FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL BELÉM 2013 THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito avaliativo da disciplina Seminários Avançados, Orientado pelo professor Marcelo Augusto Vilaça de Lima. BELÉM 2013 THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL Avaliado por: _______________________________ Marcelo Augusto Vilaça de Lima Nota:__________________________ Data:__________________________ BELÉM 2013 À minha mãe Janaína Monteiro, por ajudar-me a ser quem eu sou, pelo seu incentivo nos estudos, apesar das dificuldades. À minha avó Maria José, por acreditar na minha capacidade e me apoiar sempre. À minha filha Maria Eduarda, que mesmo com minha ausência em alguns momentos, me deu forças com um simples abraço apertado e um lindo sorriso. Thamyres Monteiro AGRADECIMENTOS À Deus em primeiro lugar, por um sonho realizado. À minha mãe Janaína Monteiro pelo apoio que me deu em todas as horas, que segurou minha mão todas as vezes que pensei em desistir, mostrando-me que sou capaz. À minha filha Maria Eduarda que chegou no comecinho do curso, se hoje estou onde estou é simplesmente por ela que foi uma das maiores forças que tive pra continuar, posso dizer que sou completa por ter perto de mim uma mãe, uma avó maravilhosas, que apesar das dificuldades sempre me mostraram como vencer na vida com um belo sorriso no rosto, e a minha filha que apesar de pequena me ensina muito. À minha família que mesmo distante sempre me apoiou, e incentivou. Ao orientador Marcelo Vilaça, no qual contribuiu de maneira significativa no desenvolver do trabalho, tendo uma enorme paciência comigo. É pensando criticamente na prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. Paulo Freire RESUMO Objetivou-se nesta pesquisa investigar quais os desafios que o pedagogo enfrenta na Educação Infantil e quais a práticas utilizadas para desenvolver a Inclusão, na sala de aula em uma escolar particular no Município de Belém, no decorrer do estágio na sala de aula de uma turma do jardim II. Utilizou-se como proposta metodológica uma pesquisa bibliográfica com base nos autores Vygotsky (1998), Souza (2006), Taylor (1992), Rosita (1998), Rosana Vidal (2009), Freire (1996), Silva (2005), Mazzotta (1996) Libaneo (2005) Contente (2011). Verificou-se que a partir das falas dos autores estes reconhecem a necessidade de se discutir o tema Inclusão, pois contribui de forma significativa para o crescimento informativo da sociedade em relação ao processo de Inclusão. Sabe-se que as exigências a instituição em relação a preparação do docente torna-se freqüente, para garantir que saibam a maneira correta de tratar o aluno incluso. Conclui-se que para a instituição incluir de forma eficaz necessita oferecer aos docentes uma formação continuada através de palestras, livros para que assim possam compreender mais como lidar com aluno deficiente para que não venha a ocorrer exclusão. PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Prática Pedagógica. Educação Infantil ABSTRACT The objective of this research was to investigate which practices the teacher uses in Childhood Education to develop Inclusion in the classroom in a private school in the Belém city, during the experience in the classroom of a class II kindergarten. Was used as a methodological propose a literature search based on authors Vygotsky (1998), Souza (2006), Taylor (1992), Rosita (1998), Rosana Vidal (2009), Freire (1996), Silva (2005), Mazzotta (1996) Libaneo (2005) Content (2011). It was found that from the statements of these authors recognize the need to discuss about the topic Inclusion, it contributes significantly to the growth of the information society in relation to the process of inclusion. It is known that the requirements in relation to the institution's teacher preparation becomes frequent, to guarantee that they know the correct way to treat the student included. We conclude that the institution include effectively needs to provide continuous training to teachers through lectures, books so they can understand more how to deal with disabled student to not occur exclusion. . Keywords: Inclusion. Teaching Practice. Childhood Education SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10 2 OBJETIVOS........................................................................................................................13 2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................13 