abastecimento 27 A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA CAPA: pesquisa de consumo | ponto final: Walter Farias, do Martins | açougue | gestão maio/junho 2011 Edição 27 | mai/jun 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br Verdade na gôndola lP esquisa da Kantar WorldPanel aponta os produtos mais desejados pelas classes C, D e E l Quais são as tendências do mercado de consumo l Como os brasileiros gastam o seu dinheiro Gestão Como reservar tempo e energia para focar no crescimento da empresa Oportunidade Qualidade, higiene e atendimento fazem açougue vender mais POnto Final Walter Farias, do Martins, e a importância da integração entre o atacado e o varejo carta ao leitor Editora Brasileira do Comércio Rua Apeninos, 1.126 - CEP 04104-021 - São Paulo, SP Tel.: (11) 5572-1221 - Fax: (11) 5572-5335 [email protected] Diretor-Executivo Rogério Oliva: [email protected] Diretora-Editorial Claudia Rivoiro: [email protected] Editor Cristiano Eloi: [email protected] Redação [email protected] Repórteres Daniela Guiraldelli: [email protected] Giane Laurentino: [email protected] Jamille Menezes: [email protected] Revisão Maristela Bignardi Criação e Produção Diretora de Arte Maria José Ferreira: [email protected] Criação Fábio Geríbola: [email protected] Produção Gráfica Ronaldo Secundo: [email protected] Portal newtrade Coordenação Rodrigo Puerta: [email protected] Webdesign Anderson Gabriel: [email protected] Ser cada vez melhor A frase acima pode ser o lema da nossa redação que promete, a cada edição da ABASTECIMENTO, um aprimoramento contínuo e crescente. Não é fácil, aliás é uma tarefa difícil quando o universo do qual tratamos é bastante amplo. Acredito e vejo pelas cartas e e-mails que recebemos que o caminho é esse, inovar, criar, mudar, surpreender e, acima de tudo, levar a informação correta e necessária para o seu negócio. Nas páginas a seguir preparamos matérias essenciais para incrementar o ponto de venda. Por exemplo, aproveitar as festas juninas que estão chegando aí para ganhar mais ou então incluir um açougue no espaço da loja. E mais, a matéria de capa aborda as categorias que não podem faltar no PDV, analisando as oportunidades e potencialidades segundo a pesquisa da Kantar WordPanel. Apresentamos ainda uma cobertura da Feira da APAS e duas entrevistas imperdíveis. Uma, com Álvaro Furtado, presidente do Sincovaga-SP – Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo, entidade que completa 80 anos com uma atuação cada vez mais ampla na vida dos varejistas e para finalizar, em alto estilo, um bate papo exclusivo com Walter Faria, diretor geral do Sistema Integrado Martins, que enfatizou para a nossa repórter Giane Laurentino, a necessidade do atacado distribuidor de ser cada vez melhor, título da matéria e do nosso editorial. Confira e até a próxima. Boa leitura! PUBLITRADE Marketing / Vendas [email protected] Direção Comercial Tunico Dias: [email protected] CLAUDIA RIVOIRO Diretora-editorial Representantes São Paulo: Fátima Festini Reis: [email protected]: José Paulo Basílio: [email protected]; Marcos Monaco: [email protected]; MG e Centro Oeste: Marcos Mizael de Santana: [email protected]; RS/SC/RJ/ES, Norte e Nordeste: Tunico Dias: [email protected]; Relacionamento Institucional Alceu de Genaro: [email protected] Leitores/assinaturas/circulação Fernando Mendes: [email protected] Fale conosco: (11) 5572-1221 [email protected] Jornalista Responsável Cristiano Eloi – MTb 38.052 anderson souza Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional Tiragem: 60.000 exemplares Distribuição dirigida - Impressão: IBEP gráfica Esta revista é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas e médias lojas do varejo independente, mercados com até dez checkouts. Apoio Filiada ao: A repórter Giane Laurentino entrevista Walter Faria, diretor do Grupo Martins mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 3 sumário Seções 5 Sua opinião O espaço do leitor 6 Negócios Notícias sobre economia e a cadeia de abastecimento dreamstime 61 Fique por dentro As prioridades na hora de construir o ponto de venda 62 Produtos As novidades nas gôndolas do varejo Abastecimento 27 66 Portal O que encontrar na versão eletrônica da revista na internet 10 Categoria Produtos funcionais e integrais ganham mais espaço 16 ENTREVISTA Álvaro Furtado, presidente do Sincovaga-SP, fala sobre a redução das sacolas plásticas e a adoção do ponto eletrônico nas lojas 20 evento As novidades da APAS 2011 26 Pesquisa da Kantar WorldPanel mostra os produtos mais comprados e desejados pelos consumidores dreamstime 10 Capa 36 Gestão Reserve tempo para focar no crescimento da empresa 40 relacionamento Os principais aspectos para que o cliente e o fornecedor formem uma verdadeira parceria 46 sazonal Ações promocionais paras as festas juninas 52 gerenciamento de categoria Organização melhora as vendas de massas e molhos 56 oportunidade Com cortes de qualidade, atendimento e higiene, açougue se torna mais atrativo 4 www.revistaabastecimento.com.br mai/jujn 2011 andré lucio 56 65 PONTO FINAL Walter Faria, do atacadista Martins, ressalta a importância da integração entre os elos sua opinião A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA Edição 26 | mar/abr 2011 | ano 4 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br Dicas para liquidar seu concorrente l Use a informação e o conhecimento do mercado a seu favor. l Conquiste clientes, venda mais e ganhe maior espaço de atuação. l Inove, ouse e seja criativo para deixar as outras lojas para trás. entrevista Valdemir Zago e os planos da Alimentos Zaeli para crescer CAPA final.indd 1 OpOrtunidade Como montar e ter lucro com a rotisseria deixando-a atrativa autOmaçãO Tecnologia melhora gestão do negócio e ajuda a aumentar a competitividade editoria de arte ELOGIOS Abastecimento 26 mar./abr. de 2011 22.03.11 11:33:16 A ABASTECIMENTO é uma revista útil e concisa. A revista é excelente, provê de muita informação para o nosso negócio. Evila Mendes Pinheiro- São Luís/MA Ricardo Dotto- Santa Maria/RS É uma revista muito proveitosa para a nossa empresa. Gosto bastante do material publicado, das seções e reportagens. Joaquim Raimundo da Silva Neto- Macapá/AP Marcos Roberto- Porto Seguro/BA Uma publicação de grande valia que acrescenta muito à nossa empresa. A revista é bem atraente e traz sempre boas matérias. Parabéns para a equipe! Raimundo Nonato Dias- Belém/PA Manoel José da Cruz e Silva- Nova Friburgo/RJ SUGESTÃO ataque a vizinhança A 50 Dicas para vencer o seu concorrente a revista abaSTECImENTO consultou especialistas e reuniu 50 dicas com o que há de mais atualizado sobre gestão de negócio em varejo. Para ser competitivo, é preciso inovar, ousar e conhecer o perfil do seu cliente. Nunca a informação e o conhecimento foram tão importantes para o sucesso de uma empresa quanto hoje Por AdriAnA Bruno 22 www.revistaabastecimento.com.br mar/abr 2011 s mudanças na sociedade e no perfil de consumo do brasileiro estão promovendo uma verdadeira revolução nas maneiras de comprar e de vender produtos e serviços. O consumidor, ou melhor, o shopper, se tornou um “artigo” disputado não somente entre os supermercados concorrentes, mas também por toda uma cadeia de canais de compras que vão desde as lojas físicas tradicionais, passando pelo porta a porta, e chegando à internet. O maior poder de compra e, principalmente, de decisão transformou o consumidor em rei e o varejo em súditos fiéis que procuram agradá-lo a todo o custo. Se, antigamente, ganhava a preferência do consumidor quem tivesse o melhor preço, hoje isso já não é um fator decisivo. Pelo contrário, ganha quem oferecer conveniência, bom atendimento e bom serviço. Por conveniência entendase desde o atendimento rápido até a oferta de serviços como os de empacotador e de entregador. Estacionamento e facilidade de crédito são outros itens desejados pelo cliente quando ele entra em uma loja, pois ao fazê-lo ele não quer simplesmente comprar, mas também ter uma experiência de compra. Hoje, parece que tudo está mais complicado. Mas a verdade é que os tempos são outros e é preciso acompanhar as mudanças. As crianças de hoje são consumidoras vorazes e exigentes, e, quando chegarem à idade adulta, provavelmente promoverão outras revoluções na relação entre comércio e consumidor. mais bem remunerada, ela responde pelas compras da família, mas também reserva recursos para seus itens pessoais. Prova disso é o promissor mercado de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Economistas e especialistas estimam que, em 2011, o crescimento do varejo será moderado diante do boom de consumo que ocorreu em 2010. Mas o que se sabe é que, comprando pouco ou muito, o consumidor mudou e espera que o varejo o atenda e o satisfaça. E o varejo, por sua vez, espera reconhecimento pelo seu esforço, espera fidelidade e, principalmente, encontrar armas para lutar nessa guerra onde vence quem souber mais, quem tiver mais informações sobre o mercado, sobre o seu consumidor e sobre as tendências para o seu segmento de negócio.l Claudia Rivoiro- diretora-editorial Em sintonia com o mErcado Hoje, para ser competitivo é preciso investir em sistemas de gestão, fazer parcerias com a indústria ou com atacados distribuidores, acompanhar de perto a concorrência, estudar o perfil do seu consumidor, avaliar o mix e o sortimento, criar serviços, inovar e encantar o shopper. Hoje, o varejista precisa antecipar os desejos e necessidades de seus clientes se ele quiser ganhar mercado. Quem ainda não acredita nessas transformações, não terá um futuro longo pela frente. Vai sucumbir a essas mudanças. As classes C, D e E estão cada vez mais presentes no mercado de consumo e não são menos exigentes dos que as demais. Conhecem o valor do seu dinheiro e se sentem mais confiantes para comprar e experimentar categorias de produtos às quais, antes, não tinham acesso. O mesmo acontece com a mulher, que está cada vez mais presente em posições de liderança nas empresas e, consequentemente, sendo PaulO PEPE Josué Bernardes – Franca/SP A sua sugestão está anotada e vamos incluir em matérias futuras. A equipe agradece os elogios e prometemos cada vez mais melhorar a qualidade editorial das nossas matérias. Capa drEamSTImE Gostaria de sugerir matérias que tragam temas como recursos humanos e como melhorar o mix no pontode-venda. Como sou dono de um pequeno empório preciso dessas informações para contratar funcionários e aproveitar melhorar as datas comemorativas. Conhecer os hábitos de consumo da região ajuda a antecipar as tendências mar/abr 2011 www.revistaabastecimento.com.br 23 Matéria de capa trouxe 50 dicas que além de auxiliar o negócio, apresentou novidades para ser mais competitivo para anunciar na revista e no site Mostre a sua empresa e o seu mix de produtos aos varejistas do setor mercearil de todo o Brasil anunciando na revista ABASTECIMENTO e no site www.revistaabastecimento. com.br. Dessa maneira, sua marca ganhará visibilidade, com cerca de 120 mil leitores que atuam na cadeia de abastecimento por meio do varejo de vizinhança mercearil. Entre em contato com o Departamento Comercial da EBC por carta, pelo fax (11) 5572-5335, pelo telefone (11) 5572-1221 ou pelo e-mail comercial.ab@ ebceditora.com.br. para assinaturas individuais e corporativas para mandar cartas e sugestões A revista Abastecimento Amigo varejista. Use a quer conhecer a sua revista Abastecimento opinião. Escreva dizendo para apoiar o trabalho de que temas mais chamaram capacitação de sua equipe a sua atenção, o que de profissionais, fazendo achou das reportagens assinaturas individuais que leu e, principalmente, ou para grupos, com se elas foram úteis para o condições especiais de seu trabalho. Envie suas preço. Consulte a nossa críticas e sugestões para a área de Relacionamento revista abastecimento, para conhecer a tabela da Rua Apeninos, 1.126, CEP EBC. Faça a sua assinatura 04104-021, São Paulo, agora mesmo e receba a AB SP, ou pelo e-mail ebc@ já no próximo mês. ebceditora.com.br. Com a Discuta as reportagens sua participação, faremos com sua equipe da AB uma revista cada e envie comentários vez mais útil para o para a nossa redação. mercado varejista. ASSINE A NOSSA newsletter Para receber o boletim Portal ABASTECIMENTO, envie carta ou e-mail com o texto "Quero receber a Newsletter Abastecimento", que o avisará sobre novos conteúdos do site www. revistaabastecimento.com.br. para cadastrar seu currículo Você busca uma oportunidade para atuar no setor varejista? Cadastre o seu currículo no site www. revistaabastecimento.com.br e fique visível para as empresas. Fale com a gente mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 5 negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento INFLAÇÃO O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) de abril, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o índice de expectativa de inflação foi o que registrou a pior evolução entre os seis componentes do INEC, recuando 9,4% sobre março (de 111,12 para 100,8 pontos) e 11,6% sobre abril de 2010. “A preocupação dos consumidores com relação à trajetória da inflação está muito acima do usual”, constata a pesquisa da CNI, que aponta ter sido o único componente do INEC inferior à média histórica (-13,8%). O levantamento informa que 70% dos consumidores dizem que a inflação – cujo acumulado anual até março está em 6,3%, bem próximo do teto da meta oficial, de 6,5% - “vai aumentar” e “vai aumentar muito”. O recuo de 9,4% “significa aumento do pessimismo dos consumidores com relação à trajetória da inflação”, diz a CNI. 70% dos consumidores dizem que a inflação – cujo acumulado anual até março está em 6,3%, bem próximo do teto da meta oficial, de 6,5% – vai aumentar e vai aumentar muito. MAIOR VENDA A abertura do mercado chinês para a carne suína brasileira foi apenas um dos resultados da missão comandada pela presidenta Dilma Rousseff ao país asiático. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, fez um balanço sobre os resultados obtidos na visita a Pequim. Ele apontou como novidade a sinalização pelo governo chinês da aprovação de mais 25 frigoríficos brasileiros habilitados a vender carne de frango e mais cinco de carne bovina. “Isso terá grande impacto no comércio entre os nossos países”, comentou Wagner Rossi. O ministro também comemorou a autorização por Pequim de três frigoríficos brasileiros de carne suína no mercado asiático. “Apenas cinco meses depois da inspeção de técnicos da China às indústrias brasileiras, conseguimos a liberação das exportações. Isso mostra a credibilidade e confiança no agronegócio brasileiro”, disse. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apontou como novidade a sinalização pelo governo chinês da aprovação de mais 25 frigoríficos brasileiros habilitados a vender carne de frango e mais cinco de carne bovina 6 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento EXPANSÃO INVESTIMENTO A BomBril comprou 75% das marcas de cosméticos Ecologie, Nick&Vick, Natural Pro e Aquatress. O negócio foi fechado por 15 milhões de reais. A aquisição vai permitir que a companhia diversifique o portfólio e comece a atuar no segmento de perfumaria, cosméticos e higiene pessoal. Desde março deste ano, a BomBril já havia confirmado as negociações para comprar uma empresa do setor. A Kraft Foods inaugurou no início de maio a sua primeira fábrica no Nordeste do País. Localizada em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, o projeto teve investimento de mais de 100 milhões de reais. A nova planta vai produzir bebidas em pó e chocolates.