Professor/a: Fabiene Araújo
Disciplina: Produção Textual
Aluno/a: ________________________________________
3ª Série - Turma: ___ - ENSINO MÉDIO
No: ______
Data: ____/____/2012
PROPOSTA DO MÊS DE MAIO
Leia a coletânea de textos a seguir:
TEXTO 01:
Os 25 anos do MST
16/01/2009 − Depois de 500 anos de lutas do povo brasileiro e 25 anos de existência do MST, a Reforma Agrária
não foi realizada no Brasil. Os latifundiários, agora em parceria com as empresas transnacionais e com o mercado
financeiro – formando a classe dominante no campo − usam o controle do Estado para impedir o cumprimento da lei e
manter a concentração da terra. O MST defende um programa de desenvolvimento para o Brasil, que priorize a solução
dos problemas do povo, por meio da distribuição da terra, criação de empregos, geração de renda, acesso a educação e
saúde e produção e fornecimento de alimentos.
(http://www.mst.org.br/mst/especiais)
O Brasil vivia uma conjuntura de duras lutas pela abertura política, pelo fim da ditadura e de mobilizações
operárias nas cidades. Como parte desse contexto, entre 20 e 22 de janeiro de 1984, foi realizado o 1º Encontro
Nacional dos Sem-Terra, em Cascavel, no Paraná. Ou seja, o Movimento não tem um dia de fundação, mas essa
reunião marca o ponto de partida da sua construção.
(...)
Os participantes concluíram que a ocupação de terra era uma ferramenta fundamental e legítima das
trabalhadoras e trabalhadores rurais em luta pela democratização da terra. A partir desse encontro, os trabalhadores
rurais saíram com a tarefa de construir um movimento orgânico, em âmbito nacional. Os objetivos foram definidos: a luta
pela terra, a luta pela Reforma Agrária e um novo modelo agrícola, e a luta por transformações na estrutura da sociedade
brasileira e um projeto de desenvolvimento nacional com justiça social.
(...)
O MST é fruto da história da concentração fundiária que marca o Brasil desde 1500. Por conta disso, aconteceram
diversas formas de resistência como os Quilombos, Canudos, as Ligas Camponesas, as lutas de Trombas e Formoso,
entre muitas outras. Em 1961, com a renúncia do então presidente Jânio Quadros, João Goulart − o Jango − assumiu o
cargo com a proposta de mobilizar as massas trabalhadoras em torno das reformas de base, que alterariam as relações
econômicas e sociais no País. Vivia-se um clima de efervescência, principalmente sobre a Reforma Agrária.
Com o Golpe Militar de 1964, as lutas populares sofrem violenta repressão. Nesse mesmo ano, o presidente
marechal Castelo Branco decretou a primeira Lei de Reforma Agrária no Brasil: o Estatuto da Terra. Elaborado com uma
visão progressista com a proposta de mexer na estrutura fundiária, ele jamais foi implantado e se configurou como um
instrumento estratégico para controlar as lutas sociais e desarticular os conflitos por terra.
As poucas desapropriações serviram apenas para diminuir os conflitos ou realizar projetos de colonização,
principalmente na Região Amazônica. De 1965 a 1981, foram realizadas oito desapropriações em média, por ano,
apesar de terem ocorrido pelo menos 70 conflitos por terra anualmente.
(...)
Texto 02
MST foi processado mais de 600 vezes
20/01/2009
Foram centenas de invasões de propriedades rurais, saques a caminhões e protestos em órgãos públicos nos 25
anos de história do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), completados nesta semana. As estratégias
teriam forçado o governo a assentar cerca de 370 mil famílias, segundo cálculo da entidade.
O MST pagou um preço, com 31 mortos e mais de 600 processos judiciais contra cerca de 1.500 militantes
tornados réus ou candidatos a réus na Justiça em praticamente todos os Estados. Como o MST não existe juridicamente,
as ações atingem seus coordenadores.
Dos principais nomes, poucos escaparam de alguma medida judicial. José Rainha Júnior, hoje desligado da
entidade, respondeu a cerca de 47 processos, segundo a assessoria jurídica do MST, incluindo a acusação de homicídio
de um policial, pela qual Rainha foi absolvido, no Espírito Santo.
O economista João Pedro Stédile responde hoje a um processo aberto com base na Lei de Segurança Nacional,
criada na Ditadura Militar.
PROPOSTA:
Produza um texto dissertativo-argumentativo, entre 20 e 25 linhas, no qual você responda a seguinte questão: A
bandeira do MST de luta pela reforma agrária ainda é válida nos dias de hoje?
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Professor/a: Fabiene Araújo Disciplina: Produção Textual Aluno/a