Exercício físico como forma de tratamento da Síndrome Metabólica AVILA, Andrea Cely*, SILVA; Camila Lirani da**. * Fisioterapeuta graduada pela UTP ** Fisioterapeuta graduada pela UNICENTRO Resumo A síndrome metabólica (SM) é vista atualmente como uma epidemia mundial, com números alarmantes, associada a alta morbi-mortalidade cardiovascular e elevado custo sócio-econômico. Constitui um fator de risco cardiovascular, sendo caracterizada pela associação de hipertensão arterial sistêmica, obesidade abdominal, tolerância à glicose prejudicada, hipertrigliceridemia e baixas concentrações sangüíneas de HDLcolesterol, além dos estados pró-trombóticos e pró-inflamatório. No entanto, a alimentação associada a outras modificações no estilo de vida, tais como prática regular de atividade física e abandono do tabagismo, contribui para um melhor controle da doença, prevenindo suas complicações e aumentando a qualidade de vida. A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, seus fatores de risco, e outras doenças crônicas. O objetivo deste artigo de revisão foi reconhecer o efeito da reabilitação com ênfase no exercício físico sobre os fatores de risco que levam a Síndrome Metabólica. Os resultados dos artigos relacionados a atividade física e critérios da Síndrome metabólica ou plurimetabólica mostraram um papel benéfico de um programa de exercícios tanto a curto como a longo prazo de uma forma continua. Assim a prática regular da atividade física destaca-se como um importante fator de prevenção de inúmeras patologias crônico-degenerativas como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares associadas ao sedentarismo. Também deve ser combinado com a restrição alimentar e terapia de mudança comportamental como forma estratégica para redução dos fatores relacionados a síndrome. Palavras chaves: Síndrome Metabólica, exercício físico. Abstract The metabolic syndrome (SM) is currently seen as a global epidemic, with alarming numbers, coupled with high morbi-cardiovascular mortality and high cost socioeconomic. It is a cardiovascular risk factor, being characterized by the association of systemic hypertension, abdominal obesity, impaired glucose tolerance to, hypertriglyceridemia and low blood concentrations of HDL-cholesterol, in addition to the states pro-inflammatory and pro-thrombotic. However, the power associated with other changes in lifestyle, such as regular practice of physical activity and cessation of smoking, contributes to a better control of the disease, preventing its complications and increasing the quality of life. The practice of regular physical activity has been recommended for the prevention and treatment of cardiovascular disease, its risk factors, and other chronic diseases The purpose of this article was to review recognize the effect of rehabilitation with emphasis on physical exercise on the risk factors that take the Metabolic Syndrome. The results of articles related to physical activity and criteria of the metabolic syndrome or plurimetabólica showed an advantage of a program of exercises both in the short and long term in a way continues. Thus the practice of regular physical activity highlighted as a major factor for the prevention of many chronicdegenerative diseases such as diabetes, obesity and cardiovascular disease associated with sedentary. It should be combined with the restriction of food therapy and behavioral change as a way to reduce the strategic factors related to syndrome. Kew word: metabolic syndrome, exercise Introdução A SM também conhecida como síndrome X, síndrome da resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica é uma situação clínica caracterizada por um agrupamento de fatores de risco para doença cardiovascular, entre eles, a hipertensão arterial, a dislipidemia, a obesidade visceral e as manifestações de disfunção endotelial, alteração hemodinamica. Está associada a aumento de risco de evento cardiovascular a longo prazo, assim como de desenvolvimento de diabetes melito tipo 2 (DM2) (1). Devido o enorme impacto da síndrome metabólica sobre a saúde publica, nos últimos anos foi realizadas importantes investigações que são levados ao alcance o conhecimento desta síndrome complexa, pois as últimas definições existentes causam confusão e impedem comparar entre si muitos estudos realizados (3). A SM não está ainda tão bem-definida e bem-caracterizada, como se assume; cada definição existente apresenta diferentes componentes, variáveis ou fatores de risco, o que a torna por vezes confusa e ambígua. Certos autores preferem chamar, hoje em dia, essa entidade de risco metabólico ou de risco cardiometabólico, em vez de síndrome metabólica (2). Atualmente, os critérios utilizados para o diagnóstico da síndrome metabólica representam um tema bastante polêmico (4). Um dos primeiros critérios diagnósticos a serem sugeridos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçava a intolerância à glicose ou diabete tipo II, conseqüentes à resistência a insulina, como componentes essenciais para o diagnóstico, acompanhadas de pelo menos dois dos seguintes critérios: hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade ou microalbuminúria (5). O Grupo Europeu de Estudos sobre Resistência à Insulina modificou os critérios da OMS, excluindo os portadores de diabetes, sendo necessárias, por outro lado, a comprovação da hiperinsulinemia e a medida da circunferência abdominal, como avaliação da obesidade(6). Esta situação levou a Internacional Diabetes Federetion (IDF) a elaborar uma nova definição que possa estar ao alcance universal. Neste documento descreve a nova definição Universal consenso pela IDF durante o Primeiro Congresso Internacional de Prediabetes e Síndrome Metabólica, realizada em Berlim, Alemanha, em Abril de 2005 (3) e em abril de 2005, foi publicada a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2). À medida que a doença cardiovascular foi se tornando a principal causa de morbidade e mortalidade nos países desenvolvidos no transcorrer do século 20, o entendimento das bases fisiopatológicas da doença e a busca de fatores de risco que pudessem prevenir seu aparecimento foram se tornando importante foco de pesquisas nesta área. O entendimento de que a agregação de diversos fatores de risco, ligados por um elo comum que é a resistência à insulina, pudesse compor a síndrome metabólica (7). Uma interação entre RI, inflamação e obesidade é a hipótese fisiopatológica que mais amplamente unifica os diversos itens da síndrome. A resistência à insulina correlaciona-se com o grau de obesidade, especialmente a obesidade abdominal, e é forte fator preditivo para o desenvolvimento de diabetes, assim como o é a presença de processo inflamatório difuso e a obesidade. A insulina, além de seus clássicos efeitos na homeostase glicêmica, também apresenta atividades anti-inflamatórias, de forma que um estado de resistência à insulina não apenas reduz a utilização de glicose pelos tecidos insulino-sensíveis, mas também estimula a sinalização pró-inflamatória (8). Hoje é amplamente conhecido o papel da resistência à insulina (RI) como elo entre a obesidade de distribuição central, intolerância à glicose, hipertensão arterial, dislipidemia, distúrbios da coagulação, hiperuricemia e microalbuminúria, integrantes da síndrome metabólica "ampliada". A prevalência da síndrome metabólica é estimada entre 20 a 25% da população geral, com comportamento crescente nas últimas décadas. Esta prevalência é ainda maior entre homens e mulheres mais velhos, chegando a 42% entre indivíduos com idade superior a 60 anos. Indivíduos com síndrome metabólica apresentam risco 2 a 3 vezes maior de morbidade cardiovascular que indivíduos sem a síndrome. Os dados de prevalência mundial da síndrome metabólica são muito preocupantes, já que esta síndrome é preditora de diabetes e doenças cardiovasculares (10). A síndrome metabólica e a gordura visceral Em 1956, Vague já chamava a atenção para a existência de padrões distintos de distribuição da adiposidade corporal; associava ao padrão andróide, ou seja, a deposição da gordura na parte superior do corpo, relacionada com distúrbios metabólicos tais como hiperuricemia, dislipidemia e alterações do metabolismo glicérico. Atualmente, a associação da adiposidade abdominal com os componentes da síndrome metabólica está bem estabelecida (12). A deposição excessiva de gordura visceral na região abdominal, chamada de obesidade androgênica, está associada a um risco maior de eventos coronarianos, DM2 e HAS, em ambos os sexos e em diferentes etnias. Acredita-se que esse aumento no risco de complicações vasculares deve-se à heterogeneidade das propriedades metabólicas e localização anatômica dos adipócitos, as quais levariam à resistência à ação da insulina (11) A distribuição da gordura corporal é relevante, e especificamente a gordura visceral (GV) parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina (RI), característica da SM. Na última década, o tecido