A CELESC EM 2009 RELATÓRIO ANUAL A CELESC EM 2009 RELATÓRIO ANUAL DESTAQUES 2009 Holding amplia participação em transmissão Em novembro, a Celesc assinou Contrato para aquisição de mais 9,26% do Capital Social da Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica – ECTE. Com a operação, a Holding passará a deter 30,88% do empreendimento. O investimento soma cerca de R$ 20 milhões. Parcerias viabilizam novos empreendimentos em geração Ampliação da PCH Pery marca início da expansão do parque de geração própria Além da modernização e de estudos para repotenciação das usinas existentes, em 2009, a Celesc Geração constituiu sete Sociedades de Propósito Específico com empresas privadas, para a implantação e exploração de nove pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Em dezembro, foram concluídos os processos de licenciamento para as obras de ampliação da PCH Pery, cujo projeto básico foi executado em 2008. Localizada em Curitibanos, Oeste catarinense, a usina tem capacidade instalada de 4,4MW e passará a contar com potência de 30MW ao final das obras. Distribuidora melhora sua performance técnica Resultado de investimentos na operacionalização, manutenção e expansão do sistema elétrico, a Celesc Distribuição apresenta evolução positiva dos indicadores de qualidade do serviço e mantém um dos menores índices de perda técnica entre as concessionárias brasileiras. Cresce índice de produtividade No quarto trimestre do ano, a distribuidora registrou crescimento de 20,7% na proporção entre energia distribuída e número de empregados, no comparativo com o quarto trimestre de 2008. No mesmo período, a relação entre número de consumidores e empregados apresentou crescimento de 3,1%. ROL apresenta boa recuperação no quarto trimestre O montante da Receita Operacional Líquida no quarto trimestre somou R$ 974, 8 milhões, registrando evolução de 15,3% em relação ao mesmo período de 2008. O crescimento do consumo de energia elétrica, com a recuperação da economia, foi o principal fator do resultado. Esforço integrado Glauco José Côrte PRESIDENTE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OS REGISTROS A MENSAGEM DO CONSELHO deste relatório que a Celesc ora entrega aos seus acionis- tas e à sociedade catarinense devem ser considerados mais pela dimensão dos esforços empreendidos por seus órgãos de governança e por seu quadro profissional, do que em razão dos resultados alcançados num período em que o mundo e o Brasil sofreram os efeitos da forte crise financeira internacional instaurada em 2008. Nesse contexto de contração da economia, o Conselho de Administração, apoiado pelos seus Comitês de Assessoramen- No ano, foi aprimorado o desenvolvimento de diretrizes estruturantes sustentáveis e foram realizados avanços no estabelecimento de padrões e práticas modernas de gestão corporativa. to, prosseguiu no seu trabalho de exigir e discutir com a Diretoria Executiva o desenvolvimento de diretrizes estruturantes sustentáveis, assim como de avançar no estabelecimento de padrões e práticas modernas de gestão corporativa, em associação com as necessidades de alinhamento da Companhia aos padrões setoriais de excelência. No exercício, o Conselho de Administração traçou importantes diretrizes e aprovou novos investimentos destinados a ampliar a capacidade de geração de energia elétrica da Companhia, esforço que deverá ter continuidade nos próximos anos, permitindo expressivo crescimento de sua potência instalada. Igualmente, o sistema elétrico recebeu vultosos investimentos, indispensáveis para atender, com qualidade e confiabilidade, a demanda de energia elétrica de seu grande contingente de clientes, localizado em todo o território catarinense. A atuação do Conselho esteve sempre voltada para o alcance de altos níveis de eficiência e racionalidade na aplicação dos recursos envolvidos. Temos consciência de que ainda há um longo e duro caminho a percorrer. Não há, no entanto, razões para que isso não possa ser feito com sucesso, condição fundamental para que a Celesc assegure e amplie a sua contribuição ao desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, com a manutenção de níveis adequados de retorno aos seus acionistas. Ajustes estratégicos A MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA Sérgio Rodrigues Alves DIRETOR PRESIDENTE O ANO DE 2009 ficará marcado para o Grupo Celesc como o início da arrancada para resultados eficazes. Diversas iniciativas que promoveram um choque de gestão nas suas subsidiárias de distribuição e geração foram implementadas e confirmaram o firme propósito da busca pela máxima eficiência empresarial, visando consolidar presença entre as melhores empresas do setor elétrico nacional. O atual modelo de gestão, adotado ainda em 2003 e baseado em um Contrato de Gestão assinado entre a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração, foi reestruturado em 2009 e passou a apresentar metas ainda mais desafiadoras. No ano, também foi concluído o Diagnóstico Estratégico Operacional, alinhado às metas estabelecidas pelo Contrato de Gestão, que resultou na formulação de uma Carta Diretriz, promoveu a reestruturação organizacional nas empresas e o fortalecimento da cultura orçamentária. A Carta Diretriz é o documento que define, estrategicamente, os objetivos de curto e médio prazos do Grupo Celesc. A reestruturação organizacional estabeleceu a estrutura necessária para que a Holding e a Celesc Geração, criadas em 2006, passassem a assumir definitivamente seus objetivos empresariais e permitiu à Celesc Distribuição iniciar ações no sentido de adequar sua estrutura à Empresa de Referência definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Na Distribuidora, durante o ano, várias ações foram efetivadas visando à redução dos custos e ao incremento da eficiência operacional. Revisão das políticas de aplicação financeira, austeridade na cobrança de inadimplentes e maior controle na medição de consumo foram alguns dos itens focados pontualmente. No mesmo sentido, ainda foram encaminhados estudos para o redimensionamento da força de trabalho, visando à implantação de um programa de demissão incentivada que promovesse a redução de custos com pessoal sem prejuízo da retenção do conhecimento, e com a previsão de ser implementado em 2010. Atenta ao seu mercado, a Empresa manteve evolução positiva dos indicadores de qualidade, conquistou o Prêmio IASC de Melhor Empresa do Sul do País na avaliação do cliente e combateu a inadimplência com ações inovadoras, de caráter social. As ações implementadas no ano confirmam o firme propósito da busca pela máxima eficiência do Grupo Celesc, que quer crescer sobre bases sólidas. A Celesc Geração começa a ampliar seus negócios com a constituição de parcerias para novos empreendimentos e obras de repotenciação das suas usinas. São os primeiros passos de uma caminhada que se projeta como de longa distância e com resultados promissores, devido ao forte potencial a ser explorado na área de atuação e a projetos que priorizam fontes alternativas de energia e de baixo impacto ambiental. 2009 foi, em resumo, um dos anos mais desafiadores para o Grupo Celesc, que visa crescer sustentado em bases ainda mais sólidas e eficientes. Os resultados do exercício, inclusive, foram impactados por ajustes contábeis extraordinários, tais como reversão de ativos regulatórios e reconhecimento de despesas de ICMS referentes à subvenção de consumidores de baixa renda, que reduziram os resultados do ano em R$66,6 milhões. Neste momento de reflexão sobre o realizado, é possível ver que, diante de um cenário de adversidade, muito foi conquistado. Cabe, aqui, nosso agradecimento ao apoio recebido dos nossos empregados, clientes, fornecedores e acionistas que, cada qual à sua maneira, contribuiu, efetivamente, para esse resultado. 1| O Grupo Celesc A Holding Subsidiárias Integrais Celesc Distribuição S.A. Celesc Geração S.A. Empresa Controlada 12 13 14 14 15 16 Companhia de Gás de Santa Catarina – SCGÁS Participações 17 Empresa Catarinense de Transmissão de Energia – ECTE Dona Francisca Energética S.A – DFESA Companhia Catarinense de Água e Saneamento – CASAN Usina Hidrelétrica Cubatão S.A. 2| Gestão Gestão de Resultados Campos de Resultados do Contrato de Gestão Gestão de Riscos Gestão de Ativos Intangíveis 3| Governança Corporativa Presença Estrutura de Governança Assembléia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal Diretorias Executivas 18 19 19 20 20 22 23 24 24 24 25 25 A CELESC EM 2009 RELATÓRIO ANUAL SUMÁRIO 4| Desempenho Operacional Reorganização Tarifas Retomada Distribuição de Energia Elétrica Venda de Energia Elétrica Distribuição de Gás Natural 5| Investimentos Crescimento Distribuição de Energia Elétrica Expansão do Sistema Universalização do Atendimento Automação de Processos Qualidade do Serviço Atendimento ao Cliente Combate à Inadimplência Pesquisa & Desenvolvimento Geração de Energia Elétrica Novas SPEs Repotenciação Distribuição de Gás Natural Ampliação do Sistema 6| Desempenho Econômico-Financeiro Desempenho do Grupo Desempenho da Celesc Distribuição S.A. Desempenho da Celesc Geração S.A. 28 29 29 30 30 30 31 32 33 33 33 34 34 34 35 35 36 36 36 37 7| 37 9| 37 38 39 39 40 Desempenho no Mercado de Capitais e Relações com Investidores Compromisso com o Futuro 43 43 44 44 44 45 46 48 49 Compromisso com o Talento e com a Competência Profissional 49 Composição Acionária Perfil da Base Acionária Ações em Circulação Desempenho na BM&F Bovespa Performance no Mercado Acionário Remuneração aos Acionistas Relações com Investidores 8| 42 Responsabilidade Socioambiental Participação nos Lucros Segurança no Trabalho Compromisso com a Sociedade Principais Programas Desenvolvidos em 2009 Estímulo ao Uso Consciente da Energia Elétrica Compromisso com o Meio Ambiente Principais Iniciativas na Área Demonstração do Valor Adicionado – DVA Premiações 10 | 2010 Perspectivas 50 50 51 51 52 53 53 55 56 60 61 1 | O GRUPO CELESC A Celesc atua há mais de 50 anos no setor elétrico. Recém-estruturada como , amplia seus negócios na distribuição de gás natural, na geração e na transmissão de energia elétrica. 