Agregando valores. Desenvolvendo pessoas. Ano 5 | Edição 49 | Fevereiro, 2015 Especial Vitrine Planejamento e orçamento enxuto é saída para empresas enfrentarem ano de crise O cenário negativo projetado para 2015, mais do que abalos políticos, pode prejudicar a saúde financeira de empresas que não focarem em planejamento. Para o economista Marcelo Ferzola, sócio diretor da MFF Consultoria Empresarial, essa deve ser a palavra de ordem dentro de qualquer organização, da maior até a micro empresa. Com mais de 25 anos de experiência nas áreas administrativa, financeira, de planejamento e controladoria, nos segmentos da indústria, comércio e serviços, Ferzola elenca medidas que devem ser adotadas pelas empresas para minimizar o impacto da recessão neste 2015. Uma das orientações principais é estabelecer diálogo junto aos sindicatos de empregados, antevendo os impactos da crise. Afetados diretamente pela recessão, para os trabalhadores as consequências vão da negociação por férias coletivas, passando pelo aumento das taxas de desemprego e chegando à redução de salários, que pode fazer parte de uma negociação da empresa com a categoria para evitar o mal maior: demissões. Para Ferzola, as empresas devem planejar um orçamento austero para esse ano. Somente assim, assegura, será possível visualizar possibilidades de cortes em custos e despesas, tentando minimizar a crise e manter um ponto de equilíbrio. “Através de um orçamento austero é possível visualizar onde poderá haver cortes em custos e despesas, tentando, no mínimo, manter o ponto de equilíbrio”, alerta. A medida, antecipa Ferzola, pode auxiliar na previsão de meses críticos e assim possibilitar que se busque a negociação com antecedência junto às instituições financeiras. “Empresas que não trabalham com planejamento, não focam na qualidade da informação e na busca incessante do controle dos processos, estão fadadas ao fracasso, seja na crise, de maneira mais óbvia, seja nos momentos de crescimento de mercado, de maneira mais velada”, conclui. O especialista, que possui MBA em Finanças Empresariais, cita exemplos pontuais que podem abalar a estrutura econômica nacional, como a crise de energia, falta d’água, inflação, juros altos e restrição de crédito. Além disso, a crise política poderá afetar a aprovação de políticas de contenção. “Tudo isso antevê um ano de extrema dificuldade para todas as empresas, especialmente aquelas que somente têm relação comercial com o mercado interno” observa. Recessão Marcelo Ferzola, especialista em finanças: “a ordem é planejamento austero para esse ano” Ligada à economia de mercado, a recessão, termo que preocupa investidores, é o declínio na atividade econômica. Para o setor empresarial, ela resulta na restrição dos lucros, com aumento da chamada capacidade ociosa, que é a diferença entre a capacidade total de produção e a quantidade produzida de fato, representando a subutilização de recursos de produção. “Sem dúvidas o estágio é de extrema importância na formação profissional” Valorizar cada indivíduo e potencializar o capital humano estão entre os motivos que levaram Marluci Mariane Piumato cursar Administração de Empresas na UFRGS. Ela também destaca que as várias possibilidades de atuação dentro de um mesmo grupo garantem ao administrador uma série de opções para se especializar. Com 27 anos de idade e dois de experiência como conciliadora, Mariane acredita que a habilidade em gerir situações de conflito em busca de soluções pacíficas contribuíram para seu crescimento profissional. Agora a jovem busca uma nova colocação onde possa aperfeiçoar os conhecimentos obtidos na universidade, contribuindo assim para o desenvolvimento da organização e influenciando no progresso das pessoas ao seu redor. Marluci Mariani “Sem dúvidas o estágio é de extrema importância na formação profissional, sendo uma ferramenta facilitadora no ingresso do novo profissional no mercado de trabalho, oferecendo o aprendizado prático daquilo que estudamos em sala de aula, desenvolvendo habilidades, competências individuais e ajudando o estudante a conhecer a si mesmo.” Cinco sinais que a empresa está entrando em dificuldades Para o consultor financeiro, Marcelo Ferzola, sócio diretor da MFF Consultoria Empresarial, há cinco sinais que podem evidenciar ao empresário que seu negócio está entrando numa espiral de forte dificuldade econômica financeira, a qual pode se agravar num cenário de retração como o previsto para 2015. E em aparecendo ao menos um desses cinco sintomas, o melhor a fazer é promover um estudo minucioso e estancar os problemas, adianta Ferzola. O primeiro sintoma, e um dos mais graves, é o endividamento de curto prazo que só fez crescer nos últimos anos ao mesmo tempo em que a empresa não apresenta crescimento. Veja abaixo os cinco sinais de quando uma empresa está prestes a entrar em crise. 