adiposo deixou de ser um simples reservatório de energia para se transformar num complexo órgão com múltiplas funções. A GV apresenta características metabólicas diferentes da gordura subcutânea glúteo-femoral, as quais favorecem a instalação do quadro de RI (12). A gordura localizada nas regiões mesentérica e omental é particularmente sensível ao estímulo lipolítico e face à drenagem de produto da lipólise pela circulação porta hepática propicia resistência hepática à insulina por lipotoxicidade. Além disso, em razão de sua alta capacidade lipolítica e menor sensibilidade ao estímulo antilipolítico da insulina, a gordura visceral tende a liberar maiores quantidades de ácidos graxos livres (AGL) na veia porta hepática, elevando, portanto, a disponibilidade de substratos para a produção de lipoproteínas potencialmente aterogênicas, o que aumenta seus níveis circulantes (13). A depuração hepática de insulina também recebe interferências dos ácidos graxos livres AGL, podendo responder pelas alterações da extração de insulina hepática que acompanha o excesso de gordura visceral e sua progressão para um estado de hiperinsulinemia com posterior resistência insulínica e diabetes mellitus tipo 2. Além da maior sensibilidade lipolítica, os adipócitos abdominais também apresentam maior produção de citocinas como o fator alfa de necrose tumoral (TNF-a) e interleucina-6, também associados à resistência insulínica e ao diabetes mellitus tipo 2 (14). Atualmente, sabe-se que o adipócito recebe a influência de diversos sinais, como a insulina, cortisol e catecolaminas, e, em resposta, secreta uma grande variedade de substâncias que atuam tanto local como sistemicamente, participando da regulação de diversos processos como a função endotelial, aterogênese, sensibilidade à insulina e regulação do balanço energético. Algumas dessas substâncias secretadas essencialmente pelo tecido adiposo, como a leptina, adiponectina, TNF-a entre outras, apresentam papel fundamental na sensibilidade tecidual à insulina. Também é conhecido que o adipócito, de acordo com sua localização, apresenta características metabólicas diferentes, sendo que a adiposidade intra-abdominal é a que apresenta maior impacto sobre a deterioração da sensibilidade à insulina (14). A síndrome metabólica relacionada ao endotélio O endotélio é responsável pela manutenção da homeostase vascular. A disfunção endotelial é definida como uma alteração do relaxamento vascular por diminuição da biodisponibilidade de fatores de relaxamento derivados do endotélio, principalmente o óxido nítrico (NO). Estas respostas vasomotoras anormais ocorrem na presença de inúmeros fatores de risco para a aterosclerose. A síndrome metabólica é considerada um estado de inflamação crônica que se acompanha de disfunção endotelial e ocasiona aumento na incidência de eventos isquêmicos cardiovasculares e elevada mortalidade (15). A aterosclerose e as doenças cardiovasculares têm fatores de risco irreversíveis ligados à idade, sexo e genética do indivíduo e reversíveis como o consumo de tabaco, hipertensão arterial, hiperlipidemia, obesidade e a diabetes (11). Alguns componentes da SM, tais como baixos níveis de HDL-colesterol, aumento nos níveis de LDL-pequena e densa, a hipertensão arterial e o aumento da oferta de ácidos graxos livres são fatores de risco independentes para aterosclerose e estão associados com função anormal do endotélio (15). Uma pequena porcentagem do total de LDLs plasmáticas apresenta maior carga negativa na superfície [LDL(-)], sendo uma sub-população heterogênea de partículas com maior poder de agressão ao endotélio. Origina-se da oxidação, glicação ou outros processos que alteram sua composição química, estando aumentada em indivíduos diabéticos, hipercolesterolêmicos e naqueles com doença isquêmica cardíaca. A LDLm, ao ser fagocitada pelo receptor scavenger do macrófago, transforma-o numa célula espumosa e inicia uma reação imune-inflamatória. A participação da LDLm no processo aterogênico continua até a ruptura da placa e trombogênese, quando ela induz apoptose em células endoteliais e musculares lisas, aumenta a produção de metaloproteinases que digerem a matriz, fragilizando a cápsula, e exacerba a inflamação que concorre para o desenvolvimento do trombo(16). Metabolismo da insulina A anormalidade central associada à síndrome metabólica parece ser a resistência dos tecidos periféricos à insulina, a qual pode ser definida como um estado de resposta biológica subanormal