizados são Lejeune (2005), Dominicé (2000), Le Grand (1993, 2000), Pineau (1989, 2000), Gualejac (1989), Berteaux (1997), Josso (2005). O problema central do estudo é a potencialidade das histórias de vida se constituir como elemento teórico-metodológico relevante, pertinente e significante para os estudos de natureza interdisciplinar ligados à memória social local, ao desenvolvimento regional, à história social do lugar e suas relações com diferentes enfoques teórico-metodológicos de natureza qualitativa dispostos aos estudos sobre desenvolvimento e meio ambiente. A opção metodológica da pesquisa é de natureza empírica, documental e bibliográfica. O projeto envolve diferentes problemáticas de pesquisa sistematicamente exploradas no âmbito do Programa de PósGraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFS), nos níveis de mestrado e de doutorado, distribuídos em diferentes objetos de estudo relacionados à questão (auto) biográfica, memória social e experiência de vida-formação. Os resultados esperados envolvem a construção de referencial teórico, documental, historiográfico, metodológico e memorialista que favoreça o reconhecimento das histórias de vida como elementos fundantes da vida social contemporânea, em especial, das questões relativas ao desenvolvimento e meio ambiente. Palavras-chave: Histórias de Vida, Desenvolvimento Regional, Memória Ambiental. TERRITÓRIOS DO SABER NAS HISTÓRIAS DE VIDA PROFISSIONAL DE EGRESSOS (PRODEMA/UFS - 1997-2010) Najó Glória dos Santos (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) A pesquisa tem como objetivo analisar a trajetória de vida profissional dos egressos do curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Sergipe. O período do estudo é de 1997 a 2010. Trata-se da identificação de elementos que constituíram as “trajetórias” de vida profissional dos alunos egressos mediante o registro das histórias de vida profissional de dez participantes da pesquisa cujas trajetórias profissionais são marcadas por fatores que contribuíram para suas escolhas relativas à área da pós-graduação, formação acadêmica e o mercado de trabalho. A base teórica da pesquisa tem como suporte as abordagens (auto) biográficas, na microssociologia do trabalho e na interdisciplinaridade. A metodologia é de natureza mista: qualitativa e quantitativa. Os principais instrumentos utilizados são: questionário fechado, entrevistas semidirigidas, fontes documentais e relatos autobiográficos. Os resultados esperados desse estudo concentram-se na possibilidade de mapear as repercussões sociais e científicas da formação interdisciplinar nas trajetórias de vidas e nas trajetórias profissionais de egressos ligados ao Núcleo de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Palavras-chave: Histórias de Vida. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Egressos MEMÓRIA, IMAGINÁRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS HISTÓRIAS DE PESCADORES RIBEIRINHOS DE ILHA DAS FLORES, SERGIPE, BRASIL Maracy Pereira (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) O objetivo do artigo é analisar as memórias coletivas dos pescadores ribeirinhos da cidade de Ilha das Flores, Sergipe. Trata-se do estudo sobre elementos da memória e do imaginário social dos pescadores ribeirinhos de Ilha das Flores (SE) que se apresentam nas narrativas de vida da comunidade de pescadores a respeito do desenvolvimento regional, considerando a cultura e a economia local. Tais narrativas são percebidas através das histórias de vida dos pescadores de modo a redimensionar no âmbito das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional. Participam desse estudo quarenta pescadores. A pesquisa tem como base a etnografia de base Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil qualitativa. Os principais instrumentos são os relatos orais de vida, as entrevistas semidirigidas e o grupo nominal ou focal. Espera-se como resultado dessa pesquisa contribuir para a valorização das histórias de vida e do conjunto de saberes da experiência como fontes seminais de (re)leituras sobre a problemática social mais ampla, em especial, para o campo interdisciplinar de estudos em desenvolvimento e meio ambiente. Palavras-chave: Memórias Coletivas, Histórias, Natureza. MEMÓRIA E PERTENCIMENTO NA HISTÓRIA SOCIAL DO LUGAR UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO REGIONAL ATRAVÉS DA EXPANSÃO HABITACIONAL NO BAIRRO ATALAIA, ARACAJU, SERGIPE Anésia Sá dos Santos Menezes (UFS) Antônio Vital Menezes de Souza (UFS) Esta pesquisa tem como objeto de estudo as relações entre memória, pertencimento e a história social do lugar através do processo de expansão habitacional no bairro Atalaia, Aracaju, Sergipe. Nesse sentido, a pesquisa direciona-se para a compreensão dos elementos constitutivos da história social do lugar, identificando a memória coletiva de moradores sexagenários através de relatos orais temáticos, direcionados aos processos de expansão urbana habitacional, ocorridos nos últimos 30 anos, analisando as políticas públicas de desenvolvimento regional e suas relações com o desenvolvimento local sustentável. A abordagem teórica sobre o tema é demarcada pela natureza interdisciplinar de pesquisa. Fazem parte da pesquisa dez moradores sexagenários do bairro Atalaia, na cidade de Aracaju, Sergipe. A metodologia da pesquisa se insere no paradigma interpretativo/qualitativo e no método etnográfico, recorrendo-se às abordagens biográficas e à história oral. Os principais instrumentos utilizados na coleta de informações serão entrevistas semidirigidas, relatos orais de vida, além de levantamento de fontes documentais como registros fotográficos e fontes judiciais. Os principais resultados esperados é explicitar as relações existentes entre a produção da história social do lugar e a memória coletiva dos moradores da região estudada, destacando a influência dos elementos socioculturais relevantes na produção da história social do lugar como importantes elementos heurísticos para o campo dos estudos interdisciplinares em ciências do ambiente. Por fim, esta pesquisa considera a relevância da memória coletiva na promoção de políticas públicas que provoquem o desenvolvimento local sustentável. Palavras-chave: Memória. História Social do Lugar. Desenvolvimento Local Urbano ET 13 – INCLUSÃO E DIVERSIDADE: IDENTIDADES, QUESTÕES E DESAFIOS EXCLUSÃO SOCIAL E DEFICIÊNCIA: ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS, CORPOS E NARRATIVAS Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (UFS) Esta comunicação tem