DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 1 __________________________________________________________________________________ Departamento de Comissões Parlamentares __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ AGENDAS DAS COMISSÕES __________________________________________________________________________________ Comissão de Saúde e Meio Ambiente AGENDA Reunião Ordinária Data: 28/08/2013 Hora: 09:00 Local: Sala Prof Dr Sarmento Leite, 3º Andar I - APROVAÇÃO DA(S) ATA(S) ANTERIOR(ES) Ata nº 37/2013, da reunião ordinária de 21/08/2013, ressalvado o direito dos senhores deputados de retificála por escrito, se assim o desejarem. II - LEITURA DO EXPEDIENTE a) Correspondência recebida Justificativa de ausência das Deputadas Marisa Formolo e Maria Helena Sartori na reunião ordinária de 21/08/2013. b) Proposições recebidas - Sujeitas a emendas (art.60) 1) Projeto de Lei 180/2012 Proponente: Deputado(a) Ana Affonso Ementa: Institui a Política de Atendimento Integrado às mulheres vítimas de violência. Processo nº 20776.01.00/12-8 III - CONHECIMENTO DE MATÉRIAS DA ALÇADA DA COMISSÃO DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 2 IV - ORDEM DO DIA 1) Projeto de Lei 198/2009 Proponente: Deputado(a) Raul Carrion Ementa: Regulamenta a forma de aplicação e de utilização dos procedimentos estéticos não cirúrgicos em clinicas estéticas, salões de beleza, cabeleireiros e estabelecimentos afins no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Processo nº 20850.01.00/09-6 Relator: Deputado(a) Marcos Daneluz Parecer: Favorável 2) Projeto de Lei 77/2011 Proponente: Deputado(a) Pedro Pereira Ementa: Institui a Política de Informação sobre Planejamento Familiar nas escolas do Estado do Rio Grande do Sul. Processo nº 20193.01.00/11-6 Relator: Deputado(a) Silvana Covatti Parecer: Favorável 3) Requerimento de Audiência Pública 42/ 2013 Proponente: Deputado(a) Adilson Troca Assunto: Discutir a necessidade de atualização do Código Sanitário do Rio Grande do Sul, instituído pelo Decreto nº 23.430, de 24 de outubro de 1974. Local: ALRS Convidados: Secretário Estadual da Saúde; Secretários Municipais de Saúde; Presidentes dos Conselhos Profissionais; Presidente do Conselho Estadual de Saúde; Presidente dos Conselhos Municipais de Saúde, Fórum dos Conselhos Regionais e Ordens das profissões regulamentadas no Estado do RS - Fórum-RS e representantes da Vigilância Sanitária do Estado e dos Municípios. 4) Requerimento de Audiência Pública 43/ 2013 Proponente: Deputado(a) Carlos Gomes Assunto: Discutir a realidade atual da saúde do homem no Rio Grande do Sul. Local: ALRS Convidados: Secretário da Saúde do Estado do RS, Secretário da Saúde do Município de Porto Alegre; Prefeito de Porto Alegre; Sr. Carlos Antônio da Silva, coordenador da Secretaria Estadual da Saúde; Instituto Nacional da Próstata; Sra. Enilda Ferreira; Sra.Vani Lúcia; Sr. Wagner Carius; Vereador Jackson dos Santos, de Alvorada; Sra. Cristiane Wottrich; Secretário Municipal de Governança Local, Sr. César Busatto; Prefeitos e Secretários Municipais da Saúde do RS. V - ASSUNTOS GERAIS Palácio Farroupilha, 23 de agosto de 2013. Deputado(a) Adilson Troca, Presidente da Comissão. ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 3 Comissão de Saúde e Meio Ambiente AGENDA Audiência Pública Data: 28/08/2013 Hora: 09:30 Local: Sala Prof Dr Sarmento Leite, 3º Andar PAUTA Debater as políticas ambientais para o Vale do Rio dos Sinos em especial a situação de limitação de licenciamento e ampliação de determinadas atividades industriais e a interação entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e os municípios do Vale do Rio do Sinos. Convidados FEPAM; ANAMMA/RS; SEMA; Ministério Público; Tribunal de Justiça, Consórcio Pró-sinos; Comitê Sinos; Feevale; Unisinos; Faccat; Unilasalle, Ulbra e outras universidades da região, Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio do Sinos; Prefeitos da região do Vale do Rio do Sinos; FAMURS; Câmaras de Vereadores do Vale do Rio do Sinos. O Requerimento de Audiência Pública 35/ 2013, de autoria do Deputado João Fischer, foi aprovado na Reunião Ordinária da Comissão de 07/08/2013. Palácio Farroupilha, 23 de agosto de 2013. Deputado(a) Adilson Troca, Presidente da Comissão. ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 4 Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo AGENDA Audiência Pública Data: 29/08/2013 Hora: 14:30 Local: Casa da ALRS no Parque de Exposições Assis Brasil PAUTA Debater a implantação da Lei 14.245 / 2013 e sua regulamentação. Institui a Política Etadual de Assistência Técnica, Extensão Rural e Social no RS. Convidados: Governo do Estado; Casa Civil; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Secretarias da Agricultura, Desenvolvimento Agrário; Emater; Famurs; cooperativas; prefeitos; vereadores; secretários municipais da agricultura; Fetraf; Fetag; movimentos sociais; sindicatos rurais; Via Campesina; Rede Ecovida; Capa; centro ecológico; Cetap; Unicafes. Requerimento nº 36 Audiência Pública aprovada pelo Colegiado da CAPC na Reunião Ordinária do dia 13 de junho de 2013. Palácio Farroupilha, 23 de agosto de 2013. Deputado(a) Edson Brum, Presidente da Comissão. ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 5 Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo AGENDA Audiência Pública Data: 02/09/2013 Hora: 09:30 Local: Prefeitura Municipal de Três Cachoeiras PAUTA Debater a Lei 13.898 que dispõe sobre a comercialização da bana in natura no RS. Convidados: Secretarias da Agricultura, Fazenda, Desenvolvimento Rural; Casa Civil; Gabinete do Governador; Assessoramento Superior do Governador; Ceasa; Emater; prefeituras; sindicatos de trabalhadores rurais; Econativa; Coopet, Ecotorres, Movimento dos Pequenos Agricultores e demais públicos interessados no evento. Requerimento nº 23 Audiência Pública aprovada pelo Colegiado da CAPC na Reunião Ordinária do dia 16 de maio de 2013. Palácio Farroupilha, 23 de agosto de 2013. Deputado(a) Edson Brum, Presidente da Comissão. __________________________________________________________________________________ ATAS DAS COMISSÕES __________________________________________________________________________________ Comissão de Saúde e Meio Ambiente ATA Nº37 Aos vinte e um dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, às nove horas e quinze minutos, na sala João Neves da Fontoura - Plenarinho, no 3º andar da Assembleia Legislativa, reuniu-se a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, sob a presidência do Dep. Adilson Troca e com a presença dos Deputados Pedro Pereira, Vice-Presidente, Marcos Daneluz, Dr. Basegio, Gilmar Sossella, Silvana Covatti e Carlos Gomes. DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 6 Informou que após a Reunião Ordinária haverá audiência pública neste local para debater as condições de trabalho, salário e jornada dos trabalhadores da saúde que laboram nos hospitais conveniados ao SUS do Estado do Rio Grande do Sul. NA APROVAÇÃO DAS ATAS ANTERIORES o PRESIDENTE declarou aprovada a Ata n.º 36, da reunião ordinária de 14 de agosto de 2013, ressalvado o direito dos senhores deputados de retificá-la por escrito, se assim o desejarem. NA LEITURA DE EXPEDIENTE: a) Correspondências recebidas: 1)Justificativas de ausência dos Deputados Marcos Daneluz e Silvana Covatti, na reunião do dia 14/08 e da Deputada Maria Helena Sartori, na reunião do dia 07 de agosto. 2) Of. 34/2013, do Gabinete da Deputada Ana Afonso, para participação do Lançamento do Relatório da CPMI da Violência Doméstica e Familiar – Capítulo RS, que acontecerá dia 23 de agosto, às 14h30min, no Memorial da ALRS. b) Proposições recebidas - Sujeitas a emendas (art.60):1) Projeto de Lei 116/2012. Proponente: Deputado(a) Marisa Formolo. Ementa: Estabelece Diretrizes para a Política Estadual de Atenção Integral a Saúde das Pessoas com Diagnóstico de Doença Renal. O Deputado Dr. Basegio solicitou a relatoria da proposição, que lhe foi concedida. 2) Projeto de Lei 213/2012. Proponente: Deputado(a) Altemir Tortelli. Ementa: Institui a Política Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica, e dá outras providências. O Deputado Pedro Pereira solicitou a relatoria da proposição, que lhe foi concedida. c) Proposições distribuídas: 1) Projeto de Lei 432/2011. Proponente: Deputado(a) Paulo Borges. Ementa: Dispõe sobre o Dia Estadual de Conscientização e Mobilização da Luta Contra a Tuberculose. Relator: Deputado(a) Dr Basegio. Data da distribuição: 15/08/2013. No CONHECIMENTO DE MATÉRIAS DA ALÇADA DA COMISSÃO 1)Ofício-CES/RS/432/13, do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul – CES/RS, que encaminha a Resolução nº:05/13, que não aprova o do Relatório Anual de Gestão- RAG apresentado pela Secretaria Estadual de Saúde- SES/RS, referente ao ano de 2012. Informa que a referida Resolução foi aprovada pela Plenária do CES/RS do dia 01 de agosto do corrente ano. 2) O Ministério do Meio Ambiente, responsável pela organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente a ser realizada em Brasília no período de 24 a 27 de outubro, apoiará entre os meses de agosto e setembro as conferências estaduais. Para melhor contribuir com o resultado nesta etapa solicita informações a esta Comissão acerca das questões ambientais deste Estado através da formulação de 03 questionamentos, que passo a transcrever: 1º No momento atual, qual a questão ambiental mais relevante em seu Estado? (Principalmente aquela que tem ocupado espaço na mídia local); 2º Historicamente, quais as questões ambientais de maior relevância em seu Estado? (citar no máximo três) 3º No tema RESÍDUOS, qual é a questão mais relevante a ser debatida na escala dos municípios e na escala do estado? O Presidente sugeriu, em resposta ao primeiro questionamento, a proibição da extração de areia do Rio Jacuí. Sugeriu, também, o encaminhamento deste questionário aos representantes desta casa na Comissão Organizadora Estadual da 4ª conferência nacional do meio ambiente - etapa estadual, deputados Daniel Bordignon, titular e Raul Carrion, suplente, ao que os deputados presentes anuiram. Não havendo quorum para ingressar na ORDEM DO DIA, tampouco inscritos para ASSUNTOS GERAIS e nada mais havendo a tratar o PRESIDENTE agradeceu a participação de todos e encerrou a reunião às 09h25min, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambos, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputado Adilson Troca, Presidente. Taís Knijnik, Secretária. ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 7 Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº4 Aos oito dias do mês de maio do ano de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, no Espaço Convergência do Fórum Democrático Adão Pretto, no térreo da Assembleia Legislativa, reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEPRS, sob a presidência da deputada Marisa Formolo (PT), para realização de audiência pública para debater o tema do desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul e a capacitação para o mundo do trabalho na ótica da economia solidária e da agroecologia. A presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após nominou os componentes da mesa: Sr. André Scherer, da FEE; Sr. Celso Woyciechowski, da CUT; Sr. Eliseu Ferrigo, do Senai; Sra. Izabel Franco, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho; Sra. Maria Inês Zülke, gerente executiva do Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica; Sra. Mara Lúcia Santos dos Anjos, do Senac; Sra. Silvia Duarte, representante da Força Sindical; Sra. Ubiracy Barbosa Ávila, da OCERGS-Sescoop/RS. A seguir, a presidente informou a dinâmica da audiência pública com a fala inicial dos convidados, seguida de debates com inscrições dos participantes e encaminhamentos. Relatou também o trabalho que vem sendo realizado pela CEEPRS, com a previsão da realização de sete audiências públicas. Disse que a primeira apresentação seria da FEE, na medida em que é um órgão público que tem a missão especial de contribuir com as análises econômicas e sociais para o desenvolvimento do Estado – a FEE trabalha com indicadores de desenvolvimento. Sobre a educação profissional, a presidente disse que temos uma questão histórica no Estado, a qual tem se acelerado na proporção em que começaram a ser feitos grandes investimentos em cidades e regiões. Esse crescimento foi criando uma demanda de formação profissional diferenciada. O que está por trás desse problema? É muito mais fácil investir capital e fazer mais casas do que capacitar pessoas para trabalharem na construção dessas casas, deixando-as aptas a fazerem tanto a identificação de solo como a colocação de azulejos. O processo de formação e qualificação profissional, se não for pensado estrategicamente, cria um problema real para o desenvolvimento. Após, citou exemplos colhidos na viagem à Palestina, Israel, e Colômbia e também da sua cidade que mostram as transformações na educação, na formação profissional e no mundo do trabalho. Para a presidente, para a educação ser uma fonte de libertação é preciso que o conhecimento do qual os seres humanos se apropriam lhes permita enfrentar as coisas concretas da vida, como é o mundo do trabalho. Relatou as experiências da Colômbia, que no seu entender é o melhor sistema de aprendizagem da América Latina. É um sistema efetivamente público que não se baseia em setores da economia, mas que integra a estratégia de desenvolvimento no País a partir das diversas regiões. Disse que a CEEPRS fará audiências públicas aqui e em outros Municípios, bem como seminários e visitas técnicas. Na conclusão haverá um seminário internacional. Quanto à certificação para os trabalhadores, por exemplo, estamos encontrando dificuldades aqui no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões de fronteira. Os trabalhadores se capacitam de um lado, mas, se tem de atravessar a rua para trabalhar, estarão em outro país, onde as normas são outras. Os acordos que criamos não deram uma solução objetiva. Em outros países, a certificação para o trabalho avançou muito. A Europa tem uma certificação integrada. Quem está certificado na Espanha pode trabalhar na Itália ou em qualquer outro país, pois o certificado é para o Mercado Comum Europeu. No Mercosul, somos o Estado mais próximo dos outros países, mas ainda não criamos um sistema integrado de certificação para os trabalhadores. Há uma universidade do Uruguai que tem experiência nisso. Também há um instituto na Argentina com essa finalidade. Informou que profissionais dessas instituições participarão do seminário. Explicou que uma parte do trabalho da CEEPRS será feito a partir da experiência de Caxias do Sul para compreender como se pode fazer uma política pública de formação profissional a partir de uma cidade, com a ação conjunta do Sistema S, escolas públicas que oferecem cursos técnicos, institutos federais, a universidade estadual, a comissão tripartite e escolas privadas. O que significa desenvolver uma política pública na perspectiva de um decênio para um local que precisa de capacitação humana para enfrentar o mundo do trabalho? Falou das dificuldades para fazer uma política integrada de formação profissional em nível médio, técnico, em nível de qualificação e, por fim, de formação superior. Solicitou que os expositores DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 8 mantenham o Pronatec como pano de fundo, porque é uma lei cuja implementação está sendo testada, e o Rio Grande do Sul já mostrou que é pioneiro e competente para levar isso adiante. A partir da Capital, precisamos disseminar essa experiência por todo o Estado, nas cidades, para que de fato possamos usufruir de uma lei que vai abrir perspectivas de simplificação da formação profissional. Em seguida, a presidente passou a palavra para Andre Sherer, diretor técnico da FEE, que trouxe dados sobre o mapa econômico e as perspectivas de desenvolvimento do Estado. O convidado falou sobre as perspectivas da formação profissional para o futuro. Trouxe vários elementos para o debate como as ações de planejamento do Estado, que retiram recursos de um setor para alocar em outro. Existem empecilhos à agilidade, como a lei da responsabilidade fiscal e demais trâmites burocráticos que atrasam o desenvolvimento. Após períodos de desmonte do estado, leva-se um tempo para sua reestruturação, com a realização de concursos públicos, investimentos, aplicação de recursos. A questão da formação profissional deve ser vista de forma integrada (educação, profissionalização e emprego). Destacou que em economia nem sempre pode-se fazer previsões. Questionou como estará a economia gaúcha daqui a dez ou vinte anos? Duas questões importantes vão determinar isso: primeiro, a economia gaúcha ultrapassa suas fronteiras nacionais e internacionais, pois os sistemas estão se integrando, em regiões, Mercosul, de forma mais ou menos organizadas, pelo mercado ou outras regulamentações. A FEE e o IPEA estão fazendo um estudo sobre áreas de fronteiras em geral, incluindo a questão demográfica, principalmente a partir de 2025 mais ou menos. Certificações serão importantes nesse quadro, população envelhecida e em queda, reflexos nos serviços públicos, no mercado de trabalho, etc. A infraestrutura e a demografia, portanto, são duas questões fundamentais no planejamento do desenvolvimento e da formação profissional no estado. Outra questão é que tipos de competências específicas determinadas empresas requisitam, tipos de negócios vão derivar dessas competências; áreas esvaziadas, principalmente na fronteira. Sobre os investimentos de fora, disse que se pensa que há problema do arroz, da carne, etc, mas isso esvazia porque essas culturas são bem sucedidas. Falta diversidade, que vem de fora. Mais do mesmo não vai contribuir para o desenvolvimento. Isso na parte da energia é forte: mais do mesmo não vai levar a mais desenvolvimento. A indústria brasileira como um todo sofre e não vai ser a mesma, principalmente de bens intensivos de trabalho, como setor calçadista e de vestuário, por exemplo. Aqui a questão é como nos integrar nas cadeias produtivas integradas com a nossa inteligência. Sobre o mercado de trabalho, disse que a região metropolitana de POA tem a menor taxa de desemprego no Brasil em março, mas está concentrado no setor de serviços. Os salários estão crescendo a 7% atualmente e que estamos praticamente em pleno emprego com grande rotatividade. Destacou que não deve haver retrocessos, como por exemplo, na questão tecnológica, que é central. Disse que o paradigma das comunicações e da informatização será cada vez mais importante. Os investimentos devem ser em infraestrutura e em educação. Por exemplo, investir em banda larga incide na educação e também na educação profissional. Afirmou que será preciso fazer o presente e o futuro simultaneamente, mudando radicalmente. No centro da revolução tecnológica há mais do mesmo, biotecnologia, nanotecnologia, associadas às tecnologias da informação. Sintetizou sua fala com os seguintes pontos importantes: é necessário aumentar as competências que nos levem a desenvolver cada vez mais mão de obra capacitada, qualificadas para acompanhar a velocidade do desenvolvimento tecnológico. E a questão da capacitação no trabalho com softwares, programação e execução (presente e futuro). Como colocar gente nas zonas em que não tem gente: com diversidade produtiva, integração maior, especialmente nas zonas de fronteira mediante certificação articulada, e a questão tecnológica que vai continuar no centro, mas é mais do mesmo. Tudo para que a roda da economia possa avançar. A seguir, a presidente concedeu a palavra para Maria Inês Zulke, gerente executiva do Pacto Gaúcho pela Educação que fez uma apresentação de slides, onde destacou: O Pacto pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica é uma iniciativa do governo estadual criada em agosto de 2011 a partir de um conjunto de discussões feitas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado. O Pacto Gaúcho pela Educação tem trabalhado centralmente para atender às demandas imediatas de qualificação profissional. Foram feitas discussões com a Secretaria da Educação, porque essa iniciativa se reveste de uma transversalidade no âmbito do governo que abrange a Secretaria do Trabalho, a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, para dar conta dessa demanda imediata e também para tentar construir uma visão mais estratégica para o tema da educação. Isso a médio e longo prazo. Estamos DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 9 procurando não só atender às demandas imediatas, mas também identificar, nas regiões que compõem o Estado, vocações e possibilidades que se agreguem à implementação da política industrial especialmente. O pacto foi criado para poder articular uma rede, envolvendo o Estado, o governo do Estado, as diferentes secretarias e esses setores. Depois destacou que o Pronatec não é só o curso Bolsa-Formação Trabalhador ou Bolsa-Formação Estudante, mas também representa a expansão da rede das escolas técnicas, hoje institutos federais. Refiriu-se à rede pública de educação profissional do governo federal que envolve o Brasil Profissionalizado com recursos para qualificar as redes estaduais de escolas técnicas – tanto para a construção de mais escolas técnicas estaduais, como para a aquisição de equipamentos. Explicou que há também o E-Tec, que é um programa de formação a distância. Depois expôs a forma de trabalho: identificase as demandas, numa parceria com a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento e participação da Sala do Investidor, espaço inovador no âmbito do Estado, do governo do Estado, que dialoga com as empresas que pretendem se instalar aqui ou ampliar suas instalações, enfim, mudar, algumas diversificar a sua área de atuação. Após é feita a identificação das demandas, grupos de trabalho ou coordenados diretamente pelo Pacto Gaúcho pela Educação ou compartilhadamente com outras entidades que estão trabalhando nessa temática. Citou as ações de vários grupos de trabalho criadas a partir das demandas como a da CMPC Celulose Riograndense, que está ampliando sua planta em Guaíba, vai ser provavelmente o maior investimento privado aqui no Estado e tem uma demanda de 6 mil pessoas para construção civil e montagem eletromecânica. Citou o polo naval do Jacuí, grupo do qual participam juntamente com as empresas, a Yes e a Metasa, com o Senai, com a GDI, com o Prominp, para poder qualificar. Concluiu falando que até o momento os ofertantes não tem ferramentas para avaliação dos egressos. Dando prosseguimento, a presidente passou a palavra para Celso Woyciechowski ,da CUT, fazer sua explanação. O convidado falou da necessidade de pensar o desenvolvimento integral e integrador com o estado como protagonista. Disse que na educação profissional, o gargalo está na demanda muito maior nas cadeias produtivas, porque o estado não pensou nisso antes. Há um grande hiato na qualificação profissional, pois isso foi passado para setores que pensaram de forma imediata, via sistema S. Hoje o gargalo é enorme devido a esta dissociação por setores. Afirmou que o desafio é desenrolar esse gargalo. Citou o exemplo da demanda de mão de obra qualificada para a indústria naval que tem sido atendida, mas que outros setores não tem sido atendidos. Trouxe o desafio à comissão e à Secretaria do Desenvolvimento Econômico para que façam visitas às escolas técnicas como a ETA em Viamão. Justificou que seria importante realizar um encontro de ensino técnico-agrícola e agroecológico. Deve-se pensar, junto com a formação profissional, a gestão das cadeias da economia solidária. Concluiu falando que a elevação da escolaridade é um tema fundante para os trabalhadores. O trabalhadores fazem dois ou três cursos profissionalizantes e não avançam, não ingressam no ensino superior, pois não elevam sua escolaridade com esses cursos. Isso é um desafio no sentido da inclusão social, de uma integração dos trabalhadores no mundo do trabalho, do conhecimento e da cultura. Dando sequência, a presidente passou a palavra para a Isabel Franco, representante do Ministério do Trabalho, que falou sobre como o Ministério do Trabalho, através da superintendência, sente o problema da formação profissional. A convidada disse que é preciso separar o joio do trigo da formação profissional no RS. Ao MT interessa que se estabeleça o emprego formal e, para isso, a formação profissional é fundamental. Citou também a Escola Parobé, junto com a ETA, como desafio para sua garantia e ampliação. A preocupação com a certificação é importante, assim como a chancela para que a qualificação profissional não fique só no sistema S. As redes federal e estadual devem se fortalecer também. Disse que há uma janela na aprendizagem (primeiro emprego, aprendiz, etc). Temos que trabalhar mais para linkar a aprendizagem com a educação profissional. A presidente concedeu a palavra para Eliseu Ferrigo, que falou sobre o papel do Senai e também de como poderemos superar o problema da formação profissional hoje no Estado. O convidado disse que a educação profissional liberta, pois dá opções e novas oportunidades para as pessoas. As pessoas qualificadas vão atrás dos empregos, não ficam só esperando a empresa vir buscá-las. Falou que há uma nova dinâmica no contexto da formação profissional, através do Pacto pela Educação, Pronatec, fóruns, etc. Onde há demandas de indústrias, há necessidade de formação e de estratégias de qualificação. Isso traz e acompanha novos contornos no estado. A formação profissional permite uma mobilização maior de cada trabalhador, que vai atrás de oportunidades. Os municípios às vezes apresentam demandas desarticuladas das lógicas de articulação e cooperação DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 10 regional. São demandas legítimas, mas destoam da lógica maior, que está dando certo. Há cursos que não começam por falta de candidatos para formar turmas. Disse que o Senai está dentro do Pronatec, trabalhando com aprendizagem, com mais ou menos 18 mil aprendizes atualmente. Informou que o sistema S é mantido pelas indústrias através de um imposto compulsório, então é privado, paraestatal, ou seja, com responsabilidade pública. Observou ainda que na educação profissional, as opções do Pronatec tendem a aumentar. Destacou que ao invés de confrontações devemos buscar articulação e soluções, esta é a fórmula de sucesso que deve continuar. Encerradas as exposições, a presidente abriu as inscrições para participação nos debates. Edi Facine, professora, diretora da escola técnica da Univates em Lajeado, disse que sua escola atende as necessidades mais urgentes que às vezes o setor público e o sistema S não dão conta. Elogiou iniciativas como esta, de debates ampliados, pois instituições muito engajadas nas suas regiões têm o Pronatec como um sonho, para atender mais gente nas suas regiões, que sem incentivo público, têm de cobrar inteiramente pelos custos de seus cursos. Destacou a riqueza da convivência entre alunos de cursos técnicos com alunos de ensino superior na mesma instituição. O Pronatec ainda não está regulamentado para as instituições privadas e comunitárias, mas a expectativa deste setor é muito grande. Cindy Barreto, do Núcleo de Economia Solidária do Instituto Federal de Pelotas, campus Pelotas e Visconde da Graça, destacou a mais recente e gratificante proposta de trabalho com grupos do Mulheres Mil em cuidadores de idosos e gerenciamento de resíduos sólidos, que foi referência nacional. Perguntou quais são as demandas do mercado para os profissionais e como a Comissão está pensando a articulação das demandas da educação profissional na ótica da economia solidária? Volmir Campanholo, membro da cooperativa de Ipe, falou sobre a agroecologia, questionando sobre a alimentação de todas as pessoas que estão trabalhado na construção civil e outros setores. Há vários artigos sobre pessoas com câncer que recebem cestas básicas compostas com produtos com agrotóxicos. A ONU lançou um artigo para que no Brasil se dê mais atenção à dependência dos produtos transgênicos. Márcia Carvalho salientou a necessidade de aperfeiçoar a gestão das cadeias produtivas e articular à educação profissional. A presidente sugeriu que os municípios realizem audiências públicas locais para articulação da educação profissional em conjunto com os demais encaminhamentos: incentivar a criação junto à ETA de Viamão de um centro tecnológico agrícola e agroecológico; garantir que, até 2016, o Sistema S atinja dois terços de gratuidade para a população pobre (baixa renda) do País; aperfeiçoar a gestão, uma vez que os arranjos produtivos já têm uma certa organização, buscando a articulação de demandas tão diferenciadas dentro da cidade (do município) e da região e dos ofertantes dos cursos de qualificação e de formação profissional; articular territórios para a gestão, diferenciado em local, regional, nacional e mundial; introduzir o conceito de economia solidária; incentivar que em cada município se introduza a formação do ensino médio integrado; olhar o sistema educacional a partir da lógica de desenvolvimento proposto pelo Estado como um todo e não a partir de um ou outro segmento da economia; buscar um processo de desenvolvimento mais inclusivo. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, a presidente, deputada Marisa Formolo, convidou os presentes para as próximas audiências públicas e para as visitas técnicas. Após, agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambas, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Marisa Formolo, Presidente. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 11 Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº5 Aos quatorze dias do mês de maio do ano de dois mil e treze, às treze horas trinta e nove minutos, na Sala Salzano Vieira da Cunha, terceiro andar do Palácio Farroupilha, realizou-se a terceira reunião da Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul, sob a Presidência da senhora deputada Marisa Formolo. Presentes ainda os senhores deputados Jurandir Maciel e Stela Farias. Havendo número regimental, a Presidente declarou abertos os trabalhos e aprovadas as atas um e dois das reuniões realizadas em dezesseis de abril de dois mil e treze e em vinte e três de abril de dois mil e treze, ressalvando aos senhores deputados o direito de retificá-las por escrito. Na Leitura de Expediente, a deputada Marisa Formolo informou os presentes sobre três correspondências recebidas. A primeira, Memorando nº 35/2013, da deputada Maria Helena Sartori, encaminhado pela Presidência da Assembleia Legislativa, comunicando que a parlamentar estará ausente do país no período de 09 a 15 de agosto do corrente ano, para participação em Conferência da NCSL, em Atlanta - Estados Unidos. A segunda correspondência, Memorando nº 21/2013, da deputada Zilá Breitenbach, encaminhado pela Presidência da Assembleia Legislativa, comunicando que a parlamentar estará ausente do país no período de 09 a 15 de agosto próximo, para participação em Conferência da NCSL, em Atlanta - Estados Unidos. E a terceira, Memorando nº 15/2013, da deputada Silvana Covatti, encaminhado pela Presidência da Assembleia Legislativa, comunicando que a parlamentar estará ausente do país no período de 09 a 15 de agosto do corrente ano, também para participação em Conferência da NCSL, em Atlanta - Estados Unidos. Logo em seguida, no período de Conhecimento de Matérias de Alçada da Comissão, a Presidente apresentou proposição para que a Audiência Pública que tem como temática central ¤Reconhecer como a sociedade do conhecimento é complexa e se desenvolve em múltiplos ambientes¤, aprovada na reunião de 16 de abril de 2013, seja realizada sob a forma de Seminário Internacional, no dia 2 de agosto do corrente ano, das 8h30 às 18h30, na Assembleia Legislativa, tendo como convidados representantes de entidades internacionais da Espanha: Fundación Tripartite para la Formación en el Empleo, Servicio Regional del Empleo, Centro Integrado de las Comisiones Obreras Maforen, Centro Integrado Raúl Vázquez; da Colômbia: Servicio Nacional de Aprendizage (SENA), Tecno Parque – Bogotá, Centro Integrado em Servicios y Salud de Antioquia – Itagüi/Medellin; da Argentina: Instituto Nacional de Educação Tecnológica – Buenos Aires; do Uruguai: Universidade do Trabalho do Uruguai (UTU) – Montevidéu; e representantes de entidades nacionais: Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome; Ministério do Trabalho; Fórum de Desenvolvimento de Economia Solidária; Associação Brasileira de Agroecologia – Pernambuco; Rede de Economia Solidária do Município de Dourados/MS; Monã – Centro de Estudos Ambientais de Canela/RS; e Centro Ecológico de Ipê/RS. Havendo concordância por parte dos deputados presentes, Jurandir Maciel, Stela Farias e Marisa Fomolo, a Presidente declarou que a proposta será encaminhada à Mesa Diretora para que seja autorizada a realização do Seminário Internacional. A Presidente esclareceu que serão convidados a participar do referido evento representantes das instituições visitadas tanto quando da realização da primeira Comissão para tratar da educação profissional quanto daquelas que serão visitadas por esta Comissão Especial. Naquela ocasião, foram conhecidas experiências de educação profissional de Madri, na Espanha, e também de Bogotá e de Medellín, na Colômbia. Relatou ainda que essas instituições dipõem de larga experiência na solução de problemas também vistos por aqui e citou como exemplo a capacitação técnica pelo ensino público por meio do Sistema S, que, no caso colonbiano, é realizada por uma única entidade, enquanto aqui é feita por meio de sete diferentes organizações. Ou seja, no caso colombiano, o dinheiro que financia a educação profissional vai para um caixa comum, evitando-se com isso disputas entre entidades da própria rede de formação profissional. Na sequência, a Presidente convidou os presentes para participarem da Audiência Pública que será realizada pela Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul no dia vinte e dois de maio de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, na Sala Adão Pretto da Assembleia Legislativa, cujo tema é conhecer as políticas públicas no Rio Grande do Sul via PRONATEC e a formação técnica e tecnológica nas redes públicas de formação profissional. A deputada Marisa Formolo fez ainda um relato da Audiência Pública que foi realizada no DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 12 último dia oito de maio, na qual foram discutidos temas como o problema do desevolvimento do Estado do Rio Grande do Sul – analisado pela Fundação de Economia e Estatística – dentro de uma perspectiva de visão estratégica. A Presidente lembrou que o Estado do Rio Grande do Sul está enfrentando o problema da falta de programação dos investimentos continuados no setor do ensino profissional. Por isso, foi ouvido naquela Audiência o Comitê Gestor do Governo, que também está trabalhando nessa direção, para que se possa determinar as três áreas prioritárias que são estratégicas para o desenvolvimento do Estado, na área urbana, na área rural e, dentro da área urbana, nos setores industrial, de serviços e de comércio. Segundo a deputada, ao apontar essas grandes direções do desenvolvimento os sistemas de formação profissional poderão se integrar localmente. A Presidente ressaltou que, nesse sentido, será realizada Audiência Pública no próximo dia vinte e sete de maio, em Caxias do Sul, para analisar como numa cidade onde o Sistema S está presente e onde existem setores industrial, comercial e rural fortes todos esses elementos se integram para estabelecer uma política de formação desde o lugar em que as pessoas vivem e em que os investimentos se fazem. A deputada informou da necessidade de se estabelecer uma metodologia de trabalho que ajude a constituir uma política pública para o desenvolvimento de forma integrada. Os deputados Jurandir Maciel e Stela Farias manifestarm então interesse em realizar audiências públicas nesse sentido nos municípios de Canoas e Alvorada, respectivamente. Acordou-se que essas audiências serão realizadas de forma integrada com a Comissão de Educação, de modo a constarem também do relatório final deste órgão técnico. A deputada Stela Farias ressaltou a necessidade de se fazer o debate sobre os cursos ofertados pelos institutos federais associado à temática do desenvolvimento econômico, uma vez que ao colocar-se na pauta da municipalidade tais questões, auxilia-se os municípios a melhor se prepararem para o estabelecimento dos cursos adequados para aquela determinada área de desenvolvimento. A Deputada Marisa Formolo acrescentou que não é mais considerado hoje em dia um ato de democracia efetiva simplesmente ouvir, é necessário possibilitar-se escolhas com perspectivas. E isso deve ser fornecido pelo Poder Público. Acordouse que os requerimentos da deputada Stela Farias para a realização de uma Audiência Pública para tratar do ensino pofisional no município de Alvorada e do deputado Jurandir Maciel para discutir a mesma temática na Escola Estadual Bento Gonçalves, em Canoas, serão apresentados via Comissão de Educação, no âmbito de um trabalho integrado com a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional. Com isso, o deputado Jurandir Maciel solicitou a retirada do requerimento nº 09/2013. Não havendo quórum para a Ordem do Dia, foi encerrada a reunião às treze horas e cinquenta e dois minutos. E, para constar, eu, Daniela Oliveira Comim, secretária da Comissão Especial, lavrei a presente ata que, após lida e aprovada, será assinada pela Presidente da Comissão Especial, Excelentíssima senhora deputada Marisa Formolo e por mim. Deputada Marisa Formolo, Presidente da CEEPRS. Daniela Oliveira Comim, Secretária da CEEPRS. ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 13 Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº6 Aos vinte e dois dias do mês de maio do ano de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, no Espaço da Convergência do Fórum Democrático Adão Pretto, no térreo da Assembleia Legislativa, reuniuse a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEP, sob a presidência da deputada Marisa Formolo (PT), para realização de audiência pública para debater o tema das políticas públicas no Rio Grande do Sul via PRONATEC e a formação técnica e tecnológica nas redes públicas de formação profissional. A presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após, nominou os componentes da mesa: Sr. Amilton de Moura Figueiredo, pró-reitor de Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS; Sra. Viviane Silva Ramos, pró-reitora de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul; Sr. Miguel Felberg, coordenador geral do Pronatec no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – IFSul; Sr. Alberto Pahim Galli, pró-reitor de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFarroupilha; Sra. Eliane de Moura Martins, diretora do Departamento do Trabalho da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social; Sr. Romir Rodrigues, representante do IRFS-Campus Canoas; Sr. Fritz Roloff, representante do Núcleo da Educação Profissional da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul; Sr. Marco Antonio Ballejo Canto, superintendente regional do Trabalho e Emprego. A seguir, a presidente informou a dinâmica da audiência pública com a fala inicial dos convidados, seguida de debates com inscrições dos participantes e encaminhamentos. Relatou também o trabalho que vem sendo realizado pela CEEP, com a previsão da realização de sete audiências públicas. Disse que a audiência realizada há 15 dias trouxe à tona uma problemática: como pensar o desenvolvimento da formação técnica profissional desde um lugar concreto? Participaram daquela audiência pesquisadores da FEE, que trouxeram uma análise da situação do Rio Grande do Sul relativamente ao seu modelo de desenvolvimento. Afirmou que o Rio Grande do Sul tem um grande desafio: passar de uma economia predominantemente agrária para uma economia industrial – que pode, no entanto, estar vinculada à agrária. As grandes diretrizes para esse novo desenvolvimento voltam-se à reestruturação da infraestrutura e da logística do Estado – expansão dos portos e das rodovias, criação de ferrovias, incentivo a outros meios de transporte, especialmente ao transporte coletivo, como metrô, construção de pontes, etc –, o que exige um novo perfil à formação profissional. Por quê? Porque são investimentos permanentes. A formação técnica aqui do Rio Grande do Sul tem qual perspectiva? Falou da apresentação das perspectivas que o Rio Grande do Sul já está vendo em termos de concentração de pontos de desenvolvimento de matriz industrial e produtiva. Citou o exemplo da sua cidade, Caxias do Sul, onde existem muitos cursos de formação profissional, mas não há uma política integrada. Assim, se engana muita gente sem querer, porque quantas pessoas fazem um curso e, depois, não têm onde trabalhar? Ou, por outro lado, recebem um certificado, mas não têm domínio de conhecimento. Disse que essa problemática precisa ser superada se o País e o Estado querem avançar numa visão estratégica de desenvolvimento. Explicou que seriam ouvidos os institutos federais, a Superintendência do Ministério do Trabalho e a Secretaria do Trabalho que abordarão a formação profissional à luz do mundo do trabalho. A presidente colocou os seguintes questionamentos: Como podemos nos integrar às políticas de Estado? Como trabalharemos juntos? Fortalecendo o que já está constituído no fórum de entidades e no comitê gestor? Com a FEE fazendo mais estudos aplicados e discussão sobre o tema? São os institutos que precisam ampliar as suas análises pelos observatórios, já que o melhor deles está aqui no Rio Grande do Sul e é vinculado aos institutos federais? Abrindo as exposições dos convidados, a presidente passou a palavra para a diretora do Departamento do Trabalho, da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Sra. Eliane de Moura Martins. A diretora apresentou, como elementos para o debate, as questões da fragmentação da nossa cultura em todos os aspectos, desde o ensino fundamental ao médio e o desafio de não podermos resolver nada dessa forma; a exigência de uma disposição, uma pedagogia, que entenda que há papéis diferentes, mas não estanques, pois o sujeito é uma figura histórica, datada, tem ou não uma expectativa de vida, crenças, razões; o desafio para compreendermos toda a dinâmica de pensar as regiões; de como formar, por exemplo, um peão para ser um soldador? Que esse sujeito em seis meses, por melhor que seja o curso, não vai nem deve ser um soldador; que há demandas por saúde, por cultura, etc., mas se DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 14 pensarmos só em como formar soldadores, isso vai ser precário, insuficiente. Afirmou que o desafio está em desmembrar a leitura do desenvolvimento em todas as interfaces possíveis, sem criar falsas expectativas nem para o sujeito, nem para os formadores; que há que se respeitar o movimento dos seres humanos nesse processo. Afirmou que nosso estado rompeu com uma lógica de que a educação profissional e o ensino médio deviam andar paralelos, e não integrados. Disse que as escolas públicas foram, em certo momento, obrigadas a separar as matrículas, fazendo com que o mesmo aluno, por exemplo, pudesse ser bom num curso e ruim noutro; que, então, se rompeu esta lógica, mas não sem conflito; passar para a educação integrada foi uma política de Estado. Citou que o estado tem enfrentado uma lógica de avaliação superada, rumo a uma avaliação emancipatória, onde se avalia a área de conhecimento, e não cada disciplina. Disse que o foco hoje é a pesquisa, de se situar como cidadão no mundo, numa perspectiva antropológica, e não só técnica, pois não adianta só despejar conteúdos sobre o aluno, só preparar para o emprego, fixar na empregabilidade, inserir o jovem no mercado; que tudo isso é insuficiente, pois se isso não vem da vocação, é equivocado. Resumiu dizendo que é necessário se focar no mundo do trabalho, e não no mundo do emprego; que essa é a visão atual, e dentro dessa ideia, da ótica dessa formação, hoje há bons números, mas que ainda falta muita ênfase no empreendedorismo e que há muitos cursos em criação. Seguiram-se apresentações com slides sobre o Pronatec. Na sequência, a presidente concedeu a palavra para o representante do Núcleo de Educação Profissional da Secretaria da Educação do Estado, Sr. Fritz Roloff. O convidado citou dados sobre as escolas profissionais do estado, dizendo que há 162 escolas estaduais ofertando educação profissional, nas quais temos 29.352 alunos matriculados, cursos técnicos, não de qualificação, segundo dados de março. O maior número de cursos é de contabilidade. Falou que a partir de 2015, os técnicos de nível médio não poderão mais se registrar no Conselho de Contabilidade. Então, se continuarmos nesse ritmo, vamos formar mão de obra barata para trabalhar no escritório. E o lado do empreendedor? Então, há muita intervenção ainda para ser feita nesse processo. Observou que hoje há 280 cursos subsequentes e 94 cursos integrados, quando no início do ano passado, não tínhamos nenhum. Afirmou que em relação aos números do Pronatec, em 2012, havia 4.039 vagas confirmadas em cursos técnicos e 2.393 em cursos de idiomas. Em 2013 houve um aumento para 6.539 vagas em cursos técnicos e 13.389 vagas em idiomas. Portanto, o total é de mais de 20 mil vagas. Em síntese disse que temos 4.273 alunos do Pronatec em cursos técnicos no Rio Grande do Sul e 5.663 em cursos de idiomas. Também afirmou que há muitas áreas deprimidas, nas quais não entramos ainda. Isso vai depender de um trabalho cada vez maior das coordenadorias de Educação, que têm que levantar, na origem, os dados e números. Comentou que o que se falou a respeito dos Institutos Federais vale para o Sul Riograndense; que há uma mudança de ação a partir do PRONATEC; que os professores estavam acostumados a receber os alunos na sala de aula, mas que hoje, a formação tem de ser entendida e trabalhada de forma diferente; que o IFSUL atua em nove cidades, com nove campus, além de mais quatro em implantação; que a preocupação é atingir as vagas previstas; que o ano dos recursos não combina com o ano letivo nem com o ano financeiro, fiscal. A presidente, deputada Marisa Formolo, fez uma síntese das intervenções citando um grupo de pesquisa na UFRGS, que discute as políticas públicas no Brasil na relação entre o público e o privado, analisando a educação profissional como um todo, num recorte do Pronatec. Após, concedeu a palavra para a próreitora de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, professora Viviane Silva Ramos. A Pró-reitora informou que o Instituto Federal do Rio Grande do Sul é um dos três institutos integrantes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica vinculada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e atua nas regiões Norte, Serra, Metropolitana, Litoral Sul e Litoral Norte do Estado. Hoje, há 12 campi constituídos e quatro em implantação, que atuam com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego em todas as ações que se reportam à rede federal. Afirmou que é um grande programa de inclusão, de acesso às oportunidades de educação profissional e, como tal, tem ações voltadas para a rede federal, para a rede estadual e para o sistema S. Disse que dentro das ações voltadas para a rede federal, temos o Bolsa Formação, que se divide em Bolsa Formação Estudante e Bolsa Formação Trabalhador, ou seja, cursos técnicos e cursos de formação inicial e continuada. Também falou da atuação como instituição certificadora das instituições privadas para a questão do financiamento estudantil e na Rede e-Tec Brasil, que são cursos de educação à distância. Atua também nos programas como o Proeja, o Mulheres Mil e a Rede Certific. Disse que em todas as ações que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego oferece DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 15 para a rede federal, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul se insere e desenvolve. O objetivo da Bolsa Formação, principal ação do Pronatec para a qualificação profissional, é a questão da democratização e da interiorização da oferta de educação profissional para públicos prioritários. Depois falou que mesmo sendo uma instituição pública, nos processos de seleção existe uma concorrência muito grande. Com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego foi invertida essa lógica, ou seja, recebemos a demanda e procuramos atendê-la, especialmente para os públicos prioritários, que são do Cade Único, do seguro desemprego, enfim, todo público que o programa relaciona. A Bolsa-Formação Trabalhador contempla cursos que atuam com 160 horas e passarão para 200 horas, a partir da aprovação da nova medida provisória que está em discussão no Congresso Nacional. A Bolsa-Formação Estudante são cursos técnicos concomitantes com o ensino médio da rede pública estadual. No próximo semestre, atuaremos com cursos técnicos subsequentes, novidade que está entrando no programa. Citou que o programa se desenvolve a partir de parcerias, não acontece de uma forma isolada. Há toda uma rede de demandantes, que são os ministérios, o MEC articula a relação entre ofertantes e demandantes e o FNDE, com seus recursos, fomenta o desenvolvimento do programa. Os ministérios paulatinamente vão ingressando nesse programa. As Secretarias de Educação dos Estados e os Ministérios do Trabalho e Emprego e o de Desenvolvimento Social e Combate à Fome iniciaram o trabalho e gradativamente houve o ingresso dos Ministérios da Cultura, do Turismo, da Defesa e das Comunicações, da Secretaria do Desenvolvimento Humano, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Ministério da Justiça, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que não aparece aí, mas que está entrando também. Relatou também que todos esses ministérios demandam cursos. Após, sintetizou alguns dados sobre o Instituto Federal do Rio Grande do Sul, dizendo que atua em 49 Municípios com o Bolsa-Formação. Temos 16 campi e mais unidades remotas, que são cursos fora de sede, justamente para atender às demandas que as prefeituras nos trazem e que um tempo atrás não tínhamos condições de atender por falta de pessoal e condições físicas. Também citou exemplos de como são atendidas as demandas em pequenos municípios. No ano passado, foram oferecidas 3.642 vagas e para 2013 estão previstas 7 mil vagas. Também falou da atuação nos programas como Mulheres Mil em sete polos, com o Proeja e com a Rede Certific, especialmente no campus de Caxias do Sul, que tem uma parceria com o Município de Arroio do Sal. A presidente agradeceu pela explanação e concedeu a palavra ao pró-reitor de Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Sr. Amilton de Moura Figueiredo. O pró-reitor mostrou dados sobre o crescimento e investimentos do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Disse que é importante conhecermos as políticas, e temos de saber o volume de recursos e as políticas em que atuamos, até para estabelecermos os nossos rumos. Afirmou que a partir de 2003, retomamos um processo de rearticulação e expansão, e o quadro dessa expansão, desse investimento, das políticas está posto. Estamos nesse processo de implementação e construção. Entende que o que nos cabe neste momento – e aí a pertinência desta discussão – é definir os rumos dessa educação: que educação profissional queremos. Esse é o grande desafio do momento. As políticas estão em processo de implementação. Agora está na hora de nós nos concentrarmos nessa questão dos rumos que queremos. A seguir, mostrou dados sobre a expansão de vagas e campi do IFSUL. Em 2009, haviam 4.300 alunos, e hoje temos em torno de 19 mil alunos, considerando que, desses 19 mil, cerca de 7 mil alunos são oriundos do Bolsa Formação e os demais vêm dos cursos regulares do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Os campi: em 2009, Bento Gonçalves, Porto Alegre, Rio Grande e Sertão; em 2010, Canoas e Erechim funcionando, depois Restinga, Caxias, Osório, Feliz, Ibirubá e Farroupilha; em 2012, todos já em pleno funcionamento; com quatro novos campi em fase de construção. Mostrou um quadro comparativo, com números do mês de fevereiro. Em 2009, havia 280 professores e 180 técnicos. Hoje, são 623 professores e 556 técnicos administrativos. Desde fevereiro, foram nomeados mais de 100 servidores. Quanto à evolução do orçamento, temos os números de 2011, separados em pessoal e custeio. Observou que a grande maioria dos cursos são cursos técnicos de nível médio, seguidos de cursos superiores de tecnologia, depois licenciatura, formação de professores e formação inicial e continuada, mostrando a vocação dos institutos federais, que é a vocação original de dedicação ao ensino técnico de nível médio. Disse que a partir da criação dos institutos federais, em 2008, foram introduzidas algumas outras áreas e níveis de atuação, como bacharelados e licenciaturas. Concluiu destacando a importância da ação articulada da deputada Marisa Formolo, com dados cada vez mais concretos para pensar essa relação dos cursos ofertados com o arranjo produtivo local. Também falou da projeção a longo prazo, sobre como a economia dessas cidades e regiões DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 16 irão se comportar e qual a vertente dessa matriz econômica que queremos e como investiremos esse volume de recursos públicos. Sintetizou destacando a quantidade de recursos públicos investidos em uma instituição que atua em vários campi, em várias regiões no Estado do Rio Grande do Sul, em vários eixos tecnológicos, e a necessidade e o dever que a sociedade tem de discutir como esses recursos são e serão aplicados. A presidente agradeceu pela exposição e passou a palavra ao professor Alberto Pahim Galli, pró-reitor de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha. O professor fez uma apresentação sobre o Instituto Federal Farroupilha dizendo que o instituto nasceu da união de duas autarquias, que hoje são sessentonas: a Escola Agrotécnica Federal de Alegrete e o Cefet, de São Vicente do Sul. Ambas são de origem agropecuária. Essas cidades são sedes dos campi do Instituto Federal Farroupilha. Somando-se a população dessas cidades, atingiremos aproximadamente 375 mil habitantes. Disse que além da atuação do instituto por meio dos campi, também atuam por intermédio de educação à distância. O instituto também atua com o Pronatec, com três cursos-pilotos no final de 2011. Ofertamos 90 vagas e tivemos 52 alunos concluintes. A lei dos institutos sinalizavam para um forma de ensino, e o Pronatec, de certa forma, nos orientava para uma outra forma. Assim, como não sabíamos como trabalhar isso, experimentamos com a oferta dos três cursos. No ano de 2012, foi ampliada a oferta de vagas e de cursos. Ali nós totalizamos 285 vagas ofertadas, com 241 alunos matriculados. Conseguimos cobrir quase que a totalidade dos campi do instituto. Para 2013, haverá ampliação da oferta de cursos. Atingimos o número de 45, com a previsão de 79 turmas e 1.965 vagas. Esse número de vagas está relacionado a cursos de qualificação profissional. São esses cursos de 160 a 200 horas. Disse que até o primeiro semestre deste ano, foram atingidas 1.045 vagas ofertadas e efetuadas 995 matrículas. O complemento em relação às 1.965 será feito no próximo semestre. Os principais demandantes são o Ministério de Desenvolvimento Social, a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, o Ministério do Desenvolvimento Agrário por meio da Fetraf, da Fetag, do MPA. Também vale destacar a atuação do Detrab, representado pela Eliane, na relação que conseguimos estabelecer com os demandantes. Também falou das unidades remotas, que são aquelas ofertas de curso fora da sede. Destacou o caso de Santo Augusto, cuja unidade atua em outros seis Municípios. Questionou os resultados, que ainda não podem ser avaliados, pois existem somente 10 turmas concluídas. Os questionamentos que devem ser respondidos pela avaliação são: Quantos, dos alunos que concluíram os cursos, conseguiram ser inseridos no mercado de trabalho? Será que o fato de ingressar num curso de qualificação profissional representa um aspecto positivo na vida de um sujeito? O ingresso tem alguma relação com o desenvolvimento econômico e social? De que forma a educação profissional pode promover o desenvolvimento econômico, social e regional, proposta que está na origem da criação dos institutos federais? Destacou o exemplo de Santa Maria, cidade que é um polo de oferta de educação de nível superior. Frequentemente ouvimos queixas em relação à dificuldade que a cidade teria, caso não fosse sede de um grande contingente militar e de uma grande universidade federal. O pessoal carece de indústria. Perguntou: Se temos um grande polo de educação, ele não foi capaz de promover isso? Após, a presidente passou a palavra para o senhor Miguel Felbert, que disse que o Pronatec trouxe mudanças. Estávamos acostumados, como professor, a esperar o aluno somente na frente da sala. Hoje, temos que procurá-lo. Quem sabe, por ter sido um ex-aluno e ter vivenciado essas dificuldades na ponta do trabalho deste Brasil todo por onde andei, fez-me pensar e agir um pouco diferente em relação ao Pronatec. Afirmou que o Pronatec é o maior programa de capacitação no Brasil. Disse que o IFSul atua em nove cidades, contando, assim, com nove campi e mais quatro em expansão. Temos em Pelotas, que é a nossa sede, Sapucaia do Sul, Charqueadas, Passo Fundo, Camaquã, Bagé, Venâncio Aires e Santana do Livramento; em implantação, agora, em Lajeado, Gravataí, Sapiranga e Jaguarão. Ou seja, atua em várias regiões do Estado, com suas peculiaridades. Há uma mescla. Essas diferenças e multi-informações são salutares e provocam crescimento, de uma forma geral. Informou que o IFSul tem 10.730 vagas de ensino técnico, 2.123 de ensino superior, 21 de especialização, 608 de pós-graduação, totalizando 14 mil vagas. Estamos prestes a pactuar mais 2 mil vagas, além das 2 mil já pactuadas. Quer dizer, vamos a 18 mil vagas. É um número significativo para um instituto do Rio Grande do Sul. A presidente agradeceu e passou a palavra para o professor Romir Rodrigues, que é do Instituto Federal Campus Canoas, para fazer uma síntese dos dados que os institutos levantaram sobre a formação profissional. O professor fez uma retrospectiva histórica lembrando que na reforma do ensino médio de Fernando Henrique Cardoso, no primeiro governo de Olívio Dutra, os municípios diziam que o ensino médio seria o toque de Midas, que DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 17 hoje se tornou a educação profissional; que isso deve ser pensado. Se há fundamento ou não; que há problemas estruturais que a educação profissional contribuiria para solucionar, mas não resolveria tudo. Disse que temos de voltar um pouquinho atrás, quando estava na Secretaria de Estado da Educação, na época do governo Olívio, como coordenador estadual do ensino médio. Os prefeitos queriam escolas de ensino médio. O toque de Midas do momento era o ensino médio. Agora parece ser o Pronatec e a educação profissional. Por isso fez uma pesquisa sobre a exposição de motivos da Lei do Pronatec em comparação com a Lei 5.692, da década de 70. Nesta pesquisa encontrou vários pontos de sobreposição entre as duas, especialmente em que o principal é o momento de desenvolvimento do Brasil, etc; que até o lançamento do Pronatec, se apostava no ensino médio integrado, numa lógica de mundo do trabalho, e não só no técnico; mas com esse programa se retomam os cursos tecnicistas rápidos (não de má qualidade, mas rápidos), com a base teórica do capital humano, onde a educação deixa de ser um direito e passa a ser um fator econômico; que isso é um pensamento muito reducionista, faltando compreender a ciência que está atrás do processo produtivo, e isso não se faz em poucas horas, há necessidade de maior fôlego. Questionou como o estado se organiza hoje em termos de seu papel; afirmou que houve uma mudança estrutural no mundo do trabalho e a culpa de novo volta para o trabalhador, que tem de ser melhor formado, etc. Disse que hoje o sujeito tem de ter uma formação específica para o mercado, mas se ele não consegue, não arranja um emprego, é considerado incompetente, não sendo considerado que seu curso pode não estar dialogando mais com a demanda. Neste sentido, o estado repassa para o mercado um conjunto de suas responsabilidades e recursos para os entes privados, inclusive para a educação profissional. O Pronatec é isso, para trabalhar dentro da lógica do sistema S. Também questionou a ideia de desenvolvimento que está por trás do Pronatec, onde se investe na soberania ou forma para usar a tecnologia alheia. Considerou ainda que o ensino técnico envolve três situações: trabalho e cidadania, ciência e tecnologia e educação e cultura; que, portanto, formar cada aluno é um trabalho interdisciplinar, pois ele demanda uma preparação integrada, para desenvolver sua vocação e suas habilidades; que, para realizar essa integração e essa lógica de formação humana para o mundo do trabalho, é necessária a articulação de secretarias e demais instituições. A presidente concedeu a palavra ao professor coordenador do Curso de Mecânica da Escola Técnica Parobé, Sr. Francisco Assis Rossi. O professor Rossi disse que a escola tem 3 mil alunos nos seis cursos que oferece entre os cinco técnicos e o ensino médio. Afirmou que o ensino técnico envolve três situações: trabalho e cidadania, ciência e tecnologia e educação e pedagogia. Esses três elementos fazem parte de três setores do governo: as Secretarias de Trabalho, de Ciência e Tecnologia e de Educação. Disse tratar-se de uma situação multidisciplinar conseguir integrar esses elementos, ou seja, fazer a pesquisa da capacidade inata do profissional. Falou que deve-se buscar não só a formação, mas preparar o profissional para a situação em que ele é mais qualificado, para a qual ele nasceu. Entende que é necessário que as três secretarias e os ministérios precisam se envolver nesse processo de desenvolvimento do ensino técnico, para realizar um trabalho muito mais qualificado que realmente busque e integre todas as pessoas que precisam do ensino técnico. Não se trata de uma preparação pura e simples de mão de obra, temos de preparar a pessoa, não só o saber fazer, mas o cidadão. A presidente concedeu a palavra para ao diretor da Escola Técnica Santo Inácio, Sr. José Renato. O professor falou que a pergunta mais de fundo é como compreender a formação e a educação de uma escola técnica vinculada a uma concepção de desenvolvimento tanto do aluno como da comunidade? Sustentou que a escola deve ancorar e protagonizar iniciativas e projetos voltados para o desenvolvimento da comunidade. Não deve ser uma escola isolada, mas, sim, integrada ao contexto, o que leva alunos e professores a debaterem que tipo de desenvolvimento desejam, considerando a tecnologia implicada no processo e a própria comunidade. É uma escola que se pretende ecossistêmica, sustentável. Como podemos compreender o Pronatec como uma política pública? A presidente concedeu a palavra ao vice-diretor da Escola Técnica Solon Tavares, de Guaíba, Lucio Renato de Oliveira. O professor disse que as escolas estaduais estão sendo sucateadas. Não recebemos equipamentos nem mão de obra especializada; os professores não têm formação pedagógica. Como é possível segurarmos alunos dentro de escolas com essa perspectiva? Afirmou que os recursos do Sistema S deveriam estar voltados para as escolas estaduais. Antes de abrir os debates, a presidente esclareceu que o tema relativo ao Sistema S será objeto de uma audiência pública específica. Disse que em uma outra comissão notamos que de fato há um recurso muito grande investido nesse sistema, e trata-se de verba pública. É dinheiro público e tem que cumprir uma função pública. A pergunta é o quanto essa função está, DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 18 de fato, sendo pública nas diversas regiões? Após fez os seguintes questionamentos: Quem, hoje, sabe que cursos são oferecidos na sua região? Pensamos que a formação profissional é a alternativa para mudar o contexto do desenvolvimento; mas quem está estudando a relação entre os investimentos públicos e privados e o desenvolvimento resultante desses investimentos? Eles estão sendo transformadores de um processo de produção e desenvolvimento ou as tecnologias de produção estão apenas sendo modernizadas e o elemento que está por trás é só uma modernização de um sistema capitalista? Trouxe o desafio de sabermos onde há cursos de formação técnica em agroecologia no Estado e no País? Não dizemos que é necessário o desenvolvimento sustentável? Como há formação sem os cursos específicos? Como se muda o processo de produção? Depois falou que a economia solidária é um grande e novo caminho, mesmo que com pequenas ações, mas que cria novas relações de produção, de consumo, de vida social. Onde há curso de formação em economia solidária? Afirmou que o debate foi uma reflexão importante para vermos como que o Pronatec é uma grande alternativa. Ele tem os seus limites políticos, mas esses podem ser também superados. Entende que os institutos federais têm a condição crítica de gerar perspectivas novas, porque não é do Sistema S, pela sua natureza e pela sua manutenção, que vai emergir a transformação desse processo. Falou das experiências em outros países como na Colômbia, com o SENA. Disse que lá não se forma o trabalhador. Todo o processo pedagógico é no sentido de que a educação profissional sirva para desenvolver as capacidades humanas de um empreendedor social que usa o trabalho e a sua potencialidade humana como um elemento para transformar uma realidade. Sugeriu a criação de um grupo de trabalho para conhecer um país que está tirando a juventude da droga, que tem uma formação de nível médio altamente atraente e que trabalha com as escolas integradas. Após, passou a palavra para Maria Utzig Zulke, que reforçou os questionamentos sobre a implicação da formação profissional com as constantes mudanças no mundo do trabalho; com a necessidade de ao mesmo tempo qualificar e formar cidadãos questionadores e transformadores da realidade social. Disse que o trabalho de formação deve levar em conta uma educação articulada e integrada. A elevação de escolaridade no Pronatec-FIC é uma questão fundamental. A outra questão é a integração. É importante não fragmentar essa modalidade. A presidente concedeu a palavra à Sra. Eliane de Moura Martins, que propôs dois encaminhamentos. Disse que estamos vivendo um projeto de desenvolvimento econômico, um neodesenvolvimentismo, alguma coisa clássica, capitalista num momento histórico predatório de um sistema que está, internacionalmente, em crise. Nesse aspecto, um dos encaminhamentos é o seguinte. O Estado não é um lugar neutro, óbvio, mas falta um ente nesse debate para puxar, com a sua voz e com o seu direito, essa discussão do conteúdo, do rumo, da estratégia, que é, por exemplo, o braço dos trabalhadores. A pauta da qualificação profissional historicamente não foi abordada pela organização sindical. Temos de provocá-los a pensar sobre isso, porque é um capítulo de relação, de disputa, sim, do cidadão, da visão de mundo das pessoas. É importante ter mais a presença do contraditório do setor organizado da classe trabalhadora. Contribui profundamente para esse cenário a fragmentação da classe. O trabalho informal, o trabalho precário e as condições adversas, que a reestruturação produtiva colocou no sistema, que praticamente inviabilizam a organização dos trabalhadores, sem dúvida nenhuma, fragilizam a classe trabalhadora. O setor informal não tem organização alguma. A terceirização e a quarteirização são fenômenos que enfraquecem profundamente, por isso vamos à luta pela sobrevivência. Então, o debate da estratégia sobre qual desenvolvimento temos e qual desenvolvimento queremos é um debate público, da sociedade. A presidente sugeriu a criação na ALRS de um grupo de trabalho para fazer um estudo sistemático sobre esse tema. Após passou a palavra para Alberto Pahim Galli que falou sobre o tema da qualificação profissional e elevação da escolaridade. Disse que o Pronatec é uma ferramenta interessante para ampliar ainda mais a interiorização das oportunidades de educação e também para atrair mais pessoas para dentro dos campi do instituto. Os dois princípios básicos da lei de criação dos institutos são promover o desenvolvimento regional e elevar a escolaridade e também a qualidade de vida da população. A presidente passou a palavra para o Sr. Odilon Sramare, da Escola Parobé, que falou dos importantes pensadores que temos na América, como José Mariátegui. A presidente fez uma consulta sobre os interessados em integrar o grupo de trabalho. Colocaram-se a disposição os professores Amilton Figueiredo, Fritz Roloff, Viviane Silva Ramos, Mara Sasso e Miguel Felberg. Após, a senhora Mara Sasso convidou os presentes para participarem de uma viagem de visita à Buenos Aires para conhecer o acordo binacional que existe com o DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 19 Instituto Sul-Rio-Grandense. Encerrados os debates, a presidente fez uma síntese dos encaminhamentos: Incentivar estudos sobre a relação entre os investimentos públicos e privados e o desenvolvimento resultante desses investimentos; prospectar cursos de formação técnica em agroecologia e em economia solidária no RS e no Brasil; incentivar a criação de cursos de formação técnica em agroecologia e em economia solidária, como expressão de um novo modelo de transformação social que passa pela educação profissional; reunir um fórum para buscar uma metodologia para uma política pública de formação para o mundo do trabalho, integrando as entidades, relacionadas à formação para o mundo do trabalho, que discuta, entre outros temas,diretrizes para a formação dos currículos de educação profissional; elaborar uma política associada de elevação de escolaridade no Pronatec-FIC; reforçar a cobrança da gratuidade do Sistema S; promover a integração do sistema de formação para o mundo do trabalho no RS; incentivar a participação dos trabalhadores no debate para acrescentar na discussão do conteúdo, do rumo das políticas de formação para o mundo do trabalho, através das centrais sindicais; criar na Assembleia Legislativa um grupo de trabalho ou um fórum para fazer um estudo sistemático sobre esse tema; introduzir o debate sobre o desenvolvimento regional e sobre a elevação da escolaridade e também a qualidade de vida da população; formar uma equipe para conhecer o trabalho da Universidade do Trabalho de Montevidéu sobre a questão da certificação e o ensino binacional no Mercosul. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, a presidente, deputada Marisa Formolo, convidou os presentes para as próximas audiências públicas e para as visitas técnicas, agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência às vinte uma horas e cinquenta minutos, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambas, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Marisa Formolo, Presidente. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº7 Aos vinte e sete dias do mês de maio do ano de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, na Câmara Municipal de Caxias do Sul, reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEP, sob a presidência da deputada Marisa Formolo (PT), para realização de audiência pública para constatar a partir de uma cidade - Caxias do Sul - a forma de atuação das instituições de ensino profissional - públicas e privadas - na definição de prioridades e cursos de capacitação técnica, aprendizagem e qualificação. A presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após, nominou os componentes da mesa: deputada Maria Helena Sartori; vereadora Denise Pessoa; Vereador Jo Arse; Ana Cristina Cesar, Diretora do Centro Tecnológico da Universidade de Caxias do Sul; Ana Margarida Gubert Zanrosso, representando a Secretaria Municipal de Educação (SMED); Claudete Piccoli, Coordenadora da 4ª CRE (Caxias do Sul); Tatiana Weber, Diretora-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Caxias do Sul; Vanius Corte, Gerente Regional do Trabalho de Caxias do Sul/SRTE/RS; Lodonha Maria Coimbra Soares, do Observatório do DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 20 Trabalho/UCS. Após a composição da mesa, a presidente fez uma rápida introdução ao tema da audiência. Relatou também os trabalhos já realizados pela Comissão, bem como o objetivo de aprofundar os estudos sobre a profissionalização através dos diversos programas hoje vigentes, principalmente o Pronatec, como nova proposta do Governo Federal, que tem muitas áreas de atuação. A seguir, a presidente passou a palavra para Jo Arse, representando o Presidente da Câmara Municipal de São Leopoldo. O convidado afirmou que este momento é propício para debater o assunto em pauta, porque o ensino precisa ser discutido e planejado e que existem ferramentas que podem ajudar para termos um bom resultado para a comunidade e para o futuro. A seguir, a deputada Marisa Formolo informou que Caxias do Sul foi escolhida como uma cidade piloto para que seja criado um comitê, um grupo de trabalho ou um fórum que discuta o tema da formação profissional para a cidade e para a região. Comentou sobre os trabalhos realizados pelas entidades pesquisadoras, que chegaram a uma síntese: O Rio Grande do Sul tem algumas áreas que tem investimento permanente e outras regiões tem investimentos diferenciados, sendo preciso identificar os investimentos continuados que existem, tanto público como privado. Disse também, que hoje, na cidade de Caxias do Sul não há uma perspectiva de formação profissional para daqui há 5 anos, que não há nada publicado, somente estudos isolados. Declarou que o desafio para a cidade de Caxias é desenvolver uma proposta de política pública integrada de formação profissional, empregabilidade e desenvolvimento. Na sequência, falou Lodonha Maria Coimbra Soares, Coordenadora do Observatório do Trabalho/UCS. A convidada apresentou o observatório e esclareceu que o objetivo principal é contribuir com pesquisas para disponibilizar conhecimentos e informações sobre o mercado de trabalho aos gestores públicos privados e a sociedade civil organizada, intensificando a relação entre universidade e sociedade. Como objetivos específicos, citou a identificação de novas habilidades e competências, entender a velocidade de inserção no mundo do trabalho e as áreas de atuação que existe para os egressos da Universidade de Caxias do Sul - UCS, bem como de outras instituições. Entre os trabalhos realizados, citou a linha de pesquisa emprego e trabalho, que identifica as demandas do mercado e subsidia na elaboração de cursos para atender as demandas levantadas. Informou que o observatório já vem contribuindo com algumas publicações, que podem ser encontradas no site da Universidade. Após falou o professor Adalberto, que apresentou uma tabela que demostra o número de empregos ocupados por jovens de até 29 anos. Observou que a maior ocupação é feita pelo nível técnico, o que demanda uma educação técnica em Caxias do Sul. Após, a presidente passou a palavra para o professor Mandeli. O professor disse que a Universidade tem muito a contribuir com a educação profissional, não só no nível superior, mas também no ensino médio. Falou sobre os cursos oferecidos e que existem mecanismos de aproveitamento do nível técnico para o nível superior, podendo desta forma abreviar o tempo de formação. Parabenizou o Prouni RS pela iniciativa de oferecer ensino superior, na área de tecnologia, mas lamenta que a procura é muito baixa, questiona se não seria uma falha na comunicação ou um problema de gestão das escolas de ensino médio ao mostrar a necessidade e um rumo de formação profissional. Informou que as instituições privadas de ensino superior ou de ensino médio têm encontrado dificuldade para adesão ao Pronatec, que os procedimentos de cadastro apresentam problemas de sistema. A presidente passou a palavra para Ana Cristina Cesar, Diretora do Centro Tecnológico da Universidade de Caxias do Sul. A convidada apresentou os cursos técnicos oferecidos pela Universidade e falou da importância de haver um financiamento do Pronatec para alguns desses cursos. Sugeriu que se faça um seminário regional sobre educação profissional com palestrantes de todo país. Elogiou a escola de tempo integral, diz que ela vincula o aluno a uma turma, que existe um maior comprometimento por parte dos professores ao ver o crescimento do aluno como um todo, uma formação integral e formal também. A presidente passou a palavra para Claudete Piccoli, Coordenadora da 4ª CRE (Caxias do Sul). A coordenadora disse que o ensino politécnico veio para ficar e que é a nova metodologia do ensino médio. Informou que estão sendo feitas visitas às escolas de ensino médio de Caxias e da região, que chamam de caravana do ensino médio, para esclarecimentos e tirar dúvidas sobre esta proposta e que existe um fórum de discussão para os alunos debater esse assunto. Falou também que os gestores se empenham muito para que os alunos se inscrevam no Pronatec, e que a questão da baixa procura poderia ser um elemento de pesquisa junto às escolas. Chamou a Prof. Silvana para contribuir com a sua fala. A presidente passou a palavra para a professora Silvana, Assessora da Educação Profissional da Coordenadoria de Educação, que trabalha também com o Pronatec, que informou que os cursos que tiveram mais procura foram os de metalurgia, comércio e DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 21 administração. Citou os problemas encontrados no Pronatec: existem cursos ofertados que não são procurados; os alunos se inscrevem e não confirmam a matrícula ou começam o curso e acabam desistindo antes de concluí-lo. Questionou o por quê de tudo isso. A presidente concedeu a palavra para Ana Margarida Gubert Zanrosso, representando a Secretaria Municipal de Educação (SMED). A convidada informou que a adesão ao Pró Jovem Urbano não conseguiu atingir a meta exigida pelo MEC, mas conseguiram aderir o Pro EJA FIC, embora tenha tido um alto número de desistência. Mencionou que a oferta do Pronatec não tem tido boa resposta, que sempre há sobra de vagas e que também a evasão é grande, comenta que ainda não conseguiram detectar qual é o problema. Informou que existe um grande número de jovens no EJA fora do mercado de trabalho, sem escolaridade e desestimulados. Comunicou que estão oferecendo muitos cursos para alunos com necessidades especiais (PDCs), para inserí-los no mercado de trabalho, e salienta que eles dificilmente desistem pelo fato de precisarem desta ajuda. A seguir falou a deputada Maria Helena Sartori que questionou por quê essas oportunidades não estão sendo aproveitadas, onde estamos falhando. Disse que não estamos conseguindo fazer com que esses jovens se apaixonem. Após, falou Tatiana Weber, Diretora-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) que entende que os Institutos Federais, atuam na educação profissional em todos os níveis e que 50% das vagas dos cursos oferecidos devem ser, preferencialmente, na modalidade integrada. Disse que o ideal é que o aluno faça um curso técnico e que escolha um curso superior dentro da mesma área para que haja uma otimização do ensino. Informou que os institutos federais têm por obrigação o atendimento às demandas locais, aos arranjos produtivos locais e também, oportunizar o desenvolvimento sócio econômico regional. 50% das vagas para alunos da rede pública, sendo que destes, obrigatoriamente, com renda familiar per capita não superior a um salário mínimo e meio. Questiona sobre os problemas já citados anteriormente, em relação à falta de interesse pelos cursos ofertados e faz uma colocação: acredita que na hora de pensar no curso já se deve pensar na possibilidade de atuação profissional. Quanto ao Pronatec, disse que estão trabalhando com uma proposta diferenciada, em que a escola vai de encontro ao aluno para ver se conseguem minimizar a evasão. A seguir, falou Vanius Corte, Gerente Regional do Trabalho de Caxias do Sul/SRTE/RS, que declarou que o Ministério do Trabalho atua na questão da aprendizagem profissional e que a função deste órgão é de fiscalizar as empresas, com mais de sete empregados, têm que cumprir uma cota de aprendizagem, são obrigadas a manter 50% das vagas para empregados na condição de aprendizes. Afirmou que na cidade de Caxias do Sul, 50% dessas vagas estão preenchidas e ressaltou que, apesar destes números não serem muitos bons, é o melhor do país. Falou sobre os cursos para os PCDs, dentro das universidades, que têm tido excelentes resultados. Informou que algumas empresas têm dificuldades de preencherem essas vagas por falta de candidatos. Acredita que não é por falta de interesse das pessoas, que o problema está com quem oferece os cursos, que podem não serem adequados ou estarem exigindo uma qualificação dos candidatos, que eles ainda não têm, por não estarem pensando em qual vai ser o público alvo, quais as suas necessidades e como vão se adaptar a elas. Afirmou que a formação profissional tem que ser inicial, mas tem que ser constante. Ressaltou que somente através deste tipo de iniciativa que propicia esta integração de vários órgãos empenhados em promover a formação profissional, poderemos somar esforços e apontar soluções. Após, falou a vereadora Denise Pessoa, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Caxias do Sul, que concordou com as colocações do Dr. Vanius, quando ele diz que a evasão dos alunos não se dá por falta de interesse. Informou que a Câmara dos vereadores tem trabalhado na divulgação do Pronatec, vinculado à Fase e agora aos Institutos Federais. Informou que as principais queixas dos alunos são a questão do deslocamento; da assistência fornecida pelos órgãos para o custeio de seus estudos; a questão de trabalharem durante o dia e fazerem o curso à noite, o que acaba sobrecarregando-os. Além disso, cita a questão do currículo, o quanto os cursos são adequados à realidade desses jovens. Acredita que estes questionamentos devem ser incorporados na hora de implantar os cursos, que deve ser analisada a condição social das pessoas. Cumprimenta o Instituto Federal pela iniciativa de ir ao encontro das comunidades, pensa que assim conseguiremos, de fato, uma inclusão social. Encerradas as falas dos convidados, a presidente abriu as inscrições para debates. Antônio César, do diretório acadêmico da UCS questionou qual a dinâmica das aulas dos cursos oferecidos pelo Pronatec. Afirmou que deve haver ampla divulgação em todas as escolas e bairros, como tem sido feito pelo Instituto Federal, salienta que os alunos deveriam ter um acompanhamento DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 22 psicológico. Questiona até que ponto os alunos, que fazem estes cursos no Pronatec, terão a certeza que quando saírem de lá, serão inseridos no mercado de trabalho. Emerson Espadeto, diretor do Senac de Caxias, afirmou que discutir a formação profissional é uma excelente iniciativa. Informa que a cidade de Caxias do Sul, através do Senac, tem recebido demandas para Pronatec nas diversas áreas: Turismo, Carnaval, Copa, Empresa, das pessoas privadas de liberdade, de cursos de idiomas para polícia civil, guarda municipal e brigada militar. Disse que é a primeira vez que se tem uma grande oferta de vaga de educação profissional técnica à disposição das pessoas e que as pessoas ainda não estão acostumadas com essa situação. Questiona por quê o Sistema S não pode usar a infraestrutura das escolas estaduais para ofertar cursos, se a intenção é de ampliar cada vez mais as oportunidades de formação profissional. Ressalta que, apesar de algumas dificuldades ainda encontradas, estamos vivendo um momento único, que pela primeira vez temos um número expressivo de oferta em relação à demanda. Saul Jan Davis, do Senai, falou sobre as escolas do Senai em Caxias do Sul e de suas estruturas criadas dentro das empresas, bem como dos cursos ofertados. Comentou sobre a evasão dos jovens e questionou o por quê. Ressaltou que com os alunos PCD isso não acontece, reforçando o que foi falado anteriormente. Em relação ao Pronatec, demostrou preocupação com a baixa procura dos alunos e disse que precisam trabalhar mais a divulgação. Tânia Menezes, Coordenadora Regional do Sine, questionou se estamos trabalhando com as necessidades do mercado ou das pessoas, e afirmou que esta questão deve ser pensada quando os cursos são oferecidos. Alegou que não é pelo fato das pessoas serem humildes, que elas não tenham o direito de sonhar com uma profissão que as façam sentirem-se realizadas, e que possa lhe oferecer uma melhor condição de vida. Disse que precisamos erradicar a pobreza e a miséria, mas também o trabalho desumano e insalubre. Ressaltou que há uma grande dificuldade: tanto os órgãos de governo como os demandantes e ofertantes têm de trabalhar efetivamente em parceria. Disse que os municípios, através das Comissões Municipais de Trabalho e Emprego, não se organizam no sentido de discutirem que cursos são importantes para cada região. Afirmou que acha importante agregar os agentes de saúde comunitários a esse trabalho para que se possa buscar um pouco da realidade das pessoas, com o objetivo de resgatar a sua dignidade. Disse que iniciativas como a desta audiência dá uma perspectiva de retomar algumas discussões e que as pessoas têm sido tratadas como se fossem gado indo para o matadouro. Ressaltou que deve se tratar a satisfação pessoal, porque não há remuneração melhor do que a pessoa trabalhar naquilo que gosta e fazer o que gosta, porque agindo desta forma não é só a pessoa que vai prosperar, mas as pessoas e o ambiente em que ela trabalha também, não só materialmente, mas principalmente espiritualmente. Eloi Galon, Coordenador da Faculdade Murialdo de Caxias do Sul, fez uma apresentação da faculdade e dos cursos ofertados. Informou que não há financiamento na área social e para investir na filantropia é importante que haja. Disse que a oferta de vagas é insuficiente para suprir a demanda. Informou que a metade das evasões se dá quando o aluno consegue um emprego para ajudar a família. Observou que o direito implica na acessibilidade ao direito, como exemplo citou que embora os cursos sejam ofertados, muitas vezes o adolescente não tem dinheiro para pagar a passagem do deslocamento. Afirmou que as ONGs são uma grande alternativa de escola em turno integral. Concluiu dizendo que não basta ofertar somente uma formação profissional, é preciso também formar cidadãos que ajudem a melhorar as suas vidas, as de suas famílias e da sociedade onde estão inseridos. Padre Roque Grazziotin, Presidente da Fundação da Universidade de Caxias do Sul, disse que propõe um desafio: recuperar Paulo Freire, que disse que temos que partir da realidade que vivemos, sonhar e transformar, deixar de ser objeto e ser sujeito. Afirmou que se tivermos o cuidado, o carinho, se soubermos cativar esses jovens, vão sobrar vagas. Parabenizou todas as instituições que estão trabalhando nesta causa, disse que o desafio é para todos, mas que temos que mudar alguns conceitos e algumas práticas. Jussara Piva, Diretora da Escola Estadual Técnica de Caxias do Sul, apresentou a escola e disse que a realidade encontrada lá é muito diferente do que foi apresentado. Disse que os alunos vão em busca de emprego, de qualificação e que a procura é muito grande, cerca de 100 alunos por vaga. Anteriormente, os alunos eram escolhidos por sorteio, hoje, através de uma prova de seleção. Conta que desta forma, conseguiram acabar com a evasão. Defende a escola técnica, disse que é muito pouco falada, mas que em Caxias do Sul ainda é muito conhecida. Encerrados os debates, a presidente fez uma síntese dos encaminhamentos, baseados nas sugestões recebidas: formar um fórum, composto por representantes do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 23 (IFRS), 4ª Coordenadoria Regional de Ensino (4ª CRE), da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Senac, Senai, Escola Técnica, FGTAS, Murialdo – Ação Social, Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa; realizar um seminário sobre a nova perspectiva pedagógica, de acordo com o desenho econômico da sociedade; otimizar a utilização de recursos, oferecendo um sentido à vida dos jovens que fazem um curso técnico; incentivar a oferta de um curso de agroecologia para garantir que os jovens encontrem uma alternativa e sintam vontade de permanecer no campo, mas se sintam incluídos. Também ficou agendada a primeira reunião do fórum de entidades para o dia 7 de julho de 2013, às 14 horas, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, para tratar da questão da educação profissional na cidade de Caxias do Sul e região, na perspectiva de criar uma metodologia de integração de políticas públicas, de formação profissional, empregabilidade e desenvolvimento sustentável e, consequentemente o desenvolvimento humano. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, a presidente, deputada Marisa Formolo, convidou os presentes para as próximas audiências públicas e para as visitas técnicas, agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambas, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Marisa Formolo, Presidente. Mara Sasso Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº8 Aos sete dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, na Escola Estadual Técnica de Agricultura de Viamão reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEP, sob a presidência do deputado Altemir Tortelli (PT), para realização de audiência pública para debater a situação das Escolas Técnicas Agrícolas - ETAs - no Rio Grande do Sul. O presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após nominou os componentes da mesa: Sr. Elton Senna, representando a Associação Gaúcha de Professores Técnicos Agrícolas do RS - AGPTEA; Sr. Fritz Rollof, representando o Núcleo de Educação Profissional da Seduc; Sr. Ivan Renato Cardoso Krolow, Diretor Técnico da Fepagro/Secretaria Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA; Sr. João Feliciano Rigon, Diretor de Assuntos do Ensino Técnico e Capacitação Profissional do SINTARGS; Sr. José Carlos Brancher (Zica), presidente da Federação Nacional de Ensino Agrícola; Sra. Meri Terezinha Marmilicz, Presidente do Conselho dos Diretores de Escolas Agrícolas do RS; Sra. Rose Mary de Freitas da Silva, Coordenadora da 28ª CRE; Sr. William Scherer, estudante, representante no Conselho Escolar da ETA Viamão; Sr. Vilmar Galvão, representando a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Diretor da ETA de Viamão. A seguir o presidente informou a dinâmica da audiência pública com a fala inicial dos convidados, seguida de debates com inscrições dos participantes e encaminhamentos. O presidente agradeceu a escola ETA de Viamão pela acolhida para realizar o debate. Disse que pensar o desenvolvimento do RS sem a agricultura familiar e sem a relação da formação DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 24 profissional em relação às políticas públicas nacionais seria olhar o estado sem ver todo o contexto. Abrindo as exposições, passou a palavra para Meri Terezinha Marmilitz, que falou sobre a grande luta do ensino agrícola em prol da sociedade e da importância do reconhecimento de suas lideranças. Comentou sobre o acolhimento dos alunos nas escolas técnicas, sobre a importância de sua capacitação e de sua permanência nas propriedades e no meio rural. Citou o Pronatec como um programa que oferece aos alunos cursos rápidos, mas não promove o desenvolvimento do ser humano de uma forma geral, incluindo. Destacou as carências do ensino profissional agrícola e considerou relevante que o Deputado Altemir Tortelli leve o pleito de políticas específicas na defesa das escolas agrícolas. Na sequência, fez uma apresentação com imagens de escolas agrícolas, mostrando o que os alunos fazem, o que aprendem e o compromisso com o aprender. A seguir, o presidente passou a palavra para José Carlos Brancher. O convidado falou do ensino agrícola que passa por grandes dificuldades em alguns setores. Falou sobre a criação, a história e a estrutura da FENEA, que nasceu para buscar articulação do ensino agrícola brasileiro. Fez um apanhado geral sobre a trajetória das Escolas Federais, de sua estrutura e realidade e também das escolas dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Citou também, como pontos positivos, a avaliação do CONEA para avaliar o profissional que está saindo para o mercado de trabalho e a visitação às escolas para levar a legislação e problemas oriundos da categoria profissional. Como problema, citou a extinção da FESC que tinha autonomia e recursos para manter a profissão e disse que, hoje, as Cooperativas escola são as que mantêm as escolas estaduais em Santa Catarina. Questionou como será tratado o cooperativismo e associativismo e informou que, na rede federal, praticamente foram extintos. Informou também que está havendo uma discussão dos currículos para evitar que um aluno que saia de uma escola para outra fique um ano adaptando o currículo, disse estão discutindo para ter a parte genérica, mas também observando a questão da regionalidade. Comentou sobre cartas de crédito que foram fornecidas para filhos de agricultores, técnicos agrícolas. Disse que o Estado está deixando de fazer a extensão rural e os poucos extensionistas que tem, estão fazendo papel burocrata, raros vão para o campo. Afirmou que o filho de agricultor deve ser colocado no campo. Falou de sua preocupação com a retirada dos técnicos das câmaras de agronomia e questionou de quem seria o compromisso com o ensino de qualidade. Comentou que o governo fala no custo da educação, mas que na verdade é um investimento. Essas escolas de tempo integral qualificam profissionais numa unidade educativa de produção, onde o aluno vai aprender um pouco daquela realidade em que ele vai trabalhar quando sair de lá. Afirmou que o ECA muitas vezes não tem essa interpretação e encara isso como trabalho escravo. Disse que não pode mais falar dessa atual realidade sem pensar na articulação do ensino, da pesquisa e da extensão nas nossas unidades escolares e que o lucro das escolas está no seu profissional formado em todas as dimensões. Só assim se pode mudar a realidade regional. A seguir, o presidente passou a palavra para Elson Senna que parabenizou a audiência pública e os diretores pela sua preocupação com o ensino agrícola nas suas escolas. Depois falou da importância do trabalho realizado por eles para a produção do ensino e aprendizagem dos alunos, futuros técnicos agrícolas. Disse que esse trabalho não vai acabar e que se o Estado vislumbrar a questão da educação, vai fortalecer esse ensino; e que a partir das decisões tomadas nessa primeira audiência irá se conseguir grandes resultados, inclusive que se sugira que volte a SUEPRO e que tenha um espaço exclusivo para as escolas técnicas agrícolas. A seguir falou João Feliciano Rigon que entende que apesar dos problemas que as escolas agrícolas vêm enfrentando, não se pode perder a esperança de mudanças para melhor. Disse não concordar que se formam maus profissionais e que o técnico agrícola esteja em extinção. Parabenizou o Deputado Torttelli pela iniciativa e se colocou à disposição para melhorar a situação das nossas escolas. A próxima manifestação foi de Fritz Roloff falou do compromisso com a vida e com a sustentabilidade. Da necessidade ética de produzir alimentos com qualidade. Falou dos problemas do setor e destacou as ações do governo. O próximo a se manifestar foi Evandro Cardoso Minho que falou sobre a estrutura da escola e suas carências. Disse que a formação dos alunos requer ética e responsabilidade. Temos que ter a maior qualidade possível para formar bons técnicos e também