Eletricidade A - ENG04474 Aula II Elementos Básicos Ideais Elemento Básico Ideal é a forma mais simples de um Bipolo Possui apenas dois terminais, pode ser descrito matematicamente em termos de tensão e/ou corrente, não pode ser subdividido em outros elementos Fontes de Tensão Fontes de Corrente Resistores Capacitores Indutores. IDEAIS Fontes de Energia Independentes Produção de eletricidade: reações químicas entre metais (pilhas níquel-cádmio), materiais piezoelétricos, bobinas girando na presença de campo magnético, atrito entre materiais não condutores (eletricidade eletrostática). (FONTES REAIS DE ENERGIA ELÉTRICA) Fonte Ideal de Tensão Independente Bipolo cuja tensão entre os terminais é invariante em relação a corrente que o atravessa v Corrente e tensão no bipolo indicadas de acordo com a convenção passiva. Nesse caso: v = +5V i Fonte Ideal de Corrente Independente Bipolo cuja corrente que o atravessa é invariante em relação a tensão entre seus terminais. v Corrente e tensão no bipolo indicadas de acordo com a convenção passiva. i Nesse caso: i = -5A Fontes de Energia Dependentes Dispositivos eletrônicos: válvulas, transistores, amplificadores, etc. (Retiram a energia que fornecem de outras fontes de energia elétrica) Fonte Ideal de Tensão Dependente Bipolo cuja tensão entre os terminais não depende da corrente que o atravessa, mas sim da tensão ou corrente em um outro bipolo. Fonte de Tensão controlada por Corrente Fonte de Tensão controlada por Tensão Fonte Ideal de Corrente Dependente Bipolo cuja corrente que o atravessa não depende da tensão entre seus terminais, mas sim da tensão ou corrente em um outro bipolo. Fonte de Corrente controlada por Corrente Fonte de Corrente controlada por Tensão Resistor Bipolo cuja função que relaciona v e i é algébrica, f(v,i)=0 e v=0 i=0 A função também pode depender de outras variáveis tais como tempo (t), intensidade luminosa () e temperatura (T) f(v,i,t,T, )=0. Esta função pode ser linear ou não linear. convenção passiva. Resistores Lineares Bipolo em que a função f(v,i)=0 é linear e v=0 i=0 O resistor linear é caracterizado por sua resistência (R - unidade Ohms ()) ou por sua condutância (G - unidade Simens (S)) Lei de Ohm v=Ri ou i=Gv Para materiais homogêneos e isotrópicos é possível definir os conceitos resistividade e condutividade . Em um cilindro de área A e comprimento l: Resistor Sob o ponto de vista da teoria de circuitos elétricos, uma série de dispositivos pode ser modelada como resistor. Resistores Não Lineares Bipolos em que a função f(v,i)=0 é não linear e v=0 i=0 Exemplos: • Lâmpada Incandescente: em metais, a resistividade geralmente cresce com a temperatura, que por sua vez cresce com a dissipação de potência, explicando a característica não linear • Válvula triodo • Diodo Semicondutor i + v - Capacitor Bipolo onde a carga armazenada, q, é uma função instantânea da tensão. Capacitor Linear - q=Cv C é denominado capacitância e sua unidade é Farad (F) A passagem de corrente de um terminal a outro do capacitor corresponde a uma variação de carga (não há corrente atravessando o dielétrico). Num Capacitor Linear, a função f(i,v)=0 é dada por: (convenção passiva) O Capacitor Armazena Energia Elétrica Indutor Bipolo onde o fluxo magnético, , é uma função instantânea da corrente. Indutor Linear - =Li L é denominado indutância e sua unidade é Henry (H). Num Indutor Linear, a função