CENTRO BRASILEIRO DA VISÃO
HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL
RETINOPATIA
DA
PREMATURIDADE
Eduardo Campos
www.paulomargotto.com.br – 20/8/2008
Retinopatia da prematuridade

Doença vasoproliferativa da retina

Acomete crianças:



pré-termo
baixo peso ao nascer
grande exposição a alta concentração de
oxigênio
Retinopatia da prematuridade

FASE AGUDA → vasculogênese normal é
interrompida → retina imatura apresenta
transformação e proliferação celulares

EVOLUÇÃO


inflamação e hemorragia → processo fibrótico
cicatricial e descolamento da retina
involução espontânea → ausência de lesões ou
alterações cicatriciais leves
RETINA

Ausência de vasos até quarto mês de gestação →
complexos vasculares crescem em direção à
periferia

Vasos:



periferia nasal após 8 meses de gestação
periferia temporal 1 mês após o parto
Retina temporal ainda não vascularizada →
suscetível a dano pelo oxigênio
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
LOCALIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
EXTENSÃO
Determinada pelo número de
horas do relógio de retina
acometida
ESTADIAMENTO – doença ativa
Estágio 1 – linha de
demarcação:
 limite entre a retina
vascularizada e a não
vascularizada
 coloração
esbranquiçada
 mesmo plano da
retina
ESTADIAMENTO – doença ativa
Estágio 2 – crista:

linha espessada e
esbranquiçada, elevando-se e
deixando o plano da retina,
com comunicações
arteriovenosas

vasos sanguíneos entram na
crista

pequenos tufos neovasculares
isolados podem ser vistos
posteriores a ela
ESTADIAMENTO – doença ativa
Estágio 3 – crista com
proliferação fibrovascular
extra-retiniana:
 crista rosada → proliferação
fribrovascular ao longo da
superfície da retina e para o
vítreo
 dilatação e tortuosidade dos
vasos retinianos posteriores
ao equador
 hemorragia retiniana
 hemorragia vítrea
 maior incidência: 35 semanas
de idade pós-conceptual
ESTADIAMENTO – doença ativa
Estágio 4 –


descolamento subtotal
de retina:
corresponde ao estágio 3
associado a
descolamento parcial da
retina
subdividido em 4a e 4b
ESTADIAMENTO – doença ativa
 Estágio
retina
5 – descolamento total de
Rara evolução do estágio 1 para o
estágio 4 em poucos dias
80% → regressão espontânea com
pouco ou nenhum resíduo
Regressão espontânea → mesmo
em descolamentos parciais de
retina
DOENÇA ATIVA PLUS

dilatação e
tortuosidade
aumentada dos vasos
retinianos

ingurgitamento dos
vasos irianos

rigidez pupilar

turvação vítrea
DOENÇA LIMIAR
É definida como cinco horas
contíguas ou oito horas nãocontíguas de neovascularização
extra-retiniana (doença estágio 3) na
zona 1 ou zona 2, associada a
doença ativa, e é uma indicação para
tratamento.
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE : TRIAGEM

Indicações:
 idade gestacional menor ou igual a 31 semanas
 peso ao nascimento menor ou igual a 1500g

Primeiro exame:
 6 -7 semanas pós-nascimento ou
 34 semanas pós-conceptual (não antes de 5 semanas de idade pósnatal)

Revisões a cada 2 semanas até que a vascularização completa alcance a
zona 3

Pupilas: ciclopentolato 0,5% com ou sem fenilefrina 2,5%
TRATAMENTO
1. ABLAÇÃO da retina avascular imatura por
crioterapia ou fotocoagulação com laser em
crianças com doença limiar.


85% → bons resultados
restante progride para DR apesar do tratamento
2. CIRURGIA VITREORRETINIANA


descolamento tracional da retina
geralmente resultado visual desfavorável
RP CICATRICIAL

20% das crianças com RP ativa

cicatrizes inócuas ou muito severas

quanto mais avançada e mais posterior a
doença proliferativa por ocasião da
involução, piores as seqüelas cicatriciais
RP CICATRICIAL

Grau 1: pequenas massas opacas
na periferia, sem descolamento da
retina

Grau 2: massas grandes na periferia,
com descolamento da retina
localizado
RP CICATRICIAL
Grau 3:

massas grandes na
periferia da retina,
com tração de papila
RP CICATRICIAL

Grau 4: tecido fibrovascular
retrocristaliniano cobrindo parte da
pupila

Grau 5: tecido retrocristaliniano
cobrindo toda a pupila
OBRIGADO!
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Retinopatia da prematuridade