FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 1 MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (DCP-MDL) (Versão 02 – válida a partir de: 01 de julho de 2004) SUMÁRIO A. Descrição geral da atividade de projeto B. Aplicação de uma metodologia de linha de base C. Duração da atividade do projeto/ Período de obtenção de créditos D. Aplicação de uma metodologia e de um plano de monitoramento E. Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por fontes F. Impactos ambientais G. Comentários dos atores Anexos Anexo 1: Dados para contato dos participantes da atividade de projeto Anexo 2: Informações sobre financiamento público Anexo 3: Informações de linha de base Anexo 4: Plano de monitoramento Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo SEÇÃO A. página 2 Descrição geral da atividade de projeto A.1 Título da atividade de projeto: Projeto Bandeirantes de Gás de Aterro e Geração de Energia (PBGAGE). A.2. Descrição da atividade de projeto: PBGAGE é um projeto concebido para explorar o gás de aterro produzido no aterro Bandeirantes, um dos maiores aterros do Brasil. Esse aterro está localizado na região metropolitana de São Paulo, maior cidade brasileira e centro financeiro do país. Com uma população estimada de 10 milhões de habitantes em 2000, São Paulo gera aproximadamente 15.000 toneladas de lixo diariamente. O objetivo do PBGAGE é explorar o gás produzido no aterro Bandeirantes, usando-o para gerar eletricidade. O aterro foi projetado de acordo com as práticas modernas e atualmente está classificado como 8,8 (de 0 a 10) de acordo com a avaliação do aterro da agência ambiental de São Paulo (CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Isso confirma que o aterro está operando em condições adequadas, de acordo com a CETESB. Entretanto, a solução encontrada para o gás de aterro em 1978 foi coletá-lo através de ventilação passiva, eventualmente queimando-o na cabeça dos drenos, o que não é favorável em termos de destruição de metano, já que essa operação é muito ineficiente. Visando evitar problemas ambientais relacionados com as emissões de metano, incluindo também o aquecimento global, PBGAGE foi a solução criada pela Biogás – a empresa campeã em uma concorrência municipal realizada pelo Município de São Paulo. E seu objetivo não é apenas gerar energia renovável através de 24 motores com capacidade total de 22 MW, mas também encontrar uma solução ambiental, social e financeira para evitar que o gás proveniente do aterro seja emitido na atmosfera. Essa solução pode ser replicada num país como Brasil, onde não há, atualmente, nenhum aterro capturando metano considerando os benefícios social, ambiental e financeiro mencionados nesse parágrafo. A capacidade de geração de energia está sendo explorada pelo Unibanco, terceiro maior banco privado no Brasil, via Biogeração, proprietária dos equipamentos de geração que aluga tais equipamentos ao Unibanco. Unibanco estabeleceu um acordo entre Biogás e irá dividir as reduções de emissão geradas pela atividade de projeto, mas não é um participante do projeto. Recentemente, o Unibanco foi a primeira instituição financeira brasileira a aliar-se aos “Princípios do Equador”, um sistema para instituições financeiras gerenciar aspectos sociais e ambientais no financiamento de projetos, estabelecido pela Cooperação Financeira Internacional e pelo Banco Mundial. O PBGAGE contribui enormemente com o desenvolvimento sustentável. Em primeiro lugar, o projeto faz uso do biogás – uma fonte de energia renovável – para gerar eletricidade, o que é financeiramente e socialmente desejável. Segundo, ele objetiva queimar uma grande quantidade de metano que seria liberada na atmosfera, o que é socialmente e ambientalmente desejável. Isso significa não apenas que o projeto evitará o aquecimento global, mas também fornecerá uma solução ambientalmente legítima para minimizar riscos de explosão na área do aterro. Terceiro, esse é o primeiro projeto de energia de gás de aterro a ser implementado no Brasil, e considerando o enorme potencial de replicabilidade no país, devido principalmente ao alto conteúdo orgânico do lixo, um grande impacto positivo resulta da iniciativa, que mostra que a tecnologia para captação de gás de aterro e destruição – por queima e por geração de eletricidade – é comprovada. Quarto, os rendimentos de redução de emissão serão repartidos (50:50) com o município de São Paulo, significando mais investimentos em depósitos de resíduos – lixões – Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 3 restabelecimento e consciência do gerenciamento de resíduos, mais outros benefícios ambientais. Quinto, muitas posições de emprego foram geradas durante a implementação do projeto, e 26 foram criadas para a operação do projeto, destacando-se que muitos empregos são posições técnicas que exigem pouca habilidade e contribuem para a distribuição de renda no Brasil. Último, mas não menos importante, a transferência de tecnologia é aplicada a esse projeto, visto que a maioria dos equipamentos necessários não podem ser encontrados no Brasil e não há pessoas treinadas para tal operação. Então, será desenvolvida a capacidade necessária para implementação e operação do projeto. É também importante notar que o projeto integra-se com outros setores econômicos da região, como manutenção regular e calibração necessária desses equipamentos. Essas são as principais contribuições, mas há também efeitos positivos, como apresentações a escolas sobre gerenciamento de resíduos, reciclagem e energia renovável; e visitas aos equipamentos de extração e tratamento e à usina de geração. Pode ser claramente verificado que o PBGAGE contribui enormemente para o desenvolvimento sustentável. A.3. Participantes do projeto: Nome das Partes envolvidas (*) ((anfitrião) indica a Parte anfitriã) Entidade(s) privada(s) e/ou publica(s) participante(s) do projeto (*) (se aplicável) Por favor, indique se a Parte envolvida gostaria de ser considerada como participante do projeto (Sim/Não) • Entidade Publica: Prefeitura municipal de São Paulo Brasil (anfitrião) • Entidade Privada: Biogás Energia Ambiental S.A. Não (*) De acordo com as modalidades e procedimentos de MDL, no momento em que o MDL-DCP foi tornado publico no estágio da validação, uma Parte pode ou não ter fornecido a aprovação. No momento da solicitação do registro, a aprovação da(s) Parte(s) envolvida(s) é solicitada. Biogás é uma empresa fundada para explorar o potencial de gás de aterro no Brasil. A empresa foi ativada desde o ano de 2000, e agora venceu duas concorrências para explorar o gás de aterro no município de São Paulo. Um deles é o gás do aterro Bandeirantes – centro desse projeto – e o outro é o gás do Aterro Sanitário Sítio São João, que junto com o aterro Bandeirantes, recebe a maior parte dos resíduos gerados na cidade de São Paulo. Dentre os membros da Biogás estão Arcadis Logos Engenharia S.A., uma empresa participante do Grupo Arcadis – firma holandesa especializada em engenharia, gerenciamento de projetos e consultoria; Heleno & Fonseca Construtécnica S.A., construtora brasileira; e Van der Wiel, outra empresa holandesa atuante nos campos de transporte, infra-estrutura e técnica ambiental. A prefeitura de São Paulo tem sob sua administração a responsabilidade de cuidar da maior cidade do Brasil. São Paulo tem atualmente ao redor de 10 milhões de habitantes, com mais de 10 milhões nas suas vizinhanças, formando uma das maiores áreas urbanas do mundo – a região metropolitana de São Paulo. Contando com boa infra-estrutura em telecomunicações e transporte, um aeroporto no centro da cidade Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 4 conectado com as maiores cidades do Brasil, São Paulo é o coração das atividades industrial e financeira do Brasil, apesar das indústrias saírem da cidade desde o começo e metade da década de 90. São Paulo é também a cidade mais rica – em termos absolutos – do Brasil. Apesar disso, a cidade está fortemente endividada. Nessa situação, as administrações têm procurado parcerias e novos caminhos para impulsionar investimentos e melhorar a qualidade de vida na área. Uma das iniciativas é ser participante do PBGAGE. O município receberá ganhos adquiridos da comercialização das reduções de emissões, um rendimento para ser usado em novos investimentos nas instalações de aterro e na recuperação dos depósitos de resíduos. A.4. Descrição técnica da atividade de projeto: A.4.1. Local da atividade de projeto: PBGAGE está localizado na região metropolitana de São Paulo, a maior área urbana no Brasil. São Paulo é a capital do estado com o mesmo nome, situado no sudeste do Brasil. A.4.1.1. Parte(s) Anfitriã(s): A.4.1.2. Região/Estado etc.: A.4.1.3. Cidade/Comunidade etc.: Brasil. São Paulo. São Paulo. A.4.1.4. Detalhes sobre a localização física, inclusive informações que permitam a identificação única dessa atividade de projeto (máximo de uma página): O aterro Bandeirantes está localizado entre o km 24 e 26 da Rodovia Bandeirantes, que conecta a cidade de São Paulo com a região metropolitana de Campinas, área mais rica do estado de São Paulo. O aterro cobre uma área de aproximadamente 1,35 milhão de m2, sendo a fronteira ao norte a região urbana de Perus (um distrito de São Paulo), ao leste a estrada antiga de Jundiaí, ao sul a conecção entre essa estrada e a Rodovia Bandeirantes; e finalmente a oeste a rodovia Bandeirantes. A.4.2. Categoria(s) da atividade de projeto: PBGAGE é uma atividade de projeto de MDL de deposição de resíduos sólidos no solo. A.4.3. Tecnologia a ser empregada pela atividade de projeto: Aproximadamente, todo o sistema de coleta, tratamento e uso de gás pode ser ilustrado na Figura 1. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo Coleta de Gás página 5 Extração e Queima do Gás Geração e Uso de Energia Figura 1. Percurso do gás e uso da energia de um projeto de gás de aterro para geração de energia. O aterro Bandeirantes é dividido em 5 células, chamadas AS-1, AS-2, AS-3, AS-4 e AS-5. As três mais antigas foram abertas em 1978 e fechadas em 1995. PBGAGE extrai, desde o início, gás das células mais novas, onde ainda há lixo sendo depositado. A imagem abaixo oferece uma visão geral das células do aterro. A planta de tratamento de gás, assim como, a usina de geração são chamadas de “Usina de Geração”. Figura 2. Visão técnica geral do Aterro Bandeirantes. Então, para dar satisfação sobre as reduções de emissões do PBGAGE, os participantes do projeto dividem o projeto em duas fases. A primeira considera as células mais jovens AS-4 e AS-5; na segunda fase, o projeto queimará o metano gerado nas células antigas AS-1, AS-2 e AS-3. A segunda fase está programada para começar no meio do ano de 2005. Tecnicamente, o PBGAGE pode ser visto como mostra a Figura 3. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 6 Figura 3. Planta de tratamento e usina de geração de eletricidade da Biogás Da figura 3, duas unidades principais podem ser destacadas: a usina de gás e a usina de geração. A usina de gás é responsável por extrair o gás do aterro e transportá-lo para os motores de gás na usina de geração. Durante o transporte, o gás passa por um tratamento para permitir o seu uso como combustível para geração de energia. Outras funções da usina de gás são: secagem do gás de aterro por refrigeradores de gás; e medição e análise de quantidade e qualidade de gás por motivos de segurança, processo e operação. O gás de aterro refrigera-se quando transportado do aterro, resultando em um condensado. Ele é drenado aos drenos condensados, localizados próximos aos canos de gás. Uma vez na usina de gás, o gás tem que ser refrigerado novamente para remover a umidade. Isso é um passo muito importante no processo de tratamento de gás, já que o condensado, que contém silício, poderia bloquear os canos de gás e também danificar os motores de gás, devido ao silício. Depois desse passo, o gás é aquecido novamente através de um convertor ou economizador de calor secundário, numa temperatura de aproximadamente 25 ºC, longe o suficiente do ponto de condensação de 4 ºC para evitar mais condensação. Considerando que a desumidificação é fundamental para a geração de energia, pelas razões mencionadas no parágrafo anterior, um secador foi instalado por razões de segurança adicional. O secador é de aço inoxidável com um filtro de alta densidade que separa as partículas líquidas (pequenas quantidades de condensado) do gás. Esse líquido é drenado, da mesma forma, para um dreno condensado. Os sopradores são usados para o transporte do gás do aterro aos motores, com sucção e pressão corretas. A capacidade e a pressão são ajustadas por eletromotores de freqüência controlada. Além disso, os Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 7 sopradores são equipados com todos os equipamentos de segurança necessários, incluindo abrigo de redução de ruídos. Na área de pressão da usina de gás, todos os tipos de análise de gás e instrumentos de medição de gás estão presentes. Esses instrumentos são muito importantes por motivos de segurança, processo e operação. Depois do tratamento, análise e medição descritos, o gás é transportado como um combustível para os motores. Eles acionam o gerador elétrico que gerará a energia elétrica. Um eventual excedente de gás pode ser queimado pelos queimadores. Todo o processo é controlado por um sistema de controle elétrico. Esse sistema de controle é provido de um CLP (Controlador Lógico Programável). Todos os sinais medidos são processados por um CLP para emitir sinais aos refrigeradores de gás, ventiladores, queimadores e motores. O sistema também consiste de um sistema SCADA (processo de visualização por um computador). Com esse sistema é possível controlar e monitorar a instalação de longe, incluindo pela Internet. Para geração de eletricidade, um total de 24 motores Caterpillar, capacidade nominal de 925 kW, modelo 3516 A, foram instalados. Eles queimarão o gás e gerarão eletricidade, que será enviada à rede da Eletropaulo – a distribuidora de eletricidade da região metropolitana de São Paulo. Essa eletricidade não será comercializada diretamente; ela será utilizada nas filiais do Unibanco no estado São Paulo. PBGAGE é o maior projeto de usina de geração de biogás do mundo. A humanidade não foi capaz de presenciar nenhuma circunstância onde essa escala poderia ser colocada em prática para uma iniciativa de energia de gás de aterro, até o PBGAGE estar pronto e ativado. No Brasil, esse tipo de projeto nunca foi completamente aceito, já que a tecnologia não foi considerada comprovada, a legislação não requer que o gás de aterro seja queimado, e o mercado de energia era controlado pelo Estado, o que não permitiu a existência de produtores independentes de energia. Além disso, e talvez mais importante, a cultura de eletricidade do país está focada em grandes usinas hidrelétricas, sendo esse tipo de geração de eletricidade classificada como a única alternativa plausível para a demanda do país. Então, ninguém pensaria que uma iniciativa de energia de gás de aterro poderia ocorrer se não houvesse transferência de tecnologia. Isso não significa apenas equipamentos de suprimento, mas também engenheiros treinados em implementar esses projetos e treinar operadores para cuidar dos vários medidores e softwares necessários. No caso do PBGAGE, a implementação do projeto e a capacidade de operação fizeram parte do trabalho da Van der Wiel – conhecida ao redor do mundo, sendo uma firma holandesa atuando em transporte, infra-estrutura e técnica ambiental – e Arcadis, engenharia, gerenciamento de projeto e consultoria com base sólida na Holanda e com uma sede no Brasil (Arcadis Logos Engenharia), responsável pelo projeto de engenharia de captação de gás de aterro. Os equipamentos usados nesse projeto são principalmente importados – motores para geração de eletricidade, medidores de corrente, analisador de gás e queimadores. Ambas companhias têm trabalhado sob regulamentações ambientais rígidas, e a implementação e operação de projetos ocorrem sob essas circunstâncias. Dessa forma, pode ser claramente verificado que transferência de tecnologia ambientalmente segura foi efetuada pelo PBGAGE. A.4.4. Explicação sucinta de como as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes serão reduzidas pela atividade de projeto de MDL proposta, incluindo por que as reduções das emissões não ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta, levando em consideração políticas e circunstâncias nacionais e/ou setoriais: Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 8 O Brasil nunca adotou leis ou algum tipo de legislação para forçar a queima de gás de aterro. É importante notar que um esforço considerável terá que ocorrer relativo às práticas de deposição de resíduos no Brasil, antes que qualquer legislação de queima de gás em aterros bem conduzida seja forçada. De acordo com as últimas estatísticas oficiais em resíduos sólidos urbanos no Brasil – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000 (PNSB 2000) – o país produz 228.413 toneladas de resíduos por dia, o que corresponde a 1,35 kg/habitante/dia. E apesar de haver uma tendência mundial em reduzir, reusar e reciclar, ou seja, reduzir a quantidade de resíduos sólidos urbanos a ser disposta nos aterros, a situação no Brasil é peculiar. A maior parte do lixo produzido no país é enviada a áreas sem controle – lixões – que são, na maioria dos casos, depósitos de lixo abertos sem qualquer tipo de infra-estrutura adequada a evitar acidentes ambientais. Figura 4 mostra o destino final do lixo no Brasil, de acordo com PNSB 2000. No caso do Bandeirantes, o aterro foi originalmente concebido para tirar proveito da melhor tecnologia disponível no momento do seu projeto, aplicando técnicas modernas de engenharia e medidas ambientais seguras. Isso engloba ventilação passiva de gás de aterro, com queimadores esporádicos e ineficazes no local, como medida de segurança. Então, uma quantidade considerável de metano era liberada para a atmosfera, já que o mecanismo de queimadores é capaz de destruir ao redor de 20% do metano produzido. Com a implementação do PBGAGE, a situação acima não irá mais ocorrer. Vedando propriamente as cabeças dos drenos, o projeto evitará que o metano seja liberado à atmosfera e permetirá que seja extraído para as queimadores ou para a usina de geração, onde o gás será usado para gerar energia. Portanto, a implementação do PBGAGE reduzirá as emissões de gases de efeito estufa. Destinação Final do Lixo (%) 4,9 18,3 Lixão Aterro Sanitário Aterro Controlado N/A 13,7 63,1 Fonte: PNSB, 20001. Figura 4. Destinação do lixo por município no Brasil PBGAGE também evitará emissões de gases de efeito estufa na rede elétrica. O metano extraído do aterro será queimado para gerar eletricidade que alimentará a rede brasileira. Com isso, as reduções de emissões ocorrerão devido ao deslocamento de geração de energia por combustível fóssil na margem do sistema elétrico. 1 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 9 A.4.4.1. Quantia estimada de reduções de emissões durante o período de obtenção de créditos escolhido: Tabela 1. Reduções de emissões do PBGAGE através da destruição do metano (primeiro período de crédito) Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Reduções de emissões (tCO2e) 703.252 1.041.547 1.319.588 1.190.781 1.074.814 970.408 876.410 Tabela 2. Reduções de emissões do PBGAGE pelo deslocamento do despacho (primeiro período de crédito) Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Reduções de emissões (tCO2e) 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 Portanto, as reduções de emissões do PBGAGE deverão atingir 7,4 milhões de tCO2e no primeiro período de crédito (2004 – 2010). A.4.5. Financiamento público da atividade de projeto: Não há financiamento público envolvido na atividade de projeto do PBGAGE. SEÇÃO B. Aplicação de uma metodologia de linha de base B.1. Título e referência da metodologia de linha de base aprovada aplicada à atividade de projeto: A metodologia da linha de base aplicada a esse projeto é ACM0001, nomeada “Consolidated baseline methodology for landfill gas project activities”. B.1.1. Justificativa da escolha da metodologia e por que ela é aplicável à atividade de projeto: ACM0001 foi desenvolvida para “unificar” metodologias aprovadas de linha de base aplicáveis a diferentes situações onde projetos de destruição de gás de aterro estão sendo propostos. Uma dessas situações é quando “o gás capturado é usado para produzir energia (por exemplo, energia elétrica e térmica) e reduções de emissões são requeridas para o desuso ou evitar geração de energia de outras origens”. Esta é exatamente a situação do PBGAGE, e portanto a razão para a escolha da ACM0001. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 10 B.2. Descrição de como a metodologia é aplicada no contexto da atividade de projeto: A metodologia escolhida está descrita na opção (b) do parágrafo 48 do MDL M&P. Investimentos significativos foram feitos no local para melhorar a coleta e queima do gás de aterro e com isso reduzir o efeito do aquecimento global. De acordo com ACM0001, o cenário de linha de base é a liberação de metano gerado para a atmosfera, com parte do gás sendo destruído para obedecer às regulamentações ou requerimentos contratuais. De fato, no aterro Bandeirantes, anteriormente à operação do PBGAGE, algum gás do aterro era queimado ineficientemente em algumas cabeças de drenos. Essa quantidade foi estimada ao redor de 20% da captação de gás pelo sistema passivo de ventilação no local (o Fator de Ajuste de Efetividade). Então o cenário de linha de base pode ser descrito como o gás de aterro produzido menos 20% do que poderia ser destruído de qualquer forma. No caso das reduções de emissões do deslocamento do despacho, uma metodologia aprovada tem que ser usada, de acordo com AM0001. Para o PBGAGE, ACM0002 – “Consolidated methodology for gridconnected electricity generation from renewable sources” foi usada. Essa metodologia considera que usinas de geração elétrica a partir de combustível fóssil são deslocadas da margem do sistema elétrico por uma fonte de energia renovável, nesse caso o PBGAGE. B.3. Descrição de como as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes são reduzidas para níveis inferiores aos que teriam ocorrido na ausência da atividade de projeto registrada de MDL: ACM0001 requer o uso da “Ferramenta para demonstração e avaliação da adicionalidade” para mostrar que o projeto não é o cenário de linha de base. Essa ferramenta é aplicada como segue. Passo 0. Projeção preliminar baseada na data de início da atividade do projeto (a) A data de início desta atividade do projeto aconteceu no dia 23 de dezembro de 2003, quando a licença ambiental final – a licença de operação – foi publicada. Favor, cheque o item F para a licença. (b) O MDL como origem de financiamentos de projeto foi introduzido na estratégia empresarial da Arcadis Logos Engenharia (“Arcadis”), acionista da Biogás, no ano de 2000. Arcadis é também acionista da Cocal Termelétrica, que é um projeto de MDL de cogeração com bagaço desenvolvido pela Econergy desde o ano de 2000. O principal acionista desse projeto de cogeração - Cocal Comércio e Indústria Canaã Açúcar e Álcool Ltda – apresentou Sr. José da Costa Carvalho Neto, Presidente da Arcadis, a Marcelo Schunn Diniz Junqueira com a intenção de disseminar o MDL na estratégia empresarial da Arcadis. Além disso, entre os acionistas da Biogás Energia Ambiental S.A. está Van der Wiel, empresa holandesa de engenharia com uma forte habilidade técnica em extração de gás de aterro. De fato, Van der Wiel tornou-se acionista da Biogás em setembro de 2003 focandose em transferir tecnologia na área de negócios de gás. Van der Wiel tem há bastante tempo procurado encontrar oportunidades em reduções de emissões. Com isso em mente, a empresa previu uma boa oportunidade para explorar gás do aterro Bandeirantes quando considerou os ganhos da emissão de reduções em tal projeto. Isso foi o condutor para tornar-se acionista nesse projeto e então fornecer uma solução técnica. Passo 1. Identificação das alternativas para a atividade do projeto, consistente com as leis e regulamentações atuais. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 11 Sub-passo 1a. Definir alternativas para a atividade do projeto: A única alternativa realista e crível para PBGAGE é a manutenção da situação anterior a implementação do projeto. Isso incorreria na liberação de gás de aterro para a atmosfera através de um sistema de ventilação passiva instalada no aterro. Nesse caso, o metano escaparia e aumentaria o aquecimento global. Além disso, outros compostos orgânicos voláteis seriam liberados da mesma forma. A atividade de projeto proposta não abordada como uma atividade de projeto de MDL não é crível nem realista, já que não é financeiramente atrativa, como será visto no passo 2. Sub-passo 1b: Aplicação das leis e regulamentações aplicáveis: Como mostrado em A.4.4, o Brasil não implementou nenhuma lei para mitigar emissões de gás de aterro. No estado de São Paulo, CETESB, a agência ambiental, tem atuado em fechar depósitos de lixo e forçar municípios a dar destinação apropriada para o lixo gerado. Isso pode ser feito através de concessões a empresas privadas tanto para construir quanto para operar aterros sanitários ou para ser responsável pelo gerenciamento de todo o lixo municipal. Em ambos os casos, entretanto, a coleta ativa e queima do gás do aterro nunca foram demandas. Ventilação passiva no aterro Bandeirantes, como ainda considerada, é a única alternativa acreditável e realista para PBGAGE. Então, a situação anterior à implementação do projeto – a alternativa ao PBGAGE – está de acordo com toda a regulamentação pertinente. Passo 2. Análise de investimento Sub-passo 2a. Determinar o método de análise apropriado Opção III – análise de “benchmark” – escolhida. Sub-passo 2b – Opção III. Aplicar análise de “benchmark” Os negócios brasileiros são usualmente analisados através da taxa interna de retorno para a quantia investida em iniciativas de projeto. No caso do PBGAGE, esse é o indicador financeiro utilizado. Esse indicador é comparado com a remuneração dos títulos do governo, já que tais títulos são considerados como investimentos sem risco, e além disso são considerados como custo de oportunidade no Brasil. Sub-passo 2c. Cálculo e comparação dos indicadores financeiros Os empresários brasileiros usualmente avaliam as oportunidades de investimento através da taxa interna de retorno (TIR) que os projetos são capazes de retornar. Esse é um senso comum, considerando que a economia brasileira é muito volátil, e dessa forma o custo de oportunidade de capital – remuneração dos títulos do governo - tende a variar freqüentemente. Inicialmente, é importante esclarecer que o projeto é basicamente estruturado em duas sub-unidades distintas: a coleta do gás e a estação de tratamento; e a usina de geração. Considerando que a usina de gás pertence e é operada pela Biogás, e a usina de geração pertence e é operada pela Bionergia, a análise de investimento é dividida em duas, uma para cada subunidade. Para o investimento na captura do metano, Biogás calculou a TIR e comparou com a remuneração dos títulos do governo de 23,3% que estavam pagando no início da operação do projeto, no final de 2003. Como será mostrado adiante, tal remuneração está muito acima dos 13% esperados para a atividade de projeto sem os rendimentos das RCEs. Para o cálculo da TIR da Biogás, os dados de entrada usados são o preço do biogás, custos fixos, custos variáveis, impostos (ICMS = 12%, COFINS + PIS = 4,65%), seguro (2%), depreciação, imposto de renda e custo do capital. Todos os números foram apresentados à EOD e alguns deles são confidenciais. O fluxo de caixa é apresentado adiante: Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 12 Tabela 3. Fluxo de caixa da usina de extração de gás de aterro do PBGAGE Impostos sobre Receita Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Receita Bruta R$0 R$6.646.575 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 R$8.848.476 COFINS + PIS R$0 R$309.066 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 R$411.454 ICMS R$0 R$753.244 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 R$1.061.817 Receita Líquida R$0 R$5.584.265 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 R$7.375.205 Custos Fixos Custos Variáveis R$0 R$0 R$866.180 R$593.642 R$1.200.000 R$1.576.161 R$1.200.000 R$1.836.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 R$1.200.000 R$1.896.161 Fórmulas Receita Líquida = Receita Bruta - Impostos sobre Receita Custos Totais = Custos Fixos + Custos Variáveis + Seguro EBTA = Receita Líquida - Custos Totais - Depreciação - Juros Lucro Líquido = EBTA - IR Fluxo de caixa do acionista = Capital requerido + Dividendos Geração de caixa = Lucro Líquido + Depreciação - Investimento + Dívidas Caixa Disponível = saldo de Geração de Caixa + Capital Requerido Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. Seguro Custos Totais R$0 R$0 R$44.242 R$1.504.064 R$176.970 R$2.953.131 R$176.970 R$3.213.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 R$176.970 R$3.273.131 FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Depreciação R$0 R$932.060 R$1.870.202 R$2.232.702 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.370.202 R$2.075.641 R$0 Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Dívida R$6.000.000 R$6.600.000 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 página 13 Juros R$0 (R$1.176.865) (R$1.777.603) (R$1.287.230) (R$796.856) (R$306.483) R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 Amortização R$0 R$0 (R$3.150.000) (R$3.150.000) (R$3.150.000) (R$3.150.000) R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 EBTA IR R$0 R$0 R$1.971.276 R$192.715 R$774.270 R$270.825 R$642.143 R$239.114 R$935.016 R$309.404 R$1.425.389 R$427.093 R$1.731.872 R$500.649 R$1.731.872 R$500.649 R$1.731.872 R$500.649 R$1.731.872 R$500.649 R$1.731.872 R$500.649 R$2.026.433 R$571.344 R$4.102.074 R$1.069.498 Dividendos Caixa Disponível R$0 R$228.010 R$0 R$1.108.606 R$0 R$832.252 R$0 R$1.173.396 R$0 R$1.173.396 R$0 R$1.391.893 R$3.993.318 R$1.000.000 R$2.778.071 R$1.000.000 R$1.231.223 R$1.000.000 R$1.231.223 R$1.000.000 R$1.231.223 R$1.000.000 R$1.455.089 R$1.000.000 R$3.032.576 R$0 Lucro Líquido R$0 R$1.778.561 R$503.445 R$403.029 R$625.612 R$998.296 R$1.231.223 R$1.231.223 R$1.231.223 R$1.231.223 R$1.231.223 R$1.455.089 R$3.032.576 Investimento (R$8.771.990) (R$8.430.026) (R$4.000.000) (R$2.500.000) R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 R$0 Geração de Caixa Capital Requerido (R$2.771.990) R$3.000.000 R$880.595 R$0 (R$4.776.353) R$4.500.000 (R$3.014.270) R$3.355.413 (R$154.186) R$154.186 R$218.497 R$0 R$3.601.425 R$0 R$3.601.425 (R$823.353) R$3.601.425 (R$2.370.202) R$3.601.425 (R$2.370.202) R$3.601.425 (R$2.370.202) R$3.530.730 (R$2.075.641) R$3.032.576 (R$1.000.000) Fluxo de Caixa do Acionista Receita do Carbono (R$3.000.000) R$0 R$0 R$0 (R$4.500.000) R$0 (R$3.355.413) R$0 (R$154.186) R$0 R$0 R$0 R$3.993.318 R$0 R$3.601.425 R$0 R$3.601.425 R$0 R$3.601.425 R$0 R$3.601.425 R$0 R$3.530.730 R$0 R$4.032.576 R$0 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. Caixa Esperado para os Acionistas (R$3.000.000) R$0 (R$4.500.000) (R$3.355.413) (R$154.186) R$0 R$3.993.318 R$3.601.425 R$3.601.425 R$3.601.425 R$3.601.425 R$3.530.730 R$4.032.576 TIR #NUM! #NUM! #NUM! #NUM! #NUM! #NUM! #NUM! -7,69% 0,33% 5,35% 8,72% 11,04% 12,94% FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 14 Para a geração de energia, a mesma análise foi feita. Para essa sub-unidade, a TIR calculada foi de 15,6%, longe da remuneração dos títulos do governo de 23,3% pagos em Dezembro de 2003. A TIR é calculada de acordo com um rendimento fixo resultante de um leasing assinado pela Biogeração e Unibanco. Os dados de entrada usados nesse cálculo são: receita bruta, impostos, custos fixos e operacionais, depreciação e amortização, gastos de capital e média ponderada do custo de capital. O fluxo de caixa é mostrado na tabela a seguir: Tabela 4. Fluxo de caixa da sub-unidade de geração de energia do PBGAGE Biogeração 1 2003 EBIT Não operacional Depreciação e amortização Variação capital de giro Caixa gerado pela Atividade Receita financeira Investimentos Dividendos Geração de caixa após investimentos Liberações Amortizações (Amort FINIMP) Juros desembolsados (Amort FINIMP) Amortizações (BNDES) Juros desembolsados (BNDES) Amortizações (Importação) Juros desembolsados (Importação) Amortizações (IGPM) Juros desembolsados (IGPM) Geração de caixa após financiamentos Imposto de renda Contribuição Social Aumento de capital Redução de capital Geração de caixa líquida EBIT Tax Depreciação e amortização CAPEX Carbono Total Projeto TIR Projeto 2 2004 3 2005 4 2006 5 2007 6 2008 7 2009 8 2010 9 2011 10 2012 11 2013 12 2014 13 2015 14 2016 5,8 5,9 6,4 6,5 6,2 6,7 6,7 6,3 5,2 4,3 6,7 8,6 8,8 0,0 0,0 0,0 2,9 0,3 8,9 3,9 (0,0) 9,8 3,9 0,1 10,3 3,9 (0,0) 10,4 3,9 (0,0) 10,0 3,9 (0,2) 10,3 3,9 0,0 10,5 3,9 (0,0) 10,2 3,9 (0,0) 9,1 3,9 (0,0) 8,2 1,5 0,0 8,2 0,7 0,0 9,3 0,7 0,0 9,5 0,0 (36,8) 0,0 0,1 (11,1) (2,9) 0,4 0,0 (2,7) 0,6 0,0 (2,8) 0,8 0,0 (3,0) 1,0 0,0 (3,1) 0,6 0,0 (3,1) 0,6 0,0 (3,4) 0,7 0,0 (3,4) 0,5 0,0 (2,8) 0,4 0,0 (2,2) 0,2 0,0 (4,7) 0,1 0,0 (6,7) 0,0 0,0 (7,2) (36,8) 26,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (10,8) (4,9) 11,2 0,0 (0,0) 0,0 0,0 (3,3) (0,8) 0,0 (0,6) 1,5 7,5 6,6 0,0 (0,5) (1,5) (0,3) (6,6) (0,5) 0,0 (0,8) 3,8 8,1 6,3 0,0 (1,2) (1,7) (0,3) (6,3) (0,2) 0,0 (0,8) 3,9 8,2 0,0 0,0 (1,6) (1,8) (0,3) 0,0 0,0 0,0 (0,8) 3,7 8,0 0,0 0,0 (1,6) (1,9) (0,2) 0,0 0,0 0,0 (0,8) 3,5 7,8 0,0 0,0 (1,6) (2,0) (0,2) 0,0 0,0 0,0 (0,8) 3,2 7,8 0,0 0,0 (1,6) (2,1) (0,1) 0,0 0,0 0,0 (0,8) 3,2 7,5 0,0 (2,7) (1,5) (0,2) (0,0) 0,0 0,0 (1,3) (0,7) 0,9 6,9 0,0 (2,7) (1,2) 0,0 0,0 0,0 0,0 (1,3) (0,6) 1,0 6,3 0,0 (2,7) (0,9) 0,0 0,0 0,0 0,0 (1,3) (0,5) 0,9 3,7 0,0 (2,7) (0,7) 0,0 0,0 0,0 0,0 (1,3) (0,3) (1,4) 2,7 0,0 (2,7) (0,4) 0,0 0,0 0,0 0,0 (1,3) (0,2) (2,0) 2,3 0,0 (2,5) (0,1) 0,0 0,0 0,0 0,0 (1,2) (0,1) (1,6) 0,0 0,0 14,0 (0,7) (0,3) 0,0 (0,8) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (0,9) (0,3) 0,0 (3,9) (0,8) (0,3) 0,0 (4,0) (0,7) (0,3) 0,0 (4,2) (0,7) (0,3) 0,0 (4,4) (0,8) (0,3) 0,0 (4,5) (0,8) (0,3) 0,0 3,2 0,5 2,7 2,7 2,5 2,3 2,0 2,0 (4,1) (4,1) (4,3) (6,7) (7,6) (2,7) 6 (1,0) 3 (11) 0,0 (3,45) 6 (1,1) 4 0 0,0 8,65 6 (1,2) 4 0 0,0 9,03 6 (1,2) 4 0 0,0 9,15 6 (1,2) 4 0 0,0 8,88 7 (1,2) 4 0 0,0 9,30 7 (1,2) 4 0 0,0 9,30 6 (1,2) 4 0 0,0 8,97 5 (1,1) 4 0 0,0 8,04 4 (1,0) 4 0 0,0 7,20 7 (1,0) 1 0 0,0 7,20 9 (1,1) 1 0 0,0 8,21 9 (1,1) 1 0 0,0 8,41 0 0,0 0 (37) 0,0 (36,80) 15,6% Sub-passo 2d. Análise sensitiva No caso