VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS
INFECÇÕES HOSPITALARES
Equipe Técnica:
-
Gladys Gonsales Igliori
Maria Gomes Valente
Milton Soibelmann Lapchik
Valquiria Oliveira Carvalho Brito
Vera Regina de Paiva Costa
Tel: 3350 6673
E-mail:[email protected]
NÚCLEO MUNICIPAL DE CONTROLE DE
INFECÇÃO HOSPITALAR
COVISA – GERÊNCIA DO CENTRO DE PREVENÇÃO E
CONTROLE DE DOENÇAS - CCD
Infecções relacionadas aos
procedimentos cirúrgicos
• Procedimentos cirúrgicos
– Pacientes internados ou admitidos
para o procedimento
– Realizados dentro do Centro
Cirúrgico
– Pelo menos 01 incisão
– Também cirurgias onde não há
sutura
– Cirurgias videoscópicas são
incluídas
Infecções relacionadas aos
procedimentos cirúrgicos
• Não são cirúrgicos
– Procedimentos fora do
Centro Cirúrgico (sutura
no PS)
– Procedimentos sem
incisão (punções,
incisão prévia)
– Biópsias endoscópicas,
episiotomias e
circuncisões
PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC
•
•
•
•
•
Staphylococcus aureus e Estafilococos Coagulase Negativa
Colonizante de pele  erradicação pela antissepsia
impossível  aumento da concentração no decorrer
do procedimento  descamação da pele  atinge
tecidos lesados pela cirurgia
Portador nasal de S. aureus (?)
Enterobactérias (Gram -)  E. coli, Klebsiella,
Enterobacter
Presentes em grandes concentrações em cavidades
ocas  cirurgias do tubo digestivo, vias biliares e
urinárias
Uso abusivo de cefalosporinas
Gram (–) não fermentadores  P. aeruginosa,
Acinetobacter
Internação prolongada, uso prévio de antimicrobianos,
maior gravidade clínica
PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC
•
•
•
•
•
Anaeróbios
Principalmente cirurgias do trato digestivo; em geral, agem
acompanhados de outros patógenos
Enterococos
Freqüência elevada, predominando em cirurgias do trato
digestivo e ginecológicas
Uso abusivo de cefalosporinas
Estreptococos
Menos freqüentes, porém curto período de incubação e
maior gravidade
Profissionais de saúde colonizados  associados a surtos
PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC
• Considerar as características específicas da
instituição
–
–
–
–
–
–
População atendida
Principais patologias cirúrgicas
Normas para uso de antimicrobianos
Disponibilidade de antimicrobianos
Média de permanência antes do procedimento
Outras
FATORES DE RISCO PARA ISC
• Microrganismos atingem a ferida operatória em geral
durante o ato cirúrgico
• Quando não há fechamento primário, ou há dreno, ocorreu
manipulação excessiva da ferida ou deiscência 
contaminação pode ocorrer no pós-operatório
• Implante secundário de patógenos por via hematogênica
A ruptura de continuidade da pele é o
principal fator para ISC !
FATORES DE RISCO PARA ISC
• Relacionados ao paciente
– Estado clínico  doenças agudas ou crônicas
descompensadas e infecção em sítio distante 
avaliação clínica criteriosa é imprescindível !
– Tempo
de
internação
pré-operatório
(por
desorganização da unidade hospitalar ou estado clínico
do paciente)  relacionado à colonização da pele pela
microbiota hospitalar
– Estado nutricional  desnutrição ou obesidade
– Imunodepressão e uso de corticosteróides  menor
inóculo e retardamento do processo de cicatrização
FATORES DE RISCO PARA ISC
• Relacionados ao procedimento cirúrgico
– Classificação da cirurgia de acordo com o
potencial de contaminação  fator clássico de
risco !
