Aplicação das Diretrizes das Nações Unidas sobre as modalidades alternativas de cuidado das crianças. O seu direito de viver em família e de ser cuidado em todas as situações de sua vida 1 Olá! ÍNDICE Introdução 5 1. Vida em família e comunidade 2. Situação problemática 3. Respostas 9 11 4. Para saber um pouco mais 6 16 5. Seu cuidado alternativo em situações especiais 19 Esta versão amigável para crianças e adolescentes das Diretrizes das Nações Unidas sobre as modalidades alternativas de cuidado das crianças, foi realizada pela Rede Latinoamericana de Acolhimento Familiar, RELAF, com a cooperação do Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF. Ela Foi declarada de interesse pela Iniciativa Niñ@Sul, no marco da Reunião de Altas Autoridades de Direitos Humanos do Mercosul. É permitida a reprodução total ou parcial citando a fonte. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, abril de 2011. Introdução Em primeiro lugar você tem que saber que este trabalho tem como objetivo informar a todas as crianças e adolescentes de seu direito de viver em família, e fazê-lo valer como tal. Este documento se baseia na Convenção sobre os Direitos da Criança, e nas Diretrizes das Nações Unidas sobre as modalidades alternativas de cuidado das crianças. Estes Documentos dão indicações de como cuidar-se e proteger-se no caso em que não possa viver com seus pais ou esteja em perigo de perder esse cuidado, ajudando e orientando em todas aquelas decisões que se tomam em relação a você e ao seu bem-estar, seja a partir de algum Organismo Estatal ou a partir do setor privado. Sem dúvidas, o melhor lugar para que você cresça é com sua família. Todos os esforços devem ser para que você esteja sob os seus cuidados, e no caso em que não possa estar, buscar a forma mais rápida para que possa voltar a viver com ela. Se, por diferentes razões, você não puder viver com sua família, devem-se encontrar aquelas soluções que mais lhe convenham, de forma permanente, incluída a adoção ou todas aquelas ações que lhe assegurem um bom cuidado e respeito por sua integridade e singularidade. Ao conhecer quais são seus Direitos você também saberá quais são os das demais crianças. Isso faz com que você possa ajudá-los a saberem quais são seus direitos e a atravessar situações difíceis com sua ajuda solidária. Por último, é importante que saiba que isso beneficiará a você e a todos os meninos, meninas e adolescentes de 0 a 18 anos que não possam viver com seus pais ou estejam em risco de separação. Também servirá às crianças que estão vivendo com outra família e que necessitam continuar recebendo cuidado ou apoio por um tempo depois de haver alcançado a maioridade, segundo as leis ou normas de seus países. 5 1. Vida em família e comunidade Viver em família é um de seus direitos mais importantes, e todo menino, menina e adolescente tem que fazê-lo, salvo exceções, com seus pais. Sua família é o lugar onde você se sente seguro, reconhecido, querido e às vezes repreendido. Nela estão as pessoas que mais gostam e ajudam você… Às vezes pode haver uma mãe e um pai; outras, não. Sua família é sua tia, sua avó, alguém que se faz responsável por seu cuidado. Cuidar-lhe não é opcional. Seus pais, ou aqueles que lhe cuidam no lugar deles, estão obrigados a garantir seu crescimento e desenvolvimento integral: isso quer dizer que devem ser respeitados todos e cada um de seus direitos como menino, menina ou adolescente. 6 Não somente seus pais têm responsabilidades sobre seus cuidados. Também o Estado de seu país, as empresas e os organismos de cooperação internacional (tais como UNICEF ou Cruz Vermelha) têm obrigações que cumprir. Da mesma forma a comunidade na qual você vive tem compromissos contigo e com sua família, como por exemplo, facilitar-lhes o acesso a serviços de ajuda, dispor de lugares para escutá-los, contelos e ajuda-los quando necessitem, etc. 7 Você, como criança, tem um montão de direitos como a liberdade, a educação, a saúde, a recreação, a não participar em guerras, a não trabalhar, entre outros tantos. Contudo, existe um direito fundamental que você possui, que é viver em um âmbito familiar e comunitário. Ninguém melhor que sua família para fazer valer todos os demais direitos que citamos anteriormente, pois ela sabe quais são os cuidados mais adequados para você em cada situação ou problema que lhe afeta. Por último, é importante que saiba que há indicações específicas para garantir a convivência com sua família e sua comunidade, e que se você quiser, poderá lê-las: são as Diretrizes sobre as modalidades de cuidado alternativo das crianças. 