Conduta do enfermeiro nas emergências transfusionais 1
The conduct of the nurse in emergencies transfusion
La conducta de la enfermera em situaciones de emergência de transfusión
Silva Amanda Almeida², Sabiá Consuelo Ferreira 2, Brasileiro Marislei Espíndula3. Conduta do
Enfermeiro nas emergências transfusionais. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de
Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2011 jan-jul 1(1) 1-10. Available from:
<http://www.ceen.com.br/revista eletronica>.
Resumo
Objetivo: Identificar e descrever as principais ações e condutas realizadas pelo enfermeiro
nas emergências transfusionais. Método: estudo do tipo bibligráfico com análise integrativa,
qualitativa da literatura disponível em bibliotecas particulares e virtuais. Resultados:
identificou-se que as principais ações e condutas realizadas pelo enfermeiro nas emergências
transfusionais estão elencada na Resolução do COFEN nº. 306 de abril de 2006 e tem como
destaque a função do enfermeiro de planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os
procedimentos de Hemoterapia nas Unidades de Saúde, além de proporcionar condições para
o aprimoramento de profissionais de enfermagem atuantes na área, através de cursos,
reciclagem e estágios em instituições afins além de desenvolver pesquisar relacionadas à
hemoterapia entre outros. Conclusão:Os profissionais de Enfermagem exercem um papel
primordial nas tranfusões não apenas administrantrando a tranfusão mas agindo para evitar
erros, orientando os paciente comunicando e atuando no atendimento das reações
tranfusionais.
Descritores: Enfermeiro, emergência, transfusão, emergência transfusional.
Abstract
Objective: Identify and describe the major actions and behaviors performed by nurses in
emergency transfusions. Method: the type bibligráfico with integrative analysis, qualitative
literature available in private libraries and virtual. Results: it was identified that the main
actions and behaviors performed by nurses in emergency transfusion are listed in Resolution
No. COFEN. 306, April 2006 and has highlighted how the role of the nurse to plan, implement,
1
Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência, do Centro de Estudos de
Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
2
Enfermeiras, especialistas em Emergência e Urgência e-mail: [email protected],
[email protected]
3
Doutora – PUC-Go, doutora em Ciências da Saúde – UFG, Mestre em Enfermagem, docente do CEEN, e-mail:
[email protected]
Profa Marislei Brasileiro/CEEN
2
coordinate, supervise and evaluate the procedures in the Hematology Unit of Health, for
providing conditions for the improvement of nurses working in the area, through courses ,
recycling and internships in similar institutions in addition to developing search-related
hemotherapy among others. Conclusion: The nursing professionals play a key role in
transfusions to tranfusão administrantrando not only to avoid errors but acting, directing and
acting in communicating patient care tranfusionais reactions.
Keywords: Nurse, emergency transfusion, emergency transfusion.
Resumen
Objetivo: Identificar y describir las principales acciones y conductas realizadas por los
enfermeros en las transfusiones de emergencia. Método: la bibligráfico tipo con el análisis de
integración, la literatura cualitativa disponible en bibliotecas privadas y virtuales. Resultados:
se identificó que las principales acciones y conductas realizadas por los enfermeros en la
transfusión de emergencia figuran en la Resolución N º COFEN. 306, abril de 2006 y ha
destacado que el papel de la enfermera para planificar, ejecutar, coordinar, supervisar y
evaluar los procedimientos de la Unidad de Hematología de la Salud, para crear las condiciones
para la mejora de las enfermeras que trabajan en la zona, a través de cursos, el reciclaje y
prácticas en instituciones similares, además de desarrollar hemoterapia de búsqueda
relacionados con, entre otros. Conclusión: Los profesionales de enfermería juega un papel
clave en las transfusiones de tranfusão administrantrando no sólo para evitar errores, pero
actuando, dirigiendo y actuando en la comunicación paciente reacciones tranfusionais cuidado.
Palabras clave: Enfermera, la transfusión de emergencia, la transfusión de emergencia.
1 Introdução
O interesse em relatar a conduta do enfermeiro nas emergências transfusionais surgiu,
pois todo o procedimento principalmente a transfusão em casos de emergência envolve um
risco muito grande para o paciente. Porquanto para prevenir e identificar as ações de
enfermagem neste momento foi desenvolvido este trabalho.
A transfusão de sangue é uma prática médica que consiste na transferência de sangue
ou de um componente sanguíneo de uma pessoa (o doador) para outra (o receptor). É um tipo
de terapia que tem se mostrado muito eficaz em situações de choque, hemorragias ou doenças
sanguíneas. Frequentemente usa-se transfusão em intervenções cirúrgicas, traumatismos,
hemorragias digestivas ou em outros casos em que tenha havido grande perda de sangue.
