Filosofar Espontâneo
1.É comum a todos os homens, estando presente na
linguagem, no senso comum, na religião popular, nas
superstições, crenças, provérbios, opiniões e em todos os
modos de ver, pensar, agir e sentir das pessoas;
2.Não exige um conhecimento da história da filosofia,
surgindo de modo natural a partir das vivências do
quotidiano e das experiências da vida. Ex. as perguntas
infantis revelam esse carácter espontâneo da filosofia, já
que as crianças são capazes de se admirar perante os
mistérios do mundo e traduzir essa admiração em questões
filosóficas;
Filosofar Espontâneo
3. Não possui um âmbito académico e não se
desenvolve de modo crítico. Embora o
homem comum procure também explicações
que lhe garantam algum conforto existencial,
não o faz de modo crítico, aceitando muitas
vezes passivamente a sabedoria que obteve da
tradição.
Filosofar Sistemático
1.É típica dos filósofos profissionais, possuindo
uma linguagem técnica que lhe confere maior rigor e
coerência. Muitos filósofos constroem sistemas, visões
estruturadas e totalizantes do mundo e da vida, com
uma lógica interna, que torna solidários entre si os
vários elementos do sistema;
2.Pressupões o conhecimento da história da
filosofia, da tradição filosófica e da evolução das
diversas problemáticas, embora o filósofo, enquanto
indivíduo autónomo, use a sua razão de forma livre e
não de maneira servil;
Filosofar Sistemático
3. É Académica e analisa criticamente as
diversas doutrinas: muitas vezes, o pensamento de
um dado filósofo resulta de um repensar de algum
pensamento anterior, que o influenciou e que ele
submeteu `análise crítica.
In M. Paiva, O. Tavares e A. Carvalho, Contextos, Filosofia 10º Ano, Porto, Porto Editora, 2007, Pp. 20-1.
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Filosofar Espontâneo e Sistemático