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS............................................................................................13 3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA....................................................................................14 4 RELATORIO DESCRITIVO.................................................................................................17 4.1 A PRÁTICA DO DOCENTE E O PROCESSO DE INCLUSÃO........................................17 4.2 OS DESAFIOS DO EDUCADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO................................19 4.3 PESPECTIVA ATUAL NO PROCESSO DE INCLUSÃO.................................................21 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................23 RECOMENDAÇÕES OU SUGESTÕES................................................................................25 REFERÊNCIAS......................................................................................................................26 10 1 INTRODUÇÃO É de plena importância observar que a Inclusão Social, tem suas diversidades e conquistas para pessoas com necessidades especiais, entretanto, não são todas as Instituições que oferecem um ensino de qualidade aos mesmos. A escola é um local que visa priorizar o desenvolvimento humano, nos aspectos cognitivos, profissionais e intelectuais a partir da educação infantil que é o primeiro contato com a escola, apesar da escola não ser “reconhecida” como um espaço de mudança que todos gostariam de ter. Tendo como ponto de partida o Centro Nipônico Adventista, vem contribuindo para que a inclusão ocorra da melhor maneira possível, desse modo começa a incluir no ensino regular crianças a partir dos 4 anos de idade no jardim II na educação infantil, para que essas crianças possam se sentir mais acolhidas e adaptadas nas demais séries. Segundo os autores Susan e William Stainback (1999, p.65), “o desenvolvimento de amizades requer oportunidades contínuas de interação social entre os alunos com e sem deficiências”. Essa interação é de estrema importância para o desenvolvimento do aluno especial, pois, através desta, ele começa a ter uma melhor desenvoltura em todos os sentidos que permite que não se sintam, em nenhuma hipótese, excluídos da sociedade, o que é significativo para eles. A educação dessas pessoas é adjetivada como especial, pois se destina ao modo de tratamento especial tal como contidos nos textos da Lei 4024/61 e da 5692/71, hoje substituídos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96). Na atual LDBEN, é constatada uma sensível evolução, embora o alunato continue sendo dito como “clientela” e a educação especial esteja conceituada como modalidade de educação escolar oferecida a pessoas com necessidades especiais. Muitas vezes o aluno encontra professores inexperientes, sem a menor estrutura, aventureiros que não sabem enfrentar as dificuldades, e que desconhecem que atitude tomar com o aluno especial, é um cidadão com todos os direitos, ou seja, que devem ter acesso a todos os recursos provenientes para um ensino destinado a essas pessoas. A inclusão não acontece como num passe de mágica, da noite pro dia, para acontecer deve existir uma união de um grupo de pessoas com essa finalidade. São pesquisas, normas, estudos para chegar a um resultado que leve esse deficiente a uma integração perfeita na escola e conseqüentemente à sociedade e, principalmente à sua própria família, 11 tirando até o choque de “culpa” por não saber como lidar com o filho que tem algum tipo d e necessidade. Mostrar a essa pessoa que ele é capaz é um dos princípios que irá interagir no âmbito pessoal e formar a plena capacidade de ser um cidadão que possa absorver os sinais usados na escola e adquirir todo conteúdo usado pelo professor. Isso não é só uma vitória da equipe envolvida, mas também, uma vitória individual desse aluno. Para ser um bom profissional na Educação Infantil, precisa-se de muito estudo e experiência vivenciada no dia-a-dia, requer atenção, carinho, cuidado, estar disposto a ajudar a criança, apoiar se a mesma vier a precisar, pois tendem a necessitar muito pois a uma nova fase, para ser professor tem que gostar do que se faz, para não prejudicar na formação da criança e sim somente proporcionar ajuda através de seus conhecimentos. No final da década de 1970, vários alunos com deficiência começaram a ser integrados em classes regulares. Até mesmo alunos com deficiências importantes, que não