EE Professora Joelina de Almeida Xavier Professora Regente: Sandra Regina Anache Professor STE: Luis Antonio Bittar Aluno Luiz Paulo. EJA – Turno Noturno 2010 Projeto Conecta Escola. Projeto Consciência Negra Discriminação racial é o "calcanhar de Aquiles Eua Trinta e sete anos depois da promulgação da Lei dos Direitos Civis, que pôs fim à segregação racial nos EUA, o racismo ainda está no cotidiano dos americanos, com o surgimento de novos alvos de discriminação --como hispânicos e muçulmanos. Para os negros, vítimas históricas do racismo, a hora é de cobrar reparações pela escravidão, principal bandeira do movimento negro hoje nos EUA. O país tem cerca de 34,6 milhões de negros ou afro-americanos-, diz o censo realizado em 2000. Isso equivale a 12,3% da população americana, de 281,4 milhões de pessoas. Relatório da Iniciativa de Relações Humanas Comparadas (grupo de pesquisadores que estuda a questão racial nos EUA, na África do Sul e no Brasil) fala do racismo como "o calcanhar de Aquiles da América", uma aresta originalmente apontada contra os negros, mas que hoje afeta também os hispânicos O relatório mostra, por exemplo, a disparidade na formação educacional: enquanto 82,7% dos homens brancos, em 1996, tinham pelo menos quatro anos de estudo no ensino básico, entre homens negros o número caía para 74,3%, e, entre hispânicos, para 53%. O mesmo relatório mostra que, em 1997, a taxa de homicídios entre homens negros era de 65,1 (por 100 mil habitantes), enquanto, entre homens brancos, caía para 8,5 (por 100 mil habitantes). Para os negros, é hora também de tentar garantir a continuidade das políticas de ação afirmativa (o conjunto de práticas implementadas com o objetivo de reduzir desigualdades motivadas por gênero, raça, origem, deficiência física ou outra condição de desvantagem). A ação afirmativa estabelece metas para aumentar a participação desses grupos nas universidades e no mercado de trabalho. Há um debate em curso nos EUA sobre a necessidade de manutenção desse tipo de política, que vem sendo acusada por seus críticos de promover uma discriminação ao contrário, criando divisões na sociedade A demanda por reparações foi o tom dos protestos dos ativistas negros americanos em Durban, na África do Sul, na Conferência das Nações Unidas contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlata, que terminou no dia 8 de setembro. Os EUA foram, desde antes da conferência, contrários à discussão sobre reparações, por considerem o tema um "assunto doméstico". O governo temia, na verdade, que a discussão internacional numa reunião das Nações Unidas respaldasse uma onda de ações judiciais por reparações dentro do território americano. Os EUA acabaram abandonando a Conferência de Durban, alegando discordar do tom das discussões sobre o Oriente Médio. Países árabes queriam que os documentos da conferência acusassem Israel, tradicional aliado dos EUA, de práticas discriminatórias contra os palestinos. Discriminação perpétua no Brasil O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras É comum ouvir dizer que no Brasil já não existe mais racismo, preconceito ou discriminação. Ao mesmo tempo é impossível negar o alargamento das diferenças sociais e econômicas sofridas pela sociedade no decorrer dos séculos. Para entender estas diferenças é necessário voltar ao período de colonização do País, para perceber também, que há, através da história a perpetuação da discriminação. De acordo com a socióloga, Maria das Dores Silva, professora da Universidade de Uberaba, a sociedade contribui para que o preconceito seja voltado para os negros. Durante a colonização do Brasil, as terras foram tiradas do poder dos índios, que se viram obrigados a trabalhar. Como não se adaptaram bem, por recusarem a escravidão, foram substituídos pelos escravos africanos. Os negros foram arrancados de sua pátria e trazidos para as Américas - um continente desconhecido, onde não lhes ofereceram nenhuma vantagem. Mesmo depois da abolição, no dia 13 de maio de 1888, os negros não se libertaram. Data daí, de acordo com a socióloga . o período da intensificação do preconceito."O conflito pessoal começa quando a raça branca faz algum tipo de comentário sobre o passado dos índios ou negros, por causa da escravidão", aponta Maria das Dores. É necessário também, na visão de Maria das Dores, recorrer a Biologia para que o racismo não seja . analisado somente no campo ideológico. "Existe uma parte da ciência, também chamada de Racismo, que estuda a mensuração das espécies humanas. São comparados ossos de homens negros com os de brancos, amarelos e vermelhos, para indicar quais são as diferenças entre cada raça", explica. É exatamente essa mistura de raças que pode causar mudanças na sociedade. O Racismo ou Etnocentrismo, é a característica de um grupo racial que cria conflitos, tentando mostrar-se . melhor que os outros. A Sociologia classifica o racismo como uma discriminação ideológica, na qual um grupo considera ter mais qualidades que o outro. "O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras", esclarece. . Para a Psicólogia, o racismo pode gerar certos tipos de patologias nas pessoas discriminadas. A psicóloga Osimar Beatriz Tura, cuja experiência somam-se nove anos de atendimento clínico na cidade de Conquista/MG explicou que as pessoas, quando discriminadas, sofrem um certo isolamento podendo ter como consequência a violência. "Quando alguém está sendo inferiorizado, seja por causa de sua cor ou por sua crença, passa a desenvolver problemas psicológicos. Com isso fica doente ou até mesmo desenvolve um sentimento de raiva, tornando-se violento", exemplifica.