LIMPA
POTENCIALMENTE CONTAMINADA
CONTAMINADA
INFECTADA
FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias limpas
– Eletivas, primariamente fechadas e sem
drenos
– Feridas não traumáticas e não
infectadas, sem sinais inflamatórios
– Não há quebra de técnica
– Não há abordagem de vísceras ocas
Herniorrafia / Safenectomia
FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias potencialmente contaminadas
– Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, genitourinário e
orofaringe sob situações controladas, sem sinais de processo
inflamatório
– Pequena quebra de técnica ou implantação de dreno
nefrectomia
gastrectomia
FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias contaminadas
– Feridas traumáticas recentes (menos de 04 horas), abertas
– Contaminação grosseira durante cirurgia do trato digestivo
– Manipulação de via biliar ou genitourinária na presença de bile ou
urina infectadas
– Quebras maiores de técnica
– Inflamação, mas não secreção purulenta
Colecistectomia com inflamação
fratura exposta recente
FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias infectadas
– Presença de secreção purulenta
– Tecidos desvitalizados
– Corpos estranhos
– Contaminação fecal
– Trauma penetrante há mais de 04 horas
Ceco perfurado / fratura exposta há mais de 04 horas
FATORES DE RISCO PARA ISC
• Relacionados ao procedimento cirúrgico  duração do
procedimento cirúrgico
– Maior exposição ao ambiente externo
– Maior complexidade
– Pior estado clínico
– Menor experiência da equipe
– Desorganização da sala cirúrgica
FATORES DE RISCO PARA ISC
• Cirurgias de urgência
– Preparo inadequado do paciente
– Pior estado clínico
– Técnica menos rigorosa
Infecção Sítio Cirúrgico
Incisional Superficial
Incisional Profunda
Órgão/Espaço
Sitio Cirúrgico
Incisional
Superficial
Incisional
Profunda
Órgão/ Espaço
Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC
Incisional Superficial
Infecção dentro de 30 dias após o ato
operatório e envolve somente pele ou
tecido celular sub-cutâneo da incisão e pelo
menos um dos seguintes:
Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC
Incisional Superficial
1.Drenagem purulenta da incisão superficial
2.Isolamento de microrganismos em cultura
de fluidos ou tecidos obtidos de modo
asséptico da incisão superficial
Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC
Incisional Superficial
3.Pelo menos um dos seguintes sinais ou
sintomas: dor, edema, calor ou rubor e a
incisão superficial é deliberadamente
aberta pelo cirurgião mesmo que a
cultura da incisão seja negativa.
4.Diagnóstico de infecção incisional
superficial pelo cirurgião ou médicoassistente
IFC - Incisional Superficial
O seguinte não é relacionado como IFC
incisional superficial:
a) Abscesso do ponto: inflamação mínima ou
drenagem confinada aos pontos de penetração da sutura;
b) Infecção de episiotomia ou de circuncisão
do neonato;
c) Queimaduras infectadas;
d) Infecção incisional que se estende aos
planos da fascia e músculos.
IFC - Incisional profunda
Infecção dentro de 30 dias após
o ato cirúrgico se não for
deixado implante local ou
dentro de 1 ano se for
deixado implante local e a
infecção aparenta estar
relacionada com o ato
operatório e Infecção
envolve tecidos moles
profundos (planos
musculares/fascia) da incisão
e um dos seguintes:
IFC - Incisional Profunda
1. Drenagem purulenta da incisão profunda não de
órgão/espaço componente do sítio cirúrgico
2. Deiscência espontânea de incisão profunda OU esta
é deliberadamente aberta pelo cirurgião quando o
paciente apresenta pelo menos 1 dos seguintes:
febre>38oC, dor localizada (ou aumento da
sensibilidade), mesmo que a cultura da incisão seja
negativa
IFC Incisional Profunda
3. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a
incisão profunda é encontrado no exame direto, durante reoperação ou por exame radiológico ou histopatológico;OU
4. Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo cirurgião
ou médico-assistente.
