Transtorno da fala e linguagem em adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social Oliveira CCC, Stivanin L, Scivoletto S Dr Christian César Cândido de Oliveira Fonoaudiólogo Programa Equilíbrio Instituto de Psiquiatria da USP Vulnerabilidade Social Diz respeito à falta de ativos materiais e imateriais a que determinado indivíduo ou grupo está exposto, e que potencialmente pode implicar em alterações bruscas e significativas em seus níveis de vida Favorecem o desenvolvimento de psicopatologias, uso de drogas, etc ... e distúrbios da comunicação? Katzman (2005) TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO ORAL LINGUAGEM FONOLOGIA MORFOLOGIA Base cognitiva linguística -> uso inadequado dos sons da língua FALA SINTAXE ARTICULAÇÃO Motor – Ósseo/muscular FLUÊNCIA VOZ DISTÚRBIO FONOLÓGICO PROCESSO FONOLÓGICO EXEMPLO IDADE DE ELIMINAÇÃO Redução de sílaba Anel – “nel” 2 anos e 6 meses Harmonia Consonantal Sapato – “papato” 2 anos e 6 meses Plosivação de Fricativas Sapo –“tapo” 2 anos e 6 meses Simplificação de Velar Cachorro – “cachou” 3 anos Frontalização de Velar Gama – “dama” 3 anos Posteriorização para velar Dama – “gama’ 3 anos e 6 meses Posteriorização para palatal Zêlo – “gelo’ 4 anos e 6 meses Frontalização de Palatal Gelo – “zêlo” 4 anos e 6 meses Simplificação de Líquida Cara ou calha – “caia” 4 anos e 6 meses Simplificação do Encontro Prato – “pato” ou “plato” Consonantal /R/ e /L/ Planta – “panta” ou “ pranta” Simplificação da Consoante Final Pasta – “pata” Idiossincráticos: ensurdecimento de plosivas: Boi – “poi” 6 anos e 6 meses 6 anos e 6 meses DISTÚRBIO ARTICULATÓRIO OBJETIVO Verificar a prevalência de TF e TA em adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social METODOLOGIA Casuística: 191 adolescentes, média de 14,3 anos, 67% do gênero masculino, atendidos entre set/07 e mar/10 no Programa Equilíbrio (parceria entre IPq/USP e Prefeitura de São Paulo) Clube Esportivo Psiquiatra Pediatra Fonoaudiólogo Fisioterapeuta Técnico em Enfermagem Neuropsicólogo Psicólogo (infância e adolescência) Psicólogo Familiar Psiquiatra Familiar Terapeuta Ocupacional Arte educador Preparador Físico Psicopedagogo Assistente Social Reintegração Sócio Familiar Método: Teste de Linguagem Infantil (ABFW) para o diagnóstico de transtorno fonológico e articulatório RESULTADOS Transtorno Fonológico (TF) = 12,5% (n=24; 14,06% dos meninos e 9,5% das meninas) Transtorno Articulatório (TA) = 9,9% (n=19; 10,15% dos meninos e 7,9% das meninas) TF e/ou TA = 18,8% (n=36) NÃO FORAM CONSIDERADAS AS ALTERAÇÕES SÓCIODIALETAIS Ex. Gírias, vícios de linguagem, derivações regionais DISCUSSÃO Grupo de risco para transtornos da comunicação oral + estimulação de linguagem deficitária + saúde materna + antecedente familiar + audição e processamento auditivo +alterações stresse precoce ortodônticas não tratadas IMPACTO Auto estima Aprendizagem oral e escrita pode dificultar o processo de reintegração! Ocupação Obrigado pela atenção [email protected] Programa Equilíbrio Instituto e Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo www.programaequilibrio.org.br