ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
IPCA e INPC
Setembro 2014
Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2014
SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
COMENTÁRIOS
Setembro 2014
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de
setembro apresentou variação de 0,57%. Mais do que dobrou em relação à taxa de 0,25%
de agosto. Com setembro, o acumulado no ano fechou em 4,61% e ficou acima dos 3,79%
de igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice foi para 6,75%,
resultado superior aos 6,51% dos doze meses imediatamente anteriores. Constitui-se no
maior índice acumulado em 12 meses desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%. Em
setembro de 2013 a taxa havia sido 0,35%.
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no
período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no
período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (base).
Alimentação e Bebidas, o grupo mais importante na despesa das famílias, com
peso de 24,73%, teve impacto de 0,19 ponto percentual, ficando responsável por cerca da
terça parte do índice do mês. Os preços dos alimentos, após três meses em queda, junho
(-0,11%), julho (-0,15%) e agosto (-0,15%), voltaram a subir e foram para 0,78%, o maior
resultado de grupo em setembro, conforme a tabela a seguir.
1
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Grupo
Agosto
Índice Geral
Alimentação e Bebidas
Habitação
Artigos de Residência
Vestuário
Transportes
Saúde e Cuidados Pessoais
Despesas Pessoais
Educação
Comunicação
Setembro
Agosto
Setembro
0,25
0,57
0,25
0,57
-0,15
0,94
0,47
-0,15
0,33
0,41
0,09
0,43
0,10
0,78
0,77
0,34
0,57
0,63
0,33
0,39
0,18
0,13
-0,04
0,14
0,02
-0,01
0,06
0,05
0,01
0,02
0,00
0,19
0,11
0,02
0,04
0,12
0,04
0,04
0,01
0,00
O líder dos impactos foi o item carnes, com 0,08 ponto percentual. O quilo da
carne ficou, em média, 3,17% mais caro, chegando a 5,06% em Campo Grande e 6,12%
em Vitória. A menor variação ficou com o Rio de Janeiro, mesmo assim, registrando alta
de 1,00%.
Mas não foram só as carnes que subiram, outros itens ficaram mais caros em
setembro, conforme a seguir.
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Variação mensal (%)
Item
Agosto
Cebola
Cerveja em casa
Carnes
Farinha de mandicoa
Frutas
Doces
Leite longa vida
Frango em pedaços
Biscoito
Refrigerante em casa
Frango inteiro
Cerveja fora de casa
Refeição
Feijão-preto
Queijo
Arroz
Carnes industrializadas
Pão francês
-0,55
0,37
0,43
-1,42
-1,96
0,87
0,94
-1,19
-0,81
0,69
-0,60
-0,51
0,85
-3,16
0,13
-1,07
0,26
0,46
Setembro
10,17
3,48
3,17
2,52
2,11
1,90
1,75
1,68
1,30
1,24
1,18
1,02
1,02
0,92
0,86
0,68
0,40
0,38
Variação Acumulada
(%)
Ano
12 meses
32,89
5,61
12,23
-26,54
2,40
8,13
5,02
3,03
5,06
6,24
-0,67
6,28
7,64
-5,92
6,53
5,54
8,08
5,83
20,72
8,37
19,58
-28,71
9,80
9,68
-2,65
7,92
7,36
8,99
3,60
9,93
10,64
-6,78
10,28
5,17
12,96
9,37
Nos Transportes a alta foi de 0,63%, ao passo que, em agosto, havia ficado em
0,33%. Com a expressiva elevação de 17,85%, as passagens aéreas se apropriaram de
0,07 ponto percentual do IPCA e só foram superadas pelas carnes no
ranking dos
principais impactos do mês. No grupo, outros itens importantes influenciaram o índice. É o
caso dos aumentos verificados nos serviços de conserto de automóveis (1,35%) e na
compra de automóveis novos (0,76%).
Os combustíveis, por outro lado, tiveram queda de 0,05%, com os preços do
litro da gasolina em -0,07% e do etanol em -0,01%. Observa-se, no entanto, que estes
resultados tiveram influência contrária de aumentos significativos ocorridos na região
metropolitana de Salvador, onde o litro da gasolina ficou 10,98% mais caro e o etanol,
12,12%. A maioria das demais regiões mostrou queda nos preços dos combustíveis,
sobressaindo Goiânia, com -7,09% na gasolina e -9,68% no etanol.
3
Além dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,15% para 0,78%) e
Transportes (de 0,33% para 0,63%), outros três apresentaram crescimento na taxa de
variação de agosto para setembro: Vestuário (de -0,15% para 0,57%), Comunicação (de
0,10% para 0,13%) e Despesas Pessoais (de 0,09% para 0,39%).
Em Comunicação destaca-se o item telefone fixo, com alta de 0,24% nas
contas em razão do reajuste médio de 1,50% ocorrido nas tarifas de fixo para móvel a
partir do dia 31 de agosto. Já no telefone celular a variação foi de -0,37%, tendo em vista
que o reajuste apropriado em agosto nas tarifas de uma das empresas não se concretizou.
Nas Despesas Pessoais, observa-se a reversão do movimento de preços dos hotéis, cujas
diárias subiram 0,81% após a forte queda de 10,13% registrada em agosto. No item
empregado doméstico a variação foi de 0,78%, seguindo, para Salvador e Porto Alegre, a
metodologia de cálculo específica adotada nos últimos três meses. O procedimento
consistiu em utilizar os rendimentos referentes ao mês de abril para obter a tendência da
série de rendimentos em setembro. Assim, foram estimados, a partir de abril, cinco meses à
frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões
seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois
meses à frente com base nos rendimentos de junho efetivamente coletados através da
Pesquisa Mensal de Emprego – PME. No próximo IPCA, o de outubro, o cálculo de
Salvador e Porto Alegre levará em conta o acumulado de maio, junho e julho obtidos
através das informações da PME, sendo retirada a variação apropriada no IPCA de julho, de
agosto e de setembro.
Quanto aos grupos Habitação (de 0,94% para 0,77%), Artigos de Residência
(de 0,47% para 0,34%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,33%) e Educação
(de 0,43% para 0,18%) todos mostraram redução na taxa de crescimento de preços de
agosto para setembro.
Em Habitação, a taxa de água e esgoto apresentou queda de 0,45% após a alta
de 1,46% de agosto tendo em vista reajustes ocorridos em algumas regiões pesquisadas. Em
setembro, a queda foi em decorrência da região metropolitana de São Paulo, cujo resultado
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de -2,52% levou em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à
Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e
esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.
Nas contas de energia elétrica a variação foi de 1,37%. A maior alta foi
registrada em Brasília (12,54%), onde ocorreu reajuste de 18,88% nas tarifas desde 26 de
agosto; em Goiânia (8,62%), onde as tarifas foram reajustadas em 19,00% a partir de 12
de setembro; em Belém (4,17%), onde o reajuste 34,41% vigora desde o dia 07 de agosto;
também em 07 de agosto houve reajuste de 22,67% em Vitória (2,69%). Além disso, as
contas de energia ficaram mais caras em Salvador (7,10%), Recife (3,51%) e Belo
Horizonte (1,34%), regiões com aumento no PIS/PASEP/COFINS. Já o Rio de Janeiro
(-1,18%) se destaca com queda nos impostos.
A respeito da mão de obra para pequenos reparos, com alta de 1,04%,
seguiu-se o mesmo procedimento adotado para os empregados domésticos no cálculo de
Salvador e de Porto Alegre.
Ainda no grupo Habitação, foi registrada alta de 2,55% no gás de botijão,
cujos preços aumentaram nas 13 regiões pesquisadas, conforme abaixo:
• Vitória
6,68%
• Curitiba
5,53%
• Recife
5,49%
• Salvador
4,02%
• Fortaleza
2,90%
• Belém
• Belo Horizonte
2,66%
1,99%
• Brasília
1,77%
• São Paulo
1,69%
• Campo Grande
1,66%
• Rio de Janeiro
1,30%
• Goiânia
• Porto Alegre
1,29%
0,52%
5
Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Salvador (0,99%) e de
Brasília (0,98%). Em Salvador, os combustíveis (10,22%) foram responsáveis por 0,41
ponto percentual do índice do mês, com alta de 10,98% na gasolina e de 12,12% no etanol.
Além disso, a energia elétrica teve aumento de
7,10% em função das alíquotas do
PIS/PASEP/COFINS. Em Brasília a pressão veio das passagens aéreas (14,38%) e da
energia elétrica (12,54%), que refletiu o reajuste de 18,88% vigente a partir do dia 26 de
agosto. O menor índice foi o de Goiânia (0,19%), onde os preços dos combustíveis
ficaram 7,03% mais baratos e causaram impacto de -0,50 ponto percentual. A queda da
gasolina foi de 7,09% e a do etanol de 9,68%. A seguir encontra-se tabela com os
resultados mensais por região pesquisada.
Região
Salvador
Brasília
Vitória
Campo Grande
São Paulo
Recife
Curitiba
Belém
Belo Horizonte
Fortaleza
Porto Alegre
Rio de Janeiro
Goiânia
Brasil
Peso
Regional
(%)
Variação mensal (%)
Agosto
Setembro
Variação Acumulada
(%)
Ano
7,35
2,80
1,78
1,51
30,67
5,05
7,79
4,65
10,86
3,49
8,40
12,06
3,59
0,35
0,65
0,91
-0,07
0,18
0,29
0,08
0,98
-0,02
0,07
0,15
0,42
0,31
0,99
0,98
0,95
0,87
0,65
0,57
0,49
0,47
0,46
0,45
0,41
0,36
0,16
4,57
4,28
4,79
4,23
4,48
5,03
5,02
4,44
4,55
4,12
4,73
5,02
3,95
100,00
0,25
0,57
4,61
12 meses
6,54
6,41
6,66
7,16
7,13
6,26
6,40
6,41
6,65
7,63
6,26
6,75
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento
monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões
metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
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ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de
0,49% em setembro e ficou acima do resultado de 0,18% de agosto em 0,31 ponto
percentual. Com isto, a variação no ano foi para 4,62%, acima da taxa de 3,61% relativa a
igual período de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice está em 6,59%, acima
dos 6,35% relativos aos doze meses anteriores. Em setembro de 2013 o INPC havia sido
0,27%.
Os produtos alimentícios apresentaram alta de 0,73% em setembro, enquanto
os não alimentícios ficaram em 0,39%. Em agosto, os resultados foram -0,20% e 0,35%,
respectivamente.
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no
período de 29 de agosto a 29 de setembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no
período de 29 de julho a 28 de agosto de 2014 (base).
Quanto aos índices regionais os maiores foram os de Campo Grande e Vitória
ambos com variação de 0,87%. Em Campo Grande a taxa foi decorrente da alta de 1,72%
nos preços dos alimentos consumidos em casa, principalmente os das carnes que subiram
5,16% com impacto de 0,24 ponto percentual. Já na região metropolitana de Vitória foi a
energia elétrica (2,68%), com reajuste de 22,67% desde o dia 7 de agosto, juntamente com
a alta de 6,68% nos preços do gás de botijão os principais responsáveis pelo índice da
região. O menor índice foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,22%). A seguir
encontra-se tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
7
Região
Vitória
Campo Grande
Brasília
Salvador
Recife
São Paulo
Fortaleza
Belo Horizonte
Belém
Porto Alegre
Curitiba
Goiânia
Rio de Janeiro
Brasil
Peso
Regional
(%)
Variação mensal (%)
Agosto
Setembro
Variação Acumulada
(%)
Ano
1,83
1,64
1,88
10,67
7,17
24,24
6,61
10,60
7,03
7,38
7,29
4,15
9,51
0,91
-0,13
0,43
0,38
0,39
0,01
-0,05
-0,09
0,72
0,10
0,04
0,14
0,35
0,87
0,87
0,86
0,76
0,56
0,53
0,45
0,43
0,41
0,39
0,36
0,36
0,22
4,90
4,41
4,78
4,71
5,00
4,04
4,15
4,84
4,56
4,85
5,13
4,20
5,30
100,00
0,18
0,49
4,62
12 meses
6,28
6,58
7,29
6,02
6,45
6,66
6,22
6,66
6,87
6,31
7,68
6,59
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com
rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez
regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de
Brasília.
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