8 2. Situação problemática Sabemos que todas as famílias passam por dificuldades e momentos de crise. Isso não quer dizer que seus pais não lhe possam cuidar adequadamente. É mais, em algumas famílias, esses momentos permitem o intercâmbio de idéias de forma que as crianças possam expressar o que querem e desejam, e assim poderão sair destas crises mais fortalecidas em suas relações. Mas em alguns casos, essas dificuldades não se lhes permitem cuidar adequadamente. Às vezes os adultos estão tão concentrados em seus problemas que quando você está doente não o levam ao hospital, ou quando ficam nervosos lhe castigam. Pode ser que as pessoas que lhe cuidam sejam viciadas em drogas ou álcool, ou que sua família sofra discriminação por ser parte de comunidades indígenas ou pertencentes a uma minoria. Também, que viva em regiões nas quais se desenvolve uma guerra, entre outras possibilidades. A seguir, verá algumas situações problemáticas e que coisas há que se levar em conta para sua melhor resolução 9 Se sua família está atravessando uma situação de pobreza Se sua família decide renunciar Se sua família está atravessando uma situação de pobreza. Há famílias que por estarem em condições de pobreza material não podem arcar com os custos e atender as necessidades de seus filhos (comida, casa, roupas, etc.). Isso nunca deve ser uma causa justificada de separação de seus familiares. Se isso ocorre com sua família, aqueles centros comunitários ou serviços encarregados de ajudá-la têm que apóiala para que ela possa cumprir adequadamente sua obrigação de cuidado. Pode ser que sua família, depois de haver recebido apoio e orientação profissional, se dê conta de que não poderá cuidar-lhe adequadamente. Nesse caso, deve-se avaliar se existem outros membros de sua família, como seus tios, avós, primos maiores, etc. que estejam dispostos a assumir seu cuidado sempre e quando você se sinta à vontade com eles. Se ninguém de seu ambiente familiar pode assumir seu cuidado Nesse caso deve-se buscar o mais rápido possível uma família para você, pelo tempo que seja necessário, de acordo com suas características. É muito importante que seus novos responsáveis possam entender e respeitar sua história, e que possam facilitar-lhe o contato com sua família e com seu ambiente familiar. 10 Quando se fez todo o possível para ajudar sua família e ainda assim deve-se buscar um lugar para você. Se forem feitos todos os esforços e ações para que sua família pudesse lhe garantir um bom cuidado e não se obtiveram os resultados esperados, estaríamos em condições de pensar e tomar aquelas medidas para sua separação do âmbito familiar, sempre tendo como primordial seu melhor interesse como menino, menina ou adolescente, o que seja melhor para você. 3. Respostas As respostas que se dá por uma situação problemática familiar sempre devem ter como objetivo principal seu cuidado, respeitando os laços importantes para você como são os de sua família. Por isso lhe enumeraremos três passos a seguir, para que você e sua família se sintam contidos e respeitados enquanto se buscam as melhores opções para seu melhor cuidado. espaços para que seja respeitado o desenvolvimento pleno de seus direitos dentro de seu bairro, vila ou cidade, gerando maior comunicação entre os membros de sua família, avaliando suas necessidades, buscando recursos para ajudá-la e orientá-la, e -no caso extremo em que tenha que ser separado de seu âmbito familiar – evitar que você seja alojado em alguma instituição desnecessariamente. APOIO PARA O FORTALECIMENTO DE SUA FAMÍLIA Primeiro: ajude à sua família FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES E COMUNITÁRIOS Na grande maioria de lugares, há profissionais e voluntários que trabalham em instituições (como igrejas, escolas, centros de saúde, clubes, etc.) dentro de sua comunidade. Essas pessoas deveriam criar O Estado e as organizações da sociedade civil (tais como clubes ou refeitórios de bairros) e a comunidade em seu conjunto devem apoiar a sua família e a todas as famílias que estejam em dificuldades emocionais, econômicas e sociais, para que possam cumprir com suas responsabilidades objetivando preservar a convivência de qualquer menino ou menina com sua família. 