haviam sido atendidos no passado, começaram a receber serviços educacionais nas escolas regulares. Integração escolar é um movimento que visa acabar com a segregação, favorecendo assim, as interações sociais de estudantes deficientes com estudantes normais. O processo de integração sofreu uma verdadeira evolução nas últimas décadas. Na década de 1980, o movimento de Inclusão de pessoas deficientes se intensifica, uma vez que a classe regular fica reconhecida como o melhor ambiente pedagógico para o aluno portador de necessidades especiais se desenvolverem. Portanto a educação especial adquirirá uma nova significação, passando a ser uma modalidade de ensino destinada não apenas aos deficientes, mas uma educação especializada no aluno e dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento de novas maneiras de ensinar, adequadas à variedade dos aprendizes, proporcionando uma educação para todos. O direito a uma boa educação e aprendizagem aplica-se tanto a pessoas com deficiência e aos superdotados, que como quaisquer pessoas devem ser respeitadas seus direitos de vida e à dignidade, a liberdade, a convivência familiar e comunitária, a igualdade de oportunidades em saúde, educação, trabalho e a participação social. Acredita-se que a função social da escola, tem muitas coisas pra acontecer, um exemplo é oferecer a todos, sem exceção a oportunidade de acesso a educação para: Rosita( 1998), a educação especial tem sido considerada, como educação de pessoas com deficiência,seja ela mental, auditiva, visual, motora, física, múltipla ou decorrente de 12 distúrbios invasivos do desenvolvimento, além das pessoas superdotadas que também tem integrado o alunato de educação especial. 13 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Investigar quais os desafios, que o Pedagogo enfrenta na Educação Infantil, e quais as práticas utilizadas para desenvolver a inclusão. 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS Observar a prática docente e o processo de inclusão Averiguar os desafios do educador no processo de inclusão Procurar as perpectivas atuais no processo de inclusão. 14 3 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA O Centro Nipônico Adventista (CNA) trabalha na modalidade educação infantil, ensino fundamental I e ensino fundamental II. Essa instituição faz parte da rede de ensino particular do grupo Adventista, localizada no Município de Belém, onde atua a 33 anos na educação. A metodologia de ensino e aprendizagem da Educação Adventista se pauta pela concepção filosófica Jesus Mestre por excelência e pelo objetivo a que se propõe, conforme o pensamento hebraico-oriental que coloca Jesus acima de tudo, não descarta assim seus valores. Isso não significa que o educador vai ter um modelo de ensino, pois cada um possui habilidades próprias e para cada realidade educacional existem várias práticas, costumes e idéias produzidos socialmente. Como afirma Durkheim (1978: 39), ”não há povo em que não exista certo número de idéias, sentidos e praticas que a educação deve inculcar a todas as crianças indistintamente, seja qual for a categoria social a que pertençam”. Assim toda a prática pedagógica deve estar amparada por princípios que norteiam, para que o educador possa ter a possibilidade de transmitir em todas as situações do cotidiano, no entanto à uma base metodológica comum que sustenta e promove a unicidade e identidade da instituição educacional. Integração fé e ensino; Estimulo ao espírito de investigação, reflexão e criatividade; Conhecimento da realidade e do educando como ponto de partida; Relação teoria-prática; Interação afetiva; Ensino de valores; Respeito a unicidade do educando; Espírito cooperativo; Interdisciplinaridade ; Preparo pra servir, esses princípios metodológicos servem como base comum pras práticas curriculares nas unidades escolares adventista. É baseado os ensinamentos da rede escolar adventista. O CNA faz algumas exigências, como o plano diário de aula, que o mesmo é o plano de aula, do professor onde é entregue a coordenadora dos professores da instituição, para assim facilitar no desenvolvimento do trabalho do mesmo dentro da sala de aula, tendo desse modo um aprendizado significativo do conteúdo nas variadas áreas do conhecimento por parte do educando. Segundo Knight (2001), toda experiência educacional é repleta de valores. A axiologia deve permear o currículo escolar e influenciar um viver coerente com os princípios básicos da ética cristã e