UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL Por: Keneluci Mendonça da Silva Orientador Profª. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2008 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Keneluci Mendonça da Silva 3 AGRADECIMENTOS A família, amigos e professores que colaboraram trabalho. para realização deste 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a minha mãe, que está presente em todos os momentos da minha vida. 5 RESUMO Esta pesquisa tem por objetivo demonstrar a importância e a necessidade da motivação humana no tempo em que vivemos onde as recentes tecnologias têm delineado uma realidade na qual milhões de trabalhadores têm sido expurgados do processo produtivo, ocasionando, portanto, a eliminação de várias categorias e a diminuição drástica de outras, que precisaram ser reestruturadas. Diante deste cenário rotineiramente as pessoas ao procurarem emprego, negam seus valores, perdem até sua identidade no sentido de conseguir a vaga que lhes dará condição de sobreviver e conseqüentemente tornam-se trabalhadores desmotivados. 6 METODOLOGIA Esta pesquisada foi elaborada com base em leitura de livros específicos, e artigos referente ao tema motivação nas organizações. Os principais autores utilizados foram: Cecília W Bergamini, Idalberto Chiavenato, Walmir Rufino da Silva, Cláudia M Cruz Rodrigues e Scott Hunter. No decorrer deste trabalho pode-se observar a necessidade e importância da motivação para desenvolvimento do indivíduo e produtividade das instituições. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I – Motivação nas Organizações 9 CAPÍTULO II – Motivação Extrínseca 14 CAPÍTULO III – Motivação Intrínseca 20 CONCLUSÃO 33 ÍNDICE 36 8 INTRODUÇÃO Este estudo tem o objetivo de desenvolver a importância da motivação dos funcionários para alcance dos objetivos definidos pela organização, pois afinal os recursos humanos são insubstituíveis e para atingir eficiência é necessário que estejam bem motivados. A cada dia a competitividade no mundo dos negócios aumenta obrigando as empresas a viver em continuo processo de transformação, o que é um grande desafio para os seus gestores em um mundo de informações onde a tecnologia avança todos os dias. No decorrer dos anos o trabalho também passou por constantes modificações. A promessa de um emprego estável passou a ser mais difícil de alcançar. O trabalho tem perdido a centralidade na vida das pessoas como referencial de auto-estima, pois muitos precisam aceitar qualquer tipo de atividade para garantir a sobrevivência, não sendo possível questionar se ela atende ou não às expectativas motivacionais individuais. Dentro de tantas mudanças no cenário do trabalho as organizações passaram a ter maior preocupação com a questão da motivação, pois são as pessoas que movem uma organização e é a partir das ações e comportamentos que os resultados poderão ou não ser alcançados. 9 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 1.1 Conceito O estudo da motivação é uma procura de explicações para alguns mistérios da existência humana, suas próprias ações. Ao consideramos qualquer ação humana isolada e perguntarmos quais os seus elementos determinantes estamos buscando respostas para o que motivou a pessoa a fazer tal ação. A motivação do ser humano envolve um procedimento cuja origem e processamentos se fazem dentro da própria via psíquica. Constitui um fenômeno essencialmente psicológico. Podemos definir motivação como a força propulsora por trás das ações de uma pessoa. É responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços para o alcance de um determinado objetivo e está diretamente relacionada com as necessidades de cada pessoa, necessidades estas que variam de indivíduo para indivíduo. Podemos dizer também que motivação refere-se a força que energiza, dirige e sustenta os esforços de um indivíduo. Todo comportamento, exceto reflexos involuntários como o piscar de olhos, é motivado. Segundo Bergamini (apud Silva e Rodrigues, 2007, p.7), o termo motivação é geralmente empregado como sinônimo de forças psicológicas, desejos, impulsos, instintos, necessidades, vontade, intenção etc. 10 Gooch e McDowell (apud Bergamini, 2006, p. 82) definem motivação da seguinte forma: “A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é estimular a outra pessoa. A probabilidade de que uma pessoa siga a orientação de ação desejável está diretamente liga à força de um desejo.” As pessoas são diferentes não apenas em sua capacidade, mas também em sua “vontade” ou motivação. Todos possuem motivação para alguma coisa e são diferentes entre si. Uma pessoa motivada para trabalhar pode não ter a mesma motivação para estudar. O não-atendimento da necessidade ou desejo do indivíduo ameaça a integridade tanto física como psicológica, uma vez que rompe o equilíbrio homeostático do organismo. Esse equilíbrio é o estado procurado pelo indivíduo para conseguir condições propícias à manutenção da vida no seu meio ambiente. Isso explica por muitas vezes as pessoas não fazem o que lhes foi pedido. Em outras palavras, isso ocorre porque essas pessoas não gostariam de estar fazendo determinado tipo de trabalho. Daí, entenderemos que a pessoa não consegue em hipótese alguma motivar alguém; o que ela pode fazer é, no máximo, estimula-a. A motivação de uma pessoa depende da força de seus motivos. Os motivos são ás vezes, definidos como necessidades, desejos ou impulsos no interior do indivíduo. Os motivos são dirigidos para objetivos; fundamentalmente, os motivos ou necessidades são a mola da ação da motivação. Motivação é um fenômeno que depende de inúmeros fatores para sua existência, dentre eles, o cargo em si, ou seja, a tarefa que a pessoa executa, 11 suas características individuais e, por último, os resultados que este trabalho pode oferecer. Portanto, a motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa, estando geralmente ligada a um desejo. Dessa forma, suas fontes de energia estão dentro de cada ser humano. 