11 SEGUNDO: SE SE DECIDE A SEPARAÇÃO DE SUA FAMÍLIA NECESSIDADE DE SEU CUIDADO ALTERNATIVO Se ocorrer a situação na qual você deva ser separado de sua família, antes de ser tomada essa decisão deverá haver segurança de que se tenham esgotado todas as possibilidades no sentido de que você continue convivendo com ela. SEPARAÇÃO PARTICIPATIVO PROCESSO DE SEPARA seja tomada sobre você tem que ser com você, com Toda decisão que sej tutores legais, seus responsáveis e cuidadores familseus pais ou tutore Cada um tem que ser informado segundo suas iares potenciais. C formas particulares de entendimento (idade, idioma, etc.) e por seu pedido, ou de seus seu pais ou responsáveis, cada vez que seja tomada uma decisão, deverá escutar-se também a outras pessoas impordev tantes em sua vida. v SENSIBILIDADE NA MUDANÇA DE SEU LUGAR DE RESIDÊNCIA SENSIBILIDAD você será preparado para a situação, acompanhado Nesse caso, vo preferentemente por pessoas conhecidas. Se não forem conhepreferenteme deverão ser o mais amáveis, comunicativas e sensíveis cidas, deve possível. Não deverão estar uniformizadas, nem pertencer forças de segurança que não se relacionem ao cuidaa forç do das crianças, nem ameaçar-lhe ou culpar-lhe em relação à difícil situação que está atravessando 112 2 ALOJAMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO Lembre-se que sempre deverá escolher-se o que é mais adequado em sua situação particular. Há vezes que, por sua situação, pode necessitar um tipo de cuidado distinto ao de uma família e por isso o melhor é que viva, por um tempo, em um m lar, albergue ou outro tipo de instituição com outros meninos e meninas. inas. É importante que saiba que esses lugaress têm que estar preparados para recebê-lo -lo e ajudá-lo a resolver aqueles problemass que lhe afetam, enquanto outros profissionais ais trabalham da mesma forma com sua família. Esses lugares têm que ter poucass crianças, assim poderá ocupar-se melhor de e sua situação. Também as pessoas que aíí trabalham têm que saber e estar preparadas aradas para cuidá-lo sempre levando em m conta que sua passagem por esses es locais tem que ser pelo menor nor tempo possível. 113 3 TERCEIRO: A IMPORTÂNCIA DE CUIDAR SUA SINGULARIDADE E INTERESSES ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA, CRIANÇA POR CRIANÇA. Sempre há que se saber que a prioridade é você. Todas as decisões, iniciativas e soluções que forem tomadas com respeito a você ou outros meninos e meninas deverão ser tomadas conforme sua singularidade. Você é único ou única, e, como tal, tem suas próprias características aracterísticas e interesses, como por exemplo: etnia, religião, idioma, gostos culturais, jogos favoritos, time de futebol ol preferido, etc. Sempre que algum adulto o acompanhe em uma situação como as aqui descritas, terá que respeitar ar sua integridade e suas crenças mais profundas, sabendo que as melhores decisões a tomar são as que se ajustam a você em particular A IMPORTÂNCIA DE ESCUTAR A MENINOS NOS E MENINAS É necessário respeitar plenamente seu u direito de ser ouvido como menino ou menina, e que suas uas opiniões sejam levadas em conta e sejam consideradas as de acordo com sua idade e compreensão. Estes lugaress nos quais você é ouvido teriam que ser primeiramente te aqueles nos quais se desenvolve sua vida cotidiana:: sua escola, o hospital que freqüenta, o clube no qual você joga, etc. Com certeza se esses espaços ços que estão dentro de sua comunidade puderem derem garantir-lhe esse direito, muitas situações ões que acabam em um problema poderiam am ser ouvidas e resolvidas a tempo. 14 A PROMOÇÃO DO VÍNCULO COM SEUS IRMÃOS Às vezes, por diferentes motivos, seus irmãos não podem ser acolhidos por seus mesmos cuidadores (porque são muitos, porque não é a melhor solução). Mas ainda que seus irmãos não vivam junto com você, em todos os casos deve-se garantir que você continue em contato com eles. O ENVOLVIMENTO DE SUA COMUNIDADE A comunidade aonde você vive e se desenvolve tem um rol fundamental para garantir seu direito ito à vida familiar. Em primeiro lugar tem um lugar privilegiado para escutar utar a sua família. As instituições que aí se encontram, sejam governamentais ernamentais ou não, têm o contato primeiro e direto com as necessidades ssidades ou problemas que afetam sua família. Porr isso, esses lugares são os que melhorr entendem o problema pelo qual está stá passando (já que vivem dentro ro de sua comunidade e compartilham partilham sua cultura, sua linguagem, uagem, etc.) e podem dar-lhe ar-lhe aquelas respostas que mais se ajustam às suas uas necessidades e às de e sua família. 15 4. Para saber um pouco mais QUANDO NÃO PUDER VIVER COM SEUS PAIS VOCÊ TEM QUE TER UM CUIDADO ALTERNATIVO Existem duas modalidades de cuidados alternativos, a informal e a formal. A informal é quando você vive com outras pessoas que não são seus pais, por exemplo, sua avó, por um acordo entre essas pessoas e seus pais. A formal é quando alguma autoridade, pode ser um juiz ou outra, decidiu que você terá que viver com outra pessoa que não são seus pais, para lhe proteger. Além disso, pode ser que o incluam em outra família ou pode ser que levem você a uma instituição. Desta forma, há meninos, meninas e adolescentes privados dos cuidados de seus pais, que estão em amparo familiar (cuidados que se oferecem às famílias) e outros meninos, meninas e adolescentes que recebem cuidados institucionais (lares de convivência, albergues, comunidades terapêuticas, etc.). 16 CUIDADOS ALTERNATIVOS INFORMAIS Como dissemos, é informal, por exemplo, quando você vive com sua avó porque seus pais e sua avó chegaram a esse acordo entre eles. Mas ninguém, nenhuma autoridade, tomou essa decisão nem foi informada da mesma. Pode ser importante que alguma autoridade de proteção de direitos das crianças seja informada para que, desse modo, sua avó como responsável e você também possam estar amparados e receberem ajuda para seu cuidado É importante: O APOIO A QUEM LHE CUIDA: deverá ser garantido o acesso a todos os serviços e meios disponíveis aos seus cuidadores informais (avó, tio, etc.) para que possam cumprir com suas obrigações e compromissos de cuidado. O ACOMPANHAMENTO AOS SEUS CUIDADORES: deverá ser providenciada contenção a seus cuidadores. As equipes profissionais, formadas por recursos humanos com conhecimento, deverão orientá-los para que consigam sustentá-lo e melhorar seus cuidados com o tempo. A VINCULAÇÃO COM A SUA FAMÍLIA: Seus cuidadores deverão propiciar que você mantenha encontros com a sua família de origem, facilitando as condições para que isso aconteça. 17 CUIDADOS ALTERNATIVOS FORMAIS É formal quando, na separação de sua família, intervém algum organismo ou instituição da sociedade civil que tomou a decisão de proteger seus direitos. Então pode ser que você esteja aos cuidados de outra família ou em uma instituição. Além de preparar, controlar e apoiar àqueles que lhe cuidam, o mais importante é: UM CUIDADO ALTERNATIVO QUE SEJA TRANSITÓRIO: isso quer dizer que os profissionais que intervieram em seu caso deverão revisar a situação pelo menos a cada três meses, avaliando o problema que deu origem à separação de sua família de origem, para ver se foi resolvido e você pode voltar ou não. SUA IDENTIDADE: sDeverá apoiarse para que você sempre possa desenvolver o sentido de sua própria 18 identidade. Você tem uma história, e seus cuidadores, quaisquer que sejam, têm que favorecer e respeitar tudo aquilo que faça parte do seu passado. Pode ajudá-lo, por exemplo, a elaboração de um “diário de vida” no qual você irá registrando os diferentes momentos que está atravessando através de fotos, desenhos, cartas, etc. Estes objetos, que são seus, têm que acompanhálo ao longo de sua trajetória pelos diferentes lugares de cuidado. SUA OPINIÃO SOBRE OS CUIDADOS: você tem que ter acesso a um lugar conhecido e de confiança no qual possa notificar suas reclamações ou inquietudes com respeito ao tratamento que lhe dão ou às condições de acolhida nas quais você se encontra. A REVINCULAÇÃO COM SUA FAMÍLIA: seus cuidadores deverão fomentar e sustentar o vínculo com sua família de origem.familia de origen. 5. Seu cuidado alternativo em situações especiais Essa parte está destinada a comunicar-lhe o que há que levar em conta quando você se encontre em situação de acolhimento em um país diferente do seu, ou se você se encontra em situações de emergência resultantes de desastres naturais ou causados pelo homem (terremotos, guerras, furacões, etc.). Em todas elas, deverão ser tomadas em consideração essas orientações, que como dissemos ao princípio, estão nas Diretrizes das Nações Unidas sobre as modalidades de cuidado alternativo das crianças. meninas e os adolescentes É importante que saiba que todos os meninos, meni condições especiais são aqueles que estão nessas con que se encontram em posição de ma maior vulnerabilidade ou perigo de serem submetidos à exploração sexual, tráfico com fins sexuais ou outros delitos que podem cometer os adultos contra meninos e meninas, para evitar essas situações é que se devem tomar maiores cuidados. 