Ano V • Nº 21 • 2007 • Distribuição Gratuita • Tiragem: 35.000 exemplares • www.bd.com/brasil Lançamento: Chegou a seringa de segurança BD SoloMedTM 1º) Farmácia Colombo Iguape (SP). Representante: José Carlos Martins Ribeiro Prêmio: TV Philco 29". Conheça a solução definitiva para a segurança do profissional de saúde que faz aplica- Página 2 NR 32 e os serviços farmacêuticos A NR 32 estabelecida pelo MTE visa garantir medidas de segurança para os profissionais de todas as áreas da saúde. Suas implicações jurídicas, os benefícios para os farmacêuticos, instituições e serviços de saúde, assim como para toda a sociedade, são analisados por Mauro Daffre, representante da CNI na CTPN da NR 32. Página 3 Preparo da seringa para aplicação de injetáveis Veja as orientações e recomendações passo a passo. Página 4 Interações medicamentosas: fatores causadores, riscos e conseqüências. Página 5 2º) Drogaria AMK Cuelhar Drogaria Ltda - Drogaria Farmaiz Lins (SP). Representante: Marcia Cristiane Cuelhar Prêmio: TV Philco 29". 3º) Drogaria Glória Assis (SP). Representante: Ernesto Divino da Silva Filho. Prêmio: iPod Shuffle. 4º) Hiperfarma - Campofarma Com. de Med. Ltda Campo Largo (PR). Representante: Fernanda de Fátima. Prêmio: iPod Shuffle. Mitos e verdades sobre a insulina Veja como orientar corretamente seus clientes que fazem tratamento com insulina. Página 6 Sorteio realizado na BD em São Paulo, no dia 15 de março. 5º) Drogaria Filijana Ltda Cidade: Senador Firmino (MG). Representante: Sebastião Evaldo Fernandes. Prêmio: câmera digital Sony. 6º) Drogaria Mais Ltda Camanducaia (MG). Representante: Benedito Soares da Rosa. Prêmio: bicicleta Mountain Bike 18 velocidades. Plantão noturno é marco histórico da Drogaria Araujo Farmacêuticos em ação contra a obesidade O CRF-SP está desenvolvendo uma campanha de conscientização dos farmacêuticos sobre a obesidade. A presidente da entidade, dra. Raquel Rizzi Grecchi, aborda a questão e faz recomendações aos profissionais de farmácia para que orientem os pacientes sobre o problema. Confira na página 8 Em mais de 100 anos de existência, a Drogaria Araujo sempre foi reconhecida pela população de Belo Horizonte por seu plantão noturno. Página 7 BD SoloMed TM Seringa de Segurança Agora você pode ter uma seringa de segurança com as vantagens e qualidades de uma seringa BD. Um produto inovador nas aplicações de medicamentos injetáveis. Antes da Ativação: Protetor projetado para travar a agulha e proteger o profissional. O protetor gira permitindo legibilidade de escala, orientação do bisel da agulha e aplicações com ângulos baixos. Após a aplicação de injeção, a seringa BD SoloMedTM deverá ter o protetor travado e o êmbolo quebrado para o descarte. Momento da Ativação: O protetor de segurança pode ser ativado com o movimento de um único dedo, imediatamente após a aplicação. Quebrando o êmbolo: A quebra da haste, torna a seringa inutilizável, sem interferir no procedimento. Após a quebra do êmbolo a haste se solta, evitando o reuso da seringa. Apresentação: TM Seringa BD SoloMed 3 mL com agulha 0,7 x 30 e 0,7 x 25 Seringa BD SoloMedTM 5 mL com agulha 0,7 x 30 e 0,7 x 25 Caixa com 100 unidades. Caixa com 100 unidades. Contatos: CRC: 0800 0555 654 • www.bd.com/brasil A NR 32 e os Estabelecimentos Farmacêuticos ○ ○ ○ ○ Mauro Daffre ○ www.tspv.com.br ○ Dispositivos de segurança ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ra a obrigação do empregador quanto à capacitação de seus profissionais. Segundo esta norma, a capacitação deve ser contínua. Entretanto, foram definidos prazos (vencidos em 16/10/06) para a capacitação básica. Tendo conhecimento de tal exigência e, sabendo da dificuldade financeira e da falta de tempo que afeta muitos profissionais da área farmacêutica, o Projeto TSPV (Trabalhador Saudável – Paciente Vivo) disponibilizou gratuitamente, o Curso Básico de