1.2 Histórico Antes da Revolução Industrial a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando assim um ambiente generalizado de medo das conseqüências de um trabalho que não tivesse alcançando as metas definidas pelo empregador. Com a Revolução Industrial adotou-se a crença de que em lugar da punição o dinheiro seria uma importante fonte de incentivo à motivação. Acreditou-se que os trabalhadores escolheriam os seus empregos não pelo tipo de trabalho ou pelo conteúdo dos cargos, mas principalmente com base remuneração oferecida por este. O funcionário passou a ser pago em função da produção, com salários adicionais. No entanto, perceberam os colaboradores que não podiam produzir além de certo nível, pois não podiam exceder as demandas do mercado, já que seriam despedidos. Entrou em questão a necessidade de segurança. As verdadeiras necessidades da motivação humana começaram a aparecer, e a administração científica chegou a ter um número crescente de fracassos. Surgiu então Elton Mayo que foi chamado para resolver fracassos em uma indústria. Mayo realizou uma série de experiências, reconhecendo que os colaboradores buscavam mais do que dinheiro no trabalho e necessitavam de outros estímulos. Verificou que eles desejavam pertencer a um grupo e ser considerados como membros significativos do mesmo. Muitos incentivos como 12 segurança, estima, interesse pelo trabalho e êxito passou a ser incluído no contexto do trabalho. Mayo iniciou, assim, o movimento de relações humanas. Essa abordagem surgiu com os resultados da experiência de Hawthorne, realizada na década de 1930 para pesquisar o efeito das condições ambientais sobre a produtividade do pessoal, no sentido de dar importância ao fator humano na organização e a necessidade de humanização e democratização das organizações. As principais conclusões de Hawthorne foram: - O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; - O operário não reage como indivíduo isolado; - A tarefa da administração é formar líderes capazes de compreender, comunicar e persuadir; - A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade do trabalho em equipe. Com o impacto da “Teoria das Relações Humanas”, os conceitos antigos, tais como: organização formal, disciplina, departamentalização; passa a ceder lugar para novos conceitos como organização informal, liderança, motivação, grupos sociais, recompensas e etc. São muitas as teorias da motivação. Provavelmente, o modelo da motivação mais difundido e mais importante seja o estudo de Abraham Maslow, com sua “Teoria da Hierarquização de Necessidades. De acordo com sua pesquisa apenas as necessidades não satisfeitas são fontes de motivação. Abaixo podemos verificar os principais pesquisadores sobre a motivação e suas contribuições para o estudo desse tema tão polemico: - Whyte e Taylor: Estudaram a influência do dinheiro sobre o processo de motivação. 13 - Mayo: Iniciou o movimento das relações humanas. - Maslow: Formulou a teoria sobre “hierarquia” de necessidades. - Alderfer: Desenvolveu a teoria ERG da motivação - Herzberg: Sugeriu uma distinção entre os fatores higiênicos e motivacionais no trabalho para melhor compreensão da motivação do trabalho nas organizações. - Mc Gregor: Formulou a teoria X e Y, sugerindo dois extremos da motivação. - Vroom: Defendeu a teoria das expectativas; o modelo cognitivo de motivação, as contribuições da personalidade para a motivação. - Adams: Desenvolveu a teoria da equidade. - Mc Clelland: Deu ênfase no poder como fator de motivação. É possível concluir que a preocupação com o aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho represente um fato bastante recente. Antes, o desafio era descobrir aquilo que deveria ser feito para motivar as pessoas, mas recentemente a preocupação muda de estilo. Passa-se a observar que cada um trás em si, de alguma forma, suas próprias motivações. Aquilo que passou a ser mais interessante é encontrar e adotar recursos organizações capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes aos indivíduos. A autora Bergamini ressalta (2006, p 24) que todo esforço da administração dá mostras de estar voltado para a compreensão da natureza complexa dos padrões motivacionais. Assim sendo, há condições de que os objetivos individuais e organizacionais possam caminhar lado a lado. 14 CAPÍTULO II MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA O tema motivação humana recebeu importância e lugar de destaque entre os pesquisadores e devido ao grande interesse despertado fizeram com que esse assunto passasse a ser utilizado com os mais diferentes significados. Tal fato precipitou o mais decisivo passo para o estabelecimento de uma confusão generalizada dentre desse campo de conhecimento. A motivação tem representado o ponto de