FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Administração de Empresas Josemara Roberta Teixeira CLIMA ORGANIZACIONAL RELAÇÃO EMPRESA E COLABORADOR FATORES MOTIVACIONAIS Pará de Minas 2012 Josemara Roberta Teixeira CLIMA ORGANIZACIONAL RELAÇÃO EMPRESA E COLABORADOR FATORES MOTIVACIONAIS Monografia apresentada à Coordenação de Administração de Empresas da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para a conclusão do Curso de Administração de Empresas. Orientador: Prof. Renato Vasconcelos. Pará de Minas 2012 Josemara Roberta Teixeira CLIMA ORGANIZACIONAL RELAÇÃO EMPRESA E COLABORADOR FATORES MOTIVACIONAIS Monografia apresentada à Coordenação de Administração de Empresas da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para a conclusão do Curso de Administração de Empresas. Aprovada em _____/ _____/ _____ __________________________________________ Prof. Renato Vasconcelos __________________________________________ Prof. Dante Grassi __________________________________________ Prof. Dante Grassi Dedico primeiramente a Deus pelo dom da vida e por me faz uma pessoa capaz de realizar todos os meus sonhos, aos meus pais, Maria Natividade e José Walter (in memoriam) que são minha base de tudo, aos meus irmãos e as minhas sobrinhas que fazem a minha vida ser mais doce. Agradeço primeiramente a Deus, pois, e por ele que tudo se tornou possível. A todos os professores do curso de Administração e a todos os funcionários pelo carinho e dedicação. A gerência Sumidenso e pela colaboradores cooperação, da apoio, confiança pelas informações fornecidas, que tornaram possível a realização deste trabalho. Aos meus amigos de sala, que durante quatro anos estiveram ao meu lado todas as noites, na Fapam. Em especial a Mariele, Jessica, Eliana, Marcelo Ramos. E de maneira muito especial a minha mãe, agradeço aos meus familiares, amigos que nunca deixaram de me apoiar e torcer por esta vitória. Muito Obrigada a todos vocês. O Senhor é meu refúgio e minha fortaleza não temereis mal algum, pois o Senhor estas comigo e tudo posso naquele que me fortalece (Salmos). RESUMO O objetivo deste estudo foi transmitir as informar aos leitores de quais são os fatores motivacionais da empresa Sumidenso do Brasil Indústrias Elétricas Ltda., bem como demonstrar como é o clima organizacional desta empresa. Visando atingir este objetivo, teve como base pesquisas bibliográficas, sobre motivação e sobre clima organizacional. Outra pretensão no presente estudo foi analisar qual o grau de motivação dos colaboradores, o que faz com que se sintam motivados e qual a opinião deles sobre o clima organizacional. A partir deste estudo, acredita-se ser possível, baseando-se nas teorias sobre motivação, contribuir para o êxito da empresa estudada. Além disso, objetiva-se: chegar a uma conclusão de como a motivação afeta o clima organizacional de uma empresa, quais os pontos que podem afetar o clima organizacional da empresa, e a necessidade de se conviver em um clima harmonioso e mais tranquilo. Palavras Chaves: Clima Organizacional. Motivação. Empresa. Colaborador. ABSTRACT The aim of this study was to transmit to inform readers of what are the motivational factors of the company Sumidenso Electrical Industries of Brazil Ltda., As well as demonstrate how the organizational climate this company. In order to achieve this objective was based on bibliographic research on motivation and organizational climate. Another claim in the present study was to analyze the degree of motivation of employees, making them feel motivated and what their opinion on the organizational climate. From this study, is believed to be possible, based on the theories of motivation, contribute to the success of the company studied. Moreover, the objective is: to reach a conclusion as motivation affects the organizational climate of a company, which points that can affect the company's organizational climate, and the need to live in a more peaceful and harmonious atmosphere. Key Words: Organizational Climate, Motivation. Company. Contributor. LISTA DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS Quadro 1 – Fatores internos que influenciam o comportamento das pessoas nas organizações ………………………………………………………… 12 Quadro 2 – O processo básico de motivação ………………………………….. 14 Quadro 3 – Níveis de analise do comportamento organizacional …………. 17 Quadro 4 – A Teoria X e a Teoria Y como dois extremos de um continuum de estilos de administração ……………………………………………………….. 22 Quadro 5 – Teoria da expectação de Lawer III …………………………………. 23 Quadro 6 – Necessidades humanas segundo Maslow ………………………. 26 Figura 1 – Os determinantes do clima organizacional ……………………….. 32 Quadro 7 – Os quatro sistemas administrativos - O passo decisivo para a Administração Participativa ………………………………………………………. 34 Quadro 8 – A dicotomia entre as Teorias X e Y e os correspondentes sistema administrativos ……………………………………………………………. 35 GRÁFICO 1 – SEXO …………………………………………………………………. 40 GRÁFICO 2 – IDADE ………………………………………………………………… 41 GRÁFICO 3 – QUANTO TEMPO TRABALHO NA SUMIDENSO? ……………. 41 GRÁFICO 4 – A CHEFIA RECONHECE SEU ESFORÇO PARA REALIZAR SUAS TAREFAS? ……………………………………………………………………. 42 GRÁFICO 5 – A EMPRESA OFERECE TREINAMENTO DE COMO AS TAREFAS DIÁRIAS DEVEM SER REALIZADAS? ……………………………… 42 GRÁFICO 6 – AS OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM OFERECIDAS PELA EMPRESA TAIS COMO TREINAMENTO E CURSOS PARA A MELHORIA DE SUA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL SÃO SATISFATÓRIAS? …………………………………………………………………… 43 GRÁFICO 7 – PARTICIPO DE FESTAS E COMEMORAÇÕES PROPORCIONADAS PELA EMPRESA? ………………………………………… 43 GRÁFICO 8 – A EMPRESA OFERECE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), QUANDO NECESSÁRIO (PROTETOR AURICULAR, LUVAS, BOTAS etc.)? ………………………………………………………………. 44 GRÁFICO 9 – HÁ COOPERAÇÃO NOS TRABALHO REALIZADOS EM EQUIPE? ………………………………………………………………………………. 44 GRÁFICO 10 – AS METAS SÃO CLARAS E ATINGÍVEIS? …………………… 45 GRÁFICO 11 – SOU OUVIDO E COMPREENDIDO? …………………………… 45 GRÁFICO 12 – TENHO AJUDA E APOIO DOS MEUS COLEGAS DE TRABALHO NOS MOMENTOS DE DIFICULDADES? …………………………. 46 GRÁFICO 13 – SINTO-ME MOTIVADO NO AMBIENTE DE TRABALHO? ….. 46 GRÁFICO 14 – A COMUNICAÇÃO EM EQUIPE FAVORECE O DESEMPENHO NO TRABALHO? …………………………………………………. 47 GRÁFICO 15 – AS POSSIBILIDADES DE CRESCIMENTO OFERECIDAS PELO SUMIDENSO SÃO: …………………………………………………………... 47 GRÁFICO 16 – A PREMIAÇÃO OFERECIDA PARA O ATINGIMENTO DE METAS É: ……………………………………………………………………………... 48 GRÁFICO 17 – COMO VOCÊ CONSIDERA OS BENEFÍCIOS OFERECIDOS PELA EMPRESA? …………………………………………………………………… 48 GRÁFICO 18 – COMO É SEU RELACIONAMENTO COM SUA CHEFIA? ….. 49 GRÁFICO 19 – COMO VOCÊ CONSIDERA AS CONDIÇÕES FÍSICAS DO LOCAL DE TRABALHO (Iluminação, ruído, etc.)? …………………………….. 49 GRÁFICO 20 – O AMBIENTE DE TRABALHO DA SUMIDENSO PODE SER CONSIDERADO: ……………………………………………………………………... 50 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………… 1.1 Tema ………………………………………………………………………………. 1.2 Considerações Iniciais ………………………………………………………… 1.3 Situação Problemática …………………………………………………………. 1.4 Objetivo Geral …………………………………………………………………… 1.5 Objetivos Específicos ………………………………………………………….. 1.6 Justificativa ……………………………………………………………………… 1.7 Caraterização da Empresa ……………………………………………………. 10 10 10 10 10 10 10 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ………………………………………………………... 2.1 O Homem e o Trabalho ………………………………………………………… 2.2 Motivação Humana ……………………………………………………………... 2.3 Comportamento individual do Colaborador ……………………………….. 2.3.1 Valores ………………………………………………………………………….. 2.3.2 Atitudes ………………………………………………………………………….. 2.3.3 Percepção ………………………………………………………………………. 2.3.4 Aprendizagem ………………………………………………………………….. 2.4 Clima Organizacional: a história do construto ……………………………. 2.5 Conceitos de Clima Organizacional …………………………………………. 2.6 Expectativa de uma Pesquisa de Clima …………………………………….. 2.7 Gestão de conflito ………………………………………………………………. 2.8 Motivação e clima organizacional …………………………………………… 2.9 Teoria X e Teoria Y ……………………………………………………………… 2.10 Teoria da Expectação ………………………………………………………… 2.11 Teoria de Herzberg ……………………………………………………………. 2.12 Teoria de Maslow ……………………………………………………………… 2.13 As variáveis intervenientes na organização ……………………………… 2.14 A cultura e o clima organizacional …………………………………………. 2.15 Sistema de Administração de Pessoas …………………………………… 12 12 13 14 14 15 15 16 17 19 20 20 21 22 23 25 27 29 30 32 3 METODOLOGIA ……………………………………………………………………. 3.1 Método de Galileu Galilei ……………………………………………………… 3.2 Método de Francis Bacon ……………………………………………………... 3.3 Conceitos de Pesquisa ………………………………………………………… 3.4 Tipos de Pesquisa ……………………………………………………………… 36 36 37 38 39 4 COLETA DE DADOS ……………………………………………………………… 4.1 Demonstração e análise dos resultados …………………………………… 40 40 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………………. 51 REFERÊNCIAS ………………………………………………………………………. 52 QUESTINÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE CLIMA ORGANIZACIONAL RELAÇÃO EMPRESA E COLABORADOR FATORES MOTIVACIONAIS …... 53 10 1 INTRODUÇÃO 1.1 Tema Clima Organizacional Relação Empresa e Colaborador Fatores Motivacionais 1.2 Considerações Iniciais As pessoas passam boa parte das suas vidas trabalhando dentro de organizações, e estas dependem de seus colaboradores para alcançarem seu sucesso. E uma forma de investimento é tentar motivá-los sempre. Deste modo, empresa pode ter um clima organizacional agradável, harmonioso e seguro onde os colaboradores sentem prazer em trabalhar, pois, o clima organizacional e um fator de grande relevância para o sucesso de toda a organização. 1.3 Situação Problemática Identificar como está à motivação dos colaboradores da empresa Sumidenso e de que forma esta motivação afeta o clima organizacional, positiva ou negativa? 1.4 Objetivo Geral Analisar o grau de influência dos fatores motivacionais no clima organizacional da empresa Sumidenso. 1.5 Objetivos Específicos Analisar o grau de motivação dos colaboradores; Pesquisar como a motivação está afetando o clima organizacional; Treinamentos para chefia; Melhor remuneração para os colaboradores; Contratação de um profissional da área de saúde mental. 