3
A transfusão sanguínea é um processo que mesmo sendo realizado dentro de todas as
normas técnicas preconizadas, envolve um grande risco sanitário e para o paciente, com a
ocorrência potencial de incidentes transfusionais. Para que esses riscos sejam minimizados é
necessário a administração correta da bolsa de sangue, o enfermeiro e toda equipe de saúde
desenvolvem um papel importante nesse momento, por isso a necessidade de saber como
agir ¹.
O processo transfusional tem uma história de aproximadamente 100 anos, o ponto de
partida foi a descrição e a descoberta do sistema ABO por Landsteiner em 1900. Temos ao
longo da história, importantes marcos que foram decisivos no sentido de se modificar
conceitos,
nas
últimas
décadas
principalmente
que
incorpora
conhecimentos
clínicos
epidemiológicos e laboratoriais. A identificação da Síndrome da Imodeficiência Adquirida
(Aids) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) produziu grande impacto e mudanças na
hemoterapia, procedendo-se a revisão completa dos critérios e das indicações para o uso do
sangue ².
Foi na década de 40 que os primórdios da Hemoterapia no Brasil apresentaram
destaques científicos importantes. Dois eventos merecem ser citados: O Curso de
Hematologia promovido por Walter Oswaldo Cruz, em Manguinhos, uma espécie de pósgraduação da época, no IOC. E em 8 de agosto de 1949, o I Congresso Paulista de
Hemoterapia,
promovido
por
Carlos
da
Silva
Lacaz
e
Oswaldo
Mellone,
juntou
hemoterapeutas e hematologistas renomados na época. Ali foram lançadas as bases para a
fundação da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, em 1950. Também nesta
década
destacaram-se
vários
estudos
sobre
Doença
Hemolítica
Perinatal
e
Imuno-hematologia, como os trabalhos de Humberto Costa Ferreira, Oswaldo Mellone e Oscar
Yahn, P. C. Junqueira, Carlos Lacaz, F. Ottensooser e Ruy Faria ³ .
Hoje em dia temos dentre muitas das legislações que regem todo o processo de
hemoterapia, a principal é a resolução - RDC nº153, de 14 de junho de 2004, que aprova o
regulamento técnico para os procedimentos de hemoterapia para coleta, processamento,
testagem, armazenamento, transporte, utilização e controle de qualidade do sangue e seus
componentes obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea
para o uso humano 4.
A RDC nº153, de 14 de junho de 2004 define que os procedimentos de emergência ou
de "De extrema urgência", ocorrem quando o retardo na administração da transfusão pode
acarretar risco para a vida do paciente 4.
Diante disso surge o questionamento: Qual a conduta do enfermeiro na emergência
tranfusional?
4
No atendimento emergencial a muitas vezes a hemotransfusão se torna um elemento
essencial para manutenção da vida do paciente por tamanha importância o enfermeiro deve
ter habilidade e conhecimento para manipular e administrar a transfusão. Visto a grande
importância desses conhecimentos este estudo espera contribuir para conhecimento na área
de enfermagem elencando a conduta do enfermeiro diante das emergências transfusionais,
buscando assim a reavaliação e melhora no atendimento perante estas situações.
2 Objetivos
2.1 Objetivo geral
Identificar e descrever as principais ações e condutas realizadas pelo enfermeiro nas
emergências transfusionais.
2.1 Objetivos específicos
Caracterizar o papel da (o) enfermeira (o) na emergência transfusional.
Relatar os principais cuidados durante a transfusão.
Descrever a emergência transfusional.
3 Materiais e Método
Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, descritivo e com análise sistematizada e
qualitativa. Optamos pela revisão bibliográfica com o intuito de conhecer as idéias dos
autores a respeito do tema escolhido, a fim de construir uma concepção sobre o assunto. O
estudo bibliográfico baseia-se em literaturas estruturadas, tendo como fontes livros, artigos
científicos indexados, publicações oficiais disponíveis nas bibliotecas visando interpretar e
apresentar os dados coletados
5.
Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde,
especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde – Bireme e em bibliotecas convencionais.
Foram
utilizados
os
descritores:
Enfermeiro,
emergência,
transfusão
e
emergência
transfusional. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no
National Library of Medicine – MEDLINE e Scientific Electronic Library online – Scielo, os
dados elencados foram dos últimos 10 anos, caracterizando assim o estudo retrospectivo
buscando as fontes virtuais, os anos, os periódicos, os métodos e os resultados comuns.