como objetivo refletir sobre a relação entre corpo, emoções e deficiência. A apresentação busca contrastar os discursos sobre deficiência, exclusão e inclusão social com as práticas cotidianas e narrativas de indivíduos cegos moradores de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O objetivo central é discutir o “corpo deficiente” para além da posição de um corpo não-legítimo em relação às noções e imagens do que seria o “corpo perfeito” em uma perspectiva crítica aos modelos de abordagem propostos nas áreas biomédicas e nos estudos sobre a deficiência voltados unicamente aos discursos. O corpo é aqui compreendido como elemento de apreensão e expressão dos processos de configuração das memórias, do enraizamento das experiências e das identidades de grupos sociais em situação de exclusão. A discussão se dá em torno das tensões do jogo da exclusão e da socialização, dos interditos e das pertenças, das distinções e semelhanças reveladas nas interpretações dos sujeitos sobre suas experiências pessoais e coletivas. As análises são direcionadas às dinâmicas da exclusão, das articulações possíveis e do enraizamento das memórias em um centro urbano. Assim, as práticas cotidianas Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil dos sujeitos e as emoções expressas nas suas narrativas são os elementos reveladores dos processos de exclusão no jogo social. Palavras-chave: corpo, emoções, narrativas, deficiência, exclusão social. GESTÃO DEOCRÁTICA NA ESCOLA Josefa Edilani de Souza (UFS) Maria Domingas dos Santos (UFS) Eliene Domingas de Souza (UNIT) O presente artigo tem como finalidade analisar a escola pública, considerando a gestão no que se refere a sua condução e inclusão dos que compõe a comunidade escolar. Esse trabalho resulta de reflexões sobre a leitura de autores que apresentam a discussão do tema, realizou-se uma pesquisa de campo, no qual foi aplicado um questionário à comunidade escolar. O método utilizado foi o dialético por acreditar explicar melhor a realidade. A gestão participativa é vista como condição necessária para o desenvolvimento de uma administração voltada a atender os interesses da sociedade. Uma administração que esteja preocupada com as necessidades sociais e políticas dos trabalhadores, possibilitando com isso a participação de todos os que compõem a comunidade escolar nas decisões tomadas no âmbito educacional, através de uma relação entre o local e o global possibilitando assim uma melhor compreensão dos conteúdos apresentados. Assim a escola estaria mais articulada à camada trabalhadora, sendo mais fácil alcançar a transformação social que é posta como papel das escolas, Essa consciência critica permite uma melhor articulação entre a comunidade e a escola de modo que as ações desempenhadas no âmbito escolar estejam voltadas a atender os interesses comunitários. A implantação de um sistema de ensino democrático nas escolas torna-se importante, pois com essa democratização a escola pode vir a atingir a sua função especifica que é o ensino voltado a formar para a cidadania. Palavras-chave: gestão democrática, escola, participação. SURDOS E CIDADANIA: UMA TRAJETÓRIA DE DESAFIOS NA BUSCA DA PRÁXIS INCLUSIVA Edna Maria dos Santos (IFS) A construção de uma sociedade inclusiva tem como base a valorização da diversidade. Neste sentido, a escola é um espaço que tem muito a contribuir com isso, visto que, por atender diferentes alunos com características peculiares é responsável pela formação dos sujeitos em todos os seus aspectos. E, por ser um lugar de aprendizagem, de diferenças e de trocas de conhecimento, precisa, portanto atender a todos sem distinção, a fim de não promover discriminações e exclusões. Convicta disto, o presente artigo relata a inclusão de alunos surdos da E. E. Vicente Machado Menezes do município de Itabaiana/SE. A princípio contextualiza-se a execução do projeto: Surdos X Ouvintes e as dificuldades de relacionamento realizado com o intuito de detectar e analisar as causas que interferiam na comunicação e integração dos alunos na troca de experiência. Em seguida, apresenta-se um perfil da referida escola desde então destacando os desafios, os impasses e conquistas em sua trajetória até os dias atuais na busca da práxis inclusiva focando o respeito às diferenças e as especificidades dos alunos sem distinção vivenciando a diversidade. Assim, a realização dessa experiência colaborou não só para uma mudança de postura da escola em sua prática pedagógica bem como um novo olhar para a construção de uma filosofia educativa pautada nos direitos de todos – cidadania. Palavras-chave: Surdo. Inclusão. Diversidade. Práticas Inclusivas. O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA PESSOAS CEGAS, UM DESAFIO PARA A INCLUSÃO NA ERA DIGITAL Vânia Queline Correia dos Santos (FJAV/FAMA) Márcia Elisiario Fontes ( FJAV/FAMA) Este trabalho tem o propósito de oferecer alguns subsídios que contribuam para o ensino de Língua Inglesa de pessoas com deficiência visual. Além disso, ele vem mostrar como a utilização do computador pode ser uma ferramenta didático-pedagógica importante nas aulas de Inglês, uma vez que a internet se torna, a cada dia, um dos veículos de comunicação mais utilizados sendo Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil uma grande aliada para o processo inclusivo de deficientes visuais. Este estudo justifica-se pela escassez de informações existentes a respeito desse assunto, e pela necessidade de contribuir para as pesquisas nessa área. Trata-se, pois, de um estudo baseado em pesquisa bibliográfica. Palavras-chave: Língua Inglesa, Inclusão escolar, Cegueira, recursos tecnológicos ET 14 – IDENTIDADES, RELAÇÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO CIVILIDADE, MODELOS E PADRÕES: A ESCOLA MODERNA E SUAS PRODUÇÕES Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Diego Prado de Melo (FPD) Este texto foca a constituição da escola da modernidade, a partir de uma leitura crítica dos conceitos nas obras dos pensadores da educação como movimento para formação dos homens cidadãos e a conseqüente preparação destes para sua inserção na sociedade capitalista. Esta idealização de cidadania projetada nas escolas e nas demais instituições disciplinares se associa à relação do processo educativo como mecanismo de civilidade e desenvolvimento socialeconômico. A partir desta discussão, analisamos como se desenvolveu a escola ao longo da modernidade, quais principais funções dela enquanto instituição disciplinar e modelar e como a moral se constitui presente nas