ARTE COMO FERRAMENTA DE HUMANIZAÇÃO NO ESPAÇO HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA Maria Elaneide da Silva Cristiane dos Santos Alves Letícia Rocha de Santana Graciela Brito Nery Maria de Fátima Carneiro da Rocha Leniée Campos Maia Claúdia Cazal O projeto de “Arte Como Terapia: um novo olhar em saúde” é um projeto vinculado ao Programa MAIS (Manifestação de Artes Integradas à Saúde) e se trata de uma iniciativa de levar atividades relacionadas à expressão da arte para pacientes hospitalizados, acompanhantes e profissionais da saúde. Uma das áreas de intervenções é o setor de Doenças Infecto Parasitárias do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e atende pacientes de todas as idades internado no setor. O projeto tem como principal objetivo amenizar a tensão e o estresse provocados pelo ambiente hospitalar e pela situação em que cada um se encontra nesse espaço, seja ele paciente, acompanhante ou funcionário. O trabalho realizado no setor de Doenças Infecto Parasitárias foi focado no artesanato e artes plásticas e foram planejados pelas alunas do projeto juntamente com os professores orientadores. Os encontros foram realizados uma a duas vezes por semanas no próprio setor com intervenções de 2-3 horas de duração. Os beneficiados, tanto os pacientes como os acompanhantes, realizaram atividades criativas, divertidas e de trabalhos manuais e, nesse momento, interagira uns com os outros os fazendo sentirem-se melhor e mais confiantes para enfrentar o tratamento. O ambiente tornou-se tão descontraído e leve que médicos, enfermeiros e funcionários da limpeza procuram integrar às atividades apenas para ver de perto os trabalhos realizados pelos pacientes e, com isso, tornando mais humana a relação paciente e profissionais da saúde. O setor de Doenças Infecto Parasitárias, em especial, é um setor em que encontramos pessoas mais debilitadas e frágeis, fisicamente e emocionalmente, por isso, sempre que possível, no fim da atividade, separou-se um momento para contar um conto ou fábula, a fim de promover um momento positivo de reflexões e debates entre todos os participantes, nesse momento, são postos livres para exporem suas opiniões e sentimentos e é comum um ou outro paciente se sentir a vontade e dividir experiências de vida ou lançar uma palavra de conforto e esperança para os que estão presentes. Observou-se que as intervenções levaram para os pacientes e acompanhantes muito mais do que arte e cultura, mas um pouco de alegria e descontração, a fim de aliviar a tensão e o estresse. O contexto oferecido pelo projeto contribuiu de forma indireta para um melhor tratamento e qualidade da estadia do paciente na enfermaria. Desta forma, os resultados foram além das expectativas da equipe de atuação, pois permitiu um maior diálogo entre todos inseridos naquele meio, melhorou o acolhimento e liberdade de expressão entre os participantes. Foi perceptível a redução do estresse e o que antes era desânimo e timidez transformou-se em sorrisos e palavras de agradecimentos ao fim de cada intervenção. Integrar a arte como terapia em prol de pacientes internados parece contribuir para o esquecimento da dor, e tem tornado possível o bem estar daqueles que XV ENEXT/I ENExC - 2015 antes se encontravam deprimidos ou ansiosos, como também aumentado a interação entre os pacientes e os profissionais de saúde que demonstram satisfação com o desempenho e animação dos pacientes participantes. O projeto foi financiado pela PROEXC (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPE). Palavras–chave: Saúde, Humanização em Saúde, Arte. XV ENEXT/I ENExC - 2015