Quer ser mais conhecido profissionalmente? Faça a gestão do seu nome
Segundo pesquisa da rede social LinkedIn, CEOs costumam ter versões reduzidas do
nome para facilitar aproximações
Infomoney
Conhecimento, liderança e capacidade de negociação são algumas das características que
contribuem para consolidar a marca de um bom executivo ou profissional no mercado. Há
outros fatores que ajudam a edificar essa marca, no entanto. Uma delas é o nome. Pelo menos
é o que constata uma recente pesquisa da LinkedIn, rede social voltada para contatos
profissionais. Segundo ela, há alguns nomes mais comuns entre os entre CEOs (chiefs
executives officers).
No Brasil, o nome que lidera entre os executivos é Roberto, seguido de Antônio, Eduardo,
Sergio, Carlos, Luiz, Marcelo, Ricardo, Fernando e Paulo. Na média mundial, o nome que lidera
é Peter, seguido de Bob, Jack, Bruce e Fred. Entre as mulheres, Deborah é o primeiro nome do
ranking, seguido de Sally, Debora, Cynthia e Carolyn. Enquanto nos EUA, o nome mais comum
entre CEOs é Howard, no Canadá é Ray e na Austrália, Mike.
Embora não haja propriamente um estudo científico sobre o assunto, o editor do livro NAMES:
A Journal of Onomastics (publicação da Sociedade Americana de Nomes) e professor de línguas
clássicas e modernas na Universidade de Louisville, Frank Nuessel, aponta que os hipocorismos
(formas mais curtas de determinado nome, como Bob para Robert) possam ser utilizados em
situações íntimas, por meio de apelidos ou expressões de carinho.
“É possível que profissionais da área de vendas nos EUA e os CEOs utilizem esta versão
reduzida de seus nomes para facilitar aproximações e acessibilidade para clientes em
potencial”, diz Nuessel em nota divulgada pelo LinkedIn.
Ugurhan Betin/ iStockPhoto
Temos que trabalhar a nossa marca pessoal de maneira exaustiva, para
que ele nos identifique sem enganos
Gestão do nome
A especialista em marketing pessoal e etiqueta empresarial, Lígia Marques, acredita que um
trabalho específico em cima do nome do profissional, tal qual uma marca, pode ser eficiente.
“Temos que trabalhar a nossa marca pessoal de maneira exaustiva, para que ele nos identifique
sem enganos. Usar abreviaturas, apelidos, só sobrenome, é tudo uma questão de avaliar o
benefício. Sobrenomes são os mais adequados para serem usados quando se quer realmente
uma diferenciação. Não devem ser deixados de lado quando usamos o prenome. Sempre juntos
é a melhor forma”, recomenda.
O especialista em branding, Arthur Bender, diz que nomes como Bob, Jack, Max, John ou Peter,
para CEOs, são muito mais sonoros e evocam muito mais diferenciação com valor em nosso
imaginário de homens poderosos do que, por exemplo, se daria com Reginaldo ou Wanderson.
“A lógica é simples e a mesma empregada com marcas corporativas nas suas denominações de
marca. Algumas brilhantes que evocam e traduzem o posicionamento e outras com nomes
rápidos, sonoros, amigáveis ou nomes com características do seu segmento e público”, analisa.
Simplicidade
Mas e no Brasil, onde essa realidade não se verifica na pesquisa? “Em alguns países, utilizar o
nome sem abreviações pode ser considerado mais profissional, como foi evidenciado na lista
dos melhores nomes de CEOs do Linkedin para o Brasil”, diz Nuessel.
Bender também explica seu ponto de vista sobre essa lógica. “Defendo que o nome deve, em
primeiro lugar, gerar o que é fundamental nas marcas: diferenciação - com um certo sentido
para o que queremos na vida. Numa segunda instância, facilidade de pronunciar e poder de
memorização. Numa sociedade congestionada de apelo de toda ordem e excesso de
informação, isso pode fazer uma boa diferença entre profissionais do mesmo calibre”, avalia.
Os nomes mais simples e diretos, lembra Lígia, podem estar associados com o trabalho desses
profissionais para simplificar o tratamento das pessoas. “Após a escolha da marca do
profissional, é necessário adotá-la como única, seja através do nome ou da abreviatura.
Também é adequado que ele evite atrelar seu nome profissional a determinada companhia, já
que o trabalho pode ser passageiro”, lembra Ligia.
A especialista acrescenta que esse “trabalho de gestão do nome como marca” também requer
bom senso na difusão desse conceito. “Não adianta consolidar um nome, ter muitos contatos
numa rede social e não ter atenção à foto do avatar, às mensagens publicadas e informações
divulgadas”, diz.
Setores
A pesquisa do LinkedIn mostra também que essa realidade é modificada à medida que
mudamos o setor de abordagem. “Não é um segredo que as pessoas associam frequentemente
seus nomes aos seus cargos, à empresa em que trabalham ou até mesmo ao seu grau de
instrução, de forma a definir a si próprias e suas marcas profissionais,” explica a cientista sênior
de dados do LinkedIn, Mônica Rogatti. “O interessante nos dados encontrados é que fomos
capazes de descobrir uma correlação entre o nome de um profissional e seu setor ou área de
atuação”, acrescenta.
Dessa forma, algumas áreas tem distinções no levantamento feito pela rede social. A área de
recursos humanos, por exemplo, tem como líderes os nomes Emma, Katie, Claire, Jennifer e
Natalie.
Na área de vendas, os nomes líderes são Chip, Todd e Trey, todos nomes mais curtos e de fácil
lembrança. Situação diferente ocorre entre profissionais ligados a restaurantes – onde os
principais nomes são Thierry, Phillipe e Laurent. Entre os atletas com maior frequência no
LinkedIn, estão os nomes Ryan, Matt e Jessica.
http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/quer-ser-mais-conhecidoprofissionalmente-faca-a-gestao-do-seu-nome/44565/
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