relações de cidadania, principalmente na construção da matriz heteronormativa que, dentro das dinâmicas e do cotidiano escolar, marcará a produção de variados modelos, associados aos argumentos pedagógicos, psicológicos e médicos para estabelecimento de uma moral sexual “civilizada” e, produzindo uma série de modelos que, propagados na sociedade, tornam-se argumentos para as violências diretas e indiretas, contra aqueles não alinhados à sexualidade modelar adotada no contexto escolar. Palavras-Chaves: Escola, Modernidade, Modelos, Heteronormatividade GÊNERO NA ESCOLA: UM DIÁLOGO COM DOCENTES DA REDE MUNICIPAL DE ITABAIANA Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS) Maria Batista Lima (UFS) Diversas pesquisas apontam que a identidade de gênero é construída a partir das relações sociais e culturais que são estabelecidas desde a infância. A família e a/o professor/a assumem um papel importante neste processo, pois é nos primeiros anos de vida que a criança começa a perceber a diferença entre o feminino e o masculino. E nesse processo de vida a escola tem um tempoespaço importante já que é na escola que o/a professor/a começa a desenvolver um trabalho com as crianças a partir de atividades lúdicas, acredita-se que na medida em que a criança desenvolve o conceito de gênero aprende o que acompanha ou deve acompanhar essas identidades. Na escola uma série de materiais faz parte dessa construção da identidade de gênero, como os livros, as gravuras, os brinquedos, os textos, etc. Mas principalmente a postura docente na escolha e na abordagem desses materiais. E essa postura vai ser definida pela forma como esses profissionais pensam esses conceitos. Por isso este trabalho problematiza concepções sobre relações de gênero apresentadas por dez professoras de ensino fundamental da rede pública de ensino de Itabaiana – SE. No nosso entender, professores e professoras devem estar atentos a necessidade de trabalhar esses conceitos em sala de aula, tendo em vista o papel da educação na construção de uma sociedade mais justa. Palavras-chave: Relações de Gênero, Práticas Escolares, Identidades LIBERDADES CONTROLADAS E VIOLÊNCIAS COSTUMEIRAS: PRÉ-CONCEITOS E SINGULARIDADES Diego Prado de Melo (FPD) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil A produção deste artigo parte de um olhar que possibilite discutir o que é sexualidade, diferenciando a discussão de gênero da de orientação sexual. Do mesmo modo, propomos visualizar quais referenciais teóricos discutem a questão das diferentes sexualidades, fora dos padrões normativos modelares, na rotina escolar e como estas se inserem na produção de subjetividades e identidades singulares no âmbito da escola. Buscando entender como hoje se encontra a questão da homossexualidade na sala de aula e nos espaços escolares, quais discursos estão sendo difundidos e como se tem dado este confronto com a heteronormatividade modelar, quais são as rotas de fuga, quais são os mecanismos de apresentação e de defesa adotada pelos homossexuais face às crescentes violências e preconceitos existentes na sociedade. Além disso, abordamos a questão dos diferentes estudos que hoje marcam a discussão acerca da relação identitária constante nas manifestações sexuais presentes na escola. Estes entendimentos permitem analisar como se dá a manutenção de um modelo escolar (e social) onde as liberdades e a própria manifestação singular são disciplinadas e controladas e como as violências se tornam costumeiras e alimentadas por uma tênue rede de preconceitos permanentemente alimentados pelas lógicas modelares excludentes. Palavras-chave: Identidade, Gênero, Heteronormatividade, Violência O MÉTODO ESCOTEIRO PARA MENINAS: A ADEQUAÇÃO DAS PRÁTICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA CO-EDUCAÇÃO NO ESCOTISMO BRASILEIRO Aldenise Cordeiro Santos (UFS) Anthony Fábio Torres Santana (UNIT) Este artigo trata das alterações empreendidas ao método escoteiro para adaptar-se a presença feminina. O movimento criado por Baden-Powell, em 1907, propunha atividades de educação extra-escolar para meninos. Desta forma, com a expansão da prática escoteira, o escotismo ganhou adeptos em diversas partes do mundo, e despertou o interesse de meninas. A presença mútua de escoteiros e escoteiras tornou-se a discussão em voga no universo escoteiro. A fraternidade percebeu que a melhor forma de adequar-se a realidade seria a transição para um movimento co-educacional ou de educação mista a partir do processo de co-educação desenvolvido pelo escotismo no mundo. No Brasil esta implantação se deu entre os anos de 1979 a 1985. Este texto tem por objetivo analisar a adequação do método escoteiro a implantação da co-educação no movimento brasileiro. Realizamos uma análise de documentos que subsidiaram as discussões acerca da implantação da co-educação no movimento escoteiro, bem como os textos específicos que tratam do método, orientada por uma pesquisa bibliográfica relativa ao objeto estudado. A co-educação no escotismo brasileiro procurou rever a dissonância de realidades de meninos e meninas que viviam mutuamente em suas casas, no escotismo seus sexos os delimitavam enquanto bandeirantes ou escoteiros. Nesta transposição as formas de aplicação foram revistas dando margem à elaboração de práticas voltadas atividades que comportavam ambos os sexos. Palavras – Chaves: Escotismo brasileiro – co-educação – questões de gênero – feminino REDISTRIBUIÇÃO E RECONHECIMENTO DE GÊNERO: DIÁLOGO ENTRE NANCY FRASER E AXEL HONNETH Alfrancio Ferreira Dias (UFS) Maria Helena Santana Cruz (UFS) As teorias feministas de gênero passaram nas ultimas décadas para uma concepção pósmarxistas a partir dos novos estudos da cultura e na identidade, baseando-se no movimento de redistribuição para o de reconhecimento. Essa comunicação mostra esse processo de mudança de paradigma. Nele não se procura uma análise de gênero ampla o bastante para abrigar todas as variedades das preocupações feministas. Mostra a concepção de justiça de Nancy Fraser que abrange tanto a redistribuição quando o reconhecimento, pois reparar a injustiça certamente requer uma política de reconhecimento. Traz a ideia de Reconhecimento de Axel Honneth que Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil estabelece os padrões de reconhecimento inter-sugestivo: o amor (que gera autoconfiança – amizade, relações no trabalho), o direito (auto-respeito) e a solidariedade (auto-estima reconhecimento, interação social). Conclui-se numa tentativa de dialogar os conceitos de redistribuição