Resumo MUDANÇAS TEMPORAIS NA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E NA DIVERSIDADE DE UM GRADIENTE FLORESTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO EM UM PERÍODO DE 10 ANOS (1997-2007) Autores: Ana Paula de Oliveira (1), Francyelen Fernandes de Souza Faria (2), Sérgio de Faria Lopes (1), Vagner Santiago do Vale (1), Ivan Schiavini (1) Filiação: 1. Universidade Federal de Uberlândia, Pós-Ecologia e Conservação de Recursos Naturais Renováveis, C.P. 593, 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil, 2. UEMG Fundação Educacional de Ituiutaba, Depto. Ciências Biológicas, Ituiutaba, MG, Brasil Palavras Chave: dinâmica, vegetação, formações florestais do cerrado Resumo: O estudo foi realizado em um gradiente florestal constituído de três fitofisionomias (mata de galeria - MG, floresta estacional semidecidual - FES e cerradão) na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais. O objetivo do trabalho foi comparar a composição florística e a diversidade da comunidade arbórea entre os três levantamentos realizados (1997, 2002 e 2007). A riqueza de espécies diminuiu pouco ao longo dos três levantamentos (162, 160 e 151 espécies, respectivamente) não influenciando nos valores do índice de Shannon. As formações florestais estudadas apresentaram entradas e saídas de espécies da amostragem, e movimentações em posições do Índice de Valor de Importância (IVI), principalmente para as comunidades de cerradão e FES. Campomanesia velutina Berg., Chrysophyllum marginatum (Hook & Corn.) Radlk., Cupania vernalis Camb. e Lithrea molleoides (Vell.) Engl. estão perdendo sua importância na comunidade devido à elevada mortalidade que vêm sofrendo (9,4, 4,5, 4,3 e 13,0%.ano-1 em 2007, respectivamente). Alibertia sessilis (Vell.) Schum. apresentou aumento expressivo nos valores de recrutamento (5,1 a 7,3%.ano-1 em 2002 e 2007, respectivamente), o que resultou na ocupação do primeiro lugar em relação ao IVI para o gradiente. Na área de estudo foi observada redução do número de indivíduos entre os períodos de medição, com exceção do cerradão. Os valores de área basal se mantiveram aproximadamente constantes entre os levantamentos para a MG (27,7 a 28,0 m2/ha) e para a FES (23,7 a 23,7 m2/ha), ocorrendo um aumento para o cerradão (22,5 a 27,0 m2/ha). O cerradão também apresentou destaque na mudança da composição florística tornando-se uma fisionomia mais florestal ao longo do tempo. Provavelmente, por estar localizado na borda do gradiente constituindo um ecótono, isso permitiu uma maior entrada de luz e proporcionou o aumento nessas medidas (FAPEMIG)