f(i,v)=0 é dada por: (convenção passiva) O Indutor Armazena Energia Magnética Modelos de Dispositivos Reais Resistores, Capacitores, Indutores, Transformadores, Diodos, Transistores, Tiristores, etc. REAIS Um modelo de um dispositivo real descreve o funcionamento do dispositivo: de forma aproximada, utilizando um conjunto de elementos básicos ideais, para um determinado conjunto de condições de contorno. Exemplos: Resistor Imagem do dispositivo Real Modelo ideal do dispositivo R1 1k Modelo mais realista do dispositivo R1 1k L C Modelos de Dispositivos Reais Capacitor Imagem do dispositivo Real Modelo Ideal do dispositivo C1 33uF Modelo mais realista do dispositivo L R C 33uF Indutor Imagem do dispositivo Real Modelo Ideal do dispositivo L1 10mH Modelo mais realista do dispositivo L1 10mH R C Fontes Reais de Energia Exemplos: Baterias eletroquímicas, materiais piezoelétricos, bobinas girando na presença de campo magnético, atrito entre materiais não condutores (eletricidade eletrostática), materiais fotoelétricos Qual modelo empregar: Fonte de Tensão Ideal? Fonte de Tensão em Série com um Resistor? i - Rsi + + + Rs + V V - v v Região de validade do modelo i i + v - Esse modelo pode ser empregado dentro da faixa de corrente e tensão em que a relação entre a corrente e a tensão nos terminais da fonte de energia puder ser expressa por: v= Rsi+V Transformador O transformador é um dispositivo capaz de transferir energia elétrica de um circuito para outro por meio de um campo magnético que enlaça ambos os circuitos. + vp - ip + vs - is Np N s Se o campo magnético que enlaça os enrolamentos for o mesmo então, pela lei de Faraday: v N p vs p Ns Utilizado principalmente em circuitos com tensão e corrente alternadas e cíclica, apresentando um comportamento linear. Quando operando de forma linear o modelo básico ideal do transformador pode ser determinado pelo princípio da conservação de energia (toda energia entregue ao circuito primário é repassada ao secundário) de modo que: p p ps ip vp Np 1 is v pi p vsis vs i p N s a + vp - is ais + avp v s + Modelo Ideal Transformador - Exemplos Circuito Linear Um circuito é linear quando as relações entre tensão e corrente no circuito são determinadas por uma função linear f(ax1 + bx2) = af(x1) +b f(x2) Equações Diferenciais Lineares d ni di d mv dv n 1 0i m 1 0v 0 dt dt dt dt Caso Particular de Circuitos Lineares v = i + ou i = v + Funções Lineares Algébricas Todo circuito constituído por elementos básicos ideais lineares é um circuito linear. Fontes de Tensão independente Fontes de Tensão dependentes Fontes de Corrente independente Fontes de Corrente dependentes Resistores lineares Capacitores lineares Indutores lineares. Exemplos de Circuitos Lineares Equações diferenciais lineares i L R1 C + vL - + vR1 - + vC - + + v R2 1k V1 - - vL+ vR1+ vC+ v - V1 = 0 L di 1 + R1 i + dt C Função linear Algébrica i + R1 + vR1 - + V1 - vR1+ v - V1 = 0 v - R2 i dt + v - V1 = 0 v V1 i R1 + v -V1 = 0 v = - R1 i + V1 V1 R1 i Análise de Circuitos NOME Terminologia DEFINIÇÃO EXEMPLO Ponto ao qual estão ligados dois ou mais bipolos. Nó Nó Essencial Ponto ao qual estão ligados três ou mais bipolos. Exemplo b Caminho Seqüência de bipolos ligados entre si na qual nenhum bipolo é incluido mais de uma vez. V1-R1-R5-R6 Ramo Caminho que liga dois Nós R1 Ramo Essencial Caminho que liga dois Nós Essenciais sem passar V2-R4 por outro Nó Essencial. Laço Caminho cujo último Nó coincide com o primeiro V1-R1-R5-R6-R4-V2 Malha Laço que não inclui nenhum outro Laço V1-R1-R5-R3-R2 Ramo a b R1 + V1 R5 Malha Nó Essencial - c Ramo Essencial a R2 + V2 - d Laço R3 e Nó R6 R4 f R7 g I1 Técnicas de Análise de Circuitos Aplicação Direta das Leis de Kirchhoff Objetivo: Obter Tensões e Correntes no Circuito Equações Simultâneas Eqs. = Número de ramos, b, onde as correntes são desconhecidas. n Nós (n-1) Equações de Nó (se faltam equações??). b-(n-1) Equações de Laço. (não garante equações independentes) + Equações dos Bipolos, f(v,i)=0. Equações Simultâneas Independentes Utiliza-se os Ramos Essenciais, Nós Essenciais e Malhas. Diminui o número de equações Eqs. = Número de Ramos Essenciais, be, onde as correntes são desconhecidas. ne Nós Essenciais (ne-1) Equações de Nó (se faltam equações??). be -(ne -1) Equações de Malha (garante equações independentes). + Equações dos Bipolos, f(v,i)=0. Técnicas de Análise de Circuitos Método Sistemático para obter Equações Simultâneas Independentes Marcar os nós essenciais Contar os nós essenciais (ne) Assinalar as correntes desconhecidas de cada ramo essencial Contar as correntes desconhecidas (be) Assinalar a tensão de cada bipolo seguindo a convenção passiva Escrever as (ne-1) equações de nó Marcar as malhas ( exceto as que contêm fontes de corrente) ou e super malhas Escrever as be-(ne-1) equações de malha Escrever as equações dos bipolos (relaciona i com v) Substituir as equações dos bipolos nas equações de nó ou nas de malha Resolver o sistema com be equações Exemplo be = 6 6 Equações iV1R1 + ne = 4 3 Equações de Nó b R1 iR5 V1 R5 Nó b : iV1R1 iR5 iR7 I1 0 - c R2 iR2R3 + iR7 - vR1 + R2 R3 + vR2 - + vR3 - + V2 - Nó e : iR5 iR2R3 iR6 0 be = 6, ne = 4 6-(4-1) = 3 Equações de Malha B R4 Malha A : vR1 vR5 vR3 vR2 V1 0 Malha A : iV1R1R1 iR5R5 iR2R3R3 iR2R3R2 V1 0 + vR5 R5 - A - Nó c : iV1R1 iR2R3 iV2R4 0 g R1 V1 I1 R4 iV2R4 + R7 R6 iR6 V2 - e R3 + vR6 - + + R7 vR7 vI1 R6 C + vR4 - Lei de Ohm v = Ri I1 Malha B : vR2 vR3 vR6 vR4 V2 0 Malha B : iR2R3R2 iR2R3R3 iR6R6 iV2R4R4 V2 0 Malha C : vR7 vR6 vR5 0 Malha C : iR7R7 iR6R6 iR5R5 0 Super Malha Laço composto de malhas vizinhas separadas por um ramo essencial que contêm uma fonte de corrente iV1R1 iR2R3 R1 R2 + vR1 - + vR2 - + I1 V1 - A R4 + B vR3 - Super Malha AB R3 Equação da Super Malha Super Malha AB : V1 vR1 vR2 vR3 0 Super Malha AB : V1 iV1R1 R1 iR2R3 R2 iR2R3 R3 0 Divisor de Tensão Em alguns casos é mais simples aplicar expressões derivadas das leis de Kirchhoff do que as próprias leis de Kirchhoff para determinar as tensões e correntes no circuito. Bipolo + i - Vb + vR1- + vR2- R1 + vRk- R2 vRk = i Rk = Rk + vRnRn vR1 + vR2 +.... + vRk +....+ vRn - Vb=0 i R1 + i R2 +.... + i Rk +....+ i Rn-Vb=0 i= Vb R1 + R2 +.... + Rk +....+ Rn Rk R1 + R2 +.... + Rk +....+ Rn Vb vRk = Rk p=n Rp p=1 Vb Divisor de Corrente Ib + v iR1 R1 iR2 R2 iRk Rk iRn Rn Bipolo - iR1 + iR2 +.... + iRk +....+ iRn - Ib=0 v R1 + v= v R2 1 + 1 R2 + .... + 1 + .... + Rn Rk 1 Ib v R1 v + .... + - Ib = 0 Rn Rk v Ib R1 1 . iRk = = Rk Rk 1 + .... + + 1 R2 + .... + 1 + .... + Rn Rk 1 iRk = 1 Rk . 1 p=n p=1 1 Rp Ib Exemplos Divisor de Tensão Bipolo vR2 = ? 15 vR2 = 10 + 15 + 5 . 7 = 14 V + i + vR1- + vR2- + vR310 iR3 = 15 5 5A Divisor de Corrente iR3 = ? - 7V + Bipolo 1 1 . . 5 = 2 A 1 10 1 1 1 + + + 12 20 10 60 v iR1 12 iR2 20 iR3 10 iR4 60 -