Comissão europeia - Ficha informativa Agenda Europeia para a Segurança: Perguntas e respostas Estrasburgo, 28 Abril 2015 Porquê uma nova Agenda para a segurança? A Agenda Europeia para a Segurança hoje apresentada permite à Comissão Europeia cumprir um dos compromissos assumidos pelo seu Presidente, Jean-Claude Juncker, nas suas orientações políticas. A presente Agenda substitui a anterior estratégia adotada em 2010 (Estratégia de Segurança Interna da UE para 2010-2014, ver IP/10/1535). No quadro desta Agenda Europeia para a Segurança, a Comissão Europeia define a estratégia da União para responder às ameaças contra a segurança na UE para o período de 2015-2020. A UE e os seus Estados-Membros estão confrontados com graves problemas em matéria de segurança. O terrorismo, a criminalidade organizada e a cibercriminalidade ameaçam cada vez mais as sociedades em toda a Europa, tendo estas ameaças evoluído em termos de natureza e de amplitude. A Europa tem de fazer face às repercussões da instabilidade política vivida em países da sua vizinhança, as quais comprometem os interesses da UE em matéria de segurança. As crises e os conflitos na Síria, no Iraque e na Líbia revelam a presença de cidadãos europeus junto de grupos terroristas, os quais podem constituir uma grave ameaça para a segurança interna da UE aquando do seu regresso. Os recentes ataques terroristas na Europa comprovam a ameaça crescente do extremismo violento e da influência dos conflitos mundiais sobre a radicalização de cidadãos europeus. A internet tornou-se um alvo privilegiado para criminosos e terroristas. Quer se trate da radicalização e do recrutamento de pessoas para organizações terroristas, da propagação do ódio ou de ataques contra os valores europeus e as suas instituições, é imperioso adotar medidas coordenadas de luta contra estes fenómenos. Qual é a mais-valia de uma ação da UE no domínio da segurança interna? Embora caiba principalmente aos Estados-Membros garantirem a segurança interna, as ameaças contra os cidadãos europeus estão a diversificar-se e assumem uma natureza cada vez mais transnacional. Os Estados-Membros têm a responsabilidade de primeira linha pela segurança, mas, por si próprios, não conseguem resolver inteiramente todos os problemas. As atividades criminosas e terroristas não estão confinadas às fronteiras da UE nem às regiões vizinhas. A segurança interna da UE e a segurança mundial são interdependentes e estão interligadas. A União está profundamente dependente, para a sua segurança, da cooperação com os seus parceiros internacionais e países vizinhos. A luta contra a criminalidade organizada e o terrorismo é uma responsabilidade comum da Europa. A Agenda Europeia para a Segurança deve ser uma prioridade comum dos EstadosMembros e das instituições da UE, constituindo a base para a cooperação e a ação conjunta da União. A Agenda Europeia para a Segurança contribuirá para que os serviços de polícia e outros serviços com funções coercivas nos diferentes Estados-Membros partilhem dados mais eficazmente e cooperem melhor contra a criminalidade transnacional, que podem contar com o apoio das agências da UE. Em especial, a Agenda visa obter a mais-valia da UE através das seguintes medidas: A) Facilitar o intercâmbio de informações entre as autoridades repressivas e as agências da UE: Exemplo 1: o Sistema de Informação de Schengen (SIS) é utilizado pelas autoridades repressivas para consultarem os alertas sobre pessoas e objetos procurados ou desaparecidos. A Comissão trabalhará no sentido de introduzir novas categorias adicionais de desencadeadores de alertas e promoverá uma maior utilização do SIS e da base de dados da Interpol sobre Documentos de Viagem Roubados e Extraviados (SLTD). Exemplo 2: o Sistema Europeu de Informação sobre os Registos Criminais (ECRIS)já dá um apoio precioso ao intercâmbio de informações essenciais neste domínio. Até à data, 26 EstadosMembros utilizam o ECRIS e a sua crescente utilização traduz-se em