sUMÁRIO eXECUTIVO 210. No Jornal 2 / Hoje, a quebra da presença do tema cultura — um dos maiores decréscimos entre 2009 e 2010 — está relacionado com a substituição do formato do programa e o desaparecimento da rubrica Cartaz. Em 2011, os serviços de programas privados assumem valores mais elevados da temática cultura do que o Jornal 2 / Hoje. 211. Defesa, grupos minoritários e população são temas com uma representação residual nas amostras dos quatro anos (inferior a 1 % em todos os blocos informativos). 212. Relativamente à valorização e hierarquização dos temas nos alinhamentos, há, em 2011, uma inversão dos dois temas mais presentes nas aberturas da primeira parte: política nacional, em 2011 e 2009, e ordem interna em 2010. A presença da política nacional resulta da cobertura de várias campanhas políticas e eleições em 2009 e em 2011. Política nacional, ordem interna, economia, finanças e negócios e assuntos internacionais foram os temas mais presentes na abertura da primeira parte de todos os blocos de horário nobre nos quatro anos analisados. 213. Entre 2008 e 2010 assistiu-se a um aumento do recurso à promoção das peças, e, em 2011, esta modalidade de destaque informativo decresceu. No ano mais recente e em 2010, surgem mais peças promovidas no âmbito da economia, finanças e negócios, sobretudo no Jornal 2 / Hoje. As peças com temas de política nacional foram alvo de um aumento das promoções, nos quatro serviços de programas. 214. Verifica-se um aumento progressivo do recurso a diretos desde 2008, com exceção do Jornal 2 / Hoje entre 2009 e 2010, e do Telejornal entre 2008 e 2009. 215. Em 2011, os serviços de programas públicos são os principais responsáveis pelo aumento das peças com diretos, e as exceções são os privados. 216. As peças de comentário/opinião aumentaram em 2011. Os temas mais comentados entre 2008 e 2011 são política nacional, seguindo-se economia, finanças e negócios, cultura e assuntos internacionais. 217. A análise geográfica mostra que, apesar da introdução de algumas alterações em 2009 ao nível da sua categorização5, o enfoque geográfico mais utilizado no enquadramento dos acontecimentos e problemáticas é o enfoque nacional. Os serviços informativos de horário nobre do operador público privilegiam o enfoque internacional e os privados, mais o regional. O enfoque internacional cresceu mais no Jornal 2 / Hoje, ao contrário dos outros blocos informativos. 218. Quando o local de ação é em Portugal6, a percentagem de peças que especifica a localização e a que não o faz é semelhante, apesar do predomínio das primeiras. Nas que há local de ação identificado, a região da Grande Lisboa é a mais representada em todos os blocos informativos de horário nobre, de 2009 a 2010. A Região Autónoma dos Açores surge como a região do País menos presente. A Região Autónoma da Madeira — que em 2009 e 2010 é das menos frequentes — regista um aumento de referências em 2011 em todos os blocos informativos, motivado pela cobertura das cheias que atingiram a ilha em fevereiro. 219. Os países do continente europeu são o local de ação dos acontecimentos internacionais mais frequente, sobretudo a Espanha, o Reino Unido e a França, e, mais recentemente, também a Grécia e a Alemanha. 220.O continente americano manteve o segundo lugar, com mais referências aos E.U.A. e Brasil. 221. Seguiu-se o continente africano, com destaque no Jornal 2 / Hoje, devido à cobertura da denominada Primavera Árabe. O continente asiático deve a sua representação essencialmente ao acidente de Fukushima, e também está mais presente no Jornal 2 / Hoje. 222.As fontes de informação principais mais consultadas são da política nacional nos quatro anos, em todos os blocos informativos de horário nobre, o que se acentua nas amostras de 2009 e 2011, no ano mais recente, sobretudo no Jornal 2 / Hoje. Os anos 2009 e 2011 foram marcados por eleições, pelo que as peças privilegiaram as declarações dos representantes de partidos políticos. As fontes políticas mais representadas são sempre as do Governo. 223. O Jornal da Noite apresenta mais peças sem fontes identificadas nos quatro anos, apesar de se verificar uma tendência de decréscimo da informação não atribuída. 5 Em 2009 foi introduzida uma nova categoria de análise do tipo de enfoque geográfico utilizado nas peças: o enfoque regional. A informação que em 2009 e 2010 aparece categorizada como enfoque regional, era considerada em 2008 na categoria enfoque nacional, daí a diferença em termos de representação entre os três anos relativamente a esse tipo de enfoque. 6 E ssa variável foi introduzida de forma autonomizada em 2009, depois de se ter reconfigurado o indicador enfoque geográfico, no qual, como foi referido, passou a ser considerada a categoria enfoque regional. Como tal, só existem tendências apuradas para os anos de 2009 e 2010. O indicador local onde decorre a ação em território nacional foi criado com o objetivo de se poder especificar, em todas as peças enquadradas geograficamente com base num enfoque regional ou num enfoque nacional (isolado ou combinado com outros países, como por exemplo nas categorias enfoque internacional com envolvimento do País e enfoque nacional com envolvimento de país estrangeiro), as regiões de Portugal onde decorre a ação reportada. 35 ERC • VOLUME 1 209.O tema desporto surge entre os mais frequentes, sendo que entre 80 % a 90 % das peças estão relacionadas com futebol. As restantes modalidades, as atividades de federações e outras entidades do sector desportivo surgem num número residual de peças.