partida que maior contingente de informação tem oferecido para se chegar a compreender melhor o comportamento das pessoas. As inúmeras iniciativas empregadas para que fosse possível ter mais conhecimento sobre a motivação acabaram por ocasionar a exploração do tema sob múltiplos ângulos diferentes de pesquisa científica. Com diversos estudos a respeito do mesmo tema, pode parecer que certo enfoque defendido por uma teoria em especial conduzisse a conclusões capazes de substituir as demais abordagens. Isso não pode ser considerado verdade. As diversas teorias existentes não se anulam, pelo contrário, elas se complementam e contribuem para o delineamento de uma visão mais abrangente do ser humano enquanto tal, tendo em vista a natural complexidade que o caracteriza. É importante considerar que os comportamentos e ações de cada pessoa não possuem o mesmo ponto de origem. O modo de agir das pessoas pode ser uma resposta a estímulos vindos do meio ambiente, do consciente ou do seu mundo inconsciente. Portanto temos que considerar esses três pontos diferentes que têm a propriedade de dar origem ao comportamento humano. 15 Com base no relatado podemos concluir que não existe uma única teoria que seja capaz de mostrar todas as características próprias da psicodinâmica motivacional de uma só vez. Com o tempo, a motivação humana adquiriu diferentes interpretações. 2.1 Condicionamento X Motivação “Assim, estritamente falando, a teoria do reforço não é uma teoria sobre motivação, porque em si mesma, ela não diz respeito àquilo que energiza ou inicia o comportamento” (Steer e Porter, apud Bergamini, 2006, p. 39) Muitos teóricos acadêmicos e administradores afirmam que o comportamento motivado é influenciado pelas variáveis do meio ambiente. Embora para a ciência comportamental essa denominação seja em princípio incorreta é útil conhecer o que defendem os psicólogos behavioristas e comportamentalista sobre o comportamento condicionado. Os pesquisadores dessa escola pressupõem que o modo de agir das pessoas pode ser planejado, modelado ou mudado por meio de recompensas ou punições. Acredita-se que a premiação por algum comportamento desejável, feedback positivo, estimula a continuidade do mesmo e a punição por ter um comportamento indesejável, feedback negativo, tem o pode de diminuir a freqüência de tal atitude. Tratando-se de comportamento organizacional, alguns estudos da linha comportamental sugerem que a atração do empregado pelas recompensas externas tem poder para determinar um desempenho satisfatório. Por isso, esses estudos advertem que se deve evitar o quanto possível a utilização de punições, ou seja, conseqüências negativas. A base teórica concebida pelas 16 teorias comportamentalistas como motivação deve ser mais corretamente entendida como uma forma de condicionamento. Alguns autores se referem a ela dando-lhe o nome da motivação extrínseca. Para essas teorias, motivação é sinônimo de condicionamento. Milhollan e Forisha (apud Bergamini, 2006, p.40) afirmam: “A orientação comportamentalista considera o homem um organismo passivo, governado por estímulos fornecidos pelo ambiente externo. O Homem por ser manipulado, isto é, seu comportamento por ser controlado através de adequado controle dos estímulos ambientais. Além disso, as leis que governam o homem são primordialmente iguais às leis universais que governam todos os fenômenos naturais. Portanto, o método científico, tal como desenvolvido pelas ciências físicas, é também apropriado para o estudo do organismo humano. A visão da motivação defendida pelos comportamentalista representa aquele típico enfoque no qual é defendido o determinismo no estudo da conduta de cada pessoa, negando a liberdade comportamento humano do ser humano. Nesta situação, o representa simples respostas aos estímulos ambientais, não tendo lugar para pensamentos sobre automotivação. Bergamini (2006) relata em seu livro que a base teórica concebida pelas teorias comportamentalistas como motivação deve mais corretamente entendida como uma forma de condicionamento. De uma maneira geral, há concordância entre os autores quando não consideram, tais teorias como suficientemente explicativas do comportamento motivacional na sua forma mais natural. 2.2 Condicionamento operante É uma teoria elabora por Skinner (1971) que pertence à corrente behaviorista em Psicologia. Em seu referencial teórico, reforma o conceito de recompensa com os elementos de reforço positivo e reforço negativo, 17 elementos estes que considera como capazes de estruturar ou de extinguir determinados tipos de comportamentos. Skinner observou em sua experiência com ratos e pombos que a cada vez que os animais recebiam alimento porque acionava certo dispositivo eles repetiam o comportamento por terem sido recompensados com a comida. Tal acontecimento foi chamando então pelo autor como “Reforço Positivo”. Em outro momento da experiência os animais ao invés de receberam alimento por repetirem o movimento que acionava o dispositivo recebiam uma descarga elétrica. O comportamento antes reforçado positivamente passa a ser punido. Nessas circunstâncias, após algumas tentativas, os animais deixam de realizar as mesmas ações. A está reação foi dado o nome de “Reforço Negativo”. No decorrer da experiência de Skinner surge um novo conceito de aprendizagem. Segundo este os animais vão armazenando em seu repertório