12 A CELESC EM 2009 A Holding AS CENTRAIS ELÉTRICAS de Santa Catarina S.A. (Celesc) são uma sociedade de economia mista que atua no mercado de energia elétrica desde 1955. Estruturada como holding no ano de 2006, em atenção ao modelo preconizado pela atual legislação do Setor Elétrico Nacional, controla duas subsidiárias integrais, a Celesc Geração S.A. e a Celesc Distribuição S.A., detém o controle acionário da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS), e é sócia das empresas Dona Francisca Energética S.A. (DFESA), MISSÃO Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica (ECTE), Companhia Cata- Investir no mercado de energia de forma rentável, controlando suas empresas nos mais altos padrões de governança corporativa. rinense de Água e Saneamento (CASAN) e Usina Hidrelétrica Cubatão S.A., além de manter outras pequenas participações acionárias. A Holding tem como atribuição o controle dos rumos e diretrizes de suas em- VISÃO (até 2012) presas, garantindo os interesses de seus acionistas, assegurando o alinhamento Ser excelente na gestão de seus negócios, reconhecida por seus resultados. estratégico, institucional, de comunicação, societário, de responsabilidade social e empresarial, bem como, a aprovação e fiscalização das atividades do Grupo. Celesc Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. Celesc Geração 100% Celesc Distribuição 100% SCGÁS 51% ON ECTE | 21,62% D. Francisca | 23,03% CASAN | 15,76% Cubatão | 40,00% Outros Área de atuação da Celesc RELATÓRIO ANUAL 13 Subsidiárias Integrais Celesc Distribuição S.A. A Empresa responde pela prestação de serviços de distribuição de energia elétrica para consumidores estabelecidos em 262 municípios do Estado de Santa Catarina e no município de Rio Negro, no Estado do Paraná, atendendo a mais de 2,2 milhões de unidades consumidoras. A subsidiária atua ainda no suprimento de energia elétrica para o atendimento de quatro concessionárias e 11 permissionárias, responsáveis pelo atendimento dos demais 31 municípios catarinenses. É a sexta maior empresa distribuidora de energia elétrica do Brasil. Sua área de atuação, com excelente cobertura na área urbana e rural, é responsável pelo consumo de 5,2% do total de energia elétrica distribuída no País. Santa Catarina abriga polos econômicos de qualidade, com atividades diversificadas, baseados em quatro eixos principais: agricultura, indústria, exportação e turismo. Essa base diversificada tem estabelecido barreiras contra as instabilidades da conjuntura econômica nacional e internacional. Nas últimas três décadas, a economia de Santa Catarina cresceu 340%, bem mais que a média brasileira. Os produtos Área de Concessão da Celesc Distribuição catarinenses são hoje consumidos em 184 países. Área atendida pela Celesc Distribuição S.A MISSÃO Municípios atendidos por outras concessionárias Distribuir energia elétrica de forma rentável, segura e sustentável, satisfazendo clientes, colaboradores e acionistas. Principais Números Subestações Extensão de redes DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor) Número de clientes Número de municípios atendidos diretamente VISÃO (até 2012) Atuar de forma mais eficiente que a Empresa de Referência até o final de 2012, mantendo os padrões de qualidade da Aneel. 14 A CELESC EM 2009 DEZ/2009 134 134.893,69 km 13,51 h 9,75 2.236.750 263 Celesc Geração S.A. A subsidiária da Holding para empreendimentos de geração de energia elétrica possui 12 usinas, que totalizam a potência de 82,62MW. Atualmente, a Empresa está investindo na ampliação e repotenciação das usinas que compõem seu parque gerador e na formação de parcerias para viabilizar projetos que visam à construção de novas usinas e à diversificação da matriz energética do Estado. Estudos em andamento Usinas da Celesc Geração em operação e futuros empreendimentos projetam ampliar em até 142% o parque de geração própria e contemplam projetos de fonte hidráulica, eólica e biomassa. 1 4 19 16 2 20 17 3 9 18 6 21 10 11 12 7 EMPREENDIMENTOS EM OPERAÇÃO 1 USINA SÃO LOURENÇO Município de Mafra | Rio São Lourenço Em operação desde 1910 Capacidade instalada: 0,5MW 2 USINA PALMEIRAS Município de Rio dos Cedros | Rio dos Cedros Em operação desde 1963 Capacidade instalada: 23,6MW 3 USINA CEDROS Município de Rio dos Cedros | Rio dos Cedros Em operação desde 1949 Capacidade instalada: 8,3MW | Projetada: 12MW 4 USINA BRACINHO Município de Schroeder | Rio Bracinho Em operação desde 1931 Capacidade instalada: 16,2MW 5 USINA PIRAÍ Município de Joinville | Rio Piraí Em operação desde 1908 Capacidade instalada: 1,1MW | projetada: 2MW 6 USINA SALTO Município de Blumenau | Itajaí-Açu Em operação desde 1914 Capacidade instalada: 6,3MW | projetada: 40MW 7 USINA GARCIA Município de Angelina | Rio Garcia Em operação desde 1963 Capacidade instalada: 9,6W 8 USINA CAVEIRAS Município de Lages | Rio Caveiras Em operação desde 1940 Capacidade instalada: 3,5MW | projetada: 14MW 9 USINA CELSO RAMOS 8 Município de Faxinal dos Guedes Em operação desde 1963 Capacidade instalada: 6MW | projetada: 13,2MW 15 10 USINA RIO DO PEIxE 14 Município de Videira | Rio do Peixe Em operação desde 1957 Capacidade instalada: 0,7MW | projetada: 11MW 13 11 USINA IVO SILVEIRA Município de Campos Novos | Rio Santa Cruz Em operação desde 1967 Capacidade instalada: 2,1MW | projetada: 9MW 12 USINA PERY Município de Curitibanos | Rio Canoas Em operação desde 1965 Capacidade instalada: 4,4MW | projetada: 30MW NOVOS EMPREENDIMENTOS 13 PCH BOA VISTA 18 PCH BELMONTE 14 PCH PAINEL 19 PCH MANGUEIRA DE PEDRA 15 PCH CAMPO BELO 20 PCH RONDINHA 16 PCH PRATA 21 PCH xAVANTINA Município de Painel/São Joaquim Capacidade: 4,4MW Município de Painel/São Joaquim Capacidade: 7,5MW Município de Campo Belo do Sul Capacidade: 8MW Município de Bandeirante Capacidade: 2,4MW Município de Belmonte Capacidade: 2,4MW Município de Abelardo Luz Capacidade: 8MW Município de Passos Maia Capacidade: 8,5MW Município de Xavantina/Xanxerê Capacidade: 5,2MW 17 PCH BANDEIRANTE Município de Bandeirante Capacidade: 2,4MW RELATÓRIO ANUAL MISSÃO Gerar energia elétrica de forma rentável, segura e sustentável, satisfazendo clientes, colaboradores e acionistas. VISÃO (até 2012) Atingir capacidade instalada de 200MW até 2012. 15 5 Empresa Controlada Companhia de Gás de Santa Catarina – SCGÁS A Celesc assumiu o controle da SCGÁS em 2007, a partir da aquisição de 51% das Composição acionária Cele s c 17% suas ações ordinárias, correspondentes a 17% do Capital Social total da distribuidora Infragás 1% de gás natural do Estado. Ao final de 2009, a SCGÁS contava com 821 km de redes de distribuição, atendendo a 1.645 clientes em 53 municípios catarinenses. A Companhia M i t su i 41% é a segunda maior distribuidora nacional de gás canalizado em número de municípios atendidos. Santa Catarina é o terceiro Estado com a maior rede de distribuição de gás natural e possui a terceira maior rede de postos de gás natural veicular do País. Gaspetro 41% Garuva Canoinhas Mafra Três Barras Campo Alegre Joinville São Bento do Sul Guaramirim Porto União Araquari Bal. Barra do Sul Jaraguá do Sul Pomerode Barra Velha Piçarras Penha Navegantes Itajaí Balneário Camboriú Timbó Gaspar Ibirama Chapecó Indaial Blumenau Pouso Redondo Curibanos Correia Pinto Otacílio Costa Laurentino Ilhota Brusque Apiúna Concórdia São Francisco do Sul Itapema Lontras Porto Belo Canelinha Rio do Sul Trombudo Agronômica Central Tijucas São Pedro de Alcântara Biguaçu Florianópolis São José Palmeira Palhoça Lages Bom Retiro MISSÃO Santo Amaro da Imperatriz Braço do Norte Orleans Promover soluções energéticas por meio da distribuição e utilização do gás natural com eficiência, segurança, confiabilidade e economia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Estado de Santa Catarina e para a preservação do meio ambiente. Urussanga Treze de Maio Municípios com gasodutos Redes de distribuição Ramais futuros Municípios com GNC Gasoduto Brasil-Bolívia VISÃO (2017) Estações de recebimento Ser referência nacional na distribuição de gás natural, sob a ótica do cliente, de forma sustentável nos segmentos industrial, comercial, veicular e residencial e estar presente em todas as regiões do Estado. 