da valorização do educando como individuo e como membro de 15 uma comunidade, com responsabilidades e direitos em relação ao meio ambiente, à vida e à família. A instituição busca se vincular com a família de cada aluno, no seguimento de atividades a ser realizada como reuniões, encontros, conhecimento da legislação onde garante o direito da educação da criança, na participação dos eventos como: a realização de projetos, dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, jogos, semana da oração entre outros, assim ajuda a criança a ir construindo novos vínculos e se adaptando as mais variadas circunstancias. Com o contado da família com a escola facilita a compreensão do professor, no aspecto de saber como é a criança em casa o que ela realiza, do que ela gosta de fazer, de comer, de brincar, seus gostas e gestos assim possibilita um desenvolvimento físico, intelectual, motor, na construção da capacidade afetiva junto à criança, onde ajuda no decorrer dessa nova etapa de conhecimento de mundo onde permitirá novas descobertas a criança. Em relação ao espaço da escola, a mesma é dividida assim: uma biblioteca, uma cozinha, uma lanchonete, uma quadra, uma sala dos professores, uma capela, quatro banheiros femininos e masculinos, dez salas de aula onde atendem alunos do jardim II ao nono ano, secretaria, uma sala para: diretora, tesoureira, coordenadora disciplinar, orientadora educacional, gerente de TI, coordenadora de professores. Trabalham na instituição duas professoras na educação infantil, dez professores no ensino fundamental I, e doze professores no ensino fundamental II, um capelão, a instituição também tem seis monitores, cinco pessoas que trabalham na limpeza, duas secretarias, uma auxiliar de cobrança, uma bibliotecária, e uma auxiliar de bibliotecária, dois menores aprendizes, três estagiárias. Sendo assim pode-se caracterizar o CNA como uma instituição de médio porte onde proporciona ensinamentos a 662 alunos. No CNA, procura os mais variados meios possíveis atender, todas as necessidades e proporcionar assim um ensino igualitário a todos os alunos matriculados, sem fazer distinção de cor, religião e crianças com necessidades especiais. Onde no mesmo estudam todos esses tipos de pessoas, e são tratadas da mesma forma, um caso são os alunos de necessidades especiais que muitas vezes são rejeitados por outras instituições, no CNA são tratados como alunos “normais” participam das mesmas atividades estuda nas salas sem que haja separação, interagem com um todo. Porém o mesmo deixa a desejar um pouco na estrutura, por mais que faça a inclusão dos alunos no ensino regula, sem que haja preconceito com os mesmos, no caso do 16 cadeirante a instituição não possui nenhuma rampa, quando o mesmo tem que ir pra capela ele é carregado por dois monitores, o mesmo caso não tem nenhum banheiro adaptado para o mesmo, ocorrendo a mesma situação o monitor que o leva. Com relação ao aluno com outras necessidades especiais, o mesmo tem acompanhamento do professor, e da equipe técnica, mas não tem nenhum acompanhamento psicológico, e de fonoaudióloga, para melhorar a dicção, e sua coordenação motora. Segundo Vandercook, Fleetham, Sinclair e Tetlie (1988), as salas de aula onde as crianças são integradas, enriquecem por terem oportunidades de aprender umas com as outras, desenvolvem-se para cuidar umas das outras e conquistam atitudes, habilidades e valores necessários, para a comunidade apoiar a inclusão. As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, sem fazer distinçoes das suas condições físicas, culturais, sociais entre outras. Este conceito deve incluir crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais. O espaço escolar, onde as limitações são únicas e ímpares, toda a infra-estrutura deve ser adaptada ao coletivo, como por exemplo, rampa de acesso para cadeirantes, material em Braille para deficientes visuais, Libras para deficientes auditivos, entre outros. O ambiente deve ser acolhedor e com total respeito ao indivíduo, sempre respeitando um ou outro e também reconhecendo os valores de cada pessoa e o que tem de melhor para fazer e transmitir. Formar um aluno dentro da escola é justamente destacar suas diferenças e não padronizá-lo, é ensiná-los o máximo que possam aproveitar. Entretanto, percebe-se que o êxito do processo de aprendizagem e de inclusão depende da formação continuada do professor, dos grupos de estudos com os profissionais especializados, possibilitando uma ação prática, da reflexão e do constante redimensionamento do fazer pedagógico. 