e reconhecimento de Fraser e Honneth para contribuir na correção da má redistribuição ou o não reconhecimento de gênero. Palavras-chave: Redistribuição; Reconhecimento; Feminismo; Gênero REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NO CONTEÚDO E EM ILUSTRAÇÕES DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PRIMEIRO CICLO (1º AO 5º ANOS) Tatiane Frutuoso dos Santos (UFS) Jiselda Meirielly de França (UFS) Maria Batista Lima (UFS) O artigo faz uma análise preliminar no que se refere aos discursos sobre gênero presente nos livros didáticos de Língua Portuguesa de 1º ao 5º anos, que fazem parte do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). Dentro dessa vertente analisamos as imagens e os discursos presentes nos livros didáticos que são relevantes para o ensino das crianças nesse ciclo, sendo muita das vezes a principal referência para professores/as e alunos/as. A problemática busca nas imagens e nos discursos a posição da figura feminina e masculina na sociedade, mostrando que a identidade atribuída à mulher é inferiorizada em relação ao homem. Esse meio de comunicação imagem/escrita, geralmente expõe experiências do cotidiano da sociedade de uma forma restrita e disfarçada da realidade, enfatizando as concepções fixas e homogêneas, desconsiderando que o indivíduo é resultado de mudanças e transformações. É relevante explanar que partindo da construção dos discursos, espera-se que a escola propicie um conhecimento aos discentes que seja capaz de combater a visão estereotipada em relação à mulher. Palavras-chave: gênero, estereótipo, livro didático. ET 15 – PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS NA ESCOLA ESTEREÓTIPOS E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA Joelma Jares de Freitas Bispo (UFS) Joilson Pereira da Silva (UFS) A alteração dos métodos de ensino e o aumento do grau de exigência têm, muitas vezes, dado um agravamento das dificuldades sentidas pelos alunos e naturalmente uma diminuição da motivação para estudar matemática. O presente trabalho tem como objetivo observar atitudes e estereótipos na escola pública em relação à disciplina matemática. O estudo analisado se deu a partir da vivência dos alunos no local de estudo enfocando a necessidade da transformação da visão linear e simplesmente de um mundo competitivo para a visão da complexidade que, sob o enfoque deste trabalho propicia novas lógicas para novas motivações no ensino da matemática. A amostra foi constituída por 50 alunos de ambos os sexos. De acordo com os resultados se pode constatar que as estudantes apresentavam maiores estereótipos que os estudantes, conseqüentemente, as mesmas também apresentavam menor motivação em estudar e assistir aula da disciplina. Também se observou que a didática e atitude do professor era de fundamental importância na representação dos alunos sobre os estereótipos construídos sobre a disciplina de matemática. Deste modo, nota-se que os estereótipos mais comuns construídos na escola, principalmente sobre algumas disciplinas, podem refletir na aprendizagem e motivação do estudante sobre as mesmas, em muitos casos, perpetuando o fracasso escolar. Palavra- chave: Estereótipo, Motivação, Ensino de Matemática Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil NEGRO, EU? REPRESENTAÇÕES DE SI, ESTEREÓTIPOS E O BULLYING NA ESCOLA DO OVÓ II – TUCANO-BA Maximiano Martins de Meireles (UNEB/UEFS) O presente texto evidencia os resultados da pesquisa que objetivou investigar as representações dos estudantes negros sobre si, os preconceitos e a prática do bullying na escola. O estudo tomou como aporte teórico, no âmbito dos estudos étnico-raciais, as contribuições de Fanon (1983), Fazzi (2006), Silva (2001, 2005), Ribeiro (1996) e, no que tange ao fenômeno bullying, Beaudion (2006) e Fante (2005). A postura epistemológica foi de natureza qualitativa, com o método da Análise do Discurso- baseado nas noções de descentralização do sujeito da enunciação e de intertextualidade. O lócus da investigação foi a Escola Municipal São Marcos - no Ovó II - zona rural do município de Tucano-BA, com a participação de 70 estudantes negros. Para recolha dos dados, realizamos observações das interações discursivas e das relações entre os estudantes em sala de aula e no recreio, além do grupo focal, oficinas e rodas de leitura e conversa. Foi possível identificar a espontaneidade com que os estudantes negros comentam e assumem uma posição negativamente privilegiada, por meio de um processo de assimilação da imagem produzida pelo estereótipo e o quanto essas representações implicam nas práticas de bullying. Os resultados apontam a necessidade da escola contribuir no processo de reconstrução das identidades dos estudantes a partir de propostas educacionais que tenham como referência os Estudos Culturais Hall e Silva (2007); Mclaren (1997), Moreira e Macedo (2002), no intuito de superar o daltonismo cultural, construindo uma cultura pedagógica assentadas nas relações interculturais de respeito e valorização da etnia negra. Palavras-chave: bullying; escola; estereótipos; etnicorracial; preconceitos COTAS RACIAIS E RACISMO NA ESCOLA Aldeane de Jesus Guedes (UFS) Maria Cristina Santos Teixeira (UFS) Joilson Pereira da Silva (UFS) A teoria do branqueamento está disseminada em nossas escolas. Infelizmente, neste local onde na teoria deveria priorizar a democracia racial, é propagado o pensamento da classe dominante, tornando o ensino brasileiro preconceituoso e excludente, ou seja, embora ele deva se preocupar em não reproduzir estereótipos, na prática não é bem o que acontece. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo mostrar o preconceito racial representado nas escolas do município de Itabaiana-SE, evidenciando as desigualdades raciais que ainda persiste no ambiente escolar. A amostra do estudo foi constituída por 100 sujeitos de ambos os sexos da rede privada e pública de ensino. De acordo com os resultados se verificou que 70% dos entrevistados eram contra as cotas, também foi possível observar a problemática racial no contexto da sala de aula, ou seja, a falta de maiores reflexões sobre essa temática pelos educadores, dificultando a auto-aceitação dos jovens diante de sua condição racial. Neste sentido, pode-se notar que a dificuldade da autoaceitação pode ser gerada de um possível comprometimento de sua identidade, por causa de atribuições negativas provindas de seu grupo social. Deste modo a escola difunde ideologias e conceitos buscando valorizar o negro, pois o sistema educacional garante às crianças e jovens afro-descendentes, certo tratamento no qual dificulta e pode impedir a permanência deste na escola, obstruindo seu sucesso escolar. Palavras-chave: Escola, Racismo, Cotas Raciais BULLYING: UM ESTUDO DE CASO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO Dayane dos Santos Trindade (UFS) Genilde Tavares Brito Joseilde Tavares Brito Marileide Soares Bezerra Santos Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O presente trabalho tem como objetivo investigar e relatar o fenômeno bullying que é encontrado em toda e qualquer Escola, não sendo, portanto, restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana e tem como característica principal a violência oculta. Este trabalho visa identificar esse comportamento em alguns alunos da rede municipal de ensino no município de Itabaiana, tentando assim identificar como esses comportamentos agressivos afetam a educação escolar das vitimas e como a instituição de ensino lida com este problema. A pesquisa tem um caráter quantitativo e qualitativo onde a aplicação de questionário foi utilizada para a construção de gráficos que auxiliem no entendimento da problemática dentro da escola. Os pesquisados estudam nas séries iniciais do ensino fundamental, onde a maior parte dos entrevistados são do sexo masculino, com faixa etária entre 10 a 11 anos. Muitas crianças e adolescentes vítimas de bullying desenvolvem alguns sentimentos e angustias que geralmente provoca intensas vulnerabilidades a convivência em sociedade, uma vez que estudos mostram que uma criança ou adolescente que sofre este tipo de agressão não possui uma vida adulta ativa, torna-se um adulto conflituoso muitas vezes tornam-se pessoas de difícil convivência. Palavras-chave: bullying, escola, comportamento. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ET 16 - HISTÓRIA, RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO RACIAL Andréa Tavares de Jesus (UFS) Edson Nunes de Souza(UFS) Fábio Ferreira Santos (UFS) O presente trabalho tem o objetivo de analisar a situação atual da população dos negros em três diferentes países, Brasil, África do Sul e EUA.. Esta análise tem como parâmetro, identificar de que maneira se perpetuam as relações discriminatórias, seja em relação ao emprego, ao sistema educacional ou até a posição do negro dentro da política. Além disso, mostrar que apesar de existirem leis que punem os infratores de preconceito e discriminação racial, percebe-se que, no nosso dia a dia utilizamos termos pejorativos quando nos referirmos a indivíduos de pele negra como “seu negrinho”. A busca por incluir além do Brasil, a África do Sul é que a pesar de ser um continente de maioria negra vivenciou e vivencia o “apartheid” de forma a discriminar a posição política, social e econômica dos negros na sociedade e ao mesmo tempo ainda continua perpetuando relações escravocratas como é o caso de Serra Leoa. Já em relação aos EUA é demonstrar as práticas de segregação racial que ele realiza, seja através de bairros negros e isolados , seja na utilização de transportes públicos que há uma separação de pessoas dentro do veículo, ou ainda dentro das escolas. E vai muito além, quando nos direcionamos para a discriminação em relação a migração de pessoas de países pobres para os países ricos . Palavras-chave: Preconceito, Discriminação Racial FUGAS, ROUBOS, CONFLITOS DE ESCRAVOS E SUICIDIOS: A RESISTENCIA DE MULHERES E HOMENS NEGROS NA ARACAJU OITOCENTISTA Patrícia Abreu dos Santos (UNIT) Através da literatura percebemos que a liberdade era um objetivo a ser alcançado pelos escravos e escravas. Para conseguir tal intuito, em algumas situações, vários métodos foram utilizados na conquista dessa liberdade. Ainda há poucos estudos sobre a escravidão em Aracaju, sobretudo os que trabalham com a categoria gênero. Nosso objetivo é analisar as estratégias de resistência das escravas e dos escravos em Aracaju, no período de 1855-1888. Queremos compreender quais eram as possibilidades de resistência para essas escravas e escravos. Para isso, utilizaremos anúncios de escravos nos jornais, processos-crime, sumário de culpa. E a metodologia nessa pesquisa utilizada é o método indiciário. Entretanto, as dificuldades impostas para algumas mulheres negras e homens negros eram tamanhos que muitas deles perdiam a esperança e por fim chegavam a cometer o ato do suicídio, e nosso estudo também buscará este gesto que para alguns historiadores é analisado como um ato de resistência. Portanto, essa pesquisa pretende contribuir para a compreensão da escravidão urbana na Província sergipana, e das relações de gênero no interior da escravidão. Palavras-chave: Resistência, Mulheres Negras, Liberdade. UM POUCO DA CONTRIBUIÇÃO AFRICANA PARA MATEMÁTICA: CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA Marcelo Silva de Souza (UFS) O presente estudo tem como objetivo destacar as principais contribuições históricas da matemática pelas civilizações africanas em particular a civilização egípcia, que embora seja citada em alguns livros didáticos não é destacada como grande contribuinte no desenvolvimento e elaboração de conceitos importantes da matemática. A forma como é apresentada a história da matemática da civilização egípcia nos livros didáticos, não destaca sua localização no continente africano e reduz sua produção a um conjunto de símbolos que não são mais usados, menosprezando toda produção que influenciou e serviu de base para aprimoramento de conceitos Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil importantes na matemática até os dias de hoje. O estudo apresenta também os principais matemáticos egípcios e suas principais contribuições as particularidades e influências culturais e a contribuição do rio Nilo no direcionamento do ramo da matemática que mais seria necessário desenvolver-se. Pretende com este trabalho destacar a importância histórica que a África teve e tem na produção do conhecimento científico em particular da matemática. Palavras-chave: história da matemática – civilizações africanas – conhecimento científico ET 17 – ARTES, COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE TELENOVELA BRASILEIRA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL Isabel Cristina Rodrigues Ferreira (UFLA) O povo brasileiro tem acesso e expressa suas necessidades, preocupações e valores através de uma variedade de manifestações culturais: música, folclore, dança, religião e programas de televisão. Dentre as opções contidas na última, as telenovelas são uma das mais populares. Quando diretores