III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia O SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL E SUA APLICABILIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR - IES Nerian José Cardoso – FURB – [email protected] Roberto Marcos Navarro – FURB – [email protected] Profa. Dra. Ana Cristina Faria – FURB – [email protected] RESUMO Este artigo tem por objetivo caracterizar a implementação e a relevância do Sistema de Informação Gerencial nas Instituições de Ensino Superior, demonstrando a sua utilidade positiva como aglutinador de informações para a gestão empresarial. O instrumento metodológico utilizado foi à pesquisa bibliográfica, apresentando os seguintes conceitos: instituição de ensino superior, sistema de informação, sistema de informação gerencial e sistemas de informações integrados, envolvendo: sistema de administração de atividades didáticas; sistema de administração de biblioteca; sistema de administração financeira; sistema de administração de recursos humanos; sistema de protocolo e comunicações; sistema de administração de materiais e de patrimônio. Conclui-se que o uso do sistema de informação gerencial é uma ferramenta no processo de tomada de decisão, buscando reduzir custo e maximização do resultado. Palavras-Chave: Sistema de informação Gerencial, IES, Universidades. 1 INTRODUÇÃO A Instituição de Ensino Superior (IES) é uma empresa e deve gerar resultados. Com processos e particularidades, requer uma solução que vai além do controle acadêmico, ultrapassando o limite dos diários, históricos e listagens. Um dos instrumentos obrigatórios pelo MEC, quando da abertura de uma Instituição de Ensino Superior é o PDI-Plano de Desenvolvimento Institucional, um plano geral de desenvolvimento dos próximos cinco anos para instituição quando da autorização ou renovação, que nada mais é que um instrumento de planejamento com totais características gerencia. Podemos destacar com características de informações gerenciais constantes no PDI os seguintes itens obrigatórios: objetivos e metas (descrição dos objetivos e quantificação das metas com cronograma); organização e gestão de Pessoal; cronograma de expansão da infraestrutura para o período de vigência do PDI e demonstração da sustentabilidade financeira, incluindo os programas de expansão previstos no PDI. A Universidade necessita de um sistema eficiente, capaz de transformar informações em resultados. Integrando os processos, eliminamos o retrabalho, padronizamos atividades e antecipamos as respostas preservando a integridade das informações. O sistema deve ser uma poderosa ferramenta, extremamente flexível, capaz de se adaptar a realidade e as estratégias da Instituição, permitindo total integração entre gestão acadêmica, administrativa e RH, identificando os cursos e áreas mais rentáveis ou menos rentáveis. O artigo tem por objetivo caracterizar a implementação e a relevância do Sistema de Informação Gerencial nas Instituições de Ensino Superior, demonstrando a sua utilidade positiva como aglutinador de informações para a gestão empresarial. O instrumento metodológico utilizado foi à pesquisa bibliográfica, apresentando seguintes conceitos: instituição de ensino superior, sistema de informação, sistema informação gerencial e sistemas de informações integrados, envolvendo: sistema administração de atividades didáticas; sistema de administração de biblioteca; sistema administração financeira; sistema de administração de recursos humanos; sistema protocolo e comunicações; sistema de administração de materiais e de patrimônio. os de de de de Neste capitulo vamos dar enfoque a constituição de e classificação das Universidades em conformidade com a legislação Mec/Sesu – 2006. A forma de criação conforme Projeto de Lei de iniciativa do Poder Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo. UNIVERSIDADE As Universidades classificam-se segundo a natureza de suas mantenedoras em Públicas (criadas por Projeto de Lei de iniciativa do Poder Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo) e Privada (criadas por credenciamento junto ao Ministério da Educação), demonstrado na figura abaixo: Figura 1 – Organograma da Organização Administrativa das IES Fonte: Mec/Sensu - 2006 Instituições Públicas são criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público e estão classificadas conforme (Mec/Sesu, 2006) em: Federais – mantidas e administradas pelo Governo Federal Estaduais – mantidas e administradas pelos governos dos estados Municipais – mantidas e administradas pelo poder