da sub-unidade de gás, a análise sensitiva foi feita considerando o fator de custo. De fato, podese considerar que a Biogás poderia ser mais eficiente usando esses recursos, reduzindo custos fixos. Nesse caso, se tais custos fossem reduzidos em 30%, a taxa interna de retorno cresceria levemente para 15,88% anualmente. Essa taxa ainda está abaixo do “benchmark” de 23,3%. Uma redução de 50% resultaria na TIR de 17,19%, ainda abaixo do “benchmark”. De outro lado, os custos poderiam também aumentar e um aumento de 30% causaria o declínio da TIR para 10,6%. Em outro cenário, com custos superiores em 50%, a TIR seria de 8,85%, muito abaixo do “benchmark”. Para a sub-unidade de energia, foi feita uma análise sensitiva considerando lucros crescentes. Nesse caso, se os lucros crescessem consideravelmente, sendo 25% maiores, a TIR do projeto não alcançaria nem 20%, sendo 19,87%. Esse valor não é suficiente para ultrapassar o “benchmark” de 23,3%, anteriormente Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 15 considerado. E, se por algum motivo os lucros diminuírem para 25%, a TIR seria de 11,1%, não atrativa comparada com o “benchmark”. Dessa forma, mesmo numa situação em que o lucro aumente, a subunidade de energia não proveria uma TIR atrativa se os rendimentos do carbono não fossem considerados. Passo 4. Análise prática comum Sub-passo 4a. Analisar outras atividades similares à atividade de projeto proposta Não há nenhuma outra atividade similar ao PBGAGE implementada ou a caminho. Sub-passo 4b. Discutir opções similares que estão ocorrendo Considerando que não há nenhuma atividade similar amplamente observada e freqüentemente feita, não é necessário executar uma análise desse tipo. Passo 5. Impacto do registro MDL A aprovação e registro da atividade de projeto como atividade de MDL aliviará os obstáculos econômicos e financeiros de ambas sub-unidades do projeto, superando a remuneração dos títulos do governo de 23,3%, e assim tornando toda a iniciativa atrativa para os investidores. Como benefício advindo da atividade de projeto, a redução de emissão antropogênica de gás de efeito estufa é realmente um muito importante. Além do mais, esse projeto como sendo o primeiro desse tipo no Brasil atrairá novos empreendedores para implementar atividades de projeto similares. Em acréscimo ao parágrafo acima, a transferência de tecnologia de captação de metano se destaca nessa atividade de projeto, já que a acionista holandesa – Van Der Wiel – é uma empresa bem conhecida nesse tipo de tecnologia. B.4. Descrição de como a definição do limite do projeto relacionado à metodologia da linha de base selecionada é aplicada à atividade de projeto: PBGAGE acontece no aterro Bandeirantes, e a área do aterro é a fronteira do projeto, que inclui os equipamentos de extração de gás e a usina de geração. B.5. Informações detalhadas sobre a linha de base, incluindo a data de término do estudo de linha de base e o nome da pessoa(s)/entidade(s) que determina(m) a linha de base: Esse estudo da linha de base foi concluído em 23/12/2004, pela Econergy, que não é uma participante nesse projeto. Contato para informações: Marcelo Schunn Diniz Junqueira [email protected] Tel: +55 (11) 3219 0068 ext 25 Fax: +55 (11) 3219 0693 www.econergy.com SEÇÃO C. C.1 Duração da atividade de projeto/ Período de crédito Duração da atividade de projeto: C.1.1. Data de início da atividade de projeto: 23/12/2003 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 16 C.1.2. Estimativa da vida útil operacional da atividade de projeto: 21 anos e 0 meses C.2 Escolha do período de obtenção de créditos e informações relacionadas: C.2.1. Período renovável de obtenção de créditos: C.2.1.1. Data de início do primeiro período de obtenção de créditos: 23/12/2003 C.2.1.2. 7 anos e 0 meses Duração do primeiro período de obtenção de créditos: C.2.2. Período fixo de obtenção de créditos: C.2.2.1. Data de início: C.2.2.2. Duração: >> >> SEÇÃO D. Aplicação de uma metodologia e de um plano de monitoramento D.1. Nome e referência da metodologia de monitoramento aprovada aplicada à atividade de projeto: A metodologia aplicada ao PBGAGE é a ACM0001, chamada “Metodologia de linha de base consolidada para atividades de projeto de gás de aterro”. D.2. Justificativa da escolha da metodologia e por que ela é aplicável à atividade de projeto: As condições de aplicabilidade para ACM0001 já foram consideradas na seção de linha de base desse DCP. De fato, PBGAGE é uma atividade de projeto responsabilizada em capturar e queimar metano das operações do aterro e também usar o metano como combustível para a usina de geração, gerando eletricidade e evitando usinas de combustível fóssil na margem do sistema de eletricidade brasileiro, reduzindo as emissões de GEE. Portanto ACM0001 é totalmente aplicável ao PBGAGE. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 17 D.2. 1. Opção 1: Monitoramento das emissões no cenário do projeto e no cenário de linha de base D.2.1.1. Dados a serem coletados para monitorar as emissões da atividade do projeto e como esses dados serão arquivados: Número de Identificação (use números para facilitar o cruzamento de referências com a tabela D.3) Variável Fonte Unidade Medidos (m), calculados (c) ou estimados (e) Freqüência do registro Proporção dos dados a serem monitorados Como os dados serão arquivados? (eletronicamente/ em papel) Comentário D.2.1.2. Descrição das fórmulas usadas para estimar as emissões do projeto (para cada gás, fonte, fórmula/algoritmo, unidades de emissão de CO2equ.) >> D.2.1.3. Dados relevantes necessários para a determinação da linha de base de emissões antrópicas por fontes de gases de efeito estufa dentro do limite do projeto e como tais dados serão coletados e arquivados: Número de Identificação (use números para facilitar o cruzamento de referências com a tabela D.3) Variável Fonte Unidade Medidos (m), calculados (c) ou estimados (e) Freqüência do registro Proporção dos dados a serem monitorados Como os dados serão arquivados? (eletronicamente/ em papel) Comentário D.2.1.4. Descrição das fórmulas usadas para estimar as emissões de linha de base (para cada gás, fonte, fórmula/algoritmo, unidades de emissões de CO2equ.) >> D. 2.2. Opção 2: Monitoramento direto de reduções de emissões da atividade de projeto (os valores devem ser compatíveis com os da seção Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 18 E). D.2.2.1. Dados a serem coletados para monitoramento das emissões da atividade de projeto, e como esses dados serão arquivados: Número de Variável Fonte Unidade Identificação (use números para facilitar o cruzamento de referências com a tabela D.3) 1 Captura total de Medidor de Nm3 LFGTotal gás de aterro vazão para queimadores e usina geradora Medidos (m), calculados (c) ou estimados (e) Freqüência do registro Proporção dos dados a serem monitorados Como os dados serão arquivados? (eletronicamente/ em papel) M Contínua 100% Eletronicamente Nm3 M Contínua 100% Eletronicamente Medidor de Nm3 vazão para usina geradora C Contínua 100% Eletronicamente M/C (1) n/a continuamen te, (2) trimestral, mensal se instável 2 LFGFlare Quantidade de Medidor de gás de aterro aos vazão para queimadores queimadores 3 LFGElectricity Quantidade de gás de aterro à usina geradora 4 FE Queima/eficiênc Eficiência do ia de combustão. queimador Determinada pelas horas de operação (1) e o conteúdo de metano contido % Eletronicamente Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. Comentário Medido por um medidor de vazão. Dados serão coletados mensalmente ou anualmente. Metros cúbicos normais representam o volume de gás em metros cúbicos no STP. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. Medido por um medidor de vazão. Dados serão reunidos mensalmente ou anualmente. Metros cúbicos normais representam o volume de gás em metros cúbicos no STP. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. A quantidade de gás de aterro para usina de geração será determinada pela diferença entre (1) e (2), acima. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. (1) Medição continua do tempo de operação do queimador (e.g. com a temperatura) (2) Medição periódica do conteúdo de metano do gás de escape. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo 5 wCH4 6 7 8 página 19 no gás expelido Fração de Análise metano no gás contínua de aterro Requerimentos reguladores relacionados com o gás de aterro Eletricidade alimentada na rede m3CH4/m3 M LFG Contínua 100% Eletronicamente Legislação ambiental Teste n/a - 100% Eletronicamente Medidor de eletricidade MWh M Contínua 100% Eletronicamente Na 100% renovação da linha de base Eletronicamente Emissão de CO2 Rede brasileira tCO2/MWh C intensidade da eletricidade Medida contínua por analisador da qualidade do gás. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. Eletricidade alimentada na rede será medida para determinar reduções de emissões da geração e comercialização de energia renovável. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. Intensidade de emissão de CO2 da eletricidade gerada pela rede será determinada através de uma metodologia de linha de base aprovada, a ACM0002. Esses dados serão atualizados na renovação da linha de base, de acordo com a metodologia considerada. Dados serão guardados por dois anos depois do final do período de crédito. D.2.2.2. Descrição das fórmulas usadas para calcular as emissões do projeto (para cada gás, fonte, fórmulas/algoritmo, unidades de emissão de CO2equ.): PBGAGE não gera emissões já que utiliza a eletricidade gerada pelo projeto para operar o projeto de gás de aterro, incluindo os equipamentos de extração para o sistema de coleta e energia requerida para o transporte de calor. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 20 D.2.3. Tratamento de fugas no plano de monitoramento D.2.3.1. Se aplicável, descreva as informações e os dados que serão coletados para monitorar os efeitos das fugas da atividade de projeto: Número de Identificação (use números para facilitar o cruzamento de referências com a tabela D.3) Variável Fonte Unidade Medidos (m), calculados (c) ou estimados (e) Freqüência do registro Proporção dos dados a serem monitorados Como os dados serão arquivados? (eletronicamente/ em papel) Comentário Nenhuma fuga segundo ACM0001. D.2.3.2. Descrição das fórmulas usadas para estimar as fugas (para cada gás, fonte, fórmulas/algoritmo, unidades de emissões de CO2equ.): Nenhuma fuga segundo ACM0001. D.2.4. Descrição das fórmulas usadas para estimar reduções de emissões para a atividade de projeto (para cada gás, fonte, fórmulas/algoritmo, unidades de emissões de CO2equ.): ER = ( MD project − MDreg ) * GWPCH 4 + EG * CEFelectricity MDreg = MD project * AF MD project = MD flared + MDelectricity MD flared = LFG flare * wCH 4 * DCH 4 * FE MDelectricity = LFGelectricity * wCH 4 * DCH 4 ER são as reduções de emissões; MDproject é a quantidade de metano realmente destruído/queimado durante um ano; MDreg é o metano que teria sido destruído/queimado durante um ano na ausência do projeto; GWPCH4 é o valor aprovado de potencial de aquecimento global para o metano (considerado 21 por todo o tempo de vida do PBGAGE para estimar reduções de emissões); EG é a quantidade de eletricidade deslocada da rede; e CEFelectricity é a intensidade deslocada da rede de emissões de CO2. Considerando que não há nenhum requerimento regulador ou contratual que determine MDreg, um Fator de Efetividade de Ajustamento de 20% é usado no caso do PBGAGE. MDflared é a quantidade de metano destruído pela queima (tCH4), LFGflare é a quantidade de gás de aterro queimado durante um ano medido em metros cúbicos normais (Nm3), wCH4 é a fração média de metano do gás de aterro medido durante um ano e expresso como uma fração de volume de CH4 por volume de LFG, FE é a eficiência do queimador (a fração de metano destruído) e DCH4 é a densidade de metano expressa em toneladas de metano por metro cúbico de metano (tCH4/m3CH4), medido em STP. Esse valor é de fato 0,0007168 tCH4/Nm3CH4. MDelectricity é a quantidade de metano destruído pela geração de eletricidade e LFGelectricity é a quantidade de gás de aterro alimentado no gerador de eletricidade. Deslocamento do Despacho: ERy: São as reduções de emissões da atividade de projeto durante o ano y em toneladas de CO2. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 21 ERy = BEthermal, y + BEelectricity, y – PEy – Ly BEelectricity,y: São as emissões de linha de base devido ao deslocamento do despacho durante o ano y em toneladas de CO2. BEthermal, y = 0 BEthermal,y: São as emissões de linha de base devido ao deslocamento de energia térmica durante o ano y em toneladas de CO2. PEy=0 PEy: São as emissões do projeto durante o ano y em toneladas de CO2. Ly=0 Ly: São as emissões de fuga durante o ano y em toneladas de CO2. BEelectricity, y = EFelectricity * EGy D.3. Estão sendo realizados procedimentos de controle de qualidade (CQ) e garantia de qualidade (GQ) para os dados monitorados Dados (Indique a tabela e o número de identificação por ex. 3.-1.; 3.2.) 1-3 LFG Grau de incerteza dos dados (Alto/Médio/Baixo) Explique os procedimentos de CQ/GQ planejados para esses dados, ou por que tais procedimentos não são necessários. Baixo Medidores de corrente estarão sujeitos a uma manutenção regular e regime de teste para garantir acurácia. 4 FE Médio Manutenção periódica assegurará a operação ótima dos queimadores. A eficiência do queimador deve ser checada trimestralmente, com controle mensal se a eficiência mostrar desvios significantes dos valores prévios. 5 wCH4 Baixo O analisador de gás estará sujeito a uma manutenção regular e regime de teste para garantir acurácia. 7 Baixo Medidor de eletricidade será calibrado periodicamente para garantir acurácia. D.4 Descreva a estrutura operacional e administrativa que o operador do projeto implementará para monitorar as reduções de emissões e quaisquer efeitos relacionados às fugas, gerados pela atividade de projeto: Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. FORMULÁRIO DO DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho Executivo página 22 Tanto a usina de geração quanto a usina de energia tem operadores específicos responsáveis em checar o gás queimado, o gás enviado aos motores e a geração de energia. Tal pessoa é responsável em obter informações relevantes de ambos sistemas de monitoramento. Mensalmente relatórios irão considerar os principais fatores, assim como as reduções de emissões calculadas de acordo com o DCP. D.5 Nome da pessoa/entidade que determina a metodologia de monitoramento: Econergy Brasil é a entidade que determina a metodologia de monitoramento. Econergy Brasil não é um participante nesse projeto. Informações do contato: Marcelo Schunn Diniz Junqueira. [email protected] Tel: +55 (11) 3219 0068 ext 25 Fax: +55 (11) 3219 0693 www.econergy.com Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo SEÇÃO E. página 23 Estimativa de emissões de gases de efeito estufa por fontes E.1. Estimativa das emissões de gases de efeito estufa por fontes: PBGAGE não gera emissões já que usa a eletricidade gerada no projeto para operar o projeto de gás de aterro, incluindo o equipamento de extração para o sistema de coleta e a energia requerida para o transporte de calor. E.2. Fugas estimadas: Nenhuma fuga segundo ACM0001. E.3. A soma dos itens E.1 e E.2 representando as emissões da atividade de projeto: E1 +E2 = 0. Portanto, emissões do projeto são nulas. E.4. Estimativa das emissões antrópicas por fontes de gases de efeito estufa da linha de base: Destruição do Metano: Emissões de GEE por origem na linha de base foram estimadas usando o guia2 do IPCC. No caso do PBGAGE, na primeira pesquisa de ordem de decaimento foi usado: Q = L0 R(e − kc − e − kt ) (1) Onde: Q = metano gerado no ano corrente (t/ano) L0 = potencial geração de metano (t/t de resíduo) R = taxa anual de deposição de resíduos durante a vida útil do aterro (t/ano) k = constante de geração de metano (1/ano) c = tempo desde o fechamento do aterro (ano) t = tempo desde a abertura do aterro (ano) Entretanto, considerando que a deposição dos resíduos varia entre os anos, IPCC recomenda um caminho um pouco diferente para considerar essas estimativas, levando em conta essas variações: QT , x = kR x L0 e − k (T − x ) (2) Onde: QT,x = quantidade de metano gerada no ano corrente (T) pelo lixo Rx X = ano em que o lixo foi depositado Rx = quantidade de lixo depositada no ano x (t) T = ano corrente Com isso em mente, executa-se uma soma considerando todo o metano que será gerado por tonelada de resíduo, de acordo com o ano da deposição. Esse fato pode ser expresso, de acordo com a última equação, apresentada como: 2 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gases Inventory. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 24 QT = ∑ QT , x (3) Onde QT é a quantidade total de metano a ser gerada no aterro durante um certo tempo. Para resumir, são fatores relevantes para estimativa de metano: • Ano da abertura do aterro • Ano do encerramento do aterro • Quantidade de lixo depositado no local em um ano estipulado • Constante de geração de metano (k) • Potencial de geração de metano (L0) Todas as informações acima, mais a taxa de deposição, são fornecidas da tabela na seção B.3. O lixo depositado em cada ano desde a abertura do local está mostrado na tabela 5. Tabela 5. Deposição anual de resíduo real e estimado no aterro Bandeirantes Year Ano Deposited waste (t) Resíduos depositados Year Ano (tons) 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 0 37.450 229.040 231.408 313.633 321.956 325.585 408.887 801.366 1.017.866 1.283.852 977.852 1.206.964 1.224.954 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Deposited waste Resíduos depositados (t) (tons) 1.508.817 1.377.148 1.616.710 1.823.170 1.971.651 1.992.386 1.874.272 1.741.945 1.761.378 1.746.225 1.973.004 1.792.587 1.845.724 1.850.000 1.850.000 Nota: A deposição de resíduos termina em 2006. Considerando que o projeto está sendo realizado em duas partes como explicado, as emissões de metano serão estimadas para duas situações. Tabela 6. Deposição anual de resíduos nas células AS-1, AS-2 e AS-3 do aterro Bandeirantes Ano 1978 1979 1980 1981 Deposição de resíduos (t) 0 37.450 229.040 231.408 Ano 1987 1988 1989 1990 Deposição de resíduos (t) 1.017.866 1.283.852 977.852 1.206.964 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo 1982 1983 1984 1985 1986 página 25 313.633 321.956 325.585 408.887 801.366 1991 1992 1993 1994 1995 1.224.954 1.508.817 1.377.148 1.616.710 1.823.170 Tabela 7. Deposição anual de resíduos nas células AS-4, AS-5 do aterro Bandeirantes Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Deposição de resíduos (t) 1.971.651 1.992.386 1.874.272 1.741.945 1.761.878 1.746.225 Ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007 em diante Deposição de resíduos (t) 1.973.004 1.792.587 1.845.724 1.850.000 1.850.000 0 Considerando previamente ao início do PBGAGE, parte do gás de aterro costumava ser queimado ineficientemente no topo das cabeças dos drenos depois de ser coletado passivamente para garantir segurança e despreocupação com odores, um Fator de Ajuste de Efetividade (EAF) tem que ser usado para essa situação, de acordo com ACM0001. Nesse caso, estima-se que ao redor de 20% do metano passivamente coletado pode ser queimado em condições de combustão pobre (EAF) . Então: Baselinemethane + destruction = ∑ QT , x − 0,2 * ∑ QT , x = 0,8 * ∑ QT , x Aplicando as informações acima, com os valores apropriados para k e L0, na equação (2), a tabela seguinte com as estimativas de emissões de projeto, para o período de obtenção de créditos, pode ser construída: Tabela 8. Estimativa de emissão de metano da linha de base para PBGAGE Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Emissões (tCO2e) 879.065 1.301.934 1.649.486 1.488.477 1.343.518 1.213.010 1.095.512 Nota: Início da fase 2 do projeto em 2005 (extração das células AS-1, AS-2 e AS-3) Então, para o primeiro período de obtenção de créditos, as emissões de metano da linha de base devem estar próximas de 8,9 milhões de tCO2e. Deslocamento do despacho: A linha de base relativa à parte de deslocamento do despacho do projeto é a emissão de gases de efeito estufa da geração elétrica de várias usinas de geração brasileiras, gerando a mesma quantidade de eletricidade que PBGAGE está produzindo, na margem do sistema elétrico. Na margem da rede, a Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 26 eletricidade gerada está associada com o fator de emissão de carbono, devido aos geradores de combustível fóssil em operação. ACM0002, a metodologia de linha de base escolhida para o cálculo do fator de emissão, considera a determinação do fator de emissão da rede com que a atividade de projeto faz conexão, sendo esse fator o dado principal a ser determinado no cenário de linha de base. No Brasil, há duas redes principais, SulSudeste-Centro-Oeste e Norte-Nordeste, então a Sul-Sudeste-Centro-Oeste é a rede relevante para esse projeto. O método que será escolhido para calcular a Margem de Operação (MO) para o fator de emissão da linha de base de eletricidade será a opção (b) “Simple Adjusted OM”, já que a escolha de preferência (c) “Dispatch Data Analysis OM” enfrentaria a barreira de disponibilidade de dados no Brasil. Para calcular a Margem de Operação, dados de despacho diários do Operador Nacional do Sistema (ONS) precisaram ser coletados. ONS não fornece regularmente tais informações, o que implicou em obtê-las através de comunicação direta com a entidade. As informações obtidas referem-se aos anos 2001, 2002 e 2003, e são as informações mais recentes disponíveis nesse estágio (no final de 2004 ONS forneceu dados de despacho para toda a rede interconectada na forma de relatórios3 diários de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2003, informações mais recentes disponíveis nesse estágio). Cálculo do “Simple Adjusted Operating Margin Emission Factor” (Margem em Operação) De acordo com a metodologia, o projeto determina o “Simple Adjusted Operating Margin Emission Factor” (EFOM, simple adjusted, y). Então, a equação seguinte a ser resolvida é: ∑F i, j, y EFOM , simple _ adjusted , y = (1 − λ y ) .COEFi , j i, j ∑ GEN j i ,k , y + λy j, y ∑ F .COEF ∑ GEN i ,k i ,k (tCO2e/GWh) k,y k É assumido aqui que todas as usinas de fontes de baixo custo e despacho obrigatório produzem emissões nulas. ∑ F .COEF ∑ GEN i ,k , y i ,k i ,k = 0 (tCO2e/GWh) k,y k Por favor, refira-se ao texto da metodologia ou às explicações das variáveis mencionadas acima. 3 Acompanhamento Diário da Operação do Sistema Iterligado Nacional. ONS-CNOS, Centro Nacional de Operação do Sistema. Daily reports on the whole interconnected electricity system from Jan. 1, 2001 to Dec. 31, 2003. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 27 Dados do ONS, assim como, a planilha do cálculo dos fatores de emissão foram disponibilizados para o validador (EOD) como um documento de suporte. Na planilha, os dados de despacho foram tratados para permitir o cálculo do fator de emissão para os três anos mais recentes com as informações disponíveis, que são de 2001, 2002 e 2003. Os fatores Lambda foram calculados de acordo com os requisitos da metodologia. Mais informações detalhadas são fornecidas no Anexo 3. A tabela abaixo apresenta esses fatores. Ano 2001 2002 2003 Lambda 0,5204 0,5053 0,5312 Geração de eletricidade para cada ano também precisa ser levada em consideração. Essa informação é fornecida na tabela abaixo: Ano 2001 2002 2003 Carga elétrica (MWh) 263.706.242 275.402.896 288.493.929 Usando informações apropriadas para Fi,j,y e COEFi,j, fatores de emissão da MO para cada ano podem ser determinados, como segue: ∑ F .COEF ) ∑ GEN i , j , 2001 EFOM , simple _ adjusted , 2001 = (1 − λ2001 i, j i, j ∴ EFOM , simple _ adjusted , 2001 = 0,3524 tCO2/MWh j , 2001 j ∑ F .COEF ) ∑ GEN i , j , 2002 EFOM , simple _ adjusted , 2002 = (1 − λ2002 i, j i, j ∴ EFOM , simple _ adjusted , 2002 = 0,4207 tCO2/MWh j , 2002 j ∑ F .COEF ) ∑ GEN i , j , 2003 EFOM , simple _ adjusted , 2002 = (1 − λ2003 i, j i, j ∴ EFOM , simple _ adjusted , 2003 = 0,4396 tCO2/MWh j , 2003 j Finalmente, para determinar a linha de base ex-ante, a média entre os três anos é calculada, determinando o EFOM,simple_adjusted. EFOM , simple _ adjusted , 2001− 2003 = 0,404 tCO2/MWh De acordo com a metodologia usada, o fator de emissão da Margem de Construção (MC) também precisa ser determinado: Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo ∑ F .COEF = ∑ GEN i ,m , y EFBM página 28 i ,m i ,m m, y m A geração de eletricidade neste caso, corresponde a 20% do total gerado no ano mais recente (2003), como as 5 plantas mais recentes construídas geram menos que os 20%, o cálculo do fator em questão resulta em: EFBM , 2003 = 0,094 tCO2/MWh Finalmente, o fator de emissão da linha de base é calculado por uma fórmula de média ponderada, considerando tanto o MO quanto o MC sendo os pesos de 50% e 50% por definição. Logo, o resultado será: EFelectricity , 2001− 2003 = 0,5 * 0,404 + 0,5 * 0,094 = 0,249 tCO2/MWh É importante notar que considerações adequadas dos pesos acima estão atualmente sendo estudadas pelo Painel Metodológico, e existe uma possibilidade de que os pesos utilizados na metodologia aplicada aqui sofram alterações. As emissões da linha de base poderiam ser proporcionais à eletricidade exportada à rede durante o período de duração do projeto. As emissões de linha de base devido ao deslocamento de eletricidade são calculadas pela multiplicação do fator de emissão da linha de base (EFelectricity,2001-2003) pela eletricidade gerada pela atividade de projeto. BEelectricity,y = EFelectricity,2001-2003 . EGy Então, para o primeiro período de crédito, as emissões de linha de base serão calculadas como a seguir: BEelectricity,y = 0,249 tCO2/MWh . EGy (em tCO2e) EG é a quantidade de energia que PBGAGE gerará. Além disso, considerando as condições de operação das usinas de geração (8.560 horas/ano, fator de capacidade de 90% e capacidade instalada de 22 MW), as emissões de linha de base podem ser estimadas como mostra a tabela 9. Tabela 9. Emissões de linha de base de deslocamento do despacho Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Reduções de emissões (tCO2e) 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 A partir disso, no primeiro período de crédito, as emissões de linha de base para a parte do deslocamento do despacho totalizaria 295.421 tCO2e. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 29 E.5. Diferença entre os itens E.4 e E.3, representando as reduções nas emissões da atividade de projeto: Destruição do metano: A abordagem conservadora para determinar as reduções de emissões devem considerar a eficiência atual do aparelho de extração de gás, pois nem todo o gás estimado passará pela unidade de tratamento de gás. Estima-se que aproximadamente 80% do total de gás gerado possa ser extraído usando sistemas de coleta ativa, o qual estão no Bandeirantes. Então, as reduções de emissões estimadas da destruição do metano são as emissões de linha de base evitadas, considerando a eficiência da extração: ERmethane _ destruction = EAF * col _ efficiency * ∑ QT , x = 0,64 * ∑ QT , x Naturalmente, considerando que as reduções de emissões serão medidas, todo o metano queimado, descontado pelo EAF, será considerado como reduções de emissões. Considerando todas essas hipóteses, as reduções de emissões da destruição do metano devem equivaler ao redor de 7,1 milhões de tCO2e, no primeiro período de crédito. Deslocamento do despacho: Considerando que o PBGAGE não gera emissões de GEE na geração de energia, como biogás é uma fonte renovável, as emissões de reduções são: ERelectricity = EG * CEF = EG * 0,249 , onde a intensidade de emissão de eletricidade sendo deslocada, calculada de acordo com ACM0002, é 0,249 tCO2e/MWh para o primeiro período de crédito. Considerando a perspectiva de geração mencionada na seção E.4, as reduções de emissões pelo deslocamento de despacho devem totalizar 295.421 tCO2e durante o primeiro período de crédito. E.6. Tabela fornecendo valores obtidos ao se aplicar as fórmulas acima: Tabela 10. Reduções de emissões devido à destruição de metano do PBGAGE durante o primeiro período de crédito Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Reduções de emissões (tCO2e) 703.252 1.041.547 1.319.588 1.190.781 1.074.814 970.408 876.410 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 30 Tabela 11. Reduções de emissões do deslocamento do despacho do PBGAGE Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Reduções de emissões (tCO2e) 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 42.203 Somando-se as estimativas acima, PBGAGE deve reduzir as emissões em 7,4 milhões de tCO2e no primeiro período de crédito. SEÇÃO F. Impactos Ambientais F.1. Documentação sobre a análise dos impactos ambientais, incluindo os impactos transfronteiriços: Os impactos ambientais do projeto são analisadas pela SMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente, através do seu departamento de avaliação de impacto ambiental (DAIA) e agência ambiental do estado de São Paulo (CETESB). Para PBGAGE, um relatório ambiental preliminar (RAP) foi preparado, de acordo com a legislação do estado de Estado de São Paulo. Este foi submetido para SMA para apreciação e questionamento. Depois de ser analisado pelo DAIA, um relato foi enviado ao desenvolvedor, permitindo o procedimento do projeto e solicitação da licença de instalação. Essa será emitida pela CETESB, depois de fazer demais considerações do projeto através do RAP. PBGAGE recebeu a licença de operação no dia 22 de Dezembro de 2003. Ela atesta que o projeto obedece a legislação e foi adaptado como exigido pelas autoridades ambientais. A licença é apresentada na Figura 5. Não há impactos transfronteiriços resultantes do PBGAGE. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 31 Figura 5. Licença de operação do PBGAGE F.2. Se os impactos ambientais forem considerados significativos pelos participantes do projeto ou pela Parte anfitriã, forneça as conclusões e todas as referências de apoio à documentação relativa a uma avaliação de impacto ambiental realizada de acordo com os procedimentos, confome exigido pela Parte anfitriã: Os impactos ambientais não foram considerados significativos. Medidas foram tomadas para mitigar as emissões gasosas dos queimadores e motores e para reduzir o ruído. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo SEÇÃO G. >> página 32 Comentários dos Atores G.1. Breve descrição do processo de convite e compilação dos comentários dos atores locais: Convites para comentários dos atores locais é solicitado pela Autoridade Nacional Designada (AND) Brasileira como parte dos procedimentos para análise dos projetos de MDL e emissão das cargas de aprovação. Esse processo foi seguido pela Biogás, para mostrar essa iniciativa de mitigação de GEE ao público. Na primeira resolução, a AND requer que os participantes do projeto comuniquem-se com o público através de cartas, para comentários: - Fórum Brasileiro de ONG´s; - Ministério Público; - Câmara dos vereadores e prefeitura; - Órgãos Ambiental Estadual e Municipal; - Associações comunitárias locais. Biogás enviou cartas a esses participantes e deixou um período de 30 dias em aberto para concederem comentários. G.2. Resumo dos comentários recebidos: Não foram recebidos comentários das partes contatadas. G.3. Relatório sobre como a devida consideração foi dada aos comentários recebidos: Considerando que nenhum comentário do projeto foi recebido, não foi possível levar em conta nenhuma forma de sugestão. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 33 Anexo 1 DADOS PARA CONTATO DOS PARTICIPANTES DA ATIVIDADE DE PROJETO Organização: Rua/Cx. Postal: Edifício: Cidade: Estado/Região: CEP: País: Telefone: FAX: E-Mail: URL: Representada por: Título: Forma de tratamento: Sobrenome: Nome: Departamento: Celular: FAX direto: Tel direto: E-Mail: Organização: Rua/Cx. Postal: Edifício: Cidade: Estado/Região: CEP: País: Telefone: FAX: E-Mail: URL: Representada por: Título: Forma de tratamento: Sobrenome: Nome do meio: Nome: Departamento: Celular: FAX direto: Biogás Energia Ambiental S/A Rua Guararapes, 1909 – 4o. andar – cj 41 Brooklin São Paulo SP 04561-004 Brasil +55 (11) 5505 5533 +55 (11) 5505 4090 [email protected] www.logoseng.com.br/biogas Diretor Sr Avelino da Silva Manoel Antônio Administrativo +55 (11) 9913 7759 +55 (11) 3117 3179 +55 (11) 3117 3171 ext. 121 [email protected] Prefeitura de São Paulo Rua do Paraíso, 387 3º. andar - Paraíso São Paulo SP 04103-000 Brasil +55 (11) 3372 2205 +55 (11) 3372 2200 www.prefeitura.sp.gov.br Secretário do Verde e Meio-Ambiente Sr. Alves Sobrinho Martins Eduardo Jorge Secretaria do Verde e Meio-Ambiente Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo Tel direto: E-Mail: página 34 [email protected] Anexo 2 INFORMAÇÕES SOBRE FINANCIAMENTO PÚBLICO Não há financiamento público envolvido no PBGAGE. Anexo 3 INFORMAÇÕES DE LINHA DE BASE O cenário da linha de base para destruição do metano é a liberação dos gases produzidos pelo aterro na atmosfera. Tais emissões foram estimadas de acordo com o guia do IPCC, como mostrado na seção E. Os parâmetros usados estão apresentados na tabela a seguir: Ano 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 Lo Deposição de Resíduos (t) Ano Deposição de Resíduos (t) 0 1993 1377148 37450 1994 1616710 229040 1995 1823170 231408 1996 1971651 313633 1997 1992386 321956 1998 1874272 325585 1999 1741945 408887 2000 1746225 801366 2001 1761378 1017866 2002 1973004 1283852 2003 1792587 977852 2004 1845724 1206964 2005 1850000 1224954 2006 1850000 1508817 2007-on 0 Fatores de decaimento de primeira ordem 0,055 (tCH4/t resíduo) k 0,105 Nota: Como foi explicado nesse DCP, de 1978 até 1995, a deposição de resíduos estava ocorrendo nas células AS-1, AS-2 e AS-3. De 1996 a 2006, enquanto a deposição estará cessando, as células em operação serão AS-4 e AS-5. Os fatores acima foram determinados pela análise da Van der Wiel do potencial de gás produzido no aterro Bandeirantes. A empresa holandesa tem muita experiência nesse ramo e projetou seu próprio modelo para estimativa. Entretanto, como ACM0001 requer a aplicação de um modelo conhecido publicamente, as análises de Van der Wiel foram adaptadas para o modelo de primeira ordem de decaimento do IPCC, usando os fatores acima com uma aproximação conservativa, isto é, que leva a uma estimativa menor de redução de emissão. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 35 O sistema elétrico brasileiro tem sido historicamente dividido em dois subsistemas: Norte/Nordeste (N/NE) e Sul/Sudeste/Centro-Oeste (S/SE/CO). Isto ocorre principalmente devido à evolução histórica e física do sistema, o qual se desenvolveu naturalmente ao redor dos grandes centros consumidores do país. A evolução natural de ambos os sistemas está crescentemente mostrando que a integração ocorrerá no futuro. Em 1998, o governo Brasileiro anunciou o primeiro movimento com a linha de interconexão entre S/SE/CO e N/NE. Com investimentos em torno de US$700 milhões, a conexão teve como propósito principal, na visão do governo, ao menos, ajudar a resolver desequilíbrios energéticos no país: a região S/SE/CO poderia suprir a N/NE caso fosse necessário e vice-versa. Todavia, mesmo após o estabelecimento da interconexão, a papelada técnica ainda divide o sistema Brasileiro em dois (Bosi, 2000)4: “… onde o Sistema Elétrico Brasileiro se divide em três subsistemas separados”: (i) O Sistema Interconectado Sul/Sudeste/Centro-Oeste; (ii) O Sistema Interconectado Norte/Nordeste, e (iii) Os Sistemas Isolados (que representam 300 localizações eletricamente isoladas dos sistemas interconectados)” Além disso, Bosi (2000) apresenta uma forte argumentação a favor do assim chamado multi-projeto de linha de base: “Para grandes países com diferentes circunstâncias no interior de suas fronteiras e diferentes redes energéticas baseadas nos três diferentes sistemas, multi-projetos de linha de base no setor de eletricidade terão a necessidade de se desagregar abaixo no nível do país para que possa prover representação com credibilidade do ‘o que poderia ter acontecido de outra forma’”. Finalmente, deve-se levar em consideração que mesmo que os sistemas estejam interconectados atualmente, a transmissão de energia entre o N/NE e o S/SE/CO é severamente limitada pela capacidade das linhas de transmissão. Então, somente uma fração do total de energia gerada em ambos os subsistemas é enviada de alguma maneira. É natural que essa fração possa mudar de direção e magnitude (acima da capacidade da linha de transmissão) dependendo do padrão hidrológico, clima e outros fatores incontroláveis. Mas não é necessário que isso represente uma quantidade significativa da demanda de cada subsistema. Também deve ser considerado que apenas no final de 2004 a interconexão entre SE e NE foi concluída, isto é, se os proponentes do projeto estiverem coerentes com a base de dados de geração disponível no momento da submissão para validação do DCP, uma situação onde a transmissão de eletricidade entre os subsistemas estava restrita deverá ser considerada. O sistema elétrico Brasileiro compreende atualmente ao redor de 91,3 GW de capacidade instalada, no total de 1.420 iniciativas de geração de eletricidade. Destas, aproximadamente 70% são plantas hidroelétricas, perto de 10% são plantas de energia a partir da queima de gás natural, 5,3% são plantas de diesel e óleo combustível, 3,1%. São fontes de biomassa ( cana-de-açúcar, Madeira, casca de arroz, biogás e licor negro), 2% são plantas nucleares, 1,4% são plantas de carvão, e também há 8,1 GW de capacidade instalada nos países visinhos (Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai) que deverão despachar energia na rede Brasileira (http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp). Essa capacidade 4 Bosi, M. An Initial View on Methodologies for Emission Baselines: Electricity Generation Case Study. International Energy Agency. Paris, 2000. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 36 assegurada é na realidade compreendida principalmente por 6,3GW da parte do Paraguai na Itaipu Binacional, uma planta de hidroeletricidade que opera tanto no Brasil quanto no Paraguai , mas cuja produção é enviada quase que inteiramente para a rede Brasileira. A metodologia aprovada ACM0002 pede aos proponentes do projeto a se responsabilizar por “todas fontes geradoras em serviço ao sistema”. Deste modo, ao aplicar uma destas metodologias, os proponentes de projeto no Brasil devem procurar, e pesquisar, todas as plantas energéticas que servem o sistema Brasileiro. Na realidade, informações do tipo das fontes de geração não são publicamente disponíveis no Brasil. O centro de despacho nacional, ONS – Operador Nacional do Sistema – argumenta que tais informações de despacho são estratégicas para os agentes de energia e por isso não podem se tornar disponíveis. Por outro lado, a ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, fornece informações de capacidade energética e outros interesses legais do setor de eletricidade, mas nenhuma informação de despacho pode ser adquirida por esta entidade. A respeito disto, os proponentes de projetos procuraram por uma solução plausível para tornar possível o cálculo do fator de emissão do Brasil com a melhor acurácia possível. Visto que dados de despacho real são necessários, a ONS foi contatada para que os participantes pudessem saber até que grau de detalhe as informações poderiam ser fornecidas. Depois de muitos meses de diálogo, a informação de despacho diário das plantas foi disponibilizada para os anos de 2001, 2002 e 2003. Os proponentes de projeto, ao discutir a praticabilidade da utilização dos dados, concluíram que era a mais apropriada informação a ser considerada para determinar o fator de emissão da rede Brasileira. De acordo com a ANEEL, de fato, a ONS centralizou as plantas de despacho estimadas em 75.547 MW de capacidade instalada em 31/12/2004, dentre o total de 98.848,5 MW instalados no Brasil na mesma data (http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Resumo_Gráficos_mai_2005.pdf), incluindo a capacidade disponível nos países vizinhos para exportar ao Brasil e plantas de emergência, que são despachadas somente nos períodos de limitações elétricos do sistema. Tal capacidade é na realidade constituída de plantas com capacidade instalada de 30 MW ou mais, conectadas ao sistema por linhas de energia de 138kV ou linhas de alta voltagem. Então, mesmo que o cálculo do fator de emissão não considere todas as fontes de geração que servem ao sistema, aproximadamente 76,4% da capacidade instalada que serve ao Brasil está sendo levada em consideração, o que é suficiente em vista das dificuldades de obtenção de informações de despacho no Brasil. Além disso, os 23,6% restantes são plantas que não tem despacho coordenado pela ONS, visto que: mesmo que elas operem com base nos acordos de compra os quais não estão sob controle das autoridades de despacho, ou estão localizadas em sistemas não interconectados aos quais a ONS tem acesso. Deste modo, esta parte não é passível de afetar os projetos de MDL, e esta é outra razão para que não seja, levada em consideração na determinação do fator de emissão. Na tentativa de incluir todas as fontes de geração, os desenvolvedores do projeto consideraram a opção de pesquisar por dados disponíveis, mas não oficias para suprimir a lacuna existente. A solução encontrada foi a base de dados da Agência Internacional de Energia (AIE) criada para executar o estudo “Testes de Caminhos de Linhas de Base para Projetos de Mitigação de Gases de Efeito Estufa no Setor de Energia Elétrica”, publicado em Outubro de 2002. Ao fundir os dados da ONS com os dados da AIE em uma planilha eletrônica, os proponentes do projeto tiveram a possibilidade de considerar todas as fontes de geração conectadas à redes relevantes para determinara o fator de emissão. O fator de emissão calculado foi mais conservativo ao considerar apenas os dados da ONS , como é mostrada na tabela abaixo a margem de construção em ambos os casos. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo Margem de Construção com fusão de dados AIE/ONS (tCO2/MWh) 0,205 página 37 Margem de Construção com dados da ONS (tCO2/MWh) 0,0937 Então, considerando todos os argumentos explanados, os desenvolvedores do projeto decidiram pela base de dados que considera apenas os dados da ONS, e desta forma foi possível dirigir-se oportunamente ao caso da determinação do fator de emissão e faze-lo da maneira mais conservadora. As eficiências das usinas de combustível fóssil também foram retiradas da redação da AIE. Isso foi feito considerando a falta de mais informações detalhadas sobre essas informações de fontes públicas, confiáveis e acreditáveis. Da referência mencionada: A eficiência de conversão de combustíveis fosseis (%) para plantas de energia térmica foi calculada com base na capacidade instalada de cada planta e da energia produzida de fato. Para a maioria das plantas de energia por combustível fóssil em construção, um valor constante de 30% foi usado como estimativa para a eficiência de conversão de seus combustíveis fósseis. Essa hipótese foi baseada nos dados disponíveis em literatura e baseados nas observações da atual situação destes tipos de plantas atualmente em operação no Brasil. Para as únicas duas plantas de gás natural em ciclo combinado (totalizando 648 MW) assumiu-se taxa de eficiência maior, isto é 45%.. Então apenas dados para plantas em construção em 2002 (com início de operação em 2002 e 2003) foram estimados. Todas as outras eficiências foram calculadas. Para o melhor do nosso conhecimento, não há reforma/modernização de usinas de geração mais antigas no período analisado (2001 a 2003). Por essa razão, os participantes do projeto consideram a aplicação desse número não apenas razoável mas a melhor opção disponível. Os dados de despacho horário reunidos mais recentemente recebidos pela ONS foram usados para determinar o fator lambda para cada um dos anos de dados disponíveis (2001, 2002 e 2003). A geração e baixo custo e despacho obrigatório foi determinada como a geração total menos a geração das plantas de geração térmica por combustível fóssil, esta última determinada por dados diários de despacho fornecidos pela ONS. Toda essa informação foi disponibilizada aos validadores e extensivamente discutida com eles, de maneira a tornar todos os pontos claros. Nas páginas seguintes, um resumo das análises é fornecido. Primeiro, a tabela com as 122 plantas de despacho pela ONS é fornecida. Depois, uma tabela com as conclusões resumidas das análises, com o cálculo do fator de emissão mostrado. Finalmente, as curvas de duração de carga do sistema S/SE/CO são apresentadas. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 38 Plantas de Despacho da ONS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 Subsystem* Fuel source** Power plant S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO S-SE-CO H H G H H G G H G O H G H H H G G H G H G G G H H H H H D H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H N H H H H H H H H O H H H H H H H C H H H H H H H H H H H H H O G G H H H C C C H H C H H C H H H H H H H H H H H H C O O H H H H H H H Jauru Gauporé Três Lagoas Funil (MG) Itiquira I Araucária Canoas Piraju Nova Piratininga PCT CGTEE Rosal Ibirité Cana Brava Sta. Clara Machadinho Juiz de Fora Macaé Merchant Lajeado (ANEEL res. 402/2001) Eletrobolt Porto Estrela Cuiaba (Mario Covas) W. Arjona Uruguaiana S. Caxias Canoas I Canoas II Igarapava Porto Primavera Cuiaba (Mario Covas) Sobragi PCH EMAE PCH CEEE PCH ENERSUL PCH CEB PCH ESCELSA PCH CELESC PCH CEMAT PCH CELG PCH CERJ PCH COPEL PCH CEMIG PCH CPFL S. Mesa PCH EPAULO Guilmam Amorim Corumbá Miranda Noav Ponte Segredo (Gov. Ney Braga) Taquaruçu Manso D. Francisca Itá Rosana Angra T. Irmãos Itaipu 60 Hz Itaipu 50 Hz Emborcação Nova Avanhandava Gov. Bento Munhoz - GBM S.Santiago Itumbiara Igarapé Itauba A. Vermelha (Jose E. Moraes) S.Simão Capivara S.Osório Marimbondo Promissão Pres. Medici Volta Grande Porto Colombia Passo Fundo Passo Real Ilha Solteira Mascarenhas Gov. Parigot de Souza - GPS Chavantes Jaguara Sá Carvalho Estreito (Luiz Carlos Barreto) Ibitinga Jupiá Alegrete Campos (Roberto Silveira) Santa Cruz (RJ) Paraibuna Limoeiro (Armando Salles de Oliviera) Caconde J.Lacerda C J.Lacerda B J.Lacerda A Bariri (Alvaro de Souza Lima) Funil (RJ) Figueira Furnas Barra Bonita Charqueadas Jurumirim (Armando A. Laydner) Jacui Pereira Passos Tres Marias Euclides da Cunha Camargos Santa Branca Cachoeira Dourada Salto Grande (Lucas N. Garcez) Salto Grande (MG) Mascarenhas de Moraes (Peixoto) Itutinga S. Jerônimo Carioba Piratininga Canastra Nilo Peçanha Fontes Nova Henry Borden Sub. Henry Borden Ext. I. Pombos Jaguari Operation start [2, 4, 5] Installed capacity (MW) [1] Sep-2003 Sep-2003 Aug-2003 Jan-2003 Sep-2002 Sep-2002 Sep-2002 Sep-2002 Jun-2002 Jun-2002 Jun-2002 May-2002 May-2002 Jan-2002 Jan-2002 Nov-2001 Nov-2001 Nov-2001 Oct-2001 Sep-2001 Aug-2001 Jan-2001 Jan-2000 Jan-1999 Jan-1999 Jan-1999 Jan-1999 Jan-1999 Oct-1998 Sep-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1998 Jan-1997 Jan-1997 Jan-1997 Jan-1994 Jan-1992 Jan-1989 Jan-1988 Jan-1987 Jan-1987 Jan-1987 Jan-1985 Jan-1985 Jan-1983 Jan-1983 Jan-1982 Jan-1982 Jan-1980 Jan-1980 Jan-1980 Jan-1978 Jan-1978 Jan-1978 Jan-1978 Jan-1977 Jan-1975 Jan-1975 Jan-1975 Jan-1974 Jan-1974 Jun-1973 Jan-1973 Jan-1973 Jan-1973 Jan-1973 Jan-1971 Jan-1971 Jan-1971 Apr-1970 Jan-1969 Jan-1969 Jan-1969 Jan-1968 Jan-1968 Jan-1968 Jan-1968 Jan-1967 Jan-1966 Jan-1965 Jan-1965 Jan-1965 Jan-1965 Jan-1965 Jan-1963 Jan-1963 Jan-1963 Jan-1962 Jan-1962 Jan-1962 Jan-1962 Jan-1962 Jan-1960 Jan-1960 Jan-1960 Jan-1959 Jan-1958 Jan-1956 Jan-1956 Jan-1955 Jan-1954 Jan-1954 Jan-1954 Jan-1953 Jan-1953 Jan-1940 Jan-1926 Jan-1926 Jan-1924 Jan-1917 121.5 120.0 306.0 180.0 156.1 484.5 160.6 81.0 384.9 5.0 55.0 226.0 465.9 60.0 1,140.0 87.0 922.6 902.5 379.0 112.0 529.2 194.0 639.9 1,240.0 82.5 72.0 210.0 1,540.0 529.2 60.0 26.0 25.0 43.0 15.0 62.0 50.0 145.0 15.0 59.0 70.0 84.0 55.0 1,275.0 26.0 140.0 375.0 408.0 510.0 1,260.0 554.0 210.0 125.0 1,450.0 369.2 1,874.0 807.5 6,300.0 5,375.0 1,192.0 347.4 1,676.0 1,420.0 2,280.0 131.0 512.4 1,396.2 1,710.0 640.0 1,078.0 1,440.0 264.0 446.0 380.0 320.0 220.0 158.0 3,444.0 131.0 252.0 414.0 424.0 78.0 1,050.0 131.5 1,551.2 66.0 30.0 766.0 85.0 32.0 80.4 363.0 262.0 232.0 143.1 216.0 20.0 1,216.0 140.8 72.0 97.7 180.0 99.1 396.0 108.8 46.0 56.1 658.0 70.0 102.0 478.0 52.0 20.0 36.2 472.0 42.5 378.4 130.3 420.0 469.0 189.7 11.8 Total (MW) = 64,478.6 Fossil fuel Carbon emission conversion factor (tC/TJ) [3] efficiency (%) [2] 1 0.0 1 0.0 0.3 15.3 1 0.0 1 0.0 0.3 15.3 0.3 15.3 1 0.0 0.3 15.3 0.3 20.7 1 0.0 0.3 15.3 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.28 15.3 0.24 15.3 1 0.0 0.24 15.3 1 0.0 0.3 15.3 0.25 15.3 0.45 15.3 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.27 20.2 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.3 20.7 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.26 26.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.26 20.7 0.24 15.3 0.31 15.3 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.25 26.0 0.21 26.0 0.18 26.0 1 0.0 1 0.0 0.3 26.0 1 0.0 1 0.0 0.23 26.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 0.26 26.0 0.3 20.7 0.3 20.7 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 1 0.0 Fraction carbon oxidized [3] Emission factor (tCO2/MWh) 0.0% 0.0% 99.5% 0.0% 0.0% 99.5% 99.5% 0.0% 99.5% 99.0% 0.0% 99.5% 0.0% 0.0% 0.0% 99.5% 99.5% 0.0% 99.5% 0.0% 99.5% 99.5% 99.5% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 99.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 99.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 98.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 99.0% 99.5% 99.5% 0.0% 0.0% 0.0% 98.0% 98.0% 98.0% 0.0% 0.0% 98.0% 0.0% 0.0% 98.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 98.0% 99.0% 99.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.000 0.000 0.670 0.000 0.000 0.670 0.670 0.000 0.670 0.902 0.000 0.670 0.000 0.000 0.000 0.718 0.837 0.000 0.837 0.000 0.670 0.804 0.447 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.978 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.902 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 1.294 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 1.040 0.837 0.648 0.000 0.000 0.000 1.345 1.602 1.869 0.000 0.000 1.121 0.000 0.000 1.462 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 1.294 0.902 0.902 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 * Subsystem: S - south, SE-CO - Southeast-Midw est ** Fuel source (C, bituminous coal; D, diesel oil; G, natural gas; H, hydro; N, nuclear; O, residual fuel oil). [1] [2] [3] [4] [5] Agência Nacional de Energia Elétrica. Banco de Informações da Geração (http://w w w .aneel.gov.br/, data collected in november 2004). Bosi, M., A. Laurence, P. Maldonado, R. Schaeffer, A.F. Simoes, H. Winkler and J.M. Lukamba. Road testing baselines for GHG mitigation projects in the electric power sector. OECD/IEA information paper, October 2002. Intergovernamental Panel on Climate Change. Revised 1996 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Operador Nacional do Sistema Elétrico. Centro Nacional de Operação do Sistema. Acompanhamento Diário da Operação do SIN (daily reports from Jan. 1, 2001 to Dec. 31, 2003). Agência Nacional de Energia Elétrica. Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração. Resumo Geral dos Novos Empreendimentos de Geração (http://w w w .aneel.gov.br/, data collected in november 2004). Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 39 Tabela Resumo Emission factors for the Brazilian South-Southeast-Midwest interconnected grid Baseline (including imports) EF OM [tCO2/MWh] Load [MWh] 0,7350 263.706.242 0,8504 275.402.896 0,9378 288.493.929 Total (2001-2003) = 827.603.067 EF OM, simple-adjusted [tCO2/MWh] EF BM,2003 0,4043 0,0937 Weights Default weights w OM = 0,5 w OM = 1,00 w BM = 0,00 w BM = 0,5 EF OM [tCO2/MWh] 0,2490 2001 2002 2003 LCMR [MWh] Imports [MWh] 244.665.786 5.493.162 258.720.232 1.607.395 274.649.425 459.586 778.035.443 7.560.143 from ONS-Lambda SSECO 2001-2003.xls λ 2001 0,5204 λ 2002 0,5053 λ 2003 0,5312 50,000 LDC Load Duration Curve - 2001 Hydro+Nuclear 45,000 40,000 35,000 MWh/h 30,000 25,000 20,000 15,000 10,000 5,000 8659 8437 8215 7993 7771 7549 7327 7105 6883 6661 6439 6217 5995 5773 5551 5329 5107 4885 4663 4441 4219 3997 3775 3553 3331 3109 2887 2665 2443 2221 1999 1777 1555 1333 889 1111 667 445 1 223 0 Hours Figura 6.Curva de duração de Carga para o sistema S/SE/CO, 2001 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 40 45,000 LDC Load Duration Curve - 2002 Hydro+Nuclear 40,000 35,000 MWh/h 30,000 25,000 20,000 15,000 10,000 5,000 8641 8425 8209 7993 7777 7561 7345 7129 6913 6697 6481 6265 6049 5833 5617 5401 5185 4969 4753 4537 4321 4105 3889 3673 3457 3241 3025 2809 2593 2377 2161 1945 1729 1513 1297 865 1081 649 433 1 217 0 Hours Figura 7. Curva de duração de Carga para o sistema S/SE/CO, 2002 50,000 LDC Load Duration Curve - 2003 Hydro+Nuclear 45,000 40,000 35,000 25,000 20,000 15,000 10,000 5,000 8,659 8,437 8,215 7,993 7,771 7,549 7,327 7,105 6,883 6,661 6,439 6,217 5,995 5,773 5,551 5,329 5,107 4,885 4,663 4,441 4,219 3,997 3,775 3,553 3,331 3,109 2,887 2,665 2,443 2,221 1,999 1,777 1,555 1,333 1,111 889 667 445 1 0 223 MWh/h 30,000 Hours Figura 8. Curva de duração de Carga para o sistema S/SE/CO, 2003 Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 41 Anexo 4 PLANO DE MONITORAMENTO Pela metodologia de monitoramento, pôde-se perceber que há cinco variáveis principais a serem medidas: • Vazão de metano do aterro; • Vazão de metano nos queimadores; • Vazão de metano na usina de geração; • Conteúdo de metano no gás de aterro; • Eficiências dos queimadores; • Eletricidade enviada à rede. A unidade de gás do PBGAGE está instalada com os equipamentos mais atuais para obter medidas continuamente e permitir acesso remoto ao equipamento e aos dados. Os equipamentos do sistema estão conectados por uma ferramenta programável de controle lógico (Programable Logic Control – PLC) que permite os operadores checar rapidamente as principais variáveis da unidade através de interface amigável. Com o PLC, os usuários tem também acesso aos dados continuamente medidos, como o conteúdo de metano no gás de aterro e a vazão de metano. Vazão de Metano: Há dois medidores de vazão instalados para a operação do PBGAGE: um na linha principal logo após os sopradores e outro na linha dos queimadores. A destruição de metano na usina de geração é então medida pela diferença dos dois acima. Ambos são do mesmo modelo: Instromet B.V SM-RI-X-K, que foram calibrados pelo Nederlands Meetinstituut, instituto holandês para calibração e verificação. Os medidores de vazão são conectados à ferramenta PLC, e os dados são registrados continuamente. Além disso, os medidores são selados, o que previne a manipulação dos dados. Ligado a cada um dos medidores de corrente há um dispositivo eletrônico de conversão de volume, que converte o volume medido pelo medidor de vazão para o volume a 0oC e 1,01325 bar, isto é, o STP. Esses dispositivos foram calibrados pelo Nederlands Meetinstituut. Conteúdo de metano no LFG: O conteúdo do metano no LFG é crítico no PBGAGE, já que é o combustível da usina geradora e então sua concentração determinará mais adiante a quantidade de eletricidade que pode ser gerada. Para medir essas informações, PBGAGE conta com um analisador contínuo BINOS 100 manufaturado pelo NUK, um fornecedor alemão. O analisador também está conectado ao sistema de dados pelo PLC, com informações de fácil acesso por um computador. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte. DOCUMENTO DE CONCEPÇÃO DE PROJETO (MDL-DCP) - Versão 02 MDL – Conselho executivo página 42 Eficiências dos queimadores: PBGAGE foi projetado para assegurar completa destruição de metano nos queimadores instalados. No entanto, seguindo com a metodologia de monitoramento aplicada a esse caso, os proprietários do projeto contratarão especialistas para fazer análises de gases para determinar se algum metano não está sendo queimado, e se isso ocorrer, quanto do gás está sendo liberado para a atmosfera. Eletricidade enviada à rede: A eletricidade gerada na usina de geração é monitorada internamente, pelo medidor instalado na saída do equipamento, e externamente, na subestação do distribuidor de eletricidade. Em ambos os casos, os medidores são calibrados e cumprem com os modelos reguladores de comercialização de energia no Brasil. Considerando que a distância entre a usina de geração e a subestação é muito pequena, PBGAGE usará o medidor da usina de geração para determinar a quantidade de eletricidade gerada para então determinar as reduções de emissões devido ao deslocamento do despacho. Biogás gera mensalmente relatórios cobrindo essas informações, mas a eficiência dos queimadores, será determinada com menos freqüência. Tais relatórios serão encaminhados para o verificador para compor o relatório de verificação. Algumas das informações incluídas são: • Geração total de energia; • Energia exportada; • Energia consumida internamente; • Total de biogás extraído; • Total de biogás destruído nos queimadores; • Total de biogás destruído nos motores; • Conteúdo médio mensal de metano no biogás; • Média mensal de volume extraído a cada hora do biogás; • Reduções de emissões do metano destruído. A maneira que essas variáveis serão mostradas no relatório pode passar por pequenas mudanças, a fim de incorporar sugestões de verificação e/ou necessidades. Este modelo não deve ser alterado. Deve ser preenchido sem modificações/ adição de cabeçalhos ou logomarca, formato ou fonte.