Parnasianismo No Brasil Os Parnasianos Brasileiros • Em 1878, os jornais brasileiros deram notícia de uma polêmica literária intitulada “A batalha do Parnaso”. O principal interesse dos poetas que participavam dessa polêmica era defender a possibilidade de criação de uma poesia filosófico-científica que refletisse o espírito da época em que era escrita. Início do Parnasianismo • Esse não foi o início do Parnasianismo entre nós, mas o mérito dessa controvérsia foi agitar o cenário cultural e preparar o público, apegado ao arrebatamento emocional romântico, para uma significativa mudança no tom dos poemas. Seguidores entusiasmados • O apego mais rigoroso aos princípios estéticos do Parnasianismo encontrou no Brasil alguns seguidores entusiasmados. Os mais destacados foram os poetas Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho. Olavo Bilac • Olavo Brás de Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918) começou a publicar seus versos aos 18 anos, na Gazeta Acadêmica da Faculdade de Medicina. O sucesso dos primeiros sonetos fez com que o escritor abandonasse a carreira de Medicina e iniciasse o curso de Direito. Olavo Bilac • Fundou, com Machado de Assis, o Grêmio de Letras e Artes que, mais tarde, seria transformado na Academia Brasileira de Letras. • Patriota, compôs a letra do Hino à Bandeira. Sonetos • Olavo Bilac tornou-se um mestre na arte de escrever sonetos, que aprendeu estudando a obra dos grandes sonetistas portugueses: Bocage e Camões. Abraçou o culto à forma como devoção. Raimundo Correia • Ao lado de Olavo Bilac, Raimundo Correia apresenta-se como um parnaso que não submeteu sua sensibilidade à devoção da forma. Embora tenha abraçado a ideia da perfeição formal, seus sonetos exploram a força das imagens sugestivas, fazendo com que o autor oscile entre a descrição e a sugestão. Alberto de Oliveira Considerado por Olavo Bilac o “chefe” do Parnasianismo brasileiro, Alberto de Oliveira se dedicou inteiramente ao culto da forma a partir do segundo livro de poesias que publicou, Meridionais (1884). • Ele é, entre os autores do período, um mestre na arte de compor poeticamente retratos, quadros, cenas, em que predomina uma combinação entre a perfeição da forma e a descrição. Vicente de Carvalho • Aborda uma variedade de temas para louvar a natureza, mas mostra especial fascínio pelo mar. Ficou, por isso, conhecido como o “poeta do mar”. • Embora tenha características individuais bem distintas, sua poesia conserva os principais traços parnasianos: gosto pela recriação poética de cenas da natureza, objetos artísticos ou acontecimentos históricos. É evidente também o cuidado com a forma.