WLADYR JORGE ESTEVES MILICIO “ARTIGO” LOGISTICA INTERNACIONAL DE CONTEINERS CURITIBA 2012 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO RELAÇÕES INTERNACIONAIS “ARTIGO” LOGISTICA INTERNACIONAL DE CONTEINERS Artigo apresentado à Coordenação do Departamento de Pós-Graduação de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para obtenção do Diploma de MBA em Relações Internacionais, Negociação e Comércio Exterior. Professor Orientador: Wilson Mendes do Valle CURITIBA 2012 WLADYR JORGE ESTEVES MILICIO “ARTIGO” LOGISTICA INTERNACIONAL DE CONTEINERS Artigo de Conclusão de Curso apresentado para conclusão do Curso de Pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná, ____de _____________ de _____. ________________________________________________ Professor(a) Orientador(a) ________________________________________________ Professor(a) Orientador(a) ________________________________________________ Professor(a) Orientador(a) A todos que me ajudaram neste percurso, a minha Esposa, a minha Mãe, ao meu Filho, aos Amigos e Professores, Muito Obrigado. AGRADECIMENTOS “Agradeço a Deus detentor de todo o conhecimento e em quem me apoio em todos os momentos e dificuldades.” “Grande coisa é haver recebido do céu uma partícula da sabedoria, o dom de achar as relações das coisas, a faculdade de as comparar e o talento concluir!” (Machado de Assis) de RESUMO Este estudo foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas e internet da História da Logística e suas ferramentas, origem dos contêineres e sua movimentação global. A Logística Internacional de Contêineres tem como objetivo agregar valor otimizando o fluxo das mercadorias da fonte produtora até o consumidor final, garantindo, segurança, custo razoável e menor tempo, assim atendendo as necessidades dos clientes transportando nos Contêineres os diversos tipos de mercadorias com segurança e rapidez para qualquer parte do mundo, que foi projetado para facilitar sua movimentação nos diversos modais de transporte e para o fácil enchimento e esvaziamento (ova e desova). Foram apresentados os conceitos, os aspectos quantitativos e qualitativos, benefícios do modal para chegar á conclusão final, observando a Logística Internacional de Contêineres e demonstrando que as empresas têm muito a se desenvolver neste ramo que ainda oferece grandes desafios. PALAVRAS-CHAVE: Contêiner, Logística Internacional, modais. ABSTRACT This study was developed through literature searches and Internet History of Logistics and its tools, containers and its source of global movement. The International Container Logistics aims to add value by optimizing the flow of goods from production source to the end consumer, ensuring safety, reasonable cost and less time, thus meeting the needs of customers in containers carrying various types of goods safely and quickly to anywhere in the world, which was designed to facilitate your movement in the various modes of transport and for easy filling and emptying (stuffing and unstuffing). Concepts were presented, the quantitative and qualitative benefits of modal to come to the conclusion late, watching the International Container Logistics and demonstrating that companies have a lot to develop this sector which still offers great challenges. KEYWORDS: Container, International Logistics, modal 1 INTRODUÇÃO Com a globalização, a Internet, o constante crescimento de empresas, a grande competitividade neste mundo modernizado, a logística se mostrou muito mais que necessária. Tanto as pessoas como as empresas passaram a adquirir produtos no conforto de suas próprias casas ou sedes, ampliando o campo para as empresas que hoje deve estar cada vez mais preparadas para a competição logística a nível mundial, prontas para fazer entregas ao outro lado do mundo em menos de 24 horas, mesmo dentro de seu território local tem mudado o foco das empresas multinacionais. Segundo Luiz Augusto Tagliacollo Silva (2004, pg.16), “No campo Portuário e de logística operacional (estoques/transporte) vem aumentando a velocidade das operações. Navios e contêineres rastreados via satélite vêm otimizando todo processo, facilitando a movimentação de mercadorias no Comércio Internacional. A logística moderna engloba vários fatores imprescindíveis para o melhor desempenho e competitividade das empresas. A busca constante de redução de custos e tempo de entrega bem como trajetos diferentes otimizam o serviço da logística. Consequêntemente houve um aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios. A utilização de contêineres nos principais portos brasileiros aumentou significativamente nos últimos anos, e algumas atividades que necessitam evoluir juntamente com esse crescimento, tais como a compra de equipamentos de grande capacidade para a movimentação de contêineres, melhoria do planejamento e da logística dos terminais, utilização da Tecnologia da informação para monitoramento dos contêineres. A TI (Tecnologia da Informação) empregada no Comércio Internacional permite um gerenciamento estratégico em toda Cadeia Logística, reduzindo redundâncias, agilizando todo processo e, sobretudo, aumentando a competitividade. (Silva, 2004, pg.17). 2 DEFINIÇÕES DO PROBLEMA, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVAS E METODOLOGIA UTILIZADA. 