16 A CELESC EM 2009 Nova Veneza Cocal do Sul Criciúma Jaguaruna Morro da Sangão Fumaça Içara Forquilhinha Maracajá Araranguá Tubarão Participações Empresa Catarinense de Transmissão de Energia – ECTE Dona Francisca Energética S.A – DFESA Companhia Catarinense de Água e Saneamento – CASAN Usina Hidrelétrica Cubatão S.A. Constituída com o propósito específico Empresa independen- Sociedade de economia Sociedade de propó de explorar linhas de transmissão de te de produção de ener- mista de capital aberto, sito específico cons energia elétrica nas regiões Sul, Sudeste gia elétrica, a DFESA é controlada pelo Gover- tituída para implan e litoral de Santa Catarina, é proprietária proprietária da Usina no do Estado de Santa tação da Usina Hidre da LT SE Campos Novos - SE Blumenau, Hidrelétrica Dona Fran- Catarina. A função da létrica Cubatão. Em- com 252,5km de extensão, responsável cisca, construída no rio Casan é planejar, exe- preendimento localiza pelo transporte de cerca de 20% da Jacuí, no Rio Grande cutar, operar e explorar do em Joinville – Santa energia necessária para suprimento da do Sul, com capacidade os serviços de esgoto e Catarina, com potência demanda na área de concessão da Ce- instalada de 125MW e abastecimento de água instalada de 50MW. lesc Distribuição S.A. Em 2009, a Celesc energia assegurada de potável, além de reali- Após enfrentar entra- assinou Contrato de Compromisso de 78MW. A Celesc de- zar obras de saneamen- ves ambientais, o pro- Compra e Venda de Ações, para a aqui- tém 23,03% das ações to básico em convênio jeto foi totalmente revi- sição de mais 9,26% do Capital Social ordinárias da empre- com os municípios. Atu- sado em 2007 e novas da ECTE, passando a deter 30,8% das sa que, em 2009, apre- almente, a Casan atua técnicas de construção ações ordinárias do empreendimento. sentou Resultado Ope- em 206 municípios de foram adotadas, per- No ano, a ECTE obteve Resulta- racional de R$49,6 mi- Santa Catarina e um mitindo a retomada do do Operacional de R$35,9 milhões lhões (R$29 milhões em no Estado do Paraná. A processo de licencia- (R$31,4 milhões em 2008) e Lucro 2008) e Lucro Líquido de Celesc é detentora de mento, que se encon- Líquido de R$25,6 milhões (R$22,9 R$40,1 milhões (R$19 15,76% do Capital So- tra em análise pelo ór- milhões em 2008). milhões em 2008). cial da Empresa. gão competente. Composição acionária Cubatão S.A. Cemig 13,36% Alupar 40,02% Copel 23,03% Desenvix 2,12% Celesc 15,76% SC Pa r c e r i a s 18,35% Desenvix 20% Codesc 2,32% Celesc 21,62% MDU 25% Celesc 23,03% Gerdau 51,82% Inepar 40% Estado de Santa Catarina 63,57% RELATÓRIO ANUAL 17 Celesc 40% 2 | GESTÃO O Modelo de Gestão harmoniza os interesses de consumidores, acionistas, empregados e da sociedade e é baseado em princípios de governança corporativa e profissionalização. 18 A CELESC EM 2009 Gestão de Resultados A Celesc tem grandes desafios na busca permanente por melhores resultados e maior eficiência. A cada ano, sua administração se aprimora, com aperfeiçoamento do seu Valores do Grupo Celesc modelo de gestão, baseado em princípios de profissionalização, governança corpo- » Satisfação (clientes, acionistas, colaboradores e fornecedores) rativa, transparência da informação e extensão de direitos aos sócios minoritários. » Confiabilidade (junto a todos os públicos com os quais a Empresa se relaciona) O modelo, implantado em 2003, harmoniza os interesses dos consumidores, acionistas, empregados e da sociedade e está vinculado ao Contrato de Gestão, firmado » Qualidade (de vida, dos processos e resultados) entre o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva, que dispõe sobre as me- » Ética tas a serem alcançadas. » Transparência » Profissionalismo Em 2009, o Contrato foi reestruturado com a definição de metas mais desafiado- » Responsabilidade Social e Ambiental ras para 2010 e 2011, refletindo a necessidade de obtenção de resultados que visam » Segurança e Qualidade de Vida garantir a adequada eficiência operacional das empresas do Grupo e que preparam a distribuidora de energia elétrica para a renovação da concessão em 2015. No ano, também foi concluído o Diagnóstico Estratégico Operacional, que resultou na formulação da Carta Diretriz. A Carta é o documento que define, estrategicamente, os objetivos de curto e médio prazos da Holding e de suas subsidiárias, com foco na performance econômico-financeira e de tecnologia e processos. O Contrato de Gestão da distribuidora foi alinhado à Carta Diretriz e teve suas metas aperfeiçoadas. Campos de Resultados do Contrato de Gestão Mercado e Imagem: fortalecer a presença no mercado e elevar o índice de satisfação dos clientes, com ênfase na ampliação e modernização da infraestrutura produtiva (sistema elétrico), na modernização e descentralização dos serviços de atendimento aos clientes e no aumento da qualidade dos serviços prestados. Econômico-Financeiro: elevar o resultado operacional e remunerar os acionistas, com ênfase no aumento da produtividade, na gestão eficiente dos ativos e investimentos, redução dos custos operacionais e de manutenção, além de ampliar e fortalecer os negócios de energia, com ênfase nas parcerias com a iniciativa privada para aumentar a capacidade de geração de energia elétrica e energias alternativas. Patrimônio Humano: elevar o nível de motivação e comprometimento e melhorar a segurança no trabalho, com ênfase na busca da satisfação e qualificação dos empregados. Social e Ambiental: atender a conformidade ambiental na operação e manutenção do sistema elétrico e nos novos empreendimento; implantar ações de responsabilidade social; atender aos planos de universalização do acesso à energia elétrica; priorizar ações que visem reduzir os impactos no ambiente urbano e rural, focando também a inclusão social e os investimentos em cultura. Tecnologia e Processos: buscar melhoria contínua na gestão e modernização tecnológica, com ênfase na governança corporativa; aprimorar o modelo de gestão, automação da distribuição, eficiência energética e programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. RELATÓRIO ANUAL 19 Gestão de Riscos Na área operacional, são feitos investimentos em melhoria e manutenção preventiva de equipamentos e redes, evitando falhas e interrupções do fornecimento de energia. Para o atendimento de emergência, o Plano de Contingências prevê ações de monitoramento, controle e execução das atividades operacionais. Outra frente estratégica é o fortalecimento da cultura interna da segurança no trabalho, com a inclusão de indicadores de segurança no Contrato de Gestão. Atenta aos riscos regulatórios, operacionais e financeiros, a Celesc investe no aperfeiçoamento dos processos empresariais. A Celesc também garante a cobertura de seus ativos com a contratação de seguros para as mercadorias transportadas por terra ou ar, bem como, para subestações e usinas, incluindo os principais equipamentos e edifícios. Na área financeira, são adotados importantes instrumentos de proteção para evitar a exposição de riscos de câmbio, taxa de juros e endividamento. Além disso, são desenvolvidos programas de combate a fraudes, ligações irregulares e inadimplência. Em 2009, com o objetivo de gerir com maior eficácia as demandas legais e regulatórias, foram criadas, na distribuidora, as superintendências de Regulação e Jurídica, subordinadas diretamente à presidência. Também foi elaborado o Plano Estratégico de Tecnologia da Informação, com o objetivo de garantir suporte de TI às novas demandas corporativas. No ano, ainda foi desenvolvido projeto de aprimoramento dos processos organizacionais vinculados à comunicação nos órgãos da alta administração da Holding e das subsidiárias integrais, com foco na melhoria da governança corporativa e de controles internos. Gestão de Ativos Intangíveis A gestão de ativos intangíveis agrega valor às ações da Celesc no mercado de capitais e na formação de seus resultados. Tal fato está fundamentado em três pilares: 1 – O conhecimento tácito está presente nas atividades e processos produtivos desenvolvidos pela Empresa; 2 – Os ativos do conhecimento são valorizados pela Empresa com a prática de apoio a projetos de P&D, capacitação de empregados, visitas técnicas e contato direto com fornecedores. 3 – Baseadas nas ações acima, a Celesc gerencia seus ativos intangíveis, como Marca, Capital Humano, Propriedade Intelectual e Ações de Responsabilidade Social, buscando novas tecnologias e estratégias. 20 A CELESC EM 2009 RELATÓRIO ANUAL 21 3 | GOVERNANÇA CORPORATIVA A boa governança corporativa é vista na Celesc como um processo contínuo, que busca criar e desenvolver as melhores práticas e condições de sustentabilidade, proteger os interesses da instituição e de seus acionistas e agregar valor à sociedade. 22 A CELESC EM 2009 Presença Em 2009, devido principalmente à reestruturação administrativa e às mudanças do corpo diretivo das empresas do Grupo, diversos fatos societários foram registrados. No zelo pelo atendimento às prerrogativas da boa governança corporativa, todos os acontecimentos importantes foram informados por meio de comunicados ao mercado, esclarecimentos aos órgãos reguladores, publicação de Fato Relevante e atualização permanente do site de Relações com Investidores. Visando propiciar mais suporte e segurança à tomada de decisões pela alta gerência, em novembro foi autorizada, pelo Conselho de Administração, a contratação de serviço especializado em governança corporativa. A medida tem o objetivo de normatizar os procedimentos relativos a controles internos. No final do exercício foi iniciado processo para adoção de padrão internacional de normas do International Financial Reporting Standards – IFRS, para apresentação das Demonstrações Contábeis. A mudança de metodologia, prevista para ser implementada em 2010, proporcionará à Empresa apresentar relatórios econômico-financeiros mais transparentes e confiáveis, obtendo como resultado a possibilidade de ter seu desempenho comparado com o de empresas de diferentes países. No ano, destaque, ainda, para a atuação dos Comitês de Assessoramento ao Conselho de Administração. Estudos visando à adequação do quadro funcional à demanda empresarial foram realizados pelo Comitê de Recursos Humanos, enquanto o Comitê Financeiro atuou na análise crítica da proposta orçamentária para 2010. O Comitê Jurídico e de Auditoria foi determinante na apuração de fatos que requisitaram opinião isenta e independente nos processos que trataram das relações com acionistas, e o Comitê de Assuntos Estratégicos e Comercial atuou nos estudos de reestruturação do Contrato de Gestão. RELATÓRIO ANUAL 23 Estrutura de Governança Na estrutura de governança corporativa estão os seguintes órgãos: Assembléia Geral, Conselho de Administração e seus comitês de assessoramento, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva. Assembléia Geral Órgão soberano, convocado e instalado de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com