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, começou com a leitura analítica,
por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das idéias por
ordem de importância.
5
Após a leitura e analise, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário
feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos
prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados. A partir da
leitura foi realizada anotações das principais partes identificadas em um documento do
Microsoft Word, que objetivaram a identificação das obras consultadas, o registro do conteúdo
das obras, o registro dos comentários acerca das obras e ordenação dos registros. Todo esse
processo auxilia na ordenação das idéias para suprir os objetivos do objetivo
Posteriormente, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos
provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação
do trabalho no formato Vancouver.
4 Resultados e Discussão
Foram encontradas doze publicações. Com estas referências foi possível identificar as
principais ações e condutas realizadas pelo enfermeiro nas emergências transfusionais.
4.1 O papel do enfermeiro na hemoterapia
De acordo com Resolução do COFEN nº. 306 de abril de 2006 o enfermeiro e
responsável
por
desempenha
as
seguintes
funções:
planejar,
executar,
coordenar,
supervisionar e avaliar os procedimentos de Hemoterapia nas Unidades de Saúde; visando
assegurar a qualidade do sangue, hemocomponentes e hemoderivados; como também
planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar programas de captação de doadores 6.
No ciclo do sangue, o processo de hemoterapia é composto por: captação dos
doadores, o que gera uma preocupação epidemiológica, objetivando evitar o direcionamento
de candidatos à doação que possam estar sob risco de infecção de alguns agentes passíveis
de transmissão pelo sangue. Seleção clínica, através de um profissional capacitado, a triagem
é realizada visando à identificação de sinais e sintomas de enfermidades nos candidatos a
doação que possam causar risco para si próprio ou para o receptor. Triagem sorológica: onde
são realizados os exames pra posterior liberação da bolsa de sangue
7.
4.2 O papel do enfermeiro na hemotransfusão
A Resolução do COFEN nº. 306 de abril de 2006 institui também que as funções que
enfermeiro desempenha nas hemotransfusões estão elencados em: assistir ao doador,
receptor e familiar, orientando-os durante todo o processo hemoterápico; elaborar a prescrição
de enfermagem nos processos hemoterápicos; executar e/ou supervisionar a administração e
a monitorização da infusão de hemocomponentes e hemoderivados, atuando nos casos de
reações diversas; executar e/ou supervisionar a administração e a monitorização da infusão de
hemocomponentes e hemoderivados, atuando nos casos de reações diversas; manusear e
6
monitorar equipamentos específicos de hemoterapia; participar da equipe multiprofissional,
procurando garantir uma assistência integral ao doador, receptor e familiares
6.
Recomenda-se que as transfusões sanguíneas devam ser realizadas por profissional
médico ou de enfermagem, habilitado e qualificado
8-6
. Os cuidados preconizados nas
hemotransfusões incluem a utilização de equipo livre de pirógenos e com materiais
descartáveis que incluam um filtro capaz de reter coágulos e agregados
4.
Na transfusão o cuidado deve ser redobrado para que não ocorram grandes incidentes.
Os procedimentos de conferência, registros e monitoramento do sangue e hemocomponentes
têm início no recebimento da requisição da transfusão e prescrição médica e termina na
conclusão das anotações no prontuário do paciente de todos os fatos ocorridos durante o
processo hemoterápico¹.
A infusão deve ocorrer de forma lenta, em média 20 gotas por minuto, permanecendo
o responsável pelo procedimento transfusional junto ao paciente, por tempo mínimo de 10
minutos, para avaliação de possíveis alterações dos dados vitais. É comum que no início da
infusão as reações transfusionais mais graves ocorram. A observação facilita a pronta
intervenção nas reações adversas. Após 15 minutos de infusão, sem alterações nos sinais
vitais, a velocidade de gotejamento pode ser aumentada, observando-se a relação de tempo
(em média 2 h: 50 gotas/min) e de volume a serem administrados (média 300 ml),
consignados com o estado geral do paciente e a prescrição médica
9-10
. Todo o processo de
hemotransfusão deve ocorrer no período de 4 horas.