2.1. Definição do Problema O aumento da concorrência, e da procura pela qualidade na prestação dos serviços, tem contribuído para o constante crescimento da busca pela excelência, que hoje faz muita diferença na hora em que o empresário procura uma empresa para cuidar da Logística de suas mercadorias. 2.2 – Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Para que as empresas que se utilizam da Logística Internacional de Contêineres para qualquer parte do Globo, saberem qual a melhor forma, o melhor modal e qual as ferramentas a serem utilizadas para que suas mercadorias sejam transportadas de forma segura e cheguem a seu destino no tempo certo. 1.3.2 Objetivos Específicos 1-Demonstrar a importância da Logística Internacional de Contêineres; 2- Demonstrar as formas e modais utilizados para o transporte internacional de Contêineres; 3-Analisar o crescimento desta modalidade através dos dados obtidos, comparando a movimentação dos últimos anos até o Primeiro Trimestre de 2012; 2.3 Justificativa Auxiliar as empresas na tomada de decisão quando a Logística de suas mercadorias e a importância de se escolher modal e forma mais adequada. Este artigo vem apresentar a importância e o atual crescimento desta modalidade, e obter informações que permitam a tomada de decisão, com isso aumentando sua concorrência no mercado internacional. 2.4 Metodologia Este artigo foi elaborado através de pesquisa bibliográfica, documentada, em livros, artigos, revistas, sites da internet, que tratam do assunto em questão, trabalho desenvolvido nos períodos atuais. A estrutura deste artigo tem por conteúdo inicial origem e evolução da Logística, a definição e origem do contêiner, e a Logística Internacional de Contêineres, seu crescimento e comparação da movimentação dos últimos anos até o primeiro trimestre de 2012. O método utilizado foi o dedutivo, e a partir das informações adquiridas e dados apresentados foram feitas as análises e conclusões. 3. LOGÍSTICA 3.1. Origem e Evolução A sua denominação mais antiga é relativas a termos matemáticos da época da Grécia antiga, do conhecido termo 'logos' que significa razão. Originalmente o termo 'logística' com o significado que entendemos hoje, vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições é militar, onde a guerra é totalmente dependente de uma logística eficaz que cuida do transporte e manutenção de suprimentos para fins de operações em campos de guerra ou apenas administrativos. A logística originou-se no século XVIII, no reinado de Luiz XIV, onde existia o posto de Marechal - General de Lógis -, responsável pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas. (Souza, 2002). Paralelamente com a logística vem a cadeia de suprimentos que pode ser expressa como uma rede de organizações envolvidas em diferentes processos e atividades, com o objetivo de fornecer produtos e serviços que satisfaçam as necessidades dos clientes. A logística e a cadeia de suprimento são entes inter- dependentes, porém se definem como o conjunto de fatores que fazem a armazenagem , manuseio, transporte e entrega de certo produto, de um ponto inicial a um ponto final. O crescimento da logística começou na década de 60 em diante, quando o controle de qualidade e satisfação do cliente foram colocadas em primeiro plano, na procura da preferência pelos clientes. Na década de 70 houve a explosão da procura por transportadoras especializadas em dar ao cliente preços e prazos competitivos. Encontramos bons preços recentemente neste site. Na década de 80, o mercado americano diminuia a taxa de juros e assim também os custos operacionais começaram a ser reduzidos, o que criou um novo ambiente empresarial e nos anos 90, com a inflação sob controle, as organizações começaram a reduzir suas instalações e reduzir funcionários através do downsizing e outras ferramentas gerenciais, a dissiminação da internet e o seu acesso global trouxe a implementação efetiva da logistica, para que as empresas pudessem aconpanhar o novo mercado. A partir do ano 2000 quando a conscientização logística tornou-se global surgiu então à preocupação das empresas com seus produtos além do pós-venda, surgindo assim à logística reversa que é o processo logístico de retirar produtos novos ou usados de seu ponto inicial na cadeia de suprimento, como devoluções de clientes, inventário excedente ou mercadoria obsoleta, e redistribuí-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida útil original, ou depois mesmo do fim de sua vida de utilização pelo cliente como ele voltará à natureza, se é reciclável ou no caso de baterias de celulares, pilhas que tem de ser recolhidos para descarte. Para Luiz Augusto Tagliacollo Silva (2004, pg.13), “A logística nunca para, ela está acontecendo em todo o mundo neste momento, fazendo com que produtos e serviços sejam colocados à disposição de consumidores no local certo e na hora em que são desejados”. A unitização de cargas vem sendo cada vez mais exigido em quaisquer que sejam os modais, trás mais vantagens no manuseio de mercadorias, redução de volumes, em operações de embarque e desembarque, e o contêiner é o principal equipamento de embalagem e transporte da Logística Internacional. 