11 1.6 Justificativa Verificar se a motivação afeta o clima organizacional, positivamente ou negativamente, porque a empresa para atender seus clientes necessita que os colaboradores trabalhem sob pressão. Considerando que esta área é muito importante dentro da organização, e não se sabe como a motivação dos colaboradores pode gerar benefícios a empresa. 1.7 Caracterização da Empresa É uma empresa que produz chicote elétrico para automóveis para diversas empresas do ramo automobilístico. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O Homem e o Trabalho O comportamento humano dentro de uma organização é muito complexo e, segundo (CHIAVENATO, 1998) este depende de fatores internos e externos. Os internos são causados pelas características de cada indivíduo, como personalidade, capacidade de aprendizagem entre outros. Os fatores externos são decorrentes das características organizacionais como sistema de recompensas e punições, de fatores sociais entre outros. Os subordinados requerem atenção e acompanhamento, pois, enfrentam problemas pessoais, familiares, financeiros, de saúde, drogas, fumo e álcool. São problemas variados que afetam para o bom desempenho das pessoas dentro da organização. Conforme (CHIAVENATO, 1999) os problemas pessoais podem afetar o desempenho no trabalho dos colaboradores. É de interesse da organização motivar e proporcionar assistência nestas situações. De acordo com (CHIAVENATO, 1998) independente do grau de relação com colaborador e importante estabelecer uma comunicação direta de duas vias para proporcionar assistência mútua e envolvimento continuo. Quadro 1 – Fatores internos que influenciam o comportamento das pessoas nas organizações Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 1998, p. 75. 13 2.2 Motivação Humana Para Chiavenato (1998) o comportamento humano varia de indivíduo para indivíduo dentro de uma organização cada um tem uma necessidade, sendo assim cada pessoa tem um comportamento, os valores sociais são diferentes e a maneira de agir para atingir um objetivo é totalmente diferente. Além disso, essas necessidades, valores sociais variam na mesma pessoa dependendo do tempo, em um momento tem um objetivo que com o passar do tempo passa a não ser mais tão importante. Apesar de variar tanto o comportamento, o processo que dela resulta é basicamente o mesmo. Chiavenato (1998) nos mostra três premissas para explicar este comportamento humano. O comportamento é causado, ou seja, existe uma causa para todos os comportamentos de uma pessoa, e pode ser ocasionado por estímulos internos ou externos. O comportamento é motivado, sempre é orientado ou dirigido para a pessoa conseguir realizar um objetivo. O comportamento é orientado para objetivos, para o comportamento é necessário um estímulo, um impulso, um desejo, ou expressões que servem para designar os motivos do comportamento. Conforme Chiavenato (1998) se estes três pontos estiverem corretos, o comportamento não é espontâneo e nem isento de finalidade. Sempre um comportamento terá um motivo implícito ou explicito para identifica-lo. Conforme Chiavenato (1998) o ciclo motivacional começa com a necessidade de cada indivíduo a necessidade provoca um determinado comportamento, e após o surgimento desta necessidade a pessoa sai do seu estado de equilíbrio causando um estado de insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Este estado leva o indivíduo a um comportamento, ou ação, a fim de descarregar a tensão e o desequilíbrio. Porém dentro de uma organização nem sempre os indivíduos conseguem satisfazer suas necessidades, e após a tensão têm-se duas saídas: a primeira é a frustração que é quando o indivíduo encontra um obstáculo no seu caminho e com isso não consegue atingir seus objetivos e a saída é via psicológica. Por isso as pessoas ficam agressivas, descontentes, com tensão nervosa, entre outros sintomas psicológicos. E a segunda saída é quando a pessoa consegue atingir uma necessidade e compensa a anterior. E desta forma não fica frustrada nem tem sua necessidade satisfeita. 14 De acordo com Chiavenato (1998), as necessidades variam de acordo com cada indivíduo e pode-se identificar tais necessidades como passageiras, pois podem ser satisfeitas e deixar de existir, ou podem mudar rapidamente. A motivação de cada pessoa varia de acordo com o alcance de suas necessidades. E é através destas que se consegue explicar o comportamento dos indivíduos, dentro e às vezes fora da organização. Para Robbins (2008) a motivação não passa de um comportamento externo, pois as pessoas motivadas de dedicam mais, tendo um melhor desempenho do que as desmotivadas. Porque os colaboradores motivados estão em um estado de tensão, e buscam aliviar esta tensão executando suas atividades, pois quando maior a tensão mais atividades serão necessária para o alivio. Assim quando vemos pessoas trabalhando se dedicando, podemos concluir que estão em busca de alcançar uma meta da qual elas tanto valorizam. O quadro abaixo nos mostra processo básico de motivação segundo Robbins. Quadro 2 – O processo básico de motivação Fonte: ROBBINS, Stephen p. Comportamento Organizacional. 2008, p.48. 2.3 Comportamento individual do Colaborador A compreensão do comportamento individual começa com uma revisão das principais contribuições da psicologia para a disciplina comportamento organizacional. “Essas contribuições foram divididas em quatro conceitos: valores, atitudes, percepção e aprendizagem” (ROBBINS, 2008, p. 17). 2.3.1 Valores Segundo Robbins (2008) os valores são as convicções básicas de que “um modo especifico de conduta ou de valores finais é individual ou socialmente preferível a um modo oposto” (p. 17) contêm elemento de julgamento no qual o 15 individuo acredita ser correto bom ou desejável. A hierarquização dos valores individuais representa o sistema de valores. E é determinado pela importância relativa que damos a valores como liberdade, prazer, auto respeito, honestidade, obediência e justiça. 2.3.2 Atitudes “As atitudes são afirmações avaliativas favoráveis ou desfavoráveis” (ROBBINS, 2008, p.24) tendo como objetivo pessoas ou eventos, pois, reflete como as pessoas se sentem em relação alguma coisa. Pois, uma pessoa pode ter varias atitudes porém no estudo do comportamento organizacional foca somente em um número limitado que a relação do colaborador com seu trabalho. Trata-se da satisfação no trabalho, do envolvimento com o trabalho (até que ponto uma pessoa se identificar com o trabalho e participa ativamente dele) e o comprometimento organizacional (um indicador de lealdade à empresa e de identificação com ela (ROBBINS, 2008, p. 24). Para Robbins (2008) sem dúvidas o mais importante e buscar a satisfação e motivação no trabalho. O termo satisfação significar um conjunto de sentimento que um colaborador sente em relação ao seu trabalho, pois, ao se ter um alto nível de satisfação o mesmo apresenta atitudes positivas, enquanto um o colaborador insatisfeito apresenta atitudes negativas. Fatores importantes que determinam a satisfação: trabalho mentalmente desafiante, recompensas justas, condições de trabalho justas, condições de trabalho estimulantes. Os trabalhadores buscam empregos onde lhe ofereça oportunidades de utilizar suas habilidades e capacidades e variedades de tarefas liberdade e feedback sobre o seu desempenho. 2.3.3 Percepção Segundo Robbins (2008) a percepção não se passa do processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a finalidade de dar sentido ao ambiente onde ele esta inserido. Pois pesquisas sobre percepção nos mostra que de modo consistente que pessoas diferentes podem perceber as coisas 16 de maneiras diferentes, pois, o que fazemos e interpretar o que vemos e chamar isso de realidade. Para Robbins (2008) fatores que influenciam a percepção, podendo explicar o fato das pessoas terem percepções diferentes das mesmas coisas, existe um serie de fatores que atua para moldar e, por vezes, distorcer a percepção que são: no observador, no objeto ou alvo da percepção ou no contexto da situação no qual se dá a percepção. Conforme Robbins (2008) uma pessoa observa um alvo e tenta interpretar o que esta percebendo, pois, esta pessoa e fortemente influenciada pelas características pessoais do observador e as características mais importantes que são: atitudes, motivações, interesses, experiências passadas e expectativas. As características do alvo em observação também afetam a percepção, pois, pessoas que falam alto costumam chamar mais atenção do as mais quietas. O mesmo o percebido em pessoas muito ou pouco atraentes. Porque os alvos não são vistos de forma isoladas e a sua relação com cenário influencia a percepção, tal como a nossa tendência e agrupar próximas ou parecidas. 2.3.4 Aprendizagem Para Robbins (2008) o conceito aprendizagem foi incluído, por motivos óbvios de que todo comportamento humano e complexo é aprendido. Para se explicar e prever o comportamento humano, precisamos antes entender como as pessoas aprendem. A definição psicológica e mais ampla do que a visão leiga de que é “o que fazemos quando vamos a escola” (ROBBINS, 2008, p. 31), na verdade todos nos continuamos “indo a escola“. O aprendizagem acontece o tempo todo, uma definição mais precisa de aprendizagem é portando, qualquer mudança relativamente permanente no comportamento humano que ocorra como resultado de uma experiência. Também Robbins (2008) Como nós aprendemos? O Quadro 2.4 resume o processo de aprendizagem. Primeiro, a aprendizagem ajuda a nos adaptamos ao ambiente que nos cerca e, por conseguinte, dominá-lo. Ao modificar nosso comportamento para nos adaptamos as mudanças das condições, nos tornamos cidadãos responsáveis e profissionais produtivos. Aprendizagem, porém, se dá por meio da lei do efeito, segundo a qual o comportamento e 17 uma função de suas consequências. O comportamento seguido de uma consequência favorável tende a ser repetido; aquele que é seguido de consequência desfavorável, não (p.31). Quadro 3 – Níveis de analise do comportamento organizacional l Fonte: ROBBINS, Stephen p. Comportamento Organizacional. 