A transfusão de hemocomponentes e hemoderivados, no entanto, não está livre de
riscos. Complicações relacionadas à transfusão podem ocorrer, e algumas delas podem trazer
sérios prejuízos aos pacientes, inclusive fatais. Entre as chamadas reações transfusionais
estão às hemolíticas agudas, as anafiláticas, as febris não hemolíticas, as complicações
pulmonares, o desequilíbrio eletrolítico, as sepsis bacterianas, a hipotermia, a doença do
enxerto versus hospedeiro, a aloimunização, a sobrecarga de volume, a sobrecarga de ferro e
a imunossupressão. Vários fatores podem contribuir para aumentar as chances de o paciente
experimentar uma complicação relacionada à transfusão. Isto inclui o tipo de componente
que está sendo transfundido, as características do paciente e suas condições médicas, o uso
de equipamentos inadequados, as soluções endovenosas incompatíveis, os procedimentos
inadequados e erros ou omissões por parte da equipe que presta cuidados aos pacientes.
Embora algumas reações sejam inevitáveis, a maioria das reações transfusionais fatais é
atribuída a erro humano
11
. O diagnóstico preciso de uma reação permite que o clínico e o
hemoterapeuta utilizem estratégias adequadas para prevenção
12
.
O enfermeiro deve manusear e monitorar equipamentos específicos de hemoterapia.
Na Resolução 153 junho de 2004 – que regulamenta as atividades de hemoterapia – diz que
o "serviço de hemoterapia deve possuir ambiente e equipamentos adequados, para que as
7
diferentes atividades possam ser realizadas segundo as boas práticas de manipulação", por
isso é importante que os equipamentos passem por uma vistoria sempre e sejam checados
antes de sua utilização e caso necessário sejam encaminhados à manutenção
1-6
.
Os profissionais de Enfermagem exercem um papel fundamental na segurança
transfusional. Eles não apenas administram transfusões, mas também devem conhecer as
suas indicações, providenciar a checagem de dados importantes na prevenção de erros,
orientar os pacientes sobre a transfusão, detectar, comunicar e atuar no atendimento das
reações transfusionais e documentar todo o processo 1. A atuação destes profissionais pode
minimizar significativamente os riscos do paciente que recebe transfusão e evitar danos, se o
gerenciamento do processo transfusional ocorrer com a eficiência necessária
11
.
É necessário estar atento a qualquer eventualidade durante o processo. Para isso é
preciso
executar,
supervisionar
a
administração
e
a
monitorização
da
infusão
de
hemocomponentes e hemoderivados, atuando nos casos de reações diversas. Quando essas
reações ocorrerem a transfusão deve ser interrompida imediatamente e registradas para
posterior notificação ao órgão competente ¹.
O ato de transfusão é de total responsabilidade da equipe médica, porém os cuidados
com a transfusão e o processo são encargos do enfermeiro. O enfermeiro deve participar da
equipe multiprofissional, procurando garantir uma assistência integral ao doador, receptor e
familiares, assistindo a todos de forma integral ¹.
4.3 O papel do enfermeiro na educação continuada dos profissionais de enfermagem
Além dos cuidados que enfermeiro desempenha na hemotransfusão e imprescindível que
ele seja apto a orientar e educar a equipe de enfermagem. A resolução do COFEN nº. 306 de
abril de 2006 informa que o enfermeiro deverá proporcionar condições para o aprimoramento
de profissionais de enfermagem atuantes na área, através de cursos, reciclagem e estágios em
instituições afins além de desenvolver pesquisar relacionadas à hemoterapia.
Proporcionar condições para o aprimoramento de profissionais de enfermagem
atuantes na área colabora para que os chamados incidentes e os quase erros sejam
diminuídos. Os incidentes são eventos evitáveis e muito úteis na melhoria continua dos
processos através de ações coordenadas desenvolvidas pela investigação das causas e
proposição de ações de melhoria. Estes incidentes podem ser também classificados em quase
erros ou erros durante o processo. Erro é um incidente identificado após o início da
transfusão ou que ocorre durante a transfusão, já o quase-erro e reconhecido antes do inicio
da transfusão e evita o evento adverso ao paciente ¹.
Além das funções desempenha pelo enfermeiro (a) acima relatadas a Resolução nº. 306,
art. 1º de 25 de abril de 2006 apresenta também as seguintes funções do enfermeiro (a):
8
 Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações vigentes.
 Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades e afins.
 Registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de enfermagem
prestada ao doador e ao recepto.
5 Considerações finais
A terapêutica tranfusional é um procedimento que auxilia na manutenção e salvamento da
vida, porém existe um risco intrínseco no seu uso que pode levar o paciente a graves riscos e
eventos (reações) imediatos e tardios, seja pela própria história clinica do paciente ou até
mesmo por falha do profissional em alguma fase do procedimento.
