Editorial Neste projeto que foi criado pelo Pastor Douglas Marins, estamos aprendendo todos os meses, que é possível expandir o evangelho no mundo. As histórias verídicas que são reproduzidas nestes livretos nos impulsionam a deixar um registro de fé para nossa família e amigos. O testemunho de Richard Baxter evidencia que não existe idade para ser fiel ao Senhor. Sendo assim, minha oração é que todas as nossas crianças, adolescentes e jovens de todas as Igrejas do Senhor Jesus Cristo, caminhem nesta terra deixando marcas de um verdadeiro cristão. Espero que os adultos reflitam, e sigam com esperança na proposta das boas novas que foi anunciada pelo nosso Salvador Jesus Cristo. Lembrando sempre, que somos embaixadores de Cristo nesta terra. Desejo a todos uma boa leitura, e que deixem gravado na tábua do vosso coração a vontade plena de servir ao Senhor independente das circunstancias. Claudio Ferreira A EQUIPE Pr Douglas Marins E Ana Paula Marins Claudemir Dias Cláudio Ferreira Eduardo Débora Corsi Ricardo Sankler Richard Baxter Nascimento e Formação Baxter nasceu em Rowtan, na Inglaterra, no dia 12 de novembro de 1615. Sua mãe chamava-se Adeney. Seu pai, dono de uma pequena propriedade, tinha o mesmo nome que o filho, Richard Baxter, e foi um homem sóbrio, respeitável e religioso. Visto que não dispunha de recursos para mandar o filho a uma universidade, o pai de Baxter contratou os serviços de instrutores particulares para educar o filho. Ordenação e Início do Ministério Enfermo, consciente de suas deficiências, mas profundamente desejoso de ser útil às almas que pereciam por falta de conhecimento, Baxter foi ordenado com apenas vinte e um anos de idade. Dudley foi seu primeiro campo ministerial. Ali ensinou em uma escola e pregou o Evangelho por nove meses. Ali também teve contato com os nãoconformistas, passando a aprofundar suas leituras sobre o assunto, o que o levou a questionar a sensatez da sua ordenação com tão pouca idade, e sem que tivesse amadurecido sua posição quanto aos votos que subscrevera. Depois deste pequeno período em Dudney, Baxter foi removido para Bridgenorth, onde tornou-se assistente de um idoso ministro. Três frases podem resumir seu ministério em Bidgenorth: fervor pela obra, compaixão pelos pecadores perdidos, convicção de que sua suficiência vinha do Senhor. Seu maior empreendimento não foi de escala nacional, mas local. Em 1641 foi nomeado pastor de Kidderminster, em Worcestershire, que na época tinha uma população em torno de 2.000 habitantes. Quando começou seu ministério ali, encontrou, nas palavras dele mesmo, “um povo ignorante, rude e libertino”. Poucas famílias iam à igreja. Além de pregar aos domingos e às quintas-feiras (uma hora cada vez!), Baxter iniciou um incansável programa de visitação, aconselhamento pessoal, e ensino, visitando casa por casa, dia após dia. Ele ensinava individualmente os membros de sua igreja, catequizando-os (isto é, pelo método de pergunta e resposta) sistematicamente no cristianismo básico. Gradativamente, uma notável mudança se observou em toda a cidade, de maneira que quando partiu, 20 anos depois, foi difícil encontrar uma família numa rua que não tivesse sido espiritualmente transformada. Na maioria dos domingos, 1.000 pessoas lotavam o templo (cinco galerias tiveram que ser construídas para acomodá-las). Seis anos após sua partida, ele não tinha ouvido falar de um só convertido que tivesse se desviado. Como pastor, Richard Baxter era incomparável. O que ele deixou feito e registrado em Kidderminster é talvez uma das maiores realizações pastorais da história da Igreja. Depois que Baxter foi obrigado a abandonar definitivamente Kidderminster, passou dois anos em Londres, quando teve oportunidade de pregar diante do Parlamento em abril de 1660. Depois foi designado capelão do rei, e muito se empenhou por uma causa perdida: a busca da compreensão mútua entre a Igreja da Inglaterra e os Nãoconformistas. A partir de então, até a sua morte, sua vida foi repleta de acontecimentos. Vivendo em uma época politicamente bastante conturbada, e sendo ele homem de princípios e célebre pregador e escritor, sofreu contínuas perseguições, acusações e prisões. Isto tudo, porém, aliado às muitas e constantes enfermidades, não o deixaram de modo algum inativo. Boa parte de seus livros foram escritos neste período, em meio a muitas dores e aflições. Casamento As muitas aflições de Baxter foram, em grande parte aliviadas, durante os dezenove anos deste difícil período da sua vida. Depois que saiu de Kinderminster, já com 47 anos de idade, Baxter casou-se com a Srta. Charlton, uma