“Temos feito grandes investimentos no Brasil e os resultados mostram um crescimento orgânico das receitas líquidas em torno de mais de 16% em 2010. Mais do que nunca, estamos aumentando nosso compromisso num negócio que já funciona bem, com grandes expectativas nas oportunidades de crescimento fenome- R$15 milhões foi o quanto a BomBril pagou pela aquisição de 75% das marcas de cosméticos Ecologie, Nick&Vick, Natural Pro e Aquatress nal no Norte e Nordeste do Brasil”, afirma o presidente da Kraft Foods para Mercados Emergentes, Sanjay Khosla. A fábrica de Pernambuco possui 25 mil metros quadrados e gera cerca de 600 empregos diretos. Para o processo de seleção foram recebidos mais de 20 mil currículos vindos de várias partes de Pernambuco e, principalmente, do município de Vitória de Santo Antão, que tem pouco mais de 120 mil habitantes e fica a 50 quilômetros de Recife. Esses novos colaboradores irão supervisionar a produção das marcas Bis, os tabletes Lacta e os refrescos em pó Fresh e Tang. potencial Segundo dados do Pyxis Consumo, ferramenta do IBOPE Inteligência, ao longo deste ano a população do País deverá gastar R$ 205,27 bilhões com alimentos e produtos de limpeza nos supermercados. A região Sudeste é a que apresenta maior consumo per capita para alimentos (R$ 1.313,18). Já com relação aos produtos de limpeza, a campeã em gastos deverá ser a região Sul (R$ 92,72 per capita). Anualmente, o Pyxis Consumo gera estimativas de potencial de consumo para o varejo em 50 diferentes grupos de produtos. A estimativa para os gastos com alimentos e material de limpeza inclui número de domicílios em área urbana e potencial de consumo per capita, por cidade, por região e por classe social. De acordo com Antonio Estimativas positivas Carlos Ruótolo, diretor de de consumo, atendimento e planejamensegundo Pyxis to do IBOPE Inteligência, “os produtos relacionados à alimentação no domicílio representam o maior consumo per capita entre todos os produtos monitorados pelo Pyxis Consumo”. As carnes, aves e derivados são os que apresentam maior consumo per capita: R$ 384,75 Empresa investe em novas unidades fabris para atender a demanda crescente do mercado de consumo mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 7 negócios Notícias econômicas da cadeia de abastecimento PONTO ELETRÔNICO As empresas que precisam se adaptar às novas regras do ponto eletrônico têm até o dia 1o de setembro para fazer isso A Portaria no 1.510/2009, que regulamenta o uso do novo modelo de relógio ponto eletrônico, voltou a ser adiada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Agora as empresas que precisam se adaptar às novas regras do ponto eletrônico têm até o dia 1° de setembro para fazer isso. A medida, que deveria entrar em vigor em agosto de 2010, é adiada pela segunda vez. Na primeira ela foi postergada devido a falta de equipamentos homologados disponíveis no mercado, além das contestações de entidades de diversos setores contrárias à regulamentação. Segundo informou a assessoria de imprensa do MTE, a portaria vem sendo mal-interpretada, já que ela regulamenta o uso do ponto eletrônico, e não o torna obrigatório para todas as empresas, como eventualmente vem sendo dito. O Ministério respeita o que está previsto na CLT, que obriga o uso de relógio ponto para empresas com mais de 10 funcionários, permitindo o uso de ponto manual ou mecânico . O que a portaria regulamenta são as normas que devem ser seguidas pelas empresas que optaram pelo registro eletrônico, que devem estar de acordo com o sistema regulamentado pelo MTE, que prevê a entrega de comprovantes de entrada e saída aos funcionários. De qualquer maneira, quando em vigor, as empresas ainda terão 90 dias de prazo para se adequar antes de começarem a ser autuadas. RAPIDEZ A Visa anunciou que está trabalhando com a Gap, comércio varejista especializado e que opera internacionalmente, para oferecer descontos e promoções em tempo real aos consumidores através de mensagens de texto. Os clientes da Gap que optam por participar do serviço são beneficiados em tempo real com descontos e promoções. A rede global de processamento da Visa, que conecta milhões de comércios e milhares de instituições financeiras em todo o mundo, é a tecnologia que está por trás deste novo serviço. Os consumidores recebem ofertas em seus celulares quando realizam transações com seus cartões Visa cadastrados. A oferta faz parte de uma estratégia maior da Visa de personalizar a experiência de compra do consumidor e entregar mais valor ao comércio e instituições financeiras, com o objetivo de ajudá-los a adaptar os seus programas de marketing de consumo, impulsionando o crescimento de negócios e os ganhos de eficiência. 8 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Os clientes da Gap que optam por participar do serviço são beneficiados em tempo real com descontos e promoções [ categoria ] Mais saúde na gôndola Indústrias disponibilizam produtos integrais e funcionais para atender o consumidor que busca bem estar e qualidade de vida Por Giane Laurentino U ma onda de alimentos saudáveis tem invadido as gôndolas e toma cada vez mais espaço na cesta de compras do consumidor. Diferente da década de 90, onde a principal preocupação era em manter a forma, atualmente as pessoas se preocupam cada vez mais com a saúde, com o bem estar e com a qualidade de vida. Para ajudar a conquistar tais objetivos, a indústria disponibiliza no mercado cada vez mais produtos integrais e funcionais. Antes a comercialização de tais alimentos estava restrita a lojas especializadas e os valores muitas vezes afastavam o consumidor da compra. 10 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Todos esses dados apontam que uma população com excesso de peso se alimenta mal e está cada vez mais propensa a doenças relacionadas à obesidade. Por esse motivo, muitas pessoas buscam na alimentação uma saída preventiva para essas doenças. É nesse momento que o varejo tem um papel fundamental, pois é através desse canal que o consumidor conhece as novidades do mercado, consome os produtos e também tem informação. “Trabalhar com conceito para fim especial, para consumo especializado. Mostrar que o produto pode gerar para o varejo uma fidelização do consumidor se trabalhado de forma correta”, afirma Carlo Eduardo Gouveia, presidente da ABIAB – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para fins Especiais. Alimentos integrais entraram no mercado inicialmente em locais mais especializados, mas com o passar do tempo invadiram as prateleiras dos mercados. Hoje, existe uma gama de produtos que podem ser encontrados na versão integral. A principal diferença é que os alimentos integrais possuem mais vitaminas e sais minerais, pois não passam pelo processo de refinamento industrial. Todos os alimentos integrais equilibram o funcionamento do aparelho digestivo e são ricos em fibras. A Nutrigold está há 15 anos no segmento de alimentação natural e trabalha com chás, linhaça, farinhas integrais, grãos, ração humana e granola. “Desde janeiro deste ano lançamos Desde janeiro deste ano lançamos mais de 40 produtos e estamos com mais quatro linhas de produtos em pesquisa e algumas já se encontram em produção para lançamento Niege Rodrigues de Oliveira nutricionista responsável pela Nutrigold fotos divulgação papel fundamental mais de 40 produtos e estamos com mais quatro linhas de produtos em pesquisa e algumas já se encontram em produção para lançamento”, conta Niege Rodrigues de Oliveira, nutricionista responsável pela Nutrigold. Entre essas novidades está uma linha de Colágeno Hidrolisado com sabores, uma de Cookies Integrais e uma de Pratos Instantâneos Vegetarianos. Segundo Niege, a empresa busca matérias primas de qualidade e está em constante pesquisa para aprimorar cada vez mais os produtos. A intenção da Nutrigold é buscar métodos que mantenham os nutrientes dos ingredientes usados ❜ Hoje, a industrialização e a produção em massa desses alimentos permitiram que o preço se tornasse mais acessível e fosse encontrado facilmente no varejo, o que é uma boa oportunidade de ganhos para o pequeno e o médio varejista. A preocupação tanto do consumidor quando da indústria é justificada. Segundo o Ministério da Saúde, o País ganhou 11 milhões de pessoas com excesso de peso nos últimos cinco anos. Há cinco anos a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade. Atualmente, 48,1% da população brasileira está acima do peso e 15% são obesos, de acordo com a VIGITEL (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico). Entre os homens 52,1% estão acima do peso, já entre as mulheres a proporção é de 44,3%. mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 11 [ categoria ] na fabricação da linha. Além disso, a Nutrigold investe em divulgação dos seus produtos e em embalagens práticas e com design exclusivo. A Seven Boys, terceira maior fabricante de pães industrializados do Brasil, decidiu investir nesse nicho e buscar a produção em escala industrial de pães baseados no conceito gourmet. A Linea Premium Seven Boys, linha lançada pela empresa, combina a apresentação Premium com o conceito de saudabilidade. Ingredientes como farelo de trigo, flocos de centeio, sementes de girassol, sementes de linhaça marrom, fibra de trigo, gergelim em grãos, açúcar mascavo entre outros ingredientes compõem a receita dos pães. Há as versões 12 grãos sem adição de açúcar, Castanhas & Nozes e Granola & Passas. “Devemos, cada vez mais, compreender os avanços da ciência, adaptando o trabalho na cozinha ao conhecimento nutricional dos ingredientes, que são fontes de prazer. Acreditamos que é possível conciliar cozinha preventiva e curativa sem restrição e punição”, afirma Lisiane 12 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 divulgação A cesta de alimentos saudáveis não vive só de alimentos integrais. Os produtos que podem ser explorados por esse nicho também estão presentes nos alimentos lácteos Cohem, gerente de marketing da Seven Boys. A cesta de alimentos saudáveis não vive só de alimentos integrais. Os produtos que podem ser explorados por esse nicho também estão presentes nos alimentos lácteos. A Danone é uma empresa focada para fabricação de alimentos que ajudam a saúde. “A empresa conta com mais de mil cientistas e especialistas em Saúde e Nutrição que se dedicam a desenvolver projetos de pesquisa no Danone Research, sediado em Palaiseau, na França”, conta Cecília BottaiMondino, gerente de marketing da Danone. Atualmente, a Danone tem dois produtos classificados como probióticos: Activia e Actimel, mas desde a década de 20 a empresa investe em estudos relacionados a este tipo de alimento. Activia é o primeiro produto com alegação de propriedade funcional probiótica e está presente em mais de 40 países. “Há cinco anos ninguém falava de funcionalidade e trouxemos Activia que atualmente é sinônimo de categoria e tem a maior penetração no mercado [ categoria ] divulgação Fazer associações entre produtos saudáveis e o setor de hortifruti pode ser uma boa maneira de posicionar os alimentos dentro da loja 14 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 de iogurte do País”, conta João Netto, gerente de Trade e Marketing da Danone. Actimel é um leite fermentado e atua no equilíbrio da flora intestinal, o produto demonstra grande potencial no Brasil, pois em seu ano de lançamento alcançou números semelhantes ao Activia. Além de dois produtos já estabelecidos no mercado, a Danone lançou recentemente a linha Densia, que garante 50% da necessidade diária de Cálcio recomendada. O produto conta com o reconhecimento da Sociedade Brasileira de Osteoporose (SOBRAO) e a Sociedade Brasileira de Densitometria (SBDens). Densia é comercializado em dois sabores, Morango e Aveia. Conhecer os produtos que a indústria tem a oferecer é apenas o primeiro passo para o varejista. Existe a necessidade saber como oferecer esses produtos de maneira diferenciada ao cliente. O fabricante pode disponibilizar alguns materiais que ajudarão na divulgação no ponto de venda. “A Nutrigold disponibiliza aos varejistas material de divulgação para os consumidores, apostilas de apresentação dos produtos para treinamento de vendedores e atendentes, cartazes e flyers”, conta Niege. Segundo Netto, a Danone dá apoio ao varejista através do atacado distribuidor, que recebe constante treinamento sobre os produtos. produtos lácteos “Vale ressaltar que é nesse segmento do comércio das cidades brasileiras onde se concentram as compras das classes que compõem a base da pirâmide social”, comenta Cecília. A gerente ainda ressalta que é esse varejo que atinge as populações, cujo consumo de produtos lácteos ainda é baixo. “Para nós o varejo é o nosso maior meio de comunicação e captação de consumidores”, ressalta Niege. A boa apresentação dos produtos na gôndola dá resultado. Segundo Gouveia, as lojas que têm a gôndola especializada têm um tíquete médio 11% superior do que as demais. Por isso a disposição dos produtos dentro do estabelecimento é muito importante. Para Niege um posicionamento estratégico é fundamental. “Em alguns supermercados e mercadinhos os produtos Nutrigold são colocados no setor de frutas, assim o consumidor associa a alimentação saudável à nossa marca”, comenta Niege. Fazer associações entre produtos saudáveis e o setor de hortifruti pode ser uma boa maneira de posicionar os alimentos dentro da loja. l Cert. de Autorização SEAE/MF nº 04/0039/2011. Promoção válida para compras a partir de R$ 10,00 no mesmo cupom fiscal realizadas e cadastradas no período de 09/05/2011 a 16/08/2011. Confira as datas das apurações, mecânica e formas de participação e regulamento completo no site www.NIVEA.com.br/100anos. Imagens meramente ilustrativas. 100 ANOS VIVA UMA PELE BEM CUIDA D DA DA D NO ANIVERSÁRIO DE 100 ANOS DA NIVEA SUA LOJA VAI COMEMORAR COM MUITAS VENDAS E LUCROS! PRÊMIOS INCRÍVEIS PARA O CONSUMIDOR! ABASTEÇA SUA LOJA E PREPARE-SE PARA LUCRAR! TEREMOS FORTE PRESENÇA NA MÍDIA 5 V I CARROS MINI COOPER E S A G E E TAMBÉM NOS PONTOS DE VENDA! A CADA R$10 EM PRODUTOS NIVEA 100 + GUARDA- ROUPAS NOVOS* *VALE COMPRAS NO VALOR DE R$ 2MIL. = CUPOM FISCAL CADASTRADO PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE: www.NIVEA.com.br/100anos CHANCE DE GANHAR [ entrevista/Álvaro Furtado, presidente ] Álvaro Furtado reforça a missão do Sincovaga-SP na negociação com comerciários Orientação para o varejo C riado para defender os interesses dos varejistas, o Sincovaga-SP – Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo – completa 80 anos com uma atuação cada vez mais ampla na vida dos varejistas. Fundado em 1931, como Sindicato dos Comerciantes de Líquidos e Comestíveis de São Paulo, o Sincovaga representa um segmento econômico, que é o do comércio varejista de gêneros alimentícios. Nele estão os mercados, lojas de conveniência, quitandas, mercearias, empórios, sacolões e similares. 16 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Com isso, a entidade representa os interesses dos varejistas em questões judiciais e trabalhistas, como também auxilia na gestão do negócio, prestando consultoria na gestão do varejo. À frente do Sindicato desde janeiro de 2010 e com um mandato de quatro anos, Álvaro Furtado, presidente, fala sobre a atuação do sindicato e sobre questões relevantes para o setor como a redução das sacolas plásticas nos supermercados e a adoção do ponto eletrônico nos estabelecimentos. fotos ricardo bakker Por Jamille Menezes balhista interessava ter esse tipo de sistema, Qual a visão do sindicato em relação à porque não daria trabalho para o juiz. extinção das sacolas plásticas? A sacola plástica acaba indo para o lixão e ela leva muito tempo para ser absorvida. Então, nós somos Este sistema não é o mais seguro? O sistema é tão burlável como qualquer outro. Se amplamente favoráveis à substituição das sacolas o empregador disser para o funcionário registrar a plásticas existentes por produtos biodegradáveis. saída e voltar para trabalhar, quanto a isso não tem E mais do que isso, nós estimulamos uma políticomo saber. Se os outros sistemas de ponto eram ca de que o consumidor, na medida do possível, passíveis de fraudes, esse outro também é. trabalhe com sacolas retornáveis ou peçam para as empresas entregarem a mercadoria em papelão, E como está a negociação? como algumas já fazem. Houve uma movimentação do congresso, com projetos, decretos legislativos para desobrigar e Quais as outras ações que anular a portaria, por causa de pressão das emacredita ser benéfica? presas e das centrais sindicais. O ministro alteA troca pela biodegradável, dessa maneira que rou a portaria e adiou o prazo da implantação está sendo proposta, cobrando do consumidor para 1o de setembro. Além disso, estipulou a o custo desta sacola, que deve ser de R$ 0,18 ou R$ 0,19, é uma maneira de educar o consumidor. possibilidade das empresas negociarem com os Aos poucos, ele vai levar sua própria sacola ou sosindicatos, por meio de acordo ou convenção licitar caixa de papelão. Com isso a gente estaria coletiva, alternativas para aderir sistema ou adoajudando o meio ambiente. ção de outros sistemas eletrônicos. Como está a adesão do varejo? Qual seria a solução? Nem todos são favoráveis e é natural que não Revogar essa portaria. A discussão sobre horásejam. Toda vez que se mexe em uma situação rio de trabalho é uma questão de os funcionáde conforto como é a atual, vamos encontrar rios saberem os seus direitos e de exercê-los. quem fica desagradável com a mudança. É comO que pode haver é a compensação de horas. preensível. Mas é algo que se fazia necessário. Os Ou seja, se um empregado trabalhar mais num primeiros a aderirem a esse movimento são as dia ele poderá compensar no outro. A empresa grandes redes, que já estão em campanha. Pauque administra bem o pessoal pode registrar dilatinamente, as empresas menores vão acompareitinho e usar o banco de horas. nhar, até porque a categoria entende isso como uma coisa necessária. Acredito que em um pe- Como analisa o papel do pequeno varejo? ríodo curto nós vamos ter a total substituição Entendemos por pequeno varejo as lojas de até das sacolas plásticas, por essas biodegradáveis. 