aos níveis circulantes de insulina. Nos últimos anos, identificou-se que a resistência à insulina pode ser a base etiopatogênica ou fisiopatológica de outras entidades clínicas prevalentes na população (17). É o denominador comum e antecede a instalação outras alterações (18). Resistência a descreve o estado em que existe uma resistência à insulina captação de glicose mediada por células e é central para o agrupamento de múltiplas anomalias metabólicas e síndromes clínicas. O agrupamento fenômeno foi primeiramente descrito por Kylin em 1923, quando ele descreveu o agrupamento de três síndromes clínicas: Hipertensão, hiperglicemia, e hiperuricemia (19). A resistência a insulina correlaciona-se com o grau de obesidade, especialmente a obesidade abdominal, e é forte fator preditivo para o desenvolvimento de diabetes, assim como a presença de processo inflamatório difuso e a obesidade. A insulina, além de seus clássicos efeitos na homeostase glicemica, também apresenta atividades antiinflamatórias, de forma que um estado de resistência a insulina não apenas reduz a utilização de glicose pelos tecidos insulino-sensíveis, mas também estimula a sinalização pró-inflamatória (20). A resistência insulina tem como mais importante contribuinte o excesso de ácidos graxos livres (AGL) circulantes, os quais se originam do tecido adiposo e das lipoproteínas ricas em triglicerídeos. Em acordo com as áreas anti-lipolítica e de estímulo a lipase lipoprotéica da insulina, a resistência a este hormônio é determinante da lipólise e aumento de AGL. No fígado, os AGL aumentam a produção de glicose, triglicerídeos e lipoproteínas de baixa densidade (VLDL), associando-se redução do colesterol contido na lipoproteína de alta densidade (HDL-c) e aumento da densidade das lipoproteínas de baixa densidade (LDL). No músculo, os AGL reduzem a sensibilidade á insulina, inibindo a captação de glicose insulino-mediada. O aumento da glicose circulante e liberação de AGL aumentam a secreção de insulina do pâncreas, resultando em hiperinsulinemia, a qual pode levar a retenção de sódio e aumento da atividade simpática, contribuintes da hipertensão (21). Transportador de glicose e hemostasia glicemica A ligação entre hiperglicemia e complicações microvasculares do diabetes é incontestável, especialmente apôs a publicação do estudo DCCT, ha mais de uma década atras. No entanto, o princípio de que a captação de glicose pelas células é diretamente proporcional aos seus níveis extra-celulares não é verdadeiro para muitas células e tecidos, que efetivamente apresentam redução da captação de glicose em resposta a hiperglicemia. De fato, a falha do tecido muscular e outros tecidos insulinosensíveis em aumentar a captação de glicose em face de seus níveis plasmáticos elevados È fator contribuinte para a hiperglicemia do diabetes (20). Síndrome Metabólica relacionada ao DM 1 e DM2 O diabetes mellitus (DM) é a doença metabólica mais comum e apresenta sérias implicações na qualidade de vida dos pacientes em decorrência das suas complicações microvasculares e macrovasculares. Os pacientes com DM possuem um maior risco de apresentarem doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte em ambos os tipos de diabetes (9). Defeitos na secreção de insulina, tanto pela destruição auto-imune das células beta como pela sua disfunção, são características proeminentes no DM1. Vários estudos têm documentado a perda progressiva da função das células beta durante o processo da doença, nos seus períodos pré-clínico e pós-diagnóstico. Nesse sentido, o resultado da relação entre a secreção de insulina e a ação da insulina é importante também para a compreensão dos vários estádios de progressão do DM1( 22). A perda da primeira fase de secreção de insulina (PFSI) é um marcador importante, entre os parentes de DM1 com autoanticorpos contra as células beta positivos, dos que desenvolverão a doença manifesta. Entretanto, a velocidade de progressão para a hiperglicemia persistente obedece a variações individuais. Uma parcela dessas variações na expressão da doença pode ser explicada por diferenças na sensibilidade à insulina( 22). A adolescência e a gestação são duas das condições fisiológicas de resistência à ação da insulina que podem ser responsáveis pela eclosão do DM1. A incidência de DM1 aumenta durante a puberdade e a gravidez pode levar à manifestação de um DM1 sub-clínico pré-gestacional. A resistência à insulina, associada às infecções, também pode contribuir para a