Implantação da NR 32 On-line que aborda todos os itens da norma. Hoje, o curso conta com mais de 8 mil inscritos e continua na internet para quem quiser acessá-lo: ○ ○ ○ ○ cortantes envolvem riscos biológicos de alto risco, como HBV, HCV, HIV entre outros. Esse item, assim como os demais itens ainda sem prazo de implantação determinados, serão tratados pela CTPN (Comissão Tripartite Permanente Nacional), que começou os trabalhos em março. A expectativa é de que no 2º semestre tais pendências sejam definidas. Redução de acidentes e custos ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Página do Projeto TSPV na internet: www.tspv.com.br ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Outro viés importante da NR 32 é que a mesma passou a exigir o uso de perfurocortantes com dispositivos de segurança. Sabe-se que cerca de 40% dos acidentes que ocorrem no setor são causados por perfurocortantes. Embora o item 32.2.4.16 que exige tal medida ainda não tenha multa definida, nem prazo para implantação, deve ser visto como uma medida capaz de salvar muitas vidas, pois os acidentes com perfuro- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ C om a vinda da norma regulamentadora NR 32 - Saúde e Segurança no Trabalho nos Serviços de Saúde, muitos profissionais passaram a se perguntar: até que ponto isso me afeta? Para responder essa questão é preciso compreender a extensão dessa norma: sua aplicabilidade é exigida em todos os níveis de complexidade de serviços de saúde. Sendo assim, os Estabelecimentos Farmacêuticos também fazem parte desse nicho. Vale destacar que além da CIPA, o farmacêutico também assume papel importante no processo de implantação da norma. Isso porque, embora a implantação da norma exija um comprometimento mútuo entre empregadores e trabalhadores, nomear lideranças capazes de conduzir tal ação facilita o processo. Neste caso, quando pensamos nessa área, os farmacêuticos se apresentam como profissionais de alta qualificação por possuírem elevado conhecimento técnico e atuarem no dia-a-dia como suporte dos demais funcionários das organizações farmacêuticas. Ao pensarmos na adequação da norma à rotina diária de trabalho, precisamos ficar atentos aos pontos altos que o texto da NR 32 traz. A capacitação profissional é um deles. A norma deixa cla- ○ Por: Mauro Daffre – Diretor da NÓS, coordenador do Projeto Trabalhador Saudável – Paciente Vivo (TSPV) e representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Comissão Tripartite Permanente Nacional (CTPN) da NR 32. Os benefícios advindos da NR 32 vão além da redução de acidentes e dos custos com afastamento e ações judiciais. Eles podem refletir diretamente nos gastos previdenciários e tornarem-se diferencial de competitividade entre as organizações farmacêuticas. Isso porque o Decreto 6.042 alterou o regulamento da Previdência Social quanto ao recolhimento das alíquotas do SAT (Seguro Acidente de Trabalho), e o recolhimento das folhas de pagamento poderá variar de 0,5% a 6%. O FAP (Fator Acidentário Previdenciário) de cada empresa definirá o seguinte: “...quem acidentar mais pagará mais; quem acidentar menos pagará menos.” Por último, gostaria de ressaltar que a NR 32 não só irá assegurar a saúde do trabalhador que atua na área farmacêutica, como também garantirá que toda a sociedade esteja protegida. Hoje as farmácias estão muito mais próximas da população do que os próprios hospitais, pois quando um mal nos afeta a saúde, muitas vezes recorremos à farmácia para resolver nosso problema. E como citado na própria NR: “...a responsabilidade é solidária”. Jornal BD Mão Boa 3 Preparo da seringa para aplicação de injetáveis Para garantir a esterilidade do medicamento e dos materiais utilizados, são necessários cuidados que vão desde a lavagem das mãos até o preparo final da seringa. Por: Gilcleia Fontes – Gerente de Produtos BD. Fixação da