UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO
GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS IDENTIDADES E ALTERIDADES:
DESIGUALDADES E DIFERENÇAS NA EDUCAÇÃO (GEPIADDE)
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
de 10 a 12/11/2010
CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO
ISSN: 2176-7033
Itabaiana/SE
Novembro de 2010
Coordenação:
Profª. Drª. Maria Batista Lima
Prof. Dr. Carlos Magno Gomes
Profª Drª. Jeane de Cassia Nascimento Santos
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS
Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho (Itabaiana/SE)
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação - GEPIADDE
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Profª. Drª. Maria Batista Lima
Prof. Dr. Carlos Magno S. Gomes
Profª Drª. Jeane de Cássia N. Santos
Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva
Profª.Ms. Edinéia Tavares Lopes
Prof. Ms. Marcos Ribeiro de Melo
Prof. Esp. João Rogério M. de Santana
Prof. Esp. Evanilson Tavares de França
EQUIPE DE APOIO:
Aline Ribeiro dos Santos
Allysson Santos Costa
Ana Lúcia de Oliveira M. Neres
Assicleide da silva brito
Cleidiane da S. V. Oliveira
Daniela Barreto de Matos
Daniela dos Santos Rezende
Dayane dos Santos Trindade
Débora Guimarães C. Santos
Elaine do Nascimento Costa
Eliana Santos Almeida
Jairton Mendonça de Jesus
Jeane Rodrigues
Jiselda Meirielly de França
Joelma Jares de Freitas
Lusineide Cunha Góis
Marcus Túlio de Araujo Machado
Maria da Purificação Melo Santos
Militão Alves de Andrade
Natali Sousa Silva
Rosenilde Alves dos Santos
Sergio Matos dos Santos
Silvanete Rezende Lima
Tayonara da Cruz Nascimento
Vanessa Andrade de Santana
Vanuza Oliveira do Carmo
Yércia Souza
APOIO:
PROEX-UFS/PROGRAD-UFS/Reitoria - UFS
DEDI – Campus Itabaiana/ SEDUC – Itabaiana/ DRE-03/SEED
NEAB-UFS/ODEERE(UESB)/NUGSEX – Diadorim (UNEB)
Grupo ParlaCÊNICO de Espetáculos
SINTUFS/ADUFS/Instituto Braços/UNICEF/CDJB
Supermercado Nunes Peixoto - Itabaiana – SE
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-SE/ Fundação Cultural Palmares
Alfabyte Informática/EDITORA FTD/NOSSA GRÁFICA
Profª Ivoni Lima de Andrade(Ver. de Itabaiana)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
COMISSÃO CIENTÍFICA:
Prof. Dr. Armando Gens (UFRJ/UERJ)
Profª Drª Azoilda Loretto da Trindade (UERJ/UFRJ)
Prof. Dr. Carlos Magno S. Gomes (UFS)
Profª Drª Dalila Xavier (UFS)
Profª Drª Denise Maria Botelho (UNB)
Prof. Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS)
Profª Drª Florentina da Silva Souza (UFBA)
Profª Drª Gicélia Mendes da Silva (UFS)
Prof. Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (UFS)
Profª Drª Jeane de Cassia N. Santos (UFS)
Prof. Dr. Jesiel Ferreira de Oliveira Filho (UFS)
Profª Drª Joelma Carvalho Vilar (UFS)
Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (UFS)
Prof. Dr. José Ricardo Carvalho (UFS)
Profª Drª. Lina Aras (UFBA/UFPE)
Prof. Dr. Marcelo Alario Ennes (UFS)
Profª. Drª. Maria Batista Lima (UFS)
Profª Drª Maria Nazaré Mota de Lima (UFBA)
Prof. Drª Mariléia Reis (UFS)
Profª Drª Marise de Santana (UESB)
Profª Drª Mônica Cristina Silva Santana (UFS)
Profª Drª Neusa Gusmão (UNICAMP)
Prof. Dr. Paulo Sérgio da Costa Neves (UFS)
Prof. Dr. Péricles Morais de A. Júnior (UFS)
Prof. Dr. Ricardo Carvalho (UFS)
Profª Drª Rosa Gens (UFRJ)
Profª Drª Suely Aldir Messeder (UNEB)
Profª Drª Verônica M. dos Reis Mariano (UFS)
FICHA CATALOGRÁFICA
Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades
F692f
2009: Itabaiana, SE - Educação diversidade e
questões de gênero. (Organizadores: Maria
Batista Lima e Carlos Magno Santos Gomes).
Itabaiana: Gepiadde, 2010.
Publicação disponibilizada on line
Programa PDF
ISSN 2176-7033
1. Educação. 2. Letras. 3. Ciências Sociais.
CDU 37.01:81
Os organizadores não se responsabilizam pelos erros de norma culta nem pelos de digitação.
As informações contidas nos resumos e textos completos são de responsabilidade de seus autores.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................4
PROGRAMAÇÃO GERAL.................................................................................................................5
MINICURSOS.....................................................................................................................................6
PROGRAMAÇÃO DOS GRUPOS TEMÁTICOS...............................................................................7
CADERNO DE RESUMOS (por Grupos Temáticos)....................................................................16
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
APRESENTAÇÃO
Temos o prazer de apresentar os Anais Eletrônicos do IV Fórum Identidades e
Alteridades que teve como tema central: Educação e Relações Etnicorraciais. Estes Anais
estão divididos em dois volumes. O volume I traz a programação e o caderno de resumos. O
Volume II é composto dos textos completos. O IV Fórum Identidades e Alteridades tem como
objetivo o debate em torno das Identidades no espaço da escola e da sociedade. Trata-se de um
encontro de pesquisadores de abrangência nacional. Este evento fortalece o diálogo de
professores/as e pesquisadores/as de diferentes áreas que compõem o GEPIADDE – Grupo de
Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação.
Nesta quarta edição, o evento, realizado de 10 a 12 de novembro de 2010, no Campus
Universitário Professor Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe, traz o tema
“Educação e Relações Etnicorraciais” para ressaltar o debate científico e educacional acerca da
educação para as relações etnicorraciais a partir, principalmente, dos contextos africanos, afrobrasileiros e indígenas, em diálogo com outras diversidades culturais e sócio-políticas presentes
na sociedade.
Esta abordagem ressalta a importância das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam
obrigatória a inclusão da história e cultura africanas, afro-brasileiras e indígenas nos currículos
escolares, bem como com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Etnicorraciais e sua efetivação na Educação Brasileira.
Você encontrará nestes anais, os resumos e textos completos com diversas abordagens
sobre os conceitos de identidades e alteridades, as questões etnicorraciais e suas interrelações
em diversas áreas de conhecimento e temas de estudos, tendo como fio condutor o campo da
educação. Os trabalhos apresentados nesta edição estão voltados para descrever, analisar e
propor novas formas de estudar os fenômenos educacionais, culturais, sociais e artísticos, em
diálogo com as diversidades presentes na sociedade brasileira. O debate gira em torno da
educação em relação com a construção e expressão das identidades: híbridas, pós-modernas, de
gênero, sexual e etnicorracial, entre outras.
Dentro deste quadro das diversas identidades e da educação para as relações
etnicorraciais, agradecemos sua integração aos diálogos propostos pelo IV Fórum e esperamos
que você participe, ativamente, das atividades: mesas-redondas, sessões de comunicações,
exposições de imagens e minicursos.
Comissão organizadora
Itabaiana-SE, 10 de novembro de 2010.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
PROGRAMAÇÃO GERAL
10/11/2010 – PRIMEIRO DIA
15h - Credenciamento e entrega de material
19h – Cerimônia de Abertura
19h30 - Atividade Cultural: Grupo ParlaCÊNICO. Espetáculo: Alma Africana.
Coordenador: Prof. Evanilson Tavares de França (GEPIADDE/SEED)
20h30 – Mesa-redonda de Abertura: EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: Avanços, Desafios e
Perspectivas
Palestrantes:
Profª
Drª
Neusa
Gusmão
(UNICAMP)
Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Subrinho (UFS)
Profª Drª Denise Maria Botelho (UNB)
Coordenação:
Profª
Drª
Maria
Batista
Lima
11/11/2009 – SEGUNDO DIA
Pela manhã
8h30 as 12h30 – Minicursos
Pela tarde
14h – Mesa-redonda: Identidades e Alteridades: Múltiplas Abordagens
Prof. Dr. Marcelo Alário Ennes (UFS)
Profª Drª Sueli Messeder (UNEB)
Prof. Dr. Carlos Magno dos Santos Gomes (UFS)
Coord. Prof. Ms. Marcos Ribeiro de Melo (UFS)
16h – Lançamento de Livros
17h – Sessão de Comunicações
Pela noite
19h – Atividade Cultural
19h30 – Mesa-redonda: Educação para as Relações Etnicorraciais na Educação Básica e no Ensino
Superior: Trajetórias e Perspectivas Afrobrasileiras e Indígenas
- Prof. Drª Dora Lúcia de Lima Bertúlio (Fundação Cultural Palmares/UFPR) - Ações Afirmativas, Direitos
Humanos e Democracia
- Profª Drª Florentina da Silva Souza (UFBA) - Práticas Pedagógicas de Trabalho com Relações
Etnicorraciais na Escola na Perspectiva da Lei 10.639/03
- Prof. Ms. José Valdir de Santana (UESB) - Educação Escolar Indígena e Temática Indígena na Educação
Brasileira.
Coordenação: Prof. Ms. Robson Anselmo Santos (Instituto Braços/GEPIADDE)
12/11/2010 - TERCEIRO DIA
Pela tarde
14h às 17h – Mesa-redonda - Aspectos Históricos, Geográficos e Psicossociais e a Educação para as
Relações Etnicorraciais
Profª Drª Dalila Xavier (UFS) – Identidades, Diferenças, Preconceito e a Educação para as Relações
Etnicorraciais em Sergipe
Profª Drª Marise de Santana (UESB) - História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Educação Brasileira
Prof. Ms. Genésio Santos (UFS) - Geografia e Educação para as Relações Etnicorraciais
Coordenação: Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (GEPIADDE/DEDI/P
17 às 19h - Apresentação de Comunicações
Pela noite
19h – Mesa-Redonda: Relações Etnicorraciais, Língua e Literatura
Profª Dra. Maria Nazaré Mota Lima (UFBA) - Literatura Africana, Afrobrasileira e a Educação para as
Relações etnicorraciais
Prof. Dr. Hipolyte Brice Sogbossi - Línguas africanas e educação para as relações etnicorraciais no Brasil
Coordenação: Profª Drª Jeane de Cassia N. Santos (UFS)
20h30 - Conferencia de Encerramento
Azoilda Loretto da Trindade - Valores Civilizatórios Afrobrasileiros e Indígenas como Referenciais para a
Educação Básica
Coordenação: Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes (UFS)
22h30 – Encerramento
Certificados (de 30 horas como ouvintes + 4h minicursos)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Programação dos MINICURSOS 11/11/2010
Local: Didática I Horário: 08h30 às 12h30
1. Produção de Material Didático-Pedagógico para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Azoilda
Loretto da Trindade (UERJ/LAESER-UFRJ)
2. Juventude, Direitos Humanos e Educação - Robson Anselmo Santos (GEPIADDE/Instituto
Braços) e Vilma Maria Santos Francisco (Fundação Cultural Palmares)
3. Literatura e Educação para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Jeane de Cassia Nascimento
Santos (UFS-GEPIADDE/DLI)
4. Estresse e Ansiedade no Cotidiano Escolar – Prof. Dr. Joilson Pereira da Silva (UFSDEDI/GEPIADDE)
5. Gênero e Cotidiano Escolar - Profª Maracy Pereira (UFS-GEPIADDE)
6. Brincando com o Corpo: Gênero e Sexualidade na Sala de Aula – Profª Esp. Edenilse Batista
Lima (UFS-EDUCON) e Prof. Esp. João Rogério Menezes de Santana (UFSDEDI/GEPIADDE/EDUCON)
7. 7. Religião, Religiosidade e Educação para as Relações Etnicorraciais - Profa. Martha Sales
(Sociedade de
Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais “Omolàiyé e Prof.ª Sonia Oliveira
(Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial do Estado de Sergipe)
8. Inclusão e Diversidade: Questões, Desafios e Possibilidades do Cotidiano Escolar - Profª. Drª
Verônica Reis Mariano (UFS-DED-NPGED) e Profª Ms. Isa Regina dos Anjos (UFS-DEDI/UFSCar)
9. Identidades e Alteridades na Educação do/no Campo: Sujeitos, Práticas e Desafios - Profª. Drª
Joelma Carvalho Vilar (UFS) e Prof. Jânio Ribeiro (NPGED/UFS)
10.Comunidades Quilombolas: História, Território, Cultura e Educação: Direitos e Desafios – Prof.
Ms. Wellington Bonfim e Profª Ms. Tereza Martins (UFS)
11.África em Sala de Aula – Aspectos Geográficos – Daniel Almeida Silva (UFS)
12.História Africana e Afro-Brasileira na Sala de Aula – Profª Ms. Joceneide Cunha (UNIT/UFBA) e
Prof. Esp. Marcelo Santos
13.Didática para as Relações Etnicarraciais _ Profª Drª Marise de Santana (UESB)
14.Produção Visual: Experiências com o tema Educação e Culturas Afro-brasileiras – Prof. Dr.
Edson Dias Ferreira (UEFS)
15.Formação de Professoras e Professoras para as Relações Etnicorraciais - Profª Drª Denise
Botelho (UNB)
16.Corpo e Diversidade – Profª Esp. Renata Silva e Prof. Esp. Bosco Torres (SEED)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
PROGRAMAÇÃO DA SESSÃO DE COMUNICAÇÃO
Cada apresentação terá duração de 10 minutos
QUINTA-FEIRA, 11/11/2010, 17h às 19h
Local: Didática I, Campus Prof. Alberto Carvalho
SESSÃO 01: RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E COTIDIANO ESCOLAR
Coordenadoras: Profª. Drª. Azoilda Loretto da Trindade e Profª. Drª. Maria
Batista Lima
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: PRÁTICAS ESCOLARES ASSESSORADAS PELA
SEED/SE
Ana Cristina do Nascimento (SEED)
Maria da Conceição Santos Góes Mascarenhas (SEED)
(DES) CONSTRUINDO MODELOS IDENTITÁRIOS: POR ENTRE OS CAMINHOS
ETNICORRACIAIS PRESENTES NO COTIDIANO ESCOLAR
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Aldenise Cordeiro Santos (UFS)
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT
PARA ALÉM DO RACISMO NO COTIDIANO ESCOLAR: POR UMA PEDAGOGIA BRASILIS
Azoilda Loretto da Trindade (FFP/UERJ)
AS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS ACERCA DA LEI FEDERAL 10.639/10: DIÁLOGOS COM
UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE MALHADOR- SE
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
QUESTÕES ETNICORRACIAIS E DE GÊNERO E EDUCACÃO ESCOLAR
Maria Batista Lima (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS)
O PROCESSO DE INCLUSÃO DA TEMÁTICA “HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA” EM UMA ESCOLA PÚBLICA RURAL EM SERGIPE 2003-2010
Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT)
Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT)
“MICRO-AÇÕES E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639”: UMA PESQUISA NO
CURSO NORMAL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO DE SÃO GONÇALO
Nathaly Pisão da Silva (UERJ-FFP)
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS AFIRMATIVAS NOS COTIDIANOS ESCOLARES GONÇALENSES
Regina de Fatima de Jesus (UERJ – FFP)
A RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA E O CONTEXTO ESCOLAR
Sônia Oliveira Santos (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
SESSÃO 02: ESTUDOS CULTURAIS E IDENTIDADES
Coordenador: Prof. Dr. Marcelo Alario Ennes
IDENTIDADE SURDA: ANÁLISE DO DISCURSO IDENTITÁRIO DO SURDO E SUAS
FRONTEIRAS SIMBÓLICAS EM ARACAJU-SE
Daisy Mara Moreira de Oliveira (UFS)
ESTRANGEIRO EM SERGIPE NO TEMPO DA SEGUNDA GUERRA: CONFLITOS DE
IDENTIDADE
Eduardo Alves Neto (UFS)
Marcelo Alario Ennes (UFS)
“NA LIDA DA CATAÇÃO NÓIS SOMOS GENTE!” IDENTIDADE E ALTERIDADE NA
CONSTRUÇÃO DOS TERRITÓRIOS DA MANGABA EM SERGIPE
Jailton de Jesus Costa (CODAP/UFS)
Rosemeri Melo e Souza (DGE/UFS)
AS CANÇÕES DE GONZAGÃO: IDENTIDADE CULTURAL
Joaquim Cardoso da Silveira Neto (FBB/FACE/SEC-BA)
Jailda Evangelista do Nascimento Carvalho (UFS)
Alecrisson da Silva (Pio Décimo)
RETÓRICAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIFERENÇA: JOVENS QUE SE IDENTIFICAM COM O
ESTILO DE VIDA DO PAGODE BAIANO EM ARACAJU
Mateus Antonio de Almeida Neto (UFS)
A MEDIAÇÃO CULTURAL E O DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
E FORMAÇÃO DO INDIVIDUO: UMAS REFLEXÕES QUASE BIOLÓGICAS
Miguel Angel Garcia Bordas (UFBA)
Theresinha Guimarães Miranda (UFBA)
Fabio Zoboli (UFS)
A PESCA ARTESANAL NA ILHA MEM DE SÁ: RELAÇÕES RECIPROCAS ENTRE AMBIENTE
E CULTURA
Miria Cássia Oliveira Aragão (UFS)
Rosemeri Melo e Souza (UFS)
“OS SURDOS”: SUJEITOS DE UMA CULTURA PRÓPRIA NUM ESPAÇO MULTICULTURAL?
Valéria Simplício (Faculdade São Luís de França
SESSÃO 03: IDENTIDADES, DIFERENÇAS NA CULTURA E NA LITERATURA
Coordenador: Prof. Dr. Carlos Magno dos Santos Gomes
Local: Sala ______ Didática_________
IDENTIDADE E MÍDIA: SER NEGRO/AS EM REVISTAS
Daniela Barreto do Sacramento (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
A IDENTIDADE FEMININA NAS NARRATIVAS DE ANTÔNIO CARLOS VIANA
Gisélia Mendes da Silva (UFS)
DISCURSO, GÊNERO E IDENTIDADE EM NELIDA PIÑON
Joseana Souza da Fonsêca (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
A LEI MARIA DA PENHA COMO SUBSÍDIO DE LEITURA
Monique Santos de Oliveira (UFS)
A LUTA PELA LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO DAS LETRAS LUSITANAS
Mirela Magnani Pacheco (UFS)
SESSÃO 04: GÊNERO E SEXUALIDADE
Prof. M. Sc. Marcos de Melo (Coordenador)
Local: Sala ______ Didática_________
SANIDADE OU LOUCURA NA FICÇÃO DE SÔNIA COUTINHO
Claudia Souza Santos Santana (UEFS)
“COISAS DE BICHA”: REDES SOCIAIS E O MILITANTISMO HOMOSSEXUAL SERGIPANO
Diego Ramon Souza Pereira (UFS)
Marcos Ribeiro de Melo (UFS)
SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR: CONCEPÇÕES DE PAIS DE ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO
Edenilse Batista Lima (SEED-SE)
João Rogério de Menezes (UFS)
MENINAS VESTEM ROSA, MENINOS VESTEM AZUL: CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTES
ACERCA DA MASCULINIDADE E FEMINILIDADE
Flora Alice Santos Almeida (UFS)
SER MULHER: REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE FEMININA EM CONTOS INFANTIS
Fernanda Reis de Carvalho (UFS)
CONDIÇÕES HISTÓRICO-SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DO MOVIMENTO
“HOMOSSEXUAL/LGBT” EM ARACAJU (1981-1996)
Marcos Ribeiro de Melo (UFS)
SABERES DOCENTES: UM PANORAMA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A
DIVERSIDADE SEXUAL
Maria do Carmo Lima Santos (IFS)
SESSÃO 05: RELIGIÃO, RELIGIOSIDADE, IDENTIDADES E DIVERSIDADE
Coordenadores/as: Prof. Dr. Péricles Morais de Andrade Júnior (UFS), Prof.
Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (UFS) e Profª Martha Sales (UFS)
Local: Sala ______ Didática_________
ABASSÁ REI DE URUBÁ DA FILHA DE OXOSSI QUEURICIDÊ: UMA VISITA BREVE, UMA
HOMENAGEM AINDA QUE TARDIA
Evanilson Tavares de França (SEED)
ANÁLISE ANTROPOLOGICA ACERCA DA “A EFICÁCIA SIMBÓLICA” NOS PROCESSOS DE
CURA NO CANDOMBLÉ
Eval Cruz (UFS)
SANTO DAIME EM ARACAJU: CONFLITO E IDENTIDADE
Felipe Silva Araujo (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
CONSIDERAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS ESCADARIAS DA IGREJA DE NOSSA
SENHORA DA CONCEIÇÃO EM ARACAJU/SE
Lumara Cristina Martins Santos (UFS
IMAGENS DE CERIMÔNIAS RITUAIS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO DA SANTERÍA CUBANA
Zaylin Leydi Powell Castro (UFBA)
SESSÃO 06: DIVERSIDADES, MÍDIAS E TECNOLOGIA
Coordenador: Prof. Dr. Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Local: Sala ______ Didática_________
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO, SUBJETIVIDADES E FORMAÇÃO
DE PROFESSORES NOS TERRITÓRIOS DA GEOFILOSOFIA
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Vinicius Silva Santos (UFS)
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E MÍDIA
Maria Joseane Costa Santos (UFS)
Daniele dos Santos Reis (UFS)
Samira de Jesus Nascimento (UFS)
TERRITORIALIDADE E REDES DE SOCIABILIDADES JUVENIS:
LUGARES, TRANSITOS E TENSÕES DA IDENTIDADE
Vinicius Silva Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS
ÍNDIOS NO IMAGINÁRIO SERGIPANO: MÍDIAS E EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE
Kléber Rodrigues (UFS)
Diogo Francisco Cruz Monteiro(UFS)
SOCIALIDADE, JOGOS ELETRÔNICOS E CULTURA JUVENIL:
INTERAÇÕES, CONVÍVIO E ALTERIDADE NO SELF
Vinicius Silva Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS
A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E A SOCIOTECNIA
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Vinicius Silva Santos (UFS)
SEXTA-FEIRA, 12/11/2010, 17h às 19h
Local: Didática I, Campus Prof. Alberto Carvalho
SESSÃO 07: AÇÕES AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE E
INCLUSÃO E DIVERSIDADE: IDENTIDADES, QUESTÕES E DESAFIOS
Coordenadores/as: Prof. Robson Anselmo Santos;
Profª Ms. Vilma Maria Santos Francisco;
Prof. Esp. Evanilson Tavares de França (GEPIADDE/UFS);
Profª Drª Verônica Maria dos Reis Mariano (UFS) e Profª. Ms. Isa Regina dos
Anjos (UFS)
Local: Sala ______ Didática_________
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA: UMA CONSTRUÇÃO DE
IDENTIDADE
Antônio Marcos Feitosa Gomes (EMCDF)
O DESAFIO DA INCLUSÃO DA TEMÁTICA ETNICORRACIAIS NAS ESCOLAS
Edjária Silva Chagas (Secretaria Municipal de Educação)
Joelma Santos Alves (Secretaria Municipal de Educação)
A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO, O EMERGIR DE UM NOVO PARADIGMA DE DEMOCRACIA E
AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
Robson Anselmo Santos (INSTITUTO BRAÇOS/ GEPPIADE)
ENSINO SUPERIOR E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: ESTUDO COM ALUNOS DE
LICENCIATURA DA UFS/ITABAIANA
Rosenilde Alves dos Santos (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
João Rogério Menezes de Santana (UFS
OPORTUNIZAR E DEMOCRATIZAR: O CASO DA POLÍTICA DE COTAS NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE (NOTAS PRELIMINARES)
Yérsia Souza de Assis (UFS)
Frank Nilton Marcon (UFS)
EXCLUSÃO SOCIAL E DEFICIÊNCIA: ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS, CORPOS E
NARRATIVAS
Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (UFS)
GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
Josefa Edilani de Souza (UFS)
Maria Domingas dos Santos (UFS)
Eliene Domingas de Souza (UNIT)
SURDOS E CIDADANIA: UMA TRAJETÓRIA DE DESAFIOS NA BUSCA DA PRÁXIS
INCLUSIVA
Edna Maria dos Santos (IFS)
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA PESSOAS CEGAS, UM DESAFIO PARA A INCLUSÃO
NA ERA DIGITAL
Vânia Queline Correia dos Santos (FJAV/FAMA)
Márcia Elisiario Fontes (FJAV/FAMA)
SESSÃO 08: LITERATURA E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES
ETNICORRACIAIS, EIXO 10 - LETRAMENTO E DIVERSIDADES E ARTES,
COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE
Coordenadores/as: Profª Drª Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS)
Prof. Dr. Jesiel Ferreira de Oliveira Filho (UFS);
Prof. Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS)
Local: Sala ______ Didática_________
LEITURA E LITERATURA: DESCOBRINDO CONCEPÇÕES ETNICORRACIAIS MEDIANTE A
OBRA BOM CRIOULO
Alecrisson da Silva (PIO DÉCIMO)
Rivalmir Alves de Oliveira (PIO DÉCIMO)
HISTÓRIA E LITERATURA: O PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO EM ANGOLA
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Flávio Santos do Nascimento (PIO X)
LEI 10639/03 EM PERSPECTIVA
Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS)
IMPLICAÇÕES DO “INTERNETÊS” NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA/ESCRITA: COMO
A LINGUAGEM DA INTERNET INFLUÊNCIA A AQUISIÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS
Maria Jocelma dos Santos (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
TELENOVELA BRASILEIRA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL
Isabel Cristina Rodrigues Ferreira (UFLA)
SESSÃO 09: EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICAS INDÍGENAS
NA EDUCAÇÃO E COMUNIDADES QUILOMBOLAS: HISTÓRIA, CULTURA E
EDUCAÇÃO E IDENTIDADES E ALTERIDADES NA EDUCAÇÃO DO/NO
CAMPO: SUJEITOS, PRÁTICAS E DESAFIOS
Coordenadores/as: – Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes (UFS), Prof. José
Valdir de Santana (UFSCar/UESB), Prof. Ms. Wellington Bonfim (NEABUFS/Fac. Pio Décimo)e Profª Ms. Tereza Martins (UFS), e Profª Drª Joelma
Carvalho Vilar
Local: Sala ______ Didática_________
A ESCOLA INDÍGENA COMO ESPAÇO DE FRONTEIRA E DE CONSTRUÇÃO CULTURAL:
POTENCIAL ANALÍTICO E REFLEXÃO ETNOGRÁFICA
José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCAR)
RELEITURA DA HISTÓRIA DO ÍNDIO NO BRASIL: ÍNDIO SUJEITO DE SUA HISTÓRIA
Rosivalda dos Santos Barreto (UFC)
Nadja de Souza Castro (SMSF)
REPRESENTAÇÕES DO ÍNDIO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE
IDENTIDADES
Diogo Francisco Cruz Monteiro (UFS)
AUTONOMIA POLÍTICA E MÉTODOS LOCAIS DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO ATER
XUKURU
Fernando Barros Jr. (UFPE)
COMUNIDADE QUILOMBOLA E O DESAFIO DE UMA EDUCAÇÃO COMPROMETIDA COM A
SUA REALIDADE
Tereza Cristina Santos Martins (UFS)
AFRICANIDADES BRASILEIRAS: A DANÇA DE SÃO GONÇALO DE MUSSUCA
Givalda Maria dos Santos Bento (UFS)
OS MOVIMENTOS SOCIAIS COMO INSTRUMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E REIVINDICAÇÃO
DOS TRABALHADORES
Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT)
Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
VIVÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE: MULHERES TRABALHADORAS DA MARÉ EM
MARAGOJIPE-BAHIA
Jeruza Jesus do Rosário (UNEB)
SESSÃO 10: GEOGRAFIA, IDENTIDADES E DIVERSIDADES
Coordenadores/as: Profª Drª Gicélia Mendes da Silva e Prof. Ms. Daniel
Almeida Silva (UFS)
Local: Sala ______ Didática_________
A IDENTIDADE SERGIPANA NO TEXTO DE MANUEL DOS PASSOS E OLIVEIRA TELLES
QUE TRATAM DAS QUESTÕES DE LIMITES TERRITORIAIS ENTRE SERGIPE E A BAHIA
(1900-1930)
Antônio Lindvaldo Sousa (UFS)
Taiane Almeida do Nascimento (UFS)
A RELAÇÃO DO CAMPONÊS COM A TERRA: UMA IDENTIDADE PARA ALÉM DA
PROPRIEDADE PRIVADA
Lucas Oliveira Morais (UFS)
PROPRIEDADE CAMPONESA: TERRA DE VIDA E TRABALHO
Carlos Anderson Nascimento (UFS)
Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS)
A DIVERSIDADE CULTURAL NO MEIO GEOGRÁFICO
Eliene Domingas de Souza (UFS)
Josefa Edilani de Souza (UFS)
RESISTÊNCIA CAMPONESA FRENTE A UMA LUTA IDENTITÁRIA
Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS)
Carlos Anderson Nascimento (UFS)
HISTÓRIAS DE VIDA E MEMÓRIA AMBIENTAL
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
TERRITÓRIOS DO SABER NAS HISTÓRIAS DE VIDA PROFISSIONAL DE EGRESSOS
(PRODEMA/UFS - 1997-2010)
Najó Glória dos Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
MEMÓRIA, IMAGINÁRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS HISTÓRIAS DE
PESCADORES RIBEIRINHOS DE ILHA DAS FLORES, SERGIPE, BRASIL
Maracy Pereira (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
MEMÓRIA E PERTENCIMENTO NA HISTÓRIA SOCIAL DO LUGAR
UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO REGIONAL ATRAVÉS DA EXPANSÃO
HABITACIONAL NO BAIRRO ATALAIA, ARACAJU, SERGIPE
Anésia Sá dos Santos Menezes (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
SESSÃO 11: IDENTIDADES, RELAÇÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO
Coordenação: Profª Drª Mônica Cristina Silva Santana (UFS); Profª Maracy
Pereira (UFS) e Prof. Esp. João Rogério Menezes de Santana (UFS)
Local: Sala __________ da Didática __________
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
CIVILIDADE, MODELOS E PADRÕES: A ESCOLA MODERNA E SUAS PRODUÇÕES
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Diego Prado de Melo (FPD)
GÊNERO NA ESCOLA: UM DIÁLOGO COM DOCENTES DA REDE MUNICIPAL DE
ITABAIANA
Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
LIBERDADES CONTROLADAS E VIOLÊNCIAS COSTUMEIRAS: PRÉ-CONCEITOS E
SINGULARIDADES
Diego Prado de Melo (FPD)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT)
O MÉTODO ESCOTEIRO PARA MENINAS: A ADEQUAÇÃO DAS PRÁTICAS PARA
IMPLANTAÇÃO DA CO-EDUCAÇÃO NO ESCOTISMO BRASILEIRO
Aldenise Cordeiro Santos (UFS)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
REDISTRIBUIÇÃO E RECONHECIMENTO DE GÊNERO: DIÁLOGO ENTRE NANCY FRASER E
AXEL HONNETH
Alfrancio Ferreira Dias (UFS)
Maria Helena Santana Cruz (UFS)
REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NO CONTEÚDO E EM ILUSTRAÇÕES DE LIVROS
DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PRIMEIRO CICLO (1º AO 5º ANOS)
Tatiane Frutuoso dos Santos (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
SESSÃO 12: PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS NA ESCOLA E EIXO 16 - HISTÓRIA,
RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO
COORDENADORES/AS: PROF. DR. JOILSON PEREIRA DA SILVA, PROFª JOCENEIDE
CUNHA, PROF. MARCELO SANTOS
ESTEREÓTIPOS E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Joelma Jares de Freitas Bispo (UFS)
Joilson Pereira da Silva (UFS)
NEGRO, EU? REPRESENTAÇÕES DE SI, ESTEREÓTIPOS E O BULLYING NA ESCOLA DO
OVÓ II – TUCANO-BA
Maximiano Martins de Meireles (UNEB/UEFS)
COTAS RACIAIS E RACISMO NA ESCOLA
Aldeane de Jesus Guedes (UFS)
Maria Cristina Santos Teixeira (UFS)
Joilson Pereira da Silva (UFS)
BULLYING: UM ESTUDO DE CASO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
Dayane dos Santos Trindade (UFS)
Genilde Tavares Brito
Joseilde Tavares Brito
Marileide Soares Bezerra Santos
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Andréa Tavares de Jesus (UFS)
Edson Nunes de Souza(UFS)
Fábio Ferreira Santos (UFS)
FUGAS, ROUBOS, CONFLITOS DE ESCRAVOS E SUICIDIOS: A RESISTENCIA DE
MULHERES E HOMENS NEGROS NA ARACAJU OITOCENTISTA
Patrícia Abreu dos Santos (UNIT)
UM POUCO DA CONTRIBUIÇÃO AFRICANA PARA MATEMÁTICA: CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
Marcelo Silva de Souza (UFS)
SESSÃO 13: IDENTIDADES, PRÁTICAS E FORMAÇÃO DOCENTE
Coordenadores/as: Profª Ms. Edinéia Tavares Lopes e Dr. José Ricardo
Carvalho (UFS)
PIBID/UFS/ITA: INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA
Lidiane Santos Gama (UFS)
Gisleine Souza da Silva (UFS)
Ramon de Oliveira Santana (UFS)
Edinéia Tavares Lopes (UFS)
PROJETO FEIRA DE ITABAIANA: RELATOS DE UMA ATIVIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES
PARA A FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR
Crislaine Barreto de Gois (UFS)
Antônio Carlos Pinto Oliveira (UFS)
Sérgio Matos Santos (UFS)
Edinéia Tavares Lopes (UFS
A LEITURA DE FÁBULAS E O PROCESSO DE REESCRITA: UMA VISÃO DIAGNÓSTICA DO
QUE OS ALUNOS SABEM SOBRE NARRATIVA
José Ricardo Carvalho (UFS)
Aline de Araujo Santos (UFS)
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DO
LEITOR
José Ricardo Carvalho (UFS)
Maria José dos Santos (UFS)
A FEMINILIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NOS DIAS ATUAIS: O ESPAÇO PARA OS “TIOS”
Débora Guimarães Cruz Santos (UFS/NPGECIMA)
PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA A PARTIR DA RETEXTUALIZAÇÃO DE FÁBULAS NO
ENSINO FUNDAMENTAL
José Ricardo Carvalho (UFS)
Emanuela Alves Correia (UFS)
PRÁTICAS EDUCATIVAS E CONFLITOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL
Daniela dos Santos Rezende (UFS)
Marcelo Alario Ennes (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
CADERNO DE RESUMOS
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
Educação e Relações Etnicorraciais
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
PALESTRAS:
DIVERSIDADE, DIFERENÇA E EDUCAÇÃO: DESAFIOS DO SÉCULO XXI
Dra. Neusa Maria Mendes de Gusmão (UNICAMP-SP)
O texto coloca em tela o desafio do século XXI, qual seja a construção de sociedades de
aprendizagem que possam resultar em realidades plurais e democráticas. Em discussão a
diversidade cultural e o papel da educação e da cultura no processo de reconhecimento de
diferentes grupos e de seus direitos. O debate da Lei 10639/03 é aqui, um caso exemplar de
avanços e limites na conquista de uma realidade verdadeiramente intercultural pressuposta nas
sociedades de aprendizagens.
Educação para as Relações Étnico-Raciais no Século XXI
Drª Denise Maria Botelho (UNB)
Educar para igualdade tem como pressuposto ações pedagógicas afirmativas como alternativa de
eleger, os(as) historicamente excluídos(as) em situação de igualdades de oportunidades. A
perspectiva afirmativa educacional promove um convívio harmonioso entre os(as) diferentes, não
permitindo que os preconceitos se concretizem em discriminações, xenofobias, sexismos e
racismos. Conquistar eqüidade para os diversos grupos étnico-raciais depende de inúmeras
ações, entre elas conhecer e trazer para o cotidiano escolar conteúdo que estimulem a
participação de alunos e alunas negras como atores sociais ativos, com a intencionalidade de
promover a igualdade de oportunidades. Pensar em educação afirmativa é pensar uma nova
forma de educar que exige um trabalho integrado, principalmente entre educadores(as),
professores(a) e familiares, num processo em que os(as) envolvidos(as) estarão continuamente se
educando durante o processo. Para uma educação para as relações étnico-raciais é necessário
que o(a) educador(a) tenha, além do reconhecimento da existência do racismo, do preconceito e
da discriminação e suas conseqüências prejudiciais para a formação dos indivíduos, um princípio
ético que o(a) impulsiona para a busca de eqüidade social e, principalmente, com conhecimento
sobre as relações raciais e de gênero no país.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA:
AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCar)
Pretende-se, com essa reflexão, fazer um duplo exercício: refletir acerca das experiências de
educação escolar indígena específica, diferenciada e intercultural a partir das demandas
construídas pelos povos indígenas em nosso país, sobretudo a partir da década de 1970, na
medida em que essas experiências ganham reconhecimento jurídico e estatal com a Constituição
de 1988 e as legislações específicas que a seguem, constituindo-se em importantes conquistas
das políticas indígenas e indigenistas, uma vez que estas primam pela efetivação da cidadania
para os povos indígenas do Brasil; ademais, pretende-se discutir acerca das questões trazidas
pela Lei 11.645/2008, sobretudo os aspectos relacionados à História e Cultura Indígenas, o que
significa pensar “temáticas indígenas na Educação” e os desafios que se colocam aos sistemas de
ensino e às políticas de educação. Em certo sentido, interessa refletir acerca dessas questões à
luz das diversas experiências que estão sendo construídas no Brasil, tanto as que dizem respeito
aos projetos de educação escolar indígena como as relacionadas aos desafios trazidos pela Lei
11.645/2008.
Palavras-chave: Educação escolar indígena; Lei 11.645/2008; Temáticas indígenas na Educação
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
MINICURSOS
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR
Verônica dos Reis Mariano Souza (UFS)
O objetivo principal do minicurso é discutir sobre os problemas para a acessibilidade, de natureza
arquitetônica, pedagógica e cultural, na Universidade Federal de Sergipe. Como referenciais
teóricos destacam-se, principalmente, o Decreto nº 5.296\2004, a Portaria nº 3.284\2003, a NRB
9050:2004, a Resolução 80\2008\CONEP\UFS, Torrez Gonzáles (2002) e Vitaliano (2007), dentre
outros. Apesar do sistema de cotas para pessoas em situação de deficiência, persistem barreiras,
tanto físicas quanto de comunicação e culturais, muito dificultando ou impedindo o acesso aos
conhecimentos. A simples reserva de vagas não é suficiente. É necessário, ainda, criar efetivas
condições para que todos tenham realmente acesso aos cursos oferecidos. Também não é
bastante a garantia de acessibilidade, pois tão importante quanto ela é a garantia de uma
formação sólida, que permita a todos os alunos, com ou sem deficiência, condições para atuar de
forma competente no mercado de trabalho.
Palavras-chave: inclusão; Acessibilidade; Ensino superior
CORPO DIVERSIDADE
João Bosco Torres Santos
Renata Maria Matos Silva dos Santos
O corpo, cotidianamente, apresenta-se reprimido, introspectivo. Não encontra pilares de
sustentação que favoreçam a expressão da sua essência, a expansão das suas características.
Inserido num contexto sócio-cultural que organiza seus discursos partindo do princípio da exclusão
dos “diferentes”, os diversos corpos tem sido tratados como objeto, um caminho à reprodução dos
modelos pré-estabelecidos, afirmando valores exteriores, em detrimento das suas peculiaridades.
Somos sujeitos em formação, em construção, caminhando para o conhecimento de nós mesmos e
reconhecimento do nosso valor. O corpo diversidade é uma proposta que visa despertar e
valorizar as potencialidades individuais, afirmar e reafirmar as peculiaridades de cada corpo,
conquistando o respeito e espaço no contexto das relações grupais. A dança neste momento será
a interventora, a mediadora, o meio pelo qual iremos propor, através de ações corporais criativas e
reflexivas, a mudança de paradigmas: um corpo-objeto, reprodutor, introspectivo tornando-se
corpo-sujeito, criador e histórico. Por fim, entende-se que, por meio do movimento, da
investigação e exploração do próprio corpo, e da busca de si, em si mesmo, possamos caminhar
no sentido de uma retomada de consciência que favoreça a reafirmação das suas características
essenciais, o respeito e a oportunidade no âmbito das relações sócio-culturais.
PALAVRAs-CHAVE: Dança, Corpo, Diversidade.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
PRODUÇÃO VISUAL: experiências com o tema da educação e culturas afro-brasileiras
Edson Dias Ferreira (UEFS)
A proposta aqui esboçada toma como referencia inicialmente a constatação de dois autores Etiene
Samain e Doglas Kellner acerca da imagem, da oralidade e da escrita, para propor uma incursão
pelos processos alfabetizatórios que demandam estas três dimensões do conhecimento no
cenário da formação docente. O que estimulou a realização do trabalho com linguagens visuais e
cultura com viés calcado na etnicidade foi o curso desenvolvido no projeto ODEERE-UESB, cuja
ação envolve atividades de extensão e pós-graduação. As ações do projeto estão voltadas para
implementação da lei 10639/03 no município de Jequié e sua região de influência. Neste sentido,
muitos experimentos foram realizados ao longo desses quase seis anos de atividade com a
mediação de vídeos, fotografias, programas de TV, jornais para auxiliar na percepção de traços
cultura. A proposta era, então, estimular a reflexão sobre a imagem, a partir de textos
selecionados; buscando analisar o material visual disponível para tentar interpretar cada uma das
inquietações despertadas e depois colocar a mão na massa para produzir. Assim, nossa
contribuição se consolida quando conseguimos despertar a consciência dos participantes para
produzir e aplicar nas suas ações o resultado da sua própria produção, de maneira que tal ato
possa repercutir no dia-a-dia da sala de aula.
JUVENTUDE, DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO
Prof. Ms. Robson Anselmo Santos (GEPIADDE/Instituto Braços)
Prof. Ms. Vilma Maria Santos Francisco (Fundação Cultural Palmares)
O processo desse curso buscará contextualizar a evolução dos Direitos Humanos e a constituição
da juventude como categoria social, destacando as demandas dos adolescentes e jovens negros
como manifestações legítimas que pressionam a estrutura étnica da sociedade brasileira e as
bases da sua democracia em construção. Resgatar a condição de humanidade da juventude
negra, necessariamente, evoca-se o debate da superação da igualdade formal, adentrando ao
universo das condições materiais de existência, que se compõem de dimensões objetivas e
subjetivas de realização objetivada dos direitos humanos, compreendendo que os jovens pretos e
mestiços são credores e destinatários destes.
BRINCANDO COM O CORPO: GÊNERO E SEXUALIDADE NA SALA DE AULA
Profª Esp. Edenilse Batista Lima (SEED-SE/EDUCON-UFS)
Prof° Esp. João Rogério Menezes de Santana (GEPIADDE/DEDI-UFS/EDUCON)
O objetivo geral desse minicurso é sensibilizar o público-alvo para uma reflexão sobre práticas que
conduzam, a formação de crianças e adolescentes, evitando que descoberta do sexo leve ao risco
à saúde em razão da falta de informação e formação.. Os tópicos a serem trabalhados, na
perspectiva de instrumentalização teórico-metodológica para a prática docente, são: gênero e
sexualidade; saúde corporal e valorização e respeito ao corpo. Dessa forma, os objetivos
específicos foram definidos, a partir da especificidade da população participante o que possibilita
as seguintes intervenções: contribuir para o desenvolvimento de práticas educativas no tocante a
gênero e sexualidade em sala de aula; conhecimento de práticas e condutas salutares a respeito
de saúde corporal bem como práticas didático-pedagógicas sobre gênero e sexualidade. A partir
dos seus objetivos, as práticas de intervenção serão realizadas através de dinâmicas de grupo, a
saber: balão no pé, para iniciar as atividades como forma de interação entre os participantes. Em
seguida às dinâmicas seguiram um processo de intervenção comportamental a respeito de gênero
e sexualidade e suas várias contextualizações sócio-culturais. Desse modo o principal resultado é
o de ter possibilitado a abertura de diálogo e discussão sobre gênero e sexualidade na formação
de professores e professoras que atuarão com diversas faixas etárias de estudantes, desde a
Educação Infantil perpassando pelo Ensino Fundamental e Ensino Médio
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
RESUMO DOS EIXOS TEMÁTICOS (ET)
ET 01 – RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E COTIDIANO ESCOLAR
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: PRÁTICAS ESCOLARES ASSESSORADAS PELA
SEED/SE
Ana Cristina do Nascimento (SEED)
Maria da Conceição Santos Góes Mascarenhas (SEED)
O trabalho aqui apresentado tem como base uma análise do acompanhamento e assessoramento
técnico-pedagógico em Comunidades Quilombolas que têm escolas da rede estadual de educação
no interior, a saber: Comunidade da Mussuca, município de Laranjeiras; Comunidade de Ladeiras,
município de Japoatã; Comunidade de Brejão dos Negros, município de Brejo Grande;
Comunidade do Mocambo, município de Porto da Folha e; Comunidade do Pontal dos Crioulos,
município de Amparo do São Francisco. O trabalho é proposto a partir da descrição e análise
crítica das atividades desenvolvidas nas escolas das comunidades e dos resultados percebidos na
ação pedagógica das unidades escolares. Entre os procedimentos desenvolvidos na assessoria
técnico-pedagógica destacamos: Reuniões com os professores, equipe diretiva, pais dos alunos e
representantes da comunidade para apresentar a metodologia trabalhada na Educação Escolar
Quilombola; discussão e orientação para elaboração de projeto denominado “Quem Sou Eu”,
projeto que se propõe a resgatar e fortalecer a memória local, as tradições, potencializar a autoestima e o pertencimento dos/as quilombolas. Nesse processo conceitos memórias, tradições e
identidades são basilares para a construção de projetos a partir dos valores das próprias
comunidades. São utilizadas reflexões sobre a questão quilombola a partir dos textos de Glória
Moura, Maria dos A. Lina dos Santos, Isis Silva, Lilian Gomes, Marileia de Almeida, Georgina
Helena Lima Nunes, bem como elementos conceituais sobre identidade referendados em Stuart
Hall.
