A VISITA DOMICILIAR DE ENFERMAGEM NA ADESÃO AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO *Izabela Gonçalves dos Santos Orientadora:**Regineide Xavier ______________________________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO: O Sistema de saúde brasileiro apresenta um projeto para funcionamento exemplar, com ideais de universalidade, integralidade e igualdade, de forma descentralizada e voltada para medicina preventiva reduzindo à curativa hospitalocêntrica pré-existente. A efetividade, no entanto, está na funcionalidade dos Postos de Saúde da Família (PSF), onde o profissional de enfermagem deve estar em contato direto e constante com a população de cada microárea pré-determinada por mapeamento. Este acompanhamento, sob o comando do enfermeiro, é preponderante para incentivar pacientes em terapias intensivas, como a de quimioterapia e radioterapia, pois devido aos efeitos desagradáveis, alguns negligenciam as cessões, interrompendo o tratamento e favorecendo a proliferação neoplásica e metástases. 2. OBJETIVOS: *Observar a efetividade do programa de saúde da família mediante as visitas domiciliares e estimular a reflexão do enfermeiro referente à atuação na prevenção, tratamento e reabilitação do cliente. 3. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo, com dados quantitativos e qualitativos. Para alcançar os objetivos utilizou-se questionário com perguntas objetivas. Foram entrevistados oito pacientes que realizam tratamento oncológico, os quais assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, colaborando com o resultado obtido. O período da realização da pesquisa foi de Janeiro de 2012 a Fevereiro de 2012. 4. RESULTADOS/ANÁLISE: Os resultados da pesquisa realizada evidenciaram que a atuação do enfermeiro encontrase com um sistema pouco operante nas visitas domiciliares a pacientes oncológicos. Segundo análise do questionário, os profissionais de saúde mostram-se indiferentes frente à necessidade de sua atuação efetiva perante a comunidade. Dos entrevistados, 50% não são acompanhados e desconhecem o profissional responsável que atua em sua área de abrangência, destes, metade apontam dificuldades em manter o tratamento. A falta do acompanhamento aos pacientes oncológicos influencia na permanecia e continuidade do tratamento. Na atuação dos enfermeiros nas visitas domiciliares considera-se que é preciso resgatar uma assistência e um cuidado que não decodifica apenas as questões biopsíquicas, mas que resgata valores de vida, condições sociais e forma de enfrentar os problemas, indo além dos sinais e sintomas, mas também a sua maneira de “andar na vida” (FRACOLLI e BERTROLOZZI, 2001).¹ 5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Muitas vezes, o principio da igualdade e equidade não são respeitados na prática. A efetividade do sistema de saúde também depende do comprometimento de cada profissional para com a comunidade, independente das condições socioeconômicas do cliente ou questões de interesse pessoal. O isolamento a que pode ser submetido um cliente oncológico piora ainda mais seu quadro clínico. Certamente são necessários reconhecimento e apoio financeiro governamental, mas é preciso cumprir com os deveres aos quais se submetem os profissionais de enfermagem. Afinal, deixar de visitar indivíduos que necessitam de cuidados em domicílio, como é a proposta do programa nacional, trata-se de omissão e negligência. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 1- Encontrado em: <http://www.unirio.br/propg/posgrad/stricto_paginas/> SILVA, Rafaela de Oliveira Lopes, Rio de Janeiro, 2009, em “A VISITA DOMICILIAR como ação para promoção da saúde da FAMÍLIA: um estudo crítico sobre as ações do Enfermeiro”, Programa de Pósgraduação-Mestrado em enfermagem. Acessado em 23 de Janeiro de 2012 às 09h45min. ________________________________________________________________________________ *Graduanda do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciência de Itabuna-Ba, FTC. 7º Semestre, 2012. **Doutoranda, Mestre em Genética e Biologia Molecular e Bióloga.