o Estatuto Social da Empresa, consolidado na Assembléia Geral de 23 de março de 2009. Possui poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto social da Celesc e tomar as resoluções necessárias e convenientes à sua defesa e ao seu desenvolvimento, inclusive com a verificação das ações adotadas pela administração. Conselho de Administração Órgão colegiado de funções deliberativas, constituído por 13 conselheiros eleitos pela Assembléia Geral, com mandato de um ano, sendo permitida a reeleição. Compete ao Conselho de Administração, além das atribuições previstas em lei, fixar a orientação geral dos negócios e a gestão do desempenho econômico, ambiental e social. Para evitar conflitos de interesse com as várias partes interessadas, cabe ao Conselho zelar pela fiel observância das normas legais, regulamentares e disposições contratuais pertinentes à prestação dos serviços de energia elétrica concedidos. Os membros do Conselho são escolhidos segundo suas qualificações profissionais, por possuírem competências específicas para melhor definir as estratégias da organização segundo os princípios da sustentabilidade empresarial. Os empregados da Celesc têm direito de eleger um membro do Conselho de Administração. Composição do Conselho de Administração em 31 de dezembro de 2009: 24 Glauco José Côrte (Presidente) Representante do Acionista Majoritário Sérgio Rodrigues Alves Representante do Acionista Majoritário Içuriti Pereira da Silva Representante do Acionista Majoritário Milton de Queiroz Garcia Representante do Acionista Majoritário Derly Massaud de Anunciação Representante do Acionista Majoritário Alexandre Fernandes Independente Pedro Bittencourt Neto Independente Daniel Arduini Cavalcanti de Arruda Independente Arlindo Magno de Oliveira Representante dos acionistas Minoritários Ordinaristas Lauro Sander Representante dos acionistas Minoritários Ordinaristas Emílio Mayrink Sampaio Representante dos acionistas Minoritários Ordinaristas Paulo Roberto Evangelista de Lima Representante dos acionistas Minoritários Ordinaristas Jair Maurino Fonseca Representante dos Empregados A CELESC EM 2009 Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por cinco membros e respectivos suplentes. O acionista majoritário indica três integrantes. Os acionistas preferenciais e os acionistas minoritários ordinaristas elegem, em escrutínio separado, seus representantes e respectivos suplentes. Composição do Conselho Fiscal em 31 de dezembro de 2009: Marcelo Ferrari Wolowski - Presidente Suplente: Antonio Augusto Torres de Bastos Filho Representante dos acionistas Preferencialistas Ronaldo Baumgarten Junior Suplente: Luiz Rogério Gonçalves Representante do Acionista Majoritário Célio Goulart Suplente: Cleverson Siewert Representante do Acionista Majoritário Gilberto Antonio Gadotti Suplente: Saliba Nader Neto Representante do Acionista Majoritário Hayton Jurema da Rocha Suplente: Helvécio Floriani Representante dos acionistas Minoritários Ordinaristas Diretorias Executivas Exercem a gestão dos negócios, em sintonia com a missão, os objetivos, as estratégias e as diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração. A Diretoria da Holding é composta pelo Diretor Presidente e por dois Diretores eleitos pelo Conselho de Administração para mandato de três anos, permitida a reeleição, podendo ser destituídos a qualquer tempo. Somente o presidente é também membro do Conselho de Administração, sem presidir o órgão. Composição da Diretoria Executiva em 31 de dezembro de 2009: Sérgio Rodrigues Alves Diretor Presidente Welson Teixeira Junior Diretor de Relações Institucionais e com Investidores Welson Teixeira Junior Diretor de Planejamento (interino) As diretorias executivas de cada subsidiária integral são eleitas pelas respectivas assembléias gerais de acionistas, a partir de orientações de voto do Conselho de Administração para mandatos de três anos, com direito à reeleição. Composição da Diretoria Executiva da Celesc Distribuição S.A. em 31 de dezembro de 2009: Alfredo Felipe da Luz Sobrinho Diretor Presidente Gilberto Odilon Eggers Diretor de Gestão Corporativa Eduardo Carvalho Sitonio Diretor Técnico Arnaldo Venício de Souza Diretor Econômico-Financeiro Dílson Oliveira Luiz Diretor Comercial RELATÓRIO ANUAL 25 Composição da Diretoria Executiva da Celesc Geração S.A. em 31 de dezembro de 2009: Paulo Roberto Meller Diretor Presidente Paulo Roberto Meller Diretor Técnico e Comercial (interino) Marco Aurélio Dutra Diretor Administrativo e Financeiro Na SCGÁS, os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração da Companhia para mandatos de dois anos. A Celesc, acionista majoritária, indica o Diretor Presidente. Composição do Conselho de Administração da SCGÁS em 31 de dezembro de 2009: Ricardo Rabello Presidente Anderson Bastos Representante da Mitsui Cláudio Ávila da Silva Representante da Infragás Luiz Celso Oliveira Andrade Representante da Gaspetro Ivan Ranzolin Representante do Acionista Majoritário Composição da Diretoria Executiva da SCGÁS em 31 de dezembro de 2009: Ivan Ranzolin Diretor Presidente Carlos Romeu Paes Leme Diretor de Administração e Finanças Walter Fernando Piazza Júnior Diretor Técnico e Comercial Cláusula Compromissória Como companhia integrante do Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, a Celesc está vinculada à Câmara de Arbitragem do Mercado. Os conflitos de interesses que possam surgir entre administradores, acionistas, membros do Conselho Fiscal e da própria Companhia também seguem o disposto em regulamento específico da Câmara de Arbitragem do Mercado, instituído pela Bovespa. 26 A CELESC EM 2009 RELATÓRIO ANUAL 27 4 | DESEMPENHO OPERACIONAL Após o ápice da crise financeira que abalou as estruturas do mercado mundial, o Brasil investe na recuperação econômica incentivando o consumo interno. Em Santa Catarina, a demanda por energia começa a voltar aos patamares de 2007. 28 A CELESC EM 2009 Reorganização O ano de 2009 refletiu, no cenário global, a incerteza frente ao possível agravamento da crise financeira, instaurada no último trimestre de 2008. O Brasil manteve-se resistente perante as ameaças da crise, adotando política de expansão da atividade econômica por meio do impulso à demanda interna. No ano, o recuo do Produto Interno Bruto – PIB, em 0,2%, na comparação com o resultado de 2008, ainda pôde ser considerado razoável diante dos indicadores qualitativos da conjuntura mundial. O desempenho brasileiro foi melhor do que a maioria dos países do mundo e os dados do último trimestre dão mostra de reaquecimento da economia, com boas perspectivas para 2010. Analistas prevêem que a melhora verificada nos últimos meses no mercado de trabalho, nas condições de crédito e na confiança de consumidores e empresários, deve continuar de forma sustentável. Diante deste cenário, a expectativa é de que a economia brasileira continue em expansão, com boa repercussão sobre o setor elétrico em geral, uma vez que a demanda continua crescendo, voltando a patamares observados antes da crise. Na área de concessão da Celesc Distribuição S.A., o parque industrial apresentou declínio de produção e faturamento até o início do segundo semestre, quando começou a apresentar reação positiva. Durante 2009, percebe-se que houve evolução positiva mensal tanto da produção, quanto das vendas industriais. Em outubro, no melhor mês do período, a utilização da capacidade produtiva foi de 83,41%, praticamente alcançando o patamar de 83,71% registrado em outubro de 2007, no período anterior à crise. Para os próximos anos, a prospecção é de efetivo crescimento do mercado, principalmente em virtude de grandes investimentos projetados e em andamento na área de concessão, com destaque para obras de infraestrutura portuária e de transporte ferroviário, construção de estaleiros, hotéis, shoppings e novas indústrias, que impactarão positivamente em toda a cadeia produtiva. Tarifas Em 7 de agosto, por decisão da Aneel, passaram a vigorar os novos valores das tarifas de fornecimento praticadas pela Celesc Distribuição S.A.. O reajuste médio foi fixado em 6,96% e incidiu de forma diferenciada para as diversas classes de consumidores do mercado cativo, conforme diretrizes do Decreto 4.667, de abril de 2003. As unidades consumidoras ligadas em baixa tensão tiveram suas tarifas reajustadas em 6,92%. Para indústrias e outros consumidores ligados em alta tensão, o impacto médio foi de 6,99%. RELATÓRIO ANUAL 29 Retomada Em 2009, o Grupo apresentou avanços na ampliação dos negócios nas áreas de geração e transmissão de energia elétrica. Priorizou, em suas empresas, investimentos voltados à informatização dos processos empresariais, mantendo rigorosa seletividade orçamentária para execução de novos projetos. Distribuição de Energia Elétrica No ano, o consumo de energia elétrica na área de concessão da Celesc Distribuição S.A. totalizou 17.933GWh (sem o consumo próprio), registrando crescimento de 1,1% em relação a 2008, frente ao decréscimo de 0,02% do mercado nacional. Do total distribuído, 2.148GWh foram destinados aos clientes do mercado livre. O número de clientes cativos, 2.236.750, cresceu 1,4% em relação a 2008, com o incremento de 30.152 novas ligações. O crescimento do consumo no mercado cativo foi de 7,3% em relação a 2008. A alta foi puxada pelo desempenho do consumo nas classes residencial e comercial, refletindo o reaquecimento da demanda interna, e o retorno de clientes do mercado livre para o ambiente cativo. 