DRM NA SET 2012 - A PARTICIPAÇÃO DO DRM NO EVENTO FOI COMPLETA, COM ESTANDE, PALESTRA E LANÇAMENTO DE TRANSMISSOR Estande O estande da DRM (Digital Radio Mondiale) foi dos mais movimentados da SET 2012. Este ano, os participantes do maior evento anual brasileiro de tecnologia de rádio e televisão tiveram oportunidade de conhecer de fato, o que é o Rádio Digital. Os milhares de visitantes do estande da DRM na Feira Broadcast & Cable da SET 2012 foram conhecer de perto o funcionamento, os limites, as vantagens e especialmente o sistema que já funciona em nove países do mundo e está em análise para ser implantado também no Brasil. Durante todo o evento organizado e promovido pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações, a DRM demonstrou seu sistema com transmissão no stand em AM digital, com um modulador da Digidia, em DRM30, além de vários modelos de aparelhos de rádio receptores expostos. Entre os inúmeros visitantes estiverem presentes no stand da DRM, representantes do governo do Equador: Carlos Mendieta (Ministério de Telecomunicações), Christian Vega (Secretaria Nacional de Telecomunicações) e Gustavo Orna (Superintendência de Telecomunicações). As autoridades do governo equatoriano afirmaram que o Equador deverá seguir o modelo brasileiro de rádio digital, mas já adiantaram que são “claramente favoráveis ao modelo de negócios e da tecnologia desenvolvida pelo DRM”. Antes de deixar o stand, os representantes do Equador solicitaram o agendamento de testes do sistema DRM em seu país. 1 Palestra A palestra sobre o DRM foi ministrada por Carlos Acciari (da Digidia – empresa francesa do Consórcio coordenador internacional da DRM) e Rafael Diniz (especialista da Unicamp) foi realizada dentro do Seminário de Rádio, coordenado por Marco Túlio (Sistema Globo de Rádio). Carlos Acciari destacou as capacidades técnicas do sistema de transmissão digital em DRM, como o uso reduzido de largura de espectro tanto em AM como em FM. “Em FM o DRM utiliza somente 100Khz quando o FM analógico utiliza 200Khz. O sistema digital americano por exemplo, utiliza 400Khz” ressaltou o representante francês alertando que em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, onde o espectro de frequências já está lotado, apenas o sistema DRM poderá comportar todas as rádios existentes. Em AM digital o sistema DRM ocupa somente 10Khz de largura de banda, contra 30Khz de sistema concorrente, lembrou Acciari, que ainda enumerou outras vantagens do sistema DRM: * O DRM é o único que funciona em ondas curtas (OC), possibilitando a implantação da transmissão digital das rádios governamentais, de alto alcance e alta importância social, integradoras e mantenedoras da soberania nacional. No Brasil, por exemplo, a Rádio Nacional da Amazônia que atinge toda a região da Amazônia incluindo países vizinhos como Argentina e Venezuela, somente funcionará em digital por meio do sistema DRM. * O DRM permite a transmissão de quatro programações simultâneas, além de dados como fotos e mensagens de texto. O delay de áudio da DRM é o menor, o que favorece transmissões esportivas, por exemplo. Além disto, com o DRM é possível transmitir em Surround Sound, que pode ser reproduzido tanto em home-theaters como em automóveis com som surround. * Em caso de catástrofes, o DRM é o único sistema que suporta a transmissão de alerta de emergências, que liga automaticamente o receptor no carro, residência ou qualquer lugar em que o aparelho de rádio estiver. * O DRM suporta o uso de redes de frequência única (em inglês, SFN - Single Frequency Network) que permitem a uma mesma emissora, em uma única frequência, ter grandes áreas de cobertura contínuas sem atravessar a frequência de outras emissoras. Este sistema permite, por exemplo, a criação de uma emissora em uma rodovia que acompanha um viajante do início da sua viagem até o seu destino, sem interrupção. O SFN também pode ser usado para a uma emissora atinja uma grande área, utilizando-se de vários pequenos transmissores ao invés de um grande transmissor único. Esta opção, seguramente atrairá diversos empresários de radiocomunicação pela economia de energia que o sistema trará, destacou Rafael Diniz, da Unicamp. 2 Avanços no Setor Indústrial * Transmissores: duas indústrias brasileiras estão fabricando transmissores AM e FM para DRM com 100% de tecnologia nacional. Assim, além de abastecer o mercado nacional, a indústria brasileira de transmissores poderá exportar, por exemplo, para Índia e Rússia, países que já escolheram o sistema DRM. Após a definição do Sistema a ser implantado no Brasil, em menos de 30 dias já teremos transmissores de todos os tamanhos e potências à venda no mercado. Os moduladores já estão disponíveis para importação imediata de diversas empresas do consórcio DRM, com custos reduzidos e podem ser inteiramente nacionalizados em menos de seis meses. * Receptores: Diversos modelos de chipsets da indústria chinesa já estão identificados e disponíveis para que a indústria nacional possa começar a fabricar receptores brasileiros. Na realidade, empresas do Consórcio já possuem e operam com chipsets que podem receber sinal em AM, FM e OC, digital e analógico, num mesmo aparelho. Como o DRM utiliza o mesmo formato de codificação do SBTVD, uma indústria nacional pode facilmente integrar os chips em seus produtos podendo inclusive criar produtos híbridos para recepção de TV e rádio digital com baixo custo. Todo receptor de TV Digital para vir a captar DRM+ (FM digital). No primeiro dia da feira Broadcast & Cable foi apresentado o primeiro transmissor DRM+ (o DRM para VHF) brasileiro pela Teletronix Equipamentos para Radiodifusão. Lembrando que a dois meses atrás durante o Congresso de Radiodifusão Brasileiro foi lançado o transmissor DRM brasileiro para Ondas Médias pela BT Broadcast Transmitters. VANTAGEM PARA A INDÚSTRIA, PARA O RADIODIFUSOR E PARA O OUVINTE BRASILEIRO. 3