2008, p. 31. Conforme Robbins (2008) consequência, nesta termologia, representa qualquer coisa que um indivíduo possa considerar como recompensa (dinheiro, elogios, promoções, um sorriso). Pois se seu chefe elogia suas ideias sobre vendas, você retribuirá o comportamento. E se ao contrario for criticado, não voltar a repetilo. “As chaves do processo de aprendizagem soa duas teorias, ou explicações, de como aprendemos. Uma é a formação e a outra e a modelagem” (p. 31). 2.4 Clima Organizacional: a história do construto As premissas dos estudos sobre clima organizacional podem ser encontradas no clássico experimento conduzido por Elton Mayo em 1927 (Ashkanasy, Wilderom & Peterson, 2000), em uma fábrica da Wester Electric Company, situada no bairro Hawthorne, de Chicago. Conhecido assim como “Experimento de Hawthorne”, Mayo constatou que modificações nas configurações física e social do ambiente de trabalho podem provocar mudanças emocionais e comportamentais significativas nos trabalhadores, como fadiga, acidentes de trabalho, turnover e redução no desempenho e produtividade. Na década posterior, os estudos de Kurt Lewin sobre a teoria de campo também começaram a se tornar conhecidos. Por essa teoria, as atividades psicológicas de um sujeito ocorrem numa espécie de campo psicológico, denominado pelo próprio Lewin (1939) de campo vital, o qual compreende todos os eventos passados, presentes e futuros que podem influenciar o comportamento de uma pessoa em uma determinada situação. Com base na introdução de tais 18 conceitos na Psicologia social, Lewin, Lippitt e White (1939) desenvolveram um novo estudo com o intuito de verificar quais eram as condições psicológicas criadas pelos líderes de um grupo de rapazes dentro de um ambiente controlado. Entre outras considerações finais para esse estudo, os autores ressaltaram a importância de se investigarem elementos culturais para o entendimento ou compreensão dos ambientes sociais, tais quais as organizações. Introduziam-se, assim, com tal estudo, os conceitos de clima social e atmosfera social, os quais começaram a ser amplamente divulgados após a Segunda Guerra Mundial, com a Escola ou Movimento das Relações Humanas (MENEZES, GOMES, 2010). Clima organizacional: uma revisão histórica do construto direto da experiência de Hawthorne e teve como objetivo favorecer a humanização das relações de trabalho, ao se opor ao movimento clássico da Administração científica, de Taylor (1911). De acordo com Schneider (1985), a maior parte dos estudos que usam o termo “clima” até a década de 1980 ainda se refere a práticas interpessoais que refletem o clima social, em vez do clima organizacional. Nesse contexto, falar sobre clima social remete a um conjunto de políticas e atividades formais e informais que são características do modo como os colaboradores descrevem uns ao outros, além das relações estabelecidas entre superiores e subordinados. Ainda que já existisse tacitamente a noção de uma “atmosfera” no ambiente de trabalho, que influencia as percepções e comportamentos dos colaboradores, somente em 1958, com os trabalhos de Argyris, essa concepção tornou-se explícita e passou a ser chamada de clima organizacional. Nesse trabalho seminal de Argyris (1958), o clima organizacional, também nomeado “caráter homeostático”, foi estudado com base em elementos que representam diferentes níveis de análise. Conhecer o clima organizacional implicaria, assim, investigar fatores individuais, associados diretamente aos valores, necessidades e tipos de personalidade dos indivíduos, bem como em analisar as políticas, normas e códigos que representam a cultura da organização. Os estudos de Argyris, por um lado, trazem avanços significativos para a consecução de uma definição mais clara e abrangente de clima organizacional, ao passo que demonstra a importância de se considerarem diferentes variáveis e níveis de análise no entendimento do construto. Entretanto Argyris vincula a noção de clima organizacional à de cultura organizacional, promovendo, consequentemente, uma nova pulverização no conceito de clima e aumentando a dificuldade de se aceder a uma definição consensual do atributo. 19 Os trabalhos de Argyris (1958) influenciaram significativamente as pesquisas sobre clima em organizações a partir da década de 1950, ganhando, primeiro, uma maior popularidade dentro da Administração nos Estados Unidos (Forehand&Gilmer, 1964). Como objeto de estudo da Psicologia organizacional, somente na década posterior é que iniciaram as primeiras pesquisas sobre o tema. Não obstante haja mais de meio século de estudos sobre clima organizacional, o desenvolvimento de estratégias voltadas à investigação do construto ocorreu em maior monta somente a partir dos anos 90, ganhando maior destaque nas grandes empresas, principalmente as que já haviam desenvolvido programas de saúde do trabalhador e melhoria da qualidade de vida no trabalho (TORO, 2001). 2.5 Conceitos de Clima Organizacional Para Chiavenato (2003) o clima organizacional refere-se à propriedades motivacionais do ambiente interno de uma organização. Sendo favorável quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes pessoais dos participantes elevando seu moral e desfavorável quando proporciona frustração destas necessidades. Segundo Luz (2003) descreve clima organizacional como sendo reflexo do estado do estado de ânimo ou grau de satisfação dos colaboradores de uma empresa e atmosfera psicológica que envolve a relação entre organização e seus colaboradores num dado momento. Clima organizacional influencia diretamente na motivação, no desempenho humano e satisfação no trabalho criando expectativas sobre recompensas, satisfações e frustrações impactando de forma positiva ou negativa no clima interno das organizações. O clima inclui todas as influências locais que coexistem com a cultura mais ampla, podendo ter inúmeras variações, sendo afetado em especial pelas pessoas, sua geografia e história e pela liderança local (MAYO, 2003). O clima organizacional pode se manifestar nas organizações de maneiras diferentes com características diferentes, sendo estas diferenças apresentadas pelas culturas existentes em cada organização. 20 2.6 Expectativa de uma Pesquisa de Clima Uma pesquisa de clima, segundo Sucesso (1997), permite identificar a maneira como cada indivíduo se sente dentro da organização onde trabalha. E devem ser analisados os pontos que se quer pesquisar, quais os objetivos atingidos, os itens que devem ser pesquisados, e acima de tudo como serão gerenciados os resultados encontrados. Porque após diagnosticar as possíveis falhas, estas devem ser corrigidas, para não fazer como alguns gerentes que fazem pesquisas de clima e depois de apurar os resultados e descobrirem que a empresa está com diversos problemas em diversas áreas, decidem simplesmente guardar o projeto de análise do clima. Então se é para isso, é melhor que não se pesquise. Para Sucesso (1997), após a análise do clima, devem-se discutir os resultados e começar a solucionar os problemas encontrados. Entretanto muitas empresas não têm esta discussão, preferindo deixar para uma oportunidade melhor para comunicar os resultados, e com isso perde a utilidade de se fazer uma pesquisa de clima. 2.7 Gestão de conflito Os conflitos ocorrem de acordo com Chiavenato (2005) porque dentro de uma organização cada pessoa tem um objetivo e uma necessidade específica. Com isso pode ser que para realizar estes objetivos deva haver uma interação entre pessoas e/ou grupo. Contudo nesta interação cada parte tem seu objetivo e para realizá-lo uma equipe acaba interferindo nos objetivos dos outros, deste modo uma das partes vai sair insatisfeita. Porque os interesses de ambos podem ser divergentes. O conflito dentro de uma organização quando é individual, pode ser interno ou externo. O conflito interno é o conflito que ocorre dentro da própria pessoa, quando, por exemplo, ela precisa trabalhar para ganhar dinheiro, mas não gosta do patrão. Isto gera o conflito da pessoa com ela mesma, internamente. E já o conflito externo é o conflito que ocorre entre duas pessoas ou dois grupos que têm seus objetivos diferentes. Para Chiavenato (2005), dentro de uma organização os conflitos podem apresentar pontos positivos e negativos. Um conflito serve para despertar atenção para um problema, para que não gere um problema ainda maior, o conflito faz com 21 que o grupo se torne mais unido e busque soluções inovadoras para realizar determinadas tarefas, além de fazer crescer a amizade dentro de um grupo. Porém os conflitos têm seus pontos negativos como: ele faz com que os colaboradores se sintam desmotivados, porque encontram barreiras para alcançar seus objetivos; os colaboradores ficam muito ligados ao conflito que acaba se tornando um ponto principal prejudicando a produtividade. O relacionamento em equipe perde lugar para o interesse de prejudicar a pessoa ou grupo e acaba lesando a organização e com isso fazendo do local de trabalho um lugar com o clima desagradável. Portanto como os conflitos têm pontos positivos e negativos cabe ao gerente da área envolvida tomar as decisões para amenizar os conflitos, e fazer com que eles tenham um efeito positivo e tentar minimizar ao máximo os efeitos negativos. Então os gerentes precisam estar a par do que está acontecendo dentro da empresa para que o conflito não prejudique a produção e nem o clima de uma equipe ou da fábrica. 2.8 Motivação e clima organizacional A motivação segundo Chiavenato (2003) é o impulso de exercer esforço para alcançar um objetivo dentro da organização, porém isso só irá acontecer se a empresa tiver condições de satisfazer a necessidade individual dos colaboradores. O estudo sobre motivação teve início com a Teoria das Relações Humanas. A motivação é provocada através do estado de satisfação ou não das necessidades de cada indivíduo. À medida que os colaboradores conseguem atingir seus objetivos dentro a organização, sua motivação se eleva, e à medida que estes objetivos são frustrados por encontrarem algum tipo de barreira e não conseguirem atingir suas necessidades esta motivação abaixa. Para Chiavenato (2003) do conceito de motivação decorre o conceito de clima organizacional. Que representa o ambiente psicológico e social que existe em uma organização e que explica o comportamento de seus membros. A motivação alta proporciona um ambiente receptível, amigável, quente e agradável, enquanto a motivação baixa provoca sempre um clima negativo, adverso, frio e desagradável. Assim, conforme explica o autor a motivação influencia no clima e é por ele influenciada. 22 2.9 Teoria X e Teoria Y De acordo com Chiavenato (1997), atualmente a duas teorias X e Y, são consideradas dois extremos de envolvimento e contínuos com uma enorme variedade de estilos administrativos intermediários, que vão desde uma administração autocrática e coercitiva ou o estilo tradicional com uma administração democrática e participativo sendo moderno estilo de administração. A realidade e que os dois estilos X e Y servem didaticamente para mostrar dois lados opostos e antagônicos de como administrar as pessoas. Para ambos existe uma enorme variedade de estilos intermediários. Quadro 4 – A Teoria X e a Teoria Y como dois extremos de um continuum de estilos de administração Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas 1997, p. 34. De acordo com Chiavenato (1997), o maior desafio e passar gradativamente é passar aos poucos da Estilo X para o Estilo Y ao longo do tempo. Pois, qualquer mudança drástica pode ser mal compreendida e preciso adaptar o comportamento das pessoas gradativamente para se chegar finalmente ao Estilo Y. Mudar coisas é relativamente fácil. O difícil e mudar a cabeça das pessoas. Principalmente, daqueles que detém o poder sobre as outras e também daquelas que estão habituadas e condicionadas a seguir cegamente as ordens alheias (CHIAVENATO, 1997 p. 34). Para Robbins (2002), McGregor foi o criador desta teoria, e ele começou a partir de dois pontos distintos: uma chamada Teoria X que era basicamente negativa, e outra chamada Teoria Y que era positiva. E ele concluiu que o comportamento humano se baseia em algumas premissas, e é a partir daí que os colaboradores moldam seu comportamento. Essas premissas são: 23 Teoria X Os colaboradores não gostam de trabalhar, e sempre tendem a evitar o trabalho. Por não gostar de trabalhar eles precisam ser controlados, para atingir suas metas. Os colaboradores evitam responsabilidade e buscam orientação formal sempre que possível. Os colaboradores colocam a segurança acima de todos os fatores ligados ao trabalho, e mostram pouca ambição. Teoria Y Os colaboradores podem achar o trabalho tão natural e agradável como se divertir. Os colaboradores demonstram orientação e controle se estiver comprometidas com os objetivos. Os colaboradores na média podem aprender a aceitar ou até a buscar a responsabilidade. A capacidade de tomar decisão pode estar em qualquer colaborador e não só em um colaborador de um nível hierárquico mais alto. Segundo Robbins (2002) acreditava que a teoria Y era mais válida que a teoria X, e propôs ideias para causar a motivação dos colaboradores, através de processo decisório participativo, tarefas desafiadoras e com muita responsabilidade e deste modo obter um bom relacionamento em grupo. Porém não existem evidências que nenhuma destas premissas são válidas, e nem que a aceitação da teoria Y e a alteração do comportamento individual de acordo com elas, resultem em um colaborador mais motivado. 2.10 Teoria da Expectação De acordo com Chiavenato (1998) em seus estudos sobre motivação, Lawer III concluiu que o dinheiro é um fator motivacional e influencia em outros comportamentos dos colaboradores dentro da organização. O dinheiro tem baixo teor motivacional, isso acontece por ser aplicado na maioria das vezes de forma incorreta, nas organizações. O erro que estas cometem não é de dar o dinheiro como recompensa por atingir certas metas, e Lawer III explica alguns destes erros: 24 As organizações demoram muito para dar este reconhecimento para as pessoas e, assim, quando recebem, não sabem o motivo, não lembram que é por certa atitude; São avaliados os desempenhos da equipe, e com isso, não se sabe quem são os melhores e que devem receber o incentivo. E para não darem o benefício a quem não merece, preferem deixar todos na mesma faixa. Deste modo a relação se torna dissonante. Conforme Chiavenato (1998) as organizações deixam para ajustar os salários dos seus colaboradores geralmente em convenções coletivas, porém isso serve para neutralizar os efeitos da inflação. E este ajuste é dado a todos os colaboradores independente de seu desempenho; os gestores acreditam que o dinheiro é uma coisa que tem pouco valor na organização e tentam motivar com outros fatores, mas se esquecem que ele é um dos fatores que fazem com as pessoas realizem seus trabalhos. De acordo com Chiavenato (1998) Lawer III concluiu duas bases sólidas para sua teoria. As pessoas desejam dinheiro porque este lhes permite não somente a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança, mas também lhes oferece plenas condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de auto realização. O dinheiro é um meio e não um fim em si. Ele pode comprar muitas coisas que satisfazem suas necessidades pessoais. Se as pessoas percebem e creem que seu desempenho é, ao mesmo tempo, possível e necessário para obter mais dinheiro, elas definitivamente desempenharão da melhor maneira possível. É só estabelecer este tipo de percepção. E a teoria de Lawer III pode ser explicada pela figura abaixo. Quadro 5 – Teoria da expectação de Lawer III Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 1998, p. 89. 25 Conforme (Chiavenato, 1998) o dinheiro pode ser poderoso motivador e satisfatório se as pessoas acreditarem que existe ligação direta ou indireta entre desempenho e consequente a aumento de remuneração. Se essa percepção for obtida e confirmada, as pessoas certamente terão melhor desempenho tendo em vista o resultado financeiro esperado. 2.11 Teoria de Herzberg Segundo Chiavenato (1998) a teoria de Herzberg fundamenta-se em duas bases: no ambiente externo e no trabalho do indivíduo, e se divide em fatores higiênicos e fatores motivacionais. Os fatores higiênicos são os que estão presentes no local de trabalho, salários, benefícios, iluminação, relação entre direção e colaboradores, os regulamentos internos, etc. São os fatores utilizados em todas as organizações para se obter motivação dos colaboradores, entretanto estes fatores não são fatores motivadores. Mas se deixarem de existir na organização provoca insatisfação para os indivíduos. Alguns fatores que causam insatisfação segundo Chiavenato (2005) são: condições de trabalho e conforto, relação com os líderes, salários, segurança no cargo, relação com os colegas entre outros. De acordo com Chiavenato (1998) os fatores motivacionais são fatores que, estão ligados com a função que a pessoa desempenha em suas atividades. Motivação envolve sentimento de realização de cada colaborador, de crescimento dentro da organização, reconhecimento profissional entre outros. Os fatores motivacionais quando estão surtindo efeito, referem-se a satisfação dos indivíduos. Pois se estes estiverem satisfeitos, o clima organizacional será harmonioso. Porém se os colaboradores não estiverem satisfeitos os fatores motivacionais não estão sendo alcançados e o clima dentro da organização se torna desagradável. Estes fatores motivacionais constituem em: delegação de responsabilidade, promoção, simplificação do cargo, entre outros. Para Chiavenato (1998) a teoria de Maslow e a de Herzberg falam sobre fatores motivacionais e concordam em alguns pontos, quando explicam que os fatores mais baixos não são fatores motivacionais, porém se deixarem de existir irão causar insatisfação para os colaboradores. No quadro 6 abaixo apresenta a pirâmide de Maslow e uma comparação com a teoria de Herzberg. Pode-se observar que na 26 verdade, falam sobre os mesmos assuntos, porém se dá nomes diferentes, mas querem dizer a mesma coisa. Quadro 6 – Necessidades humanas segundo Maslow Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 1998, p.79. Segundo Almeida (1992), Herzberg em uma de suas pesquisas sobre motivação, usou duas perguntas: em que situação se sentiu motivada? E o que é responsável por isso? Em que situação se sentiu desmotivado e o que causou isso? Com isso ele pôde verificar que não eram os mesmos fatores que motivavam desmotivavam os colaboradores. Nesta pesquisa obteve-se as seguintes respostas. Os fatores que causavam desmotivação nos colaboradores eram: Ambiente de trabalho desfavorável; Relacionamento insatisfatório com a chefia; Remuneração baixa; Más condições físicas de trabalho; Políticas de gestão com as quais não concordavam. E os fatores que causavam motivação nos colaboradores eram: Reconhecimento por parte dos superiores; Promoções; Aumento de responsabilidade; Possibilidade de participar na gestão; Ter um trabalho de que gosta. 27 De acordo com Almeida (1992), Herzberg mostra que a motivação está ligada à necessidade de cada indivíduo, essa necessidade gera um estado de tensão que depois gera um impulso, e que por último irá causar uma ação do indivíduo. Um exemplo destes fatores motivacionais é quando se trabalha em um setor e é transferido para outro setor. O indivíduo tem suas necessidades, porém se for transferido para outro setor e não gostar de seu novo chefe isso irá causar um grau de insatisfação. Por isso dentro de uma organização tudo que acontece acaba influenciando alguém dentro da organização, positivamente ou negativamente. No entanto para Almeida (1992) Herzberg mostrou com essa experiência que dentro de uma organização, motivação precisa ser estudada para saber em que se deve investir. Pois talvez se acredite que alguma coisa esteja motivando seus colaboradores e na verdade não tenha efeito algum sobre eles. 2.12 Teoria de Maslow De acordo com Chiavenato (1998) a teoria de Maslow é a mais conhecida das teorias sobre teorias motivacionais. Para Maslow as necessidades humanas estão posicionadas em uma pirâmide, onde na base estão as necessidades primárias, ou seja, as necessidades básicas para a vida como as necessidades fisiológicas e de segurança. Enquanto no topo estão as necessidades secundárias, que são: sociais, estima, auto realização. Segundo Chiavenato (1998), as necessidades fisiológicas como alimentação, sono, abrigo e desejo sexual são necessidades básicas para a sobrevivência. Estas estão presentes em todos os momentos desde a hora do nascimento, e dominam o comportamento de uma pessoa se não forem satisfeitas. Já as necessidades de segurança constituem o segundo nível da pirâmide, são aquelas que o ser humano tem, de se proteger de qualquer perigo. E estas necessidades surgem depois que o indivíduo está com as fisiológicas satisfeitas. Esta variável é importante na organização, pois as pessoas não sabem o que pode acontecer no futuro, e com isso se sentem inseguras. E uma incerteza sobre sua permanência no trabalho pode desmotivá-las. Para Chiavenato (1998) necessidades sociais são as necessidades relacionadas com a sociedade como o nome já diz as de participação, aceitação dos colegas, afeto, amizade e amor. Estas necessidades surgem quando as mais baixas 28 se encontram relativamente satisfeitas, e a falta das mesmas faz com que a pessoa fique resistente, antagônica e hostil perante as outras pessoas. E ainda, conduz o indivíduo à falta de adaptação social e à solidão. Conforme Chiavenato (1998) as necessidades de estima são relacionadas com o modo que a pessoa se vê e se avalia. Envolve a autoconfiança, a necessidade de ser aprovado pela sociedade, de reconhecimento desta sociedade, de status, de prestígio entre outras. Quando um indivíduo está com essa necessidade satisfeita, ela provoca o sentimento de valor, força, poder, capacidade e utilidade. Porém se não satisfeita, produz os sentimentos de fraqueza, inferioridade, dependência e desamparo, e que pode levar a pessoa a certo desânimo. Segundo Chiavenato (1998), as necessidades de auto realização são necessidades humanas mais elevadas, e que estão no topo da pirâmide. São as necessidades que fazem a pessoa tentar realizar seus objetivos e se desenvolver como ser humano em toda a vida. Estas estão relacionadas com autonomia, independência, autocontrole e utilização plena dos talentos de cada pessoa. Enquanto as outras necessidades podem ser afetadas somente por coisas externas a necessidade de auto realização vem do interior e depende de cada indivíduo e não podem ser controladas por outras pessoas. As demais necessidades não motivam as pessoas, porém a necessidade de auto realização é insaciável, pois quanto mais recompensa o indivíduo conseguir, mais necessidade de auto realização será criada, pois o ser humano quer sempre mais. Com esta teoria de Maslow é possível concluir que necessidade satisfeita não é motivadora, porém uma necessidade não satisfeita irá influenciar no comportamento, fazendo com que as pessoas tentem atingir seus objetivos individuais. Ele explica que as necessidades vão surgindo à medida que as necessidades básicas estão sendo atingidas, e que na maioria das vezes uma pessoa só irá conseguir chegar à necessidade de auto realização se as necessidades da base estiverem satisfeitas. E diz que as necessidades da base são um ciclo operacional rápido, porém, se elas ficarem muito tempo sem serem atendidas irão neutralizar as necessidades dos níveis mais altos que são de um ciclo motivacional longo. Para Chiavenato (2005) esta teoria de Maslow é um dos modelos mais estudados para quem busca uma pesquisa sobre motivação, e é válida para uma organização compreender o comportamento de muitos indivíduos. Mas também e a 29 teoria de Herzberg e bastante relevante no que se diz respeito a motivação e necessidades humanas. 2.13 As variáveis intervenientes na organização Conforme postulado por Almeida (1992) dentro de uma organização existem três tipos de variáveis que são: variáveis causais, variáveis resultado e variáveis intervenientes. Variáveis causais são aqueles principais elementos para a realização de seus produtos, como recursos materiais e humanos e a gestão destes recursos. Variáveis resultados são as vendas, o absenteísmo, rotatividade, desperdícios entre outros. E a variável interveniente é o meio entre as variáveis causais e de resultado, ou seja, as atitudes de cada colaborador dentro de uma organização, sua motivação, moral entre outras. Para Almeida (1992) as variáveis intervenientes interferem dentro de uma organização, pois cada atitude de um colaborador o poderá afetar toda uma produção. O sentimento é uma destas variáveis, e, é muito importante dentro de uma organização. Porque a principio é apenas um sentimento e isso não irá trazer mal algum. Entretanto com o tempo este sentimento, se negativo, começa a interferir na vida profissional e o indivíduo passa a não ter a mesma produtividade no trabalho. Quando o colaborador está nesta situação existem duas saídas: ou a pessoa sai da empresa e procura outro emprego, ou se acomoda e não produz a quantidade normal que produzia antes. Com isto precisa buscar tratamentos, gastando parte do seu salário com médicos para esquecer este problema e voltar a ter uma vida normal. Quando uma empresa está nesta situação, as variáveis intervenientes começam a inibir as variáveis resultados, pois os colaboradores não produzem os mesmos resultados, além de criar dentro desta organização um clima desagradável de permanecer e trabalhar (ALMEIDA, 1992). De acordo com Almeida (1992) quanto maior pressão das chefias para que os colaboradores produzam como antigamente mais a variável interveniente é afetada. Sobre isto já foram feitos estudos para verificar se quando os líderes pressionam os colaboradores para ter uma maior produtividade, realmente conseguem atingir seus objetivos. E a partir destes descobriram que quando a pressão é muita os colaboradores não rendem o esperado. Por isso, talvez seja interessante ao invés 30 de pressionar, colocar metas para serem atingidas e, se realizadas, dar uma bonificação por estas metas. Isto pode ser mais eficiente que pressionar, e trazer resultados melhores. Segundo Chiavenato (1998) estas variáveis intervenientes se dividem em dois fatores: os fatores internos e os fatores externos. Os fatores internos ele diz que é a pessoa na organização, sua personalidade, a aprendizagem de cada colaborador, a motivação, a percepção e os valores que cada um tem. Já as variáveis externas são os comportamentos de cada pessoa dentro da organização, entre elas estão o ambiente organizacional, regras e regulamentos da empresa, cultura, políticas, métodos e processos, recompensa e punições e o grau de confiança de cada pessoa. 2.14 A cultura e o clima organizacional De acordo com Chiavenato (1997) as pessoas agem conforme as expectativas de outras, seu comportamento é eminentemente social. Pois, as pessoas nascem, crescem, vivem e se comportam em um ambiente social e dele recebem uma complexa e continua influência no longo de toda sua vida. E a cultura no mostra o um ambiente de e valores costumes, tradições, conhecimentos e práticas de convívio social e relacionamento entre as pessoas. No ponto de vista geral a cultura consiste padrões explícitos e implícitos de comportamento adquiridos e transmitidos ao longo do e tempo que e uma característica particular de cada sociedade. Porque e através da cultura que a sociedade determina suas expectativas e normas de conduta sobre seus membros condicionando-os a se comportarem da maneira socialmente aceitável aos seus padrões, crenças, valores, costumes e práticas sociais. Para Chiavenato (1997) o mesmo acontece nas organizações, cada uma tem sua própria cultura e característica. Pois, cada empresa e um sistema social e complexo, com características próprias e peculiares de acordo com sua cultura organizacional. “Cultura organizacional significa o modo de vida, o sistema de crenças e valores sociais, a forma aceita de interação e de relacionamento que caracterizam cada organização” (CHIAVENATO, 1997, p. 52). A cultura organizacional define as normas de comportamentos das pessoas dentro de cada empresa. É a maneira de ser de cada empresa e de seus colaboradores. 31 Segundo Chiavenato (1997), clima organizacional nada mais do que o meios interno de uma organização atmosfera psicológica e característica que existe em cada organização. O clima organizacional e um ambiente humano onde as pessoas executam seu trabalho, podendo se referir a um departamento de um fabrica ou de uma empresa num todo. Sendo também que o clima não e algo visto nem palpável, mas pode ser percebido psicologicamente. O termo clima organizacional “refere-se especificamente as propriedades motivacionais do ambiente interno de uma organização, ou seja, aqueles aspectos internos da organização que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes” (p. 53). Compondo a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que percebida pelos colaboradores da empresa que e influencia o seu comportamento. Assim o clima organizacional torna-se favorável quando gera satisfação das necessidades pessoais dos colaboradores, produzindo elevação do moral interno. E passa a ser desfavorável quando gera frustação daquelas necessidades (CHIAVENATO, 1997). Devido seu clima organizacional, algumas empresas são quentes e dinâmicas. Outras são frias e impessoais. Outras, ainda, são neutras e apáticas. A dificuldade na sua conceituação reside no fato de que o clima e percebido de diferentes maneiras pelos diferentes indivíduos. Algumas pessoas são mais sensíveis que as outras em relação a diversos aspectos do clima organizacional. O que pode parecer uma característica positiva para uma pessoa, pode ser percebida negativamente por outra (Chiavenato,1997, p. 53). Para Chiavenato (1997) a motivação, o desempenho humano e a satisfação no trabalho e influenciada pelo clima organizacional, pois, ele cria alguns tipos de expectativas sobres as quais consequências se seguem em decorrências de diferentes ações e essas expectativas tendem a levar a um nível de motivação. Segundo Chiavenato (1997) na prática indicadores econômicos, a estrutura organizacional, as oportunidade de participação do pessoal, o significado do trabalho, a escolha da equipe, preparo e treinamento da equipe, estilo de liderança, avaliação e remuneração da equipe, são condições para se definir o clima organizacional da organização. É fatores para se determinar o clima organizacional da empresa (variáveis de entrada do sistema) influenciam a motivação das pessoas, provocando estimulação e níveis diferentes de satisfação e de produtividade (variáveis dependentes), os quais produzem o resultado final em termos de eficiência e eficácia. O modelo a seguir permite uma visão simplificada do fenômeno. 32 Figura 1 – Os determinantes do clima organizacional Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas. 1997, p. 54. 2.15 Sistema de Administração de Pessoas Segundo Chiavenato (1997), Likert adotou um interessante modelo comparativo no qual deu o nome de Sistema de Administração, para se analisar e comparar as maneiras através das quais, as organizações administram seus participantes, essas ações podem assumir diferentes características dependendo de certas condições internas e externas da organização. E importante lembramos que nunca uma ação administrativa de uma organização e a mesma que a de outra, pois, pode variar de acordo com diversas variáveis. Para ele, não existem regras especificas de administração validas, para todas as situações e ocasiões existentes. Mas na verdade, o modelo criado por Likert e composto de quatro alternativas de sistemas administrativos avaliados em funções diversas variáveis comparativas, como processo de tomada de decisões, as comunicações, os sistemas de interação e de influencia cão entre os participantes, a fixação de objetivos, o controle organizacional sobre o desempenho, o relacionamento interpessoal, os sistemas de recompensas e de punição etc. Estabelecendo um perfil organizacional que pode diferenciar cada organização. Simplificando a metodologia de Likert, destacamos apenas 4 variáveis organizacional: o processo decisorial, o sistema de comunicações, o relacionamento interpessoal e os sistema de recompensas e de punições como meios de motivação do pessoal. Abaixo a explicação de cada uma dessas quatro variáveis: Processo decisorial: determina como são tomadas e quem se toma as decisões da organização e mostra se e de forma centralizada ou descentralizada, concentrasse no topo da hierarquia sou dispersa pela periferia da organização. 33 Sistema de comunicações: determina como as informações são transmitidas e recebidas dentro da organização. Se o fluxo das informações é vertical e descendentes se e vertical e com dupla mão de direção e se é também horizontal. Relacionamento interpessoal: determina como as pessoas se relacionam umas com as outras, e qual o grau de liberdade nesse relacionamento humano. E se as pessoas trabalham em equipe ou de forma isolada. Sistemas de recompensas e punições: determina como a empresa motiva as pessoas a se comportarem de certa maneira e se essa motivação é positiva e incentivadora ou restritiva e inibidora. Das variáveis acima apresentadas, cada organização tem a sua de forma diferenciada que recebe o nome de sistemas administrativos. Vejamos os quatro sistemas administrativos conforme as quatro variáveis que acabamos de especificar. Sistema 1 Autoritário coercitivo: e o sistema administrativo mais duro e fechado, autocrático e forte, centralizador, coercitivo e arbitrário que controla tudo que acontece dentro da organização. Sistema 2 Autoritário benevolente: e o um sistema administrativo autoritário, porém menos duro e fechado, que na verdade não passa da variação do sistema 1 sendo menos rígido e mais condescendente. Sistema 3 Consultivo: e o sistema administrativo que representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional que balança mais para o lado participativo do que para autocrático e impositivo. Sistema 4 Participativo: e o sistema administrativo mais aberto de todos o mais democrático e participativo. Para todos os quatro sistemas existem principais características que são: processo decisorial, sistema de comunicações, relacionamento interpessoal e sistemas de recompensas e punições. 34 Quadro 7 – Os quatro sistemas administrativos - O passo decisivo para a Administração Participativa Variáveis Comparativas Processo Decisorial Sistema de Comunicação Relações Interpessoais Sistema de recompensas Sistema 1 Autoritário Coercitivo Totalmente centralizado na cúpula da organização que monopoliza as decisões. Sistema 2 Autoritário Benevolente Centralização Na cúpula, permitindo pequena delegação decisões simples e rotineiras. Relativamente precário prevalecendo as comunicações verticais descendentes sobre as ascendentes. Bastante precário. Somente comunicações verticais, descentralizadas carregado ordens. Contatos entre pessoas São toleradas provocam com alguma desconfiança. condescendência. A organização A organização informal e informal e vedada e incipiente e considerada considerada prejudicial. como ameaça a Cargo e tarefas empresa. confinam as pessoas. Ênfase nas Ênfase nas punições e nas punições e medidas medidas disciplinares. disciplinares, mas Obediência com menor estrita aos arbitrariedade. regulamentos recompensas internos. Raras salariais mais recompensas(de frequentes. cunho Recompensas meramente sociais raras. salarial). Sistema 3 Consultivo Sistema 4 Participativo Consulta aos níveis inferiores permitindo delegação e participação das pessoas. Totalmente delegado descentralizado. Cúpula define políticas e controla resultados. O fluxo de comunicações verticais (ascendentes descendestes) e horizontais e facilitados. Relativa confiança e depositada nas pessoas. A empresa incentiva uma organização informal e eficaz. Trabalho de equipes ou grupos esporádicos. Ênfase nas recompensas materiais (principalmente salários). Recompensas sociais ocasionais. Raras punições e castigos. As comunicações são vitais para o sucesso da empresa. A informação e totalmente compartilhada. O trabalho e realizado em equipes. Formação de grupos informais tomase importante. Confiança mutua participação e envolvimento grupal intenso Ênfase nas recompensas sociais. Recompensas materiais e salariais frequentes. Punições são raras e, quando ocorrem, são definidas pelo o grupo. Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas 1997, p.40. Para Chiavenato (1997), o sistema 3 é mais usado em organizações de serviços por exemplo, bancos e financeiras ou em organizações industriais com tecnologia avançadas e com politicas de pessoal mais abertas. Já o sistema 4 e 35 pouco encontrado na prática, e mais encontrado em empresas que utilizam tecnologia sofisticada e onde se há pessoas especializada e desenvolvidas, como em organizações de propaganda, consultoria em engenharia, administração ou processamento de dados etc. Segundo Chiavenato (1997), “os quatro sistema administrativos permitem identificar as diferentes e gradativas alternativas existentes para administrar as pessoas” (p. 51). No entanto o sistema 1 se refere ao comportamento organizacional autoritário e autocrático, que se parece muito o estilo da teoria X e o sistema 4, no outro extremo do continuum nos lembrar o estilo da teoria Y. Na verdade, o sistema 4 o que Likert dá o nome de sistema participativo utiliza claramente os grupos de pessoas na definição dos objetivos e na melhoria dos métodos de trabalho. As comunicações são transmitidas nos sentidos descendente, ascendente e horizontal. Existem diferentes níveis da organização para as tomadas de decisões que praticamente envolvem todas as pessoas que nela estão inseridas. Existem grupos de trabalhos entrelaçados entre si através de indivíduos que pertencem a vários grupos distintos que são determinados, elos de ligação. Para Likert, o sistema 4 teoricamente disponibiliza melhores condições de trabalho e um ambiente psicológico mais favorável, com uma melhor qualidade de vida para o pessoal, assegurando maior comprometimento intimo, auto nível de produtividade e um bom relacionamento humano em diferentes níveis da organização. Quadro 8 – A dicotomia entre as Teorias X e Y e os correspondentes sistema administrativos Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas 1997, p. 41. 36 3 METODOLOGIA Segundo Gil (2002), método é o caminho para chegar a um objetivo especifico sendo também o conjunto de procedimentos técnicos para adquirir conhecimento de métodos científicos. Bueno (1968), metodologia é o método próprio de cada ciência. E uma direção do espírito na indagação da verdade, maneira mais eficaz de atingir determinado objetivo cientifico ou cultural. Para Lakatos (1991), método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com segurança e economia, permite alcançar os objetivos e conhecimentos desejados válidos e verdadeiros traçando o caminho que deve ser seguido. De acordo com Lakatos e Marconi (2007) todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos, mas de outro modo, nem todos os ramos de estudos que usam esses métodos são ciências. Assim com essas afirmações podemos concluir que a utilização de métodos científicos não e da alçada exclusiva da ciência, pois não existe, há ciência sem emprego do método cientifico. 3.1 Método de Galileu Galilei Da mesma forma que o conhecimento se desenvolveu, o método, sistematização das atividades, também sofreu transformações. O pioneiro a tratar do assunto, no âmbito do conhecimento cientifico, foi Galileu, primeiro teórico do método experimental. Discordando dos seguidores do filosofo Aristóteles, considera que o conhecimento da essência intima das substâncias individuais deve ser substituído, como objetivo das investigações, pelo conhecimento da lei que preside os fenômenos. As ciências, para Galileu, não têm, como principal foco de preocupações a qualidade, mas as relações quantitativas. Seu método pode se descrito como indução experimental, chegando-se a uma lei geral por intermédio da observação de certo número de casos particulares (Lakatos e Marconi, 2007, p. 47). Os principais passos de seu método podem ser assim expostos: Observação: dos fenômenos. Análise: dos elementos constitutivos desses fenômenos, com a finalidade de estabelecer relações quantitativas entre eles; 37 Indução: de certo número de hipóteses, tendo por fundamento a analise da relação desses elementos constituídos dos fenômenos. Verificação: das hipóteses aventadas por intermédio de experiências. Generalização: do resultado das experiências para casos similares. Confirmação: das hipóteses, obtendo-se, a partir dela, leis gerais. Esquematicamente: Fonte: LAKATOS e MARCONI, Metodologia Cientifico. 2007, p. 47. 3.2 Método de Francis Bacon Contemporâneo de Galileu, Francis Bacon, em sua obra Novum Organum, critica também Aristóteles, por considerar que o processo de abstração e o silogismo (dedução formal que, partindo de duas proposições, denominadas premissas, delas retira uma terceira, delas nelas logicamente implicada, chamada conclusão) não propiciam um conhecimento completo do universo. Também se opõe ao emprego da indução completa por simples enumeração (Lakatos e Marconi, 2007, p. 48). Experimentação: e nessa fase, que o cientista registrar, de forma sistemática, todas as informações que tem possibilidade de coletar e realiza experimentos acerca do problema. 38 Formulação de hipóteses: têm por base os experimentos e a análise dos resultados obtidos por seu intermédio, as hipóteses procuram explicar que relação causal entre os fatos. Repetição: as experiências deverão ser repetidas em lugares diferentes e por outros cientistas, assim sua finalidade e o acumular de dados que, por sua vez, servirão para a formulação de hipóteses. Testagem das hipóteses: através da repetição dos experimentos, testam-se as hipóteses; nessa fase busca-se obter novos dados, assim como evidencias que o confirmem, pois e através do grau de confirmação das hipóteses que depende diretamente da quantidade de evidencias favoráveis. Formulação de generalizações e leis: o cientista, desde que tenha percorrido todas as fases anteriores, formula a ou as leis que descobriu fundamentado nas evidências que obteve, e generaliza suas explicações para todos os fenômenos da mesma espécie. De forma esquemática: Fonte: LAKATOS e MARCONI. Metodologia Cientifica. 2007, p .48. 3.3 Conceitos de Pesquisa De acordo com Cervo e Bervin (1996), a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, da colocação de processos científicos. A pesquisa encontra uma dúvida ou problema, e através do uso do método cientifico, busca uma resposta ou solução. Os três elementos são insubstituíveis, uma vez que uma solução poderá ocorrer somente quando algum problema levantado tenha sido 39 trabalhado com instrumentos científicos e procedimentos adequados. A pesquisa, porém, não é a única forma de obter de conhecimentos e descobertas. Outros meios, de acesso ao saber que dispensam o uso de processos científicos embora validos, não podem ser utilizados como tarefas de pesquisa. Para Cervo e Bervin (1996), um desses meios, aliás muito utilizado é a consulta bibliográfica que caracteriza por dirimir pequenas dúvidas, recorrendo a documentos. Esta busca de esclarecimentos não é pesquisa porque envolve problemas e soluções menos significativos e dispensa a utilização de processos muito rigorosos. Além disso, o registro dos dados levantamentos não é exigido e, quando isso ocorre, se reduz á mera cópia. E importante lembrar que o relatório dos resultados, de outra parte, e indispensável na pesquisa. 3.4 Tipos de Pesquisa Para Gil (2002) a pesquisa descritiva tem como um de seus objetivos o estabelecimento de relações entre variáveis, e é justamente esta a finalidade deste estudo: analisar como os fatores motivacionais afetam o clima organizacional de uma organização. De acordo com Gil (2002) através de uma pesquisa qualitativa, é possível entender o comportamento dos indivíduos. E a pesquisa quantitativa busca o levantamento de dados como uma forma de análise estatística. Na maioria das vezes uma pesquisa com tema clima e/ou motivação tenha como base uma pesquisa qualitativa, mas isso não significa que não possa existir outro tipo de pesquisa. Um trabalho científico pode ter uma pesquisa qualitativa ou quantitativa. Porém neste, será realizada uma pesquisa quantitativa, pois será usado apenas o levantamento dos dados estatísticos e não a análise do comportamento dos colaboradores. Pesquisa de levantamento segundo Gil (2002) este tipo de pesquisa se caracteriza pela interrogação direta das pessoas para conhecer qual e o seu tipo de comportamento perante da organização. A pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2002) é qualquer pesquisa que utiliza as seguintes fontes: obras literárias, obras de divulgação, dicionários, enciclopédias, almanaques, jornais, revistas, artigos sobre o assunto pesquisado. 40 4 COLETA DE DADOS Esta pesquisa tem como objetivo analisar como está o clima organizacional da empresa Sumidenso, o grau de motivação dos colaboradores e qual a influência dos fatores motivacionais no clima organizacional da empresa. Foi definido uma amostra de 100 questionários que foram distribuídos em toda a fábrica, dividindo-se cada setor, de acordo com o número de colaboradores. Com a finalidade de encontrar estes fatores, foram feitas diversas perguntas como: sexo, escolaridade, idade, relacionamento com a chefia, benefícios, entre outros pontos que serão tratados posteriormente, ao longo da análise. 4.1 Demonstração e análise dos resultados GRÁFICO 1 – SEXO 30% 70% Masculino Feminino O gráfico 1 nos mostra que 30% das pessoas que preencheram o questionário são do sexo masculino e 70% do sexo feminino. 41 GRÁFICO 2 – IDADE 10% 4% 36% 19% De 18 a 23 31% De 24 a 29 De 30 a 35 De 36 a 41 Acima de 41 O Gráfico 2 nos mostra que 36% das pessoas que preencheram o questionário estão na idade entre 18 e 23 anos, 31% de 24 a 29 anos, 19% de 30 a 35 anos, 10% de 36 a 41 anos e 4% acima de 41 anos. GRÁFICO 3 – QUANTO TEMPO TRABALHO NA SUMIDENSO? 7% 5% 34% 26% Menos de 1 ano 28% De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos De 3 a 4 anos Acima de 4 anos O Gráfico 3 nos mostra que 34% das pessoas que preencheram o questionário tem menos de 1 ano de casa, 28% de 1 ano a 2 de casa, 26% de 2 a 3 anos de casa, 7% de 3 a 4 anos de casa e 5% acima de 4 anos de casa. 42 GRÁFICO 4 – A CHEFIA RECONHECE SEU ESFORÇO PARA REALIZAR SUAS TAREFAS? 5% 16% 17% 33% 29% Sempre Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 4 nos mostra que 16% das pessoas que preencheram o questionário reconhece que a chefia ver os seus esforços na realização das tarefas sempre 33%, frequentemente 29%, algumas vezes 29%, raramente 17% e 5% nunca. GRÁFICO 5 – A EMPRESA OFERECE TREINAMENTO DE COMO AS TAREFAS DIÁRIAS DEVEM SER REALIZADAS? 1% 11% 30% 27% 31% Sempre Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 5 nos mostra que 30% das pessoas que preencheram o questionário respondem que a empresa oferece treinamentos nas realizações das tarefas diárias sempre, 31% frequentemente, 27% algumas vezes, 11% raramente e 1% nunca. 43 GRÁFICO 6 – AS OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM OFERECIDAS PELA EMPRESA TAIS COMO TREINAMENTO E CURSOS PARA A MELHORIA DE SUA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL SÃO SATISFATÓRIAS? 3% 17% 15% 28% 37% Sempre Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 6 nos mostra que 15% das pessoas que preencheram o questionário respondem que as oportunidades de aprendizagem oferecidas pela empresa tais como treinamento e cursos para a melhoria de sua qualificação profissional e pessoal são sempre satisfatórios, 28% frequentemente, 37% algumas vezes, 17% raramente e 3% nunca. GRÁFICO 7 – PARTICIPO DE FESTAS E COMEMORAÇÕES PROPORCIONADAS PELA EMPRESA? 4% 12% 38% 15% 31% Sempre Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 7 nos mostra que 38% das pessoas que preencheram o questionário respondem que participam de festas e comemorações proporcionadas pela empresa sempre, 31% frequentemente, 15% algumas vezes, 12% raramente e 4% nunca. 44 GRÁFICO 8 – A EMPRESA OFERECE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), QUANDO NECESSÁRIO (PROTETOR AURICULAR, LUVAS, BOTAS etc.)? 0% 6% 15% 43% Sempre 36% Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 8 nos mostra que 43% das pessoas que preencheram o questionário respondem que a empresa oferece (EPI), quando necessário, (protetor auricular, luvas, botas etc) sempre, 36% frequentemente, 15% algumas vezes, 6% raramente e 0% nunca. GRÁFICO 9 – HÁ COOPERAÇÃO NOS TRABALHO REALIZADOS EM EQUIPE? 1% 9% 28% 28% Sempre 34% Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 9 nos mostra que 28% das pessoas que preencheram o questionário respondem que há cooperação na realização dos trabalhos em equipe sempre, 34% frequentemente, 28% algumas vezes, 9% raramente e 1% nunca. 45 GRÁFICO 10 – AS METAS SÃO CLARAS E ATINGÍVEIS? 2% 8% 21% 34% Sempre 35% Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 10 nos mostra que 8% das pessoas que preencheram o questionário respondem que as metas são claras e atingíveis sempre, 34% frequentemente, 35% algumas vezes, 21% raramente e 2% nunca. GRÁFICO 11 – SOU OUVIDO E COMPREENDIDO? 5% 11% 18% 27% 39% Sempre Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 11 nos mostra que 11% das pessoas que preencheram o questionário respondem que são ouvidas e compreendidas sempre, 27% frequentemente, 39% algumas vezes, 18% raramente e 5% nunca. 46 GRÁFICO 12 – TENHO AJUDA E APOIO DOS MEUS COLEGAS DE TRABALHO NOS MOMENTOS DE DIFICULDADES? 7% 10% 29% 23% Sempre 31% Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 12 nos mostra que 29% das pessoas que preencheram o questionário respondem que tem ajuda e apoio dos meus colegas de trabalho nos momentos de dificuldades sempre, 31% frequentemente, 23% algumas vezes, 10% raramente e 7% nunca. GRÁFICO 13 – SINTO-ME MOTIVADO NO AMBIENTE DE TRABALHO? 5% 11% 28% 19% Sempre 37% Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 13 nos mostra que 11% das pessoas que preencheram o questionário respondem que se sente motivado no ambiente de trabalho sempre, 19% frequentemente, 37% algumas vezes, 28% raramente e 5% nunca. 47 GRÁFICO 14 – A COMUNICAÇÃO EM EQUIPE FAVORECE O DESEMPENHO NO TRABALHO? 5% 14% 26% 28% Sempre Frequentemente 27% Algumas vezes Raramente Nunca O Gráfico 14 nos mostra que 14% das pessoas que preencheram o questionário respondem que a comunicação em equipe favorece o desempenho no trabalho sempre, 28% frequentemente, 27% algumas vezes, 26% raramente e 5% nunca. GRÁFICO 15 – AS POSSIBILIDADES DE CRESCIMENTO OFERECIDAS PELO SUMIDENSO SÃO: 8% 19% 13% 28% 32% Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo O Gráfico 15 nos mostra que 19% das pessoas que preencheram o questionário respondem que existe a possibilidades de crescimento oferecido pela Sumidenso é ótimo, 32% bom, 28% regular, 13% ruim e 8% péssimo. 48 GRÁFICO 16 – A PREMIAÇÃO OFERECIDA PARA O ATINGIMENTO DE METAS É: 8% 12% 14% 40% 26% Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo O Gráfico 16 nos mostra que 12% das pessoas que preencheram o questionário respondem que a premiação oferecida para o atingimento de metas é ótimo, 40% bom, 26% regular, 14% ruim e 8% péssimo. GRÁFICO 17 – COMO VOCÊ CONSIDERA OS BENEFÍCIOS OFERECIDOS PELA EMPRESA? 9% 13% 12% 22% 44% Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo O Gráfico 17 nos mostra que 13% das pessoas que preencheram o questionário respondem que considera os benefícios oferecidos pela empresa ótimo, 44% bom, 22% regular, 12% ruim e 9% péssimo. 49 GRÁFICO 18 – COMO É SEU RELACIONAMENTO COM SUA CHEFIA? 3% 13% 15% 29% 40% Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo O Gráfico 18 nos mostra que 13% das pessoas que preencheram o questionário respondem que o relacionamento com sua chefia ótimo, 29% bom, 40% regular, 15% ruim e 3% péssimo. GRÁFICO 19 – COMO VOCÊ CONSIDERA AS CONDIÇÕES FÍSICAS DO LOCAL DE TRABALHO (Iluminação, ruído, etc.)? 4% 6% 24% 34% Ótimo Bom 32% Regular Ruim Péssimo O Gráfico 19 nos mostra que 6% das pessoas que preencheram o questionário respondem que considera as condições físicas do local de trabalho (iluminação, ruído, etc.) ótimo, 24% bom, 32% regular, 34% ruim e 4% péssimo. 50 GRÁFICO 20 – O AMBIENTE DE TRABALHO DA SUMIDENSO PODE SER CONSIDERADO: 5% 10% 29% 19% Ótimo Bom 37% Regular Ruim Péssimo O Gráfico 20 nos mostra que 10% das pessoas que preencheram o questionário respondem que o ambiente de trabalho da Sumidenso pode ser considerado ótimo, 19% bom, 37% regular, 29% ruim e 5% péssimo. 51 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente as empresas buscam um clima harmonioso e amigável para seus colaboradores, no que se diz respeito a ambiente de trabalho. É importante que exista um bom clima organizacional para a motivação e eficiencia de todos os colaboradores que nela estão inserida. Este estudo visou proporcionar mais conhecimento em relação a clima organizacional versus motivação dentro da empresa, buscando identificar como está à motivação dos colaboradores da empresa Sumidenso e de que forma esta motivação afeta o clima organizacional, positiva ou negativa? Afim de entender qual é o nível de motivação dos colaboradores que nela estão inseridos, um importante passo para que a empresa possa melhor a relação com seus colaboradores. O estudo teórico e prático contribuiu para uma melhor análise do clima, onde foram observadas todas as variáveis possíveis que compõem o conceito de clima organizacional e motivação. Com base nesses aspectos a empresa poderá elaborar estratégias a fim de eliminar ou minimizar os fatores negativos que prejudiquem o nível de motivação dos seus colaboradores. Pois, fatores motivacionais estão ligados diretamente ao clima organizacional e qualquer alteração das partes irá afetar a outra. Pois podemos dizer que, o clima afeta a motivação e a motivação afeta o clima. Por estes motivos, a empresa precisa pensar e valorizar este assunto uma vez que o colaborador desmotivado não rende, e acaba afetando o bom resultado da organização. Lembrando que o capital humano é o maior patrimonio que as empresas possuem e o clima organizacional afeta de modo geral a todos os colaboradores da empresa. Foi presuposto que, o estudo teria como foco: medir os fatores motivacionais, analisar como está o clima organizacional e como estes fatores motivacionais afetam no clima organizacional da empresa. E este objetivo, pode ser avaliados na análise dos dados feito através dos questionários aplicados. Foram observados alguns pontos que podem ser aprofundados, por isso recomenda-se que: a empresa identifique porque os fatores expostos no trabalho estão causando desmotivação para os colaboradores e que faça treinamento com a chefia, busque melhorar a remuneraçao dos colaboradores e fazer contratação de 52 um profissonal da saúde mental. Trabalhando tais fatores, tentando resolver estes problemas, afim de alcançar maior motivação dos colaboradores e consequentemente melhorar o clima organizacional da empresa a produtividade, eficiencia e lucro. 53 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Fernando Neves de. Comportamentos de sucesso. 1 ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1992. BOM SUCESSO, Edna de Paula. Trabalho e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Dunya, 1998. CERVO e BERVIAN, Amando Luiz e Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Makron Books, 1996. 198p. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: Transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. 5 ed., Rio de Janeiro: Campus, 2005. ______. Gerenciando pessoas: O passo decisivo para a administração participativa. 3 ed., São Paulo: Makron Books, 1997. ______. Gestão de Pessoas. O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 7 ed. Rio de Janeiro: Campus Ltda., 1999. ______. Gestão de Pessoas. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. ______. Introdução à teoria geral da Administração. 7 ed. rev. e atual., Rio de Janeiro: Campus, 2003. ______. Recursos Humanos. 5 ed., São Paulo: Atlas, 1998. DUTRA, Souza Joel. Gestão de Pessoas. Modelo, processos, tendências e perspectivas. 1 ed. São Paulo Editora Atlas. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Editora Atlas S. S, 2002. 171p. LUZ, Ricardo. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. MARCONI e LAKATOS, Marina de Andrade e Eva Maria. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Editora Atlas S. A, 2007. 288p. MENEZES, Igor Gomes; GOMES, Ana Cristina Passos. Clima organizacional: uma revisão histórica do construto. Psicol. rev. (Belo Horizonte) [online]. 2010, vol. 16, n. 1, p. 158-179. ISSN 1677-1168. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v16n1/v16n1a11.pdf>. Acesso em: 30 Abril 2012. ROBBINS, Stephen Paul. Fundamentos do comportamento organizacional. 8 ed. São Paulo: Pearson, 2008. ______. Comportamento Organizacional. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. 54 QUESTINÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE CLIMA ORGANIZACIONAL RELAÇÃO EMPRESA E COLABORADOR FATORES MOTIVACIONAIS 1 - Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino 2 - Idade ( ) de 18 a 23 Anos ( ) de 24 a 29 Anos ( ) de 30 a 35 Anos ( ) De 2 a 3 anos ( ) Acima de 41 anos ( ) De 3 a 4 anos ( ) Acima de 41 anos ( ) de 36 a 41 Anos 3 - Quanto tempo trabalha na Sumidenso? ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 2 anos 4 - A chefia reconhece seu esforço para realização das tarefas? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 5 - A empresa oferece treinamento de como as tarefas devem ser realizadas? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 6 - As oportunidades de aprendizagem oferecidas pela empresa tais como treinamento e cursos para a melhoria de sua qualificação profissional e pessoal são satisfatórios ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 7 - Participo de festas e comemorações proporcionadas pela empresa ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 8 - A empresa oferece Equipamento de proteção Individual (EPI), quando necessário? (protetor auricular, luvas, botas etc) ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 9 - Há cooperação na realização dos trabalhos em equipe? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 10 - As metas são claras e atingíveis? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 11 - Sou ouvido e compreendido. ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 12 - Tenho ajuda e apoio dos meus colegas de trabalho nos momentos de dificuldades? ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 13 - Sinto-me motivado no ambiente de trabalho ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 14 - A comunicação em equipe favorece o desempenho no trabalho. ( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 15 - As possibilidades de crescimento oferecido pela Sumidenso são: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 16 - A premiação oferecida para o atingimento de metas é: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 17 - Como você considera os benefícios oferecidos pela empresa? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 18 - Como é seu relacionamento com sua chefia? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 19 - Como você considera as condições físicas do local de trabalho? (iluminação, ruído, etc) ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo 20 - O ambiente de trabalho da Sumidenso pode ser considerado: ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo