68 AMELOBLASTOMA ACANTOMATOSO EM CÃO (Canis familiaris). Maria Aparecida da Silva1; Raphael Mansur Medina1; Rachel Bittencourt Ribeiro1; Hassan Jerdy Leandro1; Eulógio Carlos Queiróz de Carvalho1 1 Universidade Estadual do Norte [email protected] Fluminense Darcy Ribeiro. E-mail: Os ameloblastomas (também conhecidos por épulis) são neoplasias originadas do estroma do ligamento periodontal. O ameloblastoma acatomatoso é o tipo maligno, mais agressivo localmente, infiltrativo que frequentemente invade o osso alveolar e leva a perda do dente. A etiologia desse tipo neoplásico ainda está pouco esclarecida, mas se apresenta como proliferações gengivais firmes e vesiculares, únicas ou múltiplas, coloração avermelhada, indolores, circulares, densas, róseas, muitas vezes ulceradas e de crescimento lento, que se forma junto ao colo dentário, devendo ser diferenciadas histologicamente de hiperplasia gengival. Objetivou-se com este trabalho relatar dois casos de ameloblastoma acantomatoso em cão. Foi encaminhado para o Setor de Patologia Animal, do Hospital Veterinário, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro material de dois caninos, fêmeas, uma da raça Pinscher e a outra SRD, ambas sem a idade revelada, para exame histopatológico. Os fragmentos para a histopatologia foram colhidos da gengiva da Pinscher (1) e da região de mandíbula na SRD (2). O material estava fixado em formalina neutra tamponada a 10% e foi processado por inclusão em parafina, conforme métodos histotécnicos de rotina. Cortes com 5 μm de espessura obtidos em micrótomo rotativo foram corados pelos métodos de hematoxilina-eosina (HE). A microscopia em HE revelou: na tumoração gengival (1) proliferação de fibroblastos estrelados permeados por pontes de epitélio odontogênico não queratinizado com células em paliçada na periferia e formação acantolítica central, moderada quantidade de colágeno e focos de mineralização e, na mandíbula (2) cordões de epitélio odontogênico interligados, com células em paliçada na periferia e acantolíticas na porção central, com porção mesenquimal bem celularizada, constituída por fibroblastos, ora fusiformes ora estrelados, permeados por numerosas fibras de colágeno. Diante dos achados histopatológicos foi possível concluir que tanto a lesão em gengiva quanto a em mandíbula, tratavam-se de ameloblastoma acantomatoso. Palavras chave: Gengiva; mandíbula; histopatologia.