DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA DE CULTURA DE SEGURANÇA
DO HOSPITAL DONA HELENA - JOINVILLE/SC
Brach NC, Brito AMES, Mohr FE, Moraes CR, Pereira C
Associação Beneficente Evangélica de Joinville – Hospital Dona Helena
[email protected]
Descritores: cultura de segurança; segurança do paciente; gerenciamento de risco
Introdução: No Hospital Dona Helena, entendemos por Cultura de Segurança o conjunto
de valores, competências e padrões de comportamento individuais do grupo, que
determinam o compromisso, o estilo e a excelência da administração de uma organização
saudável e segura. Neste contexto, os erros e críticas são vistos como oportunidades de
melhoria e todos dentro da instituição são orientados sobre o que é aceitável e o que não
pode ser tolerável. Justificativa: A falta de padronização na tomada de ações diante de
incidentes ou eventos adversos com pacientes na instituição, levou ao desenvolvimento
de uma política interna de Cultura de Segurança, para aplicação em todo o quadro
funcional assistencial do hospital. Desta forma, a instituição torna-se responsável por
oferecer uma resposta justa e razoável ao colaborador, relacionada ao cumprimento das
normas internas e visando minimizar riscos ao paciente.
A decisão de tomar ações
punitivas é baseada no ato inseguro cometido e seus riscos, não no resultado final. Na
Cultura de Segurança, o líder é o exemplo para a equipe, estimulando todos a seguir as
rotinas corretamente enquanto os liderados exercem suas práticas com segurança dentro
de suas habilitações éticas e legais, de acordo com os valores da organização. Objetivo:
Procuramos assim, demonstrar a necessidade desta política e suas ações, como forma
de garantir segurança ao paciente e aos funcionários que o assistem. Método: Nossa
metodologia foi baseada nas evidências diárias do Hospital Dona Helena. O fluxograma a
ser seguido foi desenvolvido baseado no histórico de eventos da instituição e sua análise
realizada mensalmente por um grupo de trabalho envolvento o Gerenciamento de Risco.
Os erros mais comuns foram analisados e classificados e as condutas a serem tomadas
foram decididas baseadas nestes incidentes e sua causa raiz. As notificações de eventos
também foram complementadas, tornando o processo mais claro com a identificação de
fatores infuenciadores, como número de vínculos dos colaboradores e complexidade da
escala de trabalho. Resultados: Ainda em implantação, a política permite aos gestores
mais segurança no momento das tratativas aos seus colaboradores e a estes, mais
confiança nas condutas tomadas pelas chefias. Os incidentes/erros são passíveis de
punição, porém a pessoa envolvida no evento tem o direito de se ouvida e se defender.
Conclusão: Percebemos que as necessidades do hospital, bem como o compromisso
com os pacientes e o respeito aos colaboradores tornou a política um instrumento a favor
dos lados envolvidos, de forma a não haver injustiças em pré-julgamentos e/ou ações
impulsivas e tornando o ambiente hospitalar mais seguro para aqueles que o frequentam.
Referências:
Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais – 4ªed.
Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde – Rio de Janeiro:
CBA: 2010
GONÇALVES FILHO, Anastacio Pinto; ANDRADE, José Célio Silveira; MARINHO, Marcia
Mara de Oliveira. Cultura e gestão da segurança no trabalho: uma proposta de modelo.
Ges.
Prod.,
São
Carlos,
v.18,
n.1,
p.
205-220,
2011.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104530X2011000100015&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 15 de jan. 2015.
VIEIRA, Margareth Arpini; SILVA JUNIOR, Annor da; SILVA, Priscila de Oliveira Martins
da. Infuências das políticas e práticas de gestão de pessoas na institucionalização da
cultura de segurança. Prod., São Paulo, v.24, n.1, p. 200-211, mar. 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010365132014000100016&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 15 de jan. 2015.
Download

DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA DE CULTURA DE