público municipal 2 Instituições Privadas são mantidas e administradas por pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado e dividem-se, ou se organizam, entre Instituições privadas com fins lucrativos ou privadas sem fins lucrativos. Podem se organizar como: Instituições privadas com fins lucrativos ou Particulares sem sentido estrito são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Sua vocação social é exclusivamente empresarial. Instituições privadas sem fins lucrativos, podem ser quanto a sua vocação social: 2.1 – Comunitárias – Incorporam em seus colegiados representantes da comunidade. Instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora, representante da comunidade. 2.2 – Confessionais – constituídas por motivação confessional ou ideológica. Instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendam à orientação confessional e ideológica especificas 2.3 – Filantrópicas – aquelas cuja mantenedora, sem fins lucrativos, obteve junto ao Conselho Nacional de Assistência Social o Certificado de Assistência Social. São as instituições de educação ou de assistência social que prestem os serviços para os quais foram instituídas e os coloquem à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem qualquer remuneração. A Organização Acadêmica obedece critérios estabelecidos pela Sesu - Secretaria de Educação Superior – MEC, que determina como as Instituições se organizam. ORGANIZAÇÂO ACADÊMICA - (Sesu – Secretaria de Educação Superior - MEC) Caracteriza as instituições de ensino superior quanto a sua competência e responsabilidade. Instituições de Ensino Superior oferecem cursos superiores em pelo menos uma de suas diversas modalidades, bem como cursos em nível de pós-graduação. Universidades são instituições pluridisciplinares, públicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão. 1)Instituições Universitárias São instituições pluridisciplinares, publicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão. Dividem-se em: Universidades São instituições pluridisciplinares, publicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares ensino, pesquisa e extensão. Universidades Especializadas São instituições de educação superior, publicas ou privadas, que atuam numa área de conhecimento especifica ou de formação profissional, devendo oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho a comunidade escolar. Centros Universitários 3 São instituições de educação superior, públicas ou privadas, pluricurriculares, que devem condições de trabalho à comunidade escolar. 2) Instituições Não Universitárias CEFETs e CETs Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e os Centros de Educação Tecnológica (CETs). Representam instituições de ensino superior, publicas ou privadas, pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino, caracterizando-se pela atuação prioritária na área tecnológica. Eles podem ministrar o ensino técnico em nível médio. O centro de Educação Tecnológica possui a finalidade de qualificar profissionais em cursos superiores de educação tecnológica para os diversos setores da economia e realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo, inclusive, mecanismos para a educação continuada. Faculdades Integradas São instituições de educação superiores públicas ou privadas, com propostas curriculares em mais de uma área do conhecimento. Tem o regimento unificado e é dirigida por um diretor geral. Pode oferecer cursos em vários níveis sendo eles de graduação, cursos seqüenciais e de especialização e programas de pós-graduação (mestrado e doutorado). Faculdades Isoladas São instituições de educação superiores públicas ou privadas. Com propostas curriculares em mais de uma área do conhecimento são vinculadas a um único mantenedor e com administração e direção isoladas. Podem oferecer cursos em vários níveis sendo eles de graduação, cursos seqüenciais e de especialização e programas de pós-graduação (mestrado e doutorado). Institutos Superiores de Educação São instituições públicas ou privadas que ministram cursos em vários níveis sendo eles de graduação, cursos seqüenciais e de especialização, extensão e programas de pós-graduação (mestrado e doutorado). As Instituições de Ensino não diferem muito das empresas em qualquer área, exceto na missão específica. Não diferem no que diz respeito ao trabalho e aos encargos do dirigente, ao planejamento e à estrutura da organização. Contudo, a instituição de ensino é essencialmente diferente das empresas nos seus negócios. É diferente na finalidade, possui valores