psíquico, aqueles eventos condicionados e sua conseqüência, seja ela boa ou ruim. Desta forma haverá uma recordação dos comportamentos praticados fazendo com que haja a repetição (positivo) ou desaparecimento (negativo) do comportamento. Conforme Skinner, à semelhança do que ocorre com os animais de sua experiência, a personalidade humana também pode modelada através do controle dos reforçadores positivos e negativos existentes no ambiente externo. Desta forma pode-se induzir uma pessoa a adotar qualquer tipo de reação comportamental, basta que os estímulos sejam manipulados de forma correta. Utilizando esse modelo ao comportamento humano, será possível modelar o comportamento de forma previsível. Os teóricos que defendem esta tese acreditam que todos os homens podem ser controlados desde que haja a 18 manipulação adequada das variáveis do meio ambiente. Para que isso ocorra é importante que se perceba em que posição está quem está manipulando e quem está sendo manipulado As teorias inspiradas no condicionamento operante mostram de maneira clara, como se desenvolve o comportamento reativo que leva ao simples movimento. A ação empreendida, neste caso, não pose ser reconhecida como motivação. O comportamento das pessoas neste caso é dirigido por quem está no papel de controlador das variáveis externas sejam elas recompensatórias ou punitivas. De acordo com os teóricos comportamentalistas, a reação representa um comportamento que foi sendo conseguido e incorporado aos sistemas de atitudes independentemente da consciência ou vontade da pessoa controlada. Em tal situação seria inadequado dizer que a pessoa estivesse sendo motivada por outra. O mais correto seria admitir que esta pessoa está sendo colocada em movimento por meio da construção de um sistema de hábitos anteriormente convencionados como aceitáveis pela pessoa do condicionador. Através das condições sujeitas à pessoa é possível conseguir que elas façam aquilo que se pretende, independentemente da sua liberdade ou dignidade. Para Skinner a dignidade é simplesmente ligada aos reforçadores positivos, isto é, o autoconceito depende em muito das conseqüências favoráveis de uma ação. Quanto mais freqüentes elas forem, mais elevado será o sentimento de dignidade pessoal. E importante e indispensável considerar que os princípios das teorias comportamentalistas não levaram em conta que a individualidade de cada pessoa, assim pressupõe que todos reagiram da mesma forma quando exposto ao mesmo tipo de esforço. Ignorando a diferença entre as pessoas, negam que elas tenham opções pessoais podendo por iniciativa própria muda de emprego. 19 A doutrina behaviorista pauta-se pela suposição de que todos os homens tornam-se iguais quando submetidos às mesmas condições ambientais. 20 CAPÍTULO III MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA “Explicar a motivação pela satisfação dos trabalhadores constitui um erro ou, pelo menos, uma grosseira aproximação de um desencadeamento complexo de fenômenos que são, ao mesmo tempo, causa e efeito que se sucedem com intervalos irregulares de tempo e são beneficiados por condições externas específicas.” (Lévy-Leboyer, apud Bergamini, 2006, p. 83) Grande parte dos estudos divulgados a respeito da motivação humana concentrou-se à pesquisa dos fins ou objetivos motivacionais que é o desejo da maioria das pessoas. Estes estudos embora úteis de alguma forma dedicaram-se a aspectos mais superficiais. O mais importante para eles era conhecer o que motiva, em lugar de investigar como se dá o comportamento motivacional. Estes pesquisadores procuravam conhecer os fatores que deveriam ser considerados como os principais determinantes dos mais diferentes níveis de satisfação no trabalho. “Acreditou-se assim que a técnica de “estimular” ou “ provocar” a motivação por meio de “recompensas” seria as principais responsáveis pela maior ou menor ligação entre a produtividade atingida e o esforço despendido pelo trabalhador. Conforme a autoria Bergamini (2006, p.82) afirma “a ênfase dada às medidas de compensação pelo bom desempenho foi tão acentuada que a satisfação passível de ser conseguida pelo trabalho acabou sendo confundida com a própria motivação para executá-lo.” Confundir a motivação com a 21 antecipação das recompensas desejadas pelos indivíduos constitui um modelo bem pragmático, mas muito simplificado do fenômeno motivacional. Surgiram então alguns pesquisadores que acreditaram que o desafio não seria listar agentes motivacionais por ordem de importância, mas acima de tudo, isolar e descrever diferentes processos psicológicos responsáveis pela motivação como um encadeamento dinâmico de natureza intrapsíquica surgindo então à idéia de motivação intrínseca. Gooch e Mc Dowll ( 1988, p.51), conceituam motivação da seguinte forma: “ A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é estimular a outra pessoa. A probabilidade de que uma pessoa siga uma orientação de ação desejável está diretamente ligada à força de um desejo”. Estes autores deixaram claro que as pessoas fazem as coisas como querem e quando querem. Entende-se então que a motivação seja um impulso que venha de dentro e que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa. Observa-se que cada vez mais os autores referem-se a importância das fontes internas de motivação, deixando claro a idéia de que não se pode fazer nada para alcançar a motivação de uma pessoa, a não ser que ela mesma esteja predisposta para tal. Lévy-Leboyer (1994, p.40-41) diz: “É evidente que todo desempenho supõe que duas condições sejam preenchidas: que se seja capaz de executálo (aptidão) e que se tenha a vontade (motivação). É importante ter em mente que trata-se de um processo que compromete a vontade de efetuar um trabalho ou de atingir um objetivo, o que envolve três aspectos: fazer um esforço, manter esse esforço até que o objetivo seja atingido e consagrar a ele a necessária energia. 