Medidas Laboratoriais do Controle: onde estamos, para onde vamos? Marcia MM Pizzichini Professora de Medicina da UFSC NUPAIVA – Asthma Research Center Florianópolis - Brasil Componentes das doenças das vias aéreas Sintomas Limitação variável ao fluxo de ar INFLAMAÇÃO Hiperresponsividade das vias aéreas Limitação crônica ao fluxo de ar Medidas Laboratoriais de Controle da Asma Espirometria Escarro induzido Hiperresponsividade INFLAMOMETRIAON no ar exalado Gift from M. Inman 3 Como o controle da asma é avaliado na prática? 183 médicos 856 pacientes com asma não controlada de acordo com as diretrizes Canadenses de asma Médicos e pacientes estabeleceram se a asma estava controlada. O controle foi graduado em uma escala de 1 (não controlada) a 5 (bem controlada) Parâmetros mais comumente usados para medir controle da asma GP 100 Pneumologistas 80 Pediatras 60 % 40 20 0 Exacerbação Dispnéia PFE VEF1 Medidas funcionais foram usadas somente em 10% (VEF1) e 18% (PFE) dos pacientes 5 Boulet et al. Can Resp J 2002 No de Participantes Percepção de dispnéia durante bronconstrição 35 28 19 19 18 15 13 4 3 0 .5 1 2 3 4 5 6 2 3 >6 Escala de Borg com uma queda de 20% no VEF1 Boulet et al. Chest 1994 Physicians assessment of control Definição de controle: médicos vs. pacientes 40% dos médicos 60% pacientes Consideraram que o controle da asma era bom ou muito bom Patients assessment of control Boulet et al. Can Resp J 2002 Asthma Control Questionnaire - ACQ 7 perguntas usando uma escala likert de 0 a 6 pontos (nunca- totalmente) despertares noturnos por causa da asma sintomas de asma ao acordar limitação das atividades dispnéia sibilos doses de beta2-agonista de curta duração VEF1 pré-broncodilatador, % do predito JUNIPER et al Eur Respir J 1999; 14: 902-7 Asthma Control Questionnaire 6.0 Extremamente mal controlado VPP=88 5.0 n=3421 4.0 3.0 2.0 1.5 1.0 0.75 VPN=85 0 Totalmente controlado JUNIPER et al Repir Med 2006; 100: 616-21 n=57 No-exacerbtions n visitas =505 100 75 % n=148 n=203 Exacerbations n=107 n=16 n=98 n=14 n=58 n=15 n=54 50 25 0 ACQ score intervals MM Pizzichini et al, AJCCRM 2005;A922. % Sputum eosinophilia 60 40 20 0 ACQ score intervals 0 - 0.5 >0.5 - 1.0 >1.0 - 1.5 >1.5 - 2.0 >2.0 - 2.5 >2.5 - 3.0 >3.0 - 3.5 >3.5 - 4.0 > 4.0 MM Pizzichini et al, AJCCRM 2005;A922. Pacientes livres do evento % 100 Eosinófilos no escarro 80 Exacerbação 60 40 20 0 0 4 8 12 16 20 24 28 Tempo até a exacerbação (semanas) Células inflamatórias (%) Pizzichini et al Eur Respir J 1999;13:15-21 75 Escarro induzido basal p<0.05 50 Não exacerbou Exacerbações subsequentes 25 0 Eos Jatakanon et al AJRCCM 2000;161:64-72 Uso da eosinofilia no escarro para guiar o tratamento da asma Desenho: randomizado, controlado, único centro, duração de 01 ano comparando manejo da asma guiado pelo diretrizes do BTS ou pela eosinofilia no escarro (eos < 3%). Participantes: 74 asmáticos graves Desfecho principal: exacerbações graves de asma Visitas mensais até o 4º mês e depois bimensais Redução do tratamento se