bons cidadãos. A seguir manifestou-se Rose Mary de Freitas da Silva disse que as escolas técnicas agrícolas tem especificidades muito particulares e que ser gestor é um grande desafio. Diz que tem observado, durante o tempo de sua gestão, que os professores das escolas técnicas agrícolas têm sido militantes na luta pela qualificação da educação técnica agrícola. Revelou que a experiência na 28ª Coordenadoria tem sido complexa, porém muito rica porque além de formar técnicos para o mundo do trabalho, a escola também tem formado cidadãos para a vida. Mara Sasso, coordenadora da CEEPRS, DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 25 cumprimentou a todos e agradeceu ao Deputado Tortelli pela presidência da audiência. Apresentou a Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS, citou alguns de seus membros, objetivos, suas normas, programações e atividades a serem desenvolvidas ao longo do período de 120 dias. Ainda convidou a todos para o participarem do Seminário Internacional, que receberá representantes de entidades internacionais para falar sobre suas experiências na formação profissional. A manifestação seguinte foi de Carlos Fontoura que propôs aos órgãos colegiados presentes na Mesa uma discussão sobre o currículo básico e o processo de avaliação como uma forma de crescimento no processo de formação. Sugeriu também que na Expointer, dentro do espaço destinado às escolas do campo, houvesse uma maior integração entre as escolas. Guido Fernando Argenta disse que o Técnico Agrícola é uma classe em extinção e que existe hoje no mercado um espaço vazio entre a escola e a procura de atividade do profissional. Falou sobre a dificuldade financeira do Estado, que não tem recursos para investir em todos os departamentos e que 85% do agro negócio funciona através de cooperativas. Alertou que não existe pesquisa dentro das escolas técnicas para fazer o aluno pensar e que não existe incentivo financeiro para o técnico que sai da escola técnica para trabalhar na sua propriedade. Adriano Luiz Kubiak disse que tem muito técnico no mercado, mas que está faltando preparo, treinamento tecnológico. As escolas agrícolas precisam de funcionários, sendo necessária a criação de cargos específicos para ocuparem essas vagas. Falou da participação estudantil através de criação de grêmios estudantis e da falta de segurança dentro das escolas. José Alexandre da Silva, coordena o programa “Troca troca de sementes”. Informou que em 2010 foi criado o cargo de Técnico Agrícola no Estado e esclareceu que o SINTARGS e o Governo estão trabalhando para garantir as atribuições e o futuro do Técnico Agrícola. Laurindo Rodrigues disse que é ex-aluno de escola agrícola, professor e diretor de escola técnica, e reclamou da burocracia do Governo, da falta de liberdade das escolas técnicas para lidar com a verba arrecadada fora da autonomia, situação essa que dificulta o trabalho nas escolas. Pede apoio ao governo e autonomia. Falou sobre a possibilidade do aluno que vai para escola agrícola voltar para a sua origem, lamentou que hoje sua volta para a propriedade seja de 5%, alerta que se torna necessário políticas públicas abertas para resolver esta questão. Vilmar Galvão, representando a Secretaria do Desenvolvimento Rural, informou que 70% dos alimentos são produzidos por agricultores familiares e que estes precisam de uma atenção especial do Governo. Existe uma dificuldade na sucessão da propriedade rural e que esse é um desafio das escolas, não só preparar as pessoas para terem bons empregos, mas para serem bons agricultores, com acesso às tecnologias exigidas pelo mercado. Disse que é fundamental tratar o cooperativismo e que a ALRS deve olhar pelas escolas desenvolvendo discussões sobre uma visão econômica para o desenvolvimento do Estado. Luiz Carlos Cosman destacou que as escolas técnicas necessitam de investimentos e apoio do Governo e que apesar das dificuldades, desenvolvem um ótimo trabalho e apresentam um excelente resultado de formação e também social, no sentido de transformação da realidade das comunidades. Não concorda com o Pronatec, por ser um processo de aprendizagem muito rápido, sendo necessário um período maior, de 3 anos para a formação, para a transição da escola técnica para a propriedade. Disse que na escola em que atua desenvolve pesquisas e que necessitam de apoio, de mais tecnologia para continuar com este trabalho. Sandra Godoi questionou qual o respaldo legal para se ter uma cooperativa numa escola pública. Jaques Douglas Konzen, falou do fechamento da SUEPRO, e da falta de assessoramento qualificado na coordenação. Luiz Alberto Rodrigues, falou da expectativa dos técnicos que no passado tinham muitas oportunidades de trabalho. Hoje o discurso é que o técnico tem que ficar na propriedade, mas que esta deve ser atrativa, qualificada e produtiva. Isto se dá com destinação de recursos, como do Plano Safra. O futuro passa pelo estudo, qualificação. Reconhece que tem havido trabalho de coordenação nas regionais e que existe muita falta de mão de obra dos técnicos. A união em torno da realização de uma feira ou exposição do trabalho realizado nas escolas técnicas seria importante para a promoção e divulgação das escolas técnicas. Meri Terezinha Marmilitz disse que a partir das discussões podemos resolver os problemas e que deve se concretizar estas soluções. Acha importante a presença do Secretário e o seu comprometimento com a solução dos problemas das escolas técnicas. Os diretores e gestores tem que ser vistos como colaboradores e que fazem o melhor pelas escolas. Vilmar Galvão falou da necessidade da militância em favor das escolas técnicas. José Carlos Breancher disse que acha importante criar uma comissão de entidades de diretores e de escolas para discutir o currículo, outra questão foi o associativismo e o cooperativismo bem como a existência de uma estrutura na SEDUC para tratar do ensino profissional. Elson Senna elogiou o trabalho realizado no Estado DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 26 pelos professores e pelos alunos das escolas técnicas e que este trabalho deve continuar inclusive com o retorno da SUEPRO. Fritz Roloff falou da legislação nacional e estadual das cooperativas, onde falta um termo de cooperação entre o estado e as cooperativas, da necessidade de professores e de sua carga horária excessiva. Também falou sobre o currículo do técnico que deve ser voltado para o mercado, deve também ser prevista a questão da sucessão rural e quem vai suceder os atuais proprietários. Preocupa-se com o abandono das propriedades rurais. Quanto a questão de pessoal nas escolas agrícolas acha que deve haver pressão para que haja investimentos no setor. João Feliciano Rigon falou das dificuldades das escolas técnicas e da necessidade de melhoria nas escolas agrícolas. Entende que deve haver a valorização das escolas agrícolas e dos técnicos agrícolas. Evandro Cardoso Minho questionou a necessidade das secretarias estaduais abrirem espaço para as escolas técnicas e escolas agrícolas. O presidente, deputado Altemir Tortelli fez os agradecimentos finais aos diretores, professores e dirigentes de órgãos representativos que falaram dos problemas que têm enfrentado com o abandono de suas escolas. Todos os participantes se manifestaram contrários ao fechamento da SUEPRO e salientaram que até agora o governo não disse qual é a sua política para resolver esta questão. Encerrados os debates, o presidente fez uma síntese dos encaminhamentos: estimular a compreensão dos governos e da sociedade gaúcha da importância histórica, atual e estratégica das ETAs, oferecendo a elas um tratamento especial, destacando suas obras, resultados, destaques; trabalhar e debater melhor o foco da formação profissional para a vida, atendendo à necessidade de todos e todas (escolas, alunos, governos, professores, entidades, parlamento), visando sua implementação como política pública educacional, e não somente visando ao mercado, mas considerando também realidades diversas, regionais e de vocação; valorizar o papel das ETAs na transformação da realidade agrícola do estado; apoiar a pesquisa na área, através da EMATER e desde o ensino básico; apoiar a formação de assessorias e de trabalhadores da agricultura familiar que queiram e possam permanecer no campo. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, o presidente, deputado Altemir Tortelli agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência às vinte uma horas e cinquenta minutos, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambas, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Altemir Tortelli, Presidente em exercício Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº9 Aos dezenove dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, às dezenove horas e vinte minutos, na Câmara Municipal de São Leopoldo, reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEPRS, sob a presidência da deputada Ana Affonso (PT), para realização de audiência pública para debater as políticas de formação profissional e tecnológica de São Leopoldo e suas interfaces com o PRONATEC e a experiência do Parque Tecnológico de São Leopoldo – TECNOSINOS – articulados com as necessidades de desenvolvimento social e econômico da Região Vale dos Sinos e sua matriz produtiva. A presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após nominou os componentes da mesa: Prof. Daniel Boeira, da Escola Estadual Olindo Flores; Prof. Renan Felipe Orlandini, DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 27 da Escola Agrícola de São Leopoldo; o assessor do Dep. Gilmar Sossella, Felipe Braum; Meri Marques, professora da Escola Olímpio; o Vereador Elemar Garcia; Antonieta Flores, professora da Escola Aidê Rostirola; Paulo Soares, professor da Escola Caique Madezzatti; Maria Clara, professora da Escola Olindo Flores; Deise Dutra, professora da Escola Aidê Rostirola; professor Fábio Silveira, da Escola Aidê Rostirola; Gilberto dos Santos, professor da Escola Aidê Rostirola, Coordenador Pedagógico; Fabiano Reckert, professor da Escola Olímpio Albrecht. A presidente, deputada Ana Afonso, abriu a audiência agradecendo a presença massiva de estudantes, que são o foco da discussão do ensino profissional. Falou do trabalho da Comissão e dos desafios a serem enfrentados e esclareceu a escolha do município de São Leopoldo para a realização desta audiência. Citou a existência do Parque Tecnológico na cidade e a possibilidade de inclusão dos jovens nos programas de profissionalização. Abrindo as exposições, a presidente passou a palavra para Daniel Dauth, Vice-Prefeito e Secretário de Educação de São Leopoldo, que se manifestou no sentido de que o Parque Tecnológico de São Leopoldo é o melhor e maior parque tecnológico da América Latina e que, infelizmente, ainda não são os leopoldenses que trabalham lá, mas que se espera que com estes debates haja mudanças, quem sabe até a inserção desses jovens neste espaço de trabalho, que tem avançado no nosso país. Para o vice-prefeito, São Leopoldo tem avançado na área de educação. Citou como exemplo a Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, em que a maioria dos matriculados neste ano são alunos advindos do ensino fundamental da rede municipal de São Leopoldo. Falou do enfoque no ensino de língua portuguesa e matemática. Convidou a presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa para compor a Comissão Municipal Pró-educação Tecnológica, que será criada para trabalhar a educação profissionalizante na cidade de São Leopoldo. Na sequência, a presidente passou a palavra para Susana Kakuta, Diretora Executiva do Parque Tecnológico de São Leopoldo – Tecnosinos, que falou sobre a história de São Leopoldo e a criação do parque tecnológico, sua estrutura e funcionamento. Disse que o grande desafio que o parque enfrenta hoje é a falta de recursos humanos. Informou que na região não tem mais mão de obra técnica, somente 30% das vagas preenchidas são de São Leopoldo, a maioria vem de Taquara, Montenegro, Gravataí e Cachoeirinha, e isso ocorre porque não tem mais escolas técnicas em São Leopoldo para dar vazão a esta demanda. Citou como exemplo a área de TI, que demanda 76.000 profissionais por ano. Falou sobre o programa Talentos Tecnosinos, que leva os alunos dos últimos anos das escolas para dentro do parque tecnológico, com o objetivo de mostrar a eles o que é ser um talento na área tecnológica, o que é trabalhar dentro de uma empresa, o que é empreender na área de tecnologia e qual a carreira que a universidade pode ofertar.. Disse que estão pleiteando ter uma escola técnica e também o uso de recursos do Pronatec para cursos escalonados, com o objetivo de inserir o jovem dentro do parque tecnológico. Alertou que é necessário que se faça uma revisão de cursos do Pronatec, por estes estarem desatualizados. A Deputada Ana Afonso disse que diante deste problema que existe no parque tecnológico – a oferta de emprego, com salário de qualidade, mas um déficit na formação profissional – torna-se necessário que haja uma mobilização para superar essa questão. A seguir passou a palavra para Rosana Maria Rodrigues Santos, Coordenadora Regional de Educação – 2ª CRE/Secretaria da Educação (SEDUC), que afirmou que o modelo de escola que temos atualmente tem que mudar para atender a nova realidade, onde o saber e a vida precisam estar conectados. Informou que já estão ocorrendo mudanças na educação infantil e no processo de alfabetização. Disse que o ENEM é uma forma de acesso que durante muitos anos foi um sonho para a maioria da população brasileira: chegar até a universidade e que o Pronatec é o acesso à escola técnica de qualidade, uma grande e imperdível oportunidade oferecida pelo governo federal, e que isso é direito à educação. Após a presidente passou a palavra para Jeferson Von Heimburg, Diretor do Senac – São Leopoldo, que informou que os alunos não estão preenchendo as vagas oferecidas pelo Pronatec e assim não estão aproveitando essa oportunidade. Comentou que no Parque Tecnológico de São Leopoldo existem pessoas da Índia trabalhando, porque aqui não temos mão de obra qualificada. Alertou que a língua inglesa é fundamental para se trabalhar nas empresas multinacionais. Acredita que o país está começando acordar para a questão da educação e a sociedade leopoldense também. A seguir a presidente passou a palavra para Roberto Stahnke, Gerente de Operações do Centro de Educação Profissional SENAI Lindolfo Collor. O gerente falou que o trabalho realizado no Senai de São Leopoldo é uma oportunidade de formação profissional para muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos. São cursos de formação inicial e continuada do trabalhador. Comentou que existe um acompanhamento do aluno egresso do Senai até 3 anos após a sua formatura e que através de pesquisas realizadas com os mesmos, observa-se DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 28 um índice de empregabilidade de 95% em até 3 meses após a conclusão do curso. Falou também sobre os cursos do Pronatec, salientou que existe um índice de evasão de 15% e que isso é inadmissível, sendo que os cursos profissionalizantes são essencialmente práticos. Informou que existem 5 CRAs em São Leopoldo, que são pontos de inscrição e informação sobre todos os cursos oferecidos. Após a presidente passou a palavra para Jocelito Silveira Torres, representante do Centro Tecnológico de Polímeros SENAI CETEPO, que se manifestou sobre o trabalho realizado no CETEPO. Informou que o Senai está desenvolvendo um programa de desenvolvimento tecnológico com a formação de 23 institutos Senai de inovação no Brasil. Disse que o CETEPO, em função dessa necessidade de desenvolvimento, está atuando fortemente em educação e disponibilizando a sua estrutura ao Pronatec, que é uma forma de viabilizar o desenvolvimento das pessoas nesta área, inclusive através de cursos mais avançados para atender a demanda de desenvolvimento das empresas. A presidente, deputada Ana Afonso, fez uma apresentação para mostrar os objetivos, os resultados e as metas do Comitê Regional de Expansão pela Educação Profissional. Disse que, diante dessa necessidade de ampliação da política de qualificação profissional, o papel político do parlamento é articular iniciativas, buscando a ampliação dessas ofertas para a comunidade. Após, passou a palavra para o Vereador Luís Antônio Castro, Representante da Câmara de Vereadores, que afirmou que a educação profissional no Brasil avançou bastante a partir do novo plano de desenvolvimento da educação, criando um impacto positivo no mercado de trabalho, mostrando todo o potencial do país em formar escolas técnicas. Falou das necessidades de cursos técnicos para a cidade de São Leopoldo e também da importância de uma remodelação dos cursos técnicos existentes na região da Feitoria, contando com a participação dos próprios alunos, informando quais os cursos técnicos que gostariam de ter nesta região. Informou que será cedido pela Hyundai, um espaço no Distrito Regional da Zona Norte, onde será instalado um Instituto Federal para o ensino técnico. A seguir falou Gilberto dos Santos, professor da Escola Aidê Rostirola, segundo o qual, os dados do Sistema S, dos alunos que entram para os cursos técnicos, 15% desistem e que há uma carência muito grande de profissionais, e que isso é muito grave. Informou que na região da Feitoria existe um projeto de um curso técnico na área de construção civil. Em relação ao Pronatec, apresentou uma dificuldade: informou o sistema não permite que o aluno se inscreva em dois cursos ao mesmo tempo, e que isso é preocupante. Encerradas as exposições, a presidente abriu inscrições para debates: a estudante Tamara questionou sobre as melhorias para as escolas públicas; o estudante Fabiano argumentou que não há problema que 30% da mão de obra no Parque Tecnológico seja de São Leopoldo, que existe esse fluxo de mão de obra. Falou que apesar da escola agrícola não se adequar para a realidade econômica de São Leopoldo, deve permanecer pois atende jovens que vêm de outras regiões; a Coordenadora da Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS, Mara Sasso, informou que a Deputada Marisa Formolo, presidente desta Comissão, declinou de estar presente nesta audiência, em função de que ela adota como norma que o deputado proponente presida os trabalhos. Falou sobre a história das escolas técnicas e do seu crescimento, do surgimento do Pronatec e da preocupação da comissão em adequar os cursos de formação profissional à s necessidades de cada região; Daniel Boeira, Professor da Escola Estadual Olindo Flores, disse que o problema da educação brasileira tem que de resolvido pelos jovens, professores e a sociedade, que é necessário que se discuta o currículo e que se promova debates políticos com os jovens para discutir a evasão escolar. A presidente comprometeu-se em promover debates que propiciem um diálogo direto com a juventude. Considerou que a audiência teve um bom resultado e que ficaram alguns desafios a serem encaminhados: organizar ações imediatas e de médio e longo prazo; realizar eventos com modelos que facilitem a participação dos estudantes; construir um grupo de trabalho com a direção do Tecnoparque, visando ao avanço na elaboração do projeto de pós-médio; estimular a relação dos estudantes da Escola Olindo com o Tecnoparque; continuar a debater com o poder público sobre o andamento do projeto da Escola Técnica da Feitoria e da Zona Norte; considerar e valorizar os problemas estruturais existentes, do estado e do município; debater o currículo e sistema de avaliação, na preparação da Conferência Estadual de Educação. A seguir, a Secretária Adjunta da Educação, Joana D'Arc Wittmann, convidou a todos para participar da Conferência Municipal a realizar-se em São Leopoldo. A estudante Helen agradeceu a oportunidade de estarem sendo ouvidos, disse que estão dispostos a lutar pelo futuro do Rio Grande e do Brasil. Citou os problemas que ocorrem nas escolas públicas e municipais e pediu ajuda ao governo. A coordenadora, Mara Sasso, divulgou o Seminário Internacional que será realizado na Assembleia Legislativa e informou que a data foi transferida. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, a DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 29 presidente, deputada Ana Affonso, convidou os presentes para as próximas audiências públicas e para as visitas técnicas. Após, agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambas, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Ana Affonso, Presidente em exercício. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº10 - DECLARATÓRIA Aos três dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às treze horas e quarenta e cinco minutos, na Sala Salzano Vieira da Cunha, no terceiro andar da Assembleia Legislativa, reuniu-se a Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul. Na insuficiência de quórum para abertura dos trabalhos, a Deputada Silvana Covatti comunicou que a reunião deixou de ser realizada e determinou o registro em Ata Declaratória. Eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada pela deputada e por mim, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputada Silvana Covatti, Titular da CEEPRS. Daniela Oliveira Comim, Secretária da CEEPRS ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 30 Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº11 Aos três dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às dezoito horas e trinta minutos, no Espaço de Convergência do Fórum Democrático – Sala Adão Preto, reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEPRS, sob a presidência do deputado Altemir Tortelli (PT), para realização de audiência pública para debater o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo – PRONATEC Campo. O presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após nominou os componentes da mesa: Professor Armando Triches Ederle, representando a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo; Prof. Clarice, Coordenadora de Educação Profissional da Seduc; Prof. Viviane Silva Ramos, Pró-Reitora de Extensão do Instituto Federal Rio Grande do Sul; Prof. Antônio Costa Brodt, representando o Reitor do IFSul; Sr. Darci Bittencourt, coordenador do Pronatec no IFSul; Sr. Luiz Weber, representando a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar Região Sul, de São Lourenço do Sul; Sr. Marivone, representando a Fetraf-Sul, de Camaquã; Sr. Carlos Dinarte Coelho, representando o Sintergs; Sr. Charles Edson Capelleti, representando a Associação de Juventude da Fetag; Sr. Edson Sena, representando a Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola do RS. A seguir, o presidente informou a dinâmica da audiência pública, com uma exposição inicial do trabalho desta comissão feita pela Sra. Mara Sasso, assessora da deputada Marisa Formolo, presidente desta comissão especial. Mara Sasso relatou o trabalho já realizada pela deputado Marisa Formolo na área da educação profissional. Disse que no mandato passado foi criada uma comissão especial que tratou desse tema. Num segundo momento, foi criada uma subcomissão, que se deteve mais em trabalhar com os diferentes entes: o pessoal da indústria, o pessoal da escola e a sociedade. Nestes trabalhos surgiu a proposta de criação dos conselhos tripartites, que discutem a questão da formação profissional. Uma das conclusões foi a falta de integração entre os diferentes agentes. Disse que a nova proposta é desenvolver um projeto piloto em Caxias do Sul, estudando um caso pontual, em uma cidade pontual, onde está sendo feito um experimento. Também serão realizadas visitas técnicas e um Seminário Internacional. Falou da visita à Livramento e à Argentina, bem como Montevidéu para tratar sobre o problema da certificação. Abrindo as exposições, o presidente concedeu a palavra para o senhor Antonio Carlos Brod que fez uma breve exposição sobre seu trabalho de oito anos a frente da reitoria do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Destacou a importância do Rio Grande do Sul nos institutos federais, pois tem três institutos federais que são ícones da educação profissional no Brasil: o Instituto Federal Sul-RioGrandense, cuja reitoria fica em Pelotas; o Instituto Federal Rio Grande do Sul, cuja reitoria está situada em Bento Gonçalves; e o Instituto Farroupilha, cuja reitoria se localiza em Santa Maria. Disse que esses institutos são oriundos das antigas escolas técnicas federais, que posteriormente passaram à condição de centros federais e se transformaram em institutos, que têm hoje duas vertentes muito fortes na educação profissional. Uma é a verticalização: o aluno entra no ensino médio, técnico, e pode alçar até o doutorado na própria instituição. Outra é o fato de ser um sistema multicampi. Esses três institutos têm campi pelo Estado todo, os quais visam desenvolver técnicas e tecnologias para ir ao encontro dos arranjos produtivos locais e levar o desenvolvimento às áreas onde estão instalados. Após fez um relato histórico sobre a educação no Brasil. Disse que até 2004 éramos um País muito bacharelesco, muito ligado à questão cartorial, onde o grande mote da educação era ter curso superior, mesmo que depois não houvesse mercado de trabalho naquela área. Todos tinham no ensino superior o grande limite do alcance da educação. A mudança exigida é que o mundo moderno e os países desenvolvidos têm uma relação de uma matrícula no ensino superior contra seis matrículas no ensinoprofissional. Somos o inverso: temos seis matrículas no ensino superior para uma no ensino profissional. Nunca vamos alcançar, dessa maneira, uma condição autônoma de tecnologia e desenvolvimento sustentável pelas nossas próprias condições. A partir de 2004, o presidente Lula, talvez por seu próprio histórico de técnico, torneiro mecânico, oriundo do Sistema S, propôs que se multiplicasse a condição de escolas técnicas federais no País e que se passasse a ter um olhar mais crítico sobre a condição da importância que se deveria dar ao ensino profissional. Citou o exemplo do Uruguai, que tem 3 milhões de habitantes, e já possuía 140 escolas técnicas, o mesmo número que nós tínhamos, num País deste tamanho. DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 31 A ideia era que até 2014 pudéssemos chegar às 500, e provavelmente vamos chegar, a partir da instituição dessa nova forma de educação vinda dos institutos federais. Dentro dessa lógica, de incentivo à educação técnica, surgiu o programa, para ficar mais concretizado que tende a um tempo de desenvolvimento, chamado Pronatec, exatamente para valorizar a condição do ensino tecnológico e possibilitar que, nesses rincões onde as universidades não iriam, onde não temos condições de oferecer uma educação profissional qualitativa à população, se espraiasse, se pudesse levar a toda a grande massa de brasileiros a condição do ensino técnico. Num primeiro momento, o Pronatec levou apenas o Sistema S e os institutos federais na sua consolidação. Criou-se uma rede integrada basicamente por quatro ministérios, pelos elementos demandantes, para que se pudesse saber quais eram as reais condições e as necessidades de cada região ou de cada setor. Disse que com o surgimento do Pronatec, os institutos, juntamente com o Sistema S e as prefeituras, abraçaram essa causa, e o processo evoluiu. Após o lançamento do Pronatec como programa nacional, surgiu então a segunda etapa, que foi ao encontro da necessidade premente de se atender, com a mesma qualidade, com a mesma seriedade e com a mesma pontualidade de formação, a questão do campo. Ou seja, voltou-se então à questão básica, principalmente no nosso Estado, pois ainda somos um Estado de produção primária, para que as pessoas pudessem vir a pactuar também desse processo. Disse que no ano passado foi lançado no Rio Grande do Sul o Pronatec Campo, que alguns chamam de Pronacampo, mas que na realidade é o programa Pronatec Campo, visando atender essa demanda, que vem através do MDA, da Emater, do INCRA, dos demandantes e que busca, dentro da organização social de todos aqueles movimentos consolidados e reconhecidos, possibilitar que se tenha condições de alçar o ensino técnico em todas as regiões onde é necessário e onde haja condições e interesse político, obviamente, para que esse processo chegue lá na ponta. Falou que hoje, no Rio Grande do Sul, quem está à frente desse processo são os institutos federais, porque eles já vêm da concepção inicial do próprio programa e têm, dentro da sua construção, as escolas, as antigas agrotécnicas, vamos chamar assim, que nada mais são hoje do que campi altamente estruturados e qualificados no sentido de promover a educação profissional nas condições de desenvolvimento da agricultura familiar, em toda a sua rede de potencialidade, e da agricultura como um todo. Disse que a nova perspectiva é que outras organizações e órgãos possam vir juntos conosco trabalhar pela educação profissional do campo, somandose aos institutos federais na oferta de cursos, demandados basicamente por meio do MDA nas condições apresentadas. Afirmou que o programa, além da importância social, no sentido de mudança e quebra de paradigma e do enxergar a educação no Brasil, traz no seu bojo uma condição muito forte. Essa é uma preocupação que temos, que deve passar por um debate e ser acelerada, no sentido de convergir situações favoráveis, que é a manutenção da qualidade desses cursos. Não podemos apenas ter ideia de formar números ou quantitativos, formar por formar, se não tivermos a leitura do que fazer, posterior a essa formação. Deve haver um planejamento para onde apontam as necessidades e as condições de trabalho dessas pessoas envolvidas. Agora, não apenas podemos enxergar esse programa como apontamentos de indicadores, pois estaríamos cometendo um erro muito grande, ou seja, estaríamos repetindo o que já ocorreu em outras épocas, quando a educação era tratada por números. Quando isso ocorre, a educação não apresenta solidificação de verdade. Devemos ter, na ponta, a qualidade do trabalho desenvolvido e o entendimento de que o Pronatec veio exatamente atender a esses milhões de brasileiros que ficaram à margem da educação formal por uma determinada época, ou que nem à margem ficaram por condições próprias; mas, muitas vezes, talvez a maioria, por condições totalmente adversas a sua realidade de vida e social. Então, o Pronatec vem com o propósito de buscar resgatar também essa escolaridade e a elevação de conhecimento, possibilitando que as pessoas se sintam efetivamente envolvidas na sociedade, participando juntamente aos movimentos, que são os que demandam, e a todas as organizações políticas e sociais formadas no Brasil, para que tenhamos uma constituição de qualidade. Disse que neste momento temos que travar um debate bem sério, construtivo, no auxílio a essas novas entidades, que queiram compor com os institutos, para que possamos, a partir daí, consolidar um programa com uma coluna vertebral, em que se entendam todas as linguagens e não fiquem apenas na formação do formar, somente em termos numéricos. Falou também da necessidade de qualificação dos alunos e de avaliação dos egresso. O que queremos trazer, principalmente por meio do Pronatec Campo, é exatamente o que a educação tem que fazer, lá, no seu âmago, transformar a vida das pessoas. Se a educação não logra êxito nesse sentido, não houve educação, quando muito houve um aprendizado. Concluiu dizendo que devemos ter a concepção de que precisamos lutar por essa qualidade e condição de unidade, para que haja um efetivo retorno à sociedade. O presidente DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 32 concedeu a palavra à pró-reitora de Extensão do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS –, professora Viviane Silva Ramos. A professora falou sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo – Pronatec – que foi criado no final de outubro de 2011 e que já possui um ano e meio de execução. Quando foi criado, pensava-se em atingir alguns objetivos. Para isso, foram