14.717 Desempenho das Vendas de Energia [GWh] 15.785 3.018 2008 2009 Mercado Cativo 2.148 Mercado Livre Venda de Energia Elétrica Em 2009, a Celesc Geração S.A. comercializou 484GWh de energia elétrica proveniente de suas PCHs. A venda foi operacionalizada por meio de contratos de longo e curto prazos. Os contratos de longo prazo absorveram 405GWh, e os de curto prazo, 79GWh. A comercialização no curto prazo foi efetuada por leilões promovidos pela própria Empresa, com negociação das sobras mensais, vencendo o maior ágio ou spread acima do Preço de Liquidação e Diferenças – PLD, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. 30 A CELESC EM 2009 Distribuição de Gás Natural O ano de 2009 destacou-se pelo aumento significativo do número de clientes da SCGÁS, que passou de 725 ao final de 2008 para 1645 em dezembro de 2009. O volume total vendido no ano foi superior ao registrado em 2008, com destaque para o crescimento das vendas por meio do modal Gás Natural Comprimido – GNC. 1 . 645 33,5 1.568 1.578 Desempenho do mercado de gás natural 1.177 24,5 725 345 2008 2009 Ve n d a s M é d i a s ( e m m i l m 3/ d i a ) Número de Clientes Clientes Residenciais Consumo médio de GNC (em mil m 3 /dia) RELATÓRIO ANUAL 31 5 | INVESTIMENTOS Com foco na máxima qualidade dos serviços, os investimentos se voltam à expansão e melhoria do sistema elétrico, à maior eficiência operacional e à modernização da gestão. 32 A CELESC EM 2009 Crescimento As subsidiárias de geração e distribuição de energia elétrica investiram, em 2009, R$298,9 milhões. Do total, o maior volume (R$288,1 milhões) foi destinado à expansão e melhoria do sistema elétrico, eficiência operacional e modernização da gestão junto à subsidiária de distribuição. A Celesc Geração S.A., em fase de consolidação operacional, investiu no ano R$10,9 milhões. Na SCGÁS, os investimentos somaram R$ 31,7 milhões e foram aplicados na implantação de 51,4km de novas redes de distribuição de gás natural. Distribuição de Energia Elétrica Expansão do Sistema Em 2009, os investimentos da Celesc Distribuição S.A. resultaram na ampliação de 249MVA à capacidade instalada do sistema elétrico de distribuição e incluíram a energização de três novas subestações e de 11 linhas de alta tensão (69kV e 138kV), a ampliação de 19 subestações e melhorias em outras 12, além de 9.500 obras na rede de distribuição, em que foram instalados 28.789 postes, 5.537 transformadores e construídos 296km de alimentadores. 9.822 1 0.071 132.954 134.894 2008 2009 Po t ê n c i a i n s t a l a d a (MVA) Extensão da rede de distribuição (km) Em dezembro, três novas subestações estavam em andamento. Destaque para a Florianópolis Agronômica, a primeira subestação compacta blindada construída em Santa Catarina. Representa acréscimo de 30% de energia para a região central da Capital do Estado e utiliza tecnologia de última geração, com isolamento a gás, tratamento acústico, uso de óleo biodegradável como isolante. Com tensão de 138kV, será conectada ao sistema existente por duas linhas de transmissão subterrâneas, com extensão total de 10,7km, além de 13,8km de redes de distribuição subterrâneas associadas. A conclusão das obras está prevista para junho/2010. RELATÓRIO ANUAL 33 Universalização do Atendimento Em 2009, por meio do Programa de Universalização do Atendimento, mais 20.721 famílias passaram a contar com os confortos proporcionados pela energia elétrica. Na área de concessão da Distribuidora, toda a área urbana está eletrificada e a cobertura é de mais de 99% na área rural. Desse total, 5.128 moram na área rural e, destas, 4.346 foram beneficiadas pelo programa Luz Para Todos, que conta com subsídios do Governo Federal, Governo Estadual e da Concessionária. Desde o início do Programa de Universalização, instituído em abril de 2003, a Celesc Distribuição S.A. acumula a realização de 53.209 novas ligações no meio rural e, destas, 42.104 foram efetivadas por meio do Luz Para Todos. Automação de Processos Durante o ano, foi implantado sistema de acesso remoto a relés de proteção em mais oito subestações do sistema elétrico de distribuição. A medida tem impacto direto na melhoria dos processos operacionais porque permite localização de falhas em linhas de distribuição, coleta automática de oscilações, substituição ou ajustes de relés a distância e facilita a tomada de decisões em tempo real. Com o objetivo de garantir a padronização de procedimentos, unificar a gestão da operação e otimizar os recursos do seu Sistema Digital de Supervisão e Controle, a Celesc Distribuição S.A. também iniciou, no ano, a centralização dos seus Centros de Operação (COAs) na Capital do Estado. Em 2009, a distribuidora também deu continuidade à implementação de sistema DEC Realizado Celesc x DEC Meta ANEEL informatizado de gestão integrada, por meio da implantação do sistema SAP/ERP 40,00 nas áreas de suprimentos, projetos e manutenção do sistema elétrico e de qualidade 35,00 H O R A S 30,00 24,56 20,00 do fornecimento de energia elétrica que, junto com os módulos já implantados de fi- 22,74 25,00 21,06 16,33 19,54 19,46 14,39 13,51 2008 2009 nanças, contabilidade e recursos humanos, deverão aglutinar as informações empre- 15,20 15,00 16,49 10,00 sariais em uma única base de dados, tornando mais eficiente o processo decisório. 5,00 2005 2006 2007 Qualidade do Serviço DEC ANEEL DEC CELESC Os investimentos na ampliação, melhoria e manutenção preventiva do sistema elétrico, associados às ações com foco na gestão eficiente, refletem positivamente no FEC Realizado Celesc x FEC Meta ANEEL comportamento dos índices de qualidade do serviço prestado. Em 2009, o índice de 30,00 Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) foi de 13,51 horas, apresentando redução de 6,16% em relação a 2008. O indicador Frequência 25,00 H O R A S 18,76 20,00 17,66 15,00 12,15 16,64 12,56 12,85 15,60 10,54 15,63 Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) foi de 9,75 interrupções, 9,75 com redução de 7,5% em comparação ao ano anterior. O histórico do desempenho 10,00 demonstra constante melhoria desses indicadores ao longo dos últimos nove anos. 5,00 No período, o DEC apresentou variação positiva de 35,42% e o FEC, de 42,82%. 2005 2006 2007 2008 2009 FEC ANEEL FEC CELESC 34 A CELESC EM 2009 Atendimento ao Cliente A Empresa tem como estratégia comercial agregar qualidade e agilidade no atendimento, mantendo a proximidade com os clientes por meio de um conjunto de canais de relacionamento caracterizado pela interatividade e facilidade de acesso. No ano, foram realizados mais de 8,5 milhões de atendimentos aos clientes por meio desses canais. »» Homepage com autoatendimento »» Portal Grandes Clientes »» Lojas de Atendimento »» Correio Eletrônico »» Ouvidoria »» Conselho de Consumidores »» Call Center No ano, os serviços prestados via call center foram ampliados, permitindo que os consumidores possam realizar, por telefone, solicitações de ressarcimento de danos em equipamentos elétricos, desligamento de unidade consumidora e pedidos de nova ligação, serviços antes só oferecidos pelo atendimento presencial. Também foram instalados, no call center, dois terminais para atendimento específico a pessoas surdas, com deficiência auditiva ou de fala. No mês de julho, a distribuidora passou a emitir Em 2009, a Celesc Distribuição S.A.voltou a conquistar o primeiro lugar do Prêmio IASC – Índice Aneel de Satisfação do Cliente, Região Sul. O índice alcançado pela Empresa foi de 75,98 contra a média regional de 71,27 e média nacional de 66,74. novo modelo de fatura de energia elétrica, com informações mais claras e abrangentes aos consumidores. O processo de impressão da nova fatura traz ganhos para a concessionária, como redução do consumo de energia elétrica e de papel. Também foi dado prosseguimento, em 2009, ao processo de implantação do sistema de Leitura, Impressão e Entrega Simultânea da fatura (LIES), no qual a medição é transmitida por GPRS, possibilitando o faturamento on-line. As duas iniciativas deverão representar economia de cerca de R$ 20milhões/ano para a Empresa. Combate à Inadimplência A política incisiva perante os consumidores em débito foi protagonizada por meio de ações que incluíram o cumprimento rigoroso dos prazos para suspensão do fornecimento e de cadastramento dos inadimplentes no Serviço de Proteção ao Crédito – SPC. Ao longo de 2009, foram recuperados R$162,7 milhões, referentes ao pagamento de 508.533 faturas de clientes que tiveram o cadastro de crédito inativado e, com as suspensões de fornecimento, a Empresa recebeu outros R$52,4 milhões. RELATÓRIO ANUAL 35 Pesquisa & Desenvolvimento Atendendo aos preceitos estabelecidos pela Aneel para o desenvolvimento de projetos e pesquisas, a Celesc Distribuição S.A. aplicou, em 2009, o volume de R$5,17 milhões para atender a rubrica, custeando estudos na área da distribuição de energia elétrica e na pesquisa estratégica. No ano, 29 projetos estiveram em execução, e realizou-se processo seletivo em que 64 projetos foram pré-qualificados para submissão à análise da Aneel visando à formação de banco de habilitados para futuras contratações. Geração de Energia Elétrica Ao longo do ano de 2008, a Celesc Geração S.A. preparou as bases para investimentos futuros visando ampliar as usinas existentes e constituir parcerias para implantar e explorar Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, privilegiando projetos de fontes renováveis. O investimento na área, em 2009, somou R$10,9 milhões. Os recursos foram aplicados na adequação da infraestrutura operacional, com a ampliação e modernização da frota de veículos e aquisição de equipamentos para manutenção e modernização de usinas, implantação de sistema de Pery será a primeira PCH a ser ampliada. Potência instalada passará de 4,4MW para 30MW. telemedição que permite controle, em tempo real, do desempenho das usinas, e na contratação de estudos e elaboração de projetos básicos para ampliação do parque de geração própria. Novas SPEs No ano, houve a constituição de sete Sociedades de Propósito Específico – SPEs, para a implantação e exploração de nove empreendimentos em parceria com empresas privadas, limitando a participação da Celesc Geração S.A. em 49%, como segue: Parcerias para novos empreendimentos Empreendimentos Potência Instalada % Celesc Geração PCH Rondinha 9,6 MW 30% PCH Campo Belo 9,0 MW 30% PCH Painel 9,2 MW 30% PCH Boa Vista 5,0 MW 30% PCH Mangueira de Pedra 9,0 MW 30% PCH Xanxerê 6,0 MW 30% PCH Belmonte 3,6 MW 25% PCH Prata 3,0 MW 25% PCH Bandeirante 3,0 MW 25% Rio das Flores 36 A CELESC EM 2009 Repotenciação Também foram deflagrados processos para obras de ampliação e repotenciação das usinas existentes e foi verificada a possibilidade incrementar em mais 140% a potência atualmente instalada. No ano, foram concluídos os projetos básicos para ampliação das PCHs Celso Ramos, Caveiras e Salto, e estavam em processo de finalização os projetos de ampliação das PCHs Ivo Silveira, São Bento e Rio do Peixe, além do projeto de reativação da PCH Maruin, a mais antiga da Empresa. Empreendimento Capacidade Instalada Capacitada Projetada PCH Celso Ramos 5,60MW 12,80MW PCH Caveiras 3,80MW 13,80MW PCH Salto 6,30MW 40,02MW Projetos básicos concluídos No final do exercício, foram concluídos os processos de licenciamento ambiental e de reserva de uso dos recursos hídricos para as obras de ampliação da PCH Pery, cujo projeto básico foi executado no ano de 2008. Localizada em Curitibanos, a usina tem potência instalada de 4,4MW e passará a contar com capacidade de 30MW. Distribuição de Gás Natural Em 2009, a SCGÁS realizou investimentos de R$31,7 milhões. A maior parte do volume de investimentos foi aplicada na implantação de 51,4km de novas redes de distribuição de gás natural, ampliando para 821km a extensão de redes implantadas pela Companhia em Santa Catarina. Ampliação do Sistema No ano, os principais investimentos contemplaram obras em toda a área de concessão. Destaque para: »» ampliação da rede de distribuição de gás natural para o atendimento ao mercado veicular do Sul do Estado; »» continuação da construção do ramal que proverá capacidade adicional de escoamento de gás para atendimento a novos clientes na região da foz do Rio Itajaí, com aumento da confiabilidade da rede de toda a região Norte do Estado; »» continuação da construção da rede de distribuição de gás natural na ilha de Santa Catarina (município de Florianópolis), com a gaseificação de trechos e ligação de clientes do mercado urbano (comercial e residencial); »» construção de diversos ramais para atendimento a clientes em áreas já contempladas pela rede de distribuição de gás natural, nas regiões Norte e Sul de Santa Catarina, no Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis. RELATÓRIO ANUAL 37 6 | Desempenho Econômico-Financeiro O resultado do Consolidado reflete o desempenho das subsidiárias integrais, influenciado decisivamente, em 2009, pela conjuntura econômica e por efeitos regulatórios e fiscais. 38 A CELESC EM 2009 Desempenho do Grupo Índices Econômicos (R$ milhões) 2009 2008 1.729.474 1.638.252 127.283 258.444 3.660.043 3.520.893 Resultado do Serviço 190.788 428.223 EBITDA – LAJIDA 328.948 568.959 Margem de Serviço (RS/ROL) 5,21% 12,16% Margem Operacional Líquida (LL/ROL) 3,48% 7,34% Rentabilidade do Patrimônio Líquido (LL/(PL-LL) 7,77% 17,78% Patrimônio Líquido Resultado do Exercício Receita Operacional Líquida O Lucro Líquido do Grupo Celesc em 2009 foi de R$127,3 milhões, valor 50,75% Participação por empresa na Receita Operacional Bruta menor que o apurado em 2008, de R$258,4 milhões. Tal resultado se deve, basicamente, ao desempenho das subsidiárias integrais de Geração e Distribuição, preju- SCGás 10% dicado por diversos fatores conjunturais, de ordem econômica, técnica, regulatória e fiscal. Celesc Geração 1% O Lucro Líquido apurado pela Companhia de Gás de Santa Catarina – SCGÁS, em 2009, no valor de R$66,8milhões, foi 78,11% superior ao registrado em 2008, de R$37,3 milhões, e representou incremento de R$11,4 milhões no resultado da Celesc. O Lucro Líquido da Empresa Catarinense de Transmissão de Energia – ECTE, no valor de R$25,6 milhões e superior em 11,8% ao apresentado em 2008, aumen- Celesc Distribuição 89% tou o Lucro Líquido da Celesc em R$5,3 milhões em 2009. Desempenho da Celesc Distribuição S.A. Participação por empresa no Lucro Líquido O Lucro Líquido da Distribuidora em 2009 foi de R$71,5 milhões, resultado 46,16% menor do que o apurado em 2008 (R$132,8 milhões). Os principais fatores que influenciaram o resultado foram a reversão de Ativo Regulatório PIS e COFINS (R$33,5 mi- Celesc Geração 14% lhões) e da RTE Energia Livre (R$40,6 milhões), bem como, o reconhecimento do ICMS SCGás 9% ECT E Celesc 4% Holding 17% referente à subvenção dos consumidores de Baixa Renda no valor de R$17,7 milhões. Com os efeitos do crescimento de mercado e do reajuste tarifário, a Receita Operacional Bruta em 2009 cresceu R$248,8 milhões e foi 5,2% maior que a apurada em 2008. Em contrapartida, o custo operacional da aquisição de energia elétrica para atender o mercado consumidor cresceu R$225 milhões, apresentando evolução de Celesc Distribuição 56% 11,4% ao registrado em 2008. Observa-se ainda que o custo de operação e das de- RELATÓRIO ANUAL 39 mais despesas operacionais na atividade de Distribuição em 2009 apresentou elevação de R$57,6 milhões e foi 6,8% maior que o ano anterior. Esse crescimento deu-se principalmente na rubrica pessoal e administradores; reflexo da implementação do Plano de Cargos e Salários iniciado em 2007. Desempenho da Celesc Geração S.A. Em 2009, o Lucro Líquido da Celesc Geração foi de R$24,8 milhões, 44,7% menor do que o apurado em 2008, no montante de R$44,8 milhões. Os principais fatores que influenciaram o resultado foram a redução do volume e do preço de venda de energia, estruturação operacional da subsidiária do Grupo e a mudança no regime de tributação do Imposto de Renda e da Contribuição Social. A Receita Operacional Bruta foi de R$57,7 milhões, 10,99% menor que no ano anterior, devido aos efeitos da queda no Preço da Liquidação das Diferenças, praticado nos submercados. O crescimento das despesas operacionais, que passaram de R$4,0 milhões em 2008 para R$11,6 milhões em 2009, deu-se pelos efeitos da estruturação administrativa da Empresa. A Provisão do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro em 2009 foi de R$9,3 milhões contra R$3,2 milhões em 2008. O acréscimo decorre da mudança do regime de tributação, com base no Lucro Presumido, para apuração com base no Lucro Real. 40 A CELESC EM 2009 GRUPO CELESC | Resumo dos Indicadores Econômico-Financeiros, Operacionais e Socioambientais 2007 2008 2009 Indicadores Econômico-Financeiros Consolidados Receita Operacional Líquida Despesas Operacionais Resultado Operacional EBITDA Lucro Líquido Ativo Total Patrimônio Líquido Investimentos Dívida Líquida (Dívida Bruta - Disponibilidades) Dívida Bruta / EBITDA ( x ) 3.166.800 2.803.393 363.407 480.773 345.990 4.228.557 1.453.363 343.142 (324.432) 0,35 3.520.893 3.092.670 428.223 568.959 258.444 4.442.885 1.638.252 349.751 (146.354) 0,34 3.660.043 3.469.255 190.788 328.948 127.283 4.351.121 1.729.474 298.988 (195.016) 0,58 2.140.992 15.512 13.790 3.710 4.863 2.347 1.641 1.229 7,23 262,08 2.206.604 16.622 14.717 3.801 5.406 2.457 1.736 1.317 8,04 242,85 2.236.750 17.738 15.784 4.079 5.753 2.635 1.265 2.052 8,01 231,82 228.361 12.398 178.921 42.422 224.668 12.435 231.299 26.414 190.537 11.370 260.333 20.685 152.380 168.455 35.925 165.181 105.853 73.805 178.896 198.158 74.232 8,97 34,50 98.607 24,23% 7,69% 6,70 41,69 73.656 -17,88% 4,75% 3,30 35,10 36.275 0,57% 2,78% 422 39 1.536 708 725 46 1.568 769 1.645 53 1.578 821 6,22 3,47 6,15 Desempenho Operacional - Celesc Distribuição S.A. Número de Consumidores Energia Requerida (GWh) Vendas de Energia (GWh) Residencial Industrial Comercial Rural Outros Índice de Perdas (%) Tarifa Média de Venda (R$/MWh) Desempenho Operacional - Celesc Geração S.A. Venda de Energia (MWh) Industrial Comercial Suprimento CCEE Indicadores Socioambientais (R$mil) Sociais Internos Sociais Externos Investimentos em Meio Ambiente Ações e Remuneração ao Acionista Lucro Líquido por Ação (R$) Cotação de Fechamento (R$) - CLSC6 Dividendos /Juros sobre Capital Próprio Distribuídos (R$ mil) Valorização no Ano (%) - CLSC6 Retorno ao Acionista (%) - CLSC6 (*) Desempenho - SCGÁS S.A. Número de Clientes Número de municípios atendidos Vendas diárias (mil m3/dia) Extensão de redes (km) Lucro Líquido por Ação (R$) * Dividend Yield cotação fim RELATÓRIO ANUAL 41 7 | Desempenho no Mercado de Capitais e Relações com Investidores A Celesc é uma sociedade de economia mista, com capital aberto desde 1973. Em 2002, suas ações PNB foram as primeiras do País a ingressar no Nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa. 42 A CELESC EM 2009 Composição Acionária O Capital Social da Celesc atualizado, subscrito e integralizado, é de R$1,02 bilhão, representado por 38.571.591 ações nominativas, sem valor nominal, sendo 15.527.137 ações ordinárias (40,26%), com direito a voto, e 23.044.454 ações preferenciais (59,74%), também nominativas, sem direito a voto. A composição acionária está representada conforme os gráficos a seguir: Capital Votante (ordinárias) Base acionária em 31/12/2009 0,03% 6,72% Capital Total 4,05% 5,92% 50.18% Estado de Santa Catarina Caixa Previdência do Banco do Brasil (PREVI) Fundação Celesc de Seguridade Social 20,20% 19,23% Geração Futuro (fundos administrados) Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras (Cia de Capital Aberto) 33,11% 7,83% Tarpon Investimentos (fundos administrados) Capital Não Votante (preferenciais) Poland Fia Outros 14,46% 13,67% 2,74% 