17 4 RELÁTORIO DESCRITIVO O presente trabalho trata de um relatório de estagio tem como função relatar, alguns pontos notados na sala de aula, de uma turma da educação infantil que possui aluno deficiente inserido na turma regular, e analisar os métodos que a professora usa para inserilo com o restante dos alunos, para que o mesmo não se sinta excluído. Pode-se considerar que a inclusão de alunos deficientes seja efetuado a partir da educação infantil, essa integração será satisfatória para o desenvolvimento do aluno, no sentido a propiciar sua interação com os demais na aprendizagem. 4.1 A PRÁTICA DOCENTE E O PROCESSO DE INCLUSÃO Segundo Souza, (2006) a prática pedagógica é conformada pelas interações de seus diferentes sujeitos, com objetivo de construir conhecimentos ou trabalho dos conteúdos pedagógicos, o estágio possibilita a oportunidade de conhecimento do trabalho pedagógico dos docentes em ação, e também de exercer a sua própria prática diante do mesmo. No entanto a escola é uma instituição social que se apresenta de uma forma como responsável pela educação de maneira sistemática para criança, possibilitando experiências no cotidiano, construindo conceitos, refletindo garantindo assim informações necessárias na luta de seus direitos. Ao cuidar da criança, preservando e atendendo as suas necessidades infantis, com atitudes e procedimentos adequados e fundamentados nas diferentes faixas etárias. O professor tem que montar seu plano de aula, onde no mesmo especifica o que vai ser trabalhado durante a semana, o conteúdo, a metodologia, o recurso a ser usado, para que saiba o que vai fazer com seu aluno especial, que acompanhamento ele vai ter, para que o mesmo não fique deslocado na turma sem fazer nada só brincando, assim ocorre a interação não só do professor com ele mais sim sua interação com o restante da turma. É isso que acontece na turma de jardim II no turno da manhã no CNA tem um aluno especial, ele faz tudo o que os ditos alunos “normais” fazem, a professora monta seu plano de aula voltado para todos, pois todos têm a capacidade de assimilar o conteúdo, apesar do mesmo não ter uma boa coordenação motora ele entende e compreende os assuntos, e responde de maneira correta o que é lhe perguntado, é difícil mantê-lo concentrado, mas aos poucos isso esta acontecendo. O mesmo participa de todas as atividades, brincadeiras, jogos, educação física, capela, senta e faz a oração antes do lanche, lavar as mãos para lanchar, escova o dente 18 vai brincar na hora do recreio no pátio com o restante dos alunos da turma e do colégio, seu temperamento é agressivo e carinhoso, tem horas que se ele se sente ameaçado bate, quando ele gosta vive fazendo carinho, dando abraço e beijos. A professora utiliza vários métodos para que a criança tenha um bom aprendizado, costuma variar para que a aula não se torne assim cansativa, desse modo prende a atenção do aluno que fica entusiasmado em aprender para fazer igual, suas aulas vão desde meditação, oração, uso do livro didático, atividades com o alfabeto móvel que permite a criança a formar palavras que já são conhecidas por ela pelo alfabeto, e o uso de massa de modelar que intensifica a coordenação motora da criança, e é muito importante para seu desenvolvimento. Muitos professores têm a percepção que brincar de roda, rasgar papel pra fazer uma piscina e brincar de massa é apenas um passa tempo com as crianças, mas estão equivocados, pois o cantado disso com a criança oportuniza muitos conhecimento e é uma forma que podem aprender de uma forma descontraída, mas não bem assim a educação infantil não é apenas um deposito de crianças onde os pais deixam pra irem trabalhar, ao trabalhar com crianças tem que se permitir brincar, valorizar e sonhar, para que assim não desvalorize seu momento de criança. Segundo Cunha (1988), o lúdico faz com que a criança se sinta motivada, estimula a inteligência e permite a sua imaginação e desenvolve a sua criatividade, procura meios para conseguir que toda a criança socialize e participe das brincadeiras, proporciona elementos que favorecem a criatividade das crianças, como o faz de conta, quando a criança utiliza um brinquedo e faz o uso com outra situação. De acordo com Vygotsky (1991) é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Segundo o autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras. Percebe-se também que ao se trabalhar o ensino de artes na educação infantil, proporciona a criança o encontro com seu sonho, sua forma de brincar com objetos e cores, o modo formar os desenhos, assim busca a procurar o significado para entender o ambiente que esta sendo inserida. Segundo Piaget o ensino deveria ser baseado em proposição de problema que levassem o aluno desde da educação infantil a “aprender a aprender”, pois ele acredita que as crianças não aprendem a pensar, as crianças pensam. Quando pensam (...) 