FORÇA DE MORDIDA NAS DEFORMIDADES DENTOFACIAIS Biting strength dentofacial deformity Janaina Bueno da Silva, Simone Cecilio Hallak Regalo, Francisco Verissimo de Mello-Filho, Luciana Vitaliano Voi Trawitzki Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo Ribeirão Preto – SP – Brasil Artigos originais de pesquisa Indivíduos com deformidades dentofaciais podem apresentar alterações mastigatórias evidentes e comprometimentos na força de mordida. O objetivo do presente estudo foi verificar se a deformidade dentofacial influencia na força de mordida isométrica máxima (FMIM), comparativamente a um grupo controle (GC) em relação ao gênero, ao lado de mordida, ao padrão classe II e classe III e ao Índice de Massa Corpóreo (IMC). Participaram do estudo, voluntariamente, 125 pacientes, adultos, atendidos em um hospital terciário, 44 deles com o diagnóstico confirmado de classe II, 13 homens e 31 mulheres, média de idade de 27 anos, nomeados GII e 81 pacientes classe III, 35 homens e 46 mulheres, média de idade de 25 anos, nomeados GIII, todos em preparo para a cirurgia ortognática. Também participaram do trabalho 50 voluntários adultos, 17 homens e 33 mulheres, média de idade de 22 anos, sem alterações na oclusão dentária (classe I) e sem sinais clínicos de disfunção da ATM, formando o GC. As medidas de FMIM foram feitas por meio de um dinamômetro eletrônico, posicionado na região dos dentes molares dos indivíduos, nos dois lados da arcada dentária, alternadamente, e os indivíduos foram instruídos a mordê-lo o mais forte possível, sendo o valor registrado em kgf. Foram selecionados indivíduos com boa compreensão da linguagem oral, sem déficits cognitivos e neuromusculares. Na análise estatística foi utilizado o Modelo de Efeitos Mistos e o Teste de Correlação de Pearson. O gênero influenciou na FMIM, tanto em indivíduos controles quanto naqueles com deformidades dentofaciais. Os homens apresentaram os valores maiores de FMIM. Houve diferença entre os lados para a FMIM (p<0,05), sendo observados valores maiores de força no lado esquerdo para o GII em ambos os gêneros e para os grupos GIII e GC no gênero feminino. Não houve diferença (p>0.05) nos valores de FMIM entre as diferentes deformidades dentofaciais (classe II e classe III), entretanto, seus valores foram menores do que os valores dos indivíduos controles, Não houve influência do IMC na FMIM em nenhum dos grupos estudados. O gênero e a deformidade (independente do seu padrão) influenciaram na FMIM. Descritores: força de mordida; má oclusão; deformidades