Patologia molecular: do genótipo ao fenótipo Genética Médica Henriqueta Coimbra Silva Diagnóstico pré-sintomático e de portadores Pesquisa de mutações constitucionais doente 44 60 controlo 35 68 51 22 anos Cancro da mama Cancro da mama Cancro do ovário Medicina preventiva e personalizada Diagnóstico pré-sintomático e de portadores Pesquisa de mutações constitucionais ? Coreia de Huntington ◨ ? Síndroma de X Frágil Fibrose quística ◑ Diagnóstico de mutações somáticas no cancro membrana celular RAS EGFR GRB2 RAC SOS RAF MEKK1 MAP cinases Identificação de mutações do KRAS e EGFR: identificação de alvos terapêuticos; avaliação prognóstica e selecção terapêutica Patologia molecular: correlação genótipo-fenótipo Objectivos: 1. Identificar e descrever os diversos tipos de mutações 2. Descrever as características das sequências associadas a elevada taxa de mutação 3. Explicar a correlação genótipo -fenótipo 1. Tipo de Mutações Classifique quanto ao tipo de mutação: DNA Aminoácidos Resultado CAA TTC CGA CGA Val-Lys-Ala-Ala Normal CAA TTT CGA CGA Val-Lys-Ala-Ala Mutação sinónima CAA CTC CGA CGA Val-Glu-Ala-Ala Mutação missense CAA ATC CGA CGA Val Mutação nonsense CAA _TC CGA CGA... Val-Arg-Leu-...stop Delecção com frameshift CAA TTT CCG ACG A Val-Lys-Gly-Cys- Inserção com frameshift 1. Tipo de mutações: mutação nonsense Gene normal Gene mutado Transcrição Transcrição Codão stop Interrupção da tradução Tradução Formação de peptídeo completo Formação de peptídeo truncado, não funcional • mRNA instável → degradação → ausência de síntese de proteína • Polipeptídeo truncado com alguma função • Polipeptídeo que interage com outras proteínas 1. Tipo de mutações: mutação com frameshift Mutação do gene da β-globina associada a β-talassémia Sequência da cadeia beta normal Delecção de AA frameshift Codão stop Nonsense Mediated Decay: mecanismo que detecta codões STOP prematuros. Actua ao nível do mRNA de modo a impedir a síntese de proteínas truncadas. Só detecta os codões stop situados a > 50 nucleótidos a montante do local de splicing seguinte 1. Tipo de mutações: mutação missense A substituição do aminoácido é conservadora? A mutação está numa região conservada do ponto de vista evolutivo? A mutação está em algum domínio funcionalmente importante da proteína? Outros critérios... Mutação do codão 13 do gene KRAS (GGC>GAC) num cancro do pulmão Gli13Asp (G13D) H – CH - COOH NH2 Glicina; grupo I HOOC - CH2– CH - COOH NH2 Ácido aspártco; grupo IV Distância fisicoquímica entre pares de aminoácidos Tabela de Grantham, compara os aminoácidos quanto à polaridade, volume molecular e composição química. 1. Tipo de mutações: mutações intrónicas nas sequências de splicing Splicing normal AG GT GT AG Retenção de intrão GT GT GT AG SR AG SR AG SR Eliminação de exão GT GT GT AG SR SR AG SR AG Frequentemente associam-se a efeito de frameshift e codões stop prematuros a jusante. 1. Tipo de mutações: mutações intrónicas nas sequências de splicing Síndroma de Frasier Transplantada renal (glomerulonefrite crónica membranoproliferativa) • Amenorreia • Genitais externos hipotróficos • Cariótipo 46,XY 1. Tipo de mutações: mutações intrónicas nas sequências de splicing A proteína WT1 é um factor de transcrição com funções supressoras tumorais, e que também desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário do rim e gónadas. KTS+ K - Lys T - Thr S - Ser KTS- Gene do tumor de Wilms, WT1. Podem formar-se 24 isoformas da proteína WT1 por combinação de 3 mecanismos de controlo da expressão génica. A variante de splicing do exão 9 permite a inclusão ou exclusão de três aminoácidos (KTS). As duas isoformas, KTS positivas e KTS negativas, parecem ter diferentes funções e diferentes localizações ao nível do núcleo. 1. Tipo de mutações: mutações intrónicas nas sequências de splicing Exão 9 Segmento amplificado do exão 9. Mutação intrónica alterando o segundo local dador de splincing, dando origem preferencial às isoformas WT1-KTS. A mutação cria um site de restrição para a enzima HinP I 1. Tipo de mutações: mutações intrónicas nas sequências de splicing T>C F D F C C ϕX C D Estudaram-se os familiares e 50 controlos (100 alelos) por RFLP coma enzima HinP I Neomutação, freq <1% na população Não se estudou o mRNA: o gene só é transcrito durante o desenvolvimento embrionário e no rim 1. Tipo de mutações: activação de uma sequência críptica de splicing As mutações intrónicas afectam o splicing 1. Tipo de mutações: activação de uma sequência críptica de splicing num exão GT AG GT AG Uma mutação sinónima pode activar uma sequência críptica dadora de splicing no exão 2: parte do exão é eliminado 1. Tipo de mutações: activação de uma sequência críptica de splicing • Uma mutação sinónima pode ser patogénica exão 16 exão 17 Intrão 16 GAG GGC AAA GGC AAA ACA AGT..... GT AG CCA CAG CCT... GAG GGT AAAG... frameshift Intrão 16 GAG G GT AG CC ACA GCC T... Mutação do gene calpaína 3 responsável por uma forma de distrofia muscular, a LGMD2A. Aparentemente a mutação é silenciosa porque é sinónima, dado que ambos os codões, GGC e GGT codificam a glicina. No entanto, a mutação activa uma sequência críptica dadora de splicing originando perda de parte do exão 16, introdução de frameshift e stop prematuro a jusante. 1. Tipos de mutações: mutações das regiões reguladoras Gene da β-globina e localização das várias mutações associadas à β-talassémia -29A →G -88C →T Porque serão patogénicas? Frequentemente, uma patologia pode ser provocada por diferentes tipos de mutações num gene – heterogeneidade alélica Alguns dos tipos de mutações do gene do receptor das LDL, o LDLR, na origem da hipercolesterolémia familiar. Mutation hotspots 2. Regiões mais susceptíveis às mutações citosina H CH3 NH2 C5 H 5-metilcitosina C4 C6 N3 H 2C Metilação O C5 1N N3 O C6 C4 2C CH3 NH2 C5 1N timina H C4 C6 1N N3 O Desaminação espontânea 2C O citosina metiltransferase Dinucleótidos CpG: 8 a 12 x mais mutações Transição citosina → timina, a qual vai emparelhar com adenina 2. Regiões mais susceptíveis às mutações Replicação Sequênciasnormal repetitivas – os microssatélites favorecem a ocorrência de inserções e delecções por deslizamento das cadeias durante a replicação. Para certos loci, um número excessivo de repetições pode originar mutações patogénicas, as mutações dinâmicas. Mecanismo de inserção Por deslizamento para trás da nova cadeia Mecanismo de delecção Por deslizamento para trás da cadeia molde Doenças associadas a mutações dinâmicas Doença Transmissão Grandes repetições Localização Sequência Normal Não codificante Instável Pré-mutação X frágil XR 5’UTR (CGG)n 6-54 200-1000 Ataxia de Friedreich AR Intrão 1 (GAA)n 7-22 200-1700 Distrofia miotónica (DM1) AD 3’UTR (CTG)n 5-35 50-4000 D. de Huntington AD Codificante (CAG)n 10-26 36 -100 D. de Machado Joseph AD Codificante (CAG)n 12-39 62-86 D. de Kennedy XR Codificante (CAG)n 9-35 38-62 Repetições CAG Etc.. Mutações com diversos mecanismos patogénicos 2. Regiões mais susceptíveis às mutações Motivos extensos de DNA repetitivo ou com grandes homologias, por exemplo genes e respectivos pseudogenes favorecem a ocorrência de crossing-overs assimétricos entre cromátides irmãs ou entre cromátides de cromossomas homólogos dá origem a delecções /inserções e genes de fusão 30 Kb 30 Kb C4A CYP21A Pseudogene Não funcional Com mutações C4B CYP21B 21-hidroxilase O gene CYP21B e o pseudogene CYP21A localizam-se numa sequência repetitiva de DNA de cerca de 30Kb que inclui ainda outro gene também em duplicado, o C4 (C4A e C4B). Mutações da 21-hidroxilase Formação de crossing-overs assimétricos; 25% das mutações Emparelhamento assimétrico Conversão génica 75% das mutações Micro conversão Rotura e reconstrução Gene de fusão, inactivo Gene mutante com mutações inactivadoras Delecção A maioria das mutações da 21-hidroxilase devem-se a trocas de sequências do CYP21B, com um pseudogene próximo, o CYP21A, por emparelhamento assimétrico. Mutações patogénicas do gene da 21-hidroxilase (CYP21B) podem ocorrer por cópia a partir do pseudogene CYP21A. Hiperplasia congénita da supra-renal ACTH Hipotálamo/ Hipófise Colesterol Pregnanolona Progesterona CYP21 Deoxicorticosterona Corticosterona ↓ Aldosterona (Perda renal de sódio) 17 α–OH Pregnanolona ↑ 17 α–OH Progesterona Deidroepiandrosterona ↑Androstenediona ↑ Testosterona CYP21 11-deoxicortisol ↓ Cortisol Estrona Feed-back negativo Estradiol Hiperplasia congénita da supra-renal por défice da 21-hidroxilase Ambiguidade dos genitais externos Pseudo-hermafroditismo feminino Virilização precoce no sexo masculino Síndrome de perda de sal 2. Regiões mais susceptíveis às mutações A existência de sequências homólogas pode ainda dar origem a outras alterações graves como inversões. Exemplo da hemofilia A. No intrão 22 do gene F8 há outros dois genes, o F8B e o F8A. A cerca de 300 Kb, na direcção do telómero, localizam-se os genes F8A* e F8A**, homólogos de F8A. Pode ocorrer inversão por emparelhamento do gene F8A (do intrão 22 do gene F8) com dois genes homólogos, o F8A* e F8A**. 2. Regiões mais susceptíveis às mutações Pequenas sequências repetitivas são frequentemente encontradas nos limites de muitas delecções patogénicas do mtDNA na síndroma de Kearns-Sayre. Porque surge a patologia? Porque há doenças recessivas e dominantes? 3.Mutações: consequências As consequências de uma mutação dependem da alteração da função da proteína e da função da proteína na célula/organismo. • Perda/diminuição de função Fenótipos dominantes • Aumento de função Fenótipos recessivos • Nova função Doença autossómica recessiva Doença autossómica dominante 3. Mutações: consequências Mutações da região codificante Proteína anormal 1 Mutação Mutações que afectam a regulação ou a dosagem génica 2 Mutações que afectam a estabilidade do RNA ou o seu processamento Proteína normal Causa de Patologia Hemofilia, β talassémia, etc Perda de função (a maioria) Acondroplasia Aumento de função Gene híbrido Nova função d. Huntington 3 Efeito lesivo Expressão ectópica ou heterocrónica Cancro ↓ quantidade α talassémia ↑ quantidade D. Charcot-Marie-tooth I Expressão inapropriada 3. Mutações: consequências Mutações com perda de função: delecções; frameshift; nonsense; inversões, missense, Fenótipo recessivo (enzimas, factores de coagulação,..) 50% da proteína assegura a função Podem associar-se a fenótipos dominantes Mutações com perda de função: exemplo da β-talassémia A figura representa o gene da β-globina e a localização das várias mutações associadas à β-talassémia. Algumas das mutações localizamse na região reguladora e limitam a taxa de transcrição. Outras originam proteínas mutantes não funcionais. Doença autossómica recessiva com heterogeneidade alélica. Alteração com perda de função Exemplo Delecção Inserções α-talassémias; Distrofia muscular de Duchenne De LINE-1 no gene F8 na hemofilia A Disrupção da estrutura de um gene translocação nversão Distrofia muscular de Duchenne gene F8 na hemofilia A Inibição do promotor mutação metilação β-talassémia CDKN2A no cancro Destabilização do mRNA mutação do site de poliadenilação pelo NMD Mutação da α-globina na α talassémia β-talassémia (Q39X) Interferência no splicing β-talassémia; mucoviscidose; ... Frameshift β-talassémia; s. Papillon-Lefèvre Mutação nonsense β-talassémia; s. Papillon-Lefèvre Mutação missense em aac. essencial Mucoviscidose Mutação que interfira com o processamento pós-tradução s. Ehlers Danlos tipo VII (procolagénio resistente à clivagem) Mutação que impeça a correcta localização na célula Fibrose quística (pF508del) Mutações com perda de função • X frágil: (CGG)>200 na região 5’UTR do gene FMR1 → metilação da região promotora e ausência de expressão do gene – perda de função – X recessiva Principal causa de atraso mental hereditário no sexo masculino Prognatismo; grandes pavilhões auriculares Mutações dinâmicas em regiões não codificantes Síndroma de X-frágil A proteína FMR1 é importante para o desenvolvimento e maturação do SNC onde regula a tradução de vários mRNAs. Mutações com perda de função A osteogénese imperfeita é uma doença que afecta o esqueleto e que surge por mutações nos genes que codificam as cadeias α1 ou α2 do colagénio. Cromossoma 17 Cromossoma 7 Gene COL1A1 Gene COL1A2 2n α1 n α2 α2 α1 O colagénio é uma proteína multimérica formada por duas cadeias α1 e uma cadeia α2 Mutações com perda de função Mutação missense Gene COL1A1 n α1 normais e n cadeias α1 mutadas Apenas n/4 de proteínas normais Gene COL1A2 n α2 3n/4 de proteínas anormais não funcionais Efeito dominante negativo: mutação com perda de função associada a fenótipos dominantes Delecções COL1A1 COL1A2 n α1 n α2 n α1 n α2 Só se sintetizam peptídeos normais n/2 moléculas normais Efeito dominante negativo – a proteína mutada interfere com a proteína normal → Os heterozigotos são doentes → Mutação missense com consequências mais graves do que a delecção Gene Localização da mutação nonsense Efeito Na ausência de correcção pelo NMD, mutações nonsense podem originar proteínas truncadas na origem de fenótipos dominantes por efeito dominante negativo Mutações com perda de função Haploinsuficiência: redução de 50% da função causa patologia- fenótipo dominante Patologia MIM# Gene S. de Alagille Exostose múltipla Neuropatia Tomaculosa Estenose aórtica supra-valvular S. Trico-rino-falângico S. Waardenburg tipo 1 118340 133700 162500 185500 190350 193500 JAG1 EXT1 PMP22 ELN TRPS1 PAX3 Efeito de dosagem génica • via de sinalização “quantitativa” – taxa de ocupação de receptor • actuação por competição • cooperação ou interacção entre proteínas 3. Mutações: consequências Mutações com perda de função Fenótipo recessivo (enzimas, factores de coagulação,..) 50% da proteína assegura a função Podem associar-se a fenótipos dominantes Efeito dominante negativo Haploinsuficiência Mutações com ganho de função Fenótipo dominantes 50% da proteína não asseguram a função Mutações com ganho de função – efeito tóxico da proteína Doença de Huntington: (CAG) 36 a >100 6-35 normal 36-40 penetrância incompleta > 40 penetrância completa Redução de 25-30% do peso do cérebro • No 1º exão do gene HD → sequência de poliglutamina no terminal amina da proteína huntingtina • Formam-se agregados de proteína no núcleo e citoplasma • Morte celular no estriado e cortex cerebral Autossómica dominante Mutações com ganho de função G1138A Activação constitutiva do receptor Acondroplasia. Normalmente, a ligação de factor de crescimento FGF activa o receptor FGFR3 tendo como consequência a inibição da proliferação dos condrócitos na placa de crescimento. A mutação causa a activação constitutiva do receptor, independentemente da ligação do ligando, pelo que o crescimento dos ossos longos é inibido. 90% mutação missense (glicina>arginina) Fenótipo dominante Mutações com ganho de função Mutações pontuais: protooncogene RET Codão 609 611 618 620 634 Síndroma MEN2A: cancro medular da tiróide e adenoma das supra-renais Dimerização Autofosforilação Activação das vias de transdução de sinal Proliferação celular e cancro Ganho de função ou nova função Mecanismo Aumento da expressão (duplicação do gene) Activação de receptor (mutação pontual) Efeito citotóxico proteína RNA? Insensibilidade a inibidores (proteína quimérica) Canal iónico permanentemente aberto Gene PMP22 RET oncogene HD DMPK BCR-ABL Oncogene SCN4A Doença Doença de Charcot-Marie-Tooth MEN2A (síndroma tumoral hereditária) Doença de Huntington Distrofia miotónica Leucemia mielóide crónica Paramiotonia congénita Ganho de função? • Espectro de mutações mais restrito • A patologia não se associa a delecções ou disrupções do gene • Mutações em locais específicos • Modelos in vitro: “knockout” Há muitas excepções,... Variabilidade das doenças monogénicas? 44 60 • Penetrância incompleta • Expressividade variável 35 68 51 22 anos • Penetrância com a idade Cancro da mama hereditário: genes modificadores Genes modificadores do BRCA1 e do BRCA2 RAD51 MAP3K1 FGFR2 MAP3K TNRC9 Associação de polimorfismos dos genes FGFR2 e TNRC9: ↑ cancro da mama aos 70 anos, para portadoras de mutação do BRCA2, de 41% (sem alelos de risco) para 70% (4 alelos de risco) Common Breast Cancer-Predisposition Alleles Are Associated with Breast Cancer Risk in BRCA1 and BRCA2 Mutation Carriers Antoniou et al, Am J Hum Genet, 2008 Estudo em 10.358 portadoras de mutações do BRCA1/BRCA2 Querubismo – penetrância variável com o sexo Proliferação do tecido conjuntivo fibroso com numerosas células gigantes multinucleadas • • • Querubismo (Displasia fibrosa familiar dos maxilares) Expansão progressiva, indolor e simétrica, dos maxilares; regride após a puberdade Alterações da erupção dentária AD Mutações no gene 3BP2 Penetrância de 100% no sexo masculino e de 50 a 70% no sexo feminino Proteína 3BP2 – envolvida na activação e desgranulação dos mastócitos e activação dos osteoclastos A presença da mutação não assegura o fenótipo patológico Exemplo da fenilcetonúria: metabolopatia autossómica recessiva, por mutações no gene da fenilalanina hidroxilase, com deficiência mental e alterações neurológicas em homozigotos mutados, apenas na ausência de dieta pobre em fenilalanina. Diagnóstico perinatal pelo “teste de Guthrie”. ◨ ◑ Mãe com fenilcetonúria, homozigota mutada. Se não fizer dieta durante a gravidez Doença por efeito tóxico de metabolitos maternos sobre os fetos, mesmo que estes sejam heterozigotos - fenocópia Penetrância incompleta e expressividade variável em doenças monogénicas Correlação genótipo-fenótipo (tipo e localização da mutação) Interferências do meio Genes modificadores: polimorfismos, mutações Interferências com polimorfismos do mesmo gene Dificuldades no diagnóstico e no prognóstico DPN? Diagnóstico de portadores? Avaliação do risco para a descendência?