deterioração da glicemia. A resistência à insulina em indivíduos com autoimunidade contra as ilhotas pode estar relacionada a fatores genéticos constitucionais ou secundários ao próprio processo da doença autoimune(23). A resistência à insulina, a autoimunidade contra as células beta e a apoptose destas células constituem os três fatores da denominada "Hipótese Aceleradora", proposta pelo Prof. T.J. Wilkin. Esta hipótese procura contemplar os fatores que estão presentes nos dois tipos mais freqüentes de diabetes, ou seja, o Diabetes Melito do tipo 2 (DM2) e do tipo 1. Dos três fatores aceleradores, um é intrínseco e dois, adquiridos. O primeiro fator acelerador é uma velocidade constitucional (intrínseca) elevada de apoptose das células beta. Esta seria necessária para o desenvolvimento do diabetes, mas raramente suficiente. O segundo fator acelerador é resistência à insulina, como resultado do ganho de peso e da inatividade física que, por diferentes mecanismos, aumentam a velocidade de apoptose das células beta e concorrem para o aumento da incidência tanto do DM1 como do DM2. Por último, o terceiro fator acelerador, é a autoimunidade contra as células beta pancreáticas(22, 23). Já o DM do tipo 2 sabidamente associa-se a vários fatores de risco cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial sistêmica (HAS), obesidade, resistência à insulina, microalbuminúria e anormalidades nos lipídios e lipoproteínas plasmáticas, caracteristicamente elevação de triglicerídeos e redução de colesterol contido na lipoproteína de alta densidade (colesterol HDL). A relação entre hiperglicemia e doença cardiovascular pode ser atribuída à prevalência elevada desses fatores de risco nos pacientes com a síndrome metabólica ou a um antecedente comum a todos esses fatores ( 24). No DM-1, um processo auto-imunológico causa destruição quase total das células b pancreáticas; a velocidade de seu desenvolvimento é variável, sendo mais lenta quando acomete indivíduos mais velhos. No DM-2 há uma disfunção das células b pancreáticas, acompanhada de diversos graus de resistência à insulina, de origem genética ainda pouco esclarecida. Neste tipo de diabetes os resultados são mais controversos; todavia, estudos cuidadosamente conduzidos verificaram redução de 50% a 60% do volume das células b relativamente ao grupo controle(25). A insulina exerce efeito trófico sobre a porção exócrina do pâncreas; desse modo, após alguns anos de evolução do DM-1, ocorre uma redução do volume pancreático. No DM2, além de essa redução ser menor, há fatores interferentes como a deposição de substância amilóide, a infiltração gordurosa e a presença de estimulantes das células b, como a resistência insulínica(25). Proteína c Um marcador da atividade inflamatória e do aumento na circulação das proteínas de fase aguda produzidas pelo fígado, é a proteína C reativa (PCR), a alfa 1 glicoproteína ácida e o fibrinogênio. A PCR é uma das proteínas de fase aguda mais sensíveis, cuja concentração aumenta significativamente durante uma inflamação aguda (26). A alfa 1 glicoproteína ácida (a1-GPA) é uma proteína de fase aguda do tipo 1, cuja secreção é regulada pela interleucina 1 (IL-1), interleucina 6 (IL-6) e do fator de necrose tumoral-a (TNF-a), importantes mediadores da resposta inflamatória e imune (26). Também tem sido proposto que o estado de hipercoagulabilidade encontrado no diabetes contribua, pelo menos em parte, para o processo de ateroesclerose. Dentre os vários fatores hemorreológicos, o fibrinogênio elevado como fator de risco no diabetes tem merecido especial atenção (27). O fibrinogênio é uma glicoproteína, componente fundamental da cascata de coagulação. Elevações em sua concentração plasmática podem ocorrer em reposta a inflamações, infecções, traumas e estresse emocional. Vários estudos têm demonstrado que o fibrinogênio é um importante e independente fator de risco para doença cardiovascular (28). O aumento de seus níveis representaria um estado de hipercoagulabilidade sangüínea (29), que contribuiria, possivelmente, para a aterosclerose acelerada nestes pacientes (30, 31). A concentração do fibrinogênio está freqüentemente elevada no diabetes, particularmente no tipo 2 e nos pacientes com complicações vasculares. Entretanto, mesmo nos diabéticos tipo1 e naqueles sem complicações vasculares, os níveis do fibrinogênio têm se mostrado elevados (30). Os diabéticos com complicações microvasculares também têm maiores níveis de fibrinogênio (33) e o controle