PIPEX – QUEBRANDO PARADIGMAS, A SALA DE AULA TAMBÉM É UM
LABORATÓRIO.
Artur Gonçalves de Souza Menezes1,3; João Victor da Silva Nunes1; Íris Trindade Tenório
Jacob1; Maria Caroline Gonçalves Lins1; Aline Guedes do Nascimento1; José Israel Feliciano
Durval1; Midia Fidélis Fernandes Penha1; Paulo Antônio Padovan2.
1
Monitores do projeto graduandos do curso de Licenciatura Ciências Biológicas da UFPE.
2
Prof° Dr. do Dpto. de Histologia e Embriologia da UFPE, Coordenador do projeto.
3
[email protected]
O PIPEx é um importante projeto de extensão do Centro de Ciências Biológicas voltado para
as práticas em ensino de ciências para alunos de escolas publicas do interior de Pernambuco.
Este projeto outrora já foi sediado em Limoeiro, e atualmente realiza as suas atividades no
município de Passira-PE, agreste pernambucano. Dentre suas atividades em escolas da zona
rural desta cidade, o projeto desenvolve diversas atividades itinerantes de cunho científico
com atividades lúdicas que movimentam escolas em áreas sociais de risco. Assim este é um
projeto de grande relevância para a formação dos alunos do referido curso.
Palavras-chave: Extensão; Ensino; Ciências.
Introdução
Já é alvo de muitas discussões a visão de que a sala de aula pode ser utilizada como
uma importante ferramenta para a quebra do paradigma, este é um local onde na maioria das
vezes o professor realiza apenas aulas tradicionais. No Programa Integrado de Pesquisa,
Ensino e Extensão (PIPEx) há uma grande sensibilidade para com este assunto, onde busca-se
não só a formulação de idéias que mudem a realidade de uma escola de comunidade rural,
como também busque-se, através da práxis, comprovar a veracidade de tais idéias.
Objetivo
Descrever o perfil do Programa Integrado de Ensino Pesquisa e Extensão (PIPEx),
além de caracterizar suas principais atividades em conotação com os ganhos atribuídos às
escolas e, conseqüente, seus municípios somados à experiência da prática docente de alunos
do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFPE.
O PIPEx e a Prática em Ciências
A tradicionalidade impregnada no ensino das escolas regulares faz parte de um
paradigma o qual necessita ser mudado. Sabemos que mudá-lo é essencial para melhorar a
qualidade de ensino nas escolas. Para isso o PIPEx entra em cena em espaços onde a aula já
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está mergulhada em um contexto bastante crítico e as aulas de ciências já não têm mais os
resultados esperados. Após atuar de modo fixo, como na cidade de Limoeiro (através de
atividades em sala de aula), e itinerante, por cidades como Lagoa de Itaenga, Carpina e
Vicência (através de caravanas), este programa está sediado no município de Passira, no
Agreste de Pernambuco, incluindo escolas da zona rural (nos Distritos Sítio de Bengalas,
Tamanduá e Varjadas) na abrangência de seu trabalho. Dentre as várias estratégias dos
bolsistas deste programa, um dos pioneiros é a transformação da sala de aula num âmbito da
prática de ciências, utilizando materiais simples encontrados na maioria dos laboratórios de
ciências escolar comparando-os com materiais similares mais baratos, e assim, integrar os
alunos com materiais a serem utilizados durante várias outras práticas de ciências. O tema
trabalhado
nesta
aula
introdutória
é
“Instrumentos
e
vidrarias
laboratoriais”
e
“Biossegurança”. Quando os alunos encerram este preparatório, estão aptos para participarem
de práticas que irão complementar as aulas ministradas pelos professores. Posterior a esta
atividade, as aulas práticas ministradas pelo grupo possuem uma culminância com os
conteúdos que o professore está ministrando em suas aulas, contribuindo assim para uma
melhor assimilação. As aulas práticas podem ser desde modelos já preexistentes adaptadas
para o contexto da comunidade até novos modelos elaborados através de conversas entre os
estagiários, professores de ciências da escola e o professor coordenador do projeto. Quanto
ao retorno destas atividades, para o âmbito acadêmico, nota-se que elas contribuem
relevantemente para a formação docente dos bolsistas, alunos do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas da UFPE.
Avaliação do Desempenho dos Alunos
Para avaliar o desempenho dos alunos das escolas, são utilizados vários métodos
processuais, o que demonstra a efetividade das praticas realizadas, tais como perguntas sobre
o desenrolar da aula, diálogo com os professores e observação do impacto de tais métodos
com a turma. Em um dos diálogos com uma das professoras de ciências, de um sexto ano do
ensino fundamental, ficou clara a colaboração direta do projeto com o desempenho da turma
na avaliação trimestral. Ao compararem-se as notas do inicio do ano quando o projeto ainda
estava se instalando com notas dos trimestres posteriores, observa-se que estas melhoraram
consideravelmente. Isto serve de adendo para a continuação da parceria existente entre a
Universidade e a Comunidade.
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Considerações Finais
Partindo de atividades educacionais como estas, podemos almejar por novos ares na
educação municipal onde, desde a academia, os futuros docentes inserem-se no contexto
educacional para implantar novas noções na busca da mudança no campo educacional.
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