Palavras-chave: Educação Escolar Quilombola, Projeto, Tradição, Identidade.
(DES) CONSTRUINDO MODELOS IDENTITÁRIOS: POR ENTRE OS CAMINHOS
ETNICORRACIAIS PRESENTES NO COTIDIANO ESCOLAR
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Aldenise Cordeiro Santos (UFS)
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT)
O presente trabalho versa sobre as práticas educativas em sala de aula, no que diz respeito às
relações de construção dos conceitos de gênero, raça e etnia, assim como funcionam as relações
de saber-poder no cotidiano escolar em suas nuances sexistas e racistas. As diferenças étnicas,
sexuais, religiosas, raciais e sociais que constroem o mosaico de nosso tempo precisam ser
consideradas nas discussões educacionais que compõe os diferentes modos de vida.
Percebemos, que a alguns anos a questão da diferença e da diversidade cultural passou a ganhar
destaque nas pesquisas sociais e educacionais, conseguindo espaço também nas questões
estruturais dos currículos escolares. Essa prática característica deste momento de nossa história
suscita que passemos a pensar também de forma diferenciada o sujeito na escola. Nessa medida,
a problemática das diversidades e multiplicidades culturais e sociais tem constituído cada vez mais
em realidade no nosso cotidiano educacional, fazendo-se necessário tornar corrente tal discussão
no espaço acadêmico. Este texto constitui-se numa análise qualitativa que considera o fazer
escolar e sua literatura, envolvendo a construção de conceitos e entendimentos acerca dos
discursos que tramam as práticas educacionais no que se refere as questões das multiplicidades,
identificando algumas linhas que atravessam o currículo escolar e que acabam por cartografar a
geografia da escola e de nossa sociedade.
Palavras-chave: Cultura; Educação; Diversidade
PARA ALÉM DO RACISMO NO COTIDIANO ESCOLAR: POR UMA PEDAGOGIA BRASILIS
Azoilda Loretto da Trindade (FFP/UERJ)
Pretendo apresentar as considerações tecidas após pesquisa de pós-doutorado em Educação
realizado no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, onde, valendo-me de abordagens cotidianistas emancipatórias e de metodologias de
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
recuperação/criação de memórias e trajetórias de vida, revisito uma trajetória de 23 anos
ininterruptos de ativismo anti-racista na área da Educação, dialogo, reflito e exponho conclusões
transitórias, articulando o pensamento acadêmico – presente na pesquisa de pós-doutorado, na
qual recupero elementos de minha dissertação de mestrado “O racismo no cotidiano escolar”,
acrescentando novas referências – com o pensamento político-social (ativismo) acerca da
Educação em suas abordagens anti-racista, de igualdade étnico-racial, das relações étnico-raciais
e multicultural . Dessa trajetória destacarei, em especial, o projeto de formação de professores
“A Cor da Cultura”(Seppir, Canal Futura,Cidan, Petrobras e Rede Globo), e pontuarei aspectos da
série Multiculturalismo e do documentário “Africanidades brasileiras”, ambos do Programa Salto
para o Futuro (Seed-MEC) e de cursos de formação das Secretarias de Educação do Rio de
Janeiro, Nova Iguaçu, São João de Meriti ,Niterói e Mendes para a aplicação da lei 10639/03, e do
LAESER/UFRJ, - nos quais fui/sou coordenadora e/ou consultora pedagógica. Um trabalho no
qual busco – na minha polifonia como mulher negra, docente, ativista, brasileira, afrobasileira –
apresentar uma trajetória na perspectiva de uma griota que coletiva e cotidianamente testemunha
e constrói uma história de diálogos, embates, confrontos, encontros e desencontros, na Educação
do Brasil, em prol de uma PEDAGOGIA BRASILIS.
Palavras chave: racismo –cotidiano escolar – Pedagogia Brasilis
AS CONCEPÇÕES E PRÁTICAS ACERCA DA LEI FEDERAL 10.639/10: DIÁLOGOS COM
UMA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE MALHADOR- SE
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
Este trabalho apresenta uma analise preliminar sobre a inserção da cultura Afro- Brasileira em
uma escola municipal, localizada na cidade de Malhador- SE. O referido artigo tem como objetivo
investigar as concepções e práticas referentes a Lei Federal 10.639/10, que torna obrigatório o
ensino da História e Cultura Africanas e Afro- Brasileira em todos os currículos escolares. Nesse
trabalho focalizamos o levantamento dos repertórios didático-pedagógicos utilizados pelas
professoras em sala de aula e qual o distanciamento e aproximação desses com as temáticas
africanas e afro-brasileiras. Busca-se entender também qual a participação da escola na
(re)produção, erradicação e/ou minimização do preconceito e da discriminação etnicorracial. Os
procedimentos metodológicos utilizados no estudo foram: aplicação de questionários, além de
entrevista com as professoras da escola investigada e observação participativa. Quanto ao
referencial teórico utilizado está centrado nos autores/as Souza e Silva (2006); Souza (2006), Lima
(2006, 2008); Sodré (1999); Lima e Trindade (2009); Gomes (2009), entre outros. Desta forma, o
estudo tem apontado entre outras coisas que a escola dispõe de uma pequena quantidade de
material didático que aborda essa temática da cultura afro- brasileira, mas que o principal
instrumento de implementação de uma educação antirracista é o compromisso e a
instrumentalização teórico-metodológica dos/as profissionais da educação.
Palavras- chaves: Lei Federal, preconceito, identidade
QUESTÕES ETNICORRACIAIS E DE GÊNERO E EDUCACÃO ESCOLAR
Maria Batista Lima (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS)
O presente trabalho foi desenvolvido com base no projeto de pesquisa denominado: Identidades e
Diferenças: diversidades étnico/racial, de gênero e de orientação sexual no Contexto Educacional.
A discussão sobre identidade na contemporaneidade é bastante complexa, sendo estas
construções sociais que se configuram na relação com o outro. Trata-se de um processo histórico,
plural em seus diversos aspectos. Um desses espaços é a escola, já que esta tem por finalidade
também atuar na socialização dos indivíduos. Desse modo, se constitui como objetivo investigar
as representações sociais de identidade etnicorraciais e de gênero apresentadas por
professores(as)/estudantes e a relação dessas representações com a vivência e expressão
identitária desses sujeitos. Realizou-se aplicação de questionários e entrevistas abordando as
questões etnicorracial e de gênero. Dentro das concepções pode-se constatar que os docentes se
encontram com a visão voltada para “o mito do branqueamento”, fruto da construção histórica
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
concebida em seu convívio familiar, na mídia, na sociedade, bem como na escola. Com relação a
gênero a recorrência de características apontadas, em sua maioria por jovens mulheres, indica
que a equidade de gênero ainda está andando a passos lentos, pois se por um lado apontam as
conquistas da mulher, a luta por respeito e espaço, por outro também denotam predominância da
ideologia de uma mulher frágil, dependente, limitada e naturalmente nascida para ser mãe e
esposa, ser especial por sua delicadeza e compreensiva. Espera-se que essas reflexões
favoreçam a compreensão do papel da escola na formação da identidade dos indivíduos.
Palavras-Chave: etnicorracial; gênero; educação escolar.
O PROCESSO DE INCLUSÃO DA TEMÁTICA “HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFROBRASILEIRA” EM UMA ESCOLA PÚBLICA RURAL EM SERGIPE 2003-2010
Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT)
Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT)
A multiculturadidade de uma sociedade em diferentes estágios de desenvolvimento bastante
desiguais constitui-se um complicador para essa situação onde o global e local entram em choque
tornando ainda mais importante o papel da educação. Pensar hoje o lugar da escola, da
comunidade escolar e do seu currículo, entendido no sentido amplo de formação humana e
cidadã, implica o foco na educação intercultural, que se acentua progressivamente no contexto da
globalização e do discurso de educação para todos. Historicamente verifica-se que o Brasil e
Sergipe têm tido currículos que só reproduzem a cultura eurocêntrica, fruto da história da Europa,
da ideologia do branqueamento, que divulgam a idéia e o sentimento de que as pessoas brancas
seriam mais humanas, teriam inteligência superior e que, portanto, deveriam comandar e
estabelecer o que é bom para todos. O currículo monocultural, até hoje divulgado, não demonstra
a cultura dos grupos histórica e culturalmente dominados, razão pela qual deverá ser revisado de
modo a ensejar à escola mostrar aos seus alunos que existem outras culturas, dialogar com tais
culturas e reconhecer o pluralismo cultural, buscando-se combater o racismo e discriminação que
atingem diferentes grupos sociais, especialmente os negros da comunidade da Mussuca, no
município de Laranjeiras/ Sergipe.
Palavras-chave: Políticas afirmativas; Identidade; Currículo multicultural.
“MICRO-AÇÕES E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639”: UMA PESQUISA NO
CURSO NORMAL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO DE SÃO GONÇALO
Nathaly Pisão da Silva (UERJ-FFP)
O presente trabalho teve como objetivo investigar as possibilidades e os desafios na aplicação da
lei 10.639, prioritariamente na área de história do curso normal de instituições públicas de ensino
do município de São Gonçalo. A lei 10.639 veio atender as demandas do movimento social negro
por uma educação reformulada com um currículo mais democrático, incluindo a História e a
Cultura dos africanos e afro-descendentes no currículo escolar. Na política educacional, a medida
pode ser considerada uma ruptura profunda com um tipo de postura pedagógica etnocêntrica e
reprodutora das desigualdades (Paixão, 2006). O trabalho traz alguns elementos históricos sobre
o desenvolvimento do processo de exclusão dos negros do meio sócio-escolar. Destaca as microações (Jesus, 2010) de professores da rede pública voltadas à efetivação da lei, bem como aponta
os maiores desafios para o cumprimento da mesma. Como parte dos dispositivos metodológicos,
questionários e entrevistas com agentes escolares foram utilizados para a concretização dos
objetivos da pesquisa.
Palavras-chave: movimento negro; relações etnicorraciais; cotidiano escolar; lei 10.639.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS AFIRMATIVAS NOS COTIDIANOS ESCOLARES GONÇALENSES
Regina de Fatima de Jesus (UERJ – FFP)
As práticas pedagógicas narradas por participantes da pesquisa Micro-ações afirmativas no
cotidiano de escolas públicas do município de São Gonçalo - RJ, realizada entre 2008 - 2010 são
trazidas ao diálogo neste trabalho. Tais práticas revelam micro-ações afirmativas: práticas
pedagógicas instituintes e de caráter antirracista, comprometidas com a superação da
desigualdade etnicorracial nos cotidianos das escolas públicas. A noção “micro-ação afirmativa”
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
revela aproximações com o conceito de ação afirmativa, tendo em vista buscar potencializar
crianças e jovens afro-descendentes que, até então não percebiam, nos espaços escolares, a
valorização da história e cultura africana e afro-brasileira, e dos referenciais negros sendo
apresentados pela História Oficial. A história oral (Portelli, 2010) é a opção metodológica da
pesquisa por reconhecermos que é preciso valorizar a palavra dos sujeitos cotidianos (Hampâté
Bâ, 1982; 2003) cujas experiências são formadoras e possíveis transformadoras da realidade de
exclusão que impede e/ou dificulta o sucesso escolar dos afro-descendentes. Ao trazer as
palavrasmundo (Freire, 1988) dos(as) professores(as) dialogamos com Gomes (2006), Guimarães
(2002), Gusmão (2002), Munanga (1999), Oliveira (2006), dentre outros(as) autores(as) que nos
oportunizam perceber as africanidades (Silva, 2000) presentes na cultura brasileira.
Palavras-chave: micro-ações afirmativas, relações etnicorraciais, cotidiano escolar.
A RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA E O CONTEXTO ESCOLAR
Sônia Oliveira Santos (UFS)
O presente trabalho tem como objetivo apresentar abordagens sobre o Ensino Religioso versando
sobre o ensino da Religiosidade de Matriz Africana trabalhada no contexto escolar a partir da
aplicabilidade da lei 10.639/03. No primeiro momento farei um breve contexto sobre escola e
currículo, refletindo sobre o espaço escolar e a versatilidade do currículo na tentativa de atender a
diversidade encontrada no ambiente escola referente aos sujeitos envolvidos, seguindo sobre a
construção do Projeto Político Pedagógico e o Ensino Religioso, além da lei 10.639/03 e sua
relação com a diversidade, seguido de um breve relato sobre a Religiosidade de matriz Africana e
o seu contexto em sala de aula, seguido das considerações finais.
Palavras – chave: Ensino Religioso; Religiosidade de Matriz Africana; Escola
ET 02 – ESTUDOS CULTURAIS E IDENTIDADES
IDENTIDADE SURDA: ANÁLISE DO DISCURSO IDENTITÁRIO DO SURDO E SUAS
FRONTEIRAS SIMBÓLICAS EM ARACAJU-SE
Daisy Mara Moreira de Oliveira (UFS)
O tema identidade, presente nos discursos das Ciências Sociais, é considerado como uma das
características das sociedades contemporâneas e produto da globalização de um período histórico
que tem como marca as constantes transformações que, por conseqüência, causam as crises
existenciais. Esta pesquisa tem como objetivo analisar o movimento surdo denominado de
“Identidade Surda”, através da guinada histórica nacional promovida por este grupo na década de
60, além de verificar como os surdos sergipanos têm, na atualidade, reafirmado este movimento e
em que espaços estas identidades tem se revelado. Para tanto, utilizamos de entrevistas com
surdos residentes em Aracaju-SE, bem como a observação nos locais de encontro. A pesquisa,
ainda que parcial, aponta para o despertamento deste grupo específico e o engajamento com seus
pares e articulações em locais próprios de encontro em prol do fortalecimento cultural.
Palavras-chave: identidade surda, cultura, surdo.
ESTRANGEIRO EM SERGIPE NO TEMPO DA SEGUNDA GUERRA: CONFLITOS DE
IDENTIDADE
Eduardo Alves Neto (UFS)
Marcelo Alario Ennes (UFS)
A comunicação tem uma abordagem analítica sobre as influências que a presença dos
Estrangeiros no Estado de Sergipe. A investigação ocasionou-se em diversas instâncias, sejam na
economia, na cultura, na política ou em outros âmbitos sociais. A problematização dar-se através
da concepção de Tempo e Identidade. O tempo de recorte é o período da segunda guerra mundial
onde Sergipe é inserido neste contexto global. Durante esse período os conflitos de identidades
ocorreram após torpedeamento de navios brasileiros na costa sergipana. Pondera-se os
Estrangeiros que foram acusados de quinto-colunismo pela mídia e autoridades do Estado, as
conseqüências se enfatizaram numa consolidação da identidade nacional e perseguição aos
Estrangeiros de nacionalidade dos países que compunham o eixo Alemanha – Itália - Japão que
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
estavam em Sergipe. Para isso, fundamentou-se na teoria de Pierre Bourdieu em sua concepção
de Campo social e noção de habitus. No tocante identidade a comunicação instrumentaliza-se a
partir das concepções de Stuart Hall e Manuel Castells.
Palavras-chave: Estrangeiros; Sergipe; Identidades
“NA LIDA DA CATAÇÃO NÓIS SOMOS GENTE!” IDENTIDADE E ALTERIDADE NA
CONSTRUÇÃO DOS TERRITÓRIOS DA MANGABA EM SERGIPE
Jailton de Jesus Costa (CODAP/UFS)
Rosemeri Melo e Souza (DGE/UFS)
A constituição identitária das mulheres coletoras de mangabas e de suas territorialidades
configuradas em profunda relação expressa na aparente antinomia coexistência/ sobrevivência
baseada na coleta (catação) dos frutos da mangaba (Hancornia speciosa) é o foco deste trabalho.
Procura-se discorrer sobre os mecanismos de constituição de uma identidade de resistência
(Castells, 2003) desse segmento social, mediante recurso a variadas formas das sociabilidades
estabelecidas (Motta et al., 2009) e das configurações sócio-territoriais empreendidas como
estratégias do cotidiano (CERTEAU, 2006) pelas catadoras de mangaba que vivem e praticam sua
atividade no litoral norte de Sergipe, mais especificamente aquelas residentes em Barra dos
Coqueiros. A crescente escassez de acesso às mangabeiras, posto estas árvores estarem
situadas em propriedades privadas e/ou em processo de apropriação por particulares, sendo que
a mangaba não é espécie cultivada em Sergipe. Esse contexto de pesquisa evidencia um “jogo
indiciário”, conforme Ginsburg (2001), que norteia a perspectiva metodológica deste trabalho e o
estabelecimento das territorialidades, através de jornadas de campo e de abordagem etnográfica,
depoimentos de catadoras de mangaba foram analisados para a demarcação das estratégias do
cotidiano. Conclui-se que a territorialidade constituída no tensionamento entre a identidade de
resistência e a alteridade de sua condição de catadoras aponta para intrincada teia relacional e de
significados que enveredam entre o ethos discursivo das mesmas, sobretudo das mais idosas
catadoras como pertencimento e as condições objetivas de manutenção desse segmento
vivenciadas pelas catadoras mais jovens pelas condições desfavoráveis à continuidade da
exploração da mangaba como recurso de uso comum.
Palavras-chave- Hancornia speciosa, territorialidade, identidade, alteridade.
AS CANÇÕES DE GONZAGÃO: IDENTIDADE CULTURAL
Joaquim Cardoso da Silveira Neto (FBB/FACE/SEC-BA)
Jailda Evangelista do Nascimento Carvalho (UFS)
Alecrisson da Silva (Pio Décimo)
Referenciar a identidade de um povo a partir de expectativas geradas no meio musical é tarefa
complexa e difícil de ser executada. Esta realidade se vislumbra quando o tema é a auto-estima
de um povo, grupo social ou sociedade. Ela se aplica ao Nordeste, que sofre dificuldades e
preconceitos dirigidos ao campo lingüístico e cultural, geradores de situações e rotulações
preconceituosas. Para se chegar a essas afirmações, este trabalho utilizou-se de duas
metodologias: a primeira foi a de campo e a segunda a bibliográfica. Uma das conclusões
produzida por esta investigação científica foi a de que o perfil que gerou inúmeros rótulos e
estereótipos está sendo superado aos poucos pela presença marcante de manifestações
artísticas, dentre outras, as canções de Luiz Gonzaga, Rei do Baião. Gonzaga, com seu estilo
inovador, ajudou a iniciar o processo de negação do aviltamento a que o povo nordestino esteve
relegado, colocado à margem da credibilidade e possibilidade étnica para desaprovação de
inúmeros sociólogos e pesquisadores que enxergam no nordestino de hoje, um povo em franca
ascensão em função da colaboração da arte de um Luiz Gonzaga. O grande mérito de Gonzagão
está no processo de composição baseado nas variantes lingüísticas e nas imagens culturais como
matéria-prima para as suas músicas defensoras da cultura e da formação da identidade
nordestina.
Palavras-chave: Canções; Nordeste; Identidade Cultural.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
RETÓRICAS DE IDENTIFICAÇÃO E DIFERENÇA: JOVENS QUE SE IDENTIFICAM COM O
ESTILO DE VIDA DO PAGODE BAIANO EM ARACAJU
Mateus Antonio de Almeida Neto (UFS)
A identidade é uma construção que se narra sempre relativa a algo que está em jogo e construída
por processos antagônicos. O ponto de partida desse processo individual ou coletivo é o fato de
que a identidade sempre é construída a partir do Outro. Este trabalho é de natureza etnográfica no
qual procura-se operacionalizar a identidade cultural como uma categoria analítica buscando
refletir junto a jovens que se identificam com o estilo de vida do pagode baiano e constrói retóricas
identitárias em seu cotidiano na capital sergipana, Aracaju. Penso a identidade cultural a partir dos
estudos de Hall (2006) e o conceito semiótico de cultura de Geertz (1978) - baseado nos signos,
nos sistemas de significação amarrado as teias de significados em que o próprio homem mesmo
teceu.
Palavras-chave: identidade cultural, estilo de vida, pagode baiano, retóricas identitárias, Aracaju.
A MEDIAÇÃO CULTURAL E O DESENVOLVIMENTO DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
E FORMAÇÃO DO INDIVIDUO: UMAS REFLEXÕES QUASE BIOLÓGICAS
Miguel Angel Garcia Bordas (UFBA)
Theresinha Guimarães Miranda (UFBA)
Fabio Zoboli (UFS)
Esta comunicação parte de uma clara assunção do caráter social dos processos considerados
mentais, tentando ter um entendimento dos processos da denominada mediação semiótica.
Representa um esforço desde um ângulo novo – não dicotômico – para o exame das relações
entre linguagem e pensamento. No meio destas manifestações dicotômicas desejamos apresentar
esta abordagem, por vezes entendida ou denominada de Vigotskyana ou sócio-histórico-cultural
mostrando alguns destaques sobre o grande tema da ontogenia e filogenia dos processos mentais
e da evolução da mente. A nossa preocupação visa encontrar elementos epistemológicos para
uma melhor compreensão dos processos de aprendizagem assim como uma fundamentação
antropológica.