3.2 Formas e modais de transporte As formas de transporte são as seguintes: - Unimodal – quando a unidade de carga é transportada utilizando um único veículo em uma só modalidade com apenas um contrato de transporte; - Sucessivo – quando a unidade de carga necessita ser transportada por mais de um veículo da mesma modalidade de transporte com um ou mais contratos de transporte; - Segmentado – quando se utilizam de veículos diferentes de uma ou mais modalidades de transporte, em vários estágios, sendo os serviços contratados separadamente de diferentes transportadores; - Multimodal – quando a unidade de carga é transportada por duas ou mais modalidades de transporte, abrangidos por um único contrato de transporte. Segundo Paulo Roberto Ambrósio Rodrigues (2000, pg.31), “As variáveis de decisão quanto à seleção dos modais de transporte são: - Disponibilidade e frequência do transporte; Confiabilidade do tempo de transito; Valor do frete; Índice de faltas e/ou avarias; Nível de serviços prestados.” “O custo do frete internacional marítimo é um dos elementos essenciais do precesso de exportação ou importação. Valores mal negociados com os armadores e seus agentes poderão significar a inviabilidade do processo de compro/venda”. (Paula, 2007, pg.70). Os modais de transportes são os meios utilizados para se efetuar um transporte, que são os seguintes: - Rodoviário – as cargas são transportadas por rodovias em caminhões, carretas, etc. - Ferroviário – as cargas são transportadas pelas ferrovias em vagões fechados, plataformas e outros. - Fluvial/Lacustre – as cargas são transportadas em embarcações, barcaças através de rios, lagos ou lagoas. - Marítimo – as cargas são transportadas em embarcações pelos mares e oceanos. - Aéreo – as cargas são transportadas em aviões através do espaço aéreo. - Dutoviários – as cargas nas formas de granéis sólidos, líquidos ou gasosos são transportadas através de dutos. 3.3 Ferramentas Na Logística são utilizadas diversas ferramentas de Controle que simplificando é a maneira certa de administrar nossa SCM- Supply Chain Magenement (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), e cabe ao profissional de logísjtica analisar cada empresa, sua atividade, sua realidade para saber qual delas aplicar. As ferramentas mais utilizadas atualmente são: - JIT – Just In Time (no momento certo) - surgiu no Japão, em meados da década de 70 na Toyota Motor Comapny, sistema de administração para coordenar precisamente a produção, com o mínimo de atraso. O sistema de “puxar a produção à partir da demanda, produzindo em cada estágio somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário”, é considerado como uma ferramenta que inclui aspéctos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, organização do trabalho, gestão de recursos humanos, entre outros. - KANBAN (Cartão) - Metodologia de programação de compras, produção e controle de estoques extremamente precisa e ao mesmo tempo barata; que se utiliza de cartões, que permitem o controle visual da posição de estoque de qualquer ítem, a qualquer momento. - Cross-Docking (despacho rápido) - é um método que movimenta os produtos de um fornecedor através de um centro de distribuição, ou não, sem armazenar o produto por um longo tempo, permitindo a uma companhia acelerar o fluxo dos produtos para o consumidor. - VMI - Vendor Managent Inventory (estoque gerenciado pelo fornecedor) - gerenciamento do estoque do cliente, efetuado pelo fornecedor com parâmetros acordados entre as duas partes. - Condomínio ou Just-In-Sequence (sequência exata) - sistema de fornecimento onde os fornecedores estão instalados nas imediações das empresas, abastecendo as mesmas diretamente na linha de produção, em seqüência, pré-estipula em tempos determinados. - Consórcio Modular - sistema de parceria entre empresas, onde os fornecedores estão instalados dentro da planta das empresas e participam diretamente da produção das mesmas. - Milk Run (corrida do leite) - é um sistema de coleta programada de materiais, que utiliza um único equipamento de transporte, normalmente de algum operador logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos. - Transit Point (pontos que transitam) - tem como objetivo atender à determinada região, distante da fonte de abastecimento. Em um veículo maior, como uma carreta, as cargas são consolidadas e enviadas, serão repassadas em um local pré-determinado para outros veículos menores, facilitando o acesso até entrega ao cliente. Dentre estas ferramentas também o que facilita as operações para que se chegue a um resultado final com excelência, são as parcerias, as alianças estratégicas, as trocas de informações, enfim o trabalho em conjunto entre os clientes e fornecedores. 4 CONTÊINERES 4.1 Definição e Origem "O container é um recipiente construído de material resistente, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, dotado de dispositivo de segurança aduaneira e devendo atender às condições técnicas e de segurança previstas pela legislação nacional e pelas convenções internacionais ratificadas pelo Brasil". Esta é a definição dada pelo Artigo 4º do Decreto nº 80.145 de 15 de agosto de 1977. O principal equipamento de unitização é o container, também chamado de cofre de carga, esse equipamento é padronizado pela ISO (International Organization of Standardization) e pela ASA (American Standard Association). No Brasil a ABNT é o órgão que regula as normas desse instrumento. Também no Brasil o Inmetro é o agente que emite certificado de qualidade do mesmo. (Silva, 2004, pg.78). Os principais materiais utilizados na sua confecção são o alumínio (para o de 40’); o aço, que tem a desvantagem de ser menos resistente à corrosão e mais pesado, mas em compensação, apresenta maior resistência ao choque e à tração e compressão; e a fibra de vidro, em contêineres refrigerados ou climatizados. Os contêineres são padronizados com medidas em pés (’) e polegadas (”). A única medida invariável é a sua largura que tem sempre 8’ (oito pés ou 2,45 m). A sua altura pode ser de 8’; 8’6” e 9’6”, atendendo a primeira ao padrão ISO (International Standardization Organization) e as demais; ao padrão ASA (American Standardization Organization). A altura 9’6” refere-se ao conteiner denominado High Cube (H/C) e proporciona considerável aumento no espaço volumétrico. O H/C é uma dimensão própria de alguns contêineres de 40’ e 45’. Quanto ao comprimento, os cofres mais conhecidos são os de 10’, 20’, 30’ , 40’ e 45’, embora existam outras medidas como 24’, 28’, 32’. 