e autores decidem trazer para a tela pequena assuntos que envolvem violência, sexualidade, problemas raciais e relações familiares, eles unem objetivos educacionais e de entretenimento. Ao promover discussões e ou debates sobre a cultura brasileira e internacional, as telenovelas podem e devem ser exploradas na sala de aula. Portanto, apresento esse trabalho sobre as telenovelas produzidas no Brasil porque quero mostrar como elas são importantes ferramentas educacionais para entender e discutir aspectos sociais e culturais da sociedade brasileira; para entender como elas conscientizam brasileiros sobre assuntos contemporâneos. Palavras-chave: Telenovelas; Educação; Cultura. ET 18 - COMUNIDADES QUILOMBOLAS: HISTÓRIA, CULTURA E EDUCAÇÃO COMUNIDADE QUILOMBOLA E O DESAFIO DE UMA EDUCAÇÃO COMPROMETIDA COM A SUA REALIDADE Tereza Cristina Santos Martins (UFS) A adoção do artigo 68 das ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) de 1988, estabelecendo o direito à terra das comunidades rurais remanescentes de quilombos, por um lado, retira da invisibilidade comunidades que possuem existência secular, por outro, vem desencadeando um movimento importante de comunidades rurais que, ao manter preservada a sua identidade étnica, marcada por valores afro-descendentes, buscam no dispositivo constitucional a possibilidade de obter a legalização da posse de suas terras, com base na ancestralidade afro. Na verdade, mais que a reivindicação por terra, o que vem mobilizando os grupos quilombolas é o próprio reconhecimento de sua existência atual enquanto “negros e negras”, e enquanto grupos com identidade e cultura próprias, mas com um histórico de exclusão das políticas públicas, dentre as quais a educação. Mesmo com uma mobilização social explicita de luta pelos seus direitos, as comunidade quilombolas tem o desafio de conquistar a implementação de uma educação comprometida com a sua realidade e com os seus interesses. Ora, se a Lei 10.639/03 traz para o âmbito da educação no Brasil a possibilidade de uma educação compatível com o necessário fortalecimento da identidade e cultura quilombola, no plano prático, nas escolas quilombolas, essa possibilidade ainda enfrenta muitas dificuldades. O objetivo do presente trabalho é pontuar algumas das dificuldades para a implementação da Lei 10.639/03 nas escolas das comunidades quilombolas. Trata-se de compreender os limites postos para que, de fato, a Lei 10.639/03 saia do papel e se transforme em instrumento de fortalecimento da identidade e, consequentemente, da luta quilombola. Palavras-chave: Comunidade Quilombola, educação, identidade, luta quilombola. AFRICANIDADES BRASILEIRAS: A DANÇA DE SÃO GONÇALO DE MUSSUCA Givalda Maria dos Santos Bento (UFS) Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Este artigo tem por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa sobre a dança do grupo São Gonçalo da Comunidade Quilombola de Mussuca, considerada uma das Africanidades Brasileiras mais significativas da região. Busca-se expor sua contribuição ancestral, através dos valores culturais herdados dos africanos, ainda que negados no contexto da contribuição histórica brasileira. Pretende-se ainda, contribuir com a temática das africanidades e observar qual tem sido o papel da educação em refletir sobre o pouco conhecimento que temos sobre a história afrobrasileira. A dança de São Gonçalo da comunidade Quilombola de Mussuca, localizado no Município de Laranjeiras, é uma manifestação cultural, de caráter religioso que através da memória familiar e ancestral vem atravessando séculos resistindo e se preservando, por meio das brincadeiras, vivências e tradições passadas pelas experiências que estão ligadas aos valores ancestrais coletivos como forma de manifestar e expressar suas origens simbólicas de orgulho e afirmação etnicorracial. Palavras-Chave: São Gonçalo, africanidades, relações raciais, Sergipe. ET 19 – IDENTIDADES, PRÁTICAS E FORMAÇÃO DOCENTE PIBID/UFS/ITA: INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA Lidiane Santos Gama (UFS) Gisleine Souza da Silva (UFS) Ramon de Oliveira Santana (UFS) Edinéia Tavares Lopes (UFS) O objetivo do PIBID/UFS/QUI-ITA é trabalhar junto aos professores e futuros professores de Química, de forma que os futuros docentes tenham uma maior aproximação com a realidade escolar e que essa interação tenha como eixo as discussões referentes ao ensino de Química. Pretende-se também contribuir com os professores da Educação Básica, com intuito de que de construir coletivamente propostas didáticas, de forma mais direta com o professor de química, com o intuito de conhecer/compreender as dificuldades existentes, para então poder buscar formas de melhoria na qualidade do ensino da escola (UFS, 2008b). Nesse contexto, também contribuir para a formação dos futuros professores por meio da ação e reflexão dessas práticas escolares. Tais ações se constituem como espaço de aprendizagem dos saberes necessários a atividade docente. Assim, o presente trabalho descreve algumas ações realizadas pelos bolsistas e voluntários do PIBID/UFS/QUI-ITA durante o período que compreende de Maio de 2009 até o presente momento. Palavra-Chave: PIBID/UFS/ITA, Formação Docente, Ensino de Química. PROJETO FEIRA DE ITABAIANA: RELATOS DE UMA ATIVIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR Crislaine Barreto de Gois (UFS) Antônio Carlos Pinto Oliveira (UFS) Sérgio Matos Santos (UFS) Edinéia Tavares Lopes (UFS) Este trabalho tem como objetivos apresentar as ações realizadas, por meio do PIBID, em um projeto desenvolvido no Colégio Estadual Murilo Braga e que visa desenvolver temas-problemas no processo de ensino-aprendizagem; refletir os desafios encontrados na realização dessas atividades e refletir como o desenvolvimento dessas atividades se relaciona com a formação do futuro professor de Química. A atividade a ser apresentada neste trabalho refere-se ao projeto Feira de Itabaiana: aspectos social, cultural e ambiental. Desse modo, o projeto tem como objetivo realizar, junto a um grupo de alunos dessa escola, um estudo da Feira de Itabaiana, considerando seus aspectos sociais, culturais e ambientais. Alguns professores da escola participam do desenvolvimento do projeto junto com a equipe do PIBID de Química de Itabaiana. Algumas dificuldades foram encontradas no desenvolvimento do projeto, como a participação dos professores, a organização didática-pedagógica do colégio e, consequentemente, a dinâmica escolar. Mas destaca-se que o maior desafio encontrado se refere à