A PESCA ARTESANAL NA ILHA MEM DE SÁ: RELAÇÕES RECIPROCAS ENTRE AMBIENTE
E CULTURA
Miria Cássia Oliveira Aragão (UFS)
Rosemeri Melo e Souza (UFS)
Dentre as diversas teias de reciprocidades envoltas no cerne da existência humana a relação do
homem com a natureza mediada pelo trabalho requer especial atenção. Pois, a construção do ser
social se faz na interação dos padrões culturais esculpidos no âmbito do trabalho, condição
modeladora dos ambientes naturais e construídos, além de elo condutor das práticas sociais e da
reprodução humana. A área de estudo compreende a comunidade Mem de Sá situada em uma
ilha fluvial no estuário do rio Vaza-barris, (11º29’26”S e 06’46”W), localizada em Itaporanga D’
ajuda, distante apenas 23 Km da sede municipal e a 53 Km de Aracaju, capital do estado de
Sergipe. A lógica de vida evidenciada na comunidade Mem de Sá revela a singularidade de
utilização do seu território, pois as relações sociais pautadas na afinidade, parentesco e compadrio
se expandem ao território de pesca, território comum. As demarcações e uso dos pontos de pesca
pelos nativos refletem a sabedoria ecológica, ambiental e social dos mesmos permeados pelo
acesso coletivo aos recursos naturais, como também, influenciam diretamente na utilização das
artes de pesca nos reconhecidos pontos. Portanto, na ilha Mem de Sá a pesca artesanal se
compõe por laços sociais construídos culturalmente influenciando diretamente a utilização do
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
ambiente natural, como também, o conhecimento tradicional sobre os processos naturais
repassados ao longo do tempo é elemento primordial para a sobrevivência das gerações de
pescadores precedentes.
Palavras- chaves: cultura, ambiente, reciprocidade.
“OS SURDOS”: SUJEITOS DE UMA CULTURA PRÓPRIA NUM ESPAÇO MULTICULTURAL?
Valéria Simplício (Faculdade São Luís de França)
O presente trabalho procura fazer uma reflexão acerca da relação entre a surdez e a cultura
através dos referenciais teóricos: cultura, cultura surda e multiculturalismo, buscando analisar as
discussões que têm sido travadas na atualidade sobre a “Cultura Surda” a partir de dois modos: de
um lado, a existência de uma cultura surda e seu oposto (a cultura ouvinte); do outro, a não
aceitação da existência de uma cultura surda, uma vez que surdos e ouvintes fazem parte de um
mesmo universo social. Algumas questões serão levantadas com o pressuposto de discursar
sobre movimentos de lutas e batalhas pelos surdos e pela aceitação de uma Cultura Surda num
espaço multicultural, bem como os discursos sobre a desconsideração da existência de
agrupamentos de surdos que se utilizam de formas de representação diferentes daquelas
utilizadas pelos ouvintes. Alguns estudiosos da área, apoiados no conceito de multiculturalismo,
que entende a cultura não restrita à etnia, à nação ou à nacionalidade, mas como um lugar de
direitos coletivos para a determinação própria de grupos, têm defendido a existência de uma
cultura surda, consubstanciada por comportamentos, valores, atitudes, estilos cognitivos e práticas
sociais diferentes da cultura ouvinte. No entanto, a questão da existência de uma cultura surda
gera dificuldades e incompreensões em alguns por entenderem que, apesar da surdez ser um
traço de identificação entre os surdos, parece não ser suficiente para considerá-los como "pares"
ou como "iguais" ou mesmo como parte de uma mesma comunidade só pelo fato de serem
surdos.
Palavras-chave: surdez; cultura surda, multiculturalismo
ET 03 – IDENTIDADES, DIFERENÇAS NA CULTURA E NA LITERATURA
Coordenador: Prof. Dr. Carlos Magno Santos Gomes
A ALTERIDADE DA ESCRITORA BRASILEIRA
Prof. Dr. Carlos Magno Gomes (UFS)
Este trabalho traz algumas reflexões sobre a forma como a escritora brasileira constroi sua
alteridade na narrativa brasileira. A alteridade é problematizada como uma questão social a partir
do momento que a mulher busca dar voz para os excluídos em suas narrativas. Nesse processo, a
identidade da mulher burguesa é questionada diante da voz do outro de classe, de de raça ou de
orientação sexual diferenciada. Com isso, avalia-se o posicionamento intelectual e estético da
escritora quando aborda a questão da voz do outro. No campo teórico, trabalha-se com conceitos
de identidade, propostos por Bauman e Hall, e de alteridade, construídos por Bhabha e Jodelet.
Assim, prioriza-se uma metodologia interdisciplinar que valorize a perspectiva da diferença e dos
estudos culturais como ponto de referência para este estudo. Historicamente, identificamos
algumas representações da alteridade na ficção de Rachel de Queiroz (1930), Lygia Fagundes
Telles (1973), Clarice Lispector (1977), Nélida Piñon (1989) e Ly a Lya Luft (1994).
Palavras-chave: Alteridade, Identidade, Escritora Brasileira.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
IDENTIDADE E MÍDIA: SER NEGRO/AS EM REVISTAS
Daniela Barreto do Sacramento (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
Diversas literaturas, tais como Hall (2002), Meneses (1992), Lima (2006) apontam que somos
seres sociais constituídos por diversas identidades, tais como gênero, etnicorraciais, religiosas,
entre outras. Considera-se que essas identidades são construídas histórica e socialmente a partir
das relações com os diversos outros com os quais no relacionamos direta e indiretamente.
Relações estas mediadas por diversos artefatos culturais produzidos e em processo na sociedade.
Entre estes instrumentais, encontram-se aqueles constituídos por imagens representativas do
pensamento e imaginários sócio-políticos e ideológicos da sociedade através das imagens. Um
dos lócus privilegiados dessa linguagem imagética são as revistas destinadas predominantemente
aos jovens e ao público feminino. Nessa perspectiva este artigo propõe-se a analisar a
representação sobre negros e negras nas revistas “Toda Teen” e “Atrevida”, revistas brasileiras
destinadas a adolescentes. Consideramos a produção midiática como instrumento de formação
de opinião, portanto de conceitos, procedimentos e atitudes. Desse modo, estes artefatos são
instrumentos de educação das novas gerações através de suas representações e, portanto, na
forma como representam as diversidades brasileiras. Estudos apontam que hegemonicamente
ainda servem como instrumentos de exclusão de parte dessa sociedade, de modo específico a
população negra. Faz-se necessário refletir sobre essa realidade e sua dinâmica de (re)produção
em processo, bem como suas possibilidades de transformação.
Palavras-chave: identidade, imagem, mídia, ser negro, racismo, representação.
A IDENTIDADE FEMININA NAS NARRATIVAS DE ANTÔNIO CARLOS VIANA
Gisélia Mendes da Silva (UFS)
Esta pesquisa investiga a representação feminina nas obras do contista brasileiro contemporâneo
Antônio Carlos Viana. A mulher na narrativa de Viana assume, normalmente, posturas que vão
desde a pureza de comportamento, como ocorre no conto “A linda Lili” do livro Aberto está o
inferno (2004), às atitudes ousadas de Dalila, personagem do conto “Nas águas de Dalila” que
integra a coletânea O meio do mundo e outros contos (1999). Esses extremos na composição
artística de Viana possibilitam reflexões relevantes para a elaboração de um quadro significativo
dos perfis femininos que compõem o universo artístico deste escritor. Para embasarmos as
nossas discussões nos valeremos de alguns teóricos que discorrem acerca de gênero, cultura e
identidade.
Palavras-chave: Antônio Carlos Viana, gênero, identidade.
DISCURSO, GÊNERO E IDENTIDADE EM NELIDA PIÑON
Joseana Souza da Fonsêca (UFS)
A finalidade desta comunicação é analisar como o discurso do sujeito mulher é construído em A
doce canção de Caetana (1987), de Nélida Piñon. O estudo parte da observação que nem todos
os agentes sociais têm os canais de expressão livres. Nesse texto, a insistente voz do narrador
sobrepõe às vozes das personagens femininas. A artista mambembe e as prostitutas,
personagens em estudo, não se sobressaem enquanto sujeito do discurso. Tal aspecto revela que
o silenciamento está interrelacionado a enquadramentos sociais de gênero, raça ou classe, bem
como impede a construção de novas identidades para essas mulheres. A ordem do discurso
(2006), de Foucault; Marxismo e Filosofia (1986), de Bakhtin, garantem a coerência teórica no que
se refere à relação sujeito/discurso. Os autores reconhecem que as práticas discursivas estão
articuladas sob determinações históricas e políticas. No estudo sobre constuções identitárias, as
teorias de Bauman (2005) e Hall (2006) corroboram na afirmativa desta análise.
Palavras-chave: Mulher, Discurso, Silenciamento, Determinações históricas e políticas
A LEI MARIA DA PENHA COMO SUBSÍDIO DE LEITURA
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Monique Santos de Oliveira (UFS)
Este trabalho apresenta as diretrizes da Lei 11.340/06, denominada, Lei Maria da Penha, como
parte de uma leitura interdisciplinar em que a violência contra a mulher seja desmistifica. A partir
da visibilidade da opressão simbólica masculina, analisamos como a violência contra a mulher é
representada na literatura. Partimos dos estudos de gêneros sobre a dominação masculina
debatida por Pierre Bourdieu. Assim, pretende-se explorar de forma politizada questões de
gêneros como uma prática atual para o ensino de literatura.
Palavras-chave: Leitura; Violência; Lei Maria da Penha.
A LUTA PELA LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO DAS LETRAS LUSITANAS
Mirela Magnani Pacheco (UFS)
Para se falar do processo de construção da identidade lusitana no período colonial, faz-se
necessário aludir, primeiramente, ao modo como a consolidação da língua portuguesa esteve
ligada ao fortalecimento do império português, sobretudo no período das navegações. Essa
observação se torna necessária no sentido de compreender os mecanismos mediante os quais se
delineou a língua que inevitavelmente nos une a Portugal bem como as manifestações culturais
que dela nasceram, dentre elas a literatura, que passou por um longo processo de construção –
ou “invenção”, como quis Abreu (2003) – ao longo do século XVIII. Literatura essa que passa a ser
dividida com a colônia, já nesse período – com as produções dos poetas brasileiros que se
dirigiam a Lisboa, Coimbra e Porto, em busca de educação de qualidade – e que passará por
momentos de tensão no século seguinte, quando se dá a independência política do Brasil,
iniciando assim o movimento de emancipação da literatura brasileira.
Palavras-chave: Língua portuguesa; construção; letras lusitanas.
ET 04 - AÇÕES AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE
O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA:
UMA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE
Antônio Marcos Feitosa Gomes (EMCDF)
O presente estudo descreve uma pesquisa em curso que abordará dentro de uma perspectiva
dialética, contradições e dificuldades do ensino da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas
públicas (Municipal e Estadual) de Canindé de São Francisco. Tem por objetivo geral investigar o
ensino da história e cultura afro-brasileira e as ações das Escolas públicas no sentido de contribuir
para melhor preparar os professores para trabalhar a diferença pela a igualdade. Utilizando para
tanto, uma metodologia qualitativa, no qual foi necessário desenvolver os seguintes procedimentos
metodológicos: uma pesquisa bibliográfica em textos, artigos, livros, jornais, revistas e internet,
além de entrevista com professores, alunos, coordenadores e diretores. Evidencia-se a priori que
é na formação do professor que se deve iniciar uma mudança de concepção em relação à história
afro-brasileira. Também se dispõe a articular, a luz da teoria revisada, a vivência de atividades
didáticas em sala de aula com a efetivação da lei 10.639/03 no cotidiano escolar, rompendo com
paradigmas preconceituosos, baseados no senso comum. Uma análise parcial percebe-se a
necessidade de uma política efetiva de formação continuada para os professores nesta temática.
Palavras-chave: Afro-brasileira, Igualdade, Formação Continuada, Escolas Públicas.
O DESAFIO DA INCLUSÃO DA TEMÁTICA ETNICORRACIAIS NAS ESCOLAS
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Edjária Silva Chagas (Secretaria Municipal de Educação)
Joelma Santos Alves (Secretaria Municipal de Educação)
Este trabalho divulga os primeiros resultados de um projeto pedagógico que tem como foco a
proposta de trabalhar as Relações Etnicorraciais partindo do princípio de que para valorizarmos
nossa cultura, antes precisamos conhecê-la em toda sua essência, a educação é uma ação de
comunicação entre os sujeitos que possibilita a articulação entre o saber erudito, cientifico e as
experiências do senso comum e a convivência ética com a diferença.Entender o porquê de um
país imenso de riquezas e possibilidades e com tantos limites para exercer sua alma e sua força
pelos caminhos da superação das desigualdades ainda é um desafio. O resgate histórico da
contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira; reconhece as
disparidades entre brancos e negros em nossa sociedade e a necessidade de intervir de
forma positiva assumindo um compromisso de eliminar as desigualdades raciais.Com esse
trabalho iniciaremos nas escolas da rede municipal de Rosário do Catete o comprimento da
resolução nº 1, de 17 de junho de 2004
do Conselho Nacional de Educação, assim
disseminando as temáticas relacionadas as relações etnicorraciais que será o ponto de partida
para se promover uma reflexão da realidade, problematizando- a e experimentado-a. Para tal
desenvolveremos trabalhos a partir da prática cotidiana dos alunos, estimulando a leitura de
gêneros textuais diversificados sobre a temática, oficinas ,filmes, parodias pesquisas,teatro e
excursões intermunicipais.
Palavras–chave: Relações Etnicorraciais, Resgate Histórico, Superação e Desigualdade
A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO, O EMERGIR DE UM NOVO PARADIGMA DE DEMOCRACIA E
AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
ROBSON ANSELMO SANTOS (INSTITUTO BRAÇOS/ GEPPIADE)
Este ensaio se propõe discutir o impacto das estruturas sociais na constituição da identidade dos
sujeitos, focalizando a escola e a educação escolar como instrumentos construtores de
identidades fragmentadas dos estudantes negros, é o palco primaz que direcionam nosso olhar
para perceber o potencial de transformação engendrado nas políticas de ações afirmativas para a
população negra, como mecanismos de promoção da igualdade, destacando o grau de
implementação/absorção pelos sistemas de ensino das Diretrizes Nacionais para a Educação das
Relações Etnicorraciais.
Palavras Chave: Identidade, Negro, Educação
ENSINO SUPERIOR E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS: ESTUDO COM ALUNOS DE
LICENCIATURA DA UFS/ITABAIANA
Rosenilde Alves dos Santos (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
João Rogério Menezes de Santana (UFS)
A universidade é um espaço onde circulam questões relacionadas às identidades. São temáticas
que têm ocupado as diversas áreas do conhecimento. As identidades são cada vez mais
entendidas como construções plurais socialmente construídas e modificadas nas relações sociais.
Ao longo da nossa vida formamos nossas identidades a partir da forma como nos relacionamos
com os outros e como estes influenciam nossa forma de ser: mulher, homem, negro/a, branco/a,
heterossexual, homoafetivo, dentre outros. Na condição de processo estão sempre em
construção. Para Lima e Trindade (2009, p.17) as identidades dos sujeitos se constituem a partir
das semelhanças e da identificação com o outro, nas relações sociais. Segundo as autoras “são
continuamente (re) construídas a partir de repertórios culturais e históricos de matrizes africanas, e
das relações que se configuram na vivência em sociedade.” Assim, como colocam Lima e
Trindade (2009) na história brasileira as problemáticas etnicorraciais são mediadas pela forma
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
como o racismo e o escravismo impuseram sentido negativo ao ser negro/a. Este trabalho é parte
do projeto e pesquisa “A Expansão do Ensino Superior Federal Público: o caso da Universidade
Federal de Sergipe / Campus Professor Alberto Carvalho”. Como objeto de estudo o processo de
formação de identidades dos alunos dos sete cursos de licenciatura desse campus. Serão
abordadas aqui atribuições acerca das identidades etnicorraciais dos alunos(as) no contexto da
expansão e inclusão.
Palavras-chave: ensino superior, relações etnicorraciais, inclusão, cotas.
OPORTUNIZAR E DEMOCRATIZAR: O CASO DA POLÍTICA DE COTAS NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE (NOTAS PRELIMINARES)
Yérsia Souza de Assis (UFS)
Frank Nilton Marcon (UFS)
Pensar a questão da política de cotas e das ações afirmativas no universo das instituições de
ensino superior públicas do Brasil tem sido um tema bastante apreciado por parte de
pesquisadores das aéreas das ciências sociais e da educação. Pensando nisto, a presente
comunicação busca se inserir nesse debate auxiliando – se em elucidações teóricas já feitas sobre
o tema (MARCON, 2010) (NEVES, 2010) (HASENLBAG e SILVA, 1998) (MUNANGA, 2001).
Pretende – se assim investigar o processo de políticas de cotas no contexto das ações afirmativas
por meio do PAAF /UFS – Programa de Ações Afirmativas da Universidade Federal de Sergipe e,
como esse processo cruzado com a questão da mobilidade social pode apontar questões acerca
das oportunidades educacionais entre alunos oriundos de escolas públicas e privadas, e entre
alunos brancos e não – brancos, partindo dessa perspectiva buscar – se – á por meio dos dados
estatísticos destacar o panorama do ensino em Sergipe, em especial, do ensino superior da UFS.
Todo caso, é válido salientar que essa comunicação por se tratar de um estudo de caso preliminar
ainda não conta com considerações finais conclusivas.
Palavras-chave: Ações Afirmativas; Raça; Ensino Superior; Mobilidade Social
ET 05 – GÊNERO E SEXUALIDADE
SANIDADE OU LOUCURA NA FICÇÃO DE SÔNIA COUTINHO
Claudia Souza Santos Santana (UEFS)
Sônia Coutinho, escritora baiana contemporânea, nos apresenta em sua narrativa uma importante
contribuição acerca do universo feminino a partir dos anos 60, sua obra nasce em um dos
períodos mais duros da ditadura militar, onde a repressão havia dissociado e reduzido ao silêncio,
os movimentos sociais, entre eles o feminista, compreende-se que não só o movimento social,
como também, o gênero feminino em si, viveu por muito tempo, e em alguns casos ainda vive-se
em um silêncio profundo, onde a mulher ainda se mantém em certo grau, em posição secundária.
Este artigo pretende analisar o conto “O leque do Afeganistão”, inserido no livro “Os venenos de
Lucrécia” (1978). Desenvolvendo uma nova voz, representando a condição da mulher na ficção
contemporânea, a escritora apresenta os conflitos internos e anseios vivenciados pela
personagem Sibila, que se desilude no casamento, resultando em um estado de sanidade ou
loucura evidenciado pela postura da protagonista, que ainda traz consigo os resquícios de uma
criação opressora, desencadeando assim vários estados da alma humana. A concretização desse
trabalho é de caráter bibliográfico e dedutivo.
Palavras-chave: Sanidade, loucura, ficção, universo feminino.
“COISAS DE BICHA”: REDES SOCIAIS E O MILITANTISMO HOMOSSEXUAL SERGIPANO
Diego Ramon Souza Pereira (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Marcos Ribeiro de Melo (UFS)
Saber como a posição social de um agente e as redes interacionais associados por esses
resultam na produção de um militante, é o objetivo principal desta comunicação. Embasado por
uma literatura sobre movimentos sociais, particularmente redes sociais e estruturas de
oportunidades políticas, a exemplo de Alonso (2007; 2009), Melo (2008; 2010), Oliveira (2008),
Petrarca (2008) entre outros. Foi se analisado as informações provenientes da aplicação de uma
entrevista semi-estruturada feita a uma liderança do movimento homossexual de Sergipe. Este
artigo tem o intuito de contribuir no entendimento da lógica do militantismo sergipano,
particularmente as redes sociais que fomentaram a gênese do movimento homossexual
sergipano. Entre os apontamentos conclusivos é válido salientar que se mostrou evidente como as
redes (escolares, partidárias, trabalhistas, entre outras) da trajetória individual se tornam ou são
convertidos em disposições a militar.
Palavras-chave: Militantismo, Movimento Homossexual, Redes Sociais, Sergipe
SAÚDE, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR: CONCEPÇÕES DE PAIS DE ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO
Edenilse Batista Lima (SEED-SE)
João Rogério de Menezes (UFS)
Uma medida promissora para a promoção da saúde do adolescente é o conhecimento da própria
sexualidade e dos potenciais riscos que se corre quando não se vivencia esta sexualidade de
maneira consciente, a partir das negociações pela liberdade A saudável concretização desse
direito se dá a partir das práticas sócio-educativas, principalmente na família e na escola. Neste
trabalho objetivou-se compreender concepções acerca da relação saúde, sexualidade e educação
escolar manifestadas por pais de alunos do Ensino Médio de uma escola pública da cidade de São
Cristóvão/SE. Um questionário foi aplicado a 90 pais de alunos de três turmas do Ensino Médio
Regular, sendo que a maioria era do sexo feminino, com idades compreendidas entre 41 a 72
anos, com maioria entre 41 a 50. Os resultados apontam que os pais associam sexualidade a
sexo, não se sentem à vontade para falar sobre sexualidade com seus filhos e acreditam que sexo
antes do casamento é irresponsabilidade, pecado e desvaloriza as jovens. Avaliando os resultados
percebemos que as concepções dos pais consultados se relacionam, principalmente, com a idéia
de uma sexualidade ligada à essencialidade do corpo, desprovida de fatores psicológicos e
culturais; e que a conversa com seus filhos sobre sexualidade ainda é um tabu.
Palavras-chave: Educação sexual, Saúde, Sexualidade
MENINAS VESTEM ROSA, MENINOS VESTEM AZUL: CONCEPÇÕES DE ADOLESCENTES
ACERCA DA MASCULINIDADE E FEMINILIDADE
Flora Alice Santos Almeida (UFS)
Esse estudo objetivou identificar as concepções de adolescentes acerca da masculinidade e
feminilidade levando em consideração as diferenças e papéis socialmente estabelecidos para
homens e mulheres. Participaram dessa pesquisa 14 adolescentes, entre 15 a 18 anos de idade,
de ambos os sexos, sendo 05 meninas e 09 meninos, participantes do Serviço Socioeducativo
“PROJOVEM Adolescente”, residentes na região periférica do Município de Nossa Senhora das
Dores-SE. Utilizou-se a técnica do Grupo Focal para a constituição dos dados, sendo realizado em
uma única sessão. Os sujeitos do estudo conceberam como masculinos aspectos relacionadas à
força, à sexualidade sem freios, à dedicação ao trabalho, enquanto que as atividades ligadas à
maternidade, ao afeto, ao cuidado foram concebidas como papéis e atribuições femininas. Apesar
de nesse estudo também terem sido evidenciados aspectos que denotam transformações nas
concepções acerca do masculino e do feminino, confirmam-se ainda os estereótipos tradicionais
de gênero; as aproximações da mulher ao espaço privado e do homem ao espaço público; a
expressividade relacional associada às mulheres e a instrumentalidade aos homens; convivendo
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
assim aspectos arraigados por uma ideologia masculinista de gênero, com outros mais
equânimes. Tais resultados podem vir a subsidiar o desenvolvimento de Projetos de Intervenção e
ações de técnicos da Rede territorial do Município de Nossa Senhora das Dores no que tange às
relações de gênero e a forma como essas são concebidas e significadas na Adolescência.