19 desenvolvem mecanismos mais avançados de pensamento. E, no entanto, o que realmente importante para a criança é construir sempre seu próprio material (PIAGET, 1979, p. 79), sendo assim, as experiências devem sempre ser feitas pelo aluno. A inclusão, portanto, oportuniza ao indivíduo a possibilidade de participar efetivamente da sociedade e valoriza as diferenças, a complexidade, de modo que percebe a diversidade como uma maneira de reverter às situações de exclusão, estas são sinônimas das desigualdades sociais, uma vez que se um indivíduo qualquer é privado do usufruto de seus direitos sociais, não está de fato participando desta sociedade, ficando à margem dela. Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade. Desse modo a formação continuada, não pode ser somente de breves cursos realizados para atualização e capacitação do educador, mas também, composta e complementada por reuniões de estudos na escola, analisando a realidade vivida por aquele grupo de alunos, suas necessidades e suas potencialidades. Desta forma, a escola e a sala de aula devem ser um espaço inclusivo, acolhedor, um ambiente estimulante que sempre reforçará os pontos fortes do indivíduo, reconhecendo suas dificuldades e adaptando-se as peculiaridades do alunado. O CNA oferece essa formação continuada, com palestras dos mais diversificados assuntos, de como tratar outros, que postura do educador tem que ter em determinadas situaçoes, para que todos o educadores possam saber como lidar em cada situação, a instituição oferece o Plantão Pedagogico que é paras os pais irem tirar suas duvidas e saber de como é o desenvolvimento do seu filho na sala de aula, e reuniões com todos os professores e a coordenadora dos professores uma vez por semana, para que juntos possam reslover da melhor maneira o desenvolvimento da instituição. 4.2 OS DESAFIOS DO EDUCADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO Segundo Taylor (1992) ao incluir alunos com deficiência no ensino regular é importante eleva a consciência de cada aspecto inter-relacionado da escola como uma comunidade: seus limites, os benefícios a seus membros, seus relacionamentos internos, seus relacionamentos com o ambiente externo e sua historia. 20 Desse modo, para o educador se adequar ao uma turma inclusiva deve ter uma formação continuada, deve participar de cursos, palestras, programas aonde vai se aperfeiçoar com as mais variadas situações do dia-a-dia, sendo assim de extrema importância que o professor trate todas as crianças iguais, não só relacionada a meninos e meninas, mas também não criticando a religião, etnias e as possíveis crianças que possam ter algum tipo de necessidade especial. A educação continua a passar por vários tipos de mudanças e inovações, se tornando assim um processo continuo de inovação e formação pedagógica, que tem por finalidade promover um conhecimento abrangente conforme o nível de aprendizagem de casa crianças, sem deixar de lado os alunos especiais, onde os mesmos custam a absorver determinadas situações. Para Rosita Carvalho (1998, p.158) “a idéia de integração (econômica, política ou social e sob esta função, a educacional), pressupõe a reciprocidade”. Portanto incluir não é simplesmente conviver com as diferenças, mas entender que se trata de algo complexo, que precisa de uma ação particular, individual. O desafio da inclusão no ensino regular tem acontecido progressivamente, devido tantas modificações no sistema educacional, a popularização do ensino e as ações democráticas que estabelecem uma escola para todos. Durante muito tempo a escola também praticou atos de segregação, isolando alunos de acordo com critérios estabelecidos pela mesma, ainda que algumas vezes não fosse sua intenção. A inclusão aplica-se não somente aos alunos com deficiência ou sob risco, mas sim a todos os alunos, pois as questões desafiadoras enfrentadas pelos alunos e pelos educadores nas escolas de hoje não permite que ninguém se isole e se concentre em uma única