mais de 100 000 mensagens por mês. Todavia, este sistema não cobre os nacionais de países terceiros. A Comissão alargará a aplicação do ECRIS tendo em vista a recolha e a partilha de dados sobre nacionais de países terceiros objeto de condenação na UE. B) Reforçar a cooperação policial operacional: Exemplo 1: as equipas de investigação conjuntas (JIT) reúnem agentes policiais de vários Estados-Membros durante um determinado período para investigarem dossiês transnacionais específicos. A Comissão Europeia promoverá o recurso mais regular a essas equipas pelos Estados-Membros, assegurando-se de que países terceiros participem nos dossiês das JIT com dimensão internacional. Exemplo 2: as agências da UE, em especial a Europol e a Eurojust, desempenham um papel crucial para facilitar a cooperação e as investigações transnacionais. A operação Arquimedes, coordenada pela Europol em setembro de 2014 para dar resposta a uma variedade de crimes graves em 34 EstadosMembros e países terceiros, conduziu a mais de 1000 detenções em toda a Europa. A Comissão Europeia reforçará a coordenação do trabalho das agências da UE a fim de assegurar que o respetivo potencial de apoio aos Estados-Membros é plenamente utilizado. C) Promover a formação e o cofinanciamento em matéria de segurança a nível da UE: Exemplo 1: o recentemente criado Fundo para a Segurança Interna (FSI), para o período de 2014-2020, é dotado de um orçamento total de cerca de 3,8 mil milhões de euros. A Comissão harmonizará a utilização do FSI com as prioridades definidas na Agenda, incidindo particularmente no reforço do intercâmbio de informações, na atualização das partes nacionais do Sistema de Informação de Schengen e no reforço da cooperação transnacional. Exemplo 2: a Comissão reforçará a capacidade da Academia Europeia de Polícia CEPOL no sentido de preparar os agentes policiais a cooperarem com maior eficácia. As academias nacionais de polícia terão também a possibilidade de utilizar os financiamentos da UE para fazer da cooperação transnacional uma componente normal do trabalho da polícia a nível nacional. Quais são as prioridades da Agenda para os próximos 5 anos? A Agenda para a Segurança identifica três eixos prioritários de ação da UE, centrando-se nos domínios em que a União pode realmente fazer a diferença: O terrorismo e a radicalização constituem uma grave ameaça para a segurança interna da UE. Os recentes ataques terroristas na UE exigem uma reação firme e comum perante, em particular, o fenómeno do regresso dos combatentes estrangeiros. Embora este problema não seja novo, a dimensão e o fluxo de combatentes que se juntam aos conflitos que alastram na Síria, no Iraque e na Líbia, ou deles regressam, bem como a natureza interligada desses conflitos, não têm precedentes. A criminalidade organizada representa um pesado custo humano, social e económico, desde a introdução clandestina de migrantes, o tráfico de seres humanos, o tráfico de armas de fogo, de drogas ou de cigarros, até à criminalidade ambiental, financeira ou económica. Os grupos criminosos organizados sempre procuraram explorar as falhas que representa a aplicação transnacional da lei e das medidas, sendo esta a razão pela qual a ação da UE é tão importante. Por outro lado, as redes da criminalidade organizada alimentam e financiam as atividades terroristas, o que vem reafirmar a necessidade de resolver com urgência este problema. A cibercriminalidade proporciona ganhos consideráveis aos criminosos, à medida que as nossas vidas, incluindo as atividades comerciais e bancárias, passam a ser digitais. Devido a um número cada vez maior de dados pessoais armazenados em formato digital, a cibercriminalidade ameaça a segurança das pessoas e o respeito da vida privada. Os criminosos utilizam abusivamente as novas tecnologias, como a internet, para o comércio ilícito em linha de estupefacientes e de armas ou para outras operações criminosas. A luta contra a cibercriminalidade também inclui atos criminosos como a exploração sexual de crianças. Melhorar a reação dos serviços repressivos e judiciais face à cibercriminalidade é uma das prioridades da Agenda Europeia para a Segurança. Para enfrentar estas ameaças, a Agenda visa reforçar e melhorar a eficácia do intercâmbio de informações e da cooperação operacional entre os Estados-Membros, as agências da UE e o setor da indústria informática. Que medidas concretas estão previstas para responder às ameaças contra a segurança na UE? A Agenda Europeia para a Segurança visa reforçar os instrumentos que a UE coloca à disposição das autoridades repressivas nos Estados-Membros para lhes permitir lutar contra o terrorismo e a criminalidade transnacional. Além disso, a Agenda define ações específicas a serem adotadas a nível da UE. Em primeiro lugar, a Agenda visa facilitar uma melhor partilha de informações e aumentar a cooperação operacional entre as autoridades policiais e judiciárias dos Estados-Membros, bem como com as agências da UE. Os sistemas de intercâmbio de informações existem, mas não estão a ser totalmente aproveitados. Em termos de cooperação operacional, o quadro tem potencial para se desenvolver. Em segundo lugar, no âmbito da luta contra o terrorismo, a Agenda propõe reforçar o papel da Europol, mediante a criação de um Centro Europeu de Luta contra o Terrorismo, enquanto centro seguro para o intercâmbio de informações entre autoridades nacionais com funções coercivas, com base na experiência bem-sucedida do Centro Europeu da Cibercriminalidade (EC3). A luta contra o financiamento do terrorismo será igualmente reforçada. Para prevenir a radicalização em linha, a Comissão irá lançar um fórum europeu com as empresas informáticas para desenvolver instrumentos contra a propaganda terrorista. No âmbito da luta contra a criminalidade organizada, a Agenda visa pôr em prática medidas eficazes para «seguir o dinheiro», reforçando os poderes das unidades de informação financeira tendo em vista identificar as transações financeiras das redes da criminalidade organizada e reforçar os poderes das autoridades nacionais competentes para congelar e confiscar bens ilícitos. O quadro jurídico em matéria de armas de fogo será igualmente revisto para reduzir o acesso dos criminosos e terroristas às armas. A investigação da cibercriminalidade coloca muitos problemas. A Agenda propõe reforçar as capacidades das autoridades repressivas, em particular por intermédio do Centro Europeu da Cibercriminalidade da Europol, e eliminar os obstáculos às investigações penais sobre a cibercriminalidade, nomeadamente no que respeita ao acesso aos elementos de prova. Paralelamente, será dada prioridade à aplicação da legislação existente sobre os ataques contra os sistemas de informação e sobre a luta contra a exploração sexual das crianças. Estes são apenas alguns dos exemplos incluídos na lista abrangente de ações específicas que a Comissão implementará nos próximos cinco anos, tal como indicado em pormenor na Agenda Europeia para a Segurança. Novas ameaças poderão exigir outras respostas da UE. Que dizer do Registo de Identificação dos Passageiros e da proteção de dados? Uma legislação importante é a relativa ao Registo Europeu de Identificação de Passageiros (PNR) que se encontra sobre a mesa desde 2011. Após os recentes ataques terroristas em Paris e Copenhaga, o Conselho e o Parlamento Europeu comprometeram-se a acelerar os respetivos trabalhos e a tentar obter um acordo antes do final de 2015. A Comissão vai trabalhar em conjunto com os colegisladores para obter rapidamente um instrumento jurídico eficaz e totalmente em linha com os direitos fundamentais. A Comissão está igualmente a considerar uma abordagem horizontal para a cooperação com países terceiros na utilização dos dados PNR. Entretanto, a Comissão aguarda um parecer do Tribunal de Justiça da UE sobre o projeto de tratado PNR revisto com o Canadá, bem como a respetiva conformidade com os Tratados da UE. É igualmente importante assinalar que os colegisladores estão a trabalhar nas propostas da Comissão sobre a legislação relativa à proteção de dados que oferecerão uma proteção mais eficaz aos cidadãos e facilitarão o trabalho das autoridades com funções coercivas. As ameaças contra a segurança são hoje diferentes daquelas identificadas em 2010? Os três eixos prioritários identificados na Agenda não são fenómenos novos e já faziam parte dos objetivos estratégicos referidos na Estratégia de Segurança Interna de 20102014. Contudo, a dimensão e a complexidade das ameaças evoluíram e a nossa estratégia europeia deve também evoluir em conformidade. A este respeito, a Agenda tem por base as medidas empreendidas nos últimos anos, garantindo assim a coerência e a continuidade da nossa ação. A segurança deve ser garantida em detrimento dos direitos fundamentais? A abordagem da União para lutar contra o terrorismo e outras ameaças para a segurança deve basearse nos valores democráticos comuns das nossas sociedades abertas. A segurança e o respeito dos direitos fundamentais não são noções contraditórias, mas objetivos estratégicos coerentes e complementares. A Comissão assegurará uma avaliação rigorosa dos instrumentos legislativos e políticos, a fim de assegurar que contribuem efetivamente para a segurança e respeitam plenamente os direitos fundamentais, e que a eventual incidência sobre a livre circulação e a proteção dos dados pessoais é perfeitamente conforme com o princípio da proporcionalidade. A abordagem da UE em matéria de segurança deve respeitar e promover os direitos fundamentais consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais. Todos os instrumentos devem respeitar os princípios da necessidade, da proporcionalidade e da legalidade e prever as garantias adequadas para assegurar a responsabilização e as vias de recurso judiciais. Que faz a UE para combater o terrorismo? A UE apoia os Estados-Membros na prevenção e luta contra o terrorismo através de diferentes instrumentos. A UE dispõe de um quadro jurídico para ajudar na coordenação das ações repressivas transnacionais. Os instrumentos mais conhecidos são o mandado de detenção europeu, o Sistema Europeu de Informação sobre os Registos Criminais e os mecanismos de auxílio judiciário mútuo com países terceiros. Em segundo lugar, a UE apoia os esforços dos Estados-Membros no combate à radicalização no terreno através da Rede de Sensibilização para a Radicalização que permite aos peritos e profissionais trocarem as melhores práticas. Em terceiro lugar, a UE contribui para a prevenção do financiamento do terrorismo através de legislação que combate o branqueamento de capitais, da rede de Unidades de Informação Financeira da UE e do Programa UE-EUA de Deteção do Financiamento do Terrorismo. Mais informações sobre ações específicas estão disponíveis no MEMO/15/3140. Que faz a UE para combater o tráfico de seres humanos e a introdução clandestina de migrantes? A introdução clandestina de migrantes e o tráfico de seres humanos são graves crimes transnacionais a que a UE dá muita importância na sua agenda política. Desde 2011, a UE tem uma diretivapara prevenir e combater o tráfico de seres humanos e para proteger as suas vítimas. A política existente e o quadro legislativo contribuíram para uma maior e melhor cooperação entre diferentes agências de UE, bem como de diferentes níveis governamentais. Além disso, medidas reforçadas contra a introdução clandestina de migrantes (para mais informações ver igualmente MEMO/15/3261)serão uma parte importante da próxima Agenda Europeia para a Migração. Que dizer sobre a dimensão externa da segurança? Muitos desafios em matéria de segurança têm origem fora da UE, sendo a colaboração com os países terceiros um elemento essencial da Agenda Europeia para a Segurança. A UE lançou uma iniciativa com os países dos Balcãs Ocidentais no domínio da luta antiterrorista para melhorar a cooperação regional e a partilha de informações em matéria de luta