agulha Bico Luer-LokTM Pela extremidade X próxima à marca do lote, abra a embalagem separando as duas faces até expor o êmbolo da seringa. Y Segure a seringa firmemente pelo berço e retire a pétala tocando apenas em uma das extremidades, colocando-a na bancada com a face estéril (branca) para cima (ela será usada posteriormente para a abertura da ampola). Z Confira a fixação da agulha com a seringa, tocando apenas na ponta do protetor da agulha e no cilindro, colocando-a dentro do berço. Bico Luer Slip Aspirando o Medicamento Em Ampola: 1 Faça a assepsia do gargalo da ampola com BD Alcohol Swabs® e espere secar. 2 Envolva o gargalo com a face estéril da pétala da seringa e quebre a parte superior da ampola. Em Frasco-ampola (Diluição): 1 2 Retire o lacre de alumínio do frascoampola e faça a assepsia da tampa de borracha de proteção do frasco-ampola com BD Alcohol Swabs® e espere secar. Com a seringa já preenchida de diluente, introduza a agulha para aspiração no frasco-ampola apoiado na bancada e injete o líquido. Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final. 3 Segurando a ampola com os dedos indicador e médio, introduza a agulha e aspire o conteúdo, tomando cuidado para não colocar o canhão da agulha dentro da ampola. 3 Misture bem o pó com o diluente, rolando suavemente o frasco entre as mãos ou fazendo movimentos circulares (carrossel) tomando o cuidado de não tocar na borracha. 4 Aspire a solução para a seringa no volume desejado. 4 Aspire a solução preparada para a seringa no volume desejado. 5 Retire a agulha da ampola, faça o reencape passivo e fixe a tampa. 5 Retire a agulha do frasco-ampola, faça o reencape passivo e troque a agulha para a aplicação. 6 Gire ou bata levemente na seringa para desfazer eventuais bolhas de ar. 6 Gire ou bata levemente na seringa para desfazer eventuais bolhas de ar. 7 Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final. 7 Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final. Atenção: Estas medidas visam a proteção do cliente, evitando que germes entrem em contato com o medicamento. 4 Jornal BD Mão Boa Interações Medicamentosas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ; Automedicação: prática de ingerir medicamentos por conta própria sem o acompanhamento de um profissional da Saúde. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Alguns fatores aumentam a incidência de interações medicamentosas: ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ As interações podem ser desejáveis (ou benéficas), quando têm como objetivo melhorar a eficácia terapêutica, prevenir resistência ou reduzir efeitos colaterais. Existem vários exemplos bastante comuns na prática clínica: a associação de anti-hipertensivos no tratamento da hipertensão, de estrogênios ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ e progestagênios nos contraceptivos, amoxicilina com ácido clavulânico, entre outras. As interações medicamentosas indesejáveis promovem redução do efeito ou aumento na incidência de reações adversas, o que pode trazer riscos à saúde do paciente, prolongar o tempo de tratamento e gerar custos mais altos na terapia. ○ U ma Interação Medicamentosa corresponde à interferência de um fármaco na ação de outro. A presença de um grande número de medicamentos disponíveis no mercado para o tratamento das diversas patologias tem contribuído para ampliar os riscos de interações medicamentosas entre as pessoas que ingerem mais de um tipo de remédio. ○ Por: Beatriz Pinto Coelho Lott - Farmacêutica e Consultora Educacional BD. ; Polifarmácia: uso prolongado e simultâneo de dois ou mais farmácos. É comum entre idosos e portadores de doenças crônicas. Por serem práticas bastante comuns, a presença do farmacêutico nas drogarias é fundamental, já que este é o profissional habilitado para fornecer à população as orientações sobre os cuidados no uso dos