10,75% 27,66% 1,9% 0,6% 15,88% 11,12% 13,11% 17,98% 22,88% Perfil da Base Acionária Os investidores estrangeiros encerraram o ano de 2009 representando 21,09% do Capital Social Total da Celesc, detendo o volume de 8.135.906 ações, na grande maioria, ações preferenciais. O grupo de investidores estrangeiros (não-residentes) é composto basicamente por grandes fundos de pensão dos EUA e Canadá. RELATÓRIO ANUAL 43 Perfil dos investidores quanto à residência e à natureza jurídica Investidores Estrangeiros 21,09% Investidores Pessoa Física 4,49% Investidores Pessoa Jurídica 95,51% Investidores Nacionais 78,91% Ações em Circulação Em dezembro de 2009, as ações em circulação no mercado (free float) correspondiam a 43,28% das ações ordinárias e 99,39% das ações preferenciais, resultando em um free float total de 76,80%. Desempenho na BM&F Bovespa Somando todas as classes de ações da Celesc listadas na BM&F Bovespa, foram 71.002 negócios em 2009 (número correspondente a 0,11% do total de negócios da Bolsa) com giro financeiro da ordem de R$610 milhões (0,05% do volume financeiro total negociado no ano). O quadro a seguir resume essas informações: Nº Negócios Part. (%)² Pregões¹ ON 21 /246 32 0,000 162.300 6.943.870,00 0,001 PNA 0 /246 0 0,000 0 0,00 0,000 PNB 246 /246 70.970 0,112 17.774.100 603.366.654,00 0,052 71.002 0,112 17.936.400 610.310.524,00 0,053 TOTAL Quantidade Volume (R$) Part. (%)³ Classe (1) Nº Pregões com negociação/ Nº Total de pregões no ano. Fonte: BM&FBOVESPA (2) Participação no número total de negócios. (3) Participação no volume total negociado. Performance no Mercado Acionário Em 2009, as ações preferenciais da Celesc – PNB apresentaram valorização de 0,57% em termos nominais e de 6,98% considerando o ajuste aos proventos distribuídos no ano. O gráfico a seguir apresenta as cotações finais em 30 de dezembro de 2009 e respectivas variações percentuais das ações da Celesc nos últimos exercícios sociais: 44 A CELESC EM 2009 Variação no desempenho das Ações Celesc Desempenho Ações Celesc Variação Fechamento 30/12/2009 2005 2006 2007 2008 2009 Acumulado 60 MESES CELESC PNB R$ 35,10 29,20% 17,16% 24,23% -17,88% 0,57% 55,31% CELESC ON R$ 43,00 18,27% 43,09% 57,67% -13,51% -10,42% 106,73% Remuneração aos Acionistas Os dividendos propostos relativos ao exercício de 2009 perfazem o montante de R$36,3 milhões, sendo R$0,8874 por ação ordinária e R$0,9762 por ação preferencial. O retorno do dividendo (dividend-yield), tomando como base a cotação de fechamento do ano, foi de 2,06% para as ações ordinárias e de 2,78% para as ações preferenciais. Proventos Relativos a cada Exercício Social (em R$ milhão) 9 8,6 73,7 49,3 50,7 36,3 JCP Dividendos 2005 2006 2007 2008 6,14% 30,00% 30,00% 30,00% 25,00% 2009 25,00% 4,74% 7,69% 4,75% Retorno do Dividendo 2,78% Dividend-yeld PNB Pay-out 2005 2006 2007 2008 2009 RELATÓRIO ANUAL 45 Relações com Investidores Em observância às boas práticas de Governança Corporativa – Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa – e zelando pela qualidade no atendimento aos investidores, acionistas, analistas de mercado, imprensa especializada e demais públicos interessados (stakeholders), a Celesc mantém sua equipe de Relações com Investidores – RI pronta para fornecer todos os subsídios necessários à correta avaliação da Companhia. Nesse sentido, o site de RI da Empresa, www.celesc.com.br/ri, é um veículo importante de comunicação. Na página, é possível encontrar todos os documentos arquivados junto aos órgãos reguladores (CVM e BM&F Bovespa), bem como demais informações financeiras, releases de resultados, desempenho operacional das subsidiárias, histórico de dividendos, apresentações realizadas e agenda, fatos relevantes e comunicados ao mercado etc. de Relações com Investidores da Celesc 46 A CELESC EM 2009 BALANÇO SOCIAL 1 - BASE DE CÁLCULO - Receita Líquida (RL) - Resultado Operacional (RO) - Folha de Pagamento Bruta (FPB) 2009 2008 Valor (mil reais) Valor (mil reais) 3.660.043 241.614 452.848 2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) - Alimentação - Encargos Sociais Compulsórios - Previdência Privada - Saúde - Segurança e saúde no trabalho - Educação - Cultura - Capacitação e Desenv. Profissional - Creches ou Auxílio-creche - Participação nos Lucros ou Resultados - Outros Total - Indicadores Sociais Internos 22.109 101.018 23.845 9.770 4.272 199 0 1.159 1.111 14.670 743 178.896 3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) - Educação - Cultura - Saúde e Saneamento - Esporte - Combate à Fome e Segurança Alimentar - Outros Total das Contribuições p/ a Sociedade - Tributos (excluídos os encargos sociais) Total - Indicadores Sociais Externos 3.520.893 419.998 406.248 % sobre FPB % sobre RL 4,88 22,31 5,27 2,16 0,94 0,04 0,00 0,26 0,25 3,24 0,16 39,50 0,60 2,76 0,65 0,27 0,12 0,01 0,00 0,03 0,03 0,40 0,02 4,89 % sobre RO % sobre RL 1,46 12,26 11,99 17,07 0,02 39,21 82,01 720,64 802,65 0,10 0,81 0,79 1,13 0,00 2,59 5,41 47,57 52,99 % sobre RO % sobre RL 0,03 30,69 30,72 0,00 2,03 2,03 3.539 29.624 28.981 41.240 43 94.731 198.158 1.741.164 1.939.322 4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) - Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da Empresa - Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos Total dos Investimentos em Meio Ambiente - Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa: 84 74.148 74.232 ( ) não possui metas ( x ) cumpre de 51 a 75 % ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 % Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL 4,80 23,04 5,45 2,06 0,85 0,03 0,00 0,43 0,23 3,64 0,12 40,66 0,55 2,66 0,63 0,24 0,10 0,00 0,00 0,05 0,03 0,42 0,01 4,69 % sobre RO % sobre RL 0,61 1,28 3,15 2,52 0,08 17,56 25,20 402,69 427,89 0,07 0,15 0,38 0,30 0,01 2,09 3,01 48,04 51,04 % sobre RO % sobre RL 0,02 17,55 17,57 0,00 2,09 2,10 19.510 93.605 22.127 8.369 3.473 117 6 1.736 938 14.802 498 165.181 Valor (mil reais) 2.555 5.380 13.210 10.601 350 73.757 105.853 1.691.276 1.797.129 Valor (mil reais) 86 73.719 73.805 ( ) não possui metas (x) cumpre de 51 a 75 % ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 % 5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL - Nº de empregados(as) ao final do período - Nº de admissões durante o período - Nº de empregados(as) terceirizados - Nº de estagiários(as) - Nº de empregados(as) acima de 45 anos - Nº de mulheres que trabalham na empresa - % de cargos de chefia ocupados por mulheres - Nº de negros(as) que trabalham na empresa - % de cargos de chefia ocupados por negros(as) - Nº de pessoas com deficiência ou neces, especiais 3.916 39 2.193 178 1.123 673 19,03 130 1,16 9 6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL - Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa - Número total de acidentes de trabalho - Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: - Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: - Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: - A previdência privada contempla: - A participação nos lucros ou resultados contempla: - Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: - Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: 3.964 56 2.902 237 1.534 656 24,49 68 12,27 11 2009 Metas 2010 12,97 106 12,97 40 [ ] direção [ x ] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] direção [ x ] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados [ x ] todos+ Cipa [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados [ x ] todos + Cipa [ ] seguirá as normas da OIT [ x ] incentivará e seguirá a OIT [ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [ x ] incentiva e segue a OIT [ ] não se envolverá [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] direção [ ] direção e gerências [ x ] todos os empregados [ x ] todos os empregados [ x ] todos os empregados [ ] direção [ ] direção e gerências [ x ] todos os empregados [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] não são considerados [ ] são sugeridos [ x ] são exigidos [ ] não serão considerados [ ] serão sugeridos [ x ] serão exigidos [ ] não se envolve [ x ] apóia [ ] organiza e incentiva [ ] não se envolverá [ x ] apoiará [ ] organizará e incentivará - Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na Empresa 996.475 no Procon 0 na Justiça 733 na Empresa 0 no Procon 0 na Justiça 0 - % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa 100% no Procon - na Justiça - na Empresa 100% no Procon 100% na Justiça 100% - Valor Adicionado total a distribuir (em mil R$): - Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 76,05% governo 3,15% acionistas Em 2009: 2.909.961 13,71% colaboradores 3,96% terceiros 3,13% retido 70,73% governo 3,43% acionistas Em 2008: 3.047.452 11,68% colaboradores 8,09% terceiros 6,07% retido 7 - OUTRAS INFORMAÇÕES CNPJ: 83,878,892/0001-55 UF: SC Setor Econômico: Serviço Público de Energia Elétrica Coordenação: Viviani Bleyer Remor - Fone: (48) 3231-5520 | E-mail: vivianibr@celesc,com,br Contador: José Braulino Stähelin - Fone: (48) 3231-6030 | E-mail: jbraulinos@celesc,com,br CRC/ SC - 018,996/O-8 “ESTA EMPRESA NÃO UTILIZA MÃO-DE-OBRA INFANTIL OU TRABALHO ESCRAVO, NÃO TEM ENVOLVIMENTO COM PROSTITUIÇÃO OU EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE E NÃO ESTÁ ENVOLVIDA COM CORRUPÇÃO” “NOSSA EMPRESA VALORIZA E RESPEITA A DIVERSIDADE INTERNA E EXTERNAMENTE” RELATÓRIO ANUAL 47 8 | responsabilidade socioambiental Em nome da sustentabilidade, a Celesc consolida sua atuação responsável com o meio ambiente e a sociedade, por meio de ações em defesa da biodiversidade, do bem-estar das comunidades, da geração de emprego e renda e da inclusão social. 