diferentes, faz contribuição diferente à sociedade. Em sua organização, abaixo, colocamos um organograma funcional básico de uma Instituição de Ensino Superior: 4 Figura 4 - Adaptado de: Lima, Mauricio Andrade de - UMA PROPOSTA DO BALANCED SCORECARD PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DAS UNIVERSIDADES FUNDACIONAIS DE SANTA CATARINA, - Tese de Doutorado em Engenharia da Produção –UFSC – SC. 3. SISTEMA DE INFORMAÇÕES Quando se estuda SI, temos que diferenciar o que é dado e o que é informação. Segundo Oliveira (2000, p.167), “dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Por sua vez, informação é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões”. O comentário que o autor faz sobre dado e informação é de que toda informação é uma ferramenta importante dentro das empresas ou organizações que quando bem estruturada, esta passa a integrar os demais subsistemas e, como conseqüência, as atividades das demais unidades da organização ou empresas. Oliveira (1996, p. 68) comenta que “a informação é o produto da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de um complexo para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma otimizada”. Logo, toda a sistemática de coleta, tabulação e armazenamento dos dados para transformá-los em informações, posteriormente, facilita a tomada de decisão por parte dos gerentes e otimiza melhor o tempo. Beuren (1998, p. 59) ressalta também que “uma vez que a empresa reconhece o papel positivo que a informação pode representar, cabe a ela refletir sobre questões primordiais relativas à criação de processos eficazes de gestão da informação”. Tendo em vista o contexto econômico, a autora completa que a informação pode ser um dos fatores responsáveis pelo bom êxito das empresas em termos de sobrevivência ou como forma de estabelecer maior competitividade. O sistema de informações consiste em uma soma estruturada de elementos. Mosimann, Alves e Fisch (1993, p.52) conceituam sistema de informação como “uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de decisões, não apenas da empresa como um todo, mais, também, de cada área de responsabilidade”. 5 Segundo Campos Filho (1994, p.34) explicita que o sistema de informação baseia-se em quatro componentes reunidos de modo a permitir o melhor atendimento aos objetivos da organização: À informação (dados formatados, imagens, sons e textos livres); Os recursos humanos (que coletam, armazenam, recuperam, processam, disseminam e utilizam as informações); Às tecnologias de informações (o hardware e o software); As práticas de trabalho (métodos utilizados) As práticas de trabalho, segundo Alter (1992, p.07), são as formas, maneiras e métodos utilizados pelas pessoas da organização para realizar os seus serviços. Elas estão intimamente ligadas às ferramentas tecnológicas e às informações para comunicação, realização de tomada de decisão e outras tarefas necessárias ao negócio. As tecnologias de informações, de acordo com Alter (1992, p.09), compreendem o hardware e software destinado à tarefa de processamento de dados e que capturam, manipulam, armazenam, recuperam e transmitem as informações. Salienta que a tecnologia da informação é um componente do sistema de informação e não pode ser confundido como se este elemento fosse o todo. A tecnologia de informação é o ferramental do qual se utiliza à prática de trabalho. Os recursos humanos, segundo Campos Filho (1994, p.35), estão incluídos no sistema de informação para, a não ser em casos totalmente automatizados, coletar, processar ou usarem dados. A vinculação entre os recursos humanos e as práticas de trabalho demonstra que elas afetam os recursos humanos, ao passo que as características dos recursos humanos no sistema determinam quais as práticas viáveis e adequadas. Ressalta-se o valor da informação. Para uma decisão, nem todas as informações apresentam a mesma importância e, para isso, deve ser comunicada às pessoas em conteúdo adequado, senão ela perde o seu valor. A informação pode ser reutilizada, não é deteriorada e nem se deprecia e cada usuário determina o seu valor. Figura 2 – Valor da informação Fonte: Oliveira (1996, p.47) A Figura 2 esquematiza o processo de valorização da informação dentro de uma empresa, considerando seus impactos nas decisões, no tempo de utilização e na utilidade da informação. Destacar-se-á os tipos de sistemas de informações de acordo com a modelagem do uso da informação, conforme figura abaixo e sua hierarquia, na parte inferior da pirâmide estão 6 concentrados os sistemas