22 A motivação está ligada a distribuição de tempo disponível conforme afirma Lévy-Leboyer (1994, p.42). Quanto mais motivação houver com relação a uma atividade, menos as pessoas vêem o tempo passar enquanto desempenham tal atividade. Pelo contrário, se não há motivação, o dia de trabalho parece longo demais. Bergamini (2006, p84) “considera que a motivação do ser humano seja uma preocupação tipicamente central a toda pessoa e que ela pode e deve ser considerada como uma força propulsora que tem as suas fontes freqüentemente escondidas dentro de cada um, que a satisfação ou insatisfação que pode oferecer fazem parte integrante de sentimentos diretamente acessíveis somente a quem os experimenta”. 3.1 Fontes de motivação A teoria dos instintos (motivação intrínseca) desenvolveu suas principais suposições com base nos conceitos de necessidades e impulsos. O que se sabe do assunto teve como base as pesquisas realizadas durante a década de 60 desenvolvidas pelo etologistas. Esses cientistas observaram o comportamento de várias espécies animais em seus habitats naturais e descobriram os comportamentos inerentes a cada espécie animal. Com isso, puderam utilizar dessas descobertas como o principal ponto de partida para a melhor caracterização dos atos humanos. De acordo com as teorias clássicas em psicologia, o instinto era conceituado como um comportamento espontâneo, inato e invariável, comum a todos os seres pertencentes a uma mesma espécie, que tem por função leválos a um objetivo que, embora desejado, são fosse à maioria das vezes passível de conhecimento imediato. Essas idéias clássicas afirmam que o 23 instinto seja inalterável. Já algumas das correntes contemporâneas afirmam que o instinto seja capaz de transformações. Bergamini (2006, p. 86) afirma: “É necessário que se leve em conta a função de adaptação ao ambiente que é conseguida por meio do papel decisivo do instinto no governo e na orientação da motivação. Esses sistemas sãos responsáveis pelo despertar, pela orientação e manutenção do comportamento em determinada direção. Possuindo também certa intensidade particular, eles são os disparadores com base na liberação da energia instintiva retida no interior de cada ser vivo. O instinto fica, assim, entendido como um padrão de comportamento inerente à própria espécie; portanto, característico a ela e estereotipado, que possui uma energia própria a ser liberada sempre no sentido de dentro para fora. Esse tipo de ação comportamental e praticamente antagônico àquele dos estímulos que vêm do meio exterior e que condiciona certa reação comportamental. A maior expressão da corrente dos etologistas é Konrad Lorenz que sugeriu, a partir da observação de diferentes tipos de animais, que os sistemas de instintos elevam a habilidade não somente do animal, como também do homem em adaptar-se ao ambiente. Para Lorenz, o processo de adaptação envolve necessariamente a utilização de um tipo de energia intrínseca. Essa energia pode ser considerada como a responsável por uma espécie de tensão, que leva os seres a adotarem uma seqüência predeterminada de comportamentos. Lorenz realizou vários experimentos e um deles parece muito significativo para ilustrar como foi possível chegar a concepção daquilo que denominou de “ato instintivo”. 24 Ao observar uma espécie de periquito, com conduta típica do cio colocado em uma gaiola de onde pendia, por um fio, uma bola de plástico verde em substituição da fêmea, O animal, possuidor de determinado estado interno de carência, estava predisposto para desempenhar aquilo que chamou de conduta de busca. Esta conduta visava a encontrar nesse meio ambiente algo específico denominado esquema produtor. Para ser considerado como tal o objeto deveria apresentar três traços típicos: ser uma esfera, ter cor verde e estar suspenso. Se um desses traços fosse inexistente o animal não apresentaria o comportamento próprio do cio denominado ato instintivo. Lorenz, através de suas considerações, corrige a abordagem que considera o instinto sob seu aspecto amplo e genérico. É necessário ressaltar que não foi o esquema produtor, ou seja, a bola verde o responsável pela conduta de busca, mas o estado interno de carência que fez com que o periquito sobressalta-se certo conjunto de traços existentes entre muitos outros no ambiente onde se encontrava. Com a teoria de Lorenz é possível compreender como o comportamento instintivo ocorre no momento em que certos elementos estiverem presentes ao mesmo tempo. O ato instintivo se dá quando a necessidade (carência interna do periquito) encontra o objeto específico do meio ambiente (esquema produtor). Desta mesma forma acontece com o ser humano. Ele possui uma necessidade que gera a motivação, se este encontrar em seu ambiente de trabalho estímulo e apoio de seus superiores realizará um trabalho melhor e conseqüentemente a empresa será beneficiada. A fonte de motivação é interna mas ela só será mantida se o ambiente externo contribuir para isso. 25 3.2 Atos Motivacionais O impulso é um dos conceitos encontrado com mais freqüência no campo das teorias que privilegiam os instintos. Esse termo, impulso, é utilizado para designar um tipo de energia intrínseca que leva os seres vivos a realizar determinada ação e são considerados como os representantes daquelas formas de comportamento por meio das quais os seres vivos procuram restabelecer o equilibro. Portanto, trata-se, de uma idéia fundamental na psicologia da motivação, pois o grande alvo de estudo diz respeito ao processo interno que fornece energia ao comportamento. Qualquer comportamento motivacional só existe em função de um estado interior de carência; portanto, quanto maior for este estado, maior também será a motivação vigente, fazendo assim com que a necessidade seja sinônimo de motivação. Podemos concluir então que quanto maior a necessidade maior também será a motivação. Conforme Bergamini (2006, p.90) “à semelhança dos atos instintivos, na conduta motivacional, o indivíduo é possuidor de um estado de carência a ser suprido. Isso só era possível por meio da busca do fator complementar de satisfação. No momento em que se dá o encontro da necessidade com o seu correspondente fator de satisfação, considera-se que tenha ocorrido o “ato motivacional” e, por conseguinte sobrevenha o estado de satisfação que foi obtido pela saciação dessa necessidade. Aqui, a satisfação da necessidade é considerada como oposta a motivação, isto é, quanto mais satisfeita a necessidade menos motivada a pessoa está para satisfazê-la”. O fato de uma necessidade ter sido satisfeita não significa que o ser humano ficará paralisado, ou seja, sem necessidades, pelo contrário assim que uma necessidade é satisfeita outra vem a à tona, disparando então nova conduta de busca rumo a novo objetivo motivacional. 26 A teoria dos instintos assume a posição, que segundo a visão dos etologistas, leve a reformulação da maneira habitual de ver o comportamento motivacional e abre as portas para a reflexão sobre a individualidade do homem. Guillaume (apud Bergamini, 2006, p.91) defende que: “A observação, por mais simples que seja, ensina-nos que a conduta de um ser não depende somente da situação exterior, mas também do ser em si mesmo, quer dizer, dos seus fatores internos; assim, dentro de situações idênticas, seres diferentes possuem condutas diferentes. Cada espécie tem os seus costumes, as suas maneiras de ser e agir que lhe são típicas. Cada espécie animal tem o seu ‘habitat’, sua vida sedentária ou nômade, social ou solitária, sua alimentação e os seus próprios produtos; ela é temerosa, doce, combativa etc.: o seio de cada espécie, percebem-se, observando-a de perto, suas ‘diferenças individuais’”. Ao falar de necessidades e conseqüentemente de motivação, não existe nada mais oportuno do que um cuidadoso exame das diferenças individuais para se alcançar um conhecimento mais real do que se acontece naquele momento. O objetivo motivacional é, então, perseguido a cada momento particular e a diferença da busca será prioritariamente determinada por um fator interno e individual. Ao consideramos que uma pessoa seja portadora de um estado de carência ou necessidade interna que o predispõe a uma conduta de busca rumo ao seu objetivo, podemos afirmar que caso esse objetivo não seja atingido, não se dará o “ato motivacional”. Para que se dê o “ato motivacional” é necessário que estejam presentes a necessidade e o fator de satisfação. Quando uma necessidade não é atendida sobrecarrega o indivíduo de uma espécie de pressão interna que se expandirá sempre. A necessidade criada pela tensão anterior não diminui com a substituição dos objetivos. 27 Quando o fator atende à necessidade mais forte em jogo, ele se denomina fator de satisfação, já quando é necessidade não é atendida denomina-se fator de contra-satisfação. Um fator de satisfação transforma-se em fator de contrasatisfação quando não existir a necessidade que lhe corresponda, como, por exemplo, o alimento para não tem mais fome. De acordo com Bergamini (2006, p. 93) “pode-se concluir que a compreensão mais realista daquilo que foi conceituado como motivação só é conseguida à medida que seja levada em conta a dimensão intrínseca das necessidades humanas”. Embora muito valorizada pela Psicologia, a teoria dos instintos não tem sido facilmente aceita pelos administradores. É importante aceitarmos que não é possível motivar as pessoas em situação de trabalho. Consegue-se apenas condicioná-las através da manipulação das variáveis ambientais. Os que dizem conseguir motivar as pessoas não admitem que, ao fazêlo, as estão controlando. Deci (apud Bergamini, 2006, p.94) é específico sobre esse medo: “Quando as pessoas falam de controle, comumente estão se referindo à coerção, o que quer dizer controlar por meio de força e ameaças. A maioria das pessoas aceita facilmente que o uso da força pode ter uma boa gama de conseqüências negativas. Ditadores controlam e são desprezados por isso. Quando as pessoas dizem que dinheiro motiva, aquilo que realmente querem dizer é que o dinheiro controla. E, quando isso acontece, as pessoas tornam-se alienadas, desistem de ser autênticas e se forçam a fazer aquilo que pensam que devam fazer”. Atualmente, as organizações não querem aceitar que a administração possa no máximo, satisfazer ou contra-satisfazer àqueles que trabalham. A não-satisfação das necessidades já preexistentes determinará queda dos níveis de satisfação motivacional, acarretando assim conseqüências indesejáveis quanto à produtividade e aos objetivos organizacionais. 28 3.3 Motivação e Emoções Para entender a autêntica motivação é necessário conhecer as descobertas feitas pela Psicanálise de Freud a respeito das emoções. É a teoria analítica que oferece apoio para que se compreenda o ser humano em seu aspecto mais característico, ao dar relevo especial à dimensão emocional da personalidade humana. Em fins do século XIX, início do século XX, a quantificação das reações humanas nas mais diferentes circunstâncias passou, então, a ser a maior meta pretendida por muitos psicólogos da época. Subjacente à utilização de toda a metodologia própria às ciências exatas como a Física, a Química, a Matemática e outras, havia o desejo de conseguir estabelecer leis que explicassem o comportamento das pessoas que estavam sendo observadas nos laboratórios. Algumas conquistas foram realizadas, todavia, tais descobertas científicas ficaram limitadas à compreensão de algumas reações superficiais e periféricas da personalidade humana. Foram conseguidos bons conhecimentos em termo da busca das leis que regem o funcionamento das sensações e percepções. Os sujeitos dos experimentos eram submetidos a estímulos para que assim fossem estudadas as suas reações, sendo então possível a formulação de regras mais precisas, sob forma de leis que explicassem o comportamento de todos aqueles que se encontrassem sob as mesmas condições. Em pouco tempo os pesquisadores descobriram grande número de exceções que contradiziam as leis formuladas através das experiências realizadas em laboratório. Essa tendência foi alvo de várias críticas com a de Lorenz (apud Bergamini, 2006, p. 96): “Fórmulas conhecidas, como aquela 29 segundo a qual qualquer indagação sobre a natureza é ciência somente quando contém matemática, ou que a ciência consiste em ‘medir o que é mensurável e tornar mensurável o que não o é’, são, do ponto de vista teórico e humano, os maiores contra-sensos que poderia emitir alguém que deveria procurar entender melhor a verdadeira complexidade dos fatos”. Freud (1856-1939) surge então para reverter essa maneira de abordar o estudo dos seres humanos. Com este grande estudioso da ciência psicológica os esquemas puramente fisiológicos e neurológicos que pautavam a psicologia da época ficam rompidos. Passou-se a refletir então, sobre o elemento mais caracterísco da personalidade de cada indivíduo, as emoções. Os estudos feitos pelos psicanalistas passarem a ser realizados fora dos laboratórios, portanto, de maneira mais vida e próxima da realidade existencial de cada pessoa, e procuraram entender o homem com base na busca da lógica existente no desencadeamento das suas próprias vivências. Surgiu então uma preocupação maior em descobrir como os sintomas ou comportamentos observáveis, em um momento presente, poderiam estar ligados a acontecimentos vividos pelas pessoas em épocas anteriores, compondo, assim, suas histórias de vida passada. A teoria psicanalítica, através da busca da lógica entre os fatos já vividos pelo indivíduo, chegou à descoberta de que a infância possui relevante e indiscutível importância nas características da personalidade adulta. É assim que se passa a entender que os motivos atualmente perseguidos pelas pessoas têm ligação com a história da vida anterior. De acordo com Bergamini (2006, p.98) “só se poderá realmente entender o quadro da atual motivação de cada um à medida que ele esteja coerentemente ligado ao desencadeamento de experiências já vividas que representam, assim, a sua fonte de origem”. 30 A Psicanálise muda o centro de interesse ao estudar o comportamento humano. A partir de então, começa-se a procurar o real e mais profundo significado do comportamento aparentemente observável. Assim, as motivações humanas são concebidas como fruto de vivências anteriores, cheias de fatos que foram armazenados naquela instância do psiquismo humano que Freud considera como a maior e mais importa: o inconsciente. Freud deixa clara a idéia de que nem o próprio homem consegue interferir no desencadeamento do seu processo motivacional. Este grande psicólogo defende que há fatos ou conteúdos psíquicos que escapam ao conhecimento de uma pessoa, e em grande número de ocasiões ela não conhece a origem das pulsões que a conduzem a determinado objetivo. Em todas as áreas de atividade humana, o inconsciente continua delineando o comportamento humano. Isso não poder deixar de ocorrer nas organizações como alerta Ketz de Vries (apud Bergamini, 2006, p. 104): “Pelo contrário, as organizações são constituídas de indivíduos que trazem cada um deles sua própria personalidade que é única como estrutura básica aos processos de tomada de decisões. Inevitavelmente, o referencial das decisões tomadas pelos indivíduos, tendo em vista a complexidade das personalidades individuais e o intricado aspecto da interação grupal, causa distorções. Tais distorções só podem ser explicadas sob o foco dos fenômenos intrapsíquicos – pelo estudo do funcionamento interior das mentes individuais. De tal forma, o mito da racionalidade organizacional precisa ser reexaminado dentro do contexto daquilo que é conhecido sobre o papel do inconsciente na motivação humana e o seu impacto no processo decisório”. Essa perspectiva prepara o caminho para a compreensão daquela dimensão menos aparente, mas muito influente o processo de direcionar a filosofia administrativa das organizações. 