Palavras-chave: Relações de gênero, Adolescência, Estereótipos de Gênero
SER MULHER:
REFLEXÕES SOBRE A IDENTIDADE FEMININA EM CONTOS INFANTIS
Fernanda Reis de Carvalho (UFS)
Este trabalho tem como propósito analisar como a identidade feminina tem sido representada nos
contos infantis. Para tanto, utilizamos os contos “A Gata Borralheira”, conto clássico escrito por
Perrault em 1697 na Europa, também conhecido como Cinderela (neste ensaio utilizamos a
versão brasileira traduzida por Monteiro Lobato); e “A Bela ou a Fera”, conto contemporâneo
escrito por Anna Flora no ano de 1993 no Brasil. Para atingir este objetivo, faremos uma discussão
sobre a noção de identidade, a partir das ideias propostas por Stuart Hall (2007), Kathryn
Woodward (2007) e Michel Agier (2001), refletindo sobre as identidades na pós-modernidade
enquanto fragmentadas, construídas através de discursos e em relação com o contexto, podendo
assim serem constantemente revisadas e modificadas. A análise dos contos revela que ao longo
do tempo ocorreram mudanças significativas na representação da mulher, porém apesar desta
representação encontrar-se em constante reformulação, deixando de ser relacionada apenas ao
ambiente doméstico e ampliando-se ao âmbito público, como o trabalho, a imagem da mulher
ainda é percebida por diversas vezes atrelada ao lar e à espera de um príncipe que possa cuidar
dela e com quem ela possa ser feliz.
Palavras-chave: Identidade – Mulher – Contos infantis
CONDIÇÕES HISTÓRICO-SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DO MOVIMENTO
“HOMOSSEXUAL/LGBT” EM ARACAJU (1981-1996)
Marcos Ribeiro de Melo (UFS)
O presente artigo, que traz dados preliminares de uma pesquisa de doutorado em andamento,
parte de duas principais percepções. A primeira é a de que a mobilização política
“homossexual/LGBT” é um espaço de produção e de disputas em torno de discursos sobre a
“homossexualidade”. A segunda diz respeito à existência de mudanças neste tipo de mobilização
na cidade de Aracaju-SE ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000, em específico, no que
tange à consolidação dos discursos de afirmações identitárias. A partir destas compreensões, o
trabalho investiga as condições histórico-sociais de constituição do movimento
“homossexual/LGBT” na cidade de Aracaju/SE. Estas condições são analisadas a partir dos
“processos de identificação” gerados pela mobilização, numa relação direta com a análise das
trajetórias de três ativistas (dirigentes) do “Grupo Dialogay de Sergipe”, as causas defendidas pela
mobilização e as oportunidades e restrições político-culturais entre 1981 e 1996, anos de criação e
da primeira extinção do grupo, respectivamente. Como fontes para o trabalho foram utilizadas atas
de reuniões, correspondências ativas da organização, artigos de jornais, entrevistas e trabalhos
sobre o Dialogay.
Palavras-chave: condições de constituição; trajetórias; processos de identificação; oportunidades
político-culturais.
SABERES DOCENTES: UM PANORAMA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A
DIVERSIDADE SEXUAL
Maria do Carmo Lima Santos (IFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O debate em torno da abordagem diversidade sexual foi um tema que historicamente passou
longe das discussões nas agências formadoras, em especial dos cursos de formação de
professores, por se configurar num paradigma indigno de ser trabalhado no cotidiano do espaço
escolar. Com o advento da nova LDB 9394/96, o tema ganha espaço entre os temas transversais
e nos princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), configurado na orientação sexual,
como algo inerente à vida, ao prazer e ao exercício da sexualidade, como um direito singular de
cada individuo. O objetivo deste estudo é discutir a problemática da formação de professores na
perspectiva da abordagem diversidade sexual na escola, identificando as diferentes referências e
abordagens teórico-metodológicas que vem sendo trabalhadas no âmbito das agências
formadoras, na tentativa de contribuir com a formação de professores conscientes da importância
da desmistificação desta temática através de práticas pedagógicas inovadoras e contribuintes da
resistência e luta contra os mais diversos sintomas de sexismo, misoginia e homofobia, enraizados
na sociedade e na escola.
Palavras-chave: sexualidade, professores, escola e práticas pedagógicas.
ET 06 – RELIGIÃO, RELIGIOSIDADE, IDENTIDADES E DIVERSIDADE
ABASSÁ REI DE URUBÁ DA FILHA DE OXOSSI QUEURICIDÊ: UMA VISITA BREVE, UMA
HOMENAGEM AINDA QUE TARDIA
Evanilson Tavares de França (SEED)
As linhas breves que comporão este artigo propõem-se a expor um arcabouço do Abassá Rei de
Urubá, a partir de memórias do autor (personagem significativo em toda a trajetória do terreiro –
onde permaneceu dos sete aos 22 anos, tendo, inclusive, assumindo a função de ogã alabê) e de
entrevistas semi-estruturadas efetuadas junto a filhos e filhas de santo da casa de candomblé de
Bochocha, como era conhecida a yalorixá Lenilda Tavares de França na intimidade familiar e entre
os pares do santo. Representa, portanto, uma tentativa de resgate de uma história, de boniteza
indiscutível e de profundidade inegável, construída por filhas, filhos e mãe de santo de um terreiro
plantado em Sergipe (Aracaju), com maior temporalidade no bairro Ponto Novo, mas com raízes
baianas (de onde, aliás, vieram Bochocha e sua mãe, Maria Prudência Santos). Ainda que tivesse
o ketu como matriz, a casa da filha de Oxossi celebrava os caboclos e realizava os seus rituais,
como mostra a denominação do terreiro “Rei de Urubá”, um índio da tribo dos potiguara. É
também uma busca de valorização de um terreiro que teve uma história áurea, iniciada na primeira
metade da década de 70 e concluída definitivamente em 2008. É, ainda, uma homenagem,
dirigida àqueles e àquelas que afirmam e reafirmam sua negritude fazendo uso, também, da
religiosidade.
Palavras-chave: Abassá Rei de Urubá, Candomblé, Ketu.
ANÁLISE ANTROPOLOGICA ACERCA DA “A EFICÁCIA SIMBÓLICA” NOS PROCESSOS DE
CURA NO CANDOMBLÉ
Eval Cruz (UFS)
O presente trabalho estabelece uma relação entre magia e cura, a partir do pressuposto de que as
práticas mágicas continuam a ser solicitadas dentro das vertentes afro-brasileiras, a exemplo do
candomblé, através da criação de uma Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
unindo, desse modo, a medicina convencional às praticas mágicas. Com este objetivo, o estudo
aborda a questão em foco, à luz de estudos relevantes, como os de Marcel Mauss, EvansPritchard, Lévi-Strauss, dentre outros, que foram instigados pela temática. A análise realizada
aponta que as práticas mágicas interferem positivamente na vida das pessoas que nelas
acreditam, evidenciando desse modo a sua eficácia. Percebe-se que, para o mal que a medicina
não encontrou a cura, as práticas mágicas oferecidas nos terreiros cooperam minimizando ou
sanando o problema posto pelo consulente.
Palavras-chaves: Magia, cura, candomblé.
SANTO DAIME EM ARACAJU: CONFLITO E IDENTIDADE
Felipe Silva Araujo (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O uso coletivo de determinadas substâncias, componentes de um sistema interdependente de
práticas, por atores sociais vinculados a esse sistema através de laços materiais e cognitivos, tem
sido amplamente debatido nas últimas décadas, o que até certo ponto contribuiu para o
amadurecimento da relação entre o Estado, a Sociedade e os tais sistemas “marginais”. O Brasil é
pioneiro tanto em relação à rede de pesquisa que está se formando em torno do fenômeno
ayahuasca quanto ao reconhecimento legal pelo Estado de práticas religiosas que exploram este
tipo de comunhão vegetal. Através da observação participante da trajetória de uma igreja do Santo
Daime em Aracaju, desde os trabalhos sem igreja em 2007, passando pela concretização do local
e obra em 2008, até uma análise do presente momento, exploramos questões acerca da dinâmica
do processo de identificação e do conflito diante de práticas como o Santo Daime – onde
diferentes campos semânticos se encontram em constante estado de negociação – e
posteriormente realizamos inferências acerca do papel do conflito no estabelecimento de práticas
e estilos de vida a partir do uso ritual da ayahuasca em práticas daimistas. A metodologia
etnográfica e autores expoentes dos estudos culturais pós-coloniais ofereceram fundamentação a
partir da qual nos posicionamos diante do fenômeno religioso moderno que nos propusemos
discutir.
Palavras-chave: santo daime, ayahuasca, conflito, identidade
CONSIDERAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS ESCADARIAS DA IGREJA DE NOSSA
SENHORA DA CONCEIÇÃO EM ARACAJU/SE
Lumara Cristina Martins Santos (UFS)
Festa da Lavagem da Conceição, assim é popularmente conhecida a Lavagem das Escadarias da
Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Aracaju/SE. O evento ocorre anualmente no dia oito de
dezembro, sendo protagonizado pelos adeptos do Candomblé e da Umbandade Aracaju e de
outros municípios do nosso Estado contando também com a participação de representantes de
outros segmentos sociais (pesquisadores, políticos, representantes da Igreja Católica,
universitários, artistas, etc). O fato social teve seu início em 1982 com a promessa feita por um
grupo de estudantes a Nossa Senhora da Conceição, que em Aracaju sincretiza com Oxum, e
continuou ocorrendo sem interrupções. Portanto, nesse trabalho pretendo etnografar um dos
momentos festivos existentes no dia de comemoração alusivo a Oxum. Abordando as relações
sociais identitárias e conflituosas da festa, que pode ser um dos motivos para que a Lavagem
aconteça sem uma parcela representativa dos terreiros da capital e de outras localidades
circunvizinhas.
Palavras-chave: Festa, Ritual e Identidade
IMAGENS DE CERIMÔNIAS RITUAIS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO DA SANTERÍA CUBANA
Zaylin Leydi Powell Castro (UFBA)
As primeiras informações que se tem das religiões provenientes da África se remontam aos
albores do século XIX. Em Cuba estas tiveram maior auge como em outros lugares de América,
onde a imigração africana a partir da escravidão foi muito mais forte.Dois grandes grupos
religiosos têm chegado a nossos dias: A Santería Cubana ou Regla de Ocha e o Palo Monte. A
Santería Cubana ou Regla de Ocha é a religião de origem lucumí que conhecemos como ioruba
originária das atuais áreas da Nigéria.A santería em si tem sua origem no culto aos orixás ou
deidades do panteão dos iorubas, sincretizados com os santos da hagiografia da Igreja Católica.
Esta identificação, na que por analogias de suas características e atributos se homologou a cada
orixá com um santo católico, foi o que originou a denominação de Santería, termo de mais
freqüente uso entre a população de leigos e fiéis. A Santería ou Regla de Ocha é também
conhecido como Regla de Ocha – Ifá, pela transcendental importância que têm as práticas rituais
relacionadas com o oráculo de Ifá, que são desenvolvidas pelos babalaô (sacerdotes de Ifá). Esta
religião se configurou com rasgos diferenciais nas províncias ocidentais de Cuba aos finais do
século XIX e aproximadamente a partir da terceira década do século XX se espalhou na região
oriental do país. Esta religião tem elementos iorubas muito importantes e são essenciais no
desenvolvimento das cerimônias rituais no processo de iniciação.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
ET 07 – DIVERSIDADES, MÍDIAS E TECNOLOGIA
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO, SUBJETIVIDADES E FORMAÇÃO
DE PROFESSORES NOS TERRITÓRIOS DA GEOFILOSOFIA
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Vinicius Silva Santos (UFS
)
Nosso objetivo é socializar as repercussões das atividades de pesquisa, ensino e extensão
ocorridas entre 2007-2008 originadas através do projeto intitulado I Simpósio Itinerante de
Geofilosofia e Subjetividades. Tais atividades foram desenvolvidas no âmbito da Universidade do
Estado da Bahia, em diferentes regiões do território baiano, através do Núcleo de Estudos de
Filosofia e Formação de Professores – NÔMADES do Departamento de Educação - DEDC XIII. A
finalidade central do projeto visou apresentar, discutir e disseminar idéias de autores como Felix
Guattari (1992), Gilles Deleuze (2000; 2005), Suely Rolnik (1992), Gilbert Simondon (1989), Jean
Baudrillard (2002), Michel Foucault (1994) e Gaston Bachelard (1999) relativas às questões da
produção de subjetividades numa cultura hipermidiática, analisando, sobretudo, suas influencias
no currículo e na formação de professores. Por fim, destacamos a relevância de tais experiências
para efetivar o papel político da universidade na produção e socialização de conhecimentos.
Dentre as atividades destacam-se: (1) Formatos da Subjetividade numa Sociedade Televisiva; (2)
Multiculturalismo e Subjetividade numa Sociedade do Conhecimento; (3) Dramas da Subjetividade
na Cena Contemporânea; (4) Lugares da Subjetividade no Limiar Contemporâneo da
Representação: políticas de captura da infância no currículo e na formação de professores; (5)
Senhas da Subjetividade – Micropolíticas de Afectos; (6) Micropolítica e Segmentaridade..
Palavras-chave: Geofilosofia. Subjetividade. Tecnologias da Informação e da Comunicação
EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E MÍDIA
Maria Joseane Costa Santos (UFS)
Daniele dos Santos Reis (UFS)
Samira de Jesus Nascimento (UFS)
O mundo contemporâneo vem passando por diversas transformações, e a escola como instituição
social educativa passa a ser questionada do seu papel diante das mudanças econômica, sociais e
culturais do mundo globalizado, pois com a introdução das novas tecnologias no processo de
ensino-aprendizagem se adquiriu um novo modelo ensino, no qual busca a formação de um
cidadão flexível e apto atender as exigências do mundo moderno, sem se preocupa em formar
indivíduos capazes de compreender as relações sociais que se dão no espaço. Neste contexto, a
mídia tornou-se um dos principais instrumentos de propagação da ideologia da classe dominante,
fazendo com que a educação escolar forme profissionais qualificados e que estes sejam capazes
de gerar riquezas que alimentem o capitalismo, criando dessa forma uma sociedade que sustente
o circulo do capital. Diante dessa realidade, é importante um estudo que analise os novos
paradigmas educacionais face às transformações da sociedade tecnológica e uma reflexão sobre
o papel da mídia como veiculo propagador das tecnologias.
TERRITORIALIDADE E REDES DE SOCIABILIDADES JUVENIS:
LUGARES, TRANSITOS E TENSÕES DA IDENTIDADE
Vinicius Silva Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Analisamos neste artigo a produção de redes de sociabilidade a partir da reflexão sobre o conceito
de territorialidade oriundo da filosofia de Félix Guattari (1992; 1987) e Gilles Deleuze (2000; 2004).
Inicialmente apresentamos reflexões pontuais sobre o processo de constituição de identidades
sociais, considerando as tensões políticas e formativas que o conceito de identidade provoca na
cena contemporânea. Em seguida, discutimos sobre a formação sociocultural de jovens,
considerando as noções de pertencimento, laço e agrupamento social através da análise sobre as
influências das tecnologias da informação e da comunicação como “território-lugar” que engendra
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
condutas sociais, estilos de vida singulares e auto-hetero-constituídos. Os principais autores
utilizados são: Hartley (2004), Johnson (1999), Bhabha (1998), Cevasco (2003), Eagleton (1993),
Hall (2003). Por fim, destacamos a importância de tais análises para o campo dos estudos
culturais, das ciências humanas e sociais envolvidos na exploração heurística das novas
gerações.
Palavras-chave: Rede de Sociabilidade. Juventude. Territorialidade. Identidade
ÍNDIOS NO IMAGINÁRIO SERGIPANO: MÍDIAS E EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE
Kléber Rodrigues (UFS)
Diogo Francisco Cruz Monteiro(UFS)
O documentário “Índios no imaginário sergipano” pretende se constituir como instrumento a ser
utilizado na formação de professores em Sergipe, na geração de estudos e reflexões acerca da
representação indígena no livro didático em ambientes formais e não formais de ensino. No
documentário serão registradas em vídeo entrevistas com alunos e professores do sistema básico
de ensino de Sergipe, de escolas indígenas e professores universitários que trabalham em suas
pesquisas com a temática indígena. Os depoimentos serão coletados durante quatro meses. Após
estas etapas de coleta dos depoimentos, as imagens gravadas serão submetidas ao processo de
montagem, em que serão selecionadas as falas mais importantes sobre o imaginário dos
depoentes acerca dos povos indígenas. Estas imagens serão comprimidas no formato DVD para a
posterior reprodução e divulgação dos resultados do documentário. Com a efetivação deste
projeto, pretendemos aprofundar o conhecimento sobre o imaginário que a população estudantil
sergipana constrói sobre os povos indígenas, evidenciar as apreciações e os posicionamentos que
os membros da academia em Sergipe possuem sobre a maneira como as representações dos
livros didáticos e o ensino de história têm colaborado para a formação das interpretações acerca
da cultura do povo indígena.
Palavras-chave: índios, documentário, livro didático
SOCIALIDADE, JOGOS ELETRÔNICOS E CULTURA JUVENIL:
INTERAÇÕES, CONVÍVIO E ALTERIDADE NO SELF
Vinicius Silva Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
O objetivo desse artigo é analisar os espaços de interação dos jogos eletrônicos e suas
cartografias no campo das relações sociais contemporâneas. No primeiro momento,
apresentamos a origem desse estudo e seus principais achados. Em seguida através do conceito
de socialidade, oriundo da sociologia Maffesoliniana, destacamos a pertinência teórico-conceitual
das suas análises para compreender as questões dos laços e convívios dos jovens usuários dos
jogos eletrônicos, de modo a analisar o surgimento e/ou gerenciamento de espaços sociais virtuais
de interação marcados pelos processos de convívio e alteridade e sua relevância autoorganizativa figurando outras lógicas de interpretação dos fenômenos ligados aos jovens e os
jogos eletrônicos. Por fim, se faz necessário compreender/analisar os caminhos cartográficos
trilhados pela juventude contemporânea como ponto de partida para compreender tais espaços
coletivamente instituídos nas narrativas dos jogos eletrônicos, pulsando desejo, vontade de
mesclar-se com outros atores sociais em selves de diversão, prazer e alteridade.
Palavras-chave: Jogos Eletrônicos. Socialidade. Alteridade.
A ESTÉTICA DA DIFERENÇA E A SOCIOTECNIA
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Vinicius Silva Santos (UFS)
O objetivo do artigo é apresentar o conceito de Estética da Diferença como dispositivo capaz de
provocar engendramento, afecção e agenciamento nas práticas sociais ordinárias. Inicialmente,
explicitamos a origem do conceito, sua cartografia e geopolítica. Em seguida, analisamos o campo
epistemológico no qual se insere o conceito de sociotecnia associado ao campo da Estética
através de breve discussão sobre as especificidades de cada área e sua caracterização atual.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Num terceiro momento situamos as contribuições da filosofia de Gilles Deleuze na formulação do
conceito de Diferença Pura, articulando a essa etapa a definição de engendramento,
agenciamento e afecção e sua expressividade, concretude e visibilidade para o campo das
ciências antropossociais. Por fim, trazemos à tona a política de sentido contida na potencialidade
dos conceitos de sociotecnia e de estética da diferença, ressaltando a pertinência das reflexões
apresentadas para a análise de práticas sociais e culturais específicas, cujas tensões anunciam
possibilidades de se guerrilhar contra o pensamento redutor ligado à permanência, ao Idêntico e
ao Similar.
Palavras-chave: Diferença Pura. Estética da Diferença. Sociotecnia.
ET 08 - LITERATURA E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
LEITURA E LITERATURA: DESCOBRINDO CONCEPÇÕES ETNICORRACIAIS MEDIANTE A
OBRA BOM CRIOULO
Alecrisson da Silva (PIO DÉCIMO)
Rivalmir Alves de Oliveira (PIO DÉCIMO)
Este trabalho foi realizado com alunos da terceira série do ensino médio de uma escola da rede
estadual da cidade de Coronel João Sá que leram a obra a obra literária de Adolfo Caminha “BomCrioulo” durante o ano letivo de 2010. Este texto aborda duas concepções marcantes: a bravura
do soldado Amaro que possui características afrodescentes e o seu desequilíbrio emocional
evidenciado por conta da traição que o seu companheiro que possui características culturais do
povo europeu com uma pessoa do gênero feminino (dona Carolina). No período em que a obra foi
escrita, a sociedade afrodescendente escravizada no Brasil respira os ares da abolição à
escravatura. Como a política brasileira não tinha uma preocupação com uma forma de inserção de
muitos dos ex-escravos no mercado de trabalho, a alternativa era se sujeitar a qualquer opção de
trabalho. No caso do soldado Amaro a maneira mais viável foi ingressar nas forças armadas.
Mediante a essa abordagem, procura-se constatar se os sujeitos pesquisados conseguem filtrar
que no contexto social daquela época as condições de inserção à liberdade pós escravidão não foi
proposta como deveria pelo governo brasileiro. Os resultados mostram que essa concepção
aparenta não ter sido explorada com tamanha evidência nos debates pós leitura em sala de aula,
uma vez que poucos são os reflexos demonstrados acerca de tais concepções.
Palavras-chave: Bravura; Força militar; Escravidão; Abandono social.
HISTÓRIA E LITERATURA: O PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO EM ANGOLA
Flávio Santos do Nascimento (PIO X)
A independência de muitas ex-colônias européias na África se desenvolveu, quase sempre, de
maneira traumática. Tendo como corolário conflitos internos entre grupos que reivindicavam o
direito à direção das recém criadas nações. Estes grupos puderam fragmentar-se de acordo com
noções étnicas, identificação ideológica, ou ambos fatores atuando ao mesmo tempo. Neste
trabalho é a guerra de independência de Angola que será abordada. Para isso se fará uma ponte
entre História, Literatura e Educação. A literatura aqui empregada é a praticada por de Pepetela,
mais precisamente o livro Mayombe. Importante escritor angolano, Pepetela participou ativamente
do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola). A tarefa é entender os instrumentos
engendrantes do movimento de libertação, bem como a efetivação operacional do sentimento de
nacionalidade. Intelectual, Pepetela é postulado aqui como intermediador, através das
representações que constroi ao longo de sua narrativa. Desnudando as vontades e as
necessidades presentes no jogo de sorte e azar que é a guerra.
Palavras-chave: História – Literatura – Educação – Relações Etnicorraciais
LEI 10639/03 EM PERSPECTIVA
Jeane de Cassia Nascimento Santos (UFS)
Em 09 de janeiro de 2003, a lei 10639 alterou o texto da LDB, estabelecendo a obrigatoriedade do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos estabelecimentos oficiais e particulares
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
de ensino Fundamental e Médio. Essa alteração fez-se necessária, no sentido de direcionar o
olhar para a diversidade étnica brasileira, não reconhecida pela história e pelos círculos letrados
do Brasil. Nesse sentido, além de possibilidade o pleno exercício da cidadania, a lei 10639/03
também gerou demandas relacionadas ao ensino de história e cultura africana. Sob essa
perspectiva, a Universidade e seu corpo docente têm um papel muito importante, qual seja,
trabalhar e preparar docentes e professores que necessitam de material e aporte teórico, a fim de
ministrar o conteúdo programático recomendado pela Lei.
Palavras-chave: Lei 10639/03, identidade, literatura.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
ET 10 - LETRAMENTO E DIVERSIDADES
IMPLICAÇÕES DO “INTERNETÊS” NO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA/ESCRITA: COMO
A LINGUAGEM DA INTERNET INFLUÊNCIA A AQUISIÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS
Maria Jocelma dos Santos (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
O presente artigo aborda o uso da linguagem do “internetês” no processo de desenvolvimento
leitura/escrita dos adolescentes de uma escola pública do ensino fundamental de uma escola de
Aparecida- SE, a partir da análise de um questionário e de e-mails: formais e informais, nos quais
tínhamos como objetivos observarmos como se perpetua o uso dessa linguagem e como a
aquisição dessa nova maneira de escrever interfere no processo de obtenção das competências
lingüísticas, tendo em vista que a linguagem predominante remete-se a norma culta. Assim, esse
artigo traz alguns comentários e reflexões a acerca dessa temática, com o intuito de mostrar de
maneira os pontos plausíveis do “internetês” para a linguística textual.
Palavras-chave: internetês; competência linguística; gênero e cibercultura.
ET 11 - EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E TEMÁTICAS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO
A ESCOLA INDÍGENA COMO ESPAÇO DE FRONTEIRA E DE CONSTRUÇÃO CULTURAL:
POTENCIAL ANALÍTICO E REFLEXÃO ETNOGRÁFICA
José Valdir Jesus de Santana (UESB/UFSCAR)
O paradigma da educação escolar indígena específica, diferenciada, intercultural e bilíngüe ou
multilíngüe foi instituído legalmente como um direito dos povos indígenas por meio da Constituição
Federal de 1988 que regulamentou que as especificidades étnicas devem ser respeitadas em suas
respectivas manifestações e organizações sociais. O que pretendemos, nesse trabalho, é refletir
acerca da educação escolar indígena, pensada e construída nessa perspectiva específica,
diferenciada e intercultural, como espaço de fronteira e de construção cultural. Interessa-nos
refletir acerca do potencial analítico da idéia de fronteira e de construção cultural, elaborado por
Tassinari (2001, 2003) para compreendermos os mais variados projetos de educação escolar
indígena em curso em nosso país, a partir da demanda/objetivo que cada povo indígena deposita
em sua escola. No mesmo sentido, interessa-nos pensar essas categorias analíticas partindo da
reflexão etnográfica produzida sobre a educação escolar indígena em nosso país, a partir dos
diálogos interculturais e multidisciplinares, sobretudo na interface entre Antropologia e Educação.
Palavras-chave: construção cultural; educação escolar indígena; fronteira.
RELEITURA DA HISTÓRIA DO ÍNDIO NO BRASIL: ÍNDIO SUJEITO DE SUA HISTÓRIA
Rosivalda dos Santos Barreto (UFC)
Nadja de Souza Castro (SMSF)
Este texto objetiva sintetizar a história do índio no Brasil no que toca as relações iniciais com os
colonizadores, conseqüências desta para esta população apontando brevemente as leis
promulgadas no curso da história aos dias atuais, isto por não garantirem integralmente os direitos
dos povos indígenas; sinalizar questões referentes a educação destas população desmistificando
o papel da Igreja e do Estado na “civilização” dos índios dando indicativos de como pode ser
aplicada a Lei 10.639/08 a ser implementada nas escolas para promover o conhecimento da
população índia e não-índia, bem como da diversidade de línguas faladas e da população atual de
índios no Brasil. O trabalho se desenvolverá da seguinte forma: “Descoberta” do Brasil e
conversão dos gentios; legislação promotora da emancipação; resistência, insurreições e alianças
indígenas; o papel do Estado e o índio; a Lei 11.645/08 na escola. Assim apresentarei o panorama
da realidade populacional indígena, a responsabilidade do Estado com a educação e políticas
reparatórias para estes que não significaram ganhos reais e ao não índio o conhecimento da sua
história de não subalternização destes. Quanto à escola em sua prática curricular destacar a
importância desta população para a igualdade na sociedade pelo respeito que esta tem pela
diversidade.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
REPRESENTAÇÕES DO ÍNDIO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: DIÁLOGOS SOBRE
IDENTIDADES
Diogo Francisco Cruz Monteiro (UFS)
O ensaio que segue analisa as formas como os índios são representados nos livros didáticos de
história, estabelecendo um diálogo entre os discursos sobre a identidade indígena construídos
pelos autores dos livros escolares e aqueles elaborados pelos próprios índios, as identidades que
se processam pelas tensões geradas entre as auto-identificações dos grupos indígenas e as
denominações que lhes são atribuídas. Dialogaremos com os conceitos de representação,
identidade e fronteiras étnicas elaborados, respectivamente, por Michel Foucault, Frank Nilton
Marcon e Fredrik Barth. Cumprimos os procedimentos de levantamento e análise de conteúdo dos
textos das fontes bibliográficas de referência, produções acadêmicas e livros didáticos. Os livros
didáticos de história perpetuam um olhar externo (colonizador) sobre as representações dos povos
indígenas. O índio é observado como indivíduo com limitada capacidade de ação, sem presente e
expectativa de futuro. Para a reversão deste quadro, aponta-se a necessidade de constante
diálogo entre os resultados das recentes pesquisas acadêmicas nas áreas de antropologia e
história e a produção da escrita didática da história, além do incentivo aos professores e gestores
do ensino básico para a participação em atividades de formação continuada nas universidades.
Portanto, além destas alternativas, a retomada do orgulho de ser índio, a luta dos povos indígenas
pela reafirmação e fortalecimento de suas identidades, como propõem as lideranças de suas
organizações sociais, deve ser levada em consideração no ensino e nos livros didáticos de
história, para um tratamento mais adequado das culturas indígenas nas escolas não-indígenas.
Palavras-chave: Livro didático, representação, índio.
AUTONOMIA POLÍTICA E MÉTODOS LOCAIS DE ENSINO: A EXPERIÊNCIA DO ATER
XUKURU
Fernando Barros Jr. (UFPE)
Atualmente os Xukuru do Ororubá se encontram localizados no agreste pernambucano,
principalmente na cidade de Pesqueira. Após sistemáticas tentativas de supressão dos traços
culturais que os distinguem da população circunvizinha e da apropriação das suas terras, na
década de 1980 foi dado início a articulações que possibilitaram a homologação do título da terra
em 2001. Durante todo esse processo, dois elementos se mostraram de fundamental importância
para a restituição de uma ordem social e garantia dos direitos básicos previstos na constituição: a
organização política por meio de conselhos; e a composição de alianças com organizações que
propunham ajuda ao povo. Da junção desses fatores surgiram vários conselhos – como os de
lideranças, educação e saúde – que geraram uma imagem de organização democrática e
horizontalizada. No decorrer da pesquisa de mestrado, realizada entre os anos de 2008-2010, foi
possível perceber a intenção explícita de um grupo significativamente grande, liderados pelo
cacique, que buscam prioritariamente a autonomia política da etnia. Desta maneira, organizações
como o COPIXO (Conselho de Professores Indígenas Xukuru do Ororubá) existente desde 1996,
passam a ser percebidos como fortemente influenciados pelas parcerias externas e
consequentemente em conflito com as atuais pretensões do grupo. Com essa comunicação oral,
pretendo debater as questões resultantes desses conflitos de interesse, além de buscar
compreender o surgimento de outras estruturas organizativas como a Jupago, que mesmo não se
propondo substituir as organizações anteriores, objetivam desenvolver métodos educacionais de
acordo com princípios locais em oposição ao que compreendem ser o modelo executado pelo
COPIXO.
Palavras-chave: política educacional, autonomia, saber local.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
ET 12 – GEOGRAFIA, IDENTIDADES E DIVERSIDADES
A IDENTIDADE SERGIPANA NO TEXTO DE MANUEL DOS PASSOS E OLIVEIRA TELLES
QUE TRATAM DAS QUESTÕES DE LIMITES TERRITORIAIS ENTRE SERGIPE E A BAHIA
(1900-1930)
Antônio Lindvaldo Sousa (UFS)
Taiane Almeida do Nascimento (UFS)
Este estudo tem como objeto de análise A Identidade Sergipana no Texto de Manuel dos Passos e
Oliveira Telles que Tratam das Questões de Limites Territoriais entre Sergipe e a Bahia (19001930). Para tanto, investigamos a definição de identidade sergipana trazida pelo autor, as
principais características desta e, os motivos que os levaram a expansão dos limites territoriais,
destacando as relações políticas, físicas e sociais desse período e como essa identidade se reflete
hoje. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica realizada em livros, artigos. Os resultados obtidos
revelaram que autor traz uma concepção iluminista de identidade, que ressalta o progresso e uma
visão romântica do ser sergipano, tendo em vista as condições de vida do sergipano. Embora
houvesse o contexto político, social e econômico diferente de outras regiões brasileiras, não havia
esse reconhecimento. A construção da identidade Sergipana perpassa uma visão social de mundo
do homem Sergipano como algo nuclear e desconsidera a fragmentação, a desconcentração da
identidade sergipana, reflete nos dias atuais na identidade atribuída do sergipano.
Palavras-chave: Identidade, Território, Sergipano
A RELAÇÃO DO CAMPONÊS COM A TERRA: UMA IDENTIDADE PARA ALÉM DA
PROPRIEDADE PRIVADA
Lucas Oliveira Morais (UFS)
É pertinente analisar a relação existente entre os camponeses e a terra, pois numa sociedade
capitalista estes ainda mantêm uma relação com a terra que perpassa o fato de serem
proprietários desta, de ter o titulo de proprietário, a grande importância em ter a terra está no fato
de poder produzir independente de um patrão. Esse é um dos fatores que faz existir um elevado
numero de lutas camponesas pela reforma agrária no Brasil. Com o objetivo de analisar e explicar
como se dá essa relação entre os camponeses e a terra. E para entender esse processo a
metodologia foi sustentada por duas frentes: a investigação bibliográfica, e a realização de um
trabalho de campo, buscando por meio de entrevistas informais coletar as informações
necessárias para a construção do presente artigo. É importante salientar ainda que essa
identidade que o camponês estabelece com a terra não é um fenômeno presente somente na
atualidade, se faz presente em toda a história de luta e resistência dessa classe. Cabe destacar
ainda que o principal contribuinte para a existência e permanência dessa identidade está no fato
da terra possibilitar a sua reprodução, pois é dela que o camponês extrai a renda que ajuda a
sustentar sua família. É por isso que apesar de varias dificuldades que os camponeses enfrentam,
principalmente camponeses assentados, eles afirmam que tem uma condição de vida melhor
devido ao acesso á terra.
Palavras-chave: Camponês, Identidade e Terra
PROPRIEDADE CAMPONESA: TERRA DE VIDA E TRABALHO
Carlos Anderson Nascimento (UFS)
Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS)
O presente estudo pretende refletir sobre a propriedade camponesa que, para estes
pesquisadores, aparece como terra de vida e trabalho. Acreditamos que a base, por sua vez,
fundamenta-se numa economia moral amalgamada a uma ordem moral anticapitalista que se
encontra nos interstícios da economia e da ordem capitalista, ou seja, como contradição. A
questão camponesa no capitalismo, não é explicável por meio das categorias da economia
capitalista ou da economia estatal. Numa economia natural, a atividade econômica camponesa é
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
denominada pela exigência de satisfazer as necessidades de cada unidade de produção, que é ao
mesmo tempo uma unidade de consumo. Além disso, a divisão do trabalho camponês entre
atividades agrícolas e não agrícolas, não é simplesmente determinada pela disponibilidade de
terra para trabalho e sim, pelo mercado. Neste rol de investigações, o espaço agrário deve ser
considerado como um conjunto indissociável do qual participam, de um lado, certo arranjo de
objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais e, de outro lado, a vida que os anima ou
aquilo que lhes dá vida. Isto é a sociedade em movimento. Sendo assim, numa escala
local/territorial poderemos destacar o território como uma produção social, imbricado
relacionalmente pela historicidade e conflitualidade inerente a toda esfera do corpo social. Ou seja,
no Pov. Cajarana é possível verificar camponeses proprietários inseridos dialeticamente no mundo
“moderno” carregando consigo a problemática da terra e do território no capitalismo. O resultado
tem sido um território em disputa!
Palavras-chave: Propriedade camponesa, Modo de vida, Conflitualidade, Capitalismo.
A DIVERSIDADE CULTURAL NO MEIO GEOGRÁFICO
Eliene Domingas de Souza (UFS)
Josefa Edilani de Souza (UFS)
Este artigo pretende ser uma contribuição das discussões relacionadas às novas facetas dos
processos sócio-culturais. Pois nas últimas décadas o processo sócio-cultural, unido, as várias e
diferentes formas de cultura, vem sendo um ponto de partida para uma nova maneira de olhar, a
exemplo do agir, pensar e se comportar das classes sociais. Tem esse texto, como principal
propósito, abordar as noções de costume, tradição e cultura a partir de uma apreciação
geográfica. Além desse objetivo, questionar-se-á aqui o significado de espaço cultural e
geográfico, bem como a possível existência efetiva de um fundamento geográfico/cultural na
constituição das individualidades contemporâneas. Por último, e não menos importante, a leitura
desses eventos relacionará breves idéias a respeito da utilização dessas noções no estudo do
espaço humano, enquanto ambiente culturalmente constituído. Após tais elementos seguiram-se
procedimentos como: obtenção de informações pela realização de revisão bibliográfica, descrição
de aspectos relativos às diferentes concepções. Tal pesquisa desenvolveu-se a partir da
investigação em instituições acadêmicas associadas ao levantamento bibliográfico e eletrônico.
Por tais constatações, se conclui que este estudo junto à imediata análise do espaço de
distribuição da cultura e sua população compreende a um contructo humano, apresentando um
maior teor de organização quando definido geograficamente no ambiente.
Palavras-chave: Geografia, diversidade cultural, costumes, tradição
RESISTÊNCIA CAMPONESA FRENTE A UMA LUTA IDENTITÁRIA
Luiz Carlos Tavares de Almeida (UFS)
Carlos Anderson Nascimento (UFS)
Entender o camponês enquanto “modo de vida” Shanin 2008, é observar um segmento social de
identidade própria em um contexto de deturpação e homogeneização de identidades sociais. A
própria terra a qual desde meados do século XIX passou a ser sinônimo de mercadoria, possui um
valor todo diferente aos olhos dos camponeses, possuindo para os mesmos o valor trabalho, em
contrapartida a visão capitalista que coloca a terra enquanto mero valor de troca. As diferenças de
compreensão da realidade concreta são os grandes definidores da identidade camponesa visto
que “aquilo que os seres humanos têm em comum é a capacidade para se diferenciar uns dos
outros” (LAPLANTINE 2006). É no campo que se ouvi uma palavra raramente ouvida entre os
operários urbanos, a palavra liberdade. A acepção de liberdade entendida pelos camponeses
perpassa por uma concepção que se contrapõe a ilusória noção político burguesa, sendo
entendida enquanto possibilidade de realização do indivíduo enquanto portador de seus sonhos e
aspirações, que na maioria das vezes se realiza com a conquista de seu pedaço de “chão”.
Palavras-chave: Camponês, identidade, liberdade.
HISTÓRIAS DE VIDA E MEMÓRIA AMBIENTAL
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O presente trabalho analisa a relevância das histórias de vida de membros de diferentes tipos de
agrupamentos humanos (comunidades e/ou grupos sociais) na constituição de um campo de
conhecimento interdisciplinar denominado memória ambiental. Busca-se dar visibilidade às
contribuições da abordagem (auto) biográfica no campo da pesquisa sobre meio ambiente e
desenvolvimento, destacando a história de vida como instrumento de pesquisa no campo das
ciências humanas e sociais. Os principais autores utilizados são Lejeune (2005), Dominicé (2000),
Le Grand (1993, 2000), Pineau (1989, 2000), Gualejac (1989), Berteaux (1997), Josso (2005). O
problema central do estudo é a potencialidade das histórias de vida se constituir como elemento
teórico-metodológico relevante, pertinente e significante para os estudos de natureza
interdisciplinar ligados à memória social local, ao desenvolvimento regional, à história social do
lugar e suas relações com diferentes enfoques teórico-metodológicos de natureza qualitativa
dispostos aos estudos sobre desenvolvimento e meio ambiente. A opção metodológica da
pesquisa é de natureza empírica, documental e bibliográfica. O projeto envolve diferentes
problemáticas de pesquisa sistematicamente exploradas no âmbito do Programa de PósGraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFS), nos níveis de mestrado e de
doutorado, distribuídos em diferentes objetos de estudo relacionados à questão (auto) biográfica,
memória social e experiência de vida-formação. Os resultados esperados envolvem a construção
de referencial teórico, documental, historiográfico, metodológico e memorialista que favoreça o
reconhecimento das histórias de vida como elementos fundantes da vida social contemporânea,
em especial, das questões relativas ao desenvolvimento e meio ambiente.
Palavras-chave: Histórias de Vida, Desenvolvimento Regional, Memória Ambiental.
TERRITÓRIOS DO SABER NAS HISTÓRIAS DE VIDA PROFISSIONAL DE EGRESSOS
(PRODEMA/UFS - 1997-2010)
Najó Glória dos Santos (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
A pesquisa tem como objetivo analisar a trajetória de vida profissional dos egressos do curso de
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Sergipe. O período
do estudo é de 1997 a 2010. Trata-se da identificação de elementos que constituíram as
“trajetórias” de vida profissional dos alunos egressos mediante o registro das histórias de vida
profissional de dez participantes da pesquisa cujas trajetórias profissionais são marcadas por
fatores que contribuíram para suas escolhas relativas à área da pós-graduação, formação
acadêmica e o mercado de trabalho. A base teórica da pesquisa tem como suporte as abordagens
(auto) biográficas, na microssociologia do trabalho e na interdisciplinaridade. A metodologia é de
natureza mista: qualitativa e quantitativa. Os principais instrumentos utilizados são: questionário
fechado, entrevistas semidirigidas, fontes documentais e relatos autobiográficos. Os resultados
esperados desse estudo concentram-se na possibilidade de mapear as repercussões sociais e
científicas da formação interdisciplinar nas trajetórias de vidas e nas trajetórias profissionais de
egressos ligados ao Núcleo de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Palavras-chave: Histórias de Vida. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Egressos
MEMÓRIA, IMAGINÁRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NAS HISTÓRIAS DE
PESCADORES RIBEIRINHOS DE ILHA DAS FLORES, SERGIPE, BRASIL
Maracy Pereira (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
O objetivo do artigo é analisar as memórias coletivas dos pescadores ribeirinhos da cidade de Ilha
das Flores, Sergipe. Trata-se do estudo sobre elementos da memória e do imaginário social dos
pescadores ribeirinhos de Ilha das Flores (SE) que se apresentam nas narrativas de vida da
comunidade de pescadores a respeito do desenvolvimento regional, considerando a cultura e a
economia local. Tais narrativas são percebidas através das histórias de vida dos pescadores de
modo a redimensionar no âmbito das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional.
Participam desse estudo quarenta pescadores. A pesquisa tem como base a etnografia de base
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
qualitativa. Os principais instrumentos são os relatos orais de vida, as entrevistas semidirigidas e o
grupo nominal ou focal. Espera-se como resultado dessa pesquisa contribuir para a valorização
das histórias de vida e do conjunto de saberes da experiência como fontes seminais de (re)leituras
sobre a problemática social mais ampla, em especial, para o campo interdisciplinar de estudos em
desenvolvimento e meio ambiente.
Palavras-chave: Memórias Coletivas, Histórias, Natureza.
MEMÓRIA E PERTENCIMENTO NA HISTÓRIA SOCIAL DO LUGAR
UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO REGIONAL ATRAVÉS DA EXPANSÃO
HABITACIONAL NO BAIRRO ATALAIA, ARACAJU, SERGIPE
Anésia Sá dos Santos Menezes (UFS)
Antônio Vital Menezes de Souza (UFS)
Esta pesquisa tem como objeto de estudo as relações entre memória, pertencimento e a história
social do lugar através do processo de expansão habitacional no bairro Atalaia, Aracaju, Sergipe.
Nesse sentido, a pesquisa direciona-se para a compreensão dos elementos constitutivos da
história social do lugar, identificando a memória coletiva de moradores sexagenários através de
relatos orais temáticos, direcionados aos processos de expansão urbana habitacional, ocorridos
nos últimos 30 anos, analisando as políticas públicas de desenvolvimento regional e suas relações
com o desenvolvimento local sustentável. A abordagem teórica sobre o tema é demarcada pela
natureza interdisciplinar de pesquisa. Fazem parte da pesquisa dez moradores sexagenários do
bairro Atalaia, na cidade de Aracaju, Sergipe. A metodologia da pesquisa se insere no paradigma
interpretativo/qualitativo e no método etnográfico, recorrendo-se às abordagens biográficas e à
história oral. Os principais instrumentos utilizados na coleta de informações serão entrevistas
semidirigidas, relatos orais de vida, além de levantamento de fontes documentais como registros
fotográficos e fontes judiciais. Os principais resultados esperados é explicitar as relações
existentes entre a produção da história social do lugar e a memória coletiva dos moradores da
região estudada, destacando a influência dos elementos socioculturais relevantes na produção da
história social do lugar como importantes elementos heurísticos para o campo dos estudos
interdisciplinares em ciências do ambiente. Por fim, esta pesquisa considera a relevância da
memória coletiva na promoção de políticas públicas que provoquem o desenvolvimento local
sustentável.
Palavras-chave: Memória. História Social do Lugar. Desenvolvimento Local Urbano
ET 13 – INCLUSÃO E DIVERSIDADE: IDENTIDADES, QUESTÕES E DESAFIOS
EXCLUSÃO SOCIAL E DEFICIÊNCIA: ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS, CORPOS E
NARRATIVAS
Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (UFS)
Esta comunicação tem como objetivo refletir sobre a relação entre corpo, emoções e deficiência. A
apresentação busca contrastar os discursos sobre deficiência, exclusão e inclusão social com as
práticas cotidianas e narrativas de indivíduos cegos moradores de Porto Alegre, capital do Rio
Grande do Sul. O objetivo central é discutir o “corpo deficiente” para além da posição de um corpo
não-legítimo em relação às noções e imagens do que seria o “corpo perfeito” em uma perspectiva
crítica aos modelos de abordagem propostos nas áreas biomédicas e nos estudos sobre a
deficiência voltados unicamente aos discursos. O corpo é aqui compreendido como elemento de
apreensão e expressão dos processos de configuração das memórias, do enraizamento das
experiências e das identidades de grupos sociais em situação de exclusão. A discussão se dá em
torno das tensões do jogo da exclusão e da socialização, dos interditos e das pertenças, das
distinções e semelhanças reveladas nas interpretações dos sujeitos sobre suas experiências
pessoais e coletivas. As análises são direcionadas às dinâmicas da exclusão, das articulações
possíveis e do enraizamento das memórias em um centro urbano. Assim, as práticas cotidianas
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
dos sujeitos e as emoções expressas nas suas narrativas são os elementos reveladores dos
processos de exclusão no jogo social.
Palavras-chave: corpo, emoções, narrativas, deficiência, exclusão social.
GESTÃO DEOCRÁTICA NA ESCOLA
Josefa Edilani de Souza (UFS)
Maria Domingas dos Santos (UFS)
Eliene Domingas de Souza (UNIT)
O presente artigo tem como finalidade analisar a escola pública, considerando a gestão no que se
refere a sua condução e inclusão dos que compõe a comunidade escolar. Esse trabalho resulta de
reflexões sobre a leitura de autores que apresentam a discussão do tema, realizou-se uma
pesquisa de campo, no qual foi aplicado um questionário à comunidade escolar. O método
utilizado foi o dialético por acreditar explicar melhor a realidade. A gestão participativa é vista
como condição necessária para o desenvolvimento de uma administração voltada a atender os
interesses da sociedade. Uma administração que esteja preocupada com as necessidades sociais
e políticas dos trabalhadores, possibilitando com isso a participação de todos os que compõem a
comunidade escolar nas decisões tomadas no âmbito educacional, através de uma relação entre o
local e o global possibilitando assim uma melhor compreensão dos conteúdos apresentados.
Assim a escola estaria mais articulada à camada trabalhadora, sendo mais fácil alcançar a
transformação social que é posta como papel das escolas, Essa consciência critica permite uma
melhor articulação entre a comunidade e a escola de modo que as ações desempenhadas no
âmbito escolar estejam voltadas a atender os interesses comunitários. A implantação de um
sistema de ensino democrático nas escolas torna-se importante, pois com essa democratização a
escola pode vir a atingir a sua função especifica que é o ensino voltado a formar para a cidadania.
Palavras-chave: gestão democrática, escola, participação.
SURDOS E CIDADANIA: UMA TRAJETÓRIA DE DESAFIOS NA BUSCA DA PRÁXIS
INCLUSIVA
Edna Maria dos Santos (IFS)
A construção de uma sociedade inclusiva tem como base a valorização da diversidade. Neste
sentido, a escola é um espaço que tem muito a contribuir com isso, visto que, por atender
diferentes alunos com características peculiares é responsável pela formação dos sujeitos em
todos os seus aspectos. E, por ser um lugar de aprendizagem, de diferenças e de trocas de
conhecimento, precisa, portanto atender a todos sem distinção, a fim de não promover
discriminações e exclusões. Convicta disto, o presente artigo relata a inclusão de alunos surdos da
E. E. Vicente Machado Menezes do município de Itabaiana/SE. A princípio contextualiza-se a
execução do projeto: Surdos X Ouvintes e as dificuldades de relacionamento realizado com o
intuito de detectar e analisar as causas que interferiam na comunicação e integração dos alunos
na troca de experiência. Em seguida, apresenta-se um perfil da referida escola desde então
destacando os desafios, os impasses e conquistas em sua trajetória até os dias atuais na busca
da práxis inclusiva focando o respeito às diferenças e as especificidades dos alunos sem distinção
vivenciando a diversidade. Assim, a realização dessa experiência colaborou não só para uma
mudança de postura da escola em sua prática pedagógica bem como um novo olhar para a
construção de uma filosofia educativa pautada nos direitos de todos – cidadania.
Palavras-chave: Surdo. Inclusão. Diversidade. Práticas Inclusivas.
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA PESSOAS CEGAS, UM DESAFIO PARA A INCLUSÃO
NA ERA DIGITAL
Vânia Queline Correia dos Santos (FJAV/FAMA)
Márcia Elisiario Fontes ( FJAV/FAMA)
Este trabalho tem o propósito de oferecer alguns subsídios que contribuam para o ensino de
Língua Inglesa de pessoas com deficiência visual. Além disso, ele vem mostrar como a utilização
do computador pode ser uma ferramenta didático-pedagógica importante nas aulas de Inglês, uma
vez que a internet se torna, a cada dia, um dos veículos de comunicação mais utilizados sendo
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
uma grande aliada para o processo inclusivo de deficientes visuais. Este estudo justifica-se pela
escassez de informações existentes a respeito desse assunto, e pela necessidade de contribuir
para as pesquisas nessa área. Trata-se, pois, de um estudo baseado em pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Língua Inglesa, Inclusão escolar, Cegueira, recursos tecnológicos
ET 14 – IDENTIDADES, RELAÇÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO
CIVILIDADE, MODELOS E PADRÕES: A ESCOLA MODERNA E SUAS PRODUÇÕES
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Diego Prado de Melo (FPD)
Este texto foca a constituição da escola da modernidade, a partir de uma leitura crítica dos
conceitos nas obras dos pensadores da educação como movimento para formação dos homens
cidadãos e a conseqüente preparação destes para sua inserção na sociedade capitalista. Esta
idealização de cidadania projetada nas escolas e nas demais instituições disciplinares se associa
à relação do processo educativo como mecanismo de civilidade e desenvolvimento socialeconômico. A partir desta discussão, analisamos como se desenvolveu a escola ao longo da
modernidade, quais principais funções dela enquanto instituição disciplinar e modelar e como a
moral se constitui presente nas relações de cidadania, principalmente na construção da matriz
heteronormativa que, dentro das dinâmicas e do cotidiano escolar, marcará a produção de
variados modelos, associados aos argumentos pedagógicos, psicológicos e médicos para
estabelecimento de uma moral sexual “civilizada” e, produzindo uma série de modelos que,
propagados na sociedade, tornam-se argumentos para as violências diretas e indiretas, contra
aqueles não alinhados à sexualidade modelar adotada no contexto escolar.
Palavras-Chaves: Escola, Modernidade, Modelos, Heteronormatividade
GÊNERO NA ESCOLA: UM DIÁLOGO COM DOCENTES DA REDE MUNICIPAL DE
ITABAIANA
Ana Lúcia de Oliveira Menezes Neres (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
Diversas pesquisas apontam que a identidade de gênero é construída a partir das relações sociais
e culturais que são estabelecidas desde a infância. A família e a/o professor/a assumem um papel
importante neste processo, pois é nos primeiros anos de vida que a criança começa a perceber a
diferença entre o feminino e o masculino. E nesse processo de vida a escola tem um tempoespaço importante já que é na escola que o/a professor/a começa a desenvolver um trabalho com
as crianças a partir de atividades lúdicas, acredita-se que na medida em que a criança desenvolve
o conceito de gênero aprende o que acompanha ou deve acompanhar essas identidades. Na
escola uma série de materiais faz parte dessa construção da identidade de gênero, como os livros,
as gravuras, os brinquedos, os textos, etc. Mas principalmente a postura docente na escolha e na
abordagem desses materiais. E essa postura vai ser definida pela forma como esses profissionais
pensam esses conceitos. Por isso este trabalho problematiza concepções sobre relações de
gênero apresentadas por dez professoras de ensino fundamental da rede pública de ensino de
Itabaiana – SE. No nosso entender, professores e professoras devem estar atentos a necessidade
de trabalhar esses conceitos em sala de aula, tendo em vista o papel da educação na construção
de uma sociedade mais justa.
Palavras-chave: Relações de Gênero, Práticas Escolares, Identidades
LIBERDADES CONTROLADAS E VIOLÊNCIAS COSTUMEIRAS: PRÉ-CONCEITOS E
SINGULARIDADES
Diego Prado de Melo (FPD)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Francisco Diemerson de Sousa Pereira (UNIT)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
A produção deste artigo parte de um olhar que possibilite discutir o que é sexualidade,
diferenciando a discussão de gênero da de orientação sexual. Do mesmo modo, propomos
visualizar quais referenciais teóricos discutem a questão das diferentes sexualidades, fora dos
padrões normativos modelares, na rotina escolar e como estas se inserem na produção de
subjetividades e identidades singulares no âmbito da escola. Buscando entender como hoje se
encontra a questão da homossexualidade na sala de aula e nos espaços escolares, quais
discursos estão sendo difundidos e como se tem dado este confronto com a heteronormatividade
modelar, quais são as rotas de fuga, quais são os mecanismos de apresentação e de defesa
adotada pelos homossexuais face às crescentes violências e preconceitos existentes na
sociedade. Além disso, abordamos a questão dos diferentes estudos que hoje marcam a
discussão acerca da relação identitária constante nas manifestações sexuais presentes na escola.
Estes entendimentos permitem analisar como se dá a manutenção de um modelo escolar (e
social) onde as liberdades e a própria manifestação singular são disciplinadas e controladas e
como as violências se tornam costumeiras e alimentadas por uma tênue rede de preconceitos
permanentemente alimentados pelas lógicas modelares excludentes.
Palavras-chave: Identidade, Gênero, Heteronormatividade, Violência
O MÉTODO ESCOTEIRO PARA MENINAS: A ADEQUAÇÃO DAS PRÁTICAS PARA
IMPLANTAÇÃO DA CO-EDUCAÇÃO NO ESCOTISMO BRASILEIRO
Aldenise Cordeiro Santos (UFS)
Anthony Fábio Torres Santana (UNIT)
Este artigo trata das alterações empreendidas ao método escoteiro para adaptar-se a presença
feminina. O movimento criado por Baden-Powell, em 1907, propunha atividades de educação
extra-escolar para meninos. Desta forma, com a expansão da prática escoteira, o escotismo
ganhou adeptos em diversas partes do mundo, e despertou o interesse de meninas. A presença
mútua de escoteiros e escoteiras tornou-se a discussão em voga no universo escoteiro. A
fraternidade percebeu que a melhor forma de adequar-se a realidade seria a transição para um
movimento co-educacional ou de educação mista a partir do processo de co-educação
desenvolvido pelo escotismo no mundo. No Brasil esta implantação se deu entre os anos de 1979
a 1985. Este texto tem por objetivo analisar a adequação do método escoteiro a implantação da
co-educação no movimento brasileiro. Realizamos uma análise de documentos que subsidiaram
as discussões acerca da implantação da co-educação no movimento escoteiro, bem como os
textos específicos que tratam do método, orientada por uma pesquisa bibliográfica relativa ao
objeto estudado. A co-educação no escotismo brasileiro procurou rever a dissonância de
realidades de meninos e meninas que viviam mutuamente em suas casas, no escotismo seus
sexos os delimitavam enquanto bandeirantes ou escoteiros. Nesta transposição as formas de
aplicação foram revistas dando margem à elaboração de práticas voltadas atividades que
comportavam ambos os sexos.
Palavras – Chaves: Escotismo brasileiro – co-educação – questões de gênero – feminino
REDISTRIBUIÇÃO E RECONHECIMENTO DE GÊNERO: DIÁLOGO ENTRE NANCY FRASER E
AXEL HONNETH
Alfrancio Ferreira Dias (UFS)
Maria Helena Santana Cruz (UFS)
As teorias feministas de gênero passaram nas ultimas décadas para uma concepção pósmarxistas a partir dos novos estudos da cultura e na identidade, baseando-se no movimento de
redistribuição para o de reconhecimento. Essa comunicação mostra esse processo de mudança
de paradigma. Nele não se procura uma análise de gênero ampla o bastante para abrigar todas as
variedades das preocupações feministas. Mostra a concepção de justiça de Nancy Fraser que
abrange tanto a redistribuição quando o reconhecimento, pois reparar a injustiça certamente
requer uma política de reconhecimento. Traz a ideia de Reconhecimento de Axel Honneth que
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
estabelece os padrões de reconhecimento inter-sugestivo: o amor (que gera autoconfiança –
amizade, relações no trabalho), o direito (auto-respeito) e a solidariedade (auto-estima reconhecimento, interação social). Conclui-se numa tentativa de dialogar os conceitos de
redistribuição e reconhecimento de Fraser e Honneth para contribuir na correção da má
redistribuição ou o não reconhecimento de gênero.
Palavras-chave: Redistribuição; Reconhecimento; Feminismo; Gênero
REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NO CONTEÚDO E EM ILUSTRAÇÕES DE LIVROS
DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO PRIMEIRO CICLO (1º AO 5º ANOS)
Tatiane Frutuoso dos Santos (UFS)
Jiselda Meirielly de França (UFS)
Maria Batista Lima (UFS)
O artigo faz uma análise preliminar no que se refere aos discursos sobre gênero presente nos
livros didáticos de Língua Portuguesa de 1º ao 5º anos, que fazem parte do PNLD (Programa
Nacional do Livro Didático). Dentro dessa vertente analisamos as imagens e os discursos
presentes nos livros didáticos que são relevantes para o ensino das crianças nesse ciclo, sendo
muita das vezes a principal referência para professores/as e alunos/as. A problemática busca nas
imagens e nos discursos a posição da figura feminina e masculina na sociedade, mostrando que a
identidade atribuída à mulher é inferiorizada em relação ao homem. Esse meio de comunicação
imagem/escrita, geralmente expõe experiências do cotidiano da sociedade de uma forma restrita e
disfarçada da realidade, enfatizando as concepções fixas e homogêneas, desconsiderando que o
indivíduo é resultado de mudanças e transformações. É relevante explanar que partindo da
construção dos discursos, espera-se que a escola propicie um conhecimento aos discentes que
seja capaz de combater a visão estereotipada em relação à mulher.
Palavras-chave: gênero, estereótipo, livro didático.
ET 15 – PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS NA ESCOLA
ESTEREÓTIPOS E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Joelma Jares de Freitas Bispo (UFS)
Joilson Pereira da Silva (UFS)
A alteração dos métodos de ensino e o aumento do grau de exigência têm, muitas vezes, dado um
agravamento das dificuldades sentidas pelos alunos e naturalmente uma diminuição da motivação
para estudar matemática. O presente trabalho tem como objetivo observar atitudes e estereótipos
na escola pública em relação à disciplina matemática. O estudo analisado se deu a partir da
vivência dos alunos no local de estudo enfocando a necessidade da transformação da visão linear
e simplesmente de um mundo competitivo para a visão da complexidade que, sob o enfoque deste
trabalho propicia novas lógicas para novas motivações no ensino da matemática. A amostra foi
constituída por 50 alunos de ambos os sexos. De acordo com os resultados se pode constatar que
as estudantes apresentavam maiores estereótipos que os estudantes, conseqüentemente, as
mesmas também apresentavam menor motivação em estudar e assistir aula da disciplina.
Também se observou que a didática e atitude do professor era de fundamental importância na
representação dos alunos sobre os estereótipos construídos sobre a disciplina de matemática.
Deste modo, nota-se que os estereótipos mais comuns construídos na escola, principalmente
sobre algumas disciplinas, podem refletir na aprendizagem e motivação do estudante sobre as
mesmas, em muitos casos, perpetuando o fracasso escolar.
Palavra- chave: Estereótipo, Motivação, Ensino de Matemática
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
NEGRO, EU? REPRESENTAÇÕES DE SI, ESTEREÓTIPOS E O BULLYING NA ESCOLA DO
OVÓ II – TUCANO-BA
Maximiano Martins de Meireles (UNEB/UEFS)
O presente texto evidencia os resultados da pesquisa que objetivou investigar as representações
dos estudantes negros sobre si, os preconceitos e a prática do bullying na escola. O estudo tomou
como aporte teórico, no âmbito dos estudos étnico-raciais, as contribuições de Fanon (1983),
Fazzi (2006), Silva (2001, 2005), Ribeiro (1996) e, no que tange ao fenômeno bullying, Beaudion
(2006) e Fante (2005). A postura epistemológica foi de natureza qualitativa, com o método da
Análise do Discurso- baseado nas noções de descentralização do sujeito da enunciação e de
intertextualidade. O lócus da investigação foi a Escola Municipal São Marcos - no Ovó II - zona
rural do município de Tucano-BA, com a participação de 70 estudantes negros. Para recolha dos
dados, realizamos observações das interações discursivas e das relações entre os estudantes em
sala de aula e no recreio, além do grupo focal, oficinas e rodas de leitura e conversa. Foi possível
identificar a espontaneidade com que os estudantes negros comentam e assumem uma posição
negativamente privilegiada, por meio de um processo de assimilação da imagem produzida pelo
estereótipo e o quanto essas representações implicam nas práticas de bullying. Os resultados
apontam a necessidade da escola contribuir no processo de reconstrução das identidades dos
estudantes a partir de propostas educacionais que tenham como referência os Estudos Culturais Hall e Silva (2007); Mclaren (1997), Moreira e Macedo (2002), no intuito de superar o daltonismo
cultural, construindo uma cultura pedagógica assentadas nas relações interculturais de respeito e
valorização da etnia negra.
Palavras-chave: bullying; escola; estereótipos; etnicorracial; preconceitos
COTAS RACIAIS E RACISMO NA ESCOLA
Aldeane de Jesus Guedes (UFS)
Maria Cristina Santos Teixeira (UFS)
Joilson Pereira da Silva (UFS)
A teoria do branqueamento está disseminada em nossas escolas. Infelizmente, neste local onde
na teoria deveria priorizar a democracia racial, é propagado o pensamento da classe dominante,
tornando o ensino brasileiro preconceituoso e excludente, ou seja, embora ele deva se preocupar
em não reproduzir estereótipos, na prática não é bem o que acontece. Neste sentido, o presente
trabalho teve como objetivo mostrar o preconceito racial representado nas escolas do município de
Itabaiana-SE, evidenciando as desigualdades raciais que ainda persiste no ambiente escolar. A
amostra do estudo foi constituída por 100 sujeitos de ambos os sexos da rede privada e pública de
ensino. De acordo com os resultados se verificou que 70% dos entrevistados eram contra as
cotas, também foi possível observar a problemática racial no contexto da sala de aula, ou seja, a
falta de maiores reflexões sobre essa temática pelos educadores, dificultando a auto-aceitação
dos jovens diante de sua condição racial. Neste sentido, pode-se notar que a dificuldade da autoaceitação pode ser gerada de um possível comprometimento de sua identidade, por causa de
atribuições negativas provindas de seu grupo social. Deste modo a escola difunde ideologias e
conceitos buscando valorizar o negro, pois o sistema educacional garante às crianças e jovens
afro-descendentes, certo tratamento no qual dificulta e pode impedir a permanência deste na
escola, obstruindo seu sucesso escolar.
Palavras-chave: Escola, Racismo, Cotas Raciais
BULLYING: UM ESTUDO DE CASO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
Dayane dos Santos Trindade (UFS)
Genilde Tavares Brito
Joseilde Tavares Brito
Marileide Soares Bezerra Santos
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
O presente trabalho tem como objetivo investigar e relatar o fenômeno bullying que é encontrado
em toda e qualquer Escola, não sendo, portanto, restrito a nenhum tipo específico de instituição:
primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana e tem como característica principal a
violência oculta. Este trabalho visa identificar esse comportamento em alguns alunos da rede
municipal de ensino no município de Itabaiana, tentando assim identificar como esses
comportamentos agressivos afetam a educação escolar das vitimas e como a instituição de ensino
lida com este problema. A pesquisa tem um caráter quantitativo e qualitativo onde a aplicação de
questionário foi utilizada para a construção de gráficos que auxiliem no entendimento da
problemática dentro da escola. Os pesquisados estudam nas séries iniciais do ensino
fundamental, onde a maior parte dos entrevistados são do sexo masculino, com faixa etária entre
10 a 11 anos. Muitas crianças e adolescentes vítimas de bullying desenvolvem alguns sentimentos
e angustias que geralmente provoca intensas vulnerabilidades a convivência em sociedade, uma
vez que estudos mostram que uma criança ou adolescente que sofre este tipo de agressão não
possui uma vida adulta ativa, torna-se um adulto conflituoso muitas vezes tornam-se pessoas de
difícil convivência.
Palavras-chave: bullying, escola, comportamento.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
ET 16 - HISTÓRIA, RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E EDUCAÇÃO
O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Andréa Tavares de Jesus (UFS)
Edson Nunes de Souza(UFS)
Fábio Ferreira Santos (UFS)
O presente trabalho tem o objetivo de analisar a situação atual da população dos negros em três
diferentes países, Brasil, África do Sul e EUA.. Esta análise tem como parâmetro, identificar de
que maneira se perpetuam as relações discriminatórias, seja em relação ao emprego, ao sistema
educacional ou até a posição do negro dentro da política. Além disso, mostrar que apesar de
existirem leis que punem os infratores de preconceito e discriminação racial, percebe-se que, no
nosso dia a dia utilizamos termos pejorativos quando nos referirmos a indivíduos de pele negra
como “seu negrinho”. A busca por incluir além do Brasil, a África do Sul é que a pesar de ser um
continente de maioria negra vivenciou e vivencia o “apartheid” de forma a discriminar a posição
política, social e econômica dos negros na sociedade e ao mesmo tempo ainda continua
perpetuando relações escravocratas como é o caso de Serra Leoa. Já em relação aos EUA é
demonstrar as práticas de segregação racial que ele realiza, seja através de bairros negros e
isolados , seja na utilização de transportes públicos que há uma separação de pessoas dentro do
veículo, ou ainda dentro das escolas. E vai muito além, quando nos direcionamos para a
discriminação em relação a migração de pessoas de países pobres para os países ricos .
