Simulações Computacionais para Sistemas Dinâmicos Cassia I. G. Silva, Flávia D. Ferreira, Luciana L. de Asevedo e Rose P. Maria Instituto de Matemática e Estatística – IME/UERJ Paulo R. Sabini, Aruquia B. M. Peixoto1 Instituto de Matemática e Estatística – IME/UERJ cep:20559-900, Rio de Janeiro/RJ Nas últimas décadas a Teoria dos Sistemas Dinâmicos teve um desenvolvimento considerável, com aplicações surgidas nas mais diversas áreas do conhecimento. Este avanço está intimamente ligado ao aumento do poder de processamento dos computadores atuais. Nesse trabalho estudamos computacionalmente a variação do Expoente de Lyapunov para uma família de funções unidimensionais a dois parâmetros. Tal expoente - que mede a expansão exponencial da função (e da derivada) com o tempo - é obtido calculando-se o limite da média aritmética dos logaritmos das derivadas ao longo de um órbita. Esse limite diz se a função expande (expoente positivo), contrai (expoente negativo) ou é neutra (expoente zero). Funções que expandem ou contraem são chamadas de hiperbólicas. E compreender como funções que expandem se transformam em funções que contraem (ou vice-versa) é um dos problemas mais importantes hoje em dia (a esse processo chamamos bifurcação). O objetivo deste trabalho é, então, a compreensão da variação desse expoente em função dos dois parâmetros. Para isso, usamos métodos e simulações computacionais para criar modelos de vizualização, baseado na escolha de cores contrastantes que permitem facilmente distinguir a parte expansiva, a contrativa e “fronteira” entre essas duas regiões. As duas famílias usadas são clássicas em Dinâmica. Uma delas, inclusive, é a famosa Família de Arnold. 1 Orientadores Criamos programas no Maple capazes de calcular o expoente para uma faixa de parâmetros e plotar cada um deles no plano usando uma cor, escolhida sobre um caminho no espaço de cor, com parâmetro dado pelo próprio expoente normalizado, e de modo a evidenciar a região de bifurcação. Pra finalizar, também criamos rotinas em Maple para entender como a Entropia - que mede a complexidade do sistema - varia em função dos dois parâmetros. Entropia é a taxa de crescimento do número finito de órbitas discretas, obtidas quando ignoramos órbitas próximas a menos de um determinado erro, quando a discretização fica cada vez mais fina. Computacionalmente optamos por uma definição equivalente da Entropia como a maior expansão obtida em subintervalos cada vez menores do domínio. Todo o material criado está disponível no site www.ime.uerj.br/~progerio/iniciacao/2006. Referências A. Katok, Introduction to the Modern Theory of Dynamical Systems, Cambridge University Press - volume 54. R. Devaney, An Introduction to Chaotic Dynamical Systems, Addison Wesley – 1989 L. N. de Andrade, Introdução à Computação Algébrica com o Maple, Sociedade Brasileira de Matemática – 2004