Toda a equipe de saúde deve estar atenta para a correta administração e processo da
transfusão. No entanto a enfermagem está muito próxima e envolvida nos cuidados ao
paciente que recebe a bolsa de sangue. Por isso é importante que a enfermeira e a equipe de
enfermagem preste uma assistência integral ao receptor. Executando e/ou supervisionando a
administração e a monitorização da infusão de hemocomponentes e hemoderivados, atuando
nos casos de reações diversas e registrar informações e dados pertinentes à assistência de
enfermagem prestada ao doador durante o processo.
A organização do setor hemoterápico, depende que o enfermeiro atue no cumprimento
das atividades pertinentes e no processo de aprendizagem e aperfeiçoamento de sua equipe
seja por treinamentos e educação continuada à equipe de enfermagem. Além de uma análise
dos registros para identificar possíveis erros e informações relevantes para a hemotransfusão,
para que possa interferir e gerar melhoria na qualidade do processo em si.
Os profissionais de Enfermagem exercem um papel fundamental na segurança
transfusional. Eles não apenas administram transfusões, mas também devem conhecer as suas
indicações, providenciar a checagem de dados importantes na prevenção de erros, orientar os
pacientes sobre a transfusão, detectar, comunicar e atuar no atendimento das reações
transfusionais e documentar todo o processo. A ação destes profissionais pode minimizar
significativamente os riscos do paciente que recebe transfusão e evitar danos, se o
gerenciamento do processo transfusional for realizado com a eficiência necessária. Porém,
profissionais sem conhecimentos em hemoterapia e sem habilidades suficientes podem causar
complicações e danos importantes e fatais.
6 Referências
1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Hemovigilância: manual técnico para
investigação das reações transfusionais imediatas e tardias não infecciosas. Brasília: ANVISA,
2007.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual técnico para
investigação da transmissão de doenças pelo sangue. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
9
3. Junqueira Pedro C., Rosenblit Jacob, Hamerschlak Nelson. História da Hemoterapia no
Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [serial on the Internet]. 2005 Sep [cited 2010 July
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27(3):
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Available
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http://www.scielo.br/scielo.
script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000300013&lng=en.
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php?
10.1590/S1516-
84842005000300013.
4. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). RDC nº 153, de 14 de junho de
2004. Determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, 2004.
5. Lobiondo-Wood G, Haber J. Pesquisa em enfermagem. Métodos, avaliação crítica e
utilização. 4° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.
6. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 306, de 25 de abril de 2006. Normatiza a
atuação do Enfermeiro em Hemoterapia. Rio de Janeiro: COFEN; 2006.
7. Carrazzone Cristina F. V. Brito Ana Maria de, Gomes Yara M.. Importância da avaliação
sorológica pré-transfusional em receptores de sangue. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [serial
on
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Internet].
2004
[cited
2010
July
22];
26(2):
93-98.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000200005&lng=en.
doi: 10.1590/S1516-84842004000200005.
8. Ministério da Saúde (BR) Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2005. [acesso
em 22 de julho 2010]. Disponível: http://www.anvisa.gov.br
9. Cintra EA, Nishide VM, Nunes WA. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente
enfermo. São Paulo: Atheneu; 2001.
10. Phillips LD. Manual de terapia intravenosa. Porto Alegre: Artmed; 2001.
11. Ferreira, Oranice; Martinez, Edson Z.; Mota, Celso A. and Silva, Antônio M.. Avaliação do
conhecimento sobre hemoterapia e segurança transfusional de profissionais de enfermagem.
Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2007, vol.29, n.2, pp. 160-167. ISSN 1516-8484. doi:
10.1590/S1516-84842007000200015.
12. Hospital Sírio-Libanês. Guias de condutas hemoterápicas (Reações Trasfusionais). Abril de
2005.
10
Oficio01 - /2011
Goiânia 1 de Abril de 2011
A Revista Eletrônica de Enfermagem e Nutrição do CEEN/PUC-GO
A/C.: Roberta Vieira França
Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é “Conduta do enfermeiro
nas emergências transfusionais”, a fim de ser avaliado e publicado pela Comissão Editorial.
Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício
Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: [email protected], fone: (62)
3255 4747, assino autorizando sua publicação ³.
__________________________________________________________________________
Eu, Amanda Almeida da Silva, Enfermeira, residente na QI 04 Lote 1508, Setor de
Indústrias – Gama/DF, e-mail: [email protected], fone: (61) 92192897, assino
autorizando sua publicação ².
__________________________________________________________________________
Eu, Consuelo Ferreira Sabiá, Enfermeira, residente Qd 08 conjunto E lote 01 Setor
Sul- Gama / DF, e-mail: [email protected] , fone: (61) 35564516, assino
autorizando sua publicação ².
Sem mais para o momento, agradecemos.
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Oficio - /2011 Goiânia