glicêmico também parece estar relacionado às suas concentrações (34). Os diabéticos podem apresentar níveis elevados da PCR e da a1-GPA, além do fibrinogênio. A alta incidência de aterosclerose nos pacientes diabéticos faz com que a identificação dos pacientes com maior risco seja de relevante importância. Embora o aumento das proteínas de fase aguda circulantes tenha sido reportado no diabetes mellitus (26, 30, 34), as concentrações destas proteínas, especificamente no diabetes do tipo 1, ainda não foram estudadas sistematicamente. A síndrome metabólica e a obesidade A obesidade é uma doença crônica, sua incidência vem crescendo assustadoramente, e afeta não só as crianças mas também adultos e adolescente, é um fator de risco para um grande número de doenças cardiovasculares, aumenta o risco não só de doença arterial, tais como enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral, mas também de entidades que são, em parte, causada por microangiopatia, e insuficiência cardíaca. Tais associações não podem ser totalmente explicadas pela obesidade mais também associado da resistência à insulina, hipertensão ou dislipidemia. Os mecanismos responsável são susceptíveis de incluir respostas metabólicas e inflamatórias para o aumento da quantidade de gordura armazenada que podem Influenciar negativamente a fisiologia endotelial, uma condição que pode levar à formação da placa aterosclerótica (35). A obesidade contribui para o desenvolvimento de várias doenças crônicas, incluindo a doença arterial coronariana, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a dislipidemia e o diabetes melito tipo 2 (DM2), levando a um maior risco de complicações cardiovasculares e morte. O índice de massa corporal (IMC) permite avaliar a obesidade e tem sido utilizado na estratificação de risco cardiovascular e nas decisões terapêuticas relacionadas às situações clínicas associadas. Entretanto, sabe-se, desde a década de 50, que o tipo de distribuição de gordura corporal confere um risco variável de eventos cardiovasculares (36). Reaven foi um dos primeiros a observar associação entre o excesso de peso e baixa sensibilidade à atuação da insulina, sendo, atualmente, a obesidade um fator de risco bem reconhecido para o desenvolvimento de resistência à insulina (RI). Um fator associado à RI em obesos é o aumento da concentração de ácidos graxos livres (AGLs). Altos níveis de AGLs são comumente observados em indivíduos obesos e podem interferir na utilização da glicose, através da diminuição da atividade da enzima glicogênio-sintase e aumento nos depósitos de triglicerídeos intramuscular (37). Evidências recentes sugerem que a combinação entre restrição alimentar e prática regular de exercícios físicos, associada à terapia de mudança comportamental, apresentam-se como prática efetiva no tratamento da obesidade, e que o exercício constitui-se como uma importante estratégia na melhora da sensibilidade insulínica (37). Exercício físico A inatividade física e baixo nível de condicionamento físico têm sido considerados fatores de risco para mortalidade prematura tão importantes quanto fumo, dislipidemia e hipertensão arterial. Estudos epidemiológicos têm demonstrado forte relação entre inatividade física e presença de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade. Por outro lado, a prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, seus fatores de risco, e outras doenças crônicas (38). Em relação ao exercício físico, há evidências científicas consistentes de que sua prática regular traz amplos benefícios para a saúde física e mental. A atividade física pode influenciar de maneira positiva a composição corporal por meio de vários mecanismos, pois promove o aumento do gasto energético total, equilíbrio na oxidação dos macronutrientes e preservação da massa magra. Os efeitos no metabolismo energético vão depender do tipo, da intensidade, da duração e da freqüência do exercício desempenhado (39). Para CIOLAC, na prática ou prescrição de treinamento físico com o objetivo de obter algum efeito fisiológico de treinamento, seja ele a melhora do condicionamento físico ou a prevenção e tratamento de doenças, devem-se levar em consideração quatro princípios básicos. O primeiro é o princípio da sobrecarga, que preconiza que, para haver uma resposta fisiológica ao treinamento físico, é necessário que esse seja realizado numa sobrecarga maior do que a que se está habituado, a qual pode ser controlada pela intensidade, duração e freqüência do exercício. O segundo é o princípio da especificidade, que se caracteriza pelo fato de que modalidades específicas de exercício desencadeiam adaptações específicas que promovem respostas fisiológicas específicas. O terceiro é o princípio da individualidade, pelo qual deve-se respeitar a individualidade biológica de cada indivíduo na prescrição de um determinado programa de exercícios, pois a mesma sobrecarga e modalidade de exercício irá provocar respostas de diferentes magnitudes em diferentes indivíduos. O quarto e último princípio é o princípio da reversibilidade, que se caracteriza pelo fato de que as adaptações fisiológicas promovidas pela realização de exercício físico retornam ao estado original de pré-treinamento quando o indivíduo retorna ao estilo de vida sedentário (41). Discussão Reaven foi um dos primeiros a observar associação entre o excesso de peso e baixa sensibilidade à atuação da insulina, sendo, atualmente, a obesidade um fator de risco bem reconhecido para o desenvolvimento de resistência à insulina (RI). Um fator associado à RI em obesos é o aumento da concentração de ácidos graxos livres (AGLs). Altos níveis de AGLs são comumente observados em indivíduos obesos e podem interferir na utilização da glicose, através da diminuição da atividade da enzima glicogênio-sintase e aumento nos depósitos de triglicerídeos intramuscula (37). Em alguns trabalhos sugerem que a combinação entre alimentar e prática regular de exercícios físicos, associada terapia psicologica, apresentam-se como prática efetiva no tratamento da obesidade, e que o exercício constitui-se como uma importante estratégia na melhora da sensibilidade insulínica (37). MEDIANO et al. cita que trabalhos mais recentes não têm confirmado alterações na sensibilidade à insulina entre indivíduos que realizaram apenas dieta e outras que realizaram dieta e exercício físico, que efeitos do treinamento físico na ação da insulina e captação de glicose ainda não estão totalmente esclarecidos. Declara que o exercício físico possui importante função na melhora do metabolismo de lipídeos durante a atividade, devido ao aumento na oxidação dos ácidos graxos e uma melhora da capacidade oxidativa da musculatura esquelética. Mas no resultados se sua pesquisa realizado com 40 participantes do sexo feminino, concluiu que o exercício físico promoveu maior redução no peso e melhora na aptidão física se realizado com freqüência, que apesar da dieta e apoio psicológico, o exercício físico não altera o perfil lipídico e a sensibilidade insulínica. Já GUEDES et al. realizou seu trabalho em uma amostra constituída por 361 sujeitos (196 mulheres e 165 homens) com idades entre 20 e 60 anos. Os achados revelaram que, em ambos os sexos, os níveis plasmáticos de HDL-colesterol e VLDLcolesterol não apresentaram diferenças significativas entre os grupos de prática habitual de atividade física. Os valores de triglicerídeos, colesterol sérico total e LDLcolesterol foram significativamente diferentes em mulheres e homens, porém o comportamento de variação foi diferente nos dois sexos. Como conclusão, os resultados sugeriam que havia um significativo impacto no perfil lipídico em adultos de ambos os sexos que realizavam exercício físico rigorosamente, independentemente da idade e das variações do peso corporal. Os efeitos do condicionamento físico sobre o perfil lipídico dos portadores de diabete tipo 1 são variáveis e avaliados em estudos pequenos e não-controlados. Um ensaio clínico randomizado, incluindo homens adultos submetidos a um programa de exercício físico aeróbico, durante 12 a 16 semanas, confirmou que, apesar de o exercício estar relacionado ao condicionamento físico, sua prática tem maior relevância sobre o metabolismo lipídico, diretamente relacionado aos índices de gordura corpórea (15). Para Forjaz o diabete melito é uma patologia na qual ocorrem alterações endócrinas importantes, que modificam os níveis insulinêmicos e, portanto, podem alterar as respostas ao exercício físico. No indivíduo saudável, durante e após o exercício físico ocorre aumento na captação de glicose, que é contrabalançado por aumento na produção endógena de glicose, fazendo com que a glicemia não se altere. Entretanto, no indivíduo diabético com deficiência de insulina, o exercício físico pode aumentar a glicemia e a cetose. Por outro lado, no indivíduo diabético com excesso de insulina, o exercício pode provocar hipoglicemia. Alguns cuidados como a suspensão do exercício na presença