300m2 que vendem de três a cinco mil itens. Esses Além disso, é melhor a gente trabalhar com um varejos de vizinhança têm um grande futuro pela processo auto-regulatório do que de com uma frente, a partir do momento em que eles integram lei criada do dia para noite, onde você não vai a comunidade. Eles podem se informatizar e tampoder cumprir. bém prestar serviços, além da simples compra e venda. Podem fazer recebimento de contas e pasEsse é o caso do ponto eletrônico? sar a ser um ponto de referência. Como está esta questão? O ministro do Trabalho instituiu para as empre- E no futuro? sas um registro de ponto em que até dez empreEste tipo de estabelecimento vai ter vida longa. gados é facultativo, mas acima disso o ministro Quando olhamos no mundo afora, vemos esse regulamentou o registro por meio eletrônico. tipo de estabelecimento em todos os países do Mas esse equipamento ficou muito caro e era dimundo. Então, enquanto tivermos uma econofícil de conseguir no tempo estipulado. Houve mia estabilizada, o diferencial de preço acaba uma grande insurgência contra isso e a primeira não sendo o fator definitivo para a compra. O portaria foi prorrogada. Contra o ponto houve consumidor só vai deixar de comprar no peuma serie de ações judiciais com um resultado queno varejo se ele for muito caro ou se não pouco significativo. Para o poder judiciário trativer uma loja que não lhe atenda bem. mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 17 [ entrevista/Álvaro Furtado, presidente ] ❜ Quem opera bem, tem uma loja limpa, com colaboradores que atendem bem, não sofre com a concorrência Como lidar com a concorrência das grandes redes? A concorrência significa que o pequeno e médio empresário, que opera bem a sua loja, que compra razoavelmente bem com uma escala razoável e tem uma boa prestação de serviço, não sente a concorrência destas grandes estruturas. Existem regiões onde se instalam grandes organizações, mas a empresa menor sofre muito pouco com isso, porque ela tem raízes com a comunidade. Eles praticam preços razoáveis e o atendimento é pessoalizado. As pessoas não gostam de serem tratadas como números ou serem ignoradas, que é o que acontece com as grandes organizações. Então, quem tem tradição no local, opera bem, tem uma loja limpa, com colaboradores que atendem bem, não sofrem com a concorrência. Pois é isso que o consumidor quer. Qual o principal problema do pequeno varejo? A falta de formação. Há um grande número de estabelecimentos da periferia, que duram no máximo dois anos, que são operados por gente que não conhecia o comércio. Acho que nesse ponto o Sebrae ainda faz muito pouco pelo nosso segmento em termos de evolução. Acho que eles podiam tentar melhorar isso. 18 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 E qual a tendência desses estabelecimentos? A tendência no futuro é ficarem as grandes organizações ocupando todos os nichos. Os supermercados independentes e bem estruturados ficam. Assim como as lojas de conveniência. Mas o pequeno mal estruturado vai viver de soluço, pois não tem muito horizonte para ele ficar na metrópole. No interior isso já muda um pouco, pois são as cidades aonde as grandes organizações ainda não chegaram. Como surgiu o Sincovaga? Há 80 anos, quando ainda não havia supermercados. Nesta época, eram os armazéns de secos e molhados, e os pequenos empórios que vendiam alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene. Em 1931 havia uma associação comercial dos varejistas que congregava todo mundo de bar e restaurante e um grupo de donos de empórios de armazéns de secos e molhados que fundou o sindicato. Era o Sindicato dos Comerciantes em Líquidos e Comestíveis de São Paulo. Esse sindicato nasceu na época do Getúlio Vargas e, logo em seguida, nasceu a legislação sindical. Em 1936 ele se adequou ao modelo de sindicato que a lei trouxe e em 1940 ele virou Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo, representando já a categoria do varejo de alimentos, apenas no município de São Paulo. Qual a importância do sindicato? Como representante de categoria econômica, o sindicato é o único autorizado a fazer negociação coletiva com os empregados e trabalhadores que prestam serviço nessas empresas. Então, por força de lei, somos nós que negociamos com os comerciários. Essa é a grande missão do sindicato. Que tipos de orientações vocês dão ao varejista? Consultoria. Também orientamos e indicamos profissionais para informatização de loja, de maquinário etc. A gente faz um diagnóstico do problema da loja e indicamos alternativas no mercado. O sindicato trabalha muito mais como um orientador. Também atendemos os associados dando cobertura jurídica na área trabalhista.l [ evento ] Mais de 550 expositores e 70 mil visitações em quatro dias varejo APAS 2011 traz inovações em produtos, serviços e equipamentos para atender aos anseios do consumidor no ponto de venda Por Giane Laurentino C om o tema Inovação – Simplificando a Vida do Consumidor, a APAS 2011 – 27o Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, promovida pela Associação Paulista de Supermercados, realizada no Expo Center Norte, nos dias 9 e 12 maio, em São Paulo, cresceu cerca de 10% gerando um total de cinco bilhões de reais em negócios. O evento reuniu 550 expositores, 3,7 mil congressistas, 70 mil inscritos que ocuparam os 68 mil metros qua- 20 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 drados do Expo Center Norte para assistir as 100 palestras com especialistas, conhecer as novidades do setor supermercadista e fazer negócios. Esse ano a APAS 2011 recebeu 50 companhias internacionais de países como Portugal, Alemanha, Turquia, Finlândia, Tailândia, Espanha e Itália, além de mais de 150 visitantes de todo o mundo. Entre os assuntos debatidos nos encontros estavam: tendências de consumo, varejo, inovação, produtividade, gestão de produtos, criação de valor, marcia alves Um novo marketing, estratégia, comunicação, redes sociais, finanças e tecnologia, avaliação de pessoas, entre outros. A atmosfera do evento era positiva graças ao crescimento de 7,5 % do setor em 2010. Mesmo com as dificuldades que o cenário econômico apresenta o setor se mantém otimista. “Temos contribuído positivamente para redução da inflação. Nós nos colocamos à disposição para debater e ajudar os outros setores”, afirma João Carlos Galassi, presidente da Apas. O crescimento do setor se estendeu em números para as lojas, que cresceram 3,6%, números de checkouts ficou em 4,1% e o número de funcionários aumentou 2,2%. O pequeno varejo também saiu de 2010 com um saldo positivo, cresceu 3,5%. 10% na gôndola, mas que fazem muita diferença no momento da compra. A APAS levou para o Expo Center Norte 550 expositores. Muito do que a indústria ainda lançará em 2011 podia ser visto nos pavilhões do centro de exposições. Para esse consumidor, exigente, com poder de compra e mais informado a indústria procurou se adequar e mostrou isso ao varejo na feira. A BIC já reconhecida pela presença em todos os formatos de loja trouxe para a feira suas principais novidades, Crédito acessível com a intenção estreitar o relacionamento com seus clientes. Entre os novos produtos está o barbeador Bic Code, que tem a intenção de atingir o público adolescente. “É necessário aproveitar as oportunidades de consumo, pois ao longo do ano você pode ter um mix mais contido. O importante é não deixar a categoria sumir no ponto de venda”, comenta Paulo Martins, gerente de desenvolvimento de canal. Para ajudar o varejista a dar visibilidade aos produtos a empresa prepara uma lâmina com O custo da operação de crédito é uma porcentagem da transação e varia de negócio para negócio. Dependendo da ferramenta que o varejista vai utilizar divulgação A pesquisa também mostrou que o consumidor gastou mais do que a renda média, o que significa que o crédito se tornou mais acessível. “E todas essas circunstâncias fizeram com que o consumidor se embebedasse na área do crédito. Mas acreditamos que ele vai equilibrar finanças esse ano, porque estamos observando um aumento na inadimplência”, comenta Martinho Paiva Moreira, diretor-financeiro da Apas. Mesmo com um pequeno endividamento, o consumo não parece diminuir. Segundo a pesquisa os consumidores acreditam que o poder de compra continuará aumentando. Além de otimista, o consumidor, mostrado pelo estudo, também exige cada vez mais do varejo. Entre os itens mais importantes para o consumidor estão: limpeza do estabelecimento, organização da loja e atendimento. Elementos que não estão a mais em geração de negócios foi o resultado alcançado este ano pela feira, em um valor que ultrapassou cinco bilhões de reais ❜ A necessidade de renovar os negócios é sentida pelo setor em um momento econômico onde o perfil do consumidor está mudando. Pensando nesse no cenário, a pesquisa Tendências do Consumidor, elaborada pela associação com a Nielsen e a Kantar World Panel, mostra uma realidade já sentida na boca do caixa: as classes D e E apresentaram um crescimento de 16%, enquanto as classes C e A/B obtiveram 13% de incremento. A renda média dos consumidores dessas classes aumentou, o que movimentou toda a cadeia de consumo de maneira positiva em 2010. No ano passado, 38% dos consumidores pertencia à classe C e a projeção para 2011 é que esse número ultrapasse os 40%. Com o aumento do poder de compra dessa porcentagem da população, a venda de alguns produtos obteve uma alta significativa no varejo. A cesta de bebidas cresceu 9,6% e os produtos perecíveis 9,3%. Além desses dois, o volume de vendas também cresceu nos produtos de higiene e limpeza. Guilherme Messiano, gerente novos negócios da Freddom mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 21 Ricardo Fernandes, gerente de produtos da Mabel 22 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 sugestões de produtos que podem gerar maior número de vendas. Como mostrou a pesquisa, os produtos de limpeza e de higiene do lar cresceram em volume de vendas em 2010. A Ypê, presente na APAS, acredita que esse crescimento também influenciou a empresa positivamente no ano passado. Além de seguir o princípio de levar a dona de casa produtos com o melhor custo benefício, a companhia procura preservar o meio ambiente. “Temos feito um movimento no sentido de devolver alguma coisa para o consumidor pensando em campanhas de sustentabilidade”, afirma João Augusto Siqueira, presidente da Ypê. A linha de sabão em barra Ypê teve suas embalagens renovadas e uma nova opção de sabão em barra antibacteriano, é o primeiro do mercado brasileiro. Na linha de higiene pessoal, o Grupo Bertin trouxe para a APAS seu portfólio, que nos últimos três anos foi renovado anderson souza ❜ Sentimos o aumento do consumo e com isso procuramos cada vez mais diversificar a produção e agregar valor aos produtos divulgação [ evento ] em 30%. Segundo Sandra Ramalho, gerente de Marketing, esse processo foi natural já que a marca é tradicional e tem produtos que atendem ao consumidor que hoje tem mais poder de compra. Para Sandra o consumo dos produtos de higiene aumento principalmente pela vaidade do brasileiro e, claro, pela exigência cada vez maior de uma boa apresentação no mercado de trabalho. Hoje, o Grupo Bertin está presente em cerca de 70% do varejo brasileiro. Para auxiliar cada vez mais o varejista a empresa dispõe de materiais para os pontos de venda e treina constantemente suas equipes para ajudar na capacitação do varejista. Trabalhando o conceito de praticidade para a rotina do consumidor, a Leardini levou à feira sua linha de pratos prontos: escondidinhos, pizza, lasanha, entre outros. A empresa é uma das maiores empresas de pescado no País e faturou no ano passado 210 milhões de reais. Segundo Pedro Octaviano, diretor de marketing, a companhia atende a todo o País. “A linha de pratos prontos tem grande saída no pequeno varejo, até porque é o tipo de serviço ao qual o varejo se propõe: a praticidade, as compras semanais e a compra do dia”, comenta Octaviano. A Aurora também pensou em maior praticidade para o cotidiano e trouxe para a feira os lançamentos de hambúrgueres, empanados e lanches prontos. Como o pequeno varejo é o principal canal de compras diárias e da compra por impulso, a empresa visualiza nesse nicho uma boa oportunidade de negócio. “É a essência do nosso negócio atender ao pequeno varejista”, afirma Danilo Karassawa, gerente de produtos da Aurora. Uma das categorias mais consumidas pela população de classe C, D e E são os biscoitos. A Piraquê mostrou em seu estande na APAS a tradição cultivada pela empresa em seus 60 anos de história. Uma das novidades da Piraquê é a renovação de todas as embalagens, criando uma identidade unificada da marca. Segundo Carolina Pacheco, Diretora de Marketing da Piraquê, a empresa atende cerca de quatro mil pontos de venda no Estado de São Paulo, a maioria deles no pequeno varejo, que representa cerca de 80% das vendas. A Mabel, que atende o pequeno varejo através do atacado distribuidor, trouxe para a feira uma linha de biscoitos que trabalha o conceito de 100 calorias. Para Ricardo Fernandes, gerente de produtos da Mabel, a empresa sentiu o aumento do consumo e com isso procurou cada vez mais diversificar a produção e agregar valor aos produtos. rentabilidade O mercado de doces, extremamente lucrativo para o varejista, também esteve presente na APAS. A Dori, que atende todo o País através de 70 distribuidores, lançou ano passado em torno de 15 novos produtos. “Apesar dos pequenos valores de alguns produtos a venda tem grande volume”, comenta Jean Carlos Paiva, gerente de Marketing da Dori. Paiva confirma que a venda é muito rentável para o varejo, os lucros chegam a 90%. Entre os itens considerados mais importantes pelo consumidor na loja em que realiza as suas compras estão as instalações e o atendimento. Para ajudar o varejista a escolher os melhores produtos e conhecer a novidades do setor, a APAS levou expositores que falam direto com esse setor. Entre os expositores presentes no evento estava a Yoshimura, trabalha com arquitetura de varejo. A empresa realiza desde o projeto de construção até o layout de pequenas, médias e grandes lojas. “O setor precisa de um atendimento especial”, conta Claudio Yoshimura, diretor da empresa. O trabalho é feito 100% pelos 86 funcionários da empresa, que não terceiriza a mão de obra. Hoje, Yoshimura atende a 40 clientes, metade deles é do pequeno varejo. Segundo ele, a preferência é pela qualidade do atendimento e não pela quantidade de clientes. Ajudando a equipar as lojas cada vez mais, a jovem Freeart tem um ano 7,5% foi o quanto cresceu o setor supermercadista brasileiro no ano passado. O números de novas lojas cresceu 3,6%, já o números de checkouts aumentou em 4,1% e o número de funcionários cresceu 2,2% mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 23 [ evento ] Bombril compra empresa de cosméticos anderson souza Anunciada durante a APAS 2011, a compra da Ecologie Cosméticos pela Bombril significa apenas o primeiro passo da empresa, que pretende, até 2012, ingressar também no mercado de produtos pet e de limpeza automotiva. A compra de 75% das marcas da Ecologie, por 15 milhões de reais, inicia um plano estratégico onde a Bombril se transformará no guarda-chuva de quatro segmentos: higiene e limpeza, cosméticos, pet e automotivo. Segundo Marcos Scaldelai, diretor de Marketing, a intenção é atender as diversas necessidades da mulher. “Queremos que ela acredite que a empresa pensa nela além das tarefas do dia a dia, por isso atuar com os cosméticos. Pensando na família pet e automotivos”, comenta. As negociações entre a empresa de cosméticos e a Bombril começaram há um ano. “Identificamo-nos com a empresa por ser nacional, com os mesmos princípios e preocupações”, conta Neusa Armstrong, diretora da Ecologie. A empresa tem 20 anos de atuação e ano passado faturou cerca de 20 milhões, focada na venda de produtos para perfumarias e drogarias. O objetivo da Bombril é expandir a atuação da marca para o varejo, que hoje tem uma participação menor que 2% no faturamento da empresa. Para cumprir essa missão, a aposta é concorrer com marcas Premium dentro do segmento. Em 2011, a Bombril espera fechar o ano com um faturamento de 1,5 bilhão de reais e 540 produtos no portfólio de higiene e limpeza. A expectativa é que o novo segmento chegue aos 50 milhões de reais até 2012. Atualmente a Ecologie trabalha com um portfólio de 120 itens e pretende expandir esse número criando uma linha para adolescentes e outra para o público acima de 40 anos. Investimento em novas vertentes de negócio para atender as diversas necessidades de consumo 24 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 de mercado, mas já exporta equipamentos para países como Chile e Peru. “A Freeart já reconhecida no mercado pela qualidade dos carrinhos. Estão ampliando a linha de produção, e vamos aumentar a produção com o objetivo de ser líder de mercado”, conta Edward Furumoto, analista de Marketing da Freeart. Com a fábrica em Jaguariúna a empresa procurar diversificar na produção de equipamentos: trabalho carrinhos, sistemas de refrigeração, checkouts, entre outros. Um dos destaques levados à feira foram os equipamentos de refrigeração plugados, que não precisam de um sistema elétrico complexo para serem utilizados. opções de crédito Depois que o varejo está pronto, equipado e funcionando, é necessário um sistema de crédito que facilite a compra para o consumidor. A pesquisa de tendências de consumo feita pela APAS mostra que o brasileiro está cada vez mais se utilizando do crédito para fazer compras. O varejo pode oportunizar ao cliente mais uma possibilidade fazer a sua compra usando o sistema da Freeddom, através do celular o varejista usa SMS para fazer as operações de crédito. A empresa nasceu em 2004 com a ideia de criar uma solução barata para transações em pequenos estabelecimentos. As transações funcionam como se a loja tivesse um cartão de crédito próprio, mas sem o uso do plástico. Todas as operações são feitas através de SMS, que pode ser enviado de qualquer celular. “O custo é uma porcentagem da transação e varia de negócio para negócio. Dependendo da ferramenta que o varejista vai utilizar”, conta Guilherme Messiano, gerente novos negócios da Freddom. Segundo Messiano, o varejista não tem um custo inicial e a empresa presta uma consultoria para orientar o lojista que não tiver experiência com aprovação de crédito.l dreamstime [ Capa ] 26 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Retrato do consumo Pesquisa da Kantar WorldPanel mostra os produtos mais comprados e desejados pelos consumidores. Classes C, D e E continuam ascendendo e com maior poder de compra Por Adriana Bruno A s barreiras de acesso ao consumo de produtos com maior valor agregado ou benefícios estão caindo progressivamente. Marcas populares deixaram de ser a única opção para consumidores das classes C, D e E, que passam não só a incluir em sua lista de compras novas categorias, como também produtos de marcas tradicionais e mais sofisticadas. O que se vê é não apenas um aumento nos gastos com alimentação, mas também uma sofisticação da cesta. Segundo dados da Kantar WorldPanel, a alimentação ainda representa mais de 20% dos gastos das famílias, com maior concentração nas classes populares. Habitação, transporte e serviços públicos estão também no topo da liderança deste ranking. E a experimentação e as novidades na cesta de compras vão além da mercearia. Produtos de beleza e cuidados com a casa também ascendem. Para Fátima Merlin, diretora de atendimento ao varejo da Kantar WorldPanel mudanças como o maior po- der de compra, mais acesso e maior conectividade com novas contas ganhando espaço no bolso das famílias, como internet, TV por assinatura, celular, viagens internacionais, entre outros estão trazendo impactos significativos no comportamento do brasileiro. “Tudo isso somado às mudanças sócio-demográficas como a população envelhecendo, lares menores, menor presença de crianças, novo papel do homem e da mulher na sociedade, mulheres no mercado de trabalho, a ascensão das classes D/E e a mudança na pirâmide de consumo, tem impactado significamente o consumo, tanto em produtos como em serviços e no varejo”, analisa. A executiva ainda reforça que cuidado com a saúde, beleza, com a casa tomam força, porém sempre correlacionado com agilidade, praticidade, eficiência. “No quesito alimentação, bebida dentro do lar, saudabilidade, praticidade, ganham espaço. Assim os prontos para beber, comer, instantâneos, entre outros são destaques”, diz. Recentemente divulgada a pesquisa O Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs, mostrou que em 2010 a renda média do brasileiro cresceu, de uma forma geral, porém a alta mais acentuada se deu nas classes D/E, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados foi de R$ 809,00. Esse valor é 48,44% maior do que em 2005, ano do início da pesquisa no País (R$ 545,00). Já a renda disponível (rendimento total da família menos os gastos) cresceu 45,22% em relação a 2009, chegando a R$ 200,64. O Observador 2011 ainda aponta que cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que passou a ser a maior do País, com mais de 101 milhões de pessoas, representando 53% da popu- mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 27 [ Capa ] Ranking de categorias com mais de 70% de participação 28 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Perfis da consumidora A Kantar WorldPanel fez um levantamento intitulado Segmentações Shopper Brasil 2011 que mostra os perfis da consumidora em seus momentos de compra. Confira os resultados: dreamstime Fonte: Kantar WorldPanel Classe C em 2010 MARGARINA SABONETE PAPEL HIGIÊNICO ÓLEO AÇÚCAR BISCOITO DET. EM PÓ PÃES MASSA TRADICIONAL CREME DENTAL REFRIGERANTES DETERGENTE LÍQUIDO ESPONJA DE AÇO CAFÉ TORRADO ÁGUA SANITÁRIA SUCO EM PÓ IOGURTE CLEANERS XAMPU MODIFICADOR DO LEITE PÓS XAMPU DESODORANTE MASSA INSTANTÂNEA LONGA VIDA SALGADINHOS LEITE CONDENSADO ESPONJA SINTÉTICA MAIONESE AMACIANTE FARINHA DE TRIGO CALDO/TEMPERO FEIJÃO SABÃO EM PEDRA CREME DE LEITE MOLHOS TEMPERO EXTRATO ABSORVENTE HIGIÊNICO CREMES E LOÇÕES CEREAL TRADICIONAL lação. Dessa forma, a pirâmide social brasileira hoje é como um losango: tem 25% da população nas classes D/E (47,9 milhões) e uma classe C mais ampla que as classes A/B (42,19 milhões, 21% da população) e D/E somadas. Pesquisa da Kantar mostra que em 2010, deuse a consolidação da sofisticação da cesta de compras. O brasileiro gastou 18% de sua renda com produtos de higiene e beleza; 12% com alimentos; 16% com bebidas e 11% com limpeza. Já o setor de bebidas foi impulsionado pelas cervejas, que contabilizou 940 mil novos domicílios consumidores do produto. A penetração das cervejas nos lares brasileiros passou de 63% em 2009 para 65% em 2010. Outro destaque da pesquisa é o crescimento de categorias não básicas que levaram o consumidor a novos valores. São eles: funcionalidade (margarinas; água mineral); praticidade (novo tempero para o preparo de arroz e feijão); aces- 21% 15% 21% 25% 19% Apressada (toma decisões rapidamente) Decidida/prática (tem uma ideia clara do que busca) Observadora/ analítica (pesquisa) Experimentadora (compra novos produtos e marcas) Buscadora de preço/ promoção (tem foco em ofertas e promoções) [ Capa ] Fonte: Kantar WorldPanel ÓLEO AÇÚCAR BISCOITO SABONETE DET. EM PÓ MASSA TRADICIONAL PAPEL HIGIÊNICO PÃES CREME DENTAL MARGARINA REFRIGERANTES SUCO EM PÓ CAFÉ TORRADO ESPONJA DE AÇO MASSA INSTANTÂNEA ÁGUA SANITÁRIA PÓS XAMPU SABÃO EM PEDRA CLEANERS XAMPU DESODORANTE DETERGENTE LÍQUIDO SALGADINHOS IOGURTE MODIFICADOR DO LEITE CALDO/TEMPERO FEIJÃO ESPONJA SINTÉTICA FARINHA DE TRIGO LONGA VIDA AMACIANTE MAIONESE LEITE CONDENSADO TEMPERO CEREAL TRADICIONAL EXTRATO CREMES E LOÇÕES CREME DE LEITE ABSORVENTE HIGIÊNICO LEITE EM PÓ 30 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 dr ea m st im e Ranking de categorias com mais de 70% de participação Classe d/e em 2010 Otimismo A pesquisa O Observador 2011 indica que o brasileiro está otimista com o País e para o ano de 2011, que espera mais crescimento (60%), mais consumo (53%), mais crédito (52%) e o PIB em alta (39%). As classes D/E, por sua vez, se dizem “entusiasmadas” com o Brasil de hoje. Mais de 50% dos brasileiros acreditam que o padrão de vida, a situação financeira, a capacidade de compras para o lar e os investimentos vão crescer em 2011. hábitos e Tendências O shopper está indo mais às compras. No total, foram 123 vezes ao ano em 2010, contra 106 em 2008 Classes D/E passam a consumir novas categorias de produtos como leite em pó, absorvente, creme de leite, cremes e loções e temperos O consumidor busca realizar sua compra em lojas menores Busca também realizar o pagamentos de suas contas nestas lojas, valoriza locais que têm coleta de reciclagem e fazem entrega em domicílio Procura estabelecimentos com sortimentos maiores e multiformatos de canais de vendas, pois 80% dos lares brasileiros se utilizam de mais de três canais para se abastecer Quer diferenciação, inovação, mobilidade e experiência As famílias acreditam que o seu poder de compra continuará aumentando este ano Este maior poder de compra proporciona a compra do “eu mereço”, ou seja, aumento da quantidade de produtos premium dentro do lar Fonte: Kantar WorldPanel / APAS Mudança de comportamento Os varejistas precisam mudar a forma de ver o seu negócio se quiserem trilhar um caminho de sucesso. De acordo com a pesquisa “2011 – Perspectivas e Oportunidades”, de Nelson Barrizzelli, professor e consultor da FIA/USP, 95% dos varejistas brasileiros não se preocupam em analisar o perfil de seus clientes ou seja, não se preocupam em saber e nem detectar quem é este cliente, o que ele busca encontrar e se o sortimento da sua loja está correto, se o clientes está satisfeito com o ambiente da loja. pesquisa mostra como o varejista gasta seu tempo na loja Uso médio do tempo base: 72 horas de trabalho por semana 40% do tempo: negociações 15% do tempo: compras 10% do tempo: preparo de promoções e volantes 10% do tempo: assuntos financeiros 10% do tempo: assuntos administrativos 5% do tempo: trabalhos externos 5% do tempo: discussões sobre pessoal 5% do tempo: permanência na área de vendas Fonte: FIA/USP [ Capa ] O consumidor compra Cestas que os consumidores compraram quando foram ao pequeno varejo por ordem de importância em volume em 2010 Mercearia seca Refrigerados Perfumaria Limpeza Bebidas so/pacote (cereal tradicional); escolha (variedade de sabores de sucos em pó). Consumidor está mais exigente Não há como desvincular o fator renda do consumo. Com mais dinheiro no bolso, o brasileiro está equipando melhor o seu lar e também propiciando momentos de lazer em casa. Nos últimos anos o consumo cresceu 54%. A ascensão existe, porém em diferentes níveis. Fátima Merlin afirma que vivemos situações distintas, por exemplo, aquele consumidor que já era da classe média agora quer conquistar muito mais do que ele já podia e do outro lado temos o consumidor que agora pode conquistar, mas conflita-se com a realidade passada, em que as dificuldades para lidar com a renda e gastos eram maiores, ou seja, ele pode consumir, mas tem medo. “Precisamos entender também que ao falar de “sofisticação” estamos falando de 32 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 fotos: dreamstime Fonte: Kantar WorldPanel / APAS O que o consumidor valoriza quando vai ao ponto de venda 4 Loja limpa 4 Carnes, aves, frutas, legumes e verduras, com qualidade e frescas 4 Rapidez no caixa 4 Bom atendimento 4 Sinalização adequada de preços 4 Encontrar o produto que procura 4 Organização de loja 4 Segurança no entorno da loja 4 Entrega em domicílio Fonte: Kantar WorldPanel / APAS valor agregado, porém é diferente para uma classe A/B onde o sofisticado é comer em uma mesa incrementada e para a D/E é comer em uma mesa que além do básico ele consegue colocar categorias que antes ele não tinha acesso. Enquanto para uma classe A/B o desafio está em diferenciar-se, já que é uma classe que busca exclusividade, na classe C o desafio é a fidelização, aumentar a taxa de repetição desse público, já para a classe D/E o grande desafio é a consolidação, permitir mais via frequência de compra, pois são essas classes que estão movimentando o consumo”, avalia. Maior poder significa mais exigência. O consumidor atual está mais seletivo e complexo e busca de tudo um pouco, desde conveniência até preço e praticidade. Segundo Fátima Merlin, a consumidora se comporta de maneira diferente no ponto de venda, dependendo da categoria de produtos que está comprando. “Muitas vezes a shopper se apre- Brasileiro está gastando mais De acordo com a pesquisa O Observador 2011, com mais renda, os gastos médios do brasileiro aumentaram de 2009 para 2010 Gasto médio R$ 375,00 R$ 74,00 R$ 299,00 Supermercado Energia elétrica Aluguel R$ 88,00 Remédios R$ 71,00 Transporte coletivo R$ 41,00 Gás R$ 40,00 Água e esgoto R$ 50,00 Condomínio R$ 198,00 Vestuário R$ 184,00 Prestações R$ 113,00 Lazer R$ 274,00 Educação R$ 127,00 Convênio Médico R$ 231,00 Seguros R$ 123,00 Previdência Privada senta com comportamentos distintos quando analisamos canais/ categorias, ou seja, para comprar um produto X ela é buscadora de preço, mas para um produto Y essa mesma shopper torna-se decidida e prática”, diz. Levantamento da Kantar WorldPanel mostra que para cada perfil de shopper há uma demanda diferente. As apressadas, por exemplo, costumam tomar decisões rápidas e para atendê-las o varejo deve oferecer rapidez no check out (caixa) e manter a loja organizada. Já aquelas suscetíveis a preços e promoções têm o foco em ofertas e procuram no ponto de venda, produtos gratuitos e degustações. Desafio para o varejo Com o mercado varejista aquecido o grande desafio é entender o que o cliente quer, como ele quer, quando e quanto está disposto a pagar. Oferecer esta solução é certeza de satisfazer o consumidor. Aliás, a solução para essa equação é o que todo comerciante busca. No pequeno varejo, percebe-se, segundo Fátima Merlin, uma contínua ampliação do sortimento na busca por oferecer mais e mais ao consumidor e conquistar um maior espaço no seu bolso. Porém, até em função de uma limitação física, categorias como mercearia seca, bebidas, limpeza e alguns itens de higiene pessoal ainda são os mais consumidor nesse formato de loja. A executiva ainda lembra que o consumidor continua cada vez mais multicanal e que mais de 80% dos shoppers usam mais de três canais para se abastecer. “Os destaques estão para o varejo de proximidade, o atacado de autosserviço e também o farma e o porta a porta”, diz. Para competir nesse mercado é preciso munirse de toda ferramenta disponível e estar alinhado com as tendências, com a economia e investir em profissionalização, eficiência, produtividade, são palavras de ordem para se manter competitivo. “Se os demais canais não se diferenciarem em custobenefício e realmente entregarem algo a mais, a facilidade de acesso ao pequeno varejo é que vai imperar”, avalia Fátima Merlin. Dentre os diferenciais que o pequeno varejo www.negociodeporco.com.br Frequência de compra No comparativo entre 2010 e 2009 a frequência de compra no pequeno varejo se altera, com destaque para as compras semanais 2010 24% Quinzenal 3% Mensal 2009 32% Quinzenal 77% Semanal 66% Semanal Fonte: Kantar WorldPanel / APAS 34 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 9% Mensal Bebida Soja Molhos Suco Pronto Leite Aromatizado Petit Suisse Sorvete Salgadinhos Sopa Requeijão Cereal Matinal Fonte: Kantar WorldPanel / APAS Categorias que mais cresceram em cinco anos, com apelo de inovação e praticidade. Destaque para categorias não básicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. pode oferecer a esses consumidores tão exigentes estão proximidade, rapidez e agilidade nas decisões, ou seja, ações que permitam um forte relacionamento. “Para o varejista são palavras de ordem: utilizar esses diferenciais para converter shopper, fidelizar cliente, aumentar sua frequência de compra e seu gasto com o próprio varejista. Como? Entendendo quem são seus consumidores, como eles compram, o que compram, quando compram, para não deixar faltar produtos, entre outros. O pequeno varejo, por exemplo, traz ao consumidor um “calor” no relacionamento que os outros canais não têm. Muitos consideram que isso é um diferencial quando um poder de compra permite desconsiderar diferenças de preço não tão grandes”, fala Merlin. A pesquisa da Kantar WorldPanel mostra que cerca de cinco milhões de shoppers de hipermercados também compram em lojas de atacado de autosserviço, aumentando inclusive a frequência de compra. A penetração do atacado nos lares brasileiros passou de 20% em 2009 para 22% em 2010. Nesse período a compra no canal Atacado atingiu 10,4 milhões de lares e cresce entre consumidores de todos os canais. Porém, o autosserviço continua a se destacar, respondendo por mais de 60% do mercado e desse total, o pequeno varejo responde por 52,9%. l sxc [ Capa ] [ gestão ] Posição Estratégica O dono do negócio precisa reservar tempo e energia para focar no desenvolvimento e crescimento da empresa. Tarefas operacionais, do dia a dia, precisam ser delegadas Por Adriana Bruno 36 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 S er dono de um pequeno ou médio supermercado não é tarefa para qualquer um. São tantas as obrigações que o dia parece ser curto para dar conta de tudo. O problema é que o excesso de tarefas faz com que o dono não tenha tempo para se dedicar a funções que cabem só a ele, como pensar no planejamento estratégico da empresa, seja a curto, médio ou longo prazo, informar-se sobre as mudanças ou novidades do mercado em que atua, repensar seu negócio, ou ainda, visitar a concorrência para saber como o “seu vizinho” está trabalhando. Para Cristiane Osso, sócia diretora da GS&MD – Gouvêa de Souza, a tarefa do dono de uma forma geral deveria ser a tarefa de um “dirigente”, que implica em pensar e repensar o negócio de forma a se antecipar às tendências, trazer novidades, melhorias, observar demandas e viabilizar sua imple- e im st am e dr mentação e estar atento a oportunidades de novos negócios, expansão, novos produtos etc. “O que acaba acontecendo nas empresas pequenas é que o dono e seus familiares ocupam as atividades do dia a dia e nem sempre têm a autonomia, a disponibilidade de recursos ou até mesmo todas as habilidades e competências necessárias para avaliar e reavaliar o negócio pela visão do “dirigente”. Desta forma, a visão de gestão do dia a dia é privilegiada e a direção pode ficar prejudicada se não se encontrar dentre estes membros do pequeno negócio um profissional capaz de equilibrar este papel estratégico enquanto a empresa se preocupa em gerir o dia a dia conforme a demanda que o negócio imprime”, avalia. Vale lembrar que em tempos onde o consumidor está cada vez mais multicanal e a concorrência acirrada, um negócio não sobrevive sem uma mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 37 [ gestão ] ❜ Cristiane Osso sócia-diretora da GS&MD boa administração e se o empresário, ou dono da empresa, não tiver perfil de administrador precisa encontrar alguém que o tenha para não seguir o caminho do fracasso. Segundo o consultor e professor de estratégias de comunicação e marketing, Mário Persona, toda empresa precisa ter pelo menos três perfis em seu quadro, pois nem sempre uma mesma pessoa é capaz de carregar todas as capacidades necessárias. “Além do empreendedor, para gerar novos negócios, é preciso ter pessoas que executem o trabalho do dia a dia, o que pressupõe que não podem ser pessoas que gastem seu tempo planejando o futuro ou correndo atrás de oportunidades. É preciso também ter um administrador ou gerente que organize tudo o que já foi feito, está sendo 38 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 divulgação O dono se ocupa do dia a dia e nem sempre tem a autonomia e todas as habilidades necessárias para avaliar o negócio pela visão do "dirigente" feito ou se necessita fazer, além de gerenciar as pessoas e suas atividades. Este é o controle da empresa, e quando ele não existe, o empresário pode não perceber por onde está perdendo dinheiro ou deixando de ganhar”, orienta. O especialista ainda diz que antigamente poderíamos pensar em alguma diferença entre um mero dono de loja, que ficava atrás do balcão na base do toma-lá-dá-cá e um empresário com espírito de negócios. “Isso podia até funcionar numa época em que os negócios eram lentos e a concorrência praticamente não existia na rua, no bairro ou na cidade. Era comum existir uma loja de cada segmento e só. Isso mudou, e hoje o mero dono de loja verá seu negócio desaparecer se não estiver atento às oportunidades. Até mesmo os produtos que ele vende mudam com uma rapidez nunca vista antes. Se ele não se adaptar poderá estar oferecendo aquilo que o mercado já não tem interesse em comprar, e o remédio para isso é justamente ter visão e cabeça de empresário”, completa. A palestrante e sócia diretora da Visão e Ação Consultoria Empresarial, Cássia Silva Souza, alerta para o fato de que o acúmulo de pequenas tarefas costuma complicar a vida dos donos, ao final do expediente, não restam forças nem para pensar no dia seguinte — que dirá se preocupar com a gestão da empresa. “Para mudar este quadro o dono necessita contratar um profissional para administrar a operação da empresa, promover alguns funcionários para desenvolver e controlar as pequenas tarefas. Em seguida, criar os controles necessários para que ele possa gerir a empresa através de números, usando para isso ferramentas de controles que o mercado oferece”, orienta. Tempo para se dedicar Dentro de uma rotina de trabalho diária, o empresário precisa priorizar tempo para se dedicar à direção do negócio. Ter uma agenda de qualidade, que contemple dias e horários para exercitar a visão de direção, olhar números, avaliar performances, visitar mercados e a concorrência, ouvir seus clientes, avaliar novos produtos e oportunidades, conhecer e visitar novos fornecedores é uma ação que deve ser levada a sério e com firmeza. Para Cristiane Osso, dessa forma, o empresário deixará de atuar no dia a dia para estender o negócio com uma visão mais ampla e sistêmica. “É vestir mais de um chapéu e saber qual a hora de trocar e vestir cada um deles”, comenta. Ainda na opinião da executiva, outra forma Caminho a seguir A consultora Cássia Silva Souza orienta, em seis passos, como ser um bom dono/gestor de um negócio. São passos simples, mas que fazem a diferença entre uma empresa que busca excelência e competitividade em suas operações. Acompanhe: Liderar — seja seu próprio líder e então lidere sua equipe. Diga o que espera deles, em que precisam melhorar, ou seja, corrija sempre que necessário. Corrigir é muito importante, elogiar também! Existem colaboradores que fazem suas tarefas de maneira comprometida e dedicada e devem ser reconhecidos por isto. Desta maneira comportamentos esperados pelo empresário voltarão a aparecer e comportamentos indesejáveis para o sucesso de seu negócio diminuirão. Gerar Confiança — estimule a confiança. É ela que une os líderes aos seus colaboradores. A confiança é a crença de que as pessoas em quem acreditamos serão capazes de atender as expectativas geradas. Bons gestores sabem que devem cumprir o combinado. Organizar-se — mantenha seu ambiente de trabalho, como mesa, gavetas e arquivos de seu computador sempre organizados. Como diz uma filosofia oriental: um lugar para de ser um bom dirigente e não somente gerir o dia a dia é investir tempo em leituras de livros, artigos e revistas especializadas, participar de cursos e seminários que tragam atualização e troca de experiências com outros profissionais de mercado, participar de associações de classe, sindicatos e grupos de discussão do setor, feiras e eventos, viagens nacionais e ou internacionais, observar o mercado e ouvir clientes, consumidores e fornecedores. Terceirizar alguns setores da empresa é algo a ser pensado. Para Mário Persona, sempre que for contratar ou trazer para dentro de sua empresa alguma capacidade que necessita, é bom antes verificar se existe a possibilidade de terceirizar cada coisa, cada coisa em seu lugar! Com isto o profissional ganhará tempo e passará uma imagem de credibilidade. Anotar — as grandes idéias para seu negócio surgem nos momentos mais inesperados. Habituese a andar com um bloquinho e caneta. Anote tudo: dicas, insights, idéias de outras pessoas, sonhos, enfim, tudo que pode dar mais vida ao seu negócio. Anote ainda seus erros e acertos para bases de decisões futuras. Treinar — forme sua equipe. Prepare-a tecnicamente e comportamentalmente. É fundamental ter uma equipe que tecnicamente entenda seu papel. Ao mesmo tempo é fundamental ter pessoas que saibam resolver conflitos e lidem com as diferenças individuais de maneira eficiente. Avaliar — finalmente, gestor e proprietário, avalie suas ações. Reserve um tempo para relacionar os pontos fortes e os pontos à melhor de sua estratégia. Avalie seu negócio, pergunte-se: estou atendendo as demandas de meus clientes? O que poderia fazer de melhor? Tenho as competências para isto? Com isto você vai “complicar menos, trabalhar menos, ver o sol se pôr”. a atividade toda ou parte dela. “Um exemplo simples é a contabilidade de uma empresa, que pode ser feita dentro ou fora. Outro é a limpeza, alimentação dos funcionários, serviços de entrega etc. Hoje até mesmo o atendimento ao cliente em empresas que prestam serviços já é feito por terceiros com estrutura de call center. Tudo vai depender do segmento de negócio, porte da empresa e a possibilidade desses serviços na região onde ela atua”, indica. Basicamente, o dono precisa se dedicar à análise dos resultados de cada área de empresa. “Só assim ele conhecerá a fundo o porque dos resultados obtidos, procurando sempre investir na capacitação de seu pessoal”, finaliza Cássia.l mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 39 [ relacionamento ] Parceria de dreamstime resultados 40 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 A relação entre cliente e fornecedor deve ser de confiança, estreita e duradoura. Respeitar prazos, oferecer suporte, sortimento e atendimento correto são fundamentais para o sucesso dessa parceria Por Adriana Bruno O crescimento de novos canais de compras, como o comércio eletrônico, por exemplo, vem impondo um forte ritmo de mudanças nas relações comerciais. Hoje em dia ter um fornecedor que atenda suas necessidades rapidamente, que dê suporte total e que nunca deixe faltar produto no estoque da loja é um diferencial competitivo. Empresas que atendem mal, demoram para fazer entregas e não oferecem nenhum serviço adicional estão fadadas à falência. Aliás, se o seu supermercado tem um fornecedor assim, fuja dele, para que seu cliente não fuja de você! Os fornecedores são bem mais do que vendedores de produtos, são parceiros no negócio e bons resultados também dependem dessa relação. Para Sérgio Simonetti, sócio diretor da Anima Inteligência Competitiva, ter bons fornecedores é fundamental para o sucesso de um pequeno e, médio empreendimento. Isto porque o poder financeiro dessas empresas é menor, bem como o acesso a oportunidades diferenciadas. Com um bom parceiro, os resultados para o ponto de venda tendem a ser positivos em vários aspectos. “Um bom parceiro pode interferir positivamente nos resultados dos negócios se reduzir os impactos no capital de giro do supermercado, entregando com maior freqüência ou ainda com embalagens mais adequadas ao giro dos produtos, por exemplo. Outro fator importante é oferecer um mix completo, assim o varejista pode reduzir o número de fornecedores, uma vez que com muitos fornecedores a força de compras diminui e consequentemente, isso impacta em custos para os supermercados”, orienta. Bons fornecedores também são aqueles que trazem oportunidades e vantagens competitivas para o varejista, apresentando as novidades do mercado e até mesmo produtos exclusivos, agregando valor ao negócio. De acordo com Júlio Tadeu C.A. de Alencar, engenheiro e consultor de Produtividade do Sebrae-SP, o peso do for- Fontes: Sérgio Simonetti e Júlio Tadeu A. C. de Alencar dicas para escolher bem e ter um bom relacionamento 1 onfira se o fornecedor conta com um plano C para que os produtos comprados tenham boa visibilidade gerando resultados para a loja 2 Avalie a competitividade de preços de seu fornecedor de uma forma ampla, ou seja, ao longo de um período, em todo mix 3 4 erifique se ele oferece diferenciais competitivos, V promoções, apoio técnico, embalagens Peça ao seu fornecedor que ele ofereça treinamento e consultoria sobre produtos, serviços e ações de marketing e comunicação no ponto de venda 5 eja profissional na relação e não pessoal. Hoje S em dia, relações pessoais não garantem mais a melhor oportunidade de negócio 6 Identifique o suporte oferecido ao “sell out” de produtos na loja. Comprar bem é tão importante quanto vender bem 7 8 9 10 Desenvolva tanto fornecedores principais quanto alternativos para todos os produtos, para evitar que as vendas sejam afetadas por falta de disponibilidade de um único parceiro comercial ompartilhe informações com os principais C fornecedores, para que eles também obtenham melhorias em seus negócios e repassem os ganhos para as empresas contratantes vite a armazenagem de produtos na sede das E empresas fornecedoras para que elas repassem o custo desse serviço aos itens fornecidos, tornando o negócio menos competitivo Busque sempre parceiros mais fortes e preocupados com a qualidade; um melhor controle do processo de compras e produção; custos reduzidos da cadeia de logística; redução da burocracia interna; facilidade de comunicação; e rapidez na solução de problemas mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 41 Gustavo Borges por Victor Affaro para Revista ESPN Surfamos a Internet Nadamos em revistas A Internet empolga. Revistas envolvem. A Internet agarra. Revistas abraçam. A Internet é passageira. Revistas são permanentes. E essas duas mídias estão crescendo. Um dado que passou quase despercebido em meio ao barulho da Internet foi o fato de que a circulação de revistas aumentou nos últimos cinco anos. Mesmo na era da Internet, até mesmo entre os grupos ligados à mídia digital, o apelo das revistas segue crescendo. Pense nisso: o Google existe há 12 anos. Durante esse período, o número de títulos de revistas no Brasil cresceu 234%. Isso demonstra, mais uma vez, que uma mídia nova não substitui uma mídia que já existe. Assim como a TV não acabou com o cinema. Uma mídia estabelecida tem a capacidade de seguir prosperando, ao oferecer uma experiência única. É por isso que as pessoas não deixam de nadar só porque gostam de surfar. aner: Conteúdo é o nosso forte. Fonte: ANER e MpA – The Association of Magazine Media [ relacionamento ] necedor é muito grande para os negócios, uma vez que dependendo do produto ou serviço do cliente o custo da matéria prima fica em torno de 50% a 80% do valor do preço de venda. “Nos dias atuais para podermos sobreviver, neste mercado cada vez mais competitivo, é de vital importância estabelecer relações estreitas e duradouras com nossos fornecedores. Cliente e fornecedor deverão desenvolver um clima de confiança mútua, um dependendo do outro", diz Alencar. Ele ainda acrescenta que para a empresa faz-se necessário receber produtos de melhor qualidade, reduzir os tempos de fornecimento de materiais, reduzir estoque tendo produtos disponíveis sempre que o cliente desejar. "Por outro lado o fornecedor necessita de pedidos constantes e de contratos de longo prazo para poder se planejar, isto tudo, caracteriza uma relação onde todos ganham, aumentando as chances de continuarem no mercado.” Trocar de fornecedor continuamente aumenta tanto os custos financeiros da empresa como também o tempo perdido com novas cotações, visitas, cadastros e todo o estresse de um início de relacionamento. Ter uma relação duradoura com seus fornecedores implica, em primeiro lugar, na escolha certa e depois na manutenção de um bom relacionamento. Trocar o fornecedor habitual por outro que ofereça apenas preço pode ser um mau negócio. O melhor é sempre tentar negociar com aquele em que já se tem confiança. Sérgio Simonetti lembra que antes de fazer uma troca é preciso estar seguro de que essa atitude se dá por um motivo estratégico e não tático, como preço mais baixo que, aliás, é algo pontual e tem- Um bom fornecedor é aquele que 4 Deseja satisfazer as necessidades do cliente 4 Presta um bom atendimento, (facilidade de comunicação, rapidez na solução de problemas) 4 Tem flexibilidade (agilidade e adaptação às necessidades do cliente) 4 Tem tecnologia para fabricar com qualidade 4 Tem capacidade para produzir as quantidades necessárias 4 Tem habilidade técnica para produzir/fornecer 4 Demonstra confiabilidade 4 Presta serviço de Pós-Venda 4 Está próximo (localização do fornecedor – menores fretes e menor tempo) 4 Pratica bons preços e cumpre o prazo de entrega acertado dreamstime Fonte: Júlio Tadeu C.A. de Alencar, consultor de Produtividade do Sebrae-SP 44 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Uma boa negociação traz benefícios para o fornecedor, para o cliente e também para o consumidor final. A comunicação deve se basear em ética, transparência e objetivos conjuntos Avalie seus fornecedores O consultor do Sebrae-SP, Júlio Tadeu C. A. de Alencar indica um roteiro para avaliar o desempenho de seus fornecedores. Confira: ualidade do produto recebido Q lotes aprovados em relação ao total de lotes entregues razo de entrega ou pontualidade P Lotes recebidos na hora certa Lotes recebidos na quantidade certa Preço Competitividade em relação aos preços de mercado divulgação Custo Montante de redução de custo apresentado sobre o custo total envolvido Sérgio Simonetti, da Anima Inteligência Competitiva: ter bons fornecedores é fundamental para o sucesso Serviço ou Flexibilidade Agilidade e adaptação às necessidades do mercado urocracia B Facilidade de comunicação e rapidez na solução de problemas porário. “Não podemos definir uma parceria somente por um momento de preços. O varejista deve lembrar que quando rompemos uma parceria perdemos privilégios alcançados ao longo da relação comercial e para recuperá-los depois, pode ser algo complicado”, alerta. Vale lembrar que uma boa negociação traz benefícios para o fornecedor, para o cliente e também para o consumidor final. Na opinião de Júlio Alencar, é importante que toda comunicação ou negociação se baseie em ética, transparência, objetivos conjuntos em uma relação ganha a ganha. “A relação entre cliente e fornecedor deve ser a mais saudável possível e ambos os lados devem ser beneficiados, a fim de que essa parceria dure o máximo de tempo. Precisa mudar a idéia que o fornecedor é um inimigo e que ele apenas deseja ganhar em cima do cliente. Devemos sim, ter o fornecedor como um parceiro. Um erro muitas vezes cometido pelo varejo é exigir do fornecedor que ele absorva sozinho uma parte do custo do cliente e de seus erros administrativos (estoques altos, variações do mercado etc.). Isso pode transformar a parceira em um cabo de guerra que não traz vantagem competitiva a ninguém”, finaliza.l mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 45 [ sazonal ] A festa dos arraiais 46 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Pequenos e médios varejistas levam vantagem sobre as grandes redes na hora de realizar ações promocionais e ambientação de loja para o período junino fotos: sxc Por Rodrigo Puerta A festa junina é uma comemoração tipicamente brasileira. Neste período, empresas do varejo, de Norte a Sul do País, preparam suas lojas para entrarem no clima da festa e alavancarem suas vendas. Para Pedro Matizonkas, professor do Núcleo de Estudos de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e consultor em varejo, apesar de ser uma data sazonal, ela se difere de comemorações como o Natal e Páscoa. “Os produtos de festa junina não são produtos especiais, diferente de Páscoa e Natal, onde após o final da data, o ovo de páscoa e o panetone já não possuem o mesmo valor ou sentido. Então, após o término da festa o que eu faço com o panetone e o ovo de Páscoa? Vou fazer liquidação leve dois pague um? Os produtos de festa junina são produtos que ele tem normalmente em linha na loja. Não tem nenhum produto diferente. Se você fizer uma lista vai ver que se usa leite para canjica, vinho para o quentão, gengibre, milho de pipoca, cachaça, salsicha, pão, hambúrguer, açúcar, as especiarias típicas como cravo e canela, farinha de milho para fazer o bolo de fubá, erva doce etc. Ou seja, a linha toda da loja é festa junina. O que sobrar não é perdido, são produtos que ele vende normalmente”, avalia. Ainda de acordo com o professor da ESPM, uma das vantagens do pequeno e médio varejo é a opor- tunidade que eles têm de reforçar os relacionamentos com seus fornecedores para realizar ofertas na loja. “Eu sou adepto a sempre que tiver um evento deste tipo a fazer uma excelente negociação com o fornecedor. É uma oportunidade de melhorar relação com o fornecedor. Uma boa oferta nasce com uma boa negociação com os fornecedores. Talvez o pequeno e médio varejista nunca tenham feito uma oferta de gengibre na vida, então eles têm que conseguir isso com o fornecedor dele. Eles têm que chegar no fornecedor e dizer: eu quero ter a melhor loja da minha rua, do meu bairro, da minha região na festa junina. O que você fornecedor pode me ajudar? E claro, qualquer negociação especial que ele faça, deve transferir para o consumidor. Ele mantém a margem dele e fica mais agressivo”, enfatiza Matizonkas. Mobilidade Outra vantagem que o pequeno e médio varejo têm sobre os grandes é a possibilidade e a mobilidade que têm para realizar diversas promoções e ofertas na mesma semana ou até mesmo no mesmo dia. Luciana Barreto, diretora executiva do Popai Brasil revela que é importante criar uma atmosfera dinâmica dentro da loja. “Muitas pessoas hoje não tem tempo para ir às compras. A própria pesqui- mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 47 [ sazonal ] sa do Popai revela isso. As compras são cada vez mais semanais do que quinzenais ou mensais. Isso mostra esta necessidade de ir várias vezes ao varejo e com menos tempo, favorecendo o pequeno, porque o consumidor visita mais o pequeno. Mas também tem um lado perigoso nisso porque vira paisagem. É preciso criar cenários que lembram a época, mas principalmente ir mudando isso. Eu não posso ficar com o mesmo cenário o tempo todo do início da festa até o final. Eu posso brincar com os produtos, criar oportunidades. Hoje vai ser a semana da pipoca. De repente na próxima semana vai ser a semana da canjica ou outro produto. isso além da ambientação, que é o que todo mundo já faz. Isto já é um diferencial, nós não vemos muita gente fazendo. Cria-se lá um espaço com os produtos, põe lá uma bandeirinha, mas isso todo mundo faz”, alerta Luciana. Ambientação divulgação Segundo Luciana Barreto, é possível criar várias ambientações menores sempre aguçando a curiosidade do consumidor. “O importante é trazer curiosidades para o consumidor. Quando surgiu a festa junina? Por que ela existe? Você cria um cantinho com quentão e os produtos do quentão e alí você conta como surgiu o quentão e dá uma receita rápida de como preparar. Você precisa gerar curiosidade e interesse para os consumidores interagirem com os produtos. Ambientações que vão além do que se faz hoje”, sugere Luciana. É preciso criar cenários que lembram a época, mas principalmente ir mudando isso. Eu não posso ficar com o mesmo cenário o tempo todo do início da festa até o final ❜ Luciana Barreto diretora-executiva do Popai Brasil 48 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Ações Promocionais no PDV De acordo com pesquisa do Popai Brasil 76% das decisões são tomadas no ponto de venda. Tanto em relação à marca quanto em relação aos produtos. Por isso, Luciana Barreto afirma que é fundamental que o varejista ensine e eduque este consumidor a visualizar, a entender para que serve, prestar o serviço e entregar o produto. “Nós dizemos muito que o que não é visto não é lembrado. Então é preciso mostrar que este produto está em oferta. E não é só promoção. O que a propaganda faz? Ela entrega uma promessa. E o que o ponto de venda faz? Ele entrega esta promessa. Mas infelizmente ele entrega muitas vezes o produto e não o sonho. A exposição está relacionada também à promessa do produto. Eu não vendo milho. Eu vendo pipoca que é quentinha, tem um cheiro, é gostoso. Podese trabalhar com aromas quando possível, degustação. Envolver os sentidos do consumidor. Quanto mais eu envolver os sentidos desse consumidor, [ sazonal ] Produtos juninos representam 22% das vendas anuais da Hikari mais resultado eu vou ter”, revela a diretora executiva do Popai Brasil. Para a Hikari o período de festa junina representa 22% do volume de vendas anuais da empresa, que espera crescer mais 5% no período em relação ao ano passado. “Junho parece nosso Natal”, comemora Luiz Kurita, diretor comercial da Hikari. O pé de moleque Hikari lidera o ranking de suas linhas com 52% de crescimento no período, atrás vem a paçoca com 48% e, o amendoim com 44%. Tanto a canjica branca quanto o curau de milho avançam 42% contra 35% de crescimento do cravo da índia e dos milhos para pipoca. Em diversos pontos de vendas, a equipe de marketing preparou campanhas com barracas montadas cuja decoração e os produtos são alusivos ao período junino. Degustações e sorteios nos pontos de venda também fazem parte da campanha. Outra aposta da empresa é no seu portfólio de chás, como os de quentão, vinho quente e ainda nos de sabores diferenciados como maçã com canela, limão e mel e chá verde com laranja. Os molhos, temperos e conservas e os nove sabores 50 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 de pipocas de micro-ondas também têm atenção especial dos executivos da empresa. A festa junina é o principal evento no calendário anual da Santa Helena. Os meses de festa junina participam com índice superior a 20% do faturamento anual da companhia e a preparação para o evento é iniciada 10 meses antes das comemorações. Este planejamento contempla tanto ações de desenvolvimento de produtos, quanto materiais e ações de ponto de venda. A empresa teve crescimento em torno de 10% nas vendas do período em 2010. Para 2011, a expectativa é de um crescimento em torno de 15% em relação aos números do ano passado. Crescimento Entre os produtos de festa junina a linha de doces da companhia é a que possui maior aumento de vendas no período. Por isso, a empresa está lançando o doce tipo caseiro embalado individualmente, com peso individual de 60g e pote com 20 unidades, e a Paçoquita Diet Rolha em display de seis unidades. Além disso, a Santa Helena lança o Grelhadito’s sem pele em embalagem de 200g. A Yoki obteve em 2010 um crescimento de 25% em relação ao ano anterior, muito por conta da Copa do Mundo. “Apesar do ano passado ter sido muito bom, pois contamos com a sinergia dos jogos da Copa, esse ano temos também boa perspectiva e esperamos um crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2010. Isso se deve, principalmente, à boa economia, bem como ao desenvolvimento da classe C”, revela Gabriel Cherubini, vice presidente da Yoki. A empresa aposta nos novos sabores na linha de pipocas de micro-ondas, caldos e embalagens para a data. Além disso, a grande novidade estará nos pontos de venda, que contarão com toda uma decoração especial. Além deste material de ponto de vendas, a Yoki preparou merchandising em programas de TV, promoções e degustações nas lojas, anúncios em mídia impressa e online etc.l [ gerenciamento de categoria ] Categorias como as de massas e molhos demandam um vasto número de produtos. Organizar e manter as gôndolas sempre abastecidas estimula a compra Por Adriana Bruno Organizadas para vender 52 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 e maior eficiência no atendimento das necessidades do consumidor. “O GC contribui para a definição do sortimento correto e os segmentos da categoria que farão parte do mix, baseado em dados de mercado e do comportamento da loja em questão. Além disso, também indica a exposição correta dos cortes na gôndola, explorando os melhores espaços com segmentos ou cortes de maior valor agregado para o varejista e os itens de maior volume por ocasião de consumo. E quando se fala em massas, o encarte é uma ferramenta que funciona muito bem na veiculação e promoção desta categoria”, orienta a executiva. Baseado nos conceitos do gerenciamento por categoria, o varejista tem condições de avaliar e retirar das ❜ divulgação A gôndola é a vitrine de cada seção do supermercado e por isso deve estar sempre convidativa. Quando se fala em gênero alimentício essa premissa é tão importante quanto em cosméticos, por exemplo. Categorias como as de massas, molhos, sopas e temperos prontos demandam uma gama extensa de produtos e variantes que precisam estar claramente expostos e organizados para facilitar o acesso ao produto e a escolha do consumidor e para alcançar o objetivo da venda realizada é preciso lançar mão de recursos como o gerenciamento por categorias (GC), isso porque, como lembra Luiz Antônio Sedeh, diretor de desenvolvimento da ToolBoxTM — Métricas de Ponto de Venda, consultoria especializada em ponto de venda, o objetivo do GC é aumentar o giro e a rentabilidade das categorias por meio da oferta de mix adequado, modelo promocional e de precificação alinhados, além da execução do planograma da gôndola conforme comportamento de compra dos shoppers da categoria no canal. “Implantar o gerenciamento por categorias pressupõe um entendimento detalhado do comportamento do shopper da sua loja ou canal. Isso pode ser feito combinando diferentes dados e técnicas de pesquisa, como por meio de informações sócio-demográficas (perfil do shopper), informações transacionais (avaliação do giro e composição da cesta de SKUs), ou informações comportamentais (entendimento de expectativas e necessidades atendidas pela categoria). Dessa forma, é possível executar na gôndola o padrão esperado pelo shopper para maximizar sua rentabilidade e o giro dos produtos”, esclarece Sedeh. Na opinião de Eliana Lopes, diretora de Marketing da Adria, aplicar o gerenciamento por categoria para massas pode significar redução em custos, além de melhores resultados em volume e margem com a otimização de espaços para o ponto de venda Com o gerenciamento se pode fazer uma exposição diferenciada ou promoção on-pack molho + massa, oferecendo mais facilidade e conveniência ao shopper Luiz Antonio Sedeh diretor da ToolBoxTM mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 53 [ gerenciamento de categoria ] Dicas para expor com eficiência e tornar a gôndola mais atrativa Caldos Temperos Sopas Fontes: Unilever, Adria e Grupo Selmi Massas Molhos Exponha os caldos por formato: tablete, pó, potinho, líquido Agrupe-os por sabor, seguido por tamanho Produtos com maior valor agregado devem ser expostos na parte superior da gôndola, seguindo o preço racional Devem ser expostos por formato, agrupados por marca e em seguida por sabor, seguindo o preço racional Temperos específicos devem ser posicionados nas prateleiras superiores, temperos universais na altura dos olhos e em pasta na parte inferior Devem ser expostas por subcategorias: Sopão, Creme, Clara e Instantânea Os produtos devem ser agrupados por marca e em seguida por sabor, seguindo o preço racional Exponha por fabricante Itens de maior volume e freqüência devem ficar abaixo da linha dos melhores Os melhores espaços da gôndola devem ser reservados para novos cortes ou segmentos Obedeça a ordem de exposição por valor agregado e pelo fluxo do consumidor: grano duro, massa caseira, ovos, sêmola e comum Um planograma modelo seria: Ninhos na gôndola superior; Massa Cortada; gôndola do meio e Massas Longas na gôndola inferior A gôndola deve ser organizada por segmento, obedecendo a seguinte ordem: molhos, extratos e por último as polpas As embalagens sachê devem ser agrupadas lado a lado, assim como os demais formatos, latas, vidros e caixas cartonadas Produtos com benefícios extras, como molhos devem estar agrupados 54 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 prateleiras os produtos com pouco giro, reforçando os produtos com maior venda, privilegiando sua exposição. “A exposição dos produtos deve respeitar a árvore de decisão da categoria. Para massas, o que o shopper mais valoriza é: corte, tamanho da embalagem, marca e preço”, comenta Marina Sardinha, gerente de Marketing do Grupo Selmi. compra por impulso Categorias como massas, molhos, sopas e temperos permitem que o cross merchandising seja bem aplicado na loja. Segundo declarações da Nestlé Brasil, explorar pontos extras e cross merchandising são técnicas que podem ser aplicadas em cada categoria. Incrementar ações de tablóides, manter um mix diversificado e de fácil acesso e visibilidade também são opções que podem ser utilizadas. As sopas, por exemplo, podem ser expostas em áreas correlatas como padaria, hortifruti, seção de vinhos etc. Já caldos e temperos podem ser expostos em seções como hortifruti, açougues, próximo ao arroz, feijão, molhos de tomate etc. O objetivo do cross merchandising é aumentar a venda de produtos através de técnicas de estímulo por associação – desta forma, o consumidor adquire o produto por impulso ou conveniência. O diretor da ToolBoxTM, Luiz Antônio Sedeh, lembra que na visão do shopper, o gerenciamento por categorias é uma forma de otimizar o processo e experiência de compra da categoria. Desta forma, nessas categorias, os varejistas podem pensar em como expor uma solução completa ao shopper. “Analisando os dados transacionais da categoria de molhos, por exemplo, pode-se chegar à conclusão que um determinado molho vende mais com um tipo de massa específica. Neste caso, o GC pode fazer uma exposição diferenciada ou promoção on-pack molho + massa, oferecendo mais facilidade e conveniência ao shopper”, diz. Você sabia? dreamstimew O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de macarrão no mundo. A categoria de massas alimentícias tem um crescimento anual de 0,4% e o consumo per capita atual é de 6,4 quilos por habitante/ano Tendência Dentro da categoria de massas, as instantâneas se destacam como o tipo que mais contribuiu para o crescimento do setor em 2010. De acordo com Marina Sardinha, gerente de Marketing do Grupo Selmi, o produto está presente em mais de 900 mil novos domicílios compradores. “Já as massas tradicionais crescem mais timidamente. Em 2011 queremos aumentar o consumo de massa nos lares brasileiros, apenas 19% da população é considerada “heavy users” e correspondem a 44% do mercado de massas alimentícias, nosso trabalho é reforçar o uso desse alimento com maior frequência nos lares dos consumidores”, finaliza. Outra dica é valorizar os packs promocionais preparados pela indústria. A ação estimula o consumidor a comprar uma solução completa para sua refeição, como a massa, o molho e o queijo ralado, por exemplo. outono-inverno De acordo com dados da indústria no outono-inverno há um aumento no consumo de cortes para sopas e massas cortadas da ordem de 15% a 20%, portanto cabe ao varejista planejar seu estoque para que não falte produto em gôndola. Além disso, segundo Fernando Kahane, gerente de Temperos e Sopas da Unilever e Leandro Barreto, gerente de Caldos da Unilever, nesse período, é muito importante garantir alta visibilidade e exposição diferenciada para esses produtos, além de manter uma ampla oferta de sabores, o que vale tanto para sopas quanto para caldos. “No que diz respeito à gôndola, o primeiro critério de es- colha do comprador é o segmento, seguido pelo sabor. Sendo assim, as sopas devem ser organizadas de acordo com o volume, na seguinte ordem: cremes, sopas e sopão. É importante analisar a possibilidade de aumentar o espaço para sopas, pois é uma categoria de alto crescimento e com muitas inovações. O mesmo vale para caldos: agrupar por sabor e potinho criando uma subdivisão de saudabilidade”, afirmam os executivos. Aumentar o espaço dessas categorias em gôndola e explorar pontos extras em áreas correlatas na loja são as orientações da Nestlé Brasil para o período. Ainda segundo a empresa, o varejista deve aproveitar o outonoinverno para aumentar a frequência de compra dos consumidores, praticando o cross merchandising em áreas como seção de vinhos, hortifruti, padaria entre outros, garantindo destaque para as categorias e gerando interesse no consumidor.l mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 55 [ oportunidade ] O açougue é um dos setores mais importantes do supermercado. Cortes de qualidade, bom atendimento e higiene são esperados pelo consumidor Qualidade atrativa Por Adriana Bruno A busca por conveniência e por resolver suas necessidades de compras em um único lugar está levando os supermercados a ampliar cada vez mais as áreas de atuação dentro do seu negócio e o açougue é um exemplo dessa tendência de expansão. Área de extrema importância nesse modelo de negócio, o açougue é um diferencial estratégico para a loja, mas que demanda muitos cuidados e atenção redobrada na gestão da área, afinal de contas, se mal gerido, o efeito pode ser contrário espantando os clientes ao invés de atraí-los. Para Nelson Alexandre, consultor de varejo e diretor da Cooperativa de Ideias, consultoria e treinamento para supermercados, o açougue é fundamen- 56 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 tal para supermercados de qualquer porte. “Um achocolatado, uma cerveja ou outro produto são iguais em qualquer lugar. O que pode variar é o preço. Já os produtos do açougue são trabalhados diferentemente em cada loja. Um setor muito bem operado, com profissionais competentes faz a grande diferença. O preço é importante, mas a qualidade e o atendimento são decisivos”, avalia. Alexandre ainda diz que açougue atrai clientes para a loja todos os dias e isso significa participação significativa em vendas. “A participação nas vendas do açougue nas lojas que atendo varia entre 12% a 18%. Outro ponto importante é a lucratividade do setor. Por exemplo, para uma loja cuja participação do açougue em vendas seja de 18%, a participação da área no lucro da empresa chega a 21%. Esses dados são de lojas bem operadas, afinal de contas o açougue é uma área com perdas altas e que precisam ser monitoradas”, diz. A escolha do fornecedor é um ponto delicado e crucial para a gestão do açougue, assim como conhecer a procedência da mercadoria e ter a certeza de que sua manipulação acontece de acordo com as normas regidas pela Vigilância Sanitária. Mas essa escolha também tem a ver com a rentabilidade que o açougue pode dar ao supermercado, bem como os índices de perdas. Segundo Joel Mingatos, diretor da RTC Consultoria, especializada em gestão de varejo, o fornecedor muitas vezes é escolhido através do relaciona- Passo a Passo A montagem de um bom açougue inicia pela escolha de seu local dentro do layout da loja. O consultor Joel Mingatos orienta os varejistas sobre aspectos que não podem ser esquecidos: 4 Facilite o acesso do cliente aos produtos 4 Invista em balcões de carnes com prateleiras de quatro níveis, retas ou inclinadas, porém com porta bandejas 4 Use cortinas noturnas para preservar o frio e reduzir o consumo de energia dos balcões andré lucio 4 Em balcões de autosserviço crie um layout vertical por tipo de corte e inclua placas de identificação nos produtos mento comercial, preços e formas de pagamento. Porém poucos escolhem e optam por manter uma fidelidade na compra de carnes. cotação “A compra de carnes ocorre geralmente como um Pregão da Bolsa de Valores, onde a secretária passa ao comprador (geralmente o proprietário) a cotação de fornecedores, escolhendo geralmente o menor preço. Sugerimos sempre realizar um laboratório de rendimento (avaliação quantitativa de sebo existente no processo de limpeza da carne) entre os diversos fornecedores, escolhemos cortes iguais dos mesmos criando assim um comparativo. Pesamos a carne no vácuo, apuramos consumidores de baixa renda preferem balcões altos e peças em “gancheiras”, enquanto públicos com renda mais alta preferem balcões baixos, com cortes expostos de forma organizada 4 O balcão de autosserviço deve vir antes do de atendimento 4 Tenha todos os equipamentos necessários na área de trabalho da equipe 4 Limpeza e assepsia da área são primordiais 4 Câmaras frias devem ter espaço suficiente para a boa armazenagem dos produtos, além de permitir a realização de inventários rotativos 4 Disponibilize um lavatório ao lado do autosserviço para a higiene das mãos dos clientes 4 Mantenha a área de produção ao lado da de vendas 4 Escolha os balcões de acordo com o perfil de clientes da loja: 4 Tenha um bom sistema de gestão do açougue o sangue e toda perda na limpeza, até chegar ao corte final. Através deste procedimento, teremos o custo real para cada fornecedor e muitas vezes encontramos inversão nos valores dos fornecedores cotados, onde determinados fornecedores na cotação estavam nas primeiras colocações, passam para posições perdedoras”, orienta Mingatos. Ainda segundo o especialista este procedimento também é importante para escolher o tipo de corte ideal para sua loja. “Às vezes lojas que vendem promoções onde os consumidores compram o produto no vácuo podem optar em ter um fornecedor que atenda a este público, porém a equipe deve estar treinada para que estes cortes promocionais não sejam manipulados para não incorrer em perdas elevadas” alerta. O açougue deve ser visto como uma unidade de negócio e para facilitar a sua gestão é preciso criar uma estrutura mercadológica. De acordo com Mingatos trata-se da estrutura de cadastro dos produtos de açougue e onde será possível analisar todos os resultados da área. “Deve analisar resultados como vendas, compras X CMV (Custo de Mercadoria Vendida), rentabilidade, metas de compras e vendas, análise de inventário/perdas e também quebras”, orienta. O mix de cortes deve priorizar o perfil de consumo da loja, assim como acontece com outras categorias de produtos. Entender o que o cliente quer e busca é o primeiro passo. Depois é preciso saber o que é tendência nesse mer- mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 57 [ oportunidade ] Como ter um açougue na loja Um projeto de açougue para funcionar dentro de um supermercado não é algo simples e depende de muitas variáveis e análises. O consultor Nelson Alexandre orienta os leitores da Revista Abastecimento sobre os principais itens que devem ser levados em conta, lembrando que o nível de investimento varia de acordo com o porte do projeto. Acompanhe: 4 Tamanho e formato da loja 4 Espaço disponível 4 Como a concorrência opera o setor 4 Estimativa de vendas 4 Pesquisa de fornecedores de equipamentos e solicitação de layout e orçamento para: balcão refrigerado de atendimento; balcão tipo “capela” para regiões com vendas significativas de cortes como costela, paleta e acém; balcão para exposição de embalados; câmara refrigerada; câmara para congelados; moedor de carnes (homogeneizador); máquina de amaciar, além de bancas de inox, entre outros cado e também o que a concorrência vem fazendo. Na opinião do consultor Nelson Alexandre, a loja deve ter toda a variedade que os açougues de bairro têm e algo mais. “É desejável que se tenha uma ampla linha de embalados e carnes preparadas, temperadas e recheadas, além de cortes especiais. Uma das coisas mais importantes que o açougue pode oferecer ao cliente é a praticidade, já que ninguém tem tempo a perder”, orienta. A exposição e a aparência devem “vender” o produto para o consumidor. Além disso, o supermercado pode inovar na forma para divulgar o açougue, criando promoções ou ainda disponibilizando receitas de culinária e até mesmo mídia indoor. “Tudo vai depender do nível do consumidor local e da infraestrutura do varejista, o mais importante na inovação é escutar seu consumi- 58 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 dor. Nada de inovador, mas muito sábio e eficiente”, comenta Joel Mingatos. É importante lembrar que grande parte das pessoas são “visuais”, ou seja, compram com os olhos e assim a exposição do açougue deve ser muito bem trabalhada, com cortes especiais, carnes com boa aparência e sempre muita higiene. exemplo Com 31 anos de mercado, o Supermercado Pão de Mel, localizado na Zona Norte de São Paulo, investe em treinamento de equipe, no atendimento, na qualidade das carnes e também na higiene e saudabilidade do açougue da loja. Cerca de dez açougueiros se revezam entre o corte e manipulação dos produtos até o atendimento ao cliente. “Temos funcionários com dez anos de casa e que conhecem as pre- andré lucio 4 Pesquisa de mercado (necessária para conhecer o potencial do setor) ferências do cliente. Isso torna o atendimento personalizado e mais agradável”, comenta Andrea Tieme, sócia do Supermercado Pão de Mel. A empresária relata que o açougue é responsável por 33,64% do faturamento total da loja. A expressividade do índice faz com que o Pão de Mel invista constantemente na área. “Os açougueiros passam por processos de treinamento e reciclagem periódicos e também nos preocupamos muito com todo o processo que envolve a gestão do açougue, desde o recebimento da carne até sua apresentação na vitrine. Quando a carne chega à nossa loja temos um açougueiro e uma nutricionista esperando o caminhão, checamos até mesmo a temperatura da câmara do caminhão e se algo não estiver de acordo com o aceitável devolvemos o produto. Tomamos muito cuidado com a escolha de nossos fornecedores e com a procedência do produto. Outro diferencial é que também recebemos carnes da nossa fazenda, garantindo ainda mais qualidade para nossos clientes”, conta Andrea. O Pão de Mel optou por não trabalhar com um grande número de [ oportunidade ] Capacitação da equipe O consultor Joel Mingatos acredita que o processo de capacitação da equipe mais adequado para o açougue é: 4 Limpeza e higiene do setor 4 Conhecimento geral do setor; é essencial passar para a equipe qual a importância do setor, desde sua participação nas vendas, lucratividade, perdas etc. 4 Qual a estrutura de cortes existente na empresa 4 Limpeza e higiene pessoal 4 A gestão do setor 4 Processos de recebimento e armazenagem 4 O que é o rendimento 4 Pesquisa com clientes e visita à concorrência cortes acondicionados em bandejas, o que, segundo Andrea Tieme é outro diferencial. “Nossos clientes preferem que a carne seja cortada na hora, por isso nossa área de embalados é pequena. Já a área de atendimento é bem maior do que a média do mercado. Temos clientes que fazem desde seu estoque de carnes para a semana até aqueles que compram diariamente. Quanto ao consumo, percebemos que nossos clientes preferem os cortes e apresentação tradicional. Já trabalhamos com produtos temperados ou semipreparados, mas percebemos que esse não é um desejo do nosso consumidor”, conta. Ainda segundo Andrea Tieme, a exposição e limpeza da área de açougue são fundamentais. “A carne deve ter aparência de mercadoria fresca, saudável e a área deve estar sempre limpa, livre de odores. Vemos o açougue como uma área muito importante no nosso negócio. É um diferencial mesmo, porque arroz todo mundo vende, agora carne de qualidade e atendimento personalizado são vistos de outra maneira”, finaliza a empresária.l machado images Fique atento Consultor Joel Mingatos alerta na hora de analisar os custos no açougue 60 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 A formação de custos no açougue é diferenciada dos demais setores de um supermercado. Para calcular corretamente a rentabilidade da área, o consultor Joel Mingatos explica que no açougue há entradas diretas de cortes ou de peças. Cada tipo de entrada deve ter sua forma de cálculo e deve ter um sistema para administrar esses custos. “Muitos varejistas analisam o custo dos cortes com o custo da peça (traseiro/dianteiro) menos a perda, porém não analisam de fato a sua participação dentro do desmembramento da peça”, orienta Joel Mingatos. De acordo com o consultor quando comprados os cortes, existem os subprodutos que são os pedaços e bifes, cada um deve ser calculado separadamente, encontrando assim o custo real. “Isso porque nunca um corte será vendido 100%, ao efetuar a remoção do vácuo já ocorre a perda natural. O varejista deve ter muita atenção neste ponto”, finaliza. fique por dentro Momento 3v O verejista deve estar atento na hora de construir o PDV. São três prioridades: variedade, visibilidade e volume A visão tridimensional do PDV nos leva ao Momento 3V (Variedade, Visibilidade e Volume). Ao iniciarmos o processo de construção do PDV temos prioridades a serem seguidas, a primeira é o posicionamento por ordem de participação de cada categoria, sendo que as três líderes necessariamente estão presentes na gôndola e, seu espaço, determinado pelo percentual de participação. Como opção ao consumidor também vem a quarta marca, própria ou não. O layout a ser seguido deve estar na linha visual ideal para que o consumidor tome o mais rápido possível a sua decisão. Percebemos que no instante em que o consumidor visualiza a gôndola é fundamental as características até aqui citadas estejam de acordo, para que ele tenha a sensação de estar no local mais apropriado para fazer suas compras. Todo este processo requer, além de treinamento da equipe, não só dos promotores, mas também do gerente da loja, responsáveis pelos setores, pessoas do caixa e todos os envolvidos na operação para que trabalhem em sinergia em busca do objetivo que é comum a todos. Por parte do gerente cabe o investimento necessário para que isso ocorra desde a entrada do consumidor à loja. É preciso definir qual o melhor trajeto, a disposição dos itens e visibilidade adequada, não só com a pretensão de obter a sua satisfação como também a retenção do mesmo dentro do PDV. Esta prática já é adotada em algumas redes, você inicia as compras pela seção de Hortifruti ou aquelas que agregam departamentos diferenciados dentro do espaço como cafeterias, lotéricas, farmácias etc. Existem particularidades inerentes a região evoluídas dentro deste processo. Nas áreas mais centrais onde se concentram consumidores de maior poder aquisitivo, as lojas possuem um layout especifico. Já nas áreas periféricas e nas de ascensão do poder aquisitivo, vem se alterando o layout das lojas padrão gradativamente. Agregar valor aos espaços no PDV é uma oportunidade a ser desbravada. Em cada seção ou categoria deveremos ter uma visão clínica dos itens que têm um melhor desempenho na sua comercialização. Muitas vezes criamos seções de categorias especificas como Diet, Pet, Naturais, Regionais e outras. O Check Stand é a parte de saída do consumidor, ali se encontra uma grande oportunidade para uma venda por impulso, aí temos que agregar produtos de valor a fim de melhorar o tíquete do consumidor. O importante é que o empresário deste segmento esteja em constante adequação do seu espaço para que ele não venha a ser engolido pela concorrência. Todo esse processo de adequação nos leva ao objetivo maior de retenção do consumidor no PDV e, conseqüentemente, aumentando assim o seu tíquete per capta e os volumes a serem comercializados.l É possível definir o melhor trajeto para obter a retenção do consumidor no PDV paulo pepe anderson souza Por Flávio Costa, consultor empresarial . Mande sua pergunta para o consultor pelo e-mail: [email protected] mai/jun www.revistaabastecimento.com.br 61 produtos Estratégias de lançamentos da indústria Brinquedos e guloseimas A Sunny Candies investirá em produtos para o varejo no segundo semestre de 2011. A novidade são os produtos que unem brinquedos e doces que agora ocuparão as gôndolas dos supermercados. A intenção é atingir o público infantil, gerando interesse espontâneo colocando o produto em locais estratégicos, como a boca do caixa. “O varejo amplia não só o leque do número de consumidores, mas traz mais reconhecimento para a importadora no País. O produto tem um grande apelo atrativo e enxergamos que o segmento é de grande conveniência para os clientes e uma excelente vitrine para este tipo de produto. Este setor, com certeza, gerará um grande volume de venda espontânea e nossa expectativa com a venda das Candies é aumentar nosso faturamento em 25%”, afirma Sharon Czitrom, diretora de Comunicação da Sunny Brinquedos. A Sunny entrará no mercado com mais de 20 opções de personagens como Hello Kitty, Smurfs e Bob Esponja. Empresa quer reforçar participação em locais estratégicos do varejo O foco da nova linha é proporcionar qualidade de vida e bem estar Benefícios à saúde Alimentos que tragam benefícios à saúde estão cada vez mais importantes para o consumidor. Pensando nesse nicho a Piracanjuba lança a nova linha de produtos, com leites enriquecidos e produtos voltados ao bem-estar e à conveniência. Os sabores Cereais, Ameixa, Banana e Mamão e Maçã são fonte de vitaminas A, C e D, enriquecidos com cálcio e fibras. “Desenvolvemos produtos e serviços que proporcionam qualidade de vida e bem-estar às pessoas”, destaca Lisiane Guimarães, coordenadora de Marketing. A intenção é que o consumidor preocupado com saúde e bem estar encontre o produto disponível nos principais pontos de venda. Chiclete antenado A Arcor traz para o mercado o novo chiclete Poosh! 2x, com casca crocante e que oferece os sabores morango e menta no mesmo produto. O chiclete vem com uma proposta visual arrojada para chamar a atenção no ponto de venda e atrair o público jovem. “A intenção é reforçar a conceito da marca de oferecer produtos que permitam novas percepções de gostos para jovens e crianças cada vez mais atualizados e antenados”, comenta Gabriel Porciani, diretor de Marketing de Guloseimas da Arcor. A expectativa é que este lançamento colabore para o crescimento de 10% nas vendas em 2011. 62 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Arcor quer crescer 10% nas vendas com novo lançamento Exclusivo para o Nordeste Nova linha traz produtos hipoalergênicos para crianças até três anos Cuidados com o bebê Chega às gôndolas um novo produto para crianças de 0 a três anos. O Laboratório Boniquet do Brasil criou uma linha de produtos hipoalergênicos destinada para esta faixa etária. “Em 2011, estamos focados em apresentar ao mercado novidades na nossa linha para bebês e crianças. Mantemos as nossas parcerias na área de licenciamentos com a Disney, e investimos mais em nossa marca e em tecnologia”, conta o gerente comercial do Laboratório Boniquet do Brasil, Luiz Fernando Mantovani. A linha tem toalhinhas umedecidas, creme para pentear, hidrante corporal, espuma de banho e o primeiro gel incolor para assaduras, que promete não manchar a roupa. A BRF Brasil Foods lança com exclusividade para a região Nordeste o Elegê Fortificado. A marca Elegê já conhecida por oferecer uma linha de leites integrais, desnatados e especiais traz para as gôndolas do Nordeste do País o leite em pó fortificado nas versões sachê de 120g e 200g. O produto foi enriquecido com vitaminas A, C e D. “As famílias do Nordeste poderão contar com um produto lácteo que oferece ainda mais benefícios nutricionais. Outro grande diferencial do Elegê Fortificado é a embalagem na versão 120g, primeira e única do mercado”, afirma Viviane Farinelli Franjose, gerente de Leites em Pó e Queijos da BRF Brasil Foods. O lançamento ocorrerá em 100 pontos de venda durante o s meses de maio, junho e julho com materiais promocionais como régua de gôndola, bobina de forração, cartaz, stopper, wobbler e displays giratórios. Os PDVs também podem contar com promotoras para degustação do produto. Nova linha traz produtos baseados em sustentabilidade Sustentabilidade e limpeza A Gtex traz ao mercado uma nova linha Amazon H2O de produtos de limpeza baseados em sustentabilidade. Sabão em pó, lava-louças, sabão em barra e amaciante têm fórmula 100% biodegradável à base de babaçu. “Em pontos de vendas estratégicos, vamos entrar com a promoção da ecobag personalizada da Amazon H2O. Quem compra os produtos, ganha a sacola, que vem acompanhada de um cartão feito de papel semente e uma fita verde, símbolo do movimento ‘De Bem com o Planeta’, apoiado pela empresa”, conta José Renato Intini, gerente de marketing da Gtex Brasil. Para divulgação a empresa disponibilizará material de apoio. BRF Brasil Foods foca os Estados do Nordeste mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 63 Ponto Final Walter Faria, diretor geral do Sistema Integrado Martins Executivo ressalta a importância do papel do atacadista distribuidor na parceria com o varejista Por Giane Laurentino C om um cenário onde o consumidor é cada vez mais o protagonista é necessário pensar no melhor produto, no ambiente mais agradável e nas facilidades para que o cliente possa ser fidelizado. Se antigamente isso parecia ser responsabilidade apenas do varejista, hoje ela é dividida com o atacadista distribuidor. O Martins compreendeu essa necessidade e com o Sistema Integrado Martins, da qual fazem parte a atacadista distribuidora, a Rede Smart, o Tribanco e a Universidade Martins de Varejo, atende o varejista buscando uma solução para cada necessidade do varejo. Walter Faria, diretor geral do Sistema Integrado Martins fala sobre a importância da parceria entre o atacado e o varejo e de que maneira essa união pode influenciar as vendas. Qual deve ser o foco do varejista? Ele tem de se preocupar em como vender mais e não ficar preocupado com a economia ou em fazer cotação. Tem de saber como é que ele se associa ao distribuidor. Podemos 64 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 ter esse papel de ajudá-lo a ter mercadoria, financiamento e a melhorar a iluminação da loja. Temos um projeto de iluminação e fornecedor de gôndolas. A gente costuma brincar que vende até o carrinho de supermercado, então o ajudamos a se desenvolver. Uma recente pesquisa da Nielsen mostra que uma das prioridades do consumidor é o atendimento. Você concorda? Esse é o maior desafio atualmente. O lojista precisa estar na loja. Ele precisa pensar se a loja está limpa, se está dando um bom atendimento. A ruptura é o outro ponto, com a economia estável o tíquete médio gira na média de 15 reais. Geralmente, o cliente compra de cinco a seis itens, se ele vai comprar essa quantidade e não encontra o produto, não vai mais à loja. O consumidor não aceita mais a falta de produtos. Às vezes o varejista acha que já está bom ter apenas o líder de mercado, não é mais isso. A categorização é importante? Muito. Ele tem de pensar quais são as categorias que são importantes para a loja dele. Se for a de higiene bucal não podem faltar os líderes de mercado, não pode faltar escova. Se escolher a de sabonetes não pode faltar os líderes do mercado de sabonetes. Temos tentado levar o conceito de categoria para o varejo. Como a empresa busca auxiliar o varejo para aumentar as vendas? Temos solução para cada tipo de loja. No caso dos supermercados estamos verificando que categorias podemos levar para gerar rendas incrementais. O exemplo disso são os celulares. Como nós somos o maior distribuidor de celular no Brasil, estamos colocando em algumas lojas um sortimento reduzido de aparelhos, essa já é solução de venda. Através da Universidade Martins estamos montando a loja ideal. Qual é a gôndola ideal? Temos fornecedores de gôndola e podemos ajudar a trocar a gôndola e anderson souza Ser cada vez melhor a financiar essa troca através do Tribanco, pois é um dos poucos bancos que é financiado pelo BNDES. Entramos também com financiamento de abastecimento e de reforma de loja. A universidade Martins trabalha a layoutização de loja e da fachada. De que maneira o varejista percebe o impacto da nova layoutização no negócio? Medimos o antes e o depois e mostramos o impacto nas vendas. Conseguimos medir isto através de uma parceria que temos com a Nielsen em gestão de categorias. Mostramos isso considerando as três variáveis: o giro, o quanto se girava em volume e em valor. Isso é uma mudança de percepção. O volume é importante para ver o número de tíquetes e o fluxo de pessoas que se tem na loja, mas também é preciso olhar o faturamento. O terceiro é a lucratividade, o valor de quanto você deixou no seu caixa. É a combinação dessas três variáveis, mais as técnicas de gestão de categoria para dimensionar aquilo que leva lucro para a sua loja. Porque tudo isso combinado tem que fechar com a linha final: deixou dinheiro? Quanto o varejista lucra depois da layoutização? Fizemos uma pesquisa em algumas categorias. Em volume, muitas vezes, não se cresce muito. Nas três categorias que testamos recentemente o volume cresceu de 10 % a 20%. Agora quanto ao faturamento, você passa o paradigma de olhar somente o volume. Pois muitas vezes, o varejista não olha os produtos de valor agregado. Um exemplo disso é a escova de dente. Ele foca no creme dental e faz a layoutização do creme dental de acordo, mas esquece da escova. Só para se dar uma exemplo, quando fazemos a verticalização, colocamos na gancheira junto com a marca em destaque e o faturamento cresce 70%. Em lucratividade cresce 50%. Ou seja, se tem um resultado consistente e ele vê que está agregando. Começamos a expandir este trabalho para mais categorias. As categorias que fazíamos antes era a de higiene bucal, desodorantes, limpeza e de lâmpadas. Você acredita que o Martins tem cumprido o seu papel com o varejista? Esse é o propósito da companhia. Ser a melhor solução de distribuição e de desenvolvimento da pequena loja. Por isso o seu Alair (Martins - fundador e presidente do conselho da empresa) sempre fala: nos 57 anos de existência do Martins temos perseguido isso. Tem um aspecto lógico e econômico, mas tem o aspecto social porque os 300 mil clientes do Martins são empresas familiares que estão nos bairros de todo o Brasil. São lojas de vizinhança. Não existe um distribuidor como o Martins no mundo, que tenha essa preocupação em fazer o desenvolvimento dessa cadeia de demanda, desde o fornecedor até a loja, realmente integrando a indústria com o lojista. E essa é a grande diferença do Brasil. De que maneira isto se dará daqui para a frente? O Martins ajudou as mercearias de 15 anos atrás a tornarem-se mercadinhos e assim por diante. Eles evoluíram. O grande desafio nosso e deles também é como, juntos, vamos dar o próximo passo que é: como, juntos, vamos desenvolver a loja. O primeiro passo foi cumprido. São lojas de autosserviço, agradáveis, agora o desafio é como transformarmos a loja para que ela se torne a sua loja. Então não é a loja que você vai de vez em quando, é a loja que você adota como preferida. Esse é o momento que estamos vivendo. Cada vez mais o consumidor tem poder de escolha. Vocês têm uma ferramenta para ajudar ao varejista nesse sentido? Desenvolvemos algumas ferramentas dentro do Martins, uma delas é uma ferramenta de Bussiness Intelligence, o SAS e usamos na base de dados do Oracle. Através desse software, fazemos uma regressão estatística por canal e por região. Depois disso olhamos o que chamamos de Mix Mágico. Com isso levamos o que vai funcionar melhor para a sua loja. Abrimos também os escritórios regionais na Bahia, Pernambuco, Paraíba, Belém/PA, Manaus-AM, além de olhar melhor para a loja, o sortimento do varejista está lá. Então passamos a prestar um melhor serviço. A regionalização faz parte deste processo? Sim. Por isso que essas cinco unidades regionais foram abertas no ano passado. Porque vimos que essas áreas têm maior potencial de crescimento, como a do Norte e a do Nordeste. E abrimos as unidades apoiados pelo conselho por que vimos uma oportunidade nessas regiões. Existe algum fator no atual momento econômico brasileiro? O endividamento é muito baixo ainda se comparado aos outros países. Já a inflação preocupa, porque esse ano os reajustes estão com uma tendência preocupante, e toda a cadeia vai ter que discutir isso, porque existem alguns reajustes que não são viáveis. Com esse cenário, como se manterão na frente? Agregando valor e através do desenvolvimento da categoria. O varejista precisa pensar além das questões de volume em agregar valor e buscar inovação. Buscar produtos que tenham mais funcionalidade e que possam trazer os benefícios adicionais.l mai/jun 2011 www.revistaabastecimento.com.br 65 portal ? Newtrade.TV está no ar O Portal Newtrade traz o que há de melhor para quem procura informação e conteúdo aos assuntos ligados ao dia a dia da indústria, do atacado distribuidor e do varejo. Este mês, você pode acompanhar no Portal um novo canal de vídeos com a cobertura das principais feiras e eventos da cadeia de abastecimento como a APAS 2011, da Expovinis 2011, da Abrin 2011 e da 1 a 99 Brasil. Além disso, o Newtrade.TV traz também entrevistas como a de Flávio Costa, consultor, sobre a relação entre o atacado e o varejo, e a de Leonardo Barros, diretor-comercial São Paulo da PC Sistemas, sobre o uso da tecnologia no setor atacadista distribuidor. Veja mais no canal Newtrade.TV O que você quer ver no site? anderson souza Oscar Attisano, superintendente da ABAD, concede entrevista para a newtrade.tv pagamento consumo Pesquisa aponta que 85% das pessoas com renda mensal de até 800 reais mensais optam pelos pagamentos à vista quando vão aos supermercados. Os dados são do Instituto de Pesquisas Fractal. Foram entrevistadas 2.960 pessoas, com renda mensal de até 800 reais, em dez cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras. Leia mais no canal consumidor no Portal Newtrade De acordo com a pesquisa da Nielsen e da Kantar WorldPanel, em 2010, as classes D e E apresentaram crescimento de 16%, em valores, enquanto as classes C e A/B permaneceram em 13%. Nos últimos cinco anos, as classes mais baixas aumentaram significativamente o poder de compra. No Brasil, 2,2 milhões de domicílios avançaram para a classe média. Em 2005, a classe C representava 33% dos consumidores; em 2001, esse número subiu para 38%. Para 2011, a projeção é que este nível social continue em alta e chegue a 41% dos lares. Leia mais no canal consumidor no Portal Newtrade Sussumu Honda, presidente da Abras, Associação Brasileira de Supermercados, fala sobre pequenas e grandes lojas 66 www.revistaabastecimento.com.br mai/jun 2011 Queremos saber que tipo de conteúdo você deseja encontrar na web. Você pode participar da construção do portal enviando sugestões de ferramentas e de reportagens, vídeos, áudios, fotos, informações etc. para o e-mail [email protected] ou abastecimento@ebceditora. com.br. Confira também no portal Gostou das matérias? Quer mandar para os amigos ou multiplicar para os colaboradores da sua empresa? Então acesse o portal da ABASTECIMENTO e leia os destaques desta edição na íntegra: 4 Capa As principais movimentações do mercado de consumo para que o pequeno e médio varejista possa conhecer melhor o seu público 4 Gestão Como reservar tempo e energia para focar no crescimento da empresa 4 Ponto Final Walter Farias, do Martins, e a importância da integração entre o atacado e o varejo