31 3.4 Individualidade e Motivação Bergamini (2006, p.104) defende que: “ A perspectiva mais natural para se compreender a motivação humana parece ser aquela que individualiza as pessoas levando em conta sua história de vida particular, isto é, aquilo que se denomina de ‘realidade motivacional do ser’”. Trabalhar com pessoas motivadas exige uma maior dedicação do seu superior, pois ele deve conhecer as necessidades de cada um dos seus funcionários. É necessário também, entender que a motivação individual não é eterna e pode sofrer, com relação à mesma pessoa, variações ao longo do tempo, tendo em visto o fato de que uma necessidade motivacional atendida desaparece, dando origem a novos estados de carência. Sem dúvida, está é, uma situação que exige extrema dedicação por parte daqueles que não aceitam condicionar os seus subordinados. A realidade motivacional de cada pessoa não tem réplica, pois cada um possui uma história de vida, suas próprias necessidades e personalidade. Apenas o estudo da coerência entre os fatos que compõem a realidade motivacional de cada um poderá levar ao conhecimento da sua real identidade. Para tal, uma estratégia interessante consiste em ressaltar as orientações comportamentais mais duradouras e permanentes da personalidade de cada colaborador. Conforme Bergamini (2006, p.105) “essas orientações explicarão fatos passados, ajudarão a compreender comportamentos presentes e provavelmente lançarão bases mais adequadas para que se possa projetar em termos de futuro reações típicas que cada um está mais próximo de adotar. O conhecimento do composto de estilos de comportamento motivacional pode dar indícios importantes. Não existem duas personalidades idênticas, a forma pela qual cada um interage com o ambiente é impar. Essa maneira especial de lidar com 32 as variáveis externas a cada um é que caracteriza o seu Estilo de Comportamento. Na maioria das vezes as organizações tomam medidas de ordem geral, como, por exemplo, critérios de premiação por produtividade, configuração de cargos, distribuições de responsabilidades, normas e regulamentos entre outras, como se todas as pessoas que na trabalham na empresa fossem semelhantes em suas necessidades, seu modo de agir e pensar. Não há porque acreditar que tais medidas funcionem ou façam sentido a todos da mesma forma. Os recursos humanos não podem ser generalizados. 33 CONCLUSÃO O trabalho apresentado deixou clara a importância dos recursos humanos para que qualquer instituição alcance os resultados e objetivos estratégicos definidos pela liderança, mesmo nos tempos atuais onde algumas atividades antes desempenhadas pelo homem têm sido substituídas pela máquina. Entretanto, não se podem conceber organizações sem que as pessoas desempenhem suas atividades. Para tanto, uma das principais tarefas dos gestores é obter uma maximização da produtividade e da qualidade do trabalho de seus colaboradores e esse resultado somente é alcançado através de líderes e funcionários motivados. Após a explanação das principais teorias de motivação podemos concluir que motivação é um tema que permanece complexo nas suas explicações e, devido às diferenças grupais e individuais, às mudanças tecnológicas, aos efeitos da globalização, dentre outros, deverá permanecer ainda durante algum tempo como sendo um dos principais campos de estudo, principalmente, da Psicologia do Trabalho e da Administração de Recursos Humanos, tendo em vista a consideração destas ciências com relação aos valores e expectativas dos indivíduos integrantes das organizações e da própria organização, enquanto habitat natural dos trabalhadores, com seus eternos conflitos em relação a estes trabalhadores, com seus eternos conflitos em relação a estes trabalhadores e em relação à competitividade do mercado para poder sobreviver. 34 BIBLIOGRAFIA BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. São Paulo: Editora Atlas, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2004. HUNTER, Scott. A Motivação é o Sucesso. São Paulo: Editora Futura, 2007. SILVA, Walmir Rufino da e RODRIGUES, Claudia M Cruz. Motivação nas Organizações. São Paulo: Editora Altas, 2007. 35 WEBGRAFIA OTERO, Oliveros. ontade e Motivação. <URL:http://mesquitaonline.com.br / artigos_mostrar.php?cod=24 > data de acesso: 18/03/2008. LARA, Leandro Lugli, LUCCA, Rodrigo Fortini e PIVA, Silvio Ricardo. Liderança e Motivação <URL:http//maurolaruccia.adm.br/ no Ambiente trabalhos/lider1.htm> Organizacional. data de acesso: 03/03/2008 NANTES, Christiane. Motivação nas Organizações. <URL:http// internativa.com.br/artigo_conhecimento_08.html> data de acesso: 01/03/2008 36 ÍNDICE INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I – Motivação nas Organizações 9 1.1 Conceito 9 1.2 Histórico 11 CAPÍTULO II – Motivação Extrínseca 14 2.1 Condicionamentos X Motivação 15 2.2 Condicionamento operante 16 CAPÍTULO III – Motivação Intrínseca 20 3.1 Fontes de motivação 22 3.2 Atos motivacionais 25 3.3 Motivação e emoções 28 3.4 Individualidade e motivação 31 CONCLUSÃO 33 ÍNDICE 36 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: