A historia de Emma
(A saga de uma vira lata sobrevivente em dois continentes)
Nossa história começa nas Ilhas
Mallorcas na costa da Espanha
famosas pelas suas belas praias e
refugio de ricos europeus, quando
Emma é encontrada vagando pelas
ruas
abandonada
e
sem
identificação.
Recolhida pelos funcionários do
governo é enviada para Madri para o
canil de um Centro de Controle, cuja
politica, depois de atestada sua sanidade, é oferecer o animal para doação por 90
dias, findos os quais, sem que seja adotado o animal é sacrificado.
Na Alemanha existem ONGs cujo objetivo é salvar esses animais condenados a
morte em Madri e encaminhá-los para adoção na Alemanha. Para tanto existe uma
rede de solidariedade que procura e pesquisa por possíveis adotantes e que,
firmado o compromisso de adoção, resgatam o animal do canil e seguem para o
aeroporto abordando todos os passageiros voando para Alemanha até conseguir
que algum voluntário aceite transportar o animal.
No destino outro grupo aguarda o passageiro e se encarrega de levar o animal até
seu destino final numa fantástica e emocionante rede internacional voluntária, que
levou Emma do corredor da morte em Madri para casa de um casal recém-casado
brasileiro residente em Frankfurt.
Oito anos de muita alegria e felicidade depois, o casal já com filho e com
dificuldades para conjugar seus afazeres com a guarda do animal, com o coração
partido, aceita a oferta da mãe do rapaz, que é nossa companheira voluntária no
GAPA, para levar Emma para viver no seu sitio no Vale de Cuiaba em Itaipava, com
a condição de jamais deixar de ser o dono dela, responsabilizando-se inclusive por
enviar recursos mensais para sustenta-la e assumindo eventuais custos de
veterinários e sempre indo visita-la em suas vindas ao Brasil.
Emma logo que chega se deslumbra com o clima e a liberdade que desfruta depois
viver em um pequeno apartamento e de sair da Europa durante um rigoroso
inverno.
Logo aceita pelos outros animais e pelos caseiros do Sitio, com quem estabelece
uma filial relação, Emma é privilegiada com o direito de dormir dentro da casa dos
caseiros ao invés de no canil junto com os outros animais que estão em preparo
para oferta de adoção.
Dois anos depois já plenamente integrada a vida do casal de caseiros, em Janeiro
de 2011, a tragédia se abate sobre o Vale do Cuiaba com a enxurrada que destruiu
quase tudo a volta do Sitio onde morava Emma, incluindo o canil em que morreram
oito animais resgatados da rua, poupando as casas do Sitio aonde dormia Emma e
de onde, com todos os membros de sua nova família, saiu ilesa.
O casal de caseiros obrigado por força das circunstâncias a se mudar pleiteia junto
a nossa amiga e a seu filho o direito de levar Emma para viver em uma nova casa
com eles. Aceita a proposta, apesar de novamente reforçada a posição de que
Emma não será nunca doada ela segue vivendo feliz em um novo e mais seguro lar
e sendo visitada sempre que possível por seu querido dono.
Poupada da morte uma segunda vez, em dois continentes e três países distintos,
Emma merece que se registre sua emocionante história.
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