IFC órgão/espaço
Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato
operatório se não há colocação de implante OU
dentro de 1 ANO se há colocação de implante
E a infecção aparenta estar relacionada com o
ato operatório; OU ...Infecção envolve
qualquer parte do corpo excluindo a incisão da
pele, fáscia ou camada muscular que foi aberta
OU manipulada durante o ato operatório;
E ... Pelo menos um dos seguintes:
IFC órgão/espaço
1. Drenagem purulenta de um dreno que esteja colocado
dentro de órgão/espaço;
2. Organismos isolados de fluidos ou tecidos obtidos de
modo asséptico do órgão/espaço;
3. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo o
órgão/espaço no exame clínico, durante re-operação ou
exame histopatológico ou radiológico;
4.Diagnóstico de uma infecção de órgão/espaço pelo
cirurgião ou médico-assistente.
IFC envolve mais de um sítio
específico
Infecção que envolve AMBOS sítios
incisionais, superficial e profundo é
classificada como Incisional Profunda
Infecção de órgão/espaço que drena através
da incisão e não há necessidade de
reoperação é classificada como Incisional
Profunda
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS - CCD
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
“PROF. ALEXANDRE VRANJAC” – CVE
DIVISÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR
e.mail: [email protected]
telefone: (11) 3066-8261 e 3081-7526 FAX: (11) 3066-8261 e 3082-9395
PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DO HOSPITAL
REGISTRO DE INFECÇÕES HOSPITALARES
ANO: 200_
HOSPITAL:
CCIH realiza vigilância de infecções cirúrgicas pós-alta?
Sim
Não
Em caso afirmativo, informar o método:
busca telefônica:
carta pré-selada para paciente dar retorno dos sintomas:
ambulatório de egressos com acompanhamento de um membro da CCIH:
PRESIDENTE DA CCIH:
MUNICÍPIO:
DIR:
RESPONSÁVEL NO MUNICÍPIO:
RESPONSÁVEL NA DIR:
PLANILHA 1 - INFECÇÕES EM CIRURGIA LIMPA
IMPORTANTE: NÃO EDITAR AS PLANILHAS.
Indicação: indicado para preenchimento por hospitais e clínicas-dia que realizam cirurgias limpas.
Indicador que será gerado: Incidência de infecção em ferida cirúrgica limpa. (IIFCL)
Fórmula de cálculo: IFC / CL x 100
Preencher um quadro para cada mês do ano e enviar os dados mensalmente.
Janeiro
Especialidade cirúrgica
CCARD
CGERA
CIRPE
CIVAS
GASCI
GINEC
NEUCI
ORTOP
PLAST
TORAX
UROCI
Total
Número de infecções em
Número de cirurgias
ferida cirúrgica limpa (IFC)
limpas realizadas (CL)
0
IIFCL
0
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
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EXERCÍCIO 1
• IJW, 30 anos, masculino, deu entrada no hospital de referência com
supuração de parede, 15 dias após hernioplastia realizada no hospital
geral.
• O paciente foi internado apresentando drenagem de secreção purulenta
da ferida cirúrgica com acometimento de tecidos profundos.
• Foi colhida cultura e instituída terapia antimicrobiana.
• O agente isolado foi E. coli.
• Perguntas
• Qual a síndrome infecciosa apresentada pelo paciente?
• È infecção hospitalar? Justifique.
EXERCÍCIO 2
• TAN, sexo masculino, 68anos, admitido na Unidade de Cirurgia Geral
em 07/03/03 com diagnóstico de fratura de colo de femur. Submetido a
correção cirúrgica com colocação de prótese em 07/03/03.
• Após 2 meses iniciou quadro de febre diária (>°38C) e dor no local da
incisão cirúrgica. Exame radiológico mostrou evidências de
osteomielite.
• Não foram realizadas culturas
• Perguntas
• Qual o potencial de contaminação da cirurgia realizada?
• Qual a síndrome infecciosa que o paciente apresenta? Justifique.
• Preenche o critério de Infecção Hospitalar? Justifique.
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Apresentação do PowerPoint