35’ e 48’. Os contêineres mais utilizados são o de 20’ e 40’(aproximadamente, 6 m e 12 m de comprimento). Quanto ao peso, os cofres de 20’ e 40’ podem pesar no máximo até 30.480 Kg e 34.000 Kg respectivamente, já incluindo o peso próprio (tara) do contêiner, o que resulta em aproximadamente 28 t e 30 t de carga útil (payload). Contêinerização – é um método de distribuição física que usa uma unidade de carga denominada contêiner e permite o transporte unimodal (ferroviário, rodoviário, aquático ou aéreo) ou combinado. O último torneou-se um modo de transporte multimodal após a Convenção das Nações Unidas sobre o Transporte Multimodal Internacional de Mercadorias. A Contêinerização permite o transporte da carga unitizada como uma unidade indivisível, segura e inviolável, que foi acondicionada, manipulada, empilhada, amarrada, etc., sendo desmontada/desemparelhada/armazenada, apenas no ponto de origem e destino, respectivamente. (Handabaka, 1994, pg51) No Brasil o inicio da Conteinerização se deu na década de 60 pelo porto de Santos. 4.2 Tipos de Contêineres e Sua Utilização Segue abaixo os tipos de contêineres e sua utilização: - Dry Box: É o container mais usado e foi o primeiro a ser criado. É um container totalmente fechado com portas somente nos fundos e é adequado para transportar cargas secas, como roupas, móveis, calçados, etc. - Bulk Container: É um container totalmente fechado, com aberturas no teto. É usado para transporte de cargas como produtos agrícolas. - Ventilated: Esse tipo de container é utilizado para cargas que necessitam de circulação de ar. - Reefer: é totalmente fechado com portas no fundo. É apropriado para cargas que necessitam de controle de temperatura. Exemplo de cargas transportadas em container Reefer: leites, congelados em geral. - Open Top: É um container sem teto. É utilizado para embarcar cargas que tem dificuldade de entrar pela porta dos fundos, devido a sua altura. - Half Height: É um container sem teto. É utilizado para transportar minérios. - Open Side: Esse tipo de container não tem uma parede lateral, pois é um container adequado para cargas que excedem a largura. - Flat Rack: Container sem as paredes laterais e sem teto. É adequado para cargas pesadas e grandes. - Platform: Container sem paredes laterais, cabeceiras e sem teto, tendo apenas o piso. Adequado para cargas de grandes dimensões e cargas pesadas. - Tank: container tanque, próprio para transporte de líquidos em geral. 4.3. Navios e equipamentos de movimentação de contêineres Em 1956 foram feitas adaptações de alguns novos petroleiros para portacontêineres e aconstrução de 200 ‘cofres de carga’ pela McLean Trucking Company e em 1958, foi feita a adaptação de 6 navios C3 para porta-contêineres, com a capacidade de 75 contêineres no convés (Matson Navigation Company). Em 1961, a Pan Atlantic converte-se na Sea Land que até hoje uma das maiores operadoras de contêineres do mundo. Segue listagem dos maiores porta contêineres em atividade atualmente: - 1“O gigante é orgulhosamente chamado de “EMMA MAERSK”. Com seu tamanho impressionante é considerado uma dos maiores transportadores de containers do mundo”. Dimensões: 397 metros, por 56.40 de boca, e com 1 http://canttim.com/maquinas/ - (08/06/2009). 156.687 toneladas brutas, a Maersk classifica seus navios com capacidades nominal e real, a nominal da Classe E é de: 11.000 TEU, mas a real, é bem maior, chegando à 14.500 TEU. - O porta contêiner da MSC -Mediterranean Shipping Company o MSC Daniela com dimensões de 365.50 metros de comprimento, por 51.20 de boca, com 153.092 toneladas brutas e capacidade nominal de 13.800 TEU. - O porta contêiner da MSC -Mediterranean Shipping Company o MSC Beatrice com dimensões de 366 metros de comprimento, por 51 de boca, com 151.559 toneladas brutas e capacidade nominal de 13.800 TEU. - O porta contêiner da CMA CGM é o CMA CGM Thalassa com dimensões de 345.50 metros de comprimento, por 45,60 de boca, com 128.600 toneladas brutas e capacidade nominal de 10.960 TEU. - O porta contêiner da MAERSK o Gudrun Maersk com dimensões de 367.30 metros de comprimento, por 42,80 de boca, com 97.933 toneladas brutas e capacidade nominal de 10.150 TEU. - O porta contêiner da MAERSK o Clementine Maersk com dimensões de 348.70 metros de comprimento, por 42,60 de boca, com 96.000 toneladas brutas e capacidade nominal de 9.600 TEU. - O porta contêiner da COSCO o Cosco Ghangzhou com dimensões de 350 metros de comprimento, por 42,80 de boca, com 99.833 toneladas brutas e capacidade nominal de 9.450 TEU. - O porta contêiner da CMA CGM é o CMA CGM Medea com dimensões de 350 metros de comprimento, por 42,80 de boca, com 99.500 toneladas brutas e capacidade nominal de 9.415 TEU. - O porta contêiner da MAERSK o Axel Maersk com dimensões de 352.60 metros de comprimento, por 42,80 de boca, com 93.496 toneladas brutas e capacidade nominal de 9.310 TEU. - O porta contêiner da NYK o Nyk Vega com dimensões de 338.20 metros de comprimento, por 45,60 de boca, com 97.825 toneladas brutas e capacidade nominal de 9.200 TEU. Os principais equipamentos para movimentação de contêineres são: - Os Transtainers (Rubber Tyred Gantry Crane – RTG) são gruas de pátios montadas sobre pneus ou linhas férreas que fazem a transferência de contêineres do caminhão ao terminal e vice-versa. - O Straddle Carrier é um equipamento versátil que possui maior velocidade e flexibilidade podem realizar curvas e fazem o traslado direto dos contêineres do cais ao pátio do terminal e vice-versa. - O Reach Stakers (empilhadeiras de alcance) são equipamentos de pátio de grande utilização em terminais de médio porte, vantagens é o baixo custo e flexibilidade. - Os Portainers - (gruas de pórtico), equipamentos que fazem atransferência de contêineres entre o navio e o cais do porto. - As Fork-lifts - (empilhadeiras frontais e laterais), equipamento muito utilizado em terminais pequenos, estações ferroviárias intermediárias ou em operações específicas, podem empilhar contêineres em até cinco níveis. 5. LOGÍSTICA INTERNACIONAL DE CONTÊINERES 5.1. Conceito e seu Crescimento Logística Internacional de conteinêr é parte integrante das negociações internacionais de compra e venda de mercadorias, presente em grande parte do que ocorre no mercado e no comércio internacional, a utilização das ferramentas para agilizar as coletas, distribuição e entrega melhorando a relação entre clientes, fornecedores, transportadores, operadores e outros ligados a essa cadeia, fazendo com que os produtos estejam disponíveis ao cliente no momento certo, no local certo e no tempo certo. A logística se tornou necessária e mais abrangente, com a globalização dos mercados, o uso da Tecnologia da Informação para o planejamento, controle e gerenciamento das atividades ligadas a movimentação de contêineres se destaca cada vez mais como uma ferramenta fundamental, tornando os portos brasileiros mais competitivos no comércio internacional. A demanda por transporte de contêineres cresceu de maneira significativa em todo o mundo, pelas facilidades que apresenta no transporte, no Brasil comparando os últimos cinco anos o maior crescimento foi de 2010 para 2011 atingindo 8,81% de crescimento nas operações. A tendência é de aumentar cada vez mais o uso da logística na movimentação de contêineres em todo o mundo. O principal crescimento desse percentual deverá ocorrer em portos chineses, com sua economia em alta e seu mercado cada vez mais amplo. 5.2. Órgãos Regulamentadores Os órgãos regulamentadores do comércio exterior são: - Banco Central do Brasil (BACEN) – cabe ao Banco Central cumprir e fazer as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Internacional. (Artigo 9º da Lei n. 4.595/64) - Secretaria da Receita Federal – tem competência (artigo 170 do Cecreto n. 99.244/90) para: I – planejar, supervisionar,executar, controlar e avaliar as atividades de administração tributária federal; II – propor medidas de aperfeiçoamento e regulamentação da legislação tributária federal e outras de política fiscal e tributária; (...) - DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior – além de promover o aumento da participação do Brasil no Comércio Internacional, o Decex controla as operações de comércio exterior, elaborando normas de comercialização para importações e exportações, fiscalizando seu cumprimento. (...) - DEINT – Departamento de Negócios Internacionais – suas competências são: I – negociar e promover estudos de iniciativas internas destinados ao apoio, à informação e à orientação da participação brasileira em negociações de comércio exterior; II – desenvolver atividades de comércio exterior, junto a organismos e participar de acordos internacionais; e III – coordenar, no âmbito interno, os trabalhos de preparação da participação brasileira nas negociações tarifárias em acordos internacionais e opinar sobre a extensão e retirada de concessões. - DECOM – Departamento de Defesa Comercial – suas competências são: I – examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de investigações de dumping, de subsídios e de savaguardas, com vistas à defesa da produção doméstica; II – propor a abertura e conduzir investigações para a aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas; (...) - DEPLA – Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior – suas competências são: I – propor e acompanhar a execução das políticas e dos programas de comércio exterior; II – formular propostas de planejamento da ação governamental, em matéria de comércio exterior; (...) - SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior – foi criado pelo Decreto n. 660/92 entrando em vigor somente em 4 de janeiro de 1993 para exportação e 1º de janeiro de 1997 para importação, com o objetivo de informatizar todo o processamento administrativo relativo às exportações e importações. - SISBACEN – Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio – é um sistema eletrônico de coleta, armazenagem e troca de informações que liga o Banco Central aos bancos autorizados a operar em câmbio, além de corretores credenciados. - CRSFN – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – é um orgão de deliberaçãocoletiva de segundo grau, existente na estrutura do Ministério da Fazenda, criado pelo Decreto n. 91.152/85, com sede em Brasília, Distrito Federal. - MDIC – Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi criado pela Medida Provisória n. 2.123-27, de 27 de Dezembro de 2000 – DOU 28/12/2000, tendo como área de competência, entre outros, os seguintes assuntos: • Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; • Política de comércio exterior; • Regulamentação e execução dos programas e atividades relativa ao comércio exterior; (...) - MRE – Ministério das Relações Exteriores – a diplomacia tem importância nas relações internacionais, inclusive no mercado de negócios. O Decreto n. 4.759/03 define a estrutura de funcionamento do Ministério das Relações Exteriores, que foi contituído com o objetivo de auxiliar o presidente da República na formulação da política externa brasileira, assegurar sua execução e manter relações com governos estrangeiros e com organismos internacionais. - SECEX – Secretaria de Comércio Exterior – Subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Secex conduz as atividades inerentes ao comércio exterior, e é de sua competênci: • Emitir licenças de exportação e importação; • Exercer prévia ou posteriormente a fiscalização de precos, pesos, medidas, classificação, qualidade e tipos declarados operações nas de exportação, competência da adiministração aduaneira; ressalvada a (...) - CAMEX – Câmara de Comércio Exterior – é um orgão regulamentador e coordenador das atividades relativas ao comércio exterior brasileiro de bens e serviços e foi criada pelo Decreto n. 1.386/95. Compete a Camex dentre de outros atos necessários à consecução dos objetivos da política de comércio exterior: I – Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional; II – coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área do comércio exterior; (...) - BB – Banco do Brasil – os serviços de comércio exterior do Banco do Brasil são atualmente prestados por Núcleos Regionais de Apoio a Negócios Internacionais(Nurin), localizados nos principais centros produtivos do país. Esses serviços compreendem do preenchimento e da emissão de documentos até à liberação eletrônica de operações, cuja alçada foi delegada ao BB pelos órgãos da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC. 5.3. Formas de Pagamento e Garantias Internacionais Para Douglas S. Hartung (2002, pg. 25) “As formas de pagamento consistem na maneira de como os negócios receberão quitação. No caso do Brasil , essas condições podem implicar também no momento em que deverá ser realizada a contratação do câmbio...” As formas de pagamentos mais usuais são: - Pagamento Antecipado – é o pagamento previamente realizado ao embarque da mercadoria, seja na importação ou exportação, neste caso o risco do exportador é zero pois ja recebe antecipado o valor de sua venda. - Carta de Crédito – é um crédito que o importador abre em favor do exportador em um banco no seu país, através de uma instituição financeira, as cartas de crédito são regulamentadas pela Publicação 500 da Câmara de Comércio Internacional. - CCR – Convênio de Créditos Recíprocos – é firmado entre os países participantes da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração), através do qual as compras e vendas realizadas tem seus valores convertidos para o dólar dos Estados Unidos, utilizado como moeda de referência, efetuada pelos respectivos Bancos Centrais. - Cobrança Documentária – após o embarque o exportador emite uma letra de câmbio, também chamada de saque ou cambial, contra o importador, que é enviada a um banco do país importador, junto aos documentos comprobatórios do embarque, para a respectiva cobrança, podendo ser a vista ou a prazo. - Remessa Sem Saque ou Remessa Direta de Documentos – essa modalidade oferece o maior risco ao exportador, (não é muito utilizada nas transações de compra e venda, é mais utilizada em transações de empresas coligadas, matriz e filiais), pois os documentos são enviados diretamente ao importador, sem nenhuma interveniência de instituição bancária, de posse desses documentos o importador pode retirar a mercadoria livremente na repartição alfandegária do seu país, independente de pagamento ou aceite de saque. As garantias bancárias internacionais mais utilizadas são: - Bid Bond: utilizada para garantir o pagamento de eventual indenização para o cado de o vencedor de uma licitação se recusar a assinar o contrato. - Performance Bond: utilizada para garantir o pagamento de indenização por conta de quebra parcial ou total do contrato. É considerada uma garantia de cumprimento da obrigação. - Refundment Bond: Garantia de reembolso, utilizada quando o importador efetua pagamento antecipado de parte ou de toda obrigação vincenda. Este instrumento também pode ser designado por advanced payment guarantee, prepayment guarantee, entre outros. - Stand-By Letter of Credit: documento semelhante a carta de crédito podendo ter finalidade comercial ou financeira é pode ter nestas condições semelhança a carta de fiança, a vantagem para seu favorecido é que ela pode permitir transferência de titularidade que deverá constar no seu texto e é um instrumento negociável passível de desconto entre bancos. - Carta Fiança: visa garantir o cumprimento total ou parcial da obrigação assumida. - Aval: é uma garantia pessoal de cumprimento de uma obrigação, normalmente em operações de comércio exterior solicita-se o aval de bancos considerados de primeira linha que se responsabilizam pelo pagamento do saque, a vantagem é que seu portador pode realizar o desconto do instrumento unta às instituições financeiras. 