medicamentos, bem como informar à população sobre os riscos da automedicação, prevenindo possíveis interações medicamentosas. Existem vários livros, bem como páginas na internet que podem ser consultados para auxiliar esta avaliação. A tabela abaixo mostra alguns exemplos de interações. Fármaco 1: Fármaco 2: Conseqüencia da Interação: Anticoncepcionais Ampicilina, Amoxicilina, Tetraciclinas Corticosteróides v efeito dos contraceptivos esteróides. Anticonvulsivos (Fenitoína, Fenobarbital, Primidona, Carbamazepina) Consequências: Gravidez ou irregularidades menstruais. u efeito dos corticosteroides. Possibilidade de u dos efeitos adversos dos corticosteroides. v efeito dos contraceptivos esteróides. u efeito de fenitoina e outros. Consequências: Gravidez ou irregularidades menstruais. Soluções contendo cálcio Incompatibilidade química. Não usar concomitantemente. Fenitoína Digoxina e Digitoxina u concentração plasmática de fenitoína livre. u efeitos adversos da fenitoína. u risco de hemorragias gastrintestinais. u risco de efeitos adversos da fluoxetina. u concentração sérica da Digoxina. Antidiabéticos orais Risco de hiperglicemia. Heparina Hidroclorotiazida v efeitos anticoagulantes e trombolíticos da heparina. v efeito da hidroclorotiazida e u risco de hipocalemia. Amitriptilina Potencializa a depressão mental. Medicamentos antiglaucoma Metformina u pressão intraocular por diminuir a eficácia do antiglaucoma. u risco de hiperglicemia. N-Butil Escopolamina Depressores do sistema nervoso central Potencialização dos efeitos de ambos, resultando em sedação aditiva. Insulina Anorexígenos, estrogênios, hormônios tireoideanos, furosemida Fármacos da coluna 2 podem elevar as concentrações de glicose sangüínea, aumentando a possibilidade de hiperglicemia. Antiinflamatórios não esteroidais, Captopril, esteróides enabolizantes, tetraciclinas Fármacos da coluna 2 podem aumentar o efeito hipoglicêmico da insulina. Ceftriaxona Diclofenaco Nimesulida e Meloxicam Fluoxetina Dexametasona Betametasona Referências bibliográficas: Oga, Seizi Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas: base teórica das interações. São Paulo: Atheneu Editora, 2002. Gomes, M. J. Ciências Farmacêuticas – Uma abordagem em Farmácia Hospitalar. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. Jornal BD Mão Boa 5 Mitos e verdades sobre o uso de insulina ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ É correto aplicar a insulina sempre no mesmo local do corpo? Não, pois aplicar insulina seguidamente no mesmo local pode causar lipodis- ○ A insulina tem que ficar sempre na geladeira? Não, as insulinas em uso podem ser mantidas à temperatura ambiente, cerca de 25º C, colocando o frasco em lugar fresco e ventilado, evitando exposição direta à luz solar. Temperaturas extremas, sejam altas ou baixas, devem ser evitadas no ambiente de armazenamento. As insulinas fechadas, ou seja, em estoque devem ser mantidas sob refrigeração constante, entre 2 e 8º C. ○ A insulina pode ser aplicada em qualquer região do corpo? A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, em regiões que facilitem a auto-aplicação, onde há quantidade de tecido subcutâneo suficiente e menor quantidade de enervações, reduzindo o desconforto da aplicação. Veja nas ilustrações abaixo as áreas indicadas para a auto-aplicação de insulina. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Não. Ocorre que no diabetes Tipo 1 o pâncreas não fabrica insulina e neste caso, há necessidade de administrar insulina. Insulina engorda? Se há a falta de insulina, o organismo pode usar gordura como fonte de energia, causando perda de peso. Quando o portador de diabetes inicia seu tratamento com insulina de maneira adequada, ocorre a regularização do metabolismo. O uso inadequado de insulina pode levar ao ganho de peso. Por isso a insulinoterapia deve ser sempre executada sob orientação médica. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Q uando falamos em patologias crônicas, como o Diabetes Mellitus, os mitos e as dúvidas estão sempre presentes, principalmente no que se refere às pessoas que fazem uso de insulina. No entanto, a falta de orientação e de informação pode levar a pessoa com diabetes a cometer alguns enganos, muitas vezes prejudicando o tratamento. Por isso, é muito importante que o profissional de farmácia oriente corretamente o cliente que faz tratamento com insulina, para que este busque o melhor controle metabólico, prevenindo complicações futuras e melhorando sua qualidade de vida. Selecionamos abaixo, alguns mitos freqüentemente relatados por clientes que usam insulina. Insulina vicia? Não. Aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou psíquica. A insulina é uma medicação que pode salvar vidas. É possível substituir a insulina por chá de insulina? Não existe nenhuma comprovação científica de que chás naturais ou medicações não tradicionais possam controlar ou mesmo curar o Diabetes Mellitus. Com orientação médica, os chás podem ser associados ao tratamento, mas não substituem a insulina. Existe insulina em comprimidos? Não. Se a insulina for administrada por via oral, sofrerá interferências de enzimas presentes no trato gastro-intestinal, sofrendo inativação e perdendo seu efeito. Quem usa insulina tem diabetes mais grave? ○ Por: Monise Vicente – Farmacêutica e Consultora Educacional BD. Participou Thais F. Silva – Centro BD de Educação em Diabetes. trofia. Trata-se de uma alteração no tecido subcutâneo, causada pela reutilização de agulha e/ou ausência de rodízio entre os pontos de aplicação. A lipodistrofia causa deformações, redução da sensibilidade local, além de absorção irregular da insulina, prejudicando o controle da glicemia. Quem faz somente uma aplicação diária pode escolher uma região de preferência, porém, deve fazer o rodízio dos pontos de aplicação. Deve haver uma distância de 2 ou 3 dedos entre um ponto e outro, alternando as aplicações nos lados direito e esquerdo. Se a pessoa tiver lipodistrofia, oriente a não fazer aplicações na região afetada até que o problema desapareça, o que pode levar alguns meses. Quando a glicemia está bem controlada, a pessoa pode deixar de tomar insulina? Não, porque o corpo não é capaz de controlar sozinho o nível de glicose sem o auxílio da insulina. Sem a insulina, a glicose não chega às células e como conseqüência, ocorre acúmulo de glicose no sangue, provocando a hiperglicemia com todas as implicações a curto e a longo prazo. Não se pode deixar de tomar insulina nem alterar o volume das doses sem orientação do médico, até mesmo quando a glicemia está bem controlada. Recomende a seu cliente com diabetes para que sempre consulte um médico e siga suas orientações para o sucesso do tratamento. Comente também que com o uso de insulina de maneira adequada e estilo de vida saudável, qualquer pessoa com diabetes pode usufruir de uma vida normal. Locais e posições recomendados para aplicar insulina Braços Região posterior externa do braço, no espaço entre três dedos abaixo do ombro e três dedos acima do cotovelo. Abdome Regiões laterais direita e esquerda, distantes três dedos do umbigo (dedos da pessoa que usa insulina). Não recomendamos aplicar nem acima nem abaixo do umbigo por ser desconfortável. 6 Jornal BD Mão Boa Coxas Região frontal e lateral superior da coxa, no espaço entre três dedos abaixo da região inguinal (virilha) e três dedos acima do joelho. Nádegas Região superior lateral externa do glúteo, tendo como referência a prega interglútea. Drogaria Araujo: 101 anos atendendo 24 horas em BH P artindo do princípio que se trata de uma empresa de saúde e que saúde não tem horário, a Drogaria Araujo atende 24 horas desde sua fundação em 1906. Quando iniciou as atividades da empresa, o fundador da rede, Modesto Araujo, dormia no fundo da primeira loja e atendia os clientes durante a noite. Em 1933 foi oficializado o plantão de 24 horas, sendo o primeiro plantão noturno de Belo Horizonte. A população de capital mineira cresceu sabendo que podia contar com a Araujo, dia e noite. Os princípios da Drogaria Araujo estão definidos assim: ; Prontidão: atender o cliente, não importa a hora nem o lugar; ; Exatidão: compromisso com a qualidade do produto e do serviço; ; Modicidade: praticar preços justos e estruturar uma organização eficiente, que permita operar com preços menores do que os da concorrência. O plantão de 24 horas da rede procura alinhar tais princípios. Segundo o presidente da empresa, Modesto C. Araujo Neto, a Drogaria Araujo se diferencia neste tipo de serviço com um atendimento seguro. “O principal valor que o cliente busca no plantão noturno é a segurança, ou seja, ele quer ter certeza de que o medicamento será entregue no momento em que necessita”, comenta. Ele destaca também que nas 25 lojas que cobrem todas as regiões de Belo Horizonte, durante as 24 horas, os pacientes dispõem do serviço de aplicação de injetáveis, devidamente supervisionado por um responsável técnico farmacêutico. Para o coordenador da Assessoria de Projetos Farmacêuticos da Araujo, o farmacêutico Rodrigo Soares, os cuidados básicos no atendimento de clientes devem ser os mesmos também no plantão noturno. Ele explica que estes cuidados são primordiais para quem quer atingir e manter a excelência no atendimento, independente do horário. “No entanto, sabemos que no plantão noturno existe uma urgência maior por parte dos clientes. Na Araujo trabalhamos com todo cuidado para que essa urgência não exclua a atenção aos detalhes importantes que envolvem a dispensação de medicamentos”, assegura Soares. Para isso, os farmacêuticos responsáveis técnicos da rede treinam toda equipe de atendentes de plantão visando um nível constante de concentração, senso analítico e equilíbrio nos momentos de urgência. “Isso possibilita um atendimento rápido, preciso, eficaz e corretamente de acordo com a prescrição médica”, afirma o farmacêutico. Drogatel Outro serviço é o Drogatel Araujo, considerado o primeiro atendimento de telemarketing na área farmacêutica no Brasil. Através deste atendimento online 24 horas por dia, a rede realiza mais de 2.500 mil entregas diárias na região Ontem: frota da Drogatel Araujo nos anos 60. Cartaz do plantão noturno da Araujo nos anos 30. de BH, com uma frota sempre pronta para entregar de dia ou à noite qualquer item da linha de produtos oferecida pela rede: medicamentos, perfumaria, e produtos de conveniência. Criado em 1963, o Drogatel Araujo inovou o comércio da capital mineira com um verdadeiro serviço de utilidade pública. Levando saúde para todas as regiões da cidade, utilizava os “Fuscas Amarelos”, que ficaram guardados na memória dos belo-horizontinos. “O plantão noturno, além de ser um pioneirismo da Araujo, reflete a filosofia da empresa em encantar e satisfazer as necessidades de seus clientes, a qualquer hora. É um serviço de utilidade pública que o Mineiro sabe que pode confiar”, finaliza Modesto Araujo Neto. Hoje: loja da Araujo 24 horas no bairro Savassi em BH. Jornal BD Mão Boa 7 Farmacêuticos orientam população sobre a obesidade A ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Existem no mercado diversos produtos para emagrecimento. O que os farmacêuticos devem levar em conta na hora de dispensá-los? – Dra. Raquel: Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que tais medicamentos só podem ser dispensados mediante prescrição médica. Na hora da dispensação, o farmacêutico deve orientar o paciente sobre os efeitos colaterais e sobre as possibilidades de dependência. Na entrevista farmacêutica para avaliar o paciente, o profissional deve incentivá-lo a procurar o apoio adequado, seja através de um educador físico, nutricionista ou de um psicólogo para obter um tratamento mais eficaz e melhor qualidade de vida. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ como medicamento-alimento e medicamento-álcool, além dos cuidados no consumo dos medicamentos para emagrecer. Mais de 20 mil pessoas já foram orientadas por outras Campanhas de Educação em Saúde do CRF-SP, sendo que 2 mil foram encaminhadas aos hospitais por farmacêuticos. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ – Dra. Raquel Rizzi Grecchi: O objetivo do Conselho é contribuir para reverter o quadro atual, em que a obesidade tornou-se um problema de saúde pública mundial, superando inclusive, a desnutrição. É preciso que a sociedade entenda que a obesidade é uma doença crônica e não apenas uma questão estética. Suas causas variam desde a alimentação inadequada e falta de atividade física, até problemas psicológicos como depressão e ansiedade. Pessoas obesas têm mais risco de contrair doenças como diabetes, câncer de cólon e problemas cardiovasculares. Como o farmacêutico pode contribuir para o controle da obesidade de forma preventiva e mesmo terapêutica? – Dra. Raquel: O farmacêutico pode orientar as pessoas sobre os cuidados na prevenção e controle da doença, bem como, os riscos relacionados às interações medicamentosas, ○ Qual é o objetivo desta campanha sobre a obesidade do CRF-SP? ○ obesidade já é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, 2 milhões de paulistanos sofrem de síndrome metabólica, conjunto de doenças decorrentes da obesidade, que triplica os riscos de morte por enfarto ou derrame cerebral. Para ajudar a reverter esse quadro, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo está promovendo a Campanha de Orientação e Prevenção à Obesidade. A presidente do CRF-SP, dra. Raquel Rizzi Grecchi, fala sobre a Campanha, o uso de medicamentos para emagrecer e a importância do farmacêutico na orientação e prevenção da obesidade. Geralmente o paciente obeso carrega uma doença de base, como hipertensão arterial, diabetes ou colesterol/triglicérides e toma medicamentos para tratar desses problemas. Os ditos “remédios naturais para emagrecer” podem representar risco de interação medicamentosa? Como o farmacêutico pode prevenir riscos de complicações nestes casos? – Dra. Raquel: Realmente, estes medicamentos ditos “naturais”, amplamente divulgados na mídia, causam grande preocupação ao CRF-SP, uma vez que sabemos que muitos não provocam os efeitos desejados ou, pior, trazem riscos à saúde. O farmacêutico deve esclarecer o paciente sobre os medicamentos e dietas “milagrosas” e suas reais conseqüências para a saúde. O profissional deve estar atento aos pacientes que já utilizam outros medicamentos e nunca deve estimular o consumo indiscriminado de qualquer produto. Vale ressaltar que em São Paulo existe um programa de farmacovigilância denominado “Farmácias Notificadoras”, parceria do CRF-SP, ANVISA e CVS, que estimula a população a dar informações sobre desvios de qualidade e reações adversas causadas por medicamentos. A identificação desses problemas permite monitorar a qualidade dos medicamentos e contribuir para a melhoria das condições de saúde da população. O Jornal BD Mão Boa é uma publicação da Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1976 - CEP - 04717-004, Chácara Santo Antônio - São Paulo-SP • CRC 0800 55 56 54 • email: [email protected] • Coordenadora da Publicação: Gilcleia Fontes • Consultoras Educacionais: Beatriz Lott, Soraia Salla e Monise Vicente • Jornalista Responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP) • Assistente: Maria Lúcia Ferreira • Revisão: Débora Hradec • Projeto Gráfico e Diagramação: [email protected]. As matérias desta publicação podem ser reproduzidas desde que citada a fonte. 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