participação efetiva dos professores nas atividades do PIBID. Percebe-se que essas atividades de iniciação a docência Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil vem a ser um período de experiências para o futuro professor, possibilitando a proposição de um ensino de mais qualidade para os alunos da Educação Básica e um aprofundamento das experiências pedagógicas para os acadêmicos envolvidos. Nessas atividades o acadêmico, futuro professor de química, tem oportunidade de conhecer alguns dos desafios referentes à profissão, como as dificuldades e possibilidades acerca do processo de ensino aprendizagem de conteúdos químicos e a complexidade referente à dinâmica de funcionamento da realidade escolar. Palavras-chave: iniciação á docência, projeto Feira de Itabaiana, ensino de química A LEITURA DE FÁBULAS E O PROCESSO DE REESCRITA: UMA VISÃO DIAGNÓSTICA DO QUE OS ALUNOS SABEM SOBRE NARRATIVA José Ricardo Carvalho (UFS) Aline de Araujo Santos (UFS) O ato de narrar se configura como uma prática social milenar transmitida de geração para geração. Diferentes sociedades para compreender a sua existência e registrar experiências reais e fictícias vividas pela coletividade elaboram, por meio da linguagem verbal oral e escrita, narrações que promovem ensinamentos morais, divertindo e estimulando a imaginação. Por meio de um discurso de fácil assimilação, dizemos que a narrativa é um tipo de texto regulado por uma sequência de ações iniciada por uma situação de equilíbrio pelos personagens que compõe um enredo, seguido de um conflito a ser vivido pelo personagem central, tendo como desfecho a solução do problema. Devido a sua estrutura de fácil apreensão, este tipo de texto é muito utilizado na fase inicial da escrita da criança nas aulas de produção textual. Dentre os textos narrativos, o gênero fábula se configura como aquele que apresenta um amplo interesse das crianças. Sendo assim, este trabalho, registra uma experiência de leitura de fábula vivenciada em duas turmas do 5º ano, numa escola estadual situada no município de Itabaiana-SE. Neste trabalho realizamos uma sondagem para saber que conhecimentos os alunos dominam sobre discurso oral e escrito das fábulas. Utilizamos como princípio metodológico os estudos de gênero textual e retextualização desenvolvidos pelos estudos de Marcuschi. Para tanto, relatamos procedimentos da passagem do reconto da fábula “A tartaruga e a lebre” de Esopo, observando a interferência do discurso oral sobre o escrito e a influência das práticas de letramento desenvolvidas no espaço da escola na ampliação das competências voltadas para o domínio do discurso escrito. Palavras-chave: Fábulas, Gênero Textual, Retextualização. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DO LEITOR José Ricardo Carvalho (UFS) Maria José dos Santos (UFS) A elaboração de atividades de leitura nas séries iniciais corresponde um grande desafio para os professores do ensino fundamental. Uma das principais dificuldades diz respeito à sistematização de tarefas que levem em conta a compreensão dos variados gêneros que circulam socialmente. Para compreendermos a dinâmica deste ensino, realizamos uma pesquisa qualitativa a partir de um amplo diálogo com professores da rede municipal de Itabaiana-SE, em um curso de extensão subsidiado pelo Programa Pedagogia em Ação (PROEXT 2009) e ministrado por professores UFS. As atividades propostas tomaram como foco central os estudos de interação sob a perspectiva de Bakhtin e da Sociolinguística Interacional. Sob a orientação do suporte teóricometodológico sociointeracionista, foi eleito como material empírico de discussão desta comunicação: gravações de aula de leitura; relato de professores sobre o ensino da escrita e análise de textos de alunos do ensino fundamental. Por meio da análise destes materiais, os professores revelam uma concepção inicial de língua, linguagem e escrita que aos poucos é modificada no processo de formação do curso de extensão. Os resultados evidenciam que as reflexões sobre as práticas de ensino da escrita pelos professores estimularam a organização de novas orientações no modo de tratar a relação oralidade e escrita, levando-os a construir tarefas reflexivas voltadas para a compreensão e produção dos textos. A pesquisa demonstra mudanças na abordagem pedagógica resultante das discussões em torno do funcionamento da linguagem escrita e domínio de estratégias cognitivas de leitura. Palavras-chave: Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil A FEMINILIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NOS DIAS ATUAIS: O ESPAÇO PARA OS “TIOS” Débora Guimarães Cruz Santos (UFS/NPGECIMA) Quando se fala de feminilização do magistério nas séries iniciais do ensino fundamental, há uma justificativa recorrente para a ausência dos homens proveniente de pesquisa sobre a feminilização do magistério de uma forma geral, que é a dos baixos salários e da falta de prestígio profissional dos professores. O presente texto visa discutir o espaço que é aberto aos profissionais homens que desejam se inserir no mercado de trabalho como professores de crianças pequenas e apontar os caminhos e estratégias encontrados por eles no desenvolvimento de suas atividades profissionais. A pesquisa que deu origem a este registro foi realizada através de aplicação de questionários a um grupo de pedagogos do sexo masculino que atuam na cidade de Aracaju-SE e que se caracterizam por possuir uma longa trajetória docente, a partir do qual foram analisadas as suas histórias pessoais de inserção no mercado de trabalho no campo da educação. Pode-se concluir que, uma vez formados em pedagogia-licenciatura, os professores demonstraram interesse em permanecer na profissão, ocorrendo uma migração para o ensino fundamental maior, ensino médio e até mesmo a realização de outra licenciatura, o que não comprova a afirmativa dos baixos salários e do desprestígio profissional, uma vez que permaneceram atuantes e nos casos dos que se encontram nas redes públicas de ensino os rendimentos são equivalentes, apontando assim para outras motivações que os levaram a tais mudanças. Palavras-chave: feminilização do magistério; trajetória docente; pedagogia; homens. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA A PARTIR DA RETEXTUALIZAÇÃO DE FÁBULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL José Ricardo Carvalho (UFS) Emanuela Alves Correia (UFS) Nas práticas tradicionais de produção textual prevalece uma visão dicotômica entre oralidade e escrita, apagando, assim, a dinâmica entre as duas modalidades no desenvolvimento da língua materna. Os conhecimentos advindos da oralidade não são vistos como suporte para os alunos elaborarem textos escritos e os conhecimentos advindos da cultura letrada não são explorados para o desenvolvimento da oralidade. Sendo assim, buscamos compreender o processo de interação entre a modalidade oral e escrita por meio de um relato de ações desenvolvidas no projeto de extensão (PIBIX) “A retextualização na sala de aula”, realizado em uma escola estadual do município de Itabaiana. Foram realizadas atividades de reconto da fábula “A lebre e a tartaruga” de Esopo com a finalidade identificar a interferência da oralidade sobre a escrita e influência das atividades letradas pela escola para a produção de textos. A experiência revelou que a maioria dos alunos se apoiou na oralidade para confeccionar seus textos. Por meio de estudo sociointeracionista, descrevemos as mediações que promovem o reconto do gênero fábula, apontando para uma dinâmica que assuma o intercambio da oralidade e escrita no processo de pedagógico. Palavras-chave: oralidade, escrita, fábulas, gênero textual. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil PRÁTICAS EDUCATIVAS E CONFLITOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL Daniela dos Santos Rezende (UFS) Marcelo Alario Ennes (UFS) O presente trabalho esta sendo desenvolvido dentro do Projeto “A criação do Parque Nacional de Itabaiana (PARNASI) e a (re) criação de identidades”, o qual está inserido no GEPPIP (Grupo de Estudos e Pesquisas Processos Identitários e Poder). Tem como objetivo verificar e analisar se o PCN (Parâmetro Curricular Nacional) de Meio Ambiente está sendo utilizado na elaboração das práticas educacionais das Escolas dos Povoados Mundês e Bom Jardim. A metodologia até o momento utilizada foi baseada em levantamento bibliográfico e fichamentos dos textos pesquisados. As Escolas pesquisadas estão situadas no entorno do Parque Nacional, considerado como reserva natural, que tem por objetivo a preservação dos ecossistemas naturais. É partindo deste contexto que essa pesquisa se propõe a estudar a relação que os professores destas Escolas fazem do Parque com sua prática diária. Por que não utilizar o PARNASI como base, objeto do desenvolvimento das práticas pedagógicas? Segundo o PCN referente ao Meio Ambiente ao tratar de área ambiental deve-se relevar os valores e conhecimentos transmitidos às crianças em casa, por aquilo que é dito e feito em seu cotidiano. Portanto baseando-se nas idéias explicitadas no PCN citado acima se pode concluir que é partindo da realidade mais próxima que o educando desenvolve seu conhecimento e a relação entre os dois universos, o Parque e o seu cotidiano social. Palavras-chave: práticas, Parque Nacional, PCN. ET 20 - IDENTIDADES E ALTERIDADES NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO: SUJEITOS, PRÁTICAS E DESAFIOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS COMO INSTRUMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E REIVINDICAÇÃO DOS TRABALHADORES Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT) Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT) Os movimentos sociais como instrumento de organização e reivindicação dos trabalhadores, considerando a luta de classes e toda a sua trajetória na historia, abordamos alguns aspectos dos movimentos sociais no Brasil, aprofundando principalmente os que mais se destacam. Estes representaram uma forma de organização dos trabalhadores para reivindicarem os seus direitos. Constatamos que no atual contexto social a luta de classes teria assumido uma nova roupagem, a atuação dos movimentos sociais, refletem a indignação dos trabalhadores por não usufruírem dos bens com igualdade. Esse trabalho pretende apresentar o conceito de movimentos sociais segundo Karl Marx e os seus objetivos, também uma análise dos movimentos sociais no Brasil principalmente aqueles que mais se destacaram especialmente nos anos 70 a 90, dando maior ênfase ao MST sua atuação e organização por ser este o movimento social de maior atuação no Brasil. Nos últimos cinqüenta anos o Brasil apresentou muitas organizações e muitas formas de lutas. Essas organizações dos trabalhadores surgem assumindo uma nova roupagem aparece como fruto de ideologias, indignações e busca de solidariedade. Surgem no Brasil três principais categorias: os agentes vindo do movimento sindical, por conta da atuação da CUT (Central Única dos trabalhadores), os partidos de esquerda entre os que destacou-se o PT (Partido dos Trabalhadores), e as ONGS (Organizações não governamentais).Com isso as organizações populares foram se agrupando e somando forças, vestindo a camisa contra o modelo de exploração capitalista. Palavras-chave: Movimentos Sociais; Trabalhadores; Luta de Classes. Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected] IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 10 a 12 de novembro de 2010 UFS – Itabaiana/SE, Brasil VIVÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE: MULHERES TRABALHADORAS DA MARÉ EM MARAGOJIPE-BAHIA Jeruza Jesus do Rosário (UNEB) Este artigo propõe analisar a cultura produzida por pescadoras da Resex Baía do Iguape-BA, localizada no Recôncavo Sul Baiano, em sintonia com as práticas características do modo de vida sustentado de mulheres que lutam diariamente por seus direitos e que participam ativamente da tomada de decisões dentro de uma reserva extrativista. Busca-se, neste contexto, entender a complexidade entre sociedade, meio ambiente, educação e sustentabilidade na possibilidade de análise da realidade natural, cultural e social que resulta das vivências do cotidiano dessas mulheres. Nas vivências dessa mulher trabalhadora na pesca, ela produz uma cultura sensível à questão ambiental que anima a valoração da vida e, consequentemente, norteia caminhos rumo à sustentabilidade. No sentido da sustentabilidade, o cuidado com o meio expressado por essas mulheres direciona a pesquisa para a relevância de aspectos culturais marcantes desta população e quais principais contribuições para a educação podem ser elencadas neste processo. Incorporase ao trabalho, o levantamento das histórias do cotidiano da mulher na atividade pesqueira feminina em seu espaço de vida, de vivências do mundo simbólico, da realidade dentro de uma área ambientalmente protegida. Palavras-Chaves: pescadoras; vivências; cultura; educação; sustentabilidade Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho – Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]