5.4. INCOTERMS e Documentos do Comércio Exterior Criados pelo CCI – Câmara do Comércio Internacional os Incoterms – International Commercial Terms, (Termos Comerciais Internacionais), foram criados para uniformizar a linguagem do comércio exterior e facilitar o entendimento entre diversos países nas operações de Comércio Internacional. As Incoterms cosistem nas obrigações e nos direitos do vendedor e do comprador, são utilizadas em todo o mundo e sua versão mais recente entrou em vigor a partir de janeiro de 2000. As Incotems são divididas em quatro grupos: - E-terms: no qual o vendedor coloca as mercadorias disponíveis para o comprador em seu próprio estabelecimento é a modalidade Ex-Works; - F-terms: no qual o vendedor é chamado a entregar as mercadorias ao transportador indicado pelo comprador, FCA – Free Carrier, FAS – Freealongside, e FOB – Free on Board. - C-terms: no qual o vendedor tem que contratar o transporte em nome do comprador, mas sem assumir o risco de perdas ou danos às mercadorias ou quaisquer custos adicionais devidos a eventos ocorridos depois do embarque e despacho são CFR – cost and freight, CIF – cost, insurance ande freight, CPT – carriage paid to, e CIP – carriage and insurance paid to. - D-terms: no qual o vendedor tem que suportar todos os custos e riscos necessários para levar as mercadorias até o local de destino, DAF – delivered at frontier, DES – delivered ex ship, DEQ – delivered ex quay, DDU – delivered duty unpaid, DDP – delivered duty paid. No Brasil, a utilização dos Incoterms se limita as cláusulas FOB, CRF e CIF na exportação, e FOB e CFR na importação, em vistude de certas exigências legais e fiscais de nosso ordenamento jurídico. (Mendonça, 2009, pg.126) Segue características dos Incoterms conforme as regras oficiais dos Incoterms 2000: - EXW - Ex-Works: a mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento vendedor, em local previamente combinado. - FCA – Free Carrier (Franco transportador ou livre transportador): a obrigação do vendedor termina ao entregar a mercadoria à custódia do transportador designado pelo comprador. - FAS – Freealongside (Livre no Costado do Navio): a obrigação do vendedor é disponibilizar a mercadoria ao lado do costado do navio no cais do porto de embarque designado. - FOB – Free on Board (Livre a Bordo): o vendedor se responsabiliza por todas as providências e custos necessários para colocação da mercadoria a bordo do navio que a transportará. E o comprador se responsabiliza pela contratação e pagamento do frete e seguro internacionais. - CFR – cost and freight (Custo e Frete): cabe ao vendedor além das responsabilidades da cláusula FOB, mais a contratação e pagamento do frete internacional a contratação do seguro, o pagamento do prêmio e o desembaraço da mercadoria no porto de destino. - CIF – cost, insurance and freight(Custo, Seguro e Frete): o vendedor se responsabiliza por todas as despesas constants no item acima acrescidas da contratação e pagamento do seguro internacional apenas caberá ao comprador o desembaraço aduaneiro em seu país. - CPT – carriage paid to(Transporte ou pago até): o frete é pago pelo vendedor até o local de destino indicado, cabendo ao comprador o ônus de riscos por perdas e danos. - CIP – carriage and insurance paid to(Transporte e seguros pagos até): as responsabilidades são as mesmas do CPT, porém o seguro também é pago até o destino. - DAF – delivered at frontier(Entrega na Fronteira): a mercadoria será posta a disposição do comprador em um ponto antes da fronteira com o país limítrofe, a partir daí a responsabilidade é do comprador. - DES – delivered ex ship(Entregue no Navio): o vendedor coloca a mercadoria não desembaraçada a bordo do navio, no porto de destino designado, até chegar ao destino a responsabilidade por perdas e danos é do vendedor. - DEQ – delivered ex quay(Entregue no Cais): o vendedor entrega a mercadoria ao comprador no porto designado, desembaraçada, a responsabilidade pelos riscos, despesas, perdas e danos é do vendedor. - DDU – delivered duty unpaid(Entregue Não Pago): o vendedor se obriga a entregar a mercadoria no país de destino, desembaraçada, mas as despesas relativas a impostos e outros encargos e direitos decorrentes da importação são por conta do comprador. - DDP – delivered duty paid(Entregue Direitos Pagos): é o máximo de obrigações que o vendedor pode assumir com o comprador, o vendedor se obriga a entregar a mercadoria, no local designado com todos os impostos e encargos já pagos, inclusive seguro. Os documentos produzidos e emitidos nos processos de negociação, embarque e desembaraço das mercadorias no comércio internacional são: - Fatura Pro Forma: é o documento que dá início a operação e nele constam as condições gerais do negócio como: preço, preço FOB, CRF ou CIF, local de entrega, prazo estimado, embalagens, etc. - Commercial Invoice ou Fatura Comercial: conhecida como invoice é o documento emitido em substituição à fatura e contém as mesmas informações acrescidas das condições definitivas da transação. - AWB – Air Way Bill: documento de embarque aéreo, deve conter a descrição exata da mercadoria