jovem de 23 anos, que havia sido uma das suas piedosas ovelhas naquela cidade. O casamento foi muito comentado, por causa da diferença de idade. Ele mesmo comentou, que “a notícia do casamento correu por toda parte, comentada às vezes com espanto, e às vezes como se fosse um crime. O casamento do rei não foi muito mais comentado do que o meu”. Mas um de seus biógrafos comenta que “a piedade foi a base e elo da união deles. Foi a piedade que acendeu e manteve viva a afeição recíproca entre eles. A sua profunda devoção, sua sadia discrição, talentos e diligência para com os afazeres domésticos, e sua oportuna solidariedade para com as mais variadas aflições do marido, provaram que ela era uma companheira apropriada para Richard Baxter”. Últimos Anos e Morte Referindo-se aos últimos anos da longa vida de Baxter, um de seus biógrafos escreveu: “Como uma estrela de primeira magnitude, nas mãos daquele que anda por entre os sete candeeiros de ouro, sua vida, luz, e resplendor permaneceram sem enfraquecer, quase até o final do último estágio da sua carreira mortal”. Realmente, quando tinha oportunidade, Baxter Pregava. Quando era impedido, muitas vezes abria sua própria casa, e ali reunia aqueles que queriam ouvi-lo, e ali mesmo pregava ousadamente o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.As últimas horas de Baxter foram calmas e tranqüilas, como o por do sol. Quando perguntado com se sentia às portas da eternidade, ele respondeu: “Quase bem.” Ele sentia que dentro em breve estaria plenamente bem. Na manhã do dia 8 de dezembro de 1691, com setenta e seis anos de idade, Baxter entrou tranqüila e abundantemente na glória. Muitas pessoas piedosas, das mais extremas posições, fizeram-se presentes no seu sepultamento. Ministros conformistas e não-conformistas uniram-se, pelo menos para se despedir de um gigante espiritual que partia, deixando admiração, respeito, e bela carta de recomendação escrita nas páginas dos seus muitos e admiráveis escritos, e nos corações de centenas - quem sabe milhares - que foram convertidos e edificados pelo Espírito Santo através do seu ministério. CARACTERÍSTICAS E CARÁTER Constantes e Variadas Enfermidades - Baxter foi marcado pela doença. Desde a mocidade até o fim de seus dias ele foi afligido por constantes e variadas enfermidades. Foi um homem literalmente enfermo da cabeça aos pés. Padeceu com dores reumáticas, tinha problemas estomacais, sofreu com freqüentes hemorragias no nariz, além de diversas outras enfermidades. Baxter foi tratado por mais de 35 médicos, sem muito resultado, o que o levou a evitá-los. Suas muitas enfermidades, entretanto, não o impediram de ser um servo reconhecidamente mais útil e produtivo do que milhares que desfrutam de perfeita saúde. Inteligência e Capacidade - Baxter é descrito por seus biógrafos como um homem inteligente, perspicaz, capaz, e possuidor de uma mente fértil e ativa - “uma fonte inexaurível de idéias”. Parece não ter havido assunto no âmbito da teologia sobre qual não houvesse aplicado sua mente. Por tudo isso, Baxter foi contado entre os homens mais inteligentes, talentosos e influentes de sua época. Piedade - Por maior que tenham sido a inteligência e capacidade de Baxter, sua piedade e moral foram ainda mais distintivas. Seus dons foram sempre dirigidos para a glória daquele que os havia doado; e seus labores para a honra do seu Salvador. Como Esdras, Baxter dispôs seu coração para compreender, praticar e ensinar as insondáveis riquezas de Cristo. E ele aplicou-se de tal modo nestes propósitos, que sua mente tornou-se singularmente familiarizada com as coisas lá do alto, aonde Cristo vive assentado à direita do Pai. O Demóstenes Inglês - Baxter tem sido chamado de “O Demóstenes Inglês”. A sua inteligência e piedade revelaram-se no púlpito de modo tão eficaz, que tornava-se difícil, para o coração mais endurecido, resistir aos seus argumentos, advertências e apelos. Baxter foi um desses homens cuja pregação foi inquestionavelmente autenticada por Deus. “Seus perscrutadores sermões, seu tom solene, seus apelos diretos ao coração, foram sancionados pelos céus, e despertaram convicções e preocupações nas consciências mais calejadas”. O resultado não poderia ser outro: “Kidderminster, que por longo tempo havia sido um deserto moral, pela bênção de Deus logo se tornou como um jardim do Senhor, e adquiriu a fragrância do Carmelo, e a fertilidade do Líbano”. ESCRITOS Uns 135 artigos de sua lavra foram publicados durante sua vida, e 5 obras póstumas foram impressas posteriormente. Ele é conhecido por três livros em particular. O primeiro, The Saints’ Everlasting Rest (O Repouso Eterno dos Santos), publicado pela primeira vez em 1650, é um livro sobre o céu, reconhecido como um clássico no assunto. O segundo, The Reformed Pastor, publicado pela primeira vez em 1656, é talvez o mais desafiador livro escrito para pastores. O terceiro grande livro de Baxter é A Call to the Unconverted (Um Chamado ao Não Convertido), publicado pela primeira vez em 1658, e considerado por muitos como o melhor livro já escrito acerca da conversão. É uma pena que apenas uma minúscula porção de tal tesouro, só agora, cerca de três séculos e meio depois, tenha sido traduzido para a nossa língua. Até onde sabemos apenas três obras de Baxter foram publicadas em português: Quebrantamento Espírito de Humilhação e Medita Estas Coisas, editados pela Editora Clássicos Evangélicos (dois capítulos de Direções e Persuasões para uma Conversão Segura); e O Pastor Aprovado, editado pela PES. Que este gigante espiritual seja mais conhecido no Brasil. Que seus escritos possam ser finalmente - já com séculos de atraso - traduzidos para a nossa língua. Que estes tesouros sejam redescobertos e lidos. Que produzam entre nós, o grande bem que produziram na vida daqueles que têm tido o privilégio de lê-los. E, quiçá, possam ser instrumentos nas mãos de Deus, para fazer em alguma - quem sabe, algumas - cidades no Brasil, o que fizeram em Kidderminster: fertilizar o deserto espiritual e moral em que temos vivido. Algumas das frases de Richard Baxter "Mate o pecado antes que ele o mate." "A cruz precisa ser carregada; não temos liberdade de passar por cima dela ou de evitá-la." "O céu pagará qualquer prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo." "Em nada, a não ser no céu, vale a pena colocar nosso coração." "Em nosso primeiro paraíso, o Éden, havia um caminho de saída, mas não havia forma de entrar de novo. Mas, quanto ao paraíso celestial, há um caminho de entrada, mas não há forma de sair de novo." "A ignorância é sua enfermidade; o conhecimento deve ser sua cura." “A morte perde metade de suas armas quando negamos em primeiro lugar os prazeres e interesses da carne.” Palavra Pastoral “Quase Bem..." Richard Baxter foi um dos gigantes da fé, e sem medo de errar, podemos dizer que ele se encaixa perfeitamente na lista de homens e mulheres dignos de Hebreus 11. Eu me identifico com sua história em pelo menos dois aspectos, a saber: a pouca idade na ocasião do chamado pastoral (eu fui para o seminário com 21 anos enquanto que ele com 21 foi ordenado); e o comissionamento para ser, a partir de 1642, por algum tempo, capelão do exército do Parlamento. Me chama atenção em sua história o seu amor pelas vidas, a sua dedicação pastoral as ovelhas do Senhor, bem como sua disponibilidade de discipula-lás. Num período em que os homens estão mais preocupados em construir um reino para si, Baxter deu anos da sua vida em prol do Reino de Deus. Ele também nos deixou a lição de que é possível transformar as realidades a nossa volta. Assim como ele mudou a realidade da cidade de Worcestershire, nas mãos de Deus, podemos ser agentes de mudança na família, na igreja, no trabalho... Já no fim de sua vida, mais uma lição. Pouco antes antes de morrer, ao ser perguntado se estava se sentindo bem, Baxter respondeu: "Quase bem...". O nobre pastor tinha razão, afinal, ninguém pode estar plenamente bem a não ser que esteja na presença do Deus eterno. Que a vida desse profeta de Deus nos inspire e nos encoraje a sermos mais usados pelo Senhor e a sermos mais parecidos com Ele. Fiquem com Deus, fiquem Bem! Seu pastor e amigo, Douglas Marins Livro Indicado para o mês de Agosto O livro A Experiência da Mesa (Devi Titus) trata sobre a família e como fortalecer relacionamentos e ter um lar mais feliz e unido através do “encontro” à mesa. S I N O P S E D O LI V R O A E X P ER I Ê N C I A DA M E SA “Espero que as mulheres do Brasil, solteiras, casadas, de todas as idades, aproveitem o tesouro contido nestas páginas. Com certeza, essas preciosidades ajudarão todas nós a sermos as mulheres sábias que edificam o lar.” Ana Paula Valadão Bessa “O notável dom do ensino de Devi Titus está à altura de seu gênio criativo em elaborar uma mensagem feita sob medida para discipular uma nova geração… Você e outros se beneficiarão de relacionamentos mais profundos e significativos. Recomendo este livro de coração!” Dr. Jack W. Hayford “Mulheres comprometidas a fazer ‘a mesa’ proeminente em seu lar podem mudar o mundo. Que busquemos esse ideal!” Vonette Z. Bright CARACTERÍSTICAS Título: A Experiência da Mesa Autor: Devi Titus Formato: 16x23cm Páginas: 212