SER LUZ NO MUNDO DE HOJE!
Luz, Memória e Missão!
Ilustração do tema Cultural
Fontes de Inspiração:
1 - Tal como Jesus, movido por compaixão, comunicou a Sua palavra,
curou os doentes, deu o pão para comer, ofereceu a Sua própria vida,
também Ana Maria Javouhey se entregou ao serviço da humanidade,
servindo-a dos mais diversos modos: pela catequese, a instrução, o
serviço aos pobres, aos doentes1.
2 - Na “Parábola do Filho Pródigo” (Rembrandt 1668), o centro
dramático onde a luz incide, para onde o nosso olhar se encaminha, é o
contacto entre o pai e o filho que regressa a casa.
Eloquência do momento do retorno a casa, da beleza de voltar a sentir o
Amor, de se sentir amado, do momento em que depois do
arrependimento, tudo se torna mais claro, mais límpido e sereno.
3 - Na obra “A Conversão de São Mateus”, de Caravaggio2, ocorre o
Paradigma de uma mudança de vida; Cristo traz a Luz verdadeira a este
espaço escuro dos angariadores de impostos (taberna). Todos estão
distraídos e ocupados mas a luz intensa e patente no seu gesto incisivo
toca o coração de Mateus, faz com que o futuro apóstolo queira levantarse e segui-Lo. São Mateus olhou Jesus, deixou-se invadir e sem medo,
disse sim.
1 Papa Francisco -­‐ Carta Apostólica às Pessoas Consagradas para proclamação do Ano da Vida Consagrada, 2014 2 Caravaggio (1599-­‐1600), artista Italiano do Barroco, aplicava o tenebrismo, técnica em que os tons terrosos contrastam com fortes pontos de luz que nos conduzem ao longo da obra, desvelando o sentido das mesmas. 4 - Também Isabel de Aragão, Rainha Santa3, mulher cheia de devoção,
bondade e humildade, procurava a reconciliação e a paz entre as pessoas,
famílias e nações, dizia: “Deus tornou-me Rainha para me dar meios de
fazer esmolas”. A bondade que habitava na sua alma, na vontade de
saciar a fome dos pobres, leva Francisco de Zurbarán a retratar Santa
Isabel no ano de 1635, numa magnifica pintura atualmente exposta no
Museu do Prado. Nesta sublime obra, Deus intercede na compaixão da
mulher aqui representada, que num dia de janeiro, transforma moedas e
pão destinado aos pobres, em rosas.
A ilustração:
1. A imagem centra-se no conceito do milagre das rosas;
2. As pétalas de rosa que se espalham no fundo da ilustração sugerem
um vitral, fragmentação e projeção da Luz ao longo do desenho;
3. Enfatização do efeito da Luz entre o regaço e as rosas;
4. Evocação da condição imaterial da Luz no topo da imagem da Rainha
Santa;
5. O contraste entre o tenebrismo de Zurbarán e o azul do céu, realçam
por efeito da luz, a transformação do pão e esmolas em rosas que se
dissolvem no céu;
Síntese:
As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver
com rectidão. Elas são luzes de esperança. Jesus Cristo é a luz por
3 “levava uma vez a Rainha Santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-­‐a el-­‐Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-­‐Rei não sendo tempo delas.” antonomásia, o sol erguido sobre tudo. Mas, para chegar até Ele
precisamos também de orientação, outras luzes. E quem mais do que Ana
Maria Javouhey ou Rainha Santa, tão presentes nas nossas vidas, poderia
ser para nós estrela de esperança?
A Luz foi-nos dada pelo Batismo, temos essa luz dentro de nós, luz que
precisa de aparecer no vazio ou cinzento da vida. Se não iluminarmos o
caminho que percorremos quem o fará? Jesus desafia-nos a ser luz e
seguir o seu caminho; pelo amor, pela misericórdia, compaixão,
autodomínio, bondade, humanidade, tolerância, etc.
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