estável por dois meses no braço do BTS. Green et al. Lancet 2002; 360:1715-21 120 (cumulative number) Severe exacerbations Asthma therapy guided by induced sputum eosinophils ‡p BTS guidelines, 37 = 0.01 109, 2.94 exc/pt/yr 100 80 Similar steroid use 60 1660 vs 1705 mcg/day 40 6 asthma admissions At least 1 exc = 26 Sputum guidelines, 37 20 35, 0.95 exc/pt/yr 0 1 asthma admission At least 1 exc = 18 0 2 4 6 8 10 12 Time (months) Green et al. Lancet 2002; 360:1715-21 Exacerbações da asma: contagem das células do escarro ou desfechos clínicos ? # exacerbações Asmáticos cujo mínimo tratamento não havia sido estabelecido Estratégia Clínica R MT Monthly visits Estratégia do escarro Visitas a cada 3 meses # exacerbações Jayaram et at, ERJ 2006 Celularidade no escarro nas exacerbações TCC x 106/g 200 Eosinófilos, % ** Neutrófilos, % ** 100 ** 100 75 20 10 50 1.0 2.0 25 0.2 0.1 Eos Non-eos 0 Eos Não-eos Eos Não-eos Exacerbações da asma Número médio de exacerbações Eosinofílicas 2.0 Não -eosinofílicas RR = 0.19 (0.04,0.82), 2.0 RR = 0.91 (0.50,1.65), p = 0.03 1.5 p = 0.75 Exacerbações não eosinofílicas RRR = 0.72 (0.26,0.90), não são previníveis pelas p= 0.01 1.5 estratégias atuais de tratamento (clínico e escarro) 1.0 1.0 CS CS 0.5 0.5 SpS SpS 0.0 0.0 0 200 400 600 800 0 200 400 Dias a partir da manutenção 600 800 17 Número médio de exacerbações Exacerbações da asma Asma muito leve a leve Asma moderada a grave 2.0 RR = 0.51 (0.29,0.90), 2.0 RR = 0.99 (0.34,2.81), p = 0.02 p = 0.98 RRR = 0.49 (0.10,0.71) Quantidade similar 1.5 1.5 de CI CS NNT = 41.0 1.0 CS SpS 0.5 0.5 SpS 0.0 0.0 0 200 400 600 800 0 200 400 600 Dias a partir da manutenção 800 Determinação do Componente Inflamatório das Doenças das Vias Aéreas através do Escaro Induzido: Utilização na Prática Clínica (n=151) INDICAÇÃO número % Monitoração da inflamação na asma 82 54,3 Investigação de tosse crônica 46 30,5 Bronquiectasias 11 7,3 Monitoração da inflamação na DPOC 9 6,0 Bronquite eosinofílica sem asma 2 1,3 Pneumonia de resolução lenta 1 0,7 Conduta Terapêutica de Acordo com o Padrão do Componente Inflamatório na Asma (n= 82) Indicação Conduta n % 37 45,1 Corticosteróide oral 8 9,8 Antibiótico 4 4,9 Redução na dose do CI 3 3,7 Melhorar adesão tratamento 3 3,7 27 33,0 Aumento na dose do CI Asma Tratamento inalterado Uso do NO no ar exalado para guiar o tratamento da asma Desenho: randomizado, controlado, único centro, duração de 01 ano após minimo tratamento comparando manejo da asma guiado pelo diretrizes ou pelo NO no ar exalado. Participantes: 97 asmáticos Desfecho principal: exacerbações asma Visitas bimensais Tratamento guiado por parâmetros clínicos ou por NO no ar exalado. Smith et al. N Engl J Med 2005;352:2163-73. Use of exhaled NO to guide asthma management (n=97) Dose de CEI Exacerbações Smith et al. N Engl J Med 2005;352:2163-73. Uso do NO no ar exalado para guiar o tratamento da asma (n = 108) Shaw DE al. AJRCCM 2007; 176: 231-7 ONDE ESTAMOS? Espirometria e/ou HRV Inflamometria Sintomas + Beta 2