programadas algumas ações. Muitas ações do Pronatec já vinham acontecendo de uma forma isolada como política pública dentro do Ministério de Educação. Analisando os objetivos e o público prioritário, no tocante especificamente à Bolsa Formação poderemos ofertar dois tipos de formação para esse público: os cursos técnicos, que possuem no mínimo 800 horas/aula, por meio da Bolsa Formação Estudante, e os cursos de formação inicial e continuada, que são cursos um pouco mais rápidos, que partem de uma carga horária de 160 horas – agora o número de horas aumentou para 200, mas quando pactuamos eram 160 horas –, isto é, a Bolsa Formação do Trabalhador. Destacou que o Rio Grande do Sul é um Estado referência na execução desse programa no Brasil inteiro, especialmente em relação ao Pronatec Campo. Quando esse programa foi lançado, constituímos no Rio Grande do Sul um comitê gestor. Inicialmente, esse comitê gestor também deliberou que só iria trabalhar com três eixos tecnológicos. Há um guia na oferta dos cursos. Não podemos fugir desse balizamento do MEC, que é o guia. Esse guia possui 13 eixos tecnológicos. O Comitê Gestor optou, de saída, por ofertar cursos em três eixos tecnológicos: recursos naturais, produção alimentícia e gestão em negócios. Conclui falando das demandas dos movimentos sociais e secretarias da agricultura dos Municípios, por cursos em outros eixos tecnológicos, que provavelmente vão ser inseridos na próxima pactuação, que deverá acontecer logo, pois já há um número de vagas sendo demandado. Em seguida, o presidente concedeu à palavra para a representante da Seduc, Clarice Schüssler. A convidada falou sobre o acompanhamento pedagógico que tem sido um grande desafio. Somente no ano de 2012 conseguimos dar início à construção de planos articulados entre os ofertantes e as escolas estaduais. Nesses planos articulados de ações, as escolas lá na ponta, que estão dando o curso técnico, que podem ser um instituto federal ou algum órgão do Sistema S, têm sentado e conversado com as escolas estaduais, onde os alunos estão tendo o ensino médio, para construir em conjunto essa formação integral. Disse que é preciso que se garanta o acesso, a permanência e o êxito e que se comece também, reforçando as palavras do colega do IFSul, a trabalhar a inserção socioprofissional. Precisamos acompanhar esses meninos e meninas para além da oferta do curso, saber como eles estão conseguindo se inserir no mundo do trabalho. Falou do diálogo com a proposta de ensino médio politécnico que a Secretaria de Estado da Educação tem em todas as escolas de ensino médio, de ampliação do tempo do jovem na escola, e os pressupostos que estruturam o ensino médio politécnico estão sendo discutidos também com os ofertantes, quer dizer, a pesquisa, os seminários integrados e a avaliação emancipatória. Quanto ao Pronatec Campo, afirmou que como ele não tem a Seduc como demandante, ou seja, não cabe ao nosso coletivo demandar os cursos, temos apenas contribuído no comitê gestor – eu e a Ana temos participado. Depois poderemos responder aos questionamentos. Após, o presidente passou a palavra ao professor Darcy Bitencourt Junior. O convidado falou que a agricultora familiar é um dos cursos mais demandados. Agente Cooperativista é outro. Esses são cursos em que temos condições de envolver não só a questão ecológica, como o deputado falou, mas outras questões, outros fundamentos que temos dentro do currículo preestabelecido. A ideia inicial do comitê sempre foi exatamente esta de fazer uma construção do currículo baseado nos interesses e objetivos da região, no que o movimento necessita. Nessa primeira fase, o que acabamos tendo de fazer? Pensamos: olha, temos um tempo determinado, talvez não tenhamos tanto espaço para fazer mudanças, então vamos colocar efetivamente o programa a caminhar e, conforme for caminhando, vamos fazendo os ajustes na expectativa dessas novas pactuações e desse novo ano que vem, no qual ainda temos o programa assegurado. Esse programa faz parte do PAC, e a ideia é que se mantenha pelo menos até 2014. Ressaltou que a condição de levar a formação inicial para o campo, diante daquelas pessoas que hoje tenho como público, é muito importante. Isso criou a expectativa de ver exatamente qual é o desejo desses agricultores. O que eles tinham como interesse? Temos um público, pelo menos naquelas áreas em que estamos atuando, bem eclético, desde jovens que têm formação até pessoas de uma certa idade com formação mínima, ou seja, o fundamental incompleto, mas elas estão lá dia a dia e tem mostrado interesse. A preocupação da evasão que a professora Viviane falou, sabemos que vai ocorrer, principalmente em função do calendário agrícola, mas isso é algo que não podemos mudar. Se tentarmos fazer um curso desses num período reduzido, praticamente se inviabiliza. Então, para um curso com 160, o que era permitido anteriormente, ou 200 horas, que mais DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 33 concentrado levaria dois meses e meio ou três meses, estamos prevendo cinco meses. O presidente concedeu a palavra para o professor Armando, que trabalha neste tema na SDR, do nosso governo do Estado. O professor falou sobre a sua participação no Pronatec Campo, como membro do comitê estadual, acompanhando o assunto junto com os institutos federais, movimentos sociais, todas as demais instituições e a Seduc, que participa do comitê gestor. Relatou as demandas recebidas pelo MEC do MDS. Disse que a Região da Serra tem uma peculiaridade. Ontem, o pessoal já disse que não adianta pensar em começar o curso agora, em julho, agosto ou até o início de setembro, porque é a época da poda. No máximo, poderia ser aos sábados, mas o curso foi pensado em 180 horas. É preciso pensar em qual vai ser o público beneficiado – os jovens, os agricultores familiares, as mulheres –, avaliando como adaptar e como trabalhar a ideia de poder chegar na Serra reunindo as cooperativas, porque o curso que está sendo proposto é dentro do eixo tecnológico de gestão e negócios, agente de desenvolvimento cooperativista. É preciso pensar então a pedagogia e o fato de que são 180 horas de curso e como vai funcionar tudo isso. É uma situação muito complexa e que envolve diferentes atores, diferentes interesses. Cada região tem a sua peculiaridade. É muito bem-vindo o Pronatec Campo aqui no Rio Grande do Sul. Já estamos na fase da segunda pactuação. Segundo o Gustavo, já extrapolamos em muito os números da segunda pactuação. Provavelmente passa de 3 mil a demanda, além dos 1.720, que são da primeira pactuação. O presidente passou a palavra para o Sr. Elson Sena, que representa a Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola – AGPTEA. O convidado disse que este programa é um pouquinho diferenciado dos demais porque, a partir de 1971, tivemos experiências de cursos técnicos no Brasil. O campo sempre ficou aquém de algumas questões políticas voltadas para o setor primário e para o produtor rural. Quando se fala em campo, parece que é muito longe. Atualmente, o pessoal está produzindo muito próximo das cidades e sem ter uma formação adequada. Temos assentamentos rurais praticamente nos centros urbanos. Não vemos uma política voltada para a questão do ensino dos profissionais do campo, que são os que produzem os nossos alimentos. Quando falamos em agroecologia, pensamos nos formadores desses profissionais da agroecologia. Temos de pensar também, quando se fala em Pronatec, nos educadores que vão dar essa formação. Tenho certeza de que o IFSul tem uma capacidade enorme. Foi criado pelo governo federal, pelas escolas federais, e tem um aparato de recursos humanos e recursos econômicos muito grande. Acredito que vai trazer grandes benefícios a esses jovens e produtores rurais, uma formação voltada a essas questões. O que nos preocupa é a qualidade, até porque os cursos são muito rápidos. Temos de focar justamente nas questões básicas de acordo com cada realidade e região. Sabemos que, no Rio Grande do Sul, há muita diversidade, regiões com diferenças muito grande. Pensamos, além da qualidade, na formação desses educadores que vão estar à frente desses ensinos técnicos rápidos, vamos dizer assim. Tenho certeza de que a AGPTEA, como associação, está voltada para os professores agrícolas. O Estado deve também ter um olhar específico para o Pronatec Campo. Certamente será uma nova etapa muito boa. O presidente passou a palavra para o Sr. Sharle Edson Capeletti, que representa a Fetag como assessor da Juventude da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul e depois para o representante da Fetraf-Sul. O representante afirmou que é importante destacar isso, porque não podemos nos preocupar. Disse que não se trata de uma crítica, mas estamos falando de educação técnica para jovens do campo. Se olharmos um pouquinho mais a fundo, veremos que é preciso haver uma vinculação com a educação técnica, mas ela tem que começar lá na educação do campo, nas nossas escolas rurais – não naquelas situadas no campo, mas nas existentes em Municípios pequenos. Disse que devemos batalhar para que, junto com a educação oferecida pelas nossas escolas de ensino fundamental, possamos dar continuidade à formação técnica propiciada pelo Ponatec Campo. O presidente concedeu a palavra ao representante da Fetraf, Luis Weber. O representante disse que para a federação, a educação no campo sempre foi um dos pontos de pauta. Tivemos bons projetos junto aos órgãos do governo federal, como o Terra Solidária e o Consórcio da Juventude. Por meio deles, de certa forma conseguimos contribuir com a formação dos jovens do meio rural. Queremos ter a oportunidade de construir junto com o conselho e com aqueles que hoje estão puxando toda essa discussão. Pena que o MDA não está aqui hoje; seria importante ele participar desta discussão. Gostaríamos, inclusive, de fazer uma cobrança em relação à forma como está sendo conduzido este processo. O MDA deveria ter uma presença maior em algumas dessas discussões que, assim como a de hoje, são fundamentais. O presidente concedeu a palavra para Marivone Ramos Tavares, que fez parte da organização de Camaquã. Disse que quando o curso chegou lá, houve diálogo com os agricultores. Vimos a felicidade das pessoas por DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 34 poderem ter o curso em suas comunidades. Destacou a questão do calendário agrícola, que vai nos criar um problema logo ali adiante. Isso vai acontecer por causa da invasão, pois eles não vão concluir o curso. O Pronatec Campo, tanto para os agricultores jovens quanto para os seus pais, é uma faculdadezinha; é um meio para eles se qualificarem. Há muito tempo os agricultores aprendem técnicas que vêm dos seus pais. Com o curso, entretanto, eles têm contato com técnicas novas, que podem incentivá-los a produzir mais e a continuar na propriedade O presidente agradeceu as falas dos convidados e abriu inscrições para debates. Sintetizou que todas as falas foram muito importantes. Em grande parte elas se complementaram, levantaram e socializaram informações, esclarecendo os estágios em que estão os cursos. Fez também os seguintes questionamentos: Como articular a formação de jovens e adultos associados à formação profissional que possibilite a integração da educação integral, associando a elevação de escolaridade com a formação profissional? Diante do que os institutos estão fazendo, como proponentes e articuladores, como o Pronatec poderia se transformar num grande parceiro no sentido de fortalecer, de revitalizar e de dar um outro caráter à nossa rede de escolas técnicas estaduais? Ou talvez não esteja percebendo bem a estratégica dos institutos federais nesse processo? Poderíamos olhar para um futuro com dois pilares articulando essa política: o Estado e os institutos federais, havendo, quem sabe, um instituto estadual de formação que articulasse todas as nossas escolas técnicas do Rio Grande do Sul? Isso é sonho ou devaneio? Após concedeu a palavra à Sra. Clarice Schüssler que destacou o retorno de uma possibilidade que temos de atendimento a esse público para elevação da escolarização, que é o Pronatec EJA. A partir da portaria nº168 de março deste ano, o Pronatec criou um novo Pronatec. Assim como existe o Pronatec Tec, o Pronatec Idiomas, o Pronatec Campo, existe agora o Pronatec EJA, que é exatamente uma resposta para essa situação relatada que é uma realidade no Brasil inteiro. Estamos devendo essa escolarização. Então, pode também ser Pronatec EJA FIC e Pronatec EJA Tec. O pessoal do MEC está fazendo o levantamento junto a Seduc e os seus próprios institutos sobre as demandas e qual público precisamos atender, para que se possa fazer, via Pronatec EJA, esse atendimento. Seria junto, tanto a conclusão do ensino médio ou da educação fundamental – se for o caso – e a formação profissional, num plano articulado. O presidente concedeu a palavra ao Sr. Fritz Roloff. O convidado destacou que estamos tentando fazer isso talvez ainda de forma muito tímida. Agora terminamos uma rodada pelo Estado. Estamos começando a puxar o tapete de algumas coisas. Precisamos saber o que podemos mudar na nossa casa, na escola, no ambiente e na nossa vida. Aí vêm a agroecologia e tantas outras caminhadas em que temos que entrar. Não dá para admitir que hoje uma escola estadual agrícola compre Roundup. Nada contra as marcas comerciais, mas isso é o fim da picada. Temos que ter algumas posições claras e saber para que estamos aqui. Queremos que tipo de vida? Queremos uma vida que se contamine? Queremos contribuir para um processo para doença? Esse o link que a escola agrícola tem que fazer com a família, com o ensino fundamental. É preciso resgatar isso. O presidente concedeu a palavra à Sra. Maria de Fátima Fuzer. A participante destacou que em 2013, há 40 turmas de agricultores passando por cursos mais rápidos de 40 e 80 horas, não de 180, nem de 200. Agora estamos prevendo as 200 horas. De alguma forma, como organização comunitária, queremos ser inseridos nesses comitês gestores. Pertencemos à 3ª Coordenadoria. Queremos fazer parte disso como organização formadora, como organização certificadora, que tem o olhar muito focado na comunidade. O presidente concedeu a palavra ao Sr. Antônio Carlos Barum que disse entender a educação como um ente articulado. Não se faz educação com um pouco aqui, um pouco ali e um pouco acolá. Consequentemente a educação está baseada nos seus princípios curriculares para ter uma ordem de conhecimento, partindo do menor conhecimento ao maior. Há um detalhe. Já que estamos falando de Pronatec, quero levantar essa questão reflexiva com o seguinte foco. O Pronatec é um programa e, sendo um programa, tem um prazo de validade. Destacou que é um programa que tem a execução baseada num suporte financeiro muito grande. É muito dinheiro que o governo federal despendeu para este programa. O presidente concedeu a palavra para professora Mara Sasso. A professora destacou que é preciso esse cuidado quando se trabalha em um programa como esse, que vem tentar resgatar e pagar uma dívida que a sociedade tem com as pessoas que ficaram à margem do processo de educação formal. Estamos organizando um seminário internacional, programado para o dia 5, o dia todo. Traremos a experiência da Espanha, o que aconteceu e o que está acontecendo hoje. Também uma experiência do Sena da Colômbia, lá eles tem um S, não são cinco, e trabalham em cima das ATLs, da sua realidade local. Em cima disso, o Sena trabalha. Estamos trazendo a experiência da Colômbia. Há também as experiências de toda a reestruturação que a Argentina está fazendo no Instituto Nacional de Educação DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 35 Profissional e Tecnologia, da universidade UTU e do Ministério do Trabalho do Uruguai, além de parceiros dos institutos federais, que são os nossos grandes protagonistas, da Secretaria da Educação e das outras secretarias que têm um envolvimento direto conosco. O presidente passou a palavra para Alcemir Bagnara. O participante destacou que no curso de agricultura familiar, estava observando a matriz curricular, os componentes, a questão de prepararmos tecnicamente, mas também com alguns elementos, além da formação técnica, para formar um sujeito social. O agricultor, sujeito social. Conseguir incorporar na matriz curricular o tema cidadania é um desafio. Temos outros desafios também, um deles é vencer o 31 de dezembro, que é o limitante. Falamos aqui, quem iniciar agora, até 31 de dezembro tem que encerrar o curso, pela questão financeira de pagamento de convênio. Esse talvez seja o tema que tem que dialogar com o calendário escolar. O presidente, deputado Tortelli, destacou que o Pronatec e o Pronacampo podem ser instrumentos poderosos para melhorar, ano que vem, as condições gerais de nossas escolas técnicas estaduais. Dessa forma, com esses dois grandes pilares, haverá a perspectiva de uma implementação permanente de políticas de formação profissional e também de elevação de escolaridade para o nosso Estado. Encerrados os debates, o presidente fez uma síntese dos encaminhamentos: fomentar o diálogo nos espaços de governo sobre a necessidade de tornar permanente as políticas públicas direcionadas à educação e à formação profissional no campo; trabalhar para que o Pronatec se efetive como política permanente de Estado; valorizar o Pronatec Campo como iniciativa vital para a agricultura familiar e para o campo; incidir nos planos pedagógicos dos cursos do Pronatec Campo, visando a formar sujeitos sociais e incorporar nas matrizes curriculares temas como “cidadania”; vencer o 31 de dezembro como limitante financeiro para convênios; incentivar a formação e capacitação de professores para a aplicação de novas matrizes curriculares; destacar esse tema no relatório final desta comissão; maior incidência do parlamento na articulação política para a implementação dos encaminhamentos; apoiar a agroindústria familiar no RS. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, o presidente, deputado Altemir Tortelli agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência às vinte uma horas e cinquenta minutos, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambos, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputado Altemir Tortelli, Presidente em exercício. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 36 Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº12 - DECLARATÓRIA Aos oito dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às catorze horas e dezesseis minutos, na Sala Dr. Maurício Cardoso, quarto andar da Assembleia Legislativa, reuniu-se a Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul. Na insuficiência de quórum para abertura dos trabalhos, o Deputado Jurandir Maciel comunicou que a reunião deixou de ser realizada e determinou o registro em Ata Declaratória. Eu, secretária ad hoc, lavrei a presente ata, que vai assinada pelo deputado e por mim, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputado Jurandir Maciel, Vice-Presidente da CEEPRS. Mara Sasso, Secretária ad hoc ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul ATA Nº 13 Aos oito dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e trinta minutos, na Sala Dr. Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, realizou-se reunião da Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul, sob a Presidência do senhor deputado Jurandir Maciel. Presentes ainda os senhores deputados Mano Changes e Zilá Breitenbach. Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ato contínuo, no período de Conhecimento de Matérias de Alçada da Comissão, o deputado Juranir Maciel apresentou proposição da Presidência da Comissão solicitando autorização para envio à Mesa de pedido de Declaração de Hóspedes Oficiais, nos termos do Art. 29-D, parágrafo único, da Resolução de Mesa n.° 419/2001, para participarem como painelistas do Seminário Internacional organizado por este órgão técnico, que ocorrerá no dia 5 de agosto de 2013, aos Senhores Daniel Davyt Negrín, Director General da Universidad del Trabajo del Uruguay, requer também a emissão de passagens aéreas dos trechos Montevidéu - Porto Alegre e Porto Alegre - Montevidéu, hospedagem e alimentação no período de 4 a 6 de agosto de 2013; Gabriela Rodríguez, responsável pelo tema da Formação Profissional na Direção Nacional de Emprego do Ministerio de Trabajo y Seguridad Social del Uruguay, requer também a emissão de passagens aéreas dos trechos Montevidéu - Porto Alegre e Porto Alegre - Montevidéu, hospedagem e alimentação no período de 4 a 6 de agosto de 2013; Gustavo Felipe Peltzer, Director Nacional de Educación Técnico Profesional y Ocupacional do Instituto Nacional de DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 37 Educación Tecnológica del Ministério da Educação da Nação Argentina, requer também a emissão de passagens aéreas dos trechos Buenos Aires - Porto Alegre e Porto Alegre - Buenos Aires, hospedagem e alimentação no período de 4 a 6 de agosto de 2013; Ricardo Guisado Urbano, Responsable de Relaciones Internacionales de la Fundación Tripartita para la Formación en el Empleo da Espanha, requer também a emissão de passagens aéreas dos trechos Madri - Porto Alegre e Porto Alegre - Madri, hospedagem e alimentação no período de 4 a 6 de agosto de 2013; Diego Luis Rendon, Coordinador del Grupo de Integralidad y Bienestar para los Aprendices del Servicio Nacional de Aprendizaje de Colombia, requer também a emissão de passagens aéreas dos trechos Bogotá - Porto Alegre e Porto Alegre – Bogotá, hospedagem e alimentação no período de 4 a 6 de agosto de 2013. Contando com a deliberação favorável dos membros da Comissão presentes, Jurandir Maciel, Mano Changes e Zilá Breitenbach, o Presidente declarou que a proposta será encaminhada à Mesa para que seja autorizada a declaração dos Hóspedes Oficiais. Não havendo outras matérias a serem discutidas, foi encerrada a reunião às quatorze horas e quarenta minutos. E, para constar, eu, Daniela Oliveira Comim, secretária da Comissão Especial, lavrei a presente ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Vice-Presidente da Comissão Especial, Excelentíssimo senhor deputado Jurandir Maciel e por mim. Deputado Jurandir Maciel, Vice-Presidente da CEEPRS. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº14 Aos oito dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às quinze horas e quinze minutos, no Espaço de Convergência do Fórum Democrático – Sala Adão Preto, reuniu-se a Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul - CEEPRS, sob a presidência do deputado Mano Changes (PT), para realização de audiência pública para debater o o acesso de presidiários ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), com o objetivo de presos terem oportunidades de capacitação profissional durante o período. O presidente fez as saudações iniciais aos convidados e participantes e após nominou os componentes da mesa: Dra. Eliete Matias Rodrigues, delegada representando a Polícia Civil; Sr. Paulo Leonel Fioravante Fernandes, Superintendente Técnico do instituto Geral de Perícias; Sra. Sandra Fonseca, representando a Superintendência dos Serviços Penitenciários; Major Dagoberto Albuquerque da Costa, representado a Brigada Militar do RS e Sra. Rúbia da Cruz, diretora do Departamento de Justiça da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do RS. O presidente disse que esperamos poder dar um norte ao relatório final da comissão especial tratando DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 38 justamente da educação profissionalizante dentro dos presídios, mas sempre com a prerrogativa de trabalhar a ressocialização do apenado e de lhe dar oportunidade de poder trabalhar dentro do presídio. O custo prisional de um cidadão em cárcere é de 2 mil e 700 reais, o que muitas vezes representa mais do que o salário de um brigadiano ou de um professor. Para se fazer essa ressocialização, é fundamental a parceria público-privada, obviamente com intervenção e fiscalização do Estado, criando-se oportunidades e incentivos para que a indústria possa investir nos presídios e na capacitação de profissionais. Muitas vezes uma pessoa, que comete um pequeno delito e que é presa, para ter garantida a sua integridade física no presídio, começa a dever outros favores e, acontecendo isso, depois que vai para as ruas, é obrigada de certa forma a prestar um serviço para o crime organizado. Afirmou que isto tem que ser debatido de uma maneira franca, propositiva. A seguir o presidente passou a palavra para a primeira exposição da Dra. Eliete Matias Rodrigues, delegada representando a Polícia Civil. A delegada manifestou-se no sentido de que mesmo que a Polícia Civil não se envolva com a execução penal, a instituição sabe da importância de um sistema prisional digno para ressocialização do preso. Isso mostra a importância da realização de um trabalho diferenciado no sentido de se buscar a ressocialização, quando a pessoa está no sistema; e, mais ainda, reforça algo que todos sabem, que é a necessidade da prevenção. Também disse que os municípios que mais se destacam no cenário do Rio Grande do Sul, hoje, são os que mais têm investido em pré-escola. Todos os estudos relacionados à atenção dada à criança do zero aos 6 anos de idade demonstram a importância que isso tem na formação do sujeito mais tarde. A seguir, são importantes a escola de qualidade e, depois, o ensino profissionalizante. Falou da baixa escolaridade dos infratores e que o foco destas ações deve ser a prevenção, mas depois de entrar para o sistema, o infrator deve ter a chance de não voltar a delinquir. Considerando que o nível de escolaridade, nesses casos, é baixíssimo, é difícil que boa parte desse público consiga se envolver até mesmo com os cursos atualmente oferecidos pelo Pronatec. Concluiu dizendo que hoje se discutem, no Rio Grande do Sul, experiências como a das APACs ou as que visam a trazer as indústrias um pouco mais para dentro dos presídios. Considerou que todas essas iniciativas são válidas. A seguir o presidente passou a palavra para Paulo Leonel Fioravante Fernandes, Superintendente Técnico do instituto Geral de Perícias. O superintendente disse que sem qualificação, sem ensino, não conseguiremos resolver o problema da ressocialização. O ensino porém não salva tudo. Quando falamos em ensino, temos que levar em conta também a questão da estrutura, como salas de aula, locais apropriados para se desenvolver o ensino. Também destacou a importância dos debates que promovem a integração das ações dos diversos órgãos envolvidos. Afirmou que não há como uma instituição apenas dar conta de uma questão que vem se arrastando há anos, como é o caso do sistema prisional, não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil. A capacitação profissional, não só para o apenado, é algo muito importante atualmente. Vemos muitos documentários, muitas reportagem sobre a dificuldade que há de mão de obra qualificada, principalmente em algumas áreas que estão aquecidas. Isso ocorre também com relação ao ensino técnico. Estatisticamente se constata que as pessoas se tornam vítimas quando saem do sistema. Temos muitos homicídios praticados contra pessoas que recém saíram do presídio porque ficaram devendo para alguém ou por uma questão de acerto. Inclusive os índices de homicídios têm um incremento muito forte exatamente com essa parcela da população, que é vitimizada. A seguir o presidente passou a palavra para o major Dagoberto Albuquerque da Costa, representado a Brigada Militar do RS. O major falou sobre sua experiência na subdireção do Presídio Central de Porto Alegre. Observou que podemos tirar uma série de conclusões, pois trabalhando lá conseguimos fugir um pouco do senso comum sobre as coisas que a imprensa passa. Disse que a primeira coisa que constatamos é que a sociedade de uma maneira geral, trata seus presos como uma espécie de lixo social. Disse também que no Presídio Central existem 500 postos de trabalho, com 500 presos trabalhando e que isto é muito pouco. A população carcerária atualmente está gerando em torno de 4.650 apenados, que é a capacidade limite. É muito mais do que a população de muitos municípios do Rio Grande do Sul. Concluiu a fala citando as dificuldades, mas mesmo assim, são buscadas as parcerias necessárias para que, efetivamente, essas ações aconteçam, que saiam do papel, que saiam do discurso e para que as pessoas conheçam o trabalho no Presídio Central, apoiem e desenvolvam a capacidade dos presos. Destacou que muitos presos tem baixa escolaridade e que a grande massa carcerária é formada por presos com o ensino fundamental incompleto. A maioria dos presos estudou até o 3º ou 4º ano do ensino fundamental. Isso é um entrave para cursos que exigem um pouco mais de qualificação intelectual. Também falou da parceria com o Sistema S, em cursos na área de construção civil e carpintaria. DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 39 Na sequência, o presidente passou a palavra para o Sr. Eliseu Ferrigo, representando o Senai. O representante destacou, dentre outras melhorias, a necessidade de um espaço específico destinado aos cursos de uma forma mais planejada nos novos presídios. Um espaço multidisciplinar com oficinas rolantes. Poderiam ser feitos cursos de eletricidade, de mecânica e de marcenaria de forma a atrair empresas da comunidade próximas ao presídio para a qualificação dessas pessoas e posterior contratação. Falou de um espaço adequado para um curso de qualificação profissional, como também de um espaço adequado para a entrada de uma empresa. Que os cursos sejam também voltados às demandas da região, àquela comunidade na qual está inserido o presídio, como um benefício. Concluiu dizendo que se deve capacitar a pessoa para que depois ela possa se inserir nas empresas da região, promovendo o desenvolvimento da comunidade. A seguir o presidente passou a palavra para Sra. Rúbia da Cruz, diretora do Departamento de Justiça da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do RS. A diretora falou do Projeto Tô Ligado, cujo fechamento será realizado na Assembleia Legislativa. No projeto, os meninos da FASE e do Pão dos Pobres egressos do sistema e estão no POD Socioeducativo pela secretaria e realizaram um trabalho mais lúdico, com percussão, com violão, com técnicas circenses e outras atividades não somente de profissionalização. Citou que no presídio, funciona uma escola que comporta poucos alunos. Também falou dos convênios com várias instituições. Em Porto Alegre, com o Pão dos Pobres e o Calábria; no interior, em Caxias do Sul, com o Instituto Murialdo; em Santa Maria, o Some; em Passo Fundo, o Leão XIII, etc. A seguir fez alguns questionamentos: de que modo podemos desenvolver um trabalho com uma cultura mais positiva nas comunidades, na qual os filhos de presos não achem que isso faz parte da vida? Se seu pai ou seu irmão foram presos, ele também será preso, e, ao sair da prisão, a vida continuará a mesma. Que haja uma mudança de valores éticos e culturais para promover um pouco essa transformação. Concluiu falando dos bons resultados de alguns programas da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, como o POD Legal, o POD da profissionalização, que é o Programa de Oportunidades e Direitos, que tem sido muito enfocado para a juventude e produzido bons resultados. A seguir fez esclarecimentos com relação a enfoques errados da mídia sobre a Fase. O presidente passou a palavra para Sra. Sandra Fonseca, representando a Superintendência dos Serviços Penitenciários. A representante falou sobre o perfil de quem está preso nas nossas casas prisionais. Disse que quase 90% são pessoas oriundas de um meio social bastante empobrecido, não tiveram acesso às mínimas oportunidades de vida com qualidade e não tiveram o básico. Muitos deles têm o que comer somente dentro da prisão. Falou que já presenciou a situação de um apenado que, quando chegou o alvará de soltura, disse: “Dona, deixa eu ficar pelo menos esta noite para eu ter onde dormir e o que comer. Se eu sair daqui, eles vão me prender de novo, porque eu não tenho para onde ir. Eu acabei de sair da prisão, e vão me olhar como presidiário”. Destacou que quando se pensa em tratamento penal, não se pode pensar em 3 mil pessoas convivendo no mesmo espaço. Os espaços devem ser menores, com menos presos e com planejamento de atividades. Na hora de projetar um presídio, não se deve pensar só em prender a pessoa, mas também numa proposta de socialização. Depois falou dos egressos, os exapenados, que saem do presídio, mas continuam sendo classificados como ex-presos ao longo de toda a vida, o que os deixa com a autoestima cada vez mais baixa. Quando isso acontece, o cidadão continua preso, mas não pelas grades, e sim pela consciência, pela dor, pela culpa. Todo esse trabalho subjetivo também é desenvolvido nos presídios, por intermédio de psicólogos e assistentes sociais que preparam o detento para a retomada de sua vida em sociedade. Mostrou um levantamento das diversas cidades em que os cursos foram pactuados através do Senai e do Senac: Santa Rosa, Santo Ângelo, Passo Fundo, Camaquã, Santana do Livramento, Charqueadas – na Penitenciária Estadual do Jacuí –, Novo Hamburgo e no Instituto Penal Miguel Dario. Totalizando, são 26 cursos já terminados, aproximadamente 250 certificados e 15 cursos em andamento. Disse que serão realizados 100 cursos, que oportunizarão certificados a aproximadamente 2.900 apenados. Após o presidente fez uma síntese das exposições onde destacou que o Rio Grande do Sul possui em torno de 30 mil apenados, 2 mil dos quais realizando atividades educacionais, o que significa um percentual de 7%. A seguir o presidente abriu as inscrições para os debates. Mara Sasso convidou os presentes para o seminário internacional, intitulado Organização para o Trabalho e para a Vida. Disse que um dos convidados é do Sena, do Sistema S da Colômbia, que tem desenvolvido um trabalho muito interessante nas áreas de conflito do tráfico e onde se localizam os problemas sociais aquele país. Esse sistema tem sido extremamente exitoso no combate e prevenção ao tráfico. A seguir o presidente passou a palavra para Sr. Leandro Córdova, vice-presidente da Associação Brasileira de Criminalística, perito DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 40 criminal do IGP. O perito disse que o ex apenado não deve omitir esta condição, que poderá vir à tona e originar demissão por justa causa no trabalho. O presidente sugeriu que fosse feito um grupo de trabalho para aprofundar o debate. Após seguiu-se um debate sobre a efetividade das políticas públicas de ressocialização dos apenados. O presidente em considerações finais destacou as ações de prevenção contra o crack em presídios e fez a síntese dos encaminhamentos: criação de um grupo multidisciplinar para aprofundar o tema; encaminhar esta pauta às comissões de Cidadania e Direitos Humanos e de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa; criar um grupo de trabalho exclusivo para tratar dos presídios, com ênfase na educação e profissionalização deste público. Não havendo mais inscritos para fazer uso da palavra, o presidente, deputado Mano Changes agradeceu a participação de todos e encerrou a audiência às vinte uma horas e cinquenta minutos, e eu, secretária, lavrei a presente ata, que vai assinada por ambos, sendo posteriormente publicada nos termos regimentais. Deputado Mano Changes, Presidente em exercício. Mara Sasso, Secretária “ad hoc” ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº15 Aos cinco dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, às oito horas, no Teatro Dante Barone do Palácio Farroupilha, deu-se o início do credenciamento do Seminário Internacional “Educação para o Trabalho e para a Vida – Formação profissional para uma socidade inclusiva”. Seminário proposto e realizado pela Comissão Especial para Tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul e pela Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul com os objetivos de: reunir experiências e saberes de diversos países sobre o tema da formação profissional, tendo como pano de fundo uma reflexão sobre o modelo de desenvolvimento e de sociedade que pretendemos construir através da preparação para o mundo do trabalho; reconhecer como a sociedade do conhecimento é complexa e se desenvolve em múltiplos ambientes; socializar os diferentes níveis da educação para o trabalho de forma a fortalecer a educação para a vida e por toda a vida, na formação de uma sociedade inclusiva e intercambiar experiências e saberes sobre o tema entre os países. Às oito horas e quarenta minutos instalou-se a mesa de abertura composta pela Deputada Marisa Formolo( PT), Presidente da comissão e neste ato representando o Presidente da Casa, Deputado Pedro Westphalen (PP); Prof Dr José Clóvis Azevedo, Secretário da Educação do RS, representando o Governador Sr. Tarso Genro; Prof. Marcelo Bender Machado, Reitor do Instituto Federal Sul-Riograndense – IFSul, representando o Ministro da Educação; Sr Aloízio Mercadante; Sr Luiz Herberto Müller, Diretor de Inclusão Produtiva Urbana da Secretaria Extraordinária para a Superação da Pobreza, representando a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Sra Tereza Campello; Sr Marcelo Chiodo, Secretário Municipal adjunto do Trabalho e Emprego de Porto Alegre representando o Prefeito José Fortunati; Deputado Luís Augusto Lara, Secretário do Trabalho e DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 41 Desenvolvimento Social do RS; Sr Ronaldo Zülke, Deputado Federal (PT); Sra. Eliane Martins, Diretora do Departamento do Trabalho da Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social e Sra Viviane Braz Trogildo, Vice-presidenta do Conselho Estadual de Educação. Após a constituição da mesa, houve a execução do Hino Nacional e uma mística apresentada pela Sra. Eliane de Moura Martins, Diretora do Departamento do Trabalho da Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social. A seguir, pronunciou-se a Sra. Presidenta da comissão que historiou sobre o tema desenvolvido nas duas últimas legislaturas, seguida da saudação do Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do RS, que discorreu sobre o tema trabalhado na secretaria sob a sua coordenação e da saudação do Secretário de Estado da Educação, que saudou os/as participantes em nome do Governo do Estado. Após, seguiu a execução do Hino Riograndense e desconstituição da mesa, e a constituição da mesa 1(um) de acordo com a programação do seminário, obedecendo a descrição que segue: MANHÃ: 8h CREDENCIAMENTO; 8h30 - MESA DE ABERTURA: - Ministério da Educação - Pronatec – Educar para a vida; - Ministério do Desenvolvimento Agrário – o Pronatec no Campo como alternativa para a permanência dos jovens; Ministério de Desenvolvimento Social – o Pronatec e a superação da miséria; - Governo do Estado do RS; Presidência da Assembleia Legislativa do RS; - Presidência da Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS; 10h: MESA 1: Sistemas Nacionais de Formação para o Mundo do Trabalho Coordenação: CEEPRS – AL/RS; Mediação: IFRS - Argentina: - Ricardo Héctor Rosendo - Coordinador área de desarrollo curricular e institucional, Instituto Nacional de Educación Tecnológica - INET - del Ministério da Educação da Nação Argentina; Colômbia: - Diego Luis Rendon, Coordinador del Grupo de Integralidad y Bienestar para los Aprendices del Servicio Nacional de Aprendizaje de Colombia – SENA; Espanha: - Ricardo Guisado Urbano, Responsable de Relaciones Internacionales de la Fundación Tripartita para la Formación en el Empleo da Espanha; Uruguai: - Daniel Davyt Negrín, Director General da Universidad del Trabajo del Uruguay – UTU; - Gabriela Rodríguez, responsável pelo tema da Formação Profissional na Direção Nacional de Emprego do Ministerio de Trabajo y Seguridad Social del Uruguay – MTSS; Brasil: - Maria Inês Utzig Zulke – Secretária Executiva – Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica –Debate - INTERVALO DE ALMOÇO – 12h e 30min às 13h e 30min - TARDE: 13h30 MESA 2: Experiências Binacionais e Certificação no Mercosul Coordenação: IFSul; Mediação: Secretaria de Estado da Educação – RS; Argentina: - Ricardo Héctor Rosendo - Coordinador área de desarrollo curricular e institucional, Instituto Nacional de Educación Tecnológica del Ministério da Educação da Nação Argentina INET; Uruguai: - Gabriela Rodríguez, responsável pelo tema da Formação Profissional na Direção Nacional de Emprego do Ministerio de Trabajo y Seguridad Social del Uruguay. MTSS; Brasil: - Alcione Moraes Jaques Maschio – Coordenadora de Ensino, Pesquisa e Extensão – Campus Santana do Livramento – IFSul; Debate - 16h - MESA 3: A Formação para o Trabalho e para a Vida - Coordenação: Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS; Mediação: Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social – RS; Brasil: Agroecologia Familiar – Maria José Guazzelli – Centro Ecológico Ipe; - Economia Solidária – Derli Schimdt – Diretor da Escola Superior de Cooperativismo - Sescoop/ RS; Colômbia: - Programa de Ética e Bem Estar de Aprendizes - Empreendedorismo para o mundo do trabalho - Diego Luis Rendon, Coordinador del Grupo de Integralidad y Bienestar para los Aprendices del Servicio Nacional de Aprendizaje de Colombia – SENA; Uruguai: - O Reconhecimento dos Saberes por Experiências da Vida - Daniel Davyt Negrín, Director General da Universidad del Trabajo del Uruguay - UTU – Debate - 18:30h: ENCERRAMENTO CARGA HORÁRIA: 09 (NOVE ) HORAS. O Seminário Internacional “Educação para o Trabalho e para a Vida – Formação profissional para uma socidade inclusiva” faz parte do trabalho planejado e executado pela CEEPRS – RCE 3/ 2013(Processo Nº 20047 .0100/13- 6 DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RS . As inscrições foram realizada no site da Assembleia Legislativa do RS. Inscritos certificados os/as seguintes senhores/as: Adão Simon dos Santos Garcez; Adilce M. da Silva Dias; Adilce Teresinha Flores Woiciechoski; Adriana Guedez Paz; Adriana Oliveira dos Santos; Adriane Crusser Nunes; Alcindo Martins Lima; Alcione Moraes Jacques Maschio; Alexsandra Osorio Ribeiro; Aliel Freitas Correa; Alinise Longhi; Altair Norbak; Ana Claudia Figueroa; Ana Maria da Luz; Ana Maria Goessel; Ana Paula Lemos Soares; Ana Paula Vargas Fialho Baggio; Andreia Cesar Delgado; Anelise Silene de Souza Melo; Ângela Flach; Angela Maria de Lima da Silva; Anna Theotonia de Oliveira; Antonia de Fatima Xavier; DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 42 Antonia Roselaine Leite Martins; Antonio Melgarejo Saldanha; Ari de David; Armando Triches Enderle; Benito Fonseca Paschoal; Bernardete Alberici; Bruna Rosa de Almeida; Camila Crestani; Carlos Cordoves; Carlos Dirceu C. Neves; Carlos Júlio Lemos; Celso Floriano Stefanoski; Celso Woyciechowski; Cheila Maria da Silva; Clarice Campanel; Clarice Schussler; Claudia Chesini; Claudia dos Santos Klinski; Claudia Medianeira Alves Ziegler; Cláudia Zank; Cléa Salete Pereira Tavares; Cleonice Amazilha Correa Pinto; Cleudenir Paim Araldi; Cleudete Hermínia Piccoli; Cristiane Coutinho Freire da Silveira; Cristiane dos Anjos Parisoto; Cristiane dos Anjos Parisoto; Cristiano Trewiczenski; Daiane Corrêa da Silva; Dalberto Corezzola; Daniela Marin; Darciolei Jorge Volpato; Darcy Paulo Gonzalez de Moraes; Daysi Caroline Ragiuk de Oliveira; Débora Toffoli Snel; Denise Mathias dos Santos; Dilvênia Diesel; Docimar Querubin; Edí Fassini; Edith Lisonia Ritter; Elenir de Fatima da Silva Souza; Eliane de Oliveira Borges; Eliane Ferreira Espíndola; Eliane Isabel Barth; Elisângela Bierhals Martins; Eliseu André Ferrigo; Eloisa Maria Corso; Eni Araujo Malgarin; Enilda Silva Reges; Erica Ferreira Souza; Euli Marlene Necca Steffen; Fabiana Aparecida Michel Lemos; Fabiana da Silva; Fabio Ourique da Silva; Fernanda Balzan Minosso; Fernanda dos Santos Paulo; Fernanda Magalhães Stalliviere; Fernando Jardim Rosa Filho; Franciele da Silva Gastal; Franciele Tamires Colombo; Fritz Roloff; Gabriel Grabowski; Gabriela Keller Kessler; Geiza Lescano Christofari; Geni Selau dos Santos; Geni Kasper Carboni; Gislaine Ferreira da Silva; Gislaine Ziliotto; Gladis M. P. Ybarra; Harlei Antonio Noro; Helen Di Franco Lemos; Iara Aragonez; Isabel Benjamin Baumgarten; Ivete Maria Marson; Jacqueline do Amaral Belmonte; Jaime Victor Zanchet; Jamir Berton; Janaína Mota Fidelis; Jandira Almeida de Oliveira; Jaqueline Palla; João Francisco Fernandes Pouey; Jonas Tarcísio Reis; José Ademar Batista; Jose Elias Emidio; José Francisco Lopes Xarão; Jose Otavio Varella; José Roberto Camargo dos Reis; Josiane Correa Gianechini; Jovana Dequigiovanni Rossi; Juceli Regina Boschetti; Jussara Maria Forest; Karine Caetano Silva; Kristhefany Parcianello; Lais Zuch Peruzzo; Larissa Petrela; Leila de Almeida Castillo Iabel; Leila Schwarz; Lenize Terezinha M. Guerra; Lian Joan Nelson Pachalski; Liliane Maria Viero Costa; Lizete Andres Trevisan; Lorete Maria Bridi; Lourdes Nivalda Carleti; Lucas Costa Roxo; Lúcio Renato de Oliveira; Lugon Levandowski; Luiz Jonas Avelar Ferreira; Magnólia Gomes; Maico Parisoto; Maira Maria da Sois; Mara dos Anjos; Marcia Alminhana Airoldi; Marcia dos Santos; Marcia Regina Machado Paraíba; Márcia Rodrigues Pires; Marcia Santiago Tasch; Márcia Sartor Coiro; Marcos Antonio da Silva; Margareth Fadanelli Simionato; Maria Adelaide Lenzi; Maria de Fátima Michel Valim; Maria de Lourdes Brondani Davila; Maria de Lourdes S. Doldan; Maria Denise Lunardine do Amaral Cabral; Maria Isabel Gomes Jardim; Maria Ivone Alves Serpa; Maria Leopoldina Pinto da Silva; Maria Marlene da Silva Faria; Maria Marli Heck; Maria Sibilla Dieckmann Siqueira; Maria Teresa Ferrareze; Marilia Zamboni Moterle; Marina Pires da Silva; Marisa Basso; Marisa Cardoso Carlos; Marivone Ludtke Figueredo; Mariza Terezinha Rigo; Marlei Godoy; Marlene Marisa B. Torresan; Mauro Luiz V. Cruz; Melha Rozana Anacleto Schimitt; Milena Ramos; Milton Léo Gehrke; Miriam Silvane Horbach Scherer; Monica Faber Hansen; Mônica Vitória Huegel; Nadine Cristhina Grezebielukas; Neila Marisa Cardoso; Neiva Matos Moreno; Nerica Dalla Nora Enderle; Nestor Torresan; Neusa Elaine Couto Ledesma; Odite Turmena Dall'Agnol; Olga Maria Alves; Orlando Moreira Cabral; Otto Seilert; Paola Cristina Vilarinho; Patricia Graziella Castro Castro; Patrícia Teixeira Buhler; Paula Rosana Fortunato; Paulo Fernando Pressler; Paulo Reguly; Plínio Antônio Schneider; Rafaela Pasolini; Rafael Eduardo Schmitt; Raquel Ribeiro Alves; Regina Vaz de Quevedo; Renata Ferreira Padão; Renate Hommerding Eschner; Rita de Cassia Gomes; Roberto Stahnke; Rogério Luis Thum; Roniere dos Santos Fenner; Rosa Maria da Silva; Rosa Maria Lippert; Rosali Ruppel; Rosane de Fatima Carneiro; Rosangela Maria Pereira; Rose Ceroni Canabarro; Roseli Demartini; Sabrina Reginato; Sabrina Silva Rodrigues Saft; Santa Margarete de Oliveira; Saulette Rodrigues da Silva; Sérgio Bärwinkel; Sérgio Rodrigues Carvalho; Sharle Edson Capeletti; Sibele Mocellin; Silvano Marchetti; Silvio José da Silva Oliveira; Sirlei Maria Minosso; Solange Beatriz Marmitt; Sonia Izolina Almeida Quinton; Sonia Teresinha de Souza; Stella Gomes Bittencourt; Sueli Ramirez Espadim; Tais Aparecida Maciel Pinto; Tais Patricia Dias da Rocha; Tales Schmitt Samuel; Tamara Bubanz Silva; Tânia Cristine Lindemann; Tânia Cristine Lindemann; Tatiana Denise Spreng da Rocha; Tatiana Fruscalso dos Santos; Thalisson Silveira da Silva; Valdinei Gabardo; Valéria Cristina Schu Colombelli; Valeri Rita Salvador Fochezatto; Valquiria Pereira de Oliveira; Vanderlei Bueno Boiani; Vera Elisabete Ribeiro Antunes Selenti; Veronica Mendes Torres; Vilma Lúcia Ferreira; Vilma Tereza Rech; Vilmar Galvão; Vinícius Lima Lousada; Viviane Braz Trogildo; Viviane DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 43 Cristina Rodrigues; Viviane Rodrigues Lisboa; Volmir Campagnollo; Walter Silveira Py; Wilmar Pauletti; Wilson Hélio Hirt. Nada mais havendo a tratar, a Presidente declarou encerrado este seminário às dezenove horas. E, para constar, eu, Mara Campos, secretária da Comissão Especial, lavrei a presente ata que, após lida e aprovada, será assinada pela Presidente da Comissão Especial, Excelentíssima senhora deputada Marisa Formolo e por mim. Deputada Marisa Formolo, Presidente da CEEPRS. Mara Campos Secretária da CEEPRS. ______________________________________________ Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no RS ATA Nº16 Aos vinte dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, às onze horas e cinquenta e três minutos, na Sala Salzano Vieira da Cunha, terceiro andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul. Presentes a Presidente da Comissão Especial, Deputada Marisa Formolo, sua Relatora, Deputada Juliana Brizola, seu Vice-Presidente, Deputado Jurandir Maciel, e os Deputados Gilberto Capoani, Altemir Tortelli, Ana Affonso, Gilmar Sossella, Carlos Gomes, Álvaro Boessio e Adolfo Brito. No período Aprovação de Atas, a Presidente declarou aprovadas as Atas: ata nº 4, referente à Audiência Pública realizada em 08/05/2013; nº 5, referente à Reunião realizada em 14/05/2013; nº 6, referente à Audiência Pública realizada em 22/05/2013; nº 7, referente à Audiência Pública realizada em 27/05/2013; nº 8 referente à Audiência Pública realizada em 07/06/2013; nº 9, referente à Audiência Pública realizada em 19/06/2013; nº 11, referente à Audiência Pública realizada em 03/07/2013; nº 13, referente à Reunião realizada em 08/07/2013; nº 14, referente à Audiência Pública realizada em 08/07/2013; nº 15, referente ao Seminário Internacional Educação para o Trabalho e para a Vida – Formação Profissional para uma sociedade inclusiva, realizado em 05/08/2013. Havendo quórum regimental para o período de Ordem do dia, com as presenças dos Deputados acima mencionados, a Presidente passou à Votação do Relatório Final da Comissão Especial para tratar do Ensino Profissional no Rio Grande do Sul e, com a concordância da unanimidade dos Parlamentares presentes, passou a palavra à Relatora da Comissão, para que se procedesse apenas à leitura das conclusões e encaminhamentos do Relatório, vez que este documento havia sido enviado por e-mail e entregue impresso nos gabinetes de todos os parlamentares membros da Comissão com 48 horas de antecedência. Após, a Presidente, Deputada Marisa Formolo, abriu para contribuições e manifestações. A Deputada Ana Affonso sugeriu que fosse feita uma correção no Relatório Final, alterar o vocábulo Tecnoparque por TECNOSINOS. Logo após, o Deputado Altemir Tortelli sugeriu que fosse incluído no Relatório Final a constituição de uma Subcomissão para aprofundar a discussão das Escolas DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 44 Técnicas Agrícolas (ETAS), e a Deputada Marisa Formolo informou que, regimentalmente, neste momento não seria possível, mas que essa informação seria registrada na ata desta reunião. A seguir, o Deputado Adolfo Brito sugeriu que após a votação e publicação do Relatório Final, fosse enviada uma cópia para todos os municípios, o que foi acatado pela Presidente. A seguir, o Relatório Final foi submetido à votação. O Relatório Final foi aprovado por 10 (dez) votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Marisa Formolo; Jurandir Maciel; Juliana Brizola; Gilberto Capoani; Altemir Tortelli; Ana Affonso; Gilmar Sossela; Carlos Gomes; Álvaro Boessio e Adolfo Brito. Nada mais havendo a tratar, a Presidente declarou aprovada a ata desta reunião e encerrados os trabalhos da Comissão Especial. E às doze horas e vinte minutos foi encerrada a reunião. E, para constar, eu, Mara Campos, secretária da Comissão Especial, lavrei a presente ata que, após lida e aprovada, será assinada pela Presidente da Comissão Especial, Excelentíssima Senhora Deputada Marisa Formolo e por mim. Deputada Marisa Formolo, Presidente da CEEPRS. Mara Campos, Secretária da CEEPRS. ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº2 Aos vinte e quatro dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, às treze horas e quinze minutos, no Plenário João Neves da Fontoura, terceiro andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica. Presentes o Senhor Presidente da Comissão, Deputado Márcio Biolchi, e os seguintes Deputados membros da mesma: Adolfo Brito, Pedro Pereira, Gerson Burmann e Valdeci Oliveira. O Presidente da Comissão declarou aprovada a ata número um, da reunião realizada em dezessete de abril de dois mil e treze, ressalvando aos parlamentares o direito de retificá-la por escrito, se assim desejarem. Passando à leitura do expediente, o Presidente informou o recebimento de ofício enviado pelo Vereador Cláudio Flávio Weschenfelder, solicitando informações a respeito da implantação de estações de energia eólica no Estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente no Município de Giruá, onde já funcionam torres experimentais de controle. O Senhor Presidente informou que já foi enviada resposta ao Vereador, comunicando que o assunto será esclarecido ao longo dos trabalhos desta Comissão Especial. Informou, também, o recebimento de memorando do gabinete do Deputado Raul Carrion informando que este parlamentar se afastará do País do dia oito ao dia onze de maio, pois estará em Córdoba, na Argentina. O Presidente salientou, portanto, a impossibilidade deste Deputado estar presente em reuniões que ocorram neste período. No período de conhecimento de matérias de alçada da comissão, o Presidente informou aos Deputados que, em conversa com parlamentares membros da Comissão, dentre eles, o relator, Deputado Valdeci Oliveira, houve a decisão de solicitar uma Audiência com o Senhor Márcio Pereira Zimmermann, Secretário-Executivo do Ministério de Minas e Energia, e com o Senhor José da Costa Carvalho Neto, Presidente da Eletrobrás. Disse que a solicitação já foi enviada pela Comissão. Após suspender a reunião por alguns minutos, o Presidente reabriu a reunião com a verificação de quórum, e passou ao período da Ordem do Dia, registrando sua presença e dos Deputados Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 45 Burmann, Marcelo Moraes e Valdeci Oliveira. Foram deliberadas as seguintes matérias: Requerimento de Audiência Pública nº 3/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater os cenários de geração e transmissão de energia no Estado, bem como os investimentos da área. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes. Presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - Eletrobrás CGTEE, Senhor Valter Luiz Cardeal de Souza, ou representante; Diretor de Transmissão da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT, Senhor Gilberto Silveira, ou representante, bem como representantes de empresas privadas com atuação na área. O Requerimento foi aprovado por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Marcelo Moraes, Adolfo Brito, Gerson Burmann e Valdeci Oliveira. O Deputado Marcelo Moraes questionou sobre a possibilidade de serem votados os requerimentos de maneira conjunta, e esclarecido pelo Senhor Presidente que não é possível esta votação. O Deputado Valdeci Oliveira salientou que o Senhor Valter Cardeal não é Presidente da CGTEE; é Presidente do conselho e Presidente da Eletrobrás. O Deputado Frederico Antunes, que coordena a Comissão de Representação Externa para Analisar a Situação do Setor Energético, esteve no Ministério de Minas e Energia e sugeriu que sejam feitas Audiências Públicas em conjunto para abordar o tema, vez que o Senhor Márcio Zimmermann colocou-se à disposição para, nos próximos dias, vir falar sobre o sistema energético do Sul e as obras previstas. O Presidente e o Deputado Frederico Antunes debateram a melhor data desta visita, com a concordância dos parlamentares presentes. Requerimento de Audiência Pública nº 4/2013. Proponentes: Deputado Márcio Biolchi e Deputado Frederico Antunes. Assunto: Debater a geração de energia eólica, seu potencial brasileiro, sua participação no cenário energético nacional, bem como tecnologias empregadas para este fim e diagnósticos sobre o tema. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Presidente da Empresa de Pesquisa Energética - EPE - Senhor Mauricio Tolmasquim, ou representante; Presidente da Usina Eólica Cerro Chato, Senhor João Ramis, ou representante e a Presidente Executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica - Senhora Élbia Melo, ou representante. O Deputado Valdeci Oliveira sugeriu incluir como convidado o Diretor da Eletrobrás, Senhor Ronaldo Custódio. O Deputado Frederico Antunes sugeriu convite à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul FAMURS, e questionou a possibilidade da leitura apenas do texto do Requerimento, esclarecido pelo Presidente de que era necessária toda a leitura. As sugestões foram aceitas pela unanimidade dos Deputados presentes. O Presidente informou que, tanto a FAMURS, como os Vereadores de Municípios ligados ao tema serão sempre convidados. Aprovado o Requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 5/2013. Proponentes: Deputado Márcio Biolchi e Deputado Frederico Antunes. Assunto: Debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial, a partir da energia eólica, assim como debater se as estruturas para transmissão de energia gerada pelo parque eólico estão em dia. Local: Município de Santana do Livramento, Eólica Cerro Chato. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Prefeitos da região, ou representantes; Câmaras de Vereadores da região; representantes de Universidades que pesquisem o tema, Instituições, Sindicatos e demais Associações que atuem na produção ou estudo de energia. Aceita, pela unanimidade dos presentes, a sugestão de convite à Eletrosul, feita pelo Deputado Frederico Antunes. Aprovado o Requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 6/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial a partir do carvão mineral. Local: Município de Candiota. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Prefeitos da região; representantes das Câmaras de Vereadores da região, de Universidades que pesquisem o tema e de Sindicatos, Instituições e demais Associações que atuem na produção ou estudo sobre energia. Aceitas pela unanimidade dos presentes as sugestões de convites dos Deputados: Pedro Pereira, para convidar o Senhor Sereno Chaise e Valdeci Oliveira para convidar a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - Eletrobrás CGTEE. Aprovado o Requerimento com oito votos favoráveis e nenhum voto contrário. Votos favoráveis dos DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 46 Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 7/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as potencialidades da geração de energia elétrica do Estado, em especial a partir do carvão mineral. Local: Município de Minas do Leão. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Prefeitos da região; representantes das Câmaras de Vereadores da região, de Universidades que pesquisem o tema e de Sindicatos, Instituições e demais Associações que atuem na produção ou estudo de energia. O Presidente sugeriu convite à CGTEE. O Deputado Marcelo Moraes sugeriu que seja feita apenas uma Audiência na região carbonífera. O Presidente, com a concordância unânime dos parlamentares presentes, acolheu a sugestão informando que serão decididos pelos membros da Comissão o local e data de realização das reuniões, dentre os Requerimentos aprovados pela Comissão. Com a concordância unânime dos presentes foram incluídos convites , em todas as Audiências Públicas que tratam do tema carvão, a um representante da Companhia Riograndense de Mineração – CRM e a um da Associação Brasileira do Carvão MineralABCM, bem como à FAMURS. Aprovado o Requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 8/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial a partir do carvão mineral. Local: Município de São Jerônimo. Convidados: Ministro de Minas e Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Prefeitos da região; representantes das Câmaras de Vereadores da região; representantes de Universidades que pesquisem o tema; representantes de Sindicatos, de Instituições e de demais Associações que atuem na produção ou no estudo de energia. Aprovado o requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 9/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial a partir do carvão mineral, abordando o meio ambiente e as tecnologias para minimizar impactos, bem como necessidades de pesquisas e de novas tecnologias. Convidados: Ministro de Minas de Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; Presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia- CIENTEC, Luiz Antonio Antoniazzi, ou representante; representações universitárias e de demais Instituições que pesquisem o tema. Acrescentado, com concordância unânime dos parlamentares presentes, convite à professora do Centro de Pesquisas e Sensoriamento Remoto e Meteorologia da UFRGS, Senhora Rita de Cássia Marques Alves, que realiza pesquisas com monitoramento climatológico na região carbonífera do Estado e à Secretaria de Meio ambiente. Aprovado o requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 10/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as políticas de incentivo à energia eólica – Fundopem, entre outros – e a atração investimentos e APLs de energia. Convidados: Ministro de Minas de Energia e Ministro do Meio Ambiente, ou representantes; Excelentíssimo Governador do Estado, Senhor Tarso Genro, e Secretários das seguintes pastas, ou seus representantes: Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento e Secretaria de Infraestrutura e Logística; representantes da Fundação de Ciência e Tecnologia do Estado, da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento – AGDI – e demais representações que conheçam o tema. O Deputado Valdeci Oliveira solicitou que o convite seja enviado ao Senhor Governador ou seu representante. Aceito pela unanimidade dos parlamentares presentes. Aprovado o Requerimento por oito votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Pedro Pereira, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Marcelo Moraes, Gilberto Capoani e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 11/2013. Proponente:Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater o impacto social e econômico dos investimentos em energia derivada de carvão e energia eólica na Região Sul. Local aprovado: município de Rio Grande. Convidados: o Ministro de Minas e Energia e o Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; os Prefeitos dos Municípios de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer; Santa Vitória do Palmar, Eduardo Morrone; Chuí, Renato Martins; São José do DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 47 Norte, Zeny Oliveira; Mostardas, Alexandre Lopes; Tavares, Flávio de Souza; Pelotas, Eduardo Leite, ou seus representantes; os Vereadores da região; o Presidente da FIERGS, Senhor Heitor Müller, ou representante e representantes de estaleiros e demais associações ligadas ao tema. Acrescidos, com concordância unânime dos parlamentares, convites solicitados pelo Deputado Pedro Pereira, aos Prefeitos de Jaguarão, Pinheiro Machado, Canguçu e Piratini; e pelo Deputado Adolfo à Secretaria do Meio Ambiente. Requerimento aprovado por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Pedro Pereira, Valdeci Oliveira e Marcelo Moraes. Requerimento de Audiência Pública nº 12/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater a formação de recursos humanos e mão de obra especializada, em especial para a geração de energia elétrica a partir do carvão mineral e eólica. Convidados: o Ministro de Minas e Energia e o Ministro do Meio Ambiente, ou representantes; o Presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas- SEBRAE e o Presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, ou representantes. O Deputado Frederico Antunes sugeriu a inclusão de convite à Prefeitura e à Câmara de Vereadores de Bagé. O Deputado Valdeci Oliveira sugeriu o envio de convites à Universidade Federal de Pelotas- UFPEL, à Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS, à Universidade Federal de Santa Maria- UFSM, à Universidade Federal do Pampa- Unipampa, ao Reitor do Instituto Federal Sul Rio-Grandense – IFSUL, Sr. Marcelo Bender Machado, e à Sra. Cláudia Souza, do mesmo instituto. Sugestões aceitas pelos Senhores Deputados. O Deputado Frederico Antunes sugeriu que esta Audiência seja realizada em Bagé. O Deputado Pedro Pereira sugeriu que seja em Pelotas. Após dialogarem sobre o assunto, ficou decidido, pelos parlamentares, que posteriormente será decidido um município para realização da Audiência Pública. O Requerimento foi aprovado por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados: Márcio Biolchi, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Pedro Pereira, Marcelo Moraes e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 13/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater o desenvolvimento sustentável ‘versus’ os impactos dos projetos de energia, bem como legislação ambiental, licenciamento, carbono e política de clima. Convidados: o Ministro de Minas e Energia e o Ministro do Meio Ambiente, ou seus representantes; a Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA – e movimentos sociais – sindicatos. O Deputado Valdeci Oliveira sugeriu o envio de convites ao Senhor Sr. Francisco Eliseu Aquino, Professor da UFRGS, do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas, ao Professor Francisco Milanez - Presidente da AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural e ao Ministério Público. Sugestões aceitas pela unanimidade dos parlamentares presentes. O Requerimento foi aprovado por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Pedro Pereira, Marcelo Moraes e Valdeci Oliveira. Requerimento de Audiência Pública nº 14/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Debater as restrições a empresas estrangeiras na participação de investimentos em parques eólicos na faixa de fronteira. Convidados: o Ministro de Minas e Energia, o Ministro do Meio Ambiente, o Ministro da Justiça, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ou seus representantes; representantes da Frente Nacional de Prefeitos, das prefeituras e Câmaras de Vereadores da região da faixa da fronteira, da Secretaria Estadual de Infraestrutura do Rio Grande do Sul e da FAMURS; e a Presidente Executiva da ABEEólica, Senhora Elbia Melo. Aprovado o Requerimento por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Marcelo Moraes, Frederico Antunes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Pedro Pereira e Valdeci Oliveira. Passando ao Requerimento número 1, o Senhor Presidente explicou ser uma medida preventiva com relação aos trabalhos durante o recesso, que talvez não seja adotada de acordo com o andamento das atividades da Comissão. Requerimento nº 1/2013. Proponente: Deputado Márcio Biolchi. Assunto: Suspensão dos trabalhos da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica durante o recesso parlamentar, com base no art. 77 da Resolução nº 2.288, de 18 de janeiro de 1991. Requerimento aprovado por sete votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Frederico Antunes, Marcelo Moraes, Adolfo Brito, Gerson Burmann, Pedro Pereira e Valdeci Oliveira. O Presidente encerrou a reunião às treze horas e cinquenta e seis minutos, após agradecer a presença dos Deputados presentes e os convocar para a primeira Audiência Pública da Comissão, que será realizada no dia vinte e nove de abril, às 14h30min. Serão palestrantes o Senhor Elifas Simas, Presidente da CRM, e o Senhor Luiz Fernando Zancan, Presidente da DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 48 ABCM. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº3 - DECLARATÓRIA Aos vinte e nove dias dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e dezoito minutos, no Plenário João Neves da Fontoura, terceiro andar do Palácio Farroupilha, o Deputado Márcio Biolchi, Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, na falta de quórum para abertura da Reunião, declarou que esta deixaria de ser realizada em observância ao previsto no art. 59, § 1º do Regimento Interno desta Casa, e determinou que fosse lavrada uma Ata Declaratória. E, para constar, lavrei a presente ata, que vai assinada pelo senhor Deputado e por mim, secretária. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº4 Aos vinte e nove dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e trinta minutos, no Plenário João Neves da Fontoura, terceiro andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, em Audiência Pública, com o objetivo de debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial a partir do carvão mineral e energia eólica. Foram painelistas o Senhor Fernando Luiz Zancan, Presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral, ABCM, e o Senhor Elifas Simas, Presidente da Companhia Riograndense de Mineração, CRM. Estiveram presentes os Deputados Márcio Biolchi, Presidente da Comissão, Valdeci Oliveira, Relator, Frederico Antunes e João DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 49 Fischer. O Senhor Presidente da Comissão iniciou agradecendo as presenças de todos e observando que, de acordo com o plano de trabalho da Comissão, acontecerão reuniões e audiências públicas às segundas-feiras, com o intuito de elaborar um relatório final após discutir o assunto central da comissão com técnicos e também de tomar conhecimento das nuances políticas existentes no entorno do tema. Explicou que pretendem-se ouvir representantes das áreas acadêmica, tecnológica, ambiental, de investimentos, de governo e também do sistema S, sem que haja embate político entre situação e oposição, com a intenção de fazer com que o Estado do Rio Grande do Sul seja competitivo com relação à produção de energia derivada do carvão mineral e da energia eólica. Com a chegada do Excelentíssimo Presidente deste Poder Legislativo, Deputado Pedro Westhphalen, o Deputado Márcio Biolchi, agradecendo sua presença, passou a palavra ao Presidente, que saudou os presentes, elogiou a iniciativa da Comissão e afirmou que o Parlamento dará todas as condições necessárias para a realização dos trabalhos no sentido de solucionar o problema energético, afirmando que nosso Estado importa sessenta e cinco por cento da energia que utiliza, quando poderia até mesmo exportar. Citou que, em seu pronunciamento de posse, o carvão foi um dos temas citados. Elogiou o trabalho de todos os parlamentares da Casa e, desejou um bom trabalho a todos. Assumindo a condução dos trabalhos, o Presidente da Comissão parabenizou a manifestação do Presidente da Casa em tribuna no ato de posse. Ao longo do evento, registrou e agradeceu a presença dos Senhores e Senhoras: Claudemir Bragnolo, Secretário Adjunto da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, SEINFRA, Vera Carrion, Engenheira Analista de Projetos e Obras do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A, BADESUL, Paulo Menzel, Diretor Técnico da Inteligência em gestão Logística, INTELOG, representando também a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, FEDERASUL, Carlos de Faria, Diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, FIERGS, Lélio Falcão, representante do Senhor Cláudio Janta, Presidente da Força Sindical, Marco Franceschi, Diretor de infraestrutura e energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, AGDI, André Antunes de Azambuja, Assessor Técnico da AGDI, Paulo Freitas, Presidente da Câmara de Vereadores do município de Minas do Leão, Alceu Moraes e Vaguinho, Vereadores deste município, Adão Carlos Oliveira da Cunha e Osmar Pelts, representantes do Sindicato dos Mineiros, Carla Ten Caten, Vice-Diretora da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Jair Koppe, representante do curso de Engenharia de Minas da UFRGS, Luiz Fernando Espinosa Cocian, Diretor do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Luterana do Brasil, ULBRA, Geraldo Mario Rohde, geólogo e representante da Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC, Sérgio Boniatti, Diretor Financeiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS, CREA, representando o Presidente do Conselho, Cristovão Feil, Coordenador de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, SDPI, Rogério Burlet, Representante do Deputado Federal Afonso Hamm, Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, que enviou ofício justificando sua ausência, dentre outros. Informou, a pedido do Deputado Valdeci Oliveira, que o Deputado Pedro Pereira não pôde se fazer presente por estar representando esta comissão em Audiência Pública no município de Pinheiro Machado. Iniciando as explanações, O Presidente agradeceu a presença dos painelistas e explicou que questionamentos podem ser encaminhadas à assessoria e que, posteriormente, haverá alguns minutos para manifestações dos convidados. Após, passou a palavra ao Senhor Fernando Luiz Zancan, que cumprimentou os presentes e, em sua explanação, com o auxílio de slides, considerou o carvão o combustível mais importante do planeta. Disse que há a necessidade de energia firme, que venha das térmicas, e que as de carvão são as mais baratas, emitindo menos gás carbônico do que a sociedade imagina. Afirmou que, no mundo, o carvão e o linhito produzem 80% dos recursos energéticos. Citou exemplos de vários países. Afirmou que 90% das reservas brasileiras de carvão estão no Rio Grande do Sul e que também há carvão embaixo do mar. Disse que são necessárias usinas novas, mas também é preciso modernizar as antigas. Afirmou que precisaremos também de energia eólica para suprir a demanda de energia, e parabenizou o trabalho da Comissão. Considerou necessário um leilão em que o carvão possa participar com condições de igualdade às outras fontes energéticas, sendo necessária isonomia tributária. Disse que, quanto às cinzas, estas podem ser utilizadas para produzir cimento. Também abordou a gaseificação do carvão. Explicou projetos que existem sobre esta produção de gás. Sobre o edital A-5, considerou alguns tópicos relevantes: isonomia tributária, financiamento do BNDES sem diferenças de percentuais com outras fontes de energia, compensação DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 50 ambiental e agilização no licenciamento ambiental. Também considerou relevantes o incentivo aos centros de tecnologia e pesquisas existentes, como o CIENTEC, e a existência de uma política industrial. Disse que os Ministérios devem trabalhar juntos para o progresso do carvão. Convidou a todos para participarem de um congresso em Gramado, de 22 a 24 de agosto. Finalizando, agradeceu a oportunidade e colocou-se à disposição para questionamentos. O Presidente agradeceu o painelista e passou a palavra ao Senhor Elifas Simas, que informou que foi criado um grupo que aborda a questão do carvão mineral e dos leilões A-5, sob a coordenação da AGDI e com a participação do gabinete do Governador, do gabinete do Vice-Governador, da SEINFRA e da CRM. Este grupo vai trabalhar visando à desoneração da cadeia produtiva do carvão e acompanhando a normativa que irá sair nos próximos dias. Declarou que há a possibilidade do Rio Grande do Sul não conseguir participar do leilão. Disse que houve contato com a Tractebel, liderados pelo Senhor Bragagnolo, e há duas caldeiras de 350 megawatts para participar do leilão ainda este ano. Afirmou que o carvão se torna um multiplicador de renda e emprego e saudou a Assembleia por abrir este debate. Finalizando, disse que no Baixo Jacuí, em Mina do Leão II, houve um grande investimento da CRM e do governo, do qual ainda não se extraiu carvão, que é necessária uma política a médio e longo prazo de queima de carvão, considerando este o pré-sal gaúcho. O Presidente da Comissão agradeceu o painelista. E, após agradecer o material cedido pelo professor Dr. Geraldo Mário Rohde, passou a condução dos trabalhos ao Relator, Deputado Valdeci Oliveira, que saudou os presentes, elogiou as palestras e afirmou que O Estado do Rio Grande do Sul tem um enorme potencial, já que possui 90 % das reservas de carvão do Brasil. Disse que é importante desenvolver o setor, e que os Deputados estão fazendo reuniões em vários cantos do Estado e participando de ações. Citou que foi realizado um debate com o setor empresarial, na FIERGS. Elogiou o trabalho do Professor Geraldo Rhode. Disse que experiências e estudos provam que é preciso quebrar o paradigma de que o carvão é poluidor, mas que não pretende-se passar por cima das preocupações ambientais e da sustentabilidade. Questionou ao Senhor Zancan por que, havendo esse potencial excepcional de carvão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o País precisa trazer o carvão da Colômbia. Também questionou sobre a gaseificação e a realidade do setor. Mostrou-se preocupado com o fato de o Senhor Elifas cogitar a possibilidade de não podermos participar dos leilões A-5 do próximo período. O Senhor Fernando Luiz Zancan explicou que, em 2007, houve o leilão A-5, e que o modelo de leilões no Brasil premia usinas que são totalmente flexíveis, e este fato viabilizou o carvão importado. Salientou que é preciso diminuir a incidência tributária sobre o carvão para que o Brasil seja competitivo neste setor. Disse que o aspecto da gaseificação é importante e a tecnologia chamada leito fluidizado é uma boa alternativa por ser uma tecnologia mais adequada a carvões de mais alta cinza, mas são necessários estudos aprofundados sobre as duas questões. Citou a relevância do setor ir aos Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Minas e Energia abordar pontos importantes para o carvão e o leilão . O Senhor Elifas Simas mencionou que o leilão seria melhor se fosse por fonte energética ou regionalizado, mas o Governo Federal não concorda com esta ideia. Disse que a CRM e a Copelme têm estudos sobre gaseificação. Após, o Senhor Presidente passou a palavra ao deputado Frederico Antunes, que elogiou as discussões realizadas na Assembleia Legislativa e salientou que, na sua opinião, o carvão foi liberado porque se acendeu a luz vermelha e não porque houve uma compreensão natural, por isso, é necessária a discussão política que viabilize o setor. Disse que o presidente do BNDES tem que receber a informação das ideias e iniciativas desta comissão. Afirmou ser necessário o funding para o carvão, com custos mais baratos e prazos compatíveis. Considerou a gaseificação relevante para o setor. Questionou sobre a possibilidade de as plantas que estão sendo geradas serem bicombustíveis e terem uma combinação multinacional ou binacional, por exemplo, para o lado da usina de Uruguaiana, que tem uma matriz pronta e já tem fontes reconversoras dos sistemas e dos ciclos de passagem para os outros países. Disse que o Uruguai está pensando nessas possibilidades por ser um país demandador de energia. Fernando Zancan respondeu que o Uruguai está demandando energia nossa há bastante tempo, e há projetos, como o Termo Pampa, da empresaTractebel, que foi pensado em função da exportação de energia para o Uruguai. Quanto à converter a usina, disse não ter instrumentos técnicos para dizer se as turbinas teriam condições de usar o gás de carvão. Com a palavra, o Senhor Elifas Simas informou que até o final do ano a Eletrobrás estará concluindo uma linha que vai passar por Candiota. Após, o Presidente passou a palavra aos demais presentes. Com a palavra, o Senhor Lélio Falcão saudou a todos e cumprimentou o trabalho realizado. Disse que a Força Sindical acredita no uso do carvão como energia verde. O Senhor Sérgio Boniatti DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 51 parabenizou a iniciativa e questionou o painelista Fernando Zancan sobre o fato de a matriz energética brasileira bloquear a entrada da matriz energética do carvão.O professor Jair Koppe parabenizou a exposição do Senhor Fernando Zancan. Afirmou que, o dado presente no slide do painelista, que afirma que o Brasil produziu 6 milhões de toneladas de carvão em 2012, comparado com países produtores de carvão, torna-se um valor pequeno. Disse que, dos países do BRIC, sigla que se refere aos países Brasil, Rússia, Índia e China, o Brasil é o único que não produz carvão e questionou por que o preço do carvão para o consumidor brasileiro é alto. O Senhor Geraldo Rohde afirmou que metade do carvão produzido em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul vai virar cinza. Explicou sobre um trabalho seu que vai se chamar Cinzas: A Outra Metade do Carvão, segundo o qual deve encarar as termelétricas não como uma forma de geração de energia tão somente, mas como uma fábrica de cinzas, que podem ser a resposta para o déficit habitacional do Rio Grande do Sul. Com a palavra,a Senhora Vera Carrion, representando o Badesul, parabenizou a Comissão e concordou que as cinzas do carvão devem ser reutilizadas e questionou por quê não faz-se ver ao governo federal que o Rio Grande do Sul produz 90% do carvão do País. Disse que deveria ser feita solicitação ao BNDES para que as taxas fossem diferenciadas. Que o Badesul, por exemplo, está financiando energia eólica, a gás, e o carvão pouco aparece. Com a palavra, o Senhor Fernando Zancan disse que o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Brasil, Altino Ventura Filho, esteve em Criciúma, em 1994. e, na ocasião, ele disse que em 2010 o carvão entraria de forma competitiva. Mas em 2009 o Estado foi bloqueado no leilão,em função de mudanças climáticas. Disse que era uma questão política e o governo disse que só se poderia fazer energia hidráulica, que é limpa.Então, a questão do carvão parou dentro desse enfoque. Quanto à cinza, realmente temos de usar. Disse que em Charqueadas, hoje, todos os subprodutos são usados. Afirmou que há pressões internacionais para não financiar carvão. O Senhor Presidente da Comissão agradeceu o painelista e passou a palavra ao Senhor Elifas Simas, que disse não entender o porquê de não estarem sendo utilizadas as cinzas e a argila, já que há viabilidade econômica. Com a palavra, o Senhor Presidente agradeceu os painelistas e convidados e convidou a todos para as próximas Audiências Públicas da Comissão Especial, que irão alternar as palestras sobre energia vinda do carvão e energia eólica. Citou que os arquivos das exposições de hoje estarão disponíveis na Secretaria desta Comissão Especial. Também informou sobre um evento da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral Gaúcho, coordenada pelo deputado Valdeci Oliveira, que ocorrerá dia 3 de maio, no Teatro Dante Barone, nesta Casa. O Presidente encerrou a reunião às dezesseis horas e vinte e cinco minutos. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº5 Aos treze dias do mês de maio do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e trinta minutos, na Sala Doutor Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 52 Mineral e Energia Eólica, em Audiência Pública, com o objetivo de debater as potencialidades de geração de energia elétrica do Estado, em especial, a partir do carvão mineral, abordando o meio ambiente e as tecnologias para minimizar impactos, bem como necessidades de pesquisas e novas tecnologias. Foi painelista o Senhor Luiz Antonio Antoniazzi, Presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC. Estiveram presentes os Deputados membros da Comissão Especial Márcio Biolchi, Presidente da Comissão, Marcelo Moraes, Vice-Presidente, Valdeci Oliveira, Relator, Frederico Antunes, Edson Brum e Raul Carrion. Esteve presente também o Deputado Cássia Carpes. O Senhor Presidente da Comissão iniciou agradecendo as presenças de todos e saudando o painelista. Ao longo do evento, registrou e agradeceu a presença dos Senhores e Senhoras: Eberson Silveira, representante da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, SDPI, André Azambuja, assessor técnico da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, AGDI, Cláudio Müller e João Garcia, representantes da Companhia Riograndense de Mineração, CRM, Vera Müller, assessora especial da Presidência da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, AJURIS, Ricardo Bidesi, Fernando Zingano e Márcia Dambrowski, representantes do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., Banrisul, Ildo Meneghetti, Superintendente de Operações dos Setores Tradicionais I do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A , BADESUL, Paulo José Gallas, José Kunzler, Henrique Schuster e Carlos Miguel Schantz, representantes da Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC, Carlos de Faria, diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, FIERGS, Odilon Duarte, Coordenador do Grupo de Eficiência Energética da Pontifícia Universisdade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Paulo Vander e Mário Henrique Macagnan, professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS, Jeferson Ferreira, representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS, CREA, Norberto Azambuja, Presidente da Associação das Câmaras de Vereadores da Região Carbonífera, ACVERC, Toninho Oliboni, Vice-Prefeito do município de Minas do leão e Rodrigo Marcolin, Vereador do município de São Jerônimo, Vilson Moraes, Vereador do município de Bagé, dentre outros. Iniciando as explanações, O Presidente informou que a pauta desta reunião será o carvão mineral e comunicou o recebimento de correspondência que agradece o convite e lamenta a impossibilidade de participação do Ministério de Minas e Energia neste evento. Logo após, explicou a dinâmica das Audiências Públicas realizadas por este Comissão e passou a palavra aos Deputados Presentes. O Deputado Valdeci Oliveira saudou a todos e elogiou o trabalho que é realizado pelo painelista. Comentou sobre o leilão de energia que vai ocorrer no dia 29 de agosto deste ano. O Deputado Marcelo Moraes saudou a todos, parabenizou os trabalhos da Comissão e considerou esta Audiência Pública muito importante já que vai abordar o tema do impacto ambiental desta fonte de energia. Considerou relevante levar o material que será produzido aqui aos Ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente. Logo após, o Presidente da Comissão passou a palavra ao painelista para o início de sua exposição. Luiz Antonio Antoniazzi cumprimentou os presentes, agradeceu, em nome da CIENTEC, o convite feito pela Comissão, e passou às mãos do Presidente o livro comemorativo pelos 70 anos da fundação. Explicou que a CIENTEC realiza pesquisas sobre carvão mineral tendo por preocupação a preservação do meio ambiente. Citou que, nas últimas décadas, nosso País enfrentou muitas dificuldades em explorar o carvão como fonte de energia, enquanto outros países desenvolvidos têm feito isso de forma bastante entusiasmada, citando exemplos como o da Polônia, onde 93% da energia elétrica é gerada a partir dessa fonte. No Brasil, apenas 1,6% da energia elétrica vem do carvão. Ilustrou com dados da Agência Internacional de Energia, que apontam estimativa de que o carvão mineral, até 2017, deve praticamente empatar com o petróleo na geração de energia. Disse que O Ministério de Minas e Energia, por meio da empresa de pesquisas energéticas, divulgou um estudo que diz que o número de reservas de carvão mineral em nosso País estão estimadas em 3,5 vezes mais do que as de petróleo. Considerou o leilão que acontecerá em agosto uma ótima oportunidade para a exploração do carvão mineral. Afirmou que a exploração desta fonte pode dar-se também na área de carboquímica e siderurgia, e que a CIENTEC tem pesquisas nessas áreas. Trouxe o dado de que 75% do carvão hoje utilizado em nosso País é importado, e que, na indústria siderúrgica, a importação é de 100%. Disse que é possível reproduzir a cadeia petroquímica numa cadeia carboquímica. Em vez da utilização do petróleo, utiliza-se o carvão para a obtenção de toda uma gama de produtos, tendo como matéria prima o gás de síntese. Explicou que a CIENTEC, estimulada pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, apresentou um projeto ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao MDIC, que teve por DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 53 objetivo a rota do metanol gerar o singás nas plantas que serão construídas no campus.O escopo desse projeto é a obtenção do metanol, tem parceria com o Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, e está no CNPq para liberação dos recursos. Quanto às tecnologias, explicou que a tecnologia que hoje está mais à frente é o que chamam no mundo de IGCC, que é a gaseificação integrada em ciclo combinado, embora o custo do processo seja alto. Ainda não há esta tecnologia em nosso país. O painelista citou que se a planta do leito fluidizado borbulhante for adequado para a gaseificação em leito fluidizado circulante podem ser feitas duas aplicações do carvão: a carboquímica e a da energia elétrica. Disse que o singás é a chave para duas grandes aplicações de alta tecnologia do carvão. Citando a relevância das pesquisas da CIENTEC e de todos os outros órgãos de pesquisa, deu por exemplo a pesquisa que esta fundação fez sobre a construção de uma usina termelétrica em Mina do Leão, com o apoio do governo do Estado, provando rentável e sustentável ecologicamente o local. Considerou possível distribuir no Estado térmicas de menor porte. Encerrando sua exposição, o painelista explicou formas de captura e utilização de gás carbônico, agradeceu a oportunidade e convidou os presentes a participarem da inauguração, no Campus da CIENTEC, da primeira planta de captura de CO2. Após agradecer a participação do painelista, o Presidente da Comissão passou a palavra ao Deputado Raul Carrion, que agradeceu o Presidente da CIENTEC e considerou importante a discussão nesta Comissão sobre a indústria carboquímica, assunto que considera relevante. Com a palavra, o Deputado Valdeci Oliveira questionou o painelista sobre a principal dificuldade para ampliar a energia do carvão no Brasil, sobre a biomassa, sobre a possibilidade da produção de produtos a partir da gaseificação e sobre o teor de cinzas do carvão em comparação a outros países. Também questionou sobre as usinas pequenas e quanto tempo demoraria para começar a colher os frutos se a cadeia carboquímica fosse implementada no Rio Grande do Sul. O Presidente da Comissão questionou o painelista sobre o custo embutido no transporte e importação do carvão. Disse que, em relação à primeira, segunda, terceira e quarta gerações da indústria carboquímica, até mesmo a indústria petroquímica caminhou relativamente devagar a partir da segunda geração. Questionou se esse volume não sustentaria, nos dias de hoje, dentro daquilo que temos disponível de tecnologia, um investimento para utilizar o carvão brasileiro. Respondendo aos questionamentos, Luiz Antoniazzi explicou que, quanto às siderúrgicas, é necessário realizar pesquisas para a tomada de subsídios. Disse que somente as siderúrgicas possuem informações sobre o processo da coqueificação, por exemplo, ou do processo de produção do ferro-gusa, e que não tem como precisar o tempo disso. Afirmou que é necessário reduzir a importação de carvão, mas, no momento, não será possível não importar. Disse que o carvão, no hemisfério sul, tem características diferentes das do carvão do hemisfério norte, que é de melhor qualidade. Dentre elas, estão o teor de cinzas, o enxofre e, em algumas situações, a questão da umidade, mas isso não inviabiliza a exploração da fonte. Considerou relevantes, para o êxito do setor energético, três fatores: uma política pública clara, um setor produtivo interessado em se aproximar dos centros de pesquisa para absorver e desenvolver junto a tecnologia e capacidade de investir. Logo após, o Senhor Presidente encaminhou pergunta do Vice-Prefeito de Minas do Leão, Toninho, questionando se é mais viável economica e ambientalmente a construção de uma usina em São Jerônimo ou em Minas do Leão. O painelista respondeu que o projeto da CIENTEC levou em conta a possibilidade de Minas do Leão II e que, quanto à questão de viabilidade, não há diferença grande entre os municípios. Disse que a questão é apenas o transporte do carvão. Explicou que procurou-se Minas do Leão porque havia preocupação com questão da viabilidade econômica. Com a palavra, o Presidente questionou a viabilidade de uma usina em São Jerônimo e sobre a necessidade de esperar a liberação dos recursos que estão hoje no CNPq para que se obtenha o singás. O Presidente da CIENTEC explicou que é necessário realizar um estudo sobre uma usina em São Jerônimo e que os recursos são necessários e são da ordem de dois milhões e meio. O Presidente da Comissão passou a palavra a Rodrigo Marcolin, Vereador da Câmara de São Jerônimo, que disse que a usina de São Jerônimo é a mais antiga do Brasil e está na iminência de fechar, o que preocupa a população da região. Disse que gostaria de discutir o carvão mineral em seu município, convidando o Senhor Antoniazzi, que aceitou o convite. O Presidente da Comissão concordou com o debate e esclareceu que a Comissão depende de questões de agenda para realizar seus trabalhos. Com a palavra, o Deputado Valdeci Oliveira fez convite aos presentes para participarem, em16 de maio, às 19 horas, no ginásio Rudi Raguse, em Butiá, de trabalho da Frente Parlamentar que coordena, quando será discutido o tema de São Jerônimo. Com a palavra, o Presidente Márcio Biolchi disse que o tema carvão mineral e energia eólica dizem respeito a um DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 54 impacto no desenvolvimento do Estado inteiro. Afirmou que faltam políticas públicas nessa área e pensa que devem-se buscar subsídios com quem tem esse conhecimento técnico para desencadear alguns processos. Finalizando a Audiência Pública, o Presidente passou a palavra ao painelista, que explicou que deve-se ter energia firme para ter segurança energética, e que, quanto à energia firme no nosso Estado, só há três possibilidades: a energia nuclear, a energia a gás natural e a energia a partir do carvão mineral. Disse que o custo da energia a gás e é inviável. A energia nuclear implica grandes investimentos, muito tempo para a construção e riscos. A terceira possibilidade é a energia a partir do carvão mineral. Assim, a energia eólica e a hidro na verdade serão complementares, porque poderá haver problemas de estiagens. O Presidente agradeceu o painelista e os presentes, colocou a Comissão à disposição para sugestões ou dúvidas sobre o assunto e encerrou a reunião às dezesseis horas e quinze minutos. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº6 - DECLARATÓRIA Aos três dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e quinze minutos, na Sala Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, o Deputado Márcio Biolchi, Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, na falta de quórum para abertura da Reunião, declarou que esta deixaria de ser realizada em observância ao previsto no art. 59 § 1º do Regimento Interno desta Casa, e determinou que fosse lavrada uma Ata Declaratória. E, para constar, lavrei a presente ata, que vai assinada pelo senhor Deputado e por mim, secretária. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 55 Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº7 Aos dez dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e trinta e cinco minutos, na Sala Doutor Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, em Audiência Pública, com o objetivo de debater a geração de energia eólica, seu potencial brasileiro e sua participação no cenário energético nacional, bem como as tecnologias empregadas para este fim e diagnósticos sobre o tema. Foi painelista a Senhora Elbia Melo, Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, ABEEólica. Estiveram presentes os Deputados Márcio Biolchi, Presidente da Comissão, Marcelo Moraes, Vice-Presidente, Valdeci Oliveira, Relator, e Frederico Antunes. O Senhor Presidente da Comissão iniciou agradecendo as presenças de todos e convidou para compor a mesa, em conjunto com os parlamentares e a painelista, o Senhor Ricardo Rosito, Presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica do RS, SINDIEÓLICA RS. Também agradeceu as presenças dos Senhores e Senhoras Eberson Silveira, representante da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, SDPI, Carolina Preis, representante da WOBBEN, empresa fabricante de aerogeradores, Francisco Simões Pires, representante da Masplan, empresa de gestão e planejamento ambiental, Paulo Menzel, representante da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, Federasul, Vice-Prefeito João Aguiar e Vereador Edilson Zanini, ambos do município de Palmares do Sul, Fernando Oscar Geib, representante do Comitê de Inovação e Tecnologia da ACI de Novo Hamburgo, Sergio Rossetto, representante da IMPSA, grupo argentino que está implantando uma fábrica de aerogeradores em Guaíba, Fabrício Tavares, Diretor-Adjunto de Infraestrutura e Energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, AGDI, Rogério Wallau, representante do Investe RS, André Antunes de Azambuja, Assessor Técnico da AGDI, representante da SDPI, Ildo Fernando Meneghetti, Superintendente de Operações dos Setores Tradicionais I do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A, BADESUL, Rui Dick, Gerente-Executivo da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, SEINFRA, Carlos Roberto Silveira, representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS, CREA, Ricardo Bidesi, Superintendente Executivo do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A, Banrisul, Henrique Schuster, representante da Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC, Cristino, Vereador do município de São José do Norte, Ilson Soares, representante do Comitê de Desenvolvimento Econômico do Governo Estadual do Rio Grande do Sul , Marcela Ruas, Coordenadora de Relações Institucionais e Imprensa da ABEEEólica, dentre outros. O Presidente agradeceu a presença da painelista e sua receptividade ao convite da Comissão e fez uma breve explanação sobre o funcionamento desta Comissão Especial. Após, passou a palavra à Senhora Elbia Melo, que agradeceu o convite e cumprimentou os presentes. A painelista fez sua explanação com o auxílio de slides. Iniciou elogiando o parque eólico do município de Osório e disse que o fator mais importante da energia produzida a partir da energia eólica é a cadeia produtiva gerada e todos os efeitos econômicos, sociais e ambientais que um parque eólico desencadeia. Também afirmou que a energia eólica é geradora de emprego e renda, e convive bem com outras atividades econômicas. Explicou que a ABEEólica é uma associação privada sem fins lucrativos que representa toda a cadeia produtiva de energia eólica. Contextualizando a energia eólica mundialmente, a painelista informou que o Brasil ocupa a décima quinta posição, vez que os parques eólicos entraram em funcionamento no Brasil há pouco tempo. Falou sobre leilões em que a fonte eólica participa, inclusive concorrendo com outras fontes, nos quais tem-se mostrado competitiva, ainda sendo esperado um crescimento nesta área. Comparando, explicou que países como a Dinamarca chegam a ter 90% do consumo de energia atendido pela energia eólica, enquanto o Brasil tem 1%. Explicou que acha relevante a complementaridade das fontes geradoras de energia, já que o Brasil tem recursos naturais suficientes. Elogiou a Comissão por abordar temas sobre a energia vinda do carvão e também vinda da eólica. Afirmou que essa otimização da matriz se faz pela segurança no suprimento. Explicou que o Brasil tem uma vantagem em relação aos outros países, já que a energia renovável é mais barata e também a mais limpa do mundo, em termos ambientais. Após, explicou em números o crescimento de capacidade instalada e venda de energia eólica no Brasil e disse que, para 2020, há a previsão de que a energia eólica participe de 12% de da matriz elétrica brasileira. Afirmou que, em termos de localização dos parques, o potencial eólico DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 56 brasileiro se encontra nas Regiões Sul e Nordeste. Quanto à intermitência da fonte, citou que, como qualquer fonte natural, depende-se da natureza para sua produção, mas quando há mais parques, reduz-se bastante a intermitência. Abordou o fato de a energia eólica evitar a produção de gás CO2. Falou que, quanto à energia eólica, é esperado, ainda para este ano, um, edital de leilão e que o governo está fazendo um leilão de dois anos para a eólica, porque em 2015 os parques já podem ser instalados. Disse que ainda há problemas com falta de linhas de transmissão. Com a palavra, o Presidente da Comissão agradeceu a exposição e fez alguns questionamentos à painelista. Perguntou sobre a perspectiva do desenvolvimento eólico no Brasil e citou que, por haver questionamentos por parte dos agentes políticos, gostaria de saber se pode haver falha na logística de transmissão, como houve no passado. Também questionou se é possível afirmar que, quanto aos insumos, as linhas de financiamento e tudo o que compõe um projeto e ajuda a formar preço, há desequilíbrio entre os Estados brasileiros. Logo após, passou a palavra ao Deputado Valdeci Oliveira, que parabenizou a exposição e fez questionamentos sobre o potencial do Rio Grande do Sul de ampliar a matriz energética eólica e se as matrizes energéticas de carvão, hídrica e eólica competem entre si ou se complementam. Com a palavra, o Deputado Frederico Antunes questionou se existe um planejamento e um acompanhamento aos Estados por parte do Ministério de Minas e Energia para o melhor aproveitamento da energia gerada nos parques eólicos. Também abordou a grande demanda de produção de energia no Rio Grande do Sul, comparada com a capacidade de produção. Quanto às linhas de transmissão advindas do centro do País, perguntou se há alguma meta por parte da ABEEólica no sentido de incluir esses novos pontos em leilões futuros. Também abordou a questão do treinamento de mão-de-obra e se há alguma parceria para a capacitação de pessoal. Explicou que a Senhora Elbia Melo afirmou que nunca haviam sido feitas à ABEEólica questões sobre a restrição colocada em faixa de fronteira. Explicou que, para alguns segmentos, existe o impeditivo da possibilidade do capital estrangeiro fazer de maneira exclusiva os seus investimentos, e considera relevante solicitar que, no regramento da matéria, exista uma flexibilização, senão, haverá diferenças entre regiões, citando como exemplo que no litoral gaúcho seria possível uma empresa estrangeira concorrer nos leilões e, na faixa de fronteira, não. Disse que não exclui parcerias com empresas daqui, apenas quer incluir, também, as estrangeiras. Questionou se há uma orientação para as prefeituras que queiram saber e estimular sua real capacidade de atendimento dos percentuais mínimos necessários sem quedas bruscas e sem uma sazonalidade tão aguda de geração de energia eólica. Iniciando sua explanação para responder os questionamentos, a painelista disse que,com relação à questão da faixa de fronteira, seria importante ser criado um comitê de trabalho no âmbito da ABEEólica que trabalhasse em conjunto com os parlamentares e que, provavelmente, terão de ser propostas mudanças na legislação. Quanto às linhas de transmissão, disse que há quatro fatores que geram entraves: o cálculo para as linhas de transmissão, a questão ambiental, a questão fundiária e a própria morosidade das empresas. Também afirmou que o problema das linhas acontece no mundo todo. Com relação à complementaridade das fontes, considerou relevante que isso ocorra. Quanto à haver desequilíbrio entre os Estados brasileiros, disse que quatro Estados, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará têm grande potencial para investimento, mas cabe ao Estado apoiar os investimentos no setor. Quanto à orientação a prefeitos, explicou que ABBEólica não tem uma câmara dedicada a isso mas muitos de seus associados prestam esse serviço. Quanto ao treinamento de mão de obra, disse que há vários trabalhos na área e que o Governo Federal fez um programa para incentivar a pesquisa sobre esta questão. O Presidente da Comissão, atendendo a questionamentos, encaminhou o questionamento de Luiz Alody, de Ventos do Atlântico Energia, sobre a necessidade de linhas de despacho de energia e como envolver o governo no processo, já que há grande potencial no litoral, São José do Norte, Mostardas e Palmares do Sul. Elbia Melo disse que considera que o Governo já está envolvido em ações neste sentido. Na sequência dos questionamento, Ilson Soares perguntou se a ABEEólica tem projetos pontuais e se o município de Piratini está contemplado. Fabrício Tavares questionou sobre a cadeia produtiva em torno do eólico, citando o potencial de ventos do extremo sul do Rio Grande do Sul e o possível desenvolvimento de navegação por cabotagem. A questão de João Aguiar foi sobre a isenção do ISS no município de Palmares e o que representa essa redução. Também questionou sobre uma substação de energia eólica no município. Respondendo às questões, a painelista disse que, quanto aos projetos pontuais, é muito difícil de a ABEEólica ter acesso a eles. Sobre o caso de Piratini, disse que pode buscar a informação, e que é preciso desenvolver a navegação de cabotagem no Brasil todo. Com a palavra, o Presidente da Comissão agradeceu DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 57 a painelista, pediu sua permissão para utilizar os dados que estão no slide no relatório final da Comissão e, às dezesseis hora e trinta minutos, encerrou a Audiência Pública. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº8 Aos quinze dias do mês de julho do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e quinze minutos, na Sala Doutor Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, em Audiência Pública, com o objetivo de debater os cenários de geração e transmissão de energia no Estado, bem como os investimentos na área. Foram painelistas o Senhor João Ramis, engenheiro eletricista, e Elmar Bones, jornalista. Estiveram presentes os Deputados Márcio Biolchi, Presidente da Comissão, Marcelo Moraes, Vice-Presidente, Valdeci Oliveira, Relator, e Frederico Antunes. O Presidente comunicou o recebimento de ofício da Câmara de Vereadores de Quaraí, que solicita o encaminhamento da implantação de parque de energia eólica no município e também o recebimento de memorandos da Mesa Diretora da Casa comunicando períodos em que os Deputados Adolfo Brito e Raul Carrion estariam em viagens. no decorrer da Audiência Pública, registrou e agradeceu as presenças dos Senhores e Senhoras: Sereno Chaise, Presidente da Centrais Elétricas Brasileiras S.A, Eletrobrás, Patrícia Marini, representante da Editora Já, Fabrício Tavares, Diretor Adjunto da Diretoria de Infraestrutura e Energias da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, AGDI, Ricardo Rosito, Presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica do Rio Grande do Sul, SINDIEÓLICA RS, Marcelo Milanez, Diretor Executivo do SINDIEÓLICA RS, Sérgio Boniatti, 1º Diretor Financeiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS, CREA, Elifas Simas, Diretor-Presidente da Companhia Riograndense de Mineração, CRM, Ricardo Orling, representante da CEEE, Vera Carrion, Engenheira Analista de Projetos e Obras do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A , BADESUL, Henrique Schuster, representante da Fundação de Ciência e Tecnologia, CIENTEC, Camila Dutra, integrante do Núcleo de Interações Multidisciplinares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, dentre outros. O Presidente da Comissão convidou os Senhores Sereno Chaise, Ricardo Rosito e Elifas Simas para, em conjunto com os parlamentares e painelistas, fazerem parte da mesa dos trabalhos. Logo após fazer uma breve explanação sobre os trabalhos da Comissão, agradeceu a presença do painelista e passou a palavra a Elmar Bones, que, iniciando sua explanação, disse que publicou vários trabalhos sobre a infraestrutura do Rio Grande do Sul, incluindo o carvão, e agradeceu aos Senhores Sereno Chaise e Elifas Simas o apoio que lhe prestaram. Citou que há falta de informação sobre a questão carvão, que considera uma fonte muito importante de energia, e que a imprensa não está conseguindo atender a DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 58 demanda por padrão de informação além do fato ocorrido. Quanto ao carvão, disse que, para entender esta fonte, é preciso entendê-lo por um contexto mais abrangente, que são necessários debates e informações sobre a fonte. O jornalista explicou que pretender trazer a informação sobre o carvão de modo que mais parcelas da população possam entender a importância desta fonte. Considerou que o carvão está retornando aos leilões depois de anos banido da realidade energética brasileira e que, sem o reconhecimento desta fonte, há perda ambiental e econômica. Com a palavra, o Presidente da Comissão afirmou que vê a discussão sobre a energia eólica mais pacífica do que a da energia vinda do carvão. Disse que há um hiato entre a região que detém as jazidas de carvão e as demais, pois estas não consideram tão grande a importância desta fonte, salientando que o carvão tem relevância para todo o Rio Grande do Sul. Sobre o leilão de energia que acontecerá em agosto, o Deputado disse que podem existir, até mesmo dentro do Estado, visões equivocadas da importância de utilização desta fonte. Considerou importante o debate sobre a fonte na sociedade e questionou ao painelista qual sua visão sobre as diferenças de crenças na importância do carvão dentro do Rio Grande do Sul ou do País. O jornalista disse que considera que o Estado do Rio Grande do Sul perdeu força política no cenário nacional, e este fator influenciou na falta de importância e preconceitos dedicados ao carvão. Também a falta de informação e utilização local que a fonte tem que ter influenciam no desinteresse de locais que não possuem reservas, mas este é um processo de longo prazo. Com a palavra, o Deputado Valdeci Oliveira saudou a todos e disse que os parlamentares vêm fazendo este debate há um certo tempo e verificou que, onde não há reservas de carvão, não há interesse na fonte, portanto, deve-se quebrar a antiga visão do carvão, pois há novas tecnologias e ciências que produzem energia a partir desta fonte de maneira sustentável. Questionou ao painelista qual a diferença entre o Brasil e os outros países com relação a esta fonte. Com a palavra, o Deputado Frederico Antunes saudou os presentes e o painelista e considerou relevante econômica e socialmente o desenvolvimento do setor energético no Estado. Considerou que a Presidente da República, em anos anteriores, afirmou ser melhor frear a exploração do carvão, pensando em questões ambientais. Mencionou que, em certos períodos do ano, há um grande déficit de energia no Estado, e que há falta de políticas de fiscalização e investimentos na área. Questionou, também, a opinião do painelista sobre a possibilidade de fazer uma cisão na Secretaria de Infraestrutura do Estado. Respondendo às questões, Elmar Bones disse que a realidade dos outros países, em termos de energia, é bem diferenciada da do Brasil, e nem sempre melhor. Comentou sobre a alternância de poder no Estado do Rio Grande do Sul, afirmando que este fator interfere nos projetos a serem realizados, havendo pouco avanço. Com a palavra, Ricardo Rosito saudou a todos e comentou que a energia eólica já teve grande importância no Rio Grande do Sul e ressaltou que o carvão e a energia eólica estão inseridos nos leilões, mas deve-se buscar a competitividade destas fontes juntas no Rio Grande do Sul. Concordou com o Presidente da Comissão quanto à importância política das fontes. Quanto à separação de Secretarias, disse que o SINDIEÓLICA a favor da formação de uma Secretaria específica de energia no Estado. Com a palavra, Elifas Simas saudou a todos, cumprimentou a proposta da Revista Já e elogiou os debates que esta Casa Legislativa tem realizado, em específico, os do carvão mineral e energia eólica. Disse que, por ter menor força política, o carvão do Rio Grande do Sul ficou excluído da geração de energia e há possibilidade do panorama mudar com a publicação do edital de energia, em agosto. Com a palavra, Sereno Chaise concordou com as colocações do painelista, salientou a importância dos debates e acrescentou que, nas palavras do ex Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, não há problemas ambientais em gerar energia de carvão mineral. Quanto à questão da competitividade do Estado, disse que, há vários anos, o Estado perdeu chances de avanço por não ter energia suficiente para suprir a demanda. Citou que, em cinqüenta anos, o consumo do Estado foi multiplicado pelo menos por cinco, salientando o risco de ocorrer racionamento. Disse que deve haver diversificação das fontes, já que depende-se de fatores naturais. Comentou a vinda de uma nova fonte, que é a fotovoltaica. Com a palavra, O Presidente da Comissão agradeceu a exposição do painelista e as contribuições dos presentes. Após, passou a palavra ao painelista João Ramis, que iniciou sua exposição agradecendo o convite e saudando a todos. Comentou a relevância da complementaridade das fontes e a importância de diversificar a matriz energética, visando ao desenvolvimento do país já que a questão energética no Estado é estratégica. Disse que é muito importante contextualizar a questão da energia, e que há países que têm usinas as quais, devido à tecnologia, utilizam todos os resíduos do carvão, o que produz riqueza e deixa pouquíssima poluição. Afirmou que hoje há grande dificuldade de construir grandes hidrelétricas com barragens, sendo assim, o setor depende sempre DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 59 das chuvas. Então, há a necessidade de usinas térmicas que sejam agregadas com sustentabilidade ao sistema energético. Mencionou que o carvão pode fornecer energia de base para sustentar o sistema elétrico e até mesmo exportar. Citou quatro pontos de desenvolvimento no Estado: quanto à energias vindas do carvão e eólica, produção em vários municípios do Estado, tais como: Candiota, Cachoeira, São Jerônimo, Charqueadas, Quaraí, Pinheiro Machado, Jaguarão, Aceguá, Piratini, Hulha Negra, entre outros. Considerou imprescindível planejar o setor eletro energético no Estado e criar uma Secretaria Estadual de Minas e Energia. Disse que é possível que o Estado tenha projetos competitivos com outras localidades. Afirmou que é necessário recuperar o transporte hidroviário. Disse que é preciso buscar informações também em outros Estados que já fizeram projetos sobre as fontes energéticas. Abordou a questão da necessidade de planejamento de linhas de transmissão de energia. O painelista encerrou sua exposição agradecendo o convite feito pela Comissão. Com a palavra, o Deputado Valdeci Oliveira citou a existência de frente parlamentar sobre carvão, da qual é coordenador, e salientou a importância do relatório final desta Comissão Especial. Também abordou a questão das alternativas atuais do setor energético e questionou o painelista João Ramis sobre os problemas e alternativas de linhas de transmissão e sobre a repercussão social das novas fontes de energia. Respondendo às questões, João Ramis explicou que o planejamento do setor energético sempre foi feito por demanda, e, atualmente, deve haver uma melhor avaliação, antecipando os resultados. Salientou que o retorno de recursos se dá para o município por meio de receita e deve haver uma utilização correta por parte da administração municipal. Com a palavra, Ricardo Rosito abordou a questão da transmissão e disse que deve haver competitividade no modelo de transmissão a ser adotado. Devem ser elaboradas estratégias de utilização para o carvão e energia eólica. Disse que as novas fontes trazem um grande aumento de receita e infra-estrutura aos municípios. Elifas Simas citou que já foi prefeito do município de Santana do Livramento e este município foi muito beneficiado pela fonte eólica. O Presidente da Comissão Especial agradeceu os painelistas e todos os presentes, salientou a relevância do relatório final e encerrou a Audiência Pública às dezesseis hora e quinze minutos. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº9 Aos doze dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, às quatorze horas e trinta e cinco minutos, na Sala Doutor Maurício Cardoso, quarto andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, em Audiência Pública, com o objetivo de debater as políticas de incentivo à energia eólica (Fundopem, entre outros) e a atração de investimentos e APLs energia. Foram painelistas os Senhores Eberson Silveira, Coordenador de Energias e Comunicações da Diretoria de Infraestrutura e Energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 60 Fábio Weber, representante da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), e os Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS): Sr. Luiz Carlos da Silva Pinto Filho, Diretor da Escola de Engenharia, que apresentou os laboratórios e pesquisas desenvolvidas na Escola de Engenharia, Sr. Nilson Romeu Marcilio, representante do Departamento de Engenharia Química, que apresentou a Rede Carvão, Sr. Ivo André Homrich Schneider, representante do Departamento de Engenharia de Minas, que apresentou pesquisa relacionada ao carvão mineral e o meio ambiente, Sr. Saulo Roca Bragança, representante do Departamento de Engenharia de Materiais, que apresentou pesquisa de dessulfuração do gás de combustão do carvão. Também fizeram exposições os Senhores André Jablonski, André Zingano, Nestor Heck e Paulo Schneider, todos Professores da UFRGS. Estiveram presentes os Deputados Márcio Biolchi, Presidente da Comissão e Valdeci Oliveira, Relator. O Presidente, no decorrer da Audiência Pública, registrou e agradeceu as presenças dos seguintes Senhores e Senhoras: Daian Douglas de Souza, representante AGDI, Sereno Chaise, Presidente da Centrais Elétricas Brasileiras S.A, Eletrobrás, Carlos Silveira, representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA), Vera Carrion, Engenheira Analista de Projetos e Obras do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A (BADESUL), Ivan Ramon Schemeris, Diretor da Presidência da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS), Paulo Lang, Prefeito do município de Palmares do Sul, Henrique Schuster, Diretor-Executivo da Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), João Batista Garcia, Superintendente de Engenharia da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Tirone Michelin, representante do Consórcio Brasileiro de Consultores, Cátia Bonfim, representante da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT), Eduardo Gonçalves, estudante da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), dentre outros. Logo após fazer uma breve explanação sobre os trabalhos da Comissão, comunicou que o Relatório Final será deliberado na próxima semana, agradeceu a presença dos painelistas e passou a palavra ao Senhor Eberson Silveira, que, com o apoio de slides, abordou a energia eólica no Estado, dando um panorama atual e abordando as ações do Poder Executivo de 2011 até os dias atuais. Explicou que o foi realizado um mapeamento da energia industrial do Estado e decidiu atrair a geração de energia eólica ao Estado, com o objetivo de atrair a cadeia produtiva da energia eólica.Citou os benefícios da energia eólica, tais como ser geração de fonte e renda, ser uma energia limpa e uma fonte complementar. Abordou a potência eólica instalada no Brasil em comparação a outros países. Disse que um dos diferenciais positivos do Rio Grande do Sul é ter uma boa rede de transmissão. Falou sobre os leilões de energia e sua relevância para o setor, vez que demonstram o interesse de empreendimento na área, mas há a necessidade de incentivo para o desenvolvimento desta fonte. Citou que há um programa do Governo incentivando a energia eólica, o qual será regulamentado. Explicou que, em novembro, em Porto Alegre, haverá uma feira de energia eólica com várias parcerias, dentre elas a AGDI. Com a palavra, o Senhor Fábio Weber agradeceu o convite e explicou que nas Secretarias Estaduais de Desenvolvimento e da Fazenda e AGDI há uma operação para o desenvolvimento do Estado, que, por exemplo, analisa novos projetos. Citou que o Convênio do imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) 101/1997 traz ações que desoneram a cadeia produtiva, objetivando o desenvolvimento do setor energético. Abordou também questões técnico-tributárias e diretrizes do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Com a palavra, O Presidente da Comissão agradeceu os painelistas e passou a palavra aos Professores da UFRGS, que fizeram suas contribuições com o apoio de slides. O Professor Luiz Carlos Filho saudou a Comissão e parabenizou o debate do tema energia. Explicou a estrutura da Escola de Engenharia da UFRGS, demonstrando em slides alguns de seus laboratórios e projetos. O Professor Nilson Marcílio saudou os presentes e agradeceu o convite. Abordou a Rede Carvão, explicando que foi criada no ano de 2006 em reunião no Ministério de Ciências e Tecnologia em e tem dentre seus objetivos gerar inovação e dar suporte ao carvão mineral. Citou as áreas prioritárias desta rede, alguns de seus recursos e projetos. Explicou que o projeto mais recente é o de gaseificação. Com a palavra, o Deputado Valdeci Oliveira questionou a possibilidade de existir a gaseificação em escala industrial no Estado. O Professor Nilson explicou que tecnicamente é viável e há necessidade de serem feitos estudos para que haja viabilidade econômica. O Presidente da Comissão questionou em que momento da indústria carboquímica se extrai nafta. O Professor explicou que pode-se obter vários combustíveis e gases da nafta, e que também podem ser extraídos do carvão. O Professor Paulo Scheneider explanou sobre a utilização do carvão e e energia eólica, abordando que algumas fontes energéticas ainda não são exploradas. Disse que a fonte eólica já iniciou seu processo e que é preciso DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 61 defender o desenvolvimento da Rede Carvão. O Deputado Valdeci Oliveira justificou que teria de se retirar, agradeceu os painelistas e os convidou a fazerem um evento maior para levar a importância do carvão à sociedade. O Deputado Márcio Biolchi falou sobre a importância de incentivar a a pesquisa. Com a palavra, o Professor André Jablonski falou sobre os locais onde há jazidas de carvão, quais as quantidades em que ele existe e a necessidade de atrair investidores para o carvão mineral. O Professor André Zingano citou algumas informações sobre o Departamento de Engenharia de Minas e abordou a importância do desenvolvimento da fonte energética sem comprometer o meio-ambiente. O Professor Nestor Heck abordou o carvão gaseificado e a possibilidade direta de transformá-lo em energia elétrica por meio de um gerador pesquisado na UFRGS conhecido pelo nome de célula a combustível. Disse que é relevante o apoio a esta pesquisa. O Professor Ivo Schneider abordou que, nas minas que estão sendo abertas, não há problemas ambientais, apenas restam problemas de minas antigas. Disse que o carvão não é uma camada única, há várias camadas de outras substâncias, que vêm na extração, explicando quais são estas substâncias, e suas características. Citou comparações do carvão gaúcho com o catarinense, dizendo que os dois podem ser equiparados. O Presidente da Comissão Especial agradeceu os painelistas e todos os presentes e encerrou a Audiência Pública às dezesseis hora e quarenta e cinco minutos. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária ______________________________________________ Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica ATA Nº10 - ENCERRAMENTO Aos vinte e um dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, às treze horas e dez minutos, na Sala Salzano Vieira da Cunha, terceiro andar do Palácio Farroupilha, reuniu-se a Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica. Presentes os Deputados Márcio Biolchi, Presidente da Comissão Especial, Valdeci Oliveira, Relator, Marcelo Moraes, Vice-Presidente, Gilmar Sossella, Jeferson Fernandes, Edson Brum, Gerson Burmann, Pedro Pereira, Raul Carrion e Frederico Antunes, membros titulares, e Gilberto Capoani, membro suplente. Após saudar os presentes e fazer uma síntese do número de Reuniões e Audiências Públicas realizadas e de Requerimentos aprovados na Comissão, o Presidente da Comissão declarou aprovadas as Atas número 2, da Reunião realizada em 24/04/2013, e as Atas números 4,5,7,8 e 9, das Audiências Públicas realizadas, respectivamente, em 29/04/2013, 13/05/2013, 10/06/2012, 15/07/2013 e 12/08/2013. Após, leu as seguintes correspondências recebidas: memorando recebido da Mesa Diretora comunicando viagem ao exterior, do Dep. Edson Brum, representando a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo desta Casa e memorando recebido do Departamento de Comissões, comunicando viagem ao exterior, do Dep. Jeferson Fernandes, representando a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos desta Casa. Na sequência, comunicou que o acervo de materiais recebidos por esta Comissão, que serviram de DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 26 de agosto de 2013. PRO 62 apoio à realização do Relatório Final, serão doados à Biblioteca da Assembleia Legislativa. Havendo quórum regimental para o período de Ordem do Dia, com as presenças dos Deputados acima citados, o Presidente passou à Votação do Relatório Final da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica e, com a concordância da unanimidade dos Parlamentares presentes, passou a palavra ao Relator da Comissão, para que se procedesse apenas à leitura das conclusões e encaminhamentos do Relatório, vez que este documento havia sido enviado por e-mail e entregue impresso nos gabinetes de todos os parlamentares membros da Comissão com 48 horas de antecedência. Com a palavra, o Relator agradeceu aos Parlamentares componentes desta Comissão e à Assessoria Técnica e procedeu à leitura. O Relatório Final foi aprovado por 10 votos favoráveis e nenhum contrário. Votos favoráveis dos Deputados Márcio Biolchi, Valdeci Oliveira, Marcelo Moraes, Gilmar Sossella, Jeferson Fernandes, Edson Brum, Gerson Burmann, Pedro Pereira, Raul Carrion e Frederico Antunes. O Deputado Gilberto Capoani também mencionou que é a favor da aprovação deste Relatório. O Deputado Frederico Antunes, com a palavra, saudou os presentes, parabenizou os trabalhos e questionou sobre a possibilidade de acrescentar, nas conclusões do Relatório Final, a questão da retomada da Usina Termo de Uruguaiana. O Presidente da Comissão esclareceu que, regimentalmente, não é possível o acréscimo ao Relatório Final, sugerindo que o Deputado Frederico Antunes apresentasse uma declaração de voto, sugestão aceita pelo Deputado, que também fez comentários sobre a falta de andamento da produção de energia e sobre as novas tecnologias que podem ser utilizadas na área. Mencionou a manutenção e fixação do homem no campo e convivência das fontes energéticas com outras áreas, citando exemplo do município de Livramento.Também abordou a retomada dos leilões para as usinas termo à carvão. O Relator e o Presidente da Comissão citaram que estas matéria são contempladas no Relatório. Após, o Deputado Márcio Biolchi declarou aprovada a ata desta reunião e, nada mais havendo a tratar, agradeceu o empenho de todos os membros da Comissão, a dedicação do Relator na feitura do Relatório Final e também a assessoria dos servidores Simone Zuliani, Bruna Cardoso, Rodrigo Vizzoto e Josué Barbosa, bem como às demais assessorias parlamentares, que acompanharam os trabalhos. Após, encerrou a reunião e os trabalhos desta Comissão, às treze horas e trinta e cinco minutos. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica, Deputado Márcio Biolchi, e por mim, Simone da Rosa Zuliani, Secretária desta Comissão. Deputado Márcio Biolchi Presidente da Comissão Simone da Rosa Zuliani Secretária