de automação (SA), que refere-se aos sistemas de automação industrial, comercial, bancária e de escritório, como sistema de processo. Como segundo na escala piramidal tem-se os sistemas de processamento de transações (SPT). Este tipo de sistema de informação refere-se aos sistemas computacionais como o de faturamento, folha de pagamento, conta a pagar e a receber, contábil e tesouraria. Figura 3 – Pirâmide dos Sistemas de Informação Fonte: FURLAN; IVO; AMARAL (1994. P. 26). No nosso terceiro grau de hierarquia, têm-se os sistemas gerenciais que, por sua vez, dividem-se em dos módulos: o SAD e o SIG. O sistema de apoio à decisão (SAD), que é conceituado por Stair (1998, p.38) como “um grupo organizado de pessoas, procedimentos, bando de dados, e dispositivos usados para dar apoio à tomada de decisões referentes a problemas específicos”. Para Sprague (1991, p.10), o SAD caracteriza-se como “um sistema computacional interativo que ajuda os responsáveis pela tomada de decisões a utilizar dados e modelos para resolver problemas não estruturados”. STAIR (1998, P.232) corrobora esta idéia e acrescenta que o foco de um SAD “está na eficácia da tomada de decisões em face de problemas comerciais não estruturados ou semi-estuturados”. O SIG como, objeto deste estudo daremos um tratamento individualizado neste trabalho. O SIE tem várias definições, as quais convergem para um sistema de informações que fornece suporte ao processo decisório para alto escalão da organização. Para Pozzebon e Freitas (1996, p.29), o SIE “é uma solução em termos de informática que disponibiliza informações corporativas e estratégicas para os decisores de uma organização, de forma a otimizar sua habilidade para tomar decisões de negócios importantes.”. Mecleod (1993, p.586) ressalta que “um sistema de informações executivas é um sistema que prevê informações para o executivo do desempenho global da firma”. Considera que o fornecimento destas informações ao executivo pode ser facilmente recuperado e pode ter vários níveis de detalhes. Numa abordagem mais moderna, a informação deixa de estar dividida em estratégica, tática e operacional e passa a ser executiva visando dar suporte à tomada de decisões oportunas em todos os níveis. Sendo assim, todos os clientes e ou usuários das informações executivas são denominados executivos. (ABREU e ABREU, 2003). O sistema de informações gerenciais é descrito por Mcleod (1993, p.427) como “um sistema baseado em computador que faz avaliações das informações para usuários com necessidades similares”. O autor afirma que às informações serão utilizados pelos administradores e não administradores para a tomada de decisão e para resolver os problemas. 7 Para Stair (1998, p.38) “um sistema de informações gerenciais (SIG) é um agrupamento organizado de pessoas, procedimentos, bando de dados e dispositivos usados para oferecer informações de rotina aos administradores e tomadores de decisões”. Os autores Furlan, Ivo e Amaral (1994, p.28), “nos sistemas MIS, o foco passa para as atividades de planejamento e integração dos sistemas”. Identificam como principais características do SIG: a) foco na informação direcionada a gerentes de nível médio; b) fluxo de informações estruturado; c) integração de relatórios e consultas, normalmente com uso de um banco de dados. Laudon (2001) afirma que os SIGs suprem os gerentes com relatórios sobre o desempenho passado e presente da empresa. Eles auxiliam o papel informativo dos gerentes ajudando a monitorar o desempenho atual da empresa e a prever o desempenho futuro, possibilitando assim que os gerentes intervenham, auxiliando o controle da empresa. Conforme figura acima os SIGs estão colocados a nível hierárquico da informa a nível intermediário decisório da organização há mesmo tempo que esta ligada como com os níveis inferiores como um fornecedor de informações. Stair (2002) relaciona as principais características de um SIG: Gerar relatórios de saída com formatos fixos e padronizados; Necessitar de solicitações formais do usuário; Produzir relatórios impressos e em tela de computador; Produzir relatórios programados, sob solicitação e de exceção; Ter relatórios desenvolvidos e implementados por sistemas de informações pessoais, incluindo analistas de sistema e programadores de computadores; Usar dados internos armazenados no sistema do computador. 