contra o terrorismo e o jiadismo na vizinhança europeia. Além disso, a UE lançou um novo programa «Combater a radicalização e os combatentes terroristas estrangeiros» na sequência do Conselho Negócios Estrangeiros de 9 de fevereiro de 2015. Atualmente, a UE concede 10 milhões de euros para combater a radicalização no Sael-Magrebe e travar o fluxo de combatentes estrangeiros provenientes do Norte de África, do Médio Oriente e dos Balcãs Ocidentais (ver IP/15/4865). Os aspetos externos da segurança serão desenvolvidos de forma mais abrangente no quadro da Revisão Estratégica que a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança/Vice-Presidente da Comissão iniciou, bem como no âmbito da atual revisão da Política Europeia de Vizinhança. Existem exemplos concretos da forma como a coordenação da UE no domínio da segurança fez uma diferença? Os criminosos circulam através das fronteiras e, ao trabalharmos juntos, temos mais hipóteses de os apanhar. O mandado de detenção europeu é um importante instrumento para apanhar os criminosos, tornando mais eficazes os nossos sistemas de justiça penal e assegurando o regresso rápido de numerosos suspeitos que de outra forma poderiam não ser confrontados com a justiça. Foi nomeadamente graças a este instrumento que um dos bombistas de Londres em 2005 pôde ser extraditado da Itália para o Reino Unido numa questão de semanas. Graças ao mesmo mecanismo, em 2014, as autoridades belgas conseguiram deter o principal suspeito do ataque ao museu judeu de Bruxelas que tinha fugido para França. O terrorismo na Europa alimenta-se de ideologias extremistas. Ao pormos em comum o conhecimento e a experiência, somos mais fortes no combate à radicalização. Em 30 de janeiro de 2014, a Rede de Sensibilização para a Radicalização (RAN) acolheu na Haia a conferência das cidades sobre os combatentes estrangeiros na Síria. Esta conferência reuniu 120 profissionais locais de 23 cidades afetadas de todos os diferentes Estados-Membros, bem como 50 representantes das autoridades nacionais da maior parte dos Estados-Membros da UE e peritos da RAN para discutir a questão dos combatentes estrangeiros e trocar conhecimentos e melhores práticas. As redes do crime organizado operam para além das fronteiras e, ao trabalharmos juntos, podemos combatê-las onde quer que estejam. Em março de 2015, 77 indivíduos suspeitos de introdução clandestina de migrantes em grande escala a partir do Kosovo[1] para a UE foram detidos na Áustria, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Eslováquia e Kosovo com o apoio da Europol e cerca de 400 agentes policiais, tendo efetivamente desmantelado a rede de crime organizado. Quais são as próximas etapas? A Agenda Europeia para a Segurança deve constituir uma agenda comum. Só obterá resultados na luta contra o terrorismo e a criminalidade transnacional se todos os intervenientes interessados, ou seja, as instituições da UE, os Estados-Membros, as agências da UE e as partes interessadas da sociedade civil, multiplicarem os seus esforços no sentido de cooperarem melhor. É esta a razão por que a Comissão convida o Parlamento Europeu e o Conselho a aprovarem a presente Agenda, que renova a Estratégia de Segurança Interna, tendo em vista a reunião do próximo Conselho Europeu de junho de 2015, e a participarem ativamente na sua implementação, em estreita cooperação com todos os intervenientes relevantes. A Comissão Europeia convida as instituições da UE e os Estados-Membros a considerarem a presente Agenda como a base da cooperação e da ação conjunta da União em matéria de segurança para os próximos cinco anos com a finalidade de desenvolver um verdadeiro espaço de segurança interna da UE. [1]Esta designação não prejudica as posições relativas ao estatuto e está conforme com a Resolução 1244/99 do CSNU e com o parecer do TIJ sobre a declaração de independência do Kosovo. MEMO/15/4867 Perguntas do público em geral: Europe Direct pelo telefone 00 800 67 89 10 11 ou por e-mail