Palavras-chave: Preconceito, Discriminação Racial
FUGAS, ROUBOS, CONFLITOS DE ESCRAVOS E SUICIDIOS: A RESISTENCIA DE
MULHERES E HOMENS NEGROS NA ARACAJU OITOCENTISTA
Patrícia Abreu dos Santos (UNIT)
Através da literatura percebemos que a liberdade era um objetivo a ser alcançado pelos escravos
e escravas. Para conseguir tal intuito, em algumas situações, vários métodos foram utilizados na
conquista dessa liberdade. Ainda há poucos estudos sobre a escravidão em Aracaju, sobretudo os
que trabalham com a categoria gênero. Nosso objetivo é analisar as estratégias de resistência das
escravas e dos escravos em Aracaju, no período de 1855-1888. Queremos compreender quais
eram as possibilidades de resistência para essas escravas e escravos. Para isso, utilizaremos
anúncios de escravos nos jornais, processos-crime, sumário de culpa. E a metodologia nessa
pesquisa utilizada é o método indiciário. Entretanto, as dificuldades impostas para algumas
mulheres negras e homens negros eram tamanhos que muitas deles perdiam a esperança e por
fim chegavam a cometer o ato do suicídio, e nosso estudo também buscará este gesto que para
alguns historiadores é analisado como um ato de resistência. Portanto, essa pesquisa pretende
contribuir para a compreensão da escravidão urbana na Província sergipana, e das relações de
gênero no interior da escravidão.
Palavras-chave: Resistência, Mulheres Negras, Liberdade.
UM POUCO DA CONTRIBUIÇÃO AFRICANA PARA MATEMÁTICA: CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
Marcelo Silva de Souza (UFS)
O presente estudo tem como objetivo destacar as principais contribuições históricas da
matemática pelas civilizações africanas em particular a civilização egípcia, que embora seja citada
em alguns livros didáticos não é destacada como grande contribuinte no desenvolvimento e
elaboração de conceitos importantes da matemática. A forma como é apresentada a história da
matemática da civilização egípcia nos livros didáticos, não destaca sua localização no continente
africano e reduz sua produção a um conjunto de símbolos que não são mais usados,
menosprezando toda produção que influenciou e serviu de base para aprimoramento de conceitos
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
importantes na matemática até os dias de hoje. O estudo apresenta também os principais
matemáticos egípcios e suas principais contribuições as particularidades e influências culturais e a
contribuição do rio Nilo no direcionamento do ramo da matemática que mais seria necessário
desenvolver-se. Pretende com este trabalho destacar a importância histórica que a África teve e
tem na produção do conhecimento científico em particular da matemática.
Palavras-chave: história da matemática – civilizações africanas – conhecimento científico
ET 17 – ARTES, COMUNICAÇÃO E DIVERSIDADE
TELENOVELA BRASILEIRA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL
Isabel Cristina Rodrigues Ferreira (UFLA)
O povo brasileiro tem acesso e expressa suas necessidades, preocupações e valores através de
uma variedade de manifestações culturais: música, folclore, dança, religião e programas de
televisão. Dentre as opções contidas na última, as telenovelas são uma das mais populares.
Quando diretores e autores decidem trazer para a tela pequena assuntos que envolvem violência,
sexualidade, problemas raciais e relações familiares, eles unem objetivos educacionais e de
entretenimento. Ao promover discussões e ou debates sobre a cultura brasileira e internacional, as
telenovelas podem e devem ser exploradas na sala de aula. Portanto, apresento esse trabalho
sobre as telenovelas produzidas no Brasil porque quero mostrar como elas são importantes
ferramentas educacionais para entender e discutir aspectos sociais e culturais da sociedade
brasileira; para entender como elas conscientizam brasileiros sobre assuntos contemporâneos.
Palavras-chave: Telenovelas; Educação; Cultura.
ET 18 - COMUNIDADES QUILOMBOLAS: HISTÓRIA, CULTURA E EDUCAÇÃO
COMUNIDADE QUILOMBOLA E O DESAFIO DE UMA EDUCAÇÃO COMPROMETIDA COM A
SUA REALIDADE
Tereza Cristina Santos Martins (UFS)
A adoção do artigo 68 das ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) de 1988,
estabelecendo o direito à terra das comunidades rurais remanescentes de quilombos, por um lado,
retira da invisibilidade comunidades que possuem existência secular, por outro, vem
desencadeando um movimento importante de comunidades rurais que, ao manter preservada a
sua identidade étnica, marcada por valores afro-descendentes, buscam no dispositivo
constitucional a possibilidade de obter a legalização da posse de suas terras, com base na
ancestralidade afro. Na verdade, mais que a reivindicação por terra, o que vem mobilizando os
grupos quilombolas é o próprio reconhecimento de sua existência atual enquanto “negros e
negras”, e enquanto grupos com identidade e cultura próprias, mas com um histórico de exclusão
das políticas públicas, dentre as quais a educação. Mesmo com uma mobilização social explicita
de luta pelos seus direitos, as comunidade quilombolas tem o desafio de conquistar a
implementação de uma educação comprometida com a sua realidade e com os seus interesses.
Ora, se a Lei 10.639/03 traz para o âmbito da educação no Brasil a possibilidade de uma
educação compatível com o necessário fortalecimento da identidade e cultura quilombola, no
plano prático, nas escolas quilombolas, essa possibilidade ainda enfrenta muitas dificuldades. O
objetivo do presente trabalho é pontuar algumas das dificuldades para a implementação da Lei
10.639/03 nas escolas das comunidades quilombolas. Trata-se de compreender os limites postos
para que, de fato, a Lei 10.639/03 saia do papel e se transforme em instrumento de fortalecimento
da identidade e, consequentemente, da luta quilombola.
Palavras-chave: Comunidade Quilombola, educação, identidade, luta quilombola.
AFRICANIDADES BRASILEIRAS: A DANÇA DE SÃO GONÇALO DE MUSSUCA
Givalda Maria dos Santos Bento (UFS)
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
Este artigo tem por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa sobre a dança do grupo São
Gonçalo da Comunidade Quilombola de Mussuca, considerada uma das Africanidades Brasileiras
mais significativas da região. Busca-se expor sua contribuição ancestral, através dos valores
culturais herdados dos africanos, ainda que negados no contexto da contribuição histórica
brasileira. Pretende-se ainda, contribuir com a temática das africanidades e observar qual tem sido
o papel da educação em refletir sobre o pouco conhecimento que temos sobre a história afrobrasileira. A dança de São Gonçalo da comunidade Quilombola de Mussuca, localizado no
Município de Laranjeiras, é uma manifestação cultural, de caráter religioso que através da
memória familiar e ancestral vem atravessando séculos resistindo e se preservando, por meio das
brincadeiras, vivências e tradições passadas pelas experiências que estão ligadas aos valores
ancestrais coletivos como forma de manifestar e expressar suas origens simbólicas de orgulho e
afirmação etnicorracial.
Palavras-Chave: São Gonçalo, africanidades, relações raciais, Sergipe.
ET 19 – IDENTIDADES, PRÁTICAS E FORMAÇÃO DOCENTE
PIBID/UFS/ITA: INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES DE QUÍMICA
Lidiane Santos Gama (UFS)
Gisleine Souza da Silva (UFS)
Ramon de Oliveira Santana (UFS)
Edinéia Tavares Lopes (UFS)
O objetivo do PIBID/UFS/QUI-ITA é trabalhar junto aos professores e futuros professores de
Química, de forma que os futuros docentes tenham uma maior aproximação com a realidade
escolar e que essa interação tenha como eixo as discussões referentes ao ensino de Química.
Pretende-se também contribuir com os professores da Educação Básica, com intuito de que de
construir coletivamente propostas didáticas, de forma mais direta com o professor de química, com
o intuito de conhecer/compreender as dificuldades existentes, para então poder buscar formas de
melhoria na qualidade do ensino da escola (UFS, 2008b). Nesse contexto, também contribuir para
a formação dos futuros professores por meio da ação e reflexão dessas práticas escolares. Tais
ações se constituem como espaço de aprendizagem dos saberes necessários a atividade docente.
Assim, o presente trabalho descreve algumas ações realizadas pelos bolsistas e voluntários do
PIBID/UFS/QUI-ITA durante o período que compreende de Maio de 2009 até o presente momento.
Palavra-Chave: PIBID/UFS/ITA, Formação Docente, Ensino de Química.
PROJETO FEIRA DE ITABAIANA: RELATOS DE UMA ATIVIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES
PARA A FORMAÇÃO DO FUTURO PROFESSOR
Crislaine Barreto de Gois (UFS)
Antônio Carlos Pinto Oliveira (UFS)
Sérgio Matos Santos (UFS)
Edinéia Tavares Lopes (UFS)
Este trabalho tem como objetivos apresentar as ações realizadas, por meio do PIBID, em um
projeto desenvolvido no Colégio Estadual Murilo Braga e que visa desenvolver temas-problemas
no processo de ensino-aprendizagem; refletir os desafios encontrados na realização dessas
atividades e refletir como o desenvolvimento dessas atividades se relaciona com a formação do
futuro professor de Química. A atividade a ser apresentada neste trabalho refere-se ao projeto
Feira de Itabaiana: aspectos social, cultural e ambiental. Desse modo, o projeto tem como objetivo
realizar, junto a um grupo de alunos dessa escola, um estudo da Feira de Itabaiana, considerando
seus aspectos sociais, culturais e ambientais. Alguns professores da escola participam do
desenvolvimento do projeto junto com a equipe do PIBID de Química de Itabaiana. Algumas
dificuldades foram encontradas no desenvolvimento do projeto, como a participação dos
professores, a organização didática-pedagógica do colégio e, consequentemente, a dinâmica
escolar. Mas destaca-se que o maior desafio encontrado se refere à participação efetiva dos
professores nas atividades do PIBID. Percebe-se que essas atividades de iniciação a docência
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
vem a ser um período de experiências para o futuro professor, possibilitando a proposição de um
ensino de mais qualidade para os alunos da Educação Básica e um aprofundamento das
experiências pedagógicas para os acadêmicos envolvidos. Nessas atividades o acadêmico, futuro
professor de química, tem oportunidade de conhecer alguns dos desafios referentes à profissão,
como as dificuldades e possibilidades acerca do processo de ensino aprendizagem de conteúdos
químicos e a complexidade referente à dinâmica de funcionamento da realidade escolar.
Palavras-chave: iniciação á docência, projeto Feira de Itabaiana, ensino de química
A LEITURA DE FÁBULAS E O PROCESSO DE REESCRITA: UMA VISÃO DIAGNÓSTICA DO
QUE OS ALUNOS SABEM SOBRE NARRATIVA
José Ricardo Carvalho (UFS)
Aline de Araujo Santos (UFS)
O ato de narrar se configura como uma prática social milenar transmitida de geração para
geração. Diferentes sociedades para compreender a sua existência e registrar experiências reais e
fictícias vividas pela coletividade elaboram, por meio da linguagem verbal oral e escrita, narrações
que promovem ensinamentos morais, divertindo e estimulando a imaginação. Por meio de um
discurso de fácil assimilação, dizemos que a narrativa é um tipo de texto regulado por uma
sequência de ações iniciada por uma situação de equilíbrio pelos personagens que compõe um
enredo, seguido de um conflito a ser vivido pelo personagem central, tendo como desfecho a
solução do problema. Devido a sua estrutura de fácil apreensão, este tipo de texto é muito
utilizado na fase inicial da escrita da criança nas aulas de produção textual. Dentre os textos
narrativos, o gênero fábula se configura como aquele que apresenta um amplo interesse das
crianças. Sendo assim, este trabalho, registra uma experiência de leitura de fábula vivenciada em
duas turmas do 5º ano, numa escola estadual situada no município de Itabaiana-SE. Neste
trabalho realizamos uma sondagem para saber que conhecimentos os alunos dominam sobre
discurso oral e escrito das fábulas. Utilizamos como princípio metodológico os estudos de gênero
textual e retextualização desenvolvidos pelos estudos de Marcuschi. Para tanto, relatamos
procedimentos da passagem do reconto da fábula “A tartaruga e a lebre” de Esopo, observando a
interferência do discurso oral sobre o escrito e a influência das práticas de letramento
desenvolvidas no espaço da escola na ampliação das competências voltadas para o domínio do
discurso escrito.
Palavras-chave: Fábulas, Gênero Textual, Retextualização.
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DO
LEITOR
José Ricardo Carvalho (UFS)
Maria José dos Santos (UFS)
A elaboração de atividades de leitura nas séries iniciais corresponde um grande desafio para os
professores do ensino fundamental. Uma das principais dificuldades diz respeito à sistematização
de tarefas que levem em conta a compreensão dos variados gêneros que circulam socialmente.
Para compreendermos a dinâmica deste ensino, realizamos uma pesquisa qualitativa a partir de
um amplo diálogo com professores da rede municipal de Itabaiana-SE, em um curso de extensão
subsidiado pelo Programa Pedagogia em Ação (PROEXT 2009) e ministrado por professores
UFS. As atividades propostas tomaram como foco central os estudos de interação sob a
perspectiva de Bakhtin e da Sociolinguística Interacional. Sob a orientação do suporte teóricometodológico sociointeracionista, foi eleito como material empírico de discussão desta
comunicação: gravações de aula de leitura; relato de professores sobre o ensino da escrita e
análise de textos de alunos do ensino fundamental. Por meio da análise destes materiais, os
professores revelam uma concepção inicial de língua, linguagem e escrita que aos poucos é
modificada no processo de formação do curso de extensão. Os resultados evidenciam que as
reflexões sobre as práticas de ensino da escrita pelos professores estimularam a organização de
novas orientações no modo de tratar a relação oralidade e escrita, levando-os a construir tarefas
reflexivas voltadas para a compreensão e produção dos textos. A pesquisa demonstra mudanças
na abordagem pedagógica resultante das discussões em torno do funcionamento da linguagem
escrita e domínio de estratégias cognitivas de leitura.
Palavras-chave:
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
A FEMINILIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NOS DIAS ATUAIS: O ESPAÇO PARA OS “TIOS”
Débora Guimarães Cruz Santos (UFS/NPGECIMA)
Quando se fala de feminilização do magistério nas séries iniciais do ensino fundamental, há uma
justificativa recorrente para a ausência dos homens proveniente de pesquisa sobre a feminilização
do magistério de uma forma geral, que é a dos baixos salários e da falta de prestígio profissional
dos professores. O presente texto visa discutir o espaço que é aberto aos profissionais homens
que desejam se inserir no mercado de trabalho como professores de crianças pequenas e apontar
os caminhos e estratégias encontrados por eles no desenvolvimento de suas atividades
profissionais. A pesquisa que deu origem a este registro foi realizada através de aplicação de
questionários a um grupo de pedagogos do sexo masculino que atuam na cidade de Aracaju-SE e
que se caracterizam por possuir uma longa trajetória docente, a partir do qual foram analisadas as
suas histórias pessoais de inserção no mercado de trabalho no campo da educação. Pode-se
concluir que, uma vez formados em pedagogia-licenciatura, os professores demonstraram
interesse em permanecer na profissão, ocorrendo uma migração para o ensino fundamental maior,
ensino médio e até mesmo a realização de outra licenciatura, o que não comprova a afirmativa
dos baixos salários e do desprestígio profissional, uma vez que permaneceram atuantes e nos
casos dos que se encontram nas redes públicas de ensino os rendimentos são equivalentes,
apontando assim para outras motivações que os levaram a tais mudanças.
Palavras-chave: feminilização do magistério; trajetória docente; pedagogia; homens.
PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA A PARTIR DA RETEXTUALIZAÇÃO DE FÁBULAS NO
ENSINO FUNDAMENTAL
José Ricardo Carvalho (UFS)
Emanuela Alves Correia (UFS)
Nas práticas tradicionais de produção textual prevalece uma visão dicotômica entre oralidade e
escrita, apagando, assim, a dinâmica entre as duas modalidades no desenvolvimento da língua
materna. Os conhecimentos advindos da oralidade não são vistos como suporte para os alunos
elaborarem textos escritos e os conhecimentos advindos da cultura letrada não são explorados
para o desenvolvimento da oralidade. Sendo assim, buscamos compreender o processo de
interação entre a modalidade oral e escrita por meio de um relato de ações desenvolvidas no
projeto de extensão (PIBIX) “A retextualização na sala de aula”, realizado em uma escola estadual
do município de Itabaiana. Foram realizadas atividades de reconto da fábula “A lebre e a
tartaruga” de Esopo com a finalidade identificar a interferência da oralidade sobre a escrita e
influência das atividades letradas pela escola para a produção de textos. A experiência revelou
que a maioria dos alunos se apoiou na oralidade para confeccionar seus textos. Por meio de
estudo sociointeracionista, descrevemos as mediações que promovem o reconto do gênero fábula,
apontando para uma dinâmica que assuma o intercambio da oralidade e escrita no processo de
pedagógico.
Palavras-chave: oralidade, escrita, fábulas, gênero textual.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
PRÁTICAS EDUCATIVAS E CONFLITOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL
Daniela dos Santos Rezende (UFS)
Marcelo Alario Ennes (UFS)
O presente trabalho esta sendo desenvolvido dentro do Projeto “A criação do Parque Nacional de
Itabaiana (PARNASI) e a (re) criação de identidades”, o qual está inserido no GEPPIP (Grupo de
Estudos e Pesquisas Processos Identitários e Poder). Tem como objetivo verificar e analisar se o
PCN (Parâmetro Curricular Nacional) de Meio Ambiente está sendo utilizado na elaboração das
práticas educacionais das Escolas dos Povoados Mundês e Bom Jardim. A metodologia até o
momento utilizada foi baseada em levantamento bibliográfico e fichamentos dos textos
pesquisados. As Escolas pesquisadas estão situadas no entorno do Parque Nacional, considerado
como reserva natural, que tem por objetivo a preservação dos ecossistemas naturais. É partindo
deste contexto que essa pesquisa se propõe a estudar a relação que os professores destas
Escolas fazem do Parque com sua prática diária. Por que não utilizar o PARNASI como base,
objeto do desenvolvimento das práticas pedagógicas? Segundo o PCN referente ao Meio
Ambiente ao tratar de área ambiental deve-se relevar os valores e conhecimentos transmitidos às
crianças em casa, por aquilo que é dito e feito em seu cotidiano. Portanto baseando-se nas idéias
explicitadas no PCN citado acima se pode concluir que é partindo da realidade mais próxima que o
educando desenvolve seu conhecimento e a relação entre os dois universos, o Parque e o seu
cotidiano social.
Palavras-chave: práticas, Parque Nacional, PCN.
ET 20 - IDENTIDADES E ALTERIDADES NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO: SUJEITOS,
PRÁTICAS E DESAFIOS
OS MOVIMENTOS SOCIAIS COMO INSTRUMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E REIVINDICAÇÃO
DOS TRABALHADORES
Ada Augusta Celestino Bezerra (UNIT)
Mildon Carlos Calixto dos Santos (UNIT)
Os movimentos sociais como instrumento de organização e reivindicação dos trabalhadores,
considerando a luta de classes e toda a sua trajetória na historia, abordamos alguns aspectos dos
movimentos sociais no Brasil, aprofundando principalmente os que mais se destacam. Estes
representaram uma forma de organização dos trabalhadores para reivindicarem os seus direitos.
Constatamos que no atual contexto social a luta de classes teria assumido uma nova roupagem, a
atuação dos movimentos sociais, refletem a indignação dos trabalhadores por não usufruírem dos
bens com igualdade. Esse trabalho pretende apresentar o conceito de movimentos sociais
segundo Karl Marx e os seus objetivos, também uma análise dos movimentos sociais no Brasil
principalmente aqueles que mais se destacaram especialmente nos anos 70 a 90, dando maior
ênfase ao MST sua atuação e organização por ser este o movimento social de maior atuação no
Brasil. Nos últimos cinqüenta anos o Brasil apresentou muitas organizações e muitas formas de
lutas. Essas organizações dos trabalhadores surgem assumindo uma nova roupagem aparece
como fruto de ideologias, indignações e busca de solidariedade. Surgem no Brasil três principais
categorias: os agentes vindo do movimento sindical, por conta da atuação da CUT (Central Única
dos trabalhadores), os partidos de esquerda entre os que destacou-se o PT (Partido dos
Trabalhadores), e as ONGS (Organizações não governamentais).Com isso as organizações
populares foram se agrupando e somando forças, vestindo a camisa contra o modelo de
exploração capitalista.
Palavras-chave: Movimentos Sociais; Trabalhadores; Luta de Classes.
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
IV FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES:
EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
10 a 12 de novembro de 2010
UFS – Itabaiana/SE, Brasil
VIVÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE:
MULHERES TRABALHADORAS DA MARÉ EM MARAGOJIPE-BAHIA
Jeruza Jesus do Rosário (UNEB)
Este artigo propõe analisar a cultura produzida por pescadoras da Resex Baía do Iguape-BA,
localizada no Recôncavo Sul Baiano, em sintonia com as práticas características do modo de vida
sustentado de mulheres que lutam diariamente por seus direitos e que participam ativamente da
tomada de decisões dentro de uma reserva extrativista. Busca-se, neste contexto, entender a
complexidade entre sociedade, meio ambiente, educação e sustentabilidade na possibilidade de
análise da realidade natural, cultural e social que resulta das vivências do cotidiano dessas
mulheres. Nas vivências dessa mulher trabalhadora na pesca, ela produz uma cultura sensível à
questão ambiental que anima a valoração da vida e, consequentemente, norteia caminhos rumo à
sustentabilidade. No sentido da sustentabilidade, o cuidado com o meio expressado por essas
mulheres direciona a pesquisa para a relevância de aspectos culturais marcantes desta população
e quais principais contribuições para a educação podem ser elencadas neste processo. Incorporase ao trabalho, o levantamento das histórias do cotidiano da mulher na atividade pesqueira
feminina em seu espaço de vida, de vivências do mundo simbólico, da realidade dentro de uma
área ambientalmente protegida.
Palavras-Chaves: pescadoras; vivências; cultura; educação; sustentabilidade
Este Caderno de Resumo e Programação fazem parte dos Anais do IV Fórum Identidades e Alteridades: Educação e
Relações Etnicorraciais. (ISSN 2176-7033). Universidade Federal de Sergipe - Campus Univ. Prof. Alberto Carvalho –
Itabaiana – SE - Novembro de 2010. GEPIADDE – Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e
Desigualdades na Educação. E-mail: [email protected]
Download

Caderno de Resumos