GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MAROLO EM VIVEIRO Marcelo Polo; Laís Silva Araújo & Amanda Ávila Cardoso Laboratório de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Departamento de Farmácia, UNIFAL-MG, Alfenas, MG, Brasil. [email protected] A germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado botanicamente como a retomada do crescimento do embrião, com o consequente rompimento do tegumento pela radícula. No marolo (Annona crassiflora) essa germinação é extremamente lenta, necessitando, em condições de campo, de 240 a 260 dias para que 50% das sementes apresentem emergência da plântula. O objetivo deste estudo foi desenvolver métodos que permitam a produção de mudas do marolo, reduzindo o tempo entre a germinação e a colocação da muda no campo. Os experimentos foram realizados em viveiro florestal no município de Alfenas-MG. Foram usadas sementes de duas variedades: vermelha e amarela tratadas com ácido giberélico (GA3) na concentração de 5 ppm por 36 horas. O plantio das sementes foi realizado em duas condições: sacos de polietileno preto e em canteiro. Nos sacos de polietileno contendo substrato composto de solo e adubo orgânico no fundo (4/5) e areia na superfície (1/5) foram semeadas da variedade amarela: uma semente por saco no tratamento 1, duas sementes por saco no tratamento 2 e três sementes por saco no tratamento 3; da variedade vermelha: uma semente por saco no tratamento 4, duas sementes por saco no tratamento 5 e três sementes por saco no tratamento 6. Em canteiro de areia as sementes de ambas as variedades foram colocadas a 2 cm da superfície, sendo 180 sementes de cada variedade. Após a semeadura, o canteiro e os sacos foram molhados com uma emulsão de fungicida Moncerem IM com dosagem 1g/L e aplicação de 4L/m² como preventivo. A irrigação era feita a cada dois dias. Após a germinação no canteiro, as plântulas foram transplantadas para sacos de polietileno preto contendo solo e adubo orgânico. Após 223 dias da semeadura, para a variedade amarela o tratamento 1 apresentou 8,33% de germinação, o tratamento 2 14,17% de germinação, o tratamento 3 10,56% de germinação e o tratamento 7 (amarela) 25% de germinação. Para a variedade vermelha: o tratamento 4 apresentou 1,67% de germinação, o tratamento 5 2,50 % de germinação, o tratamento 6 3,33% de germinação e o tratamento 7 (vermelha) 35% de germinação. A sobrevivência das mudas, após 98 dias de terem sido transplantadas, foi de cerca de 50% para a variedade amarela e de 40% para a variedade vermelha. As sementes de ambas as variedades plantadas em canteiro tiveram uma taxa de germinação muito superior a todos os outros tratamentos. O transplante foi pouco eficiente, provocando a morte de metade das mudas. (FAPEMIG e CNPq) Palavras-chave: Annona crassiflora, reprodução, fruto do cerrado