4 - PROPOSTA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA I.E.S As mudanças legais ocorridas alteraram completamente o contexto do ensino superior, quando no passado a concorrrencia era muito pouco hoje a realidade é completamente diferente. Para tanto as IES, devem preocupar-se com estratégias para manutenção da posição atual e buscar novos mercados. Um novo modo de pensar e agir, começar a tomar conta; preocupação com o mercado, com o negócio, com o cliente, com a gerência dos serviços para evitar a queda na produtividade, a perda de alunos, a perda de rentabilidade, a perda de espaço, enfim, a marginalização. A preocupação com a qualidade dos serviços tomou conta da sociedade e não apenas na área da educação. A política de avaliação com diversas formas, instrumentos e modalidades deixam as instituições em alerta contínuo para fazer uma analise diária de suas condições. As IES’s têm por objetivos oferecerem mais e melhores serviços, devendo se concentrar em: - no cliente, em como atraí-lo, conhecê-lo e como agradá-lo; - nos serviços que oferecem, o que, como, quando e onde ensinar; - no convívio. A IES deve oferecer condições ao cliente no ambiente escolar; - controles - preocupação quanto ao desenvolvimento dos projetos pedagógicos de cursos compartilhados, com responsabilidades divididas, com implantação de controles de processo e 8 saída de formas diferenciadas de avaliação das atividades administrativas, pedagógicas e acadêmicas gerais; na preocupação com os concorrentes. - quem são eles, onde se localizam como pensam como atuam e como projetam o futuro. Nesse novo cenário as palavras mais freqüentes são: competência, competitividade, produtividade, avaliação, controles, participação, estratégias de marketing, o foco no cliente e agregação de valor social e econômico, sendo o primeiro para o cidadão e o segundo para organização. Neste contexto, são apresentadas as principais características do Sistema de Informação Gerencial para IES. O sistema a ser implantado será subdividido pelos módulos, a saber: Sistema de Administração de Atividades Didáticas; Sistema de Administração de Biblioteca; Sistema de Administração Financeira; Sistema de Administração de Recursos Humanos; Sistema de Protocolo e Comunicações; Sistema de Administração de Materiais e de Patrimônio; Sistema de Adm. de Materiais e Sist. Adm. e Recursos Humanos Sist. de Adm. de Atividades Didáticas SIG-IES Sist.Protocolo e Comunicação Sist. de Adm. Financeira Sistema Adm. de Biblioteca Figura 5 – Adaptado do Ministério de Ciência e Tecnologia. Disponível em http://www.mct.gov.br/sig. Acessado em 31 de maio de 2006. 9 As Instituição de Ensino Superior enquanto empresas devem gerar resultados. Para isso em um ambiente de mercado competitivo, um sistema de informação gerencial é de grande importância como suporte para decisões a serem tomadas pelos níveis hierárquicos da organização, um sistema integrada e eficaz é fundamental. Quando deste estudo o sistema o gestor, o gestor tem suporte à tomada de decisões, com uma análise contextualizada de dados compartilhados. Isso significa alocação ideal de recursos físicos e humanos, controle de todos os processos, o melhor desempenho de cada atividade. Pode-se dizer que a informação gerada pelo sistema de informação gerencial em termos sintéticos em seu fluxo é usada como: informações para planejamento, informações para acompanhamento e informações para avaliação, sendo que seus usuários seriam: os mantenedores, os conselheiros, os dirigentes. Em termos analíticos as informações. De forma analítica a informação gerada pelo SIG em seu fluxo são ações pedagógicas e administrativas geradas pelos acadêmicos, docentes, pessoal de apoio, destinadas aos chefes de departamentos e chefes de divisões administrativas. Os projetos pedagógicos gerados, pelos chefes, destinam-se a diretores de centro, são analisadas e encaminhadas aos próreitores para analise e encaminhamento aos conselhos superiores das instituições para aprovação. De posse dessas informações os dirigentes das IES elaboram o Plano Interno de Ações e o Plano Estratégico da instituição. Aos mantenedores são enviados esses planos a quem caberá o acompanhamento e a avaliação dos planos elaborados. SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE ATIVIDADES DIDÁTICAS Regime seriado e/ou por créditos; O sistema terá como responsabilidade o relacionamento documental entre a IES, como prestadora de serviço educacional e o contratante deste serviço, neste caso o acadêmico como principal cliente da organização. Para tanto deverá desenvolver as seguintes atribuições: Matrícula, Pré-matrícula automática local ou via internet, Plano de curso automatizado, permitindo aos professores a digitação do conteúdo Avaliação institucional via internet ou local, Completo cadastro de alunos contendo toda a vida acadêmica e financeira; . Consulta unificada de todos os períodos letivos (semestres/anos), Emissão de relatórios, como boletins, históricos, atas de resultados finais, diplomas Emissão de todos os relatórios exigidos pela legislação; . Equivalências de disciplinas, Controle completo das disciplinas obrigatórias, eletivas e optativas, Controle completo de atividades complementares; . Registro de notas e faltas Controle completo das ocorrências dos alunos e docentes Declarações de cobranças, contratos, etiquetas e outros; Quadro de horários automático do aluno e do professor, 10 Integração com Exame Nacional de Cursos de acordo com as exigências do MEC. SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE BIBLIOTECA Esse sistema tem como objetivo o controle do ativo da biblioteca como patrimônio, da compra, do descarta, da reposição, do empréstimo aos acadêmicos e a entrega pelos mesmos. A possibilidade consulta de periódicos e consultas eletrônicas por meio da internet. Consulta rápida ao acervo conforme critérios definidos pelo usuário; Geração automática das etiquetas para identificação dos exemplares; Geração automática de carteirinhas com código de barras para clientes; Controle de livros, fitas, CDs, arquivos digitais, disquetes, dissertações, documentos, Periódicos, slides, teses, fotografias, etc; Controle automático de multas por atraso na entrega do exemplar; Estatísticas de empréstimos identificando os exemplares mais solicitados; Parametrização das formas de entrada e saída de exemplares; Controle da situação dos usuários, com emissão de relatório de movimentação; Controle de reservas e de disponibilidades. SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A administração financeira neste momento de complexidade financeira para a Instituição de Ensino Superior aonde o valor da mensalidade, semestralidade e anuidade é fator de esvaziamento ou total preenchimento de vagas para cursos de nível superior desde, aonde a concorrência de alguma forma tornaram-se animalesca, em alguns casos deixando a qualidade de ensino em segundo plano, após a proliferação de IES, nestes últimos anos. O controle financeiro das instituições é importante para o equilíbrio financeiro das instituições, para tanto o sistema proposto irá fornecer informações necessárias para de rotinas, ações extraordinárias. Entre essas ações destacamos: Geração de Contrato de Serviço Educacional; Renegociação das negociações Geração de boletos automatizado, Boletos de cobrança contabilizando por centro de custo; Integração completa de cobrança com todos os bancos Integração completa de recebimentos com todos os bancos, Fluxos de caixa integrados que cruzam informações das contas a receber / a pagar Análise da inadimplência, com visualização de valores e percentuais por. 11 aluno, disciplina, turma, curso ou centro de custo; Estatísticas de pagamento, identificando a melhor data para cobrança da. mensalidade visando à redução da inadimplência; Planos de pagamento criados de acordo com as necessidades da Instituição, para cursos, períodos letivos, séries, turnos etc, Geração de contratos para o aluno personalizados pelo usuário no gerador de relatórios, no ato ou após a matrícula; Controle de orçamento por centro de custo, previsto / realizado; Controle de aplicações financeiras, acompanhamento gráfico das melhores opções para o resgate; Controle completo do gerenciamento de bolsas (próprias e externas)Fies/Prouni Caixas internos com as movimentações diárias da instituição, de caixa, Informações sobre valor devido do aluno. SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Neste sistema deveremos controlar a necessidade de docente em relação a discente em termos de necessidade professor/aluno, os valores a serem pagos aos docentes, a forma de pagamento, projeção de necessidades atuais e futuras, a necessidade de pessoal de apoio à atividade acadêmica, necessidades de políticas de capacitação docente e de pessoal de apoio e avaliação de desempenho de todos os colaboradores da instituição. O sistema atenderá as seguintes atividades: Integração com o módulo acadêmico possibilitando o pagamento da remuneração do docente de forma rápida e segura; Folha de pagamento completa, Professores que ministram aulas em diferentes cursos; Professores que ministram aulas e são coordenadores de cursos; Valor das aulas calculadas de acordo com a titulação; Valor hora, quantidade de aulas dadas e centro de custo; Controle de pagamento integrado de adicional por aluno conforme a turma; Adicional extra classe; Avaliação do quadro docente conforme qualificação e projeção para anos futuros; Cadastro e atualização de currículos Planejamento e execução de treinamentos para docentes e demais funcionários; 12 Gestão do conhecimento; aplicação de testes/ pesquisas de opinião; Acompanhamento de carreiras, habilidades e remuneração; Avaliação de desempenho; Alocação de recursos humanos conforme a necessidade. SISTEMA DE PROTOCOLO E COMUNICAÇÃO O instrumento de ligação oficial de relacionamento entre os usuários internos da instituição e sua parte administrativa é feito através deste sistema, protocolo, aonde o solicitante da informação poderá acompanhar a tramitação dos documentos por ele solicitada se fará através de duas atividades: Gestão do relacionamento entre a Instituição e a comunidade acadêmica; . Gerenciamento/recebimento de todas as ocorrências geradas pela comunidade acadêmica (alunos, professores, coordenadores etc.) e pelo administrativo da Instituição SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO A administração de Materiais e Patrimônio é importante para uma IES, pois ai esta um dos pontos nefrálgicos do descontrole administrativos das instituições, pois a possibilidade do uso de má fé tornou-se cotidiano o uso do próprio institucionais em uso particular, o total descontrole de compras é entre outro um dos pontos de materiais e patrimônio a serem contemplados pela atividade deste sistema. Controle do Patrimônio; Controle de compras, repasses, requisições; Geração de requisições inseridas por período; Envio das previsões de consumo de insumos (materiais, equipamentos, etc.). Geração de relatório referente ao consumo de insumos para os comparativos do orçado/planejado com o realizado/consumido; Rastreabilidade completa da requisição de compra do departamento 4.1 OS USUÁRIOS DO SIG/IES Como usuários da informação do SIG, dividimos e dois tipos: os usuários internos e externos. Os usuários internos: mantenedores, reitoria, direção e chefias terão como produto do Sistema de Informação Gerencial relatórios econômicos, financeiros, administrativos, ensino, pesquisa e de extensão. Já os usuários externos podem destacar principalmente a sociedade que poderá analisar as informações geradas pelo SIG em relatórios como: Demonstrações Contábeis, Demonstrações Financeiras, Relatório de Produção Cientificas e Relatório de Ações Sociais. Também como usuário externo de forma fiscalizadora, normatizadora e reguladora temos: o Ministério da Educação, Conselho Estadual de Educação e outras áreas de governo que terão acesso às informações sobre a parte acadêmica, as demonstrações contábeis e o acompanhamento da realização do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional). 13 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A prestação de serviço de educação superior deve ter a sua gestão como uma empresa comercial ou industrial por resultado, visando sempre um resultado econômico positivo independente se em sua natureza tem fins lucrativo ou não se é privada ou pública . Não podemos imaginar essa mensuração do resultado sem o uso do sistema de informação gerencial e sua integração aos seus sistemas formadores. Pois as variáveis atuais a serem analisadas têm demonstrado a importância do SIG para a tomada de decisões. Por esses aspectos devemos ver a importância dos sistemas integrados na busca de melhores soluções de gestão. A informação deve ter a velocidade do hoje para a projeção do amanhã, pois só dessa forma teremos soluções para buscar o retorno financeiro do empreendimento. Dessa forma, impacto da utilização de um SIG (Sistema de Informação Gerencial), é majorado pela utilização de ferramentas, atuando como pré-customizadores, e metodologias nas implantações, pois devemos dar total atenção aos nossos clientes, acadêmicos, para que possamos garantir um melhor posicionamento no mercado, buscando estratégia para que a IES possa se manter no mercado de forma competitiva. Embora as atuais tendências às padronizações, consideramos que a IES deverá buscar a implantação de um sistema de forma especifica e não padronizada porque as realidades das IES são diferentes isoladamente, cada caso um caso, devendo todo o projeto de implantação de Sistema de Informação Gerencial ser analisado de acordo com os seus usuários na organização. Referências Bibliográficas ABREU, A; ABREU, A. C. D. 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