1.O endividamento de curto prazo vem crescendo nos últimos anos e a empresa não apresenta crescimento; 2.O resultado operacional não consegue mais cobrir o serviço da dívida; 3.Atrasos recorrentes no pagamento de fornecedores; 4.Falta de informação estruturada e acompanhamento do desempenho da empresa; 5.Decisões estratégicas tomadas empiricamente sem análise dos reflexos econômicos e financeiros. Expediente Publicação da Metta Capital Humano Conteúdo: Spindler Comunicação Corporativa www.spindler.com.br Ano 5 | Edição 49 | Fevereiro, 2015 Notas RH em ação O perfil que o mercado de trabalho não quer Pesquisa realizada pela Robert Half Consultoria e divulgada no fim do ano passado mostrou os motivos que levam a demissões no Brasil. Entre os principais motivos está o fraco desempenho no trabalho, apontado por 34% dos diretores de recursos humanos ouvidos para o estudo. Na sequência, problemas associados ao comportamento do funcionário completam o topo da lista de razões para dispensar um profissional. Falta de aderência à cultura da empresa é citada por 26% dos entrevistados e 16% reclamam de dificuldades de relacionamento com o restante da equipe. Além do grupo que não consegue permanecer por muito tempo em um emprego, existe outro, composto essencialmente por jovens que sequer buscam uma colocação no mercado de trabalho. Popularmente conhecidos como “geração nem-nem”, essas pessoas alegam não se sentir atraídas pelo estudo e, como consequência, não são qualificadas para concorrer a uma vaga emprego. Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que 5,3 milhões de brasileiros entre 18 de 25 anos correspondem a este perfil. Na avaliação das duas pesquisas, a qualificação, somada à dedicação e à capacidade de manter bons relacionamentos com a equipe de trabalho, representam um importante diferencial competitivo capaz de garantir a colocação conquistada. Administração de estagiários | Cursos de capacitação Recrutamento e seleção Rua Siqueira Campos, 1184, Sala 407 | Centro | Porto Alegre (51) 3286.7100 | www.mettaestagios.com.br [email protected] Segunda a Sexta-feira das 9h às 18h, sem fechar ao meio dia. O tempo a favor da empresa e do empregado A máxima popular “tempo é dinheiro” representa a lógica de pensamento das empresas, que enxergam nos profissionais com capacidade de organizar bem o tempo de serviço um diferencial a ser potencializado e valorizado. A prática de adequar o trabalho dentro do horário previsto, evitando horas extras e apresentando o rendimento esperado é tendência e uma importante qualificação para compor o currículo. Com a pressão do mercado para produzir mais e com menor custo, otimizar tempo se torna uma necessidade para garantir lucratividade, empregos bons e estáveis e com qualidade de vida. A partir deste parâmetro, o colaborador ideal acaba sendo aquele que desenvolve maior eficiência em um período de tempo mais curto. Isso não significa, contudo, que o funcionário deverá deixar de lado seu momento de descanso e convívio social no ambiente de trabalho, também importantes para o bom rendimento profissional. Conforme alertam especialistas que estudam as relações de trabalho, o equilíbrio deve ser buscado através de um planejamento de prioridades a serem cumpridas. net ou outros meios eletrônicos. Problemas pessoais, em alguns casos, podem interferir por não se conseguir delimitar uma divisão entre o momento de trabalho e o que deve ser mantido fora dele. Ainda assim, as dificuldades de adequação a esta demanda de mercado são grandes, e os principais obstáculos podem ser encontrados em atividades de rotina. Um exemplo é a falta de concentração na tarefa que está sendo executada, onde o colaborador se distrai com conversas paralelas, acesso à inter- Também a falta de foco e de planejamento podem ser prejudiciais. Não sabendo se organizar o funcionário acumula várias obrigações e deseja resolver tudo ao mesmo, o que gera confusão por não se estabelecer prioridades. Outro ponto negativo é a chamada procrastinação, que, no ambiente de trabalho, significa deixar determinadas tarefas para realizar mais tarde ou no dia seguinte, especialmente as difíceis. Quando se tem prazos pré-estabelecidos, esta prática pode prejudicar o avanço de toda a equipe. Portanto, para administrar bem o tempo a dica importante é planejar as atividades a serem realizadas, elencando as tarefas de acordo com o grau de prioridade e evitando o acúmulo de funções. Ao otimizar o tempo no trabalho a pessoa terá mais tempo para desfrutar das atividades fora dele.