ALVO DUMBLEDORE – parte 2 Hogwarts – Venham, alunos do primeiro ano aqui comigo. Venham! Venham! Alvo, Emma e Rupert se guiaram indo na direção da voz, era quase impossível se movimentar, o lugar estava lotado de estudantes muito maiores que eles. Depois de uns três minutos se enfiando por entre os estudantes mais velhos, os dois esbarraram no dono da voz que chamava os estudantes do primeiro ano. – Muito bem crianças, eu sou o guarda-caça de Hogwarts. Meu nome é Sebastian Thompson e vou levá-los para o Castelo. Mas antes farei uma chamada para confirmar se estão todos aí. Abott, Phoeb! – Tomara que não demore muito. Estamos mortos de fome! – Acho que não, já chamaram meu nome e está quase no de vocês. – Jackson, Dylan… Eva, James… Johnson, Darcy… Jones, Emma– Emma levantou a mão. – Jones, Rupert! Ora, ora, temos parentes aqui?– Emma e Rupert fizeram que sim num aceno com a cabeça. – Você está nervosa? – Um pouco... – Tem certeza? Você não parece nada bem. – Olha quem fala! Você roeu todas as unhas das mãos! – Emma disse rindo. – Você também!– Alvo disse também rindo. – Bom, agora que acabei de chamar todos, vamos para o castelo. Nós vamos atravessar o lago, como é tradição da escola. Vão quatro pessoas por barco. 1 Alvo, Emma e Rupert dirigiram-se a um barco e esperaram. Como ninguém apareceu, eles começaram a remar em direção à margem contrária do lago. Ou pelo menos era o que estavam tentando fazer, pois o barco não se moveu, ficou girando no mesmo lugar. – É bem fácil remar. Metade fica de um lado e metade do outro, remem com calma, não vai ser preciso usar força bruta, a correnteza vai ajudá-los- o guarda-caça aconselhou. – Fala sério! Isso é uma piada! Por que ninguém enfeitiça esses barcos pra navegarem sozinhos? – Cala a boca, seu resmungão! Por enquanto e gente não pode fazer nada, mas se algum dia você for diretor de Hogwarts, providencie isso, já que te incomoda tanto!– Emma e Rupert acharam engraçado o olhar sonhador que Alvo fez: – Quem dera... Quando seguiram as instruções de Sebastian o barco começou a navegar para frente. Mas não estava sendo nada fácil, pois a correnteza lutava contra eles em vez de ajudá-los, sem contar que eram três e não quatro. Quando finalmente desembarcaram em terra firme todos estavam suados e ofegantes, mas o cansaço de Alvo, Emma e Rupert se sobrepunha ao de todos. – Vamos logo, senão vão se atrasar e vou ser culpado! Logo depois dessa curva vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts. No topo de uma montanha, havia um castelo enorme, com muitas torres, mas uma delas era a maior, devia ter uns 100 metros de altura. – Olha aquela lá! Deve ser onde temos as aulas de astronomia– Alvo disse empolgadíssimo. Além das torres havia construções um pouco mais baixas, mas que também faziam parte do castelo. Eles se depararam com uma escadaria que dava numa porta de madeira quatro vezes o tamanho dos alunos. O Sr. Thompson bateu três vezes na porta com uma maçaneta em forma de dragão. Uma mulher abriu a porta, ela tinha um olhar severo e ao mesmo tempo aventureiro, seus olhos eram castanho-claros e os cabelos ruivos com algumas mechas grisalhas, 2 sobre sua cabeça havia um chapéu preto e pontudo que caía levemente para a esquerda. – Boa noite! Meu nome é Charlotte Evans! Bem-vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!Nesse momento vocês estão indo para a cerimônia de seleção das casas, onde saberão a qual casa pertencem. Durante sua estada em Hogwarts sua casa vai ser como uma grande família. Seus acertos resultarão em pontos para sua casa e os erros na perda deles. No final do ano letivo, a casa que deter o maior número de pontos ganha a Taça das Casas. Sou diretora da Grifinória, a casa dos corajosos. Além dessa também existem mais três casas: Corvinal, a casa dos sábios, Lufa-Lufa, a dos leais e Sonserina, a dos ambiciosos. Assim que forem selecionados, sentem-se em uma das mesas junto com os seus colegas da mesma casa. Agora vamos. A professoraCharlotte Evansguiou-os em direção à uma porta um pouco menor que a primeira, logo atrás dessa porta havia um salão gigantesco e que não tinha teto, no lugar deste havia o céu. Como a Sra. Evans havia dito, existiam quatro mesas, cada uma com uma bandeira sobre elas e mais uma que era a menor, onde estavam sentados: o diretor, os professores e os demais funcionários da escola. A professora levou-os para a parte da frente do salão, onde todos podiam vê-los. Diante da Sra. Evans havia um banquinho de três pernas com um chapéu velho em cima.Todos se assustaram quando o chapéu abriu um rasgo perto da aba como uma boca e começou a recitar: Cerimônia de Seleção Ah,vocês podem me achar pouco atraente Mas não julguem só pela aparência Eu engulo a mim mesmo se encontrarem um chapéu Do que eu mais inteligente Querem saber pra que casa vão Então tenham um pouco de paciência Sou em quem vou escolher Grifinória, Lufa-Lufa, Sonserina ou Corvinal 3 Grifinória, onde habita a coragem Lufa-Lufa, onde habita a lealdade Corvinal, onde habita a sagacidade E por fim Sonserina, onde habita a ambição Houve uma onda de aplausos e o chapéu se curvou, como se estivesse fazendo uma reverência. – Muito bem, muito bem, vou chamá-los em ordem alfabética e um por um venham até aqui, sentem-se nesse banco e ponham o chapéu na cabeça. Vamos começar: Allen, Zoe – Sonserina! – Pra qual casa você quer ir, Alvo? – Gostaria de ir para a Grifinória ou Corvinal, mas o que a gente quer não faz muita diferença, né? E você? – Grifinória ou Lufa-Lufa, odeio esse preconceito que existe com Lufa-Lufa, até porque fiquei sabendo que o diretor foi um lufano! – E você, Rupert? – Achei que não iam perguntar! Eu gosto da Grifinória e da Lufa-Lufa também. – Dumbledore, Alvo! – Boa sorte! – Obrigado! Alvo foi andando até o banco, não gostando nem um pouco dos murmúrios “Dumbledore?” “Não é aquele homem que foi preso?” “Atacou três trouxas!” “Ele não está em Azkaban?” “Será que é o filho dele?”. Alvo sentiu seu rosto corar por causa de todos aqueles rostos vidrados nele e agradeceu que Emma e Rupert não o tratassem diferente, mesmo sendo muito provável que eles soubessem que era filho de um prisioneiro. Assim que pôs o chapéu em sua cabeça, uma voz começou a ecoar em sua mente: 4 – Huum, tem uma mente muito aberta, se daria bem na Corvinal. Isso mesmo, é um menino com uma inteligência e tanto...Corv...Não espere um pouco...Tem muita coragem e lealdade nesse coração, você realmente se importa com a família, mudei de ideia...GRIFINÓRIA! Uma onda de aplausos veio da mesa da Grifinória e Alvo foi se sentar junto com seus colegas de casa, torcendo para seus mais novos amigos ficarem na Grifinória também. – Grindelwald, Gerardo! Um menino de cabelos loiros foi em direção ao banquinho. Alvo reconheceu-o na mesma hora. Era o garoto que ele atropelara na plataforma 9 ¾ acidentalmente. Por estar de olhos fechados, Alvo não viu o aluno e bateu nele com o carrinho que carregava seu malão. O menino mal lhe dera tempo de se desculpar e foi embora batendo o pé.O chapéu seletor se demorou para escolher a casa de Gerardo, então finalmente... – Grifinória! Gerardo saiu correndo em direção à mesa da Grifinória que dava vivas e, para infelicidade de Alvo, sentou-se bem ao seu lado. Mas ainda assim, por educação,Alvo disse: – Foi mal por aquele dia na plataforma. Eu estava um pouco receoso se seria possível atravessar aquela barrei...– Gerardo fez sinal para Alvo se calar. – Ah, não pertuba! Alvo não respondeu, apenas virou a cabeça e esperou Emma ser chamada. – Jones, Emma! Alvo acompanhou com o olhar sua primeira amiga ir andando até o banco e botando o chapéu na cabeça. O Chapéu Seletor falou por mais ou menos um minuto coisas que só Emma poderia ouvir até que: – GRIFINÓRIA! Todos na mesa da Grifinória aplaudiram a nova colega, mas Alvo foi quem mais bateu palmas, tanto que quando parou suas mãos estavam vermelhas. – Eu não acredito! Aquele chapéu falou tanto na minha cabeça! Por um 5 segundo pensei que ele fosse me botar na Corvinal, mas aí... – É eu sei, ele te pôs na Grifinória. Isso todos nós ouvimos, ok? – Oi, eu também existo, ok?– Rupert já havia sido selecionado e estava olhando feio para Emma, que fez cara de culpada. O diretor se levantou e fez gestos para que todos se calassem. Ele era um homem de estatura mediana, de aparência cansada e ao mesmo tempo alegre, tinha cabelos negros e uma barba comprida, usava óculos de aros quadrados e por trás deles haviam olhos cor de mel que brilhavam. – Mais um ano letivo está começando e eu gostaria de dar boas-vindas aos alunos do primeiro ano. Meu nome é Mason Cooper e sou o diretor de Hogwarts. Gostaria de esclarecer algumas regras aos novos alunos e recordar aos mais velhos: está terminantemente proibido andar pelo castelo depois do toque de recolher, assim como não é permitido entrar na Floresta Proibida ou praticar magia pelos corredores de Hogwarts. Podem começar a comer. Ao final desta última frase, as mesas das casas e a mesa principal, lotaramse de diferentes tipos de comida. – Eu-nunca-vi-tanta-comida-junto–disseram Alvo e Rupert em uníssono. Emma riu-se deles. – Ei, eu que falo ao mesmo tempo que o Rupert! Depois do jantar Alvo sentiu-se cansadíssimo. Parecia até que ele não dormia há séculos. Os monitores levaram-nos até a torre da Grifinória, onde havia um retrato de uma mulher gorda que tentava quebrar um copo com a voz. O monitor que estava presente exclamou: “Raiz de Mandrágora” e ela girou o quadro como se ele fosse uma porta, para dar passagem aos estudantes. A sala comunal era incrivelmente grande e circular, ela era quase toda vermelha com bandeiras da Grifinória nas paredes e penduradas no teto, tinha poltronas vermelhas e uma mesinha de centro de frente para a lareira, havia duas escadas em caracol: uma que dava para o dormitório dos meninos e outra que dava para o das meninas. 6