necessidade ou em uma grupo alvo de alunos. Nas escolas que há inclusão têm que apoiar todos os alunos, os professores, os pais, o pessoal de apoio, os administradores, para que os mesmo saibam como lidar. Segundo Rosana Vidal (2009) a construção de uma escola inclusiva é um desafio, pois requer quebra de paradigmas, enfrentamento do desconhecido, aceitação do não saber e efetivar, na prática, os princípios que fundamentam uma escola inclusiva. O profissional hoje tem que ser multifuncional, competente, arrojado, competitivo, entre outros atributos que façam com que seja visto como diferente, Assim, a sociedade na qual vivemos, tem por diretriz a superação e o homem tem, a todo o momento, que 21 apresentar-se perfeitamente capaz de superar todos os obstáculos durante sua trajetória de vida, seja ela no âmbito particular ou no profissional. Segundo Freire (1996), É de inclusão que se vive á vida. Desse modo os homens aprendem, em comunhão. O homem se define pela capacidade e qualidade das trocas e estabelece isso, não seria diferente com os portadores de necessidades especiais, mas não podemos esquecer que é preciso conhecer a verdadeira dificuldade enfrentada não só pelos professores que recebem esses alunos, mas a todos os funcionários da instituição, e quais as alternativas geradas por eles para adquirir a metodologia e a aprendizagem necessária para desenvolver seu alunado. A proposta de uma educação inclusiva apresenta as mais divercificadas evoluções nos últimos vinte anos, que reflexo das discussões da sociedade internacional que tem como meta maior à humanização da sociedade, tornando-a mais igualitária e menos preconceituosa, buscando uma Escola para Todos, com um ensino que supra as necessidades de todos os alunos. . Silva (2005), também coloca que: “O ser em formação só se torna sujeito no momento em que a sua intencionalidade é explicada no ato de aprender e em que é capaz de intervir no seu processo de aprendizagem e de formação para o favorecer e para o reorientar”. Para que toda as barreiras sejam bem sucedidas, a coordenadora dos professoras, estimula as professores a se ierarem do assunto sobre inclusão, pois na instituição tem vários alunos especiais, procurando saber o que está acontecendo em sala, se a professora está tendo dificuldades com o mesmo, com está a relação com a turma e o restante dos alunos, para que tragam assim bons resulatdos. 4.3 PESPECTIVA ATUAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO A inclusão da “Educação Especial” na política educacional Brasileira ocorreu no final dos anos cinqüenta e início da década de sessenta no século XX. Na defesa da cidadania e do direito da educação das pessoas com deficiência é uma atitude muito recente em nossa sociedade. Que se manifesta através de medidas isoladas, ou de alguns grupos ou indivíduos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos das pessoas com deficiências, podem ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais a partir de meados deste século. 22 De acordo com Mazzotta( 1996), A Educação Especial inserida no processo de inclusão se caracteriza como modalidade de ensino que apresenta um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para dar apoio, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos estudantes que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens. A inclusão tem como objetivo demonstrar uma evolução da cultura que visa defender que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma espécie de deficiência. Em 20 de dezembro de 1996, é sancionada a atual LDB (Lei 9394/96), baseada no princípio no princípio do direito universal à educação para todos. A LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil (creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica. O artigo 58 da LDB relata. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educando de necessidades especiais (Brasil 1996). Depende das condições econômicas, sociais, culturais e educacionais para que a função da Educação Especial de ampliação para as oportunidades educacionais para assim às pessoas com necessidades especiais poderá ser a mais significativa. Segundo Vygotsky (1998), é fundamental que todo o individuo se insira no meio cultural, para que ocorram assim as mudanças no seu desenvolvimento, é desta forma que pode se observar a interação da criança com o meio ambiente. Um processo que se realiza mediante as novas vivências, experimento e situações de aprendizagem, forma laço afetivos que proporciona para a criança uma etapa de crescimento que expande seu universo sócio cultural. A Educação Adventista procura contribuir para que o professor possa estar em permanente desenvolvimento, em todos os aspectos, e o seu caráter possa ser moldado conforme o modelo do Filho de Deus, pois só assim a educação alcançará seus objetivos. E assim é estimulando a todos de como devemos tratar nosso próximo. Pois quando se trata de educação, é um continuo aprendizado, que vai se renovar com o passar do tempo, para que possa assim se adaptar com as constantes mudanças ocorridas no meio social que vivemos. 23 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao se referir no processo de Inclusão, percebe-se a necessidade de formação dos professores, pois na sociedade atual, ele se torna uma espécie de mediador nas informações que ajuda na formação do respeito e cidadania com os demais. Para que o professor possa se sentir apto a incluir um aluno um aluno especial, não é como uma receita pronta que tem uma medida certa, é com a convivência dia após dia dessa forma passa a descobrir como lidar e cuidar desse alunos especiais. A interação e sintonia do professor e aluno, família e professor é de grande contribuição para que os métodos usados em sala de aula tenham êxito para a absorção dos assuntos abordados seja compreendida pelo aluno incluso, busca assim atribuir algum tipo de característica ao aluno, desse modo a educação inclusiva deve ter como ponto de partida o cotidiano, o coletivo, tendo como principio a identidade para construir a pessoa humana em todos seus aspectos sendo ele afetivo moral e intelectual. Desse modo são vários estudos focados para a Inclusão, para que os professores saibam a melhor maneira de se posicionar para que possa incluir de maneira correta esse aluno, assim o professor se torna o principal protagonista das práticas usadas, que direciona seu trabalho para que assim possibilite ajudar na formação desses indivíduos, concentra ações que faça aprenderem o mesmo que os demais alunos, com a mesma dimensão nas informações e trabalhos realizados. As dificuldades existem desse modo torna-se necessário que o professor estabeleça um contato com os pais para que possa realizar de maneira mais eficaz o trabalho a ser desenvolvido, para a melhor compreensão do aluno. Ao tratar de Inclusão, o professor tem que compreender o momento educacional de cada aluno, para que não se precipite e o mesmo não venha a compreender de maneira eficaz, o assunto que esta sendo abordado, e não fique para trás em comparação ao restante da turma. Ao finalizar esse estágio observou-se a importância da inclusão escolar na educação infantil, no contexto da formação da socialização escolar com o meio social, percebeu que os professores têm como objetivo trabalhar as perspectivas do desempenho cognitivo da criança inclusa, através das atividades desenvolvidas no decorrer do ano letivo. 24 É de plena importância conviver com as mais variadas inclusões sociais, seja ela na escola, no local de trabalho e até mesmo nos lugares frequentados, deve-se destacar que não é todo o lugar que está preparado para receber pessoas com algum tipo de especialidade. Conclui-se que os métodos utilizados em sala de aula aprofundam os conhecimentos de ensino-aprendizagem que compartilha a integração dos alunos inclusos com os demais alunos, com o desenvolvimento de atividades diferenciadas aprofunda os conhecimentos adquiridos. 25 RECOMENDAÇÕES OU SUGESTÕES Sugere-se que a instituição passe a ter uma equipe Técnica Multidisciplinar, para que assim possa abranger todas as necessidades de um aluno com deficiência, para que os mesmo tenham êxito em suas atividades. 26 REFERÊNCIAS FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. SILVA, Karla Fernanda Wunder. Tessituras entre a Escola Regular e a Educação Especial. 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2005. STAINBACK Susan e William Inclusão, um guia para educadores, 1999, p.65 MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996. CARVALHO R. E. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 1998. SOUZA, João Francisco de. Prática pedagógica e formação de professores. Recife: Bagaço, 2006. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998 FERREIRA, Maria Elisa Capitulo;GUIMARÃES, Marly. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro 2003. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo; Martins Fontes, 1991.