de hiperglicemia e/ou cetose, a redução da dose de insulina e o aumento da ingestão de carboidratos nos dias de exercício podem evitar esses problemas (38). O treinamento aeróbio, embora aumente a sensibilidade à insulina, melhorando o quadro patológico do indivíduo diabético do tipo II, por si só, não altera o controle metabólico do diabético do tipo I. No entanto, ele pode trazer outros benefícios a esses dois grupos de pacientes, tais como melhora da capacidade aeróbia, diminuição dos lípides plasmáticos e redução da pressão arterial, prevenindo, portanto, doenças cardiovasculares. Dessa forma, as atividades físicas esportivas e recreacionais devem ser executadas pelos indivíduos diabéticos, desde que algumas preocupações sejam adotadas para se reduzir os riscos de problemas agudos durante e após os exercícios (40). A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas por diferentes associações de saúde no mundo, como o American College of Sports Medicine, os Centers for Disease Control and Prevention, a American Heart Association, o National Institutes of Health, o US Surgeon General, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre outras. Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e a presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na síndrome metabólica. Entretanto, tem sido demonstrado que a prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos na prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade (38). Estudos epidemiológicos e de coorte têm demonstrado forte associação entre obesidade e inatividade física. Esses estudos demonstram que os benefícios da atividade física sobre a obesidade podem ser alcançados com intensidade baixa, moderada ou alta, indicando que a manutenção de um estilo de vida ativo, independente de qual atividade praticada, pode evitar o desenvolvimento dessa doença. CIOLAC comenta que o condicionamento físico deve ser estimulado para todos, pessoas saudáveis e com múltiplos fatores de risco, desde que sejam capazes de participar de um programa de treinamento físico. Assim como a terapêutica clínica cuida de manter a função dos órgãos, a atividade física promove adaptações fisiológicas favoráveis, resultando em melhora da qualidade de vida (40). Segundo SIXT et al, apesar de, até agora, não existir prova de que a disfunção endotelial leva à arteriosclerose, foi mostrado que a disfunção endotelial está associada com o aumento da mortalidade cardiovascular. A disfunção endotelial pode ser melhorada pela prática intensa de exercícios físicos. Não apenas o óxido nítrico (NO) age antiaterogenicamente, como também a falta de NO tem efeito pró-aterogênico (39). Se isso se aplica ou não ao diabetes está atualmente ainda esta sendo examinado. BAHIA et al relata que a presença de disfunção endotelial parece ser o primeiro passo na progressão da arteriosclerose. O início e a progressão do processo aterosclerótico são regulados por mecanismos inflamatórios, e a resistência insulínica interfere na cascata inflamatória, e a SM está relacionada ao aumento na circulação sanguínea de marcadores inflamatórios, caracterizando um estado de inflamação crônica subclínica acompanhado de elevados níveis plasmáticos de proteína C-reativa. Conclusão Os resultados dos artigos relacionados a atividade física e critérios da Síndrome metabólica ou plurimetabólica mostraram um papel benéfico de um programa de exercícios tanto a curto como a longo prazo de uma forma continua. Agudamente, a atividade física tem a propriedade de aumentar a captação de glicose pelas células musculares, e o exercício sustentado induz aumento na sensibilidade à insulina que e um principal contribuinte da síndrome metabólica associado a outros fatores de risco. Também deve ser combinado com a restrição alimentar e terapia de mudança comportamental como forma estratégica para redução dos fatores relacionados a síndrome. Assim como na população em geral o exercício físico tem vários efeitos benéficos sobre fatores de risco cardiovascular coadjuvante a outras patologias. Bibliografia 1. ISOMA B, ALMGREN P, TUOMI T, FORSEN B, LAHTI K, NISSEN M, et al. Cardiovascular morbidity and mortality associated with the metabolic syndrome. Diabetes Care 2001;24:683-9. 2. LUNA, Rafael Leite. Síndrome metabólica. Arq. Bras. Cardiol. , São Paulo, v. 88, n. 5, 2007 . 3. International Diabetes Federation. The IDF consensus worldwide definition of the metabolic syndrome. 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