19 O ACOLHIMENTO DE MENINOS, MENINAS E ADOLESCENTES FORA DE SEU PAÍS DE RESIDÊNCIA HABITUAL IGUALDADE DE TRATAMENTO: se você não está acompanhado ou foi separado de sua família, lhe serão oferecidos os mesmos níveis de proteção e cuidados que àqueles meninos, meninas e adolescentes que vivem no país no qual você está. ELABORAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO: Terá que se obter a maior informação possível que permita realizar uma avaliação da situação de risco na qual você se encontra, ou os motivos pelos quais você não se encontra acompanhado ou separado de sua família, e as condições sociais e familiares em seu país de residência habitual. GESTÃO DE DOCUMENTAÇÃO: deverá ser tramitada toda a documentação que demonstre sua identidade. MELHORES CUIDADOS: para determinar melhores cuidados, deverão ser levadas em conta suas características particulares: por exemplo: sua origem étnica, seu idioma, se você é uma menina ou menino, suas crenças religiosas e culturais, entre outras. LOCALIZAÇÃO DE SUA FAMÍLIA: Deve tratar-se de localizar a sua família e conhecer os motivos pelos quais você se encontra em um país diferente daquele no qual nasceu, para poder avaliar a possibilidade de voltar a viver com ela. AJUDA PARA VOLTAR: quando for encontrado um familiar seu que for aceito por você e que se encontre em condições de recebê-lo e protegê-lo, você deverá ser ajudado a retornar ao seu país o mais rápido possível. Em todos os casos, deverá estar garantido de que o seu retorno seja seguro. Um menino, menina ou adolescente jamais deverá ser devolvido de maneira arbitrária ou contra sua vontade ao seu país de origem. 20 AVALIAÇÃO SOBRE SUA VOLTA: você não será devolvido ao seu país de residência habitual quando, logo de ser avaliada sua situação considere-se que o retorno lhe colocará em perigo ou que não será recebido por um adulto preparado e em condições de cuidá-lo. ACOGIMIENTO EN SITUACIONES DE EMERGENCIA As situações de emergência são aquelas causadas por catástrofes naturais, assim como todas as que foram provocadas pelos homens (contaminação ambiental, transbordamento de rios ou de represas, incêndios etc.) e também aqueles deslocamentos forçados por guerras. LA MUDANZA COMO ÚLTIMA OPCIÓN: A mudança como última opção: se é necessária a mudança, deverá ser o mais próxima possível de seu lar, e estar projetada com um plano claro de retorno. Além disso, você deverá ser acompanhado por seus pais ou cuidadores conhecidos. ALOJAMENTOS EM MASSA: somente quando a emergência seja muito grande e supere as possibilidades de lhe oferecer um cuidado individualizado, você poderá ser alojado de maneira transitória em Lares de alojamento em massa, garantindo-lhe alimentos e habitação. De maneira imediata deverão ser buscadas e preparadas opções para que você passe a ser cuidado por uma família, enquanto retorna à sua família de origem. 21 PREVENÇÃO DE SEPARAÇÕES DESNECESSÁRIAS: uma vez superado o momento de maior crise, deverão evitar as separações desnecessárias de qualquer família. Além disso, deverá ser colocada especial atenção com respeito à prevenção do tráfico de meninos, meninas e adolescentes (por exemplo, através de adoções internacionais inapropriadas ou fora da lei). de organizações que já estejam trabalhando nesses territórios, para evitar dessa maneira, o tráfico de meninos, meninas e adolescentes. LOCALIZAÇÃO E REUNIÃO COM SEUS FAMILIARES: deverão ser aplicados os máximos esforços para localizar-lhe e reunir-lhe com sua família antes de buscar qualquer outra solução permanente, sendo este o objetivo principal. CUIDADOS EM OUTROS PAÍSES: se você está em uma situação de emergência, não lhe deverão levar a outros países para cuidados alternativos, exceto por razões de força maior relacionadas com sua saúde ou segurança. Em tais casos, você deverá ser acompanhado por seus pais ou por cuidadores por você conhecidos, quando as circunstâncias assim o permitam. Uma vez solucionada essa questão particular, você deverá voltar a seu país, ou à região mais próxima de seu lugar de origem para facilitar assim seu retorno. CUIDADOS ALTERNATIVOS: as vítimas de situações de emergência, tanto por catástrofes naturais (terremotos, furacões, demolições, etc.) como por deslocamentos forçados por causa de guerras, deverão permanecer sob o cuidado de famílias ou 22 CUIDADOS TEMPORÁRIOS: o cuidado alternativo deverá ser considerado como temporário, prevendose a reinsersão no âmbito familiar e comunitário, quando as condições assim o permitam. Até logo! relaf.org unicef.org