ou do contêiner, indicar o nome do vendedor, comprador, data, numero de voo, valor e condições do frete e eventuais dados que o vendedor ou comprador exigirem. - B/L – Bill of Landing: documento de embarque marítimo tem as mesmas características que o AWB. - Transporte Ferroviário: documento de transporte ferroviário tem as mesmas características do AWB. - Transporte Rodoviário: documento de transporte rodoviário tem as mesmas características do AWB. - Transporte multimodal: conhecimento de transporte multimodal é o documento emitido pelo Operador de Transporte Multimodal com registro no Ministério dos Transportes. - Packing List: é uma lista com as características dos diferentes volumes que compõem um embarque: número, peso, marca, etc. - Price List: é uma lista de preços emitida pelo vendedor ao comprador. Apólice de Seguro: é o documento emitido pela seguradora contratada, geralmente em moeda estrangeira. - Contrato de Câmbio: é o documento firmado entre o comprador e vendedor da moeda estrangeira, mediante entrega ou recebimento da moeda nacional. 5.5. Tipos de Terminais Tipos básicos de terminais: os regionais ou alimentadores “Feeders”, os de transbordo ou “transhipment” e os concentradores de carga ou “HubPorts”. - Terminais Regionais ou Alimentadores (“Feeders”) - são os de menores dimensões, atenderão a navios de menor porte, com calados até por volta de 17,0 m e capacidade de até cerca de 6.000 TEU. São também chamados de “distribuidores” atenderão aos navios que levarão a carga ao seu ponto final de consumo regional, no litoral de um país ou estado. - Terminais de Transbordo (“Transhipment”) - podem ser de transbordo puro, e também servir de alimentadores da região em que se localizam. Existem portos de transbordo com movimentações acima de 14 milhões de TEU por ano, localizados no Mediterrâneo e na Ásia. - Terminais Concentradores (“Hub Ports”) - Os portos que atendem à maior concentração da carga para posterior distribuição para outros portos são, normalmente, conhecidos como Portos Concentradores. Os Terminais Concentradores de Contêineres servirão como referência para um país ou até um continente inteiro. Isso se deve ao fato de se tratar de projetos extremamente custosos e cada vez maiores. 5.6. Movimentação de contêineres no Brasil – últimos 5 (cinco) anos Movimentação de Contêineres nos Portos Brasileiros (unidades): A operação de contêineres tem registrado altos índices de crescimento. A quantidade movimentada em 2011 atingiu 5.216.219 unidades, o que representa 9% de aumento comparativamente a 2010, quando a movimentação foi de 4.795.165 unidades. O aumento deveu-se à eficiência operacional dos terminais especializados que já realizaram investimentos de US$ 2,8 bilhões em obras civis, aquisição de modernos equipamentos e especialização de mão-de-obra. ABRATEC – Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público. CONCLUSÃO O objetivo do artigo foi demonstrar a Logística Internacional de Contêineres a sua concepção das empresas evoluindo do local para o global, consideravelmente no que tange a parte de fluxo de produtos e serviços. A partir do momento em que os gerentes passaram a utilizar os ensinamentos que o militares deixaram – principalmente após a Segunda Guerra Mundial – nas empresas, controlando e coordenando de forma coletiva todas as atividades logísticas, houve um salto muito grande de qualidade na prestação de serviço e no atendimento aos clientes. Apesar dos grandes percentuais de crescimento na movimentação de contêineres em alguns portos brasileiros, o número de contêineres movimentados no país ainda é muito baixo em relação à sua posição no cenário econômico mundial. Estes percentuais são um reflexo da baixa eficiência dos portos nacionais. Para que o Brasil se desenvolva cada vez mais neste modal será necessária dragagens nos portos brasileiros a fim de possibilitar a atracação de navios de porte superior aos que atualmente frequentam esses portos, o custo da infra-estrutura de um terminal de contêineres (canais de acesso, cais, equipamentos e áreas de estocagem) muito elevado, é fundamental a garantia de uma movimentação mínima que permita a economia de escala nas operações portuárias, de forma a se viabilizar economicamente esses terminais, assim se adaptando os portos de contêineres as têndencias mundiais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRONICAS Silva, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no Comercio Exterior – São Paulo: Aduaneiras, 2004. Souza, Paulo Teixeira de. Logística Interna Para Empresas Prestadoras de Serviço. 2002. Disponível em http://www.guialog.com.br/Y626.htm Handabaka, Aberto Ruibal. Gestão Logística da Distribuição Física Internacional; tradução: Eugenia Flavian – São Paulo: Maltese, 1994. Rodrigues, Paulo Roberto Ambrósio. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e a logística internacional – São Paulo: Aduaneiras, 2000. Mendonça, Andrea Dumortout de., Cambio e Negócios Internacionais: procedimentos, regulamentação e jurisprudência – São Paulo: Nobel, 2009. Hartung, Douglas S., Negócios Internacionais – Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2002. http://canttim.com/maquinas/conheca-um-dos-maiores-naviostransportador-de-containers-do-mundo/ http://www.abratec-terminais.org.br Paula, Paulo Ricardo Guimarães de., Logística Internacional: Livro didático – 2.ed. rev. e atual. – Palhoça: Unisul Virtual, 2007.