48 A CELESC EM 2009 Compromisso com o Futuro A Responsabilidade Social permeia as decisões empresariais de maneira estratégica e contribui, por meio de programas inclusivos e educativos, em ações desenvolvidas pelo Grupo junto aos mais diversos setores. Seus preceitos estão presentes em ações de regularização de ligações clandestinas, melhoria na prestação de serviços, conscientização para o uso racional e seguro da energia elétrica e aprimoramento da comunicação com as partes interessadas. Compromisso com o Talento e com a Competência Profissional As empresas do Grupo Celesc encerraram o ano com 3.916 empregados, incluído o corpo funcional da SCGÁS. No ano, na Holding e subsidiárias integrais, foram realizados 440 eventos de capacitação profissional. O total de homem-hora treinado foi de 95.355,70. A carga horária foi de 5.875,3 horas, para um total de 11.342 treinandos, representando a média de 25,17 hora/colaborador. Além disso, 24 colaboradores participaram de MBA em Gestão Empresarial Pública, que oferece visão estratégica do novo ambiente de gestão dos serviços públicos, 11 colaboradores participaram de cursos de pós-graduação patrocinados pela Empresa, nas áreas de Inovação da Gestão, Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria, Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas, Máster Specialise MS Management of Inovation, Gestão Estratégica de Negócios, Gestão Ambiental. Outros 195 colaboradores foram beneficiados com auxílio-estudante, concedidos para participação em cursos de nível técnico e superior. Perfil do quadro de profissionais E scolaridade Pós-Graduação 5,83% Ensino Superior 20,83% Analfabetos 0,25% G ê nero x cargos de chefia G ê nero Ensino Fundamental 17,59% Mulheres 17% Mulhere s 21% Homens 83% Ensino Médio 55,50% Homens 79% RELATÓRIO ANUAL 49 Participação nos Lucros Por meio do Programa de Participação nos Lucros e Resultados, em 2009 foram distribuídos R$15,2 milhões aos empregados. O Programa está associado ao cumprimento ou superação de metas do Contrato de Gestão de Resultados e possibilita atuar estrategicamente para melhorar o desempenho organizacional. Segurança no Trabalho A conscientização para a importância do uso correto dos equipamentos e o respeito às normas fundamentam as iniciativas desenvolvidas para garantir a segurança dos trabalhadores da Celesc. Em 2009, esse trabalho foi ampliado com participação do tema em todas as edições do house-organ da Empresa e em videoconferências. No campo da ergonomia, as ações visando melhores condições de trabalho e maior qualidade de vida tiveram prosseguimento com levantamento de necessidades e aquisição de novo mobiliário para a área administrativa. Para os empregados que atuam em área de risco, foi oferecido treinamento de reciclagem e adotada nova metodologia do trabalho em altura, com cinto paraquedista e linha de vida. As ações de segurança e saúde do trabalho na Celesc visam atender, além dos processos de trabalho da Companhia, as empresas terceirizadas No ano, ainda foram desenvolvidas e divulgadas diversas novas normativas internas: » Autorização do Empregado para Executar Serviços em Eletricidade e/ou Instalações Elétricas » Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva Elaboração dos Procedimentos Operacionais » Diretrizes Contratuais de Segurança e Saúde no Trabalho » Processo de Homologação de Métodos para Trabalho em Altura de Empresas Terceirizadas na Distribuição. SCGÁS – Em 2009, a SCGÁS deu continuidade ao processo de contratação de pessoas, visando consolidar seu quadro de pessoal. Com o objetivo de implementar políticas voltadas para a valorização dos seus empregados e para o processo de modernização organizacional, estrutural, administrativo e funcional, em dezembro de 2009 foi aprovada, pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração, a versão nº 3 do Plano de Cargos e Salários – PCS, um dos principais instrumentos de gestão de recursos humanos. Como complemento ao PCS, será desenvolvido no primeiro semestre de 2010 o projeto de revisão e implementação do Programa de Avaliação de Desempenho, com o objetivo de mensurar a capacitação do quadro de pessoal, parâmetros para promoção e carreira, maturidade profissional e aferição de competências. Com o Programa de Treinamento e Desenvolvimento, por meio da prática do Planejamento de Ações de Capacitação de Pessoal, a SCGÁS investiu cerca de oito mil horas em Treinamento e Desenvolvimento. 50 A CELESC EM 2009 Compromisso com a Sociedade As empresas do grupo Celesc desenvolvem projetos para a construção de oportunidades reais de desenvolvimento humano e social em comunidades de baixa renda, garantindo o atendimento aos direitos básicos como alimentação, moradia, saúde, educação, trabalho, renda, lazer e cultura. Principais Programas Desenvolvidos em 2009 sou Legal, Tô Ligado Associação de ações de inclusão social e de estímulo ao uso racional e seguro da energia elétrica, promovida em 96 comunidades de baixa renda de 40 municípios catarinenses. Em 2009, foi realizada pesquisa sobre hábitos de consumo doméstico em 35 mil domicílios, gerando renda para 96 líderes comunitárias pelo período de quatro meses. Por meio de atividades artísticas e lúdicas, o programa permitiu às comunidades refletir sobre temas como aquecimento global, uso indevido de recursos naturais, combate ao desperdício de energia elétrica e segurança das instalações. energia do Futuro Promove a conscientização para a necessidade da preservação ambiental e do consumo consciente, estimula o cooperativismo e a geração de renda, por meio da fabricação de aquecedor solar com recicláveis (garrafas pet e caixa tetrapak). Em março, foi assinado Convênio entre a Celesc e a Coopersolar (cooperativa criada a partir de oficinas oferecidas pela Celesc à comunidade do Morro do Mocotó, em Florianópolis), com parceria da Prefeitura Municipal e Caixa Econômica Federal – CEF, para aquisição, instalação e manutenção de 478 coletores solares no maciço do Morro da Cruz. No ano, ainda foram realizadas 15 oficinas de capacitação em comunidades beneficiadas pelo Sou Legal. Tô Ligado. programa Jovem Aprendiz O Projeto atende à Lei Federal 10.097/2000 e foi estruturado pela Empresa considerando, principalmente, a possibilidade de promover oportunidades de inclusão no mercado de trabalho para jovens em situação de vulnerabilidade social. O encaminhamento dos jovens se faz por meio de instituições/entidades de atendimento à criança e ao adolescente, Ministério Público e Programas dos Municípios. Em 2009, a Empresa ofereceu oportunidade de primeiro emprego para 93 jovens, que representaram 3,56 % do total dos empregados que demandam formação profissional e 2,45 % do total de empregados da Empresa. campanhas internas de incentivo à doação No Natal, mais de 800 crianças moradoras de regiões empobrecidas foram apadrinhadas pelos empregados, que também participaram de campanhas para arrecadação de doações para vítimas das enchentes de dezembro de 2008 em Santa Catarina e de leite para famílias empobrecidas. Atenta às mudanças nos cenários mundial e nacional no que diz respeito à melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida, a Celesc desenvolve processos para concretizar essas melhorias. Desde 2006, a Empresa honra os compromissos assumidos com o Pacto Global da ONU, o Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e o Pacto Nacional Contra a Exploração Sexual Infanto-Juvenil nas Rodovias. RELATÓRIO ANUAL 51 Estímulo ao Uso Consciente da Energia Elétrica O Programa de Eficiência Energética da Celesc Distribuição S.A., denominado proCeleficiencia, desenvolve conjunto de iniciativas voltadas para a redução do consumo de energia elétrica e da demanda de potência no horário de ponta (18h30 a 21h30) e para o uso seguro e racional da energia elétrica. O Programa beneficia as diversas classes de consumidores por meio de ações orientativas e, principalmente, pela substituição de equipamentos obsoletos (que consomem muita energia) por equipamentos mais modernos e eficientes, proporcionando redução de custos a todo o processo produtivo. Em 2009, foram investidos R$5,08 milhões no desenvolvimento de 25 projetos, que resultaram na redução do consumo de 2.038,85 MWh e de 465,49 KW na demanda de ponta. Dentre os projetos, destaque para: »» eficientização de 1.830 pontos de iluminação pública em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, em Santa Catarina, »» instalação de 1.254 aquecedores solares em residências de 11 conjuntos habitacionais da COHAB, localizados em diversas regiões da área de concessão, »» substituição de 450 refrigeradores nas residências atingidas pelas enchentes e deslizamentos ocorridos no final de 2008, nos municípios que tiveram decretada situação de calamidade em Santa Catarina, »» eficientização dos sistemas de iluminação, ar-condicionado e motriz do Hospital São José, localizado em Criciúma, »» eficientização de autoclaves (equipamentos de esterilização) do Hospital Nossa Senhora da Conceição – HNSC, no município de Tubarão, »» desenvolvida pesquisa sobre hábitos de consumo doméstico em comunidades de baixa renda, atividade integrante do projeto Sou Legal, Tô Ligado, apresentado na página 51 deste Relatório. A pesquisa forneceu os dados necessários para o encaminhamento, em 2010, das principais ações do Projeto, que visam oferecer maior segurança aos consumidores e redução do consumo de energia elétrica: »» regularização de 1.250 ligações clandestinas, »» reforma de instalações internas em 500 unidades consumidoras, »» substituição de 1.880 padrões de entrada, »» doação de 157 mil lâmpadas fluorescentes compactas, em substituição a lâmpadas incandescentes, »» instalação de 1.287 sistemas de aquecimento solar. 52 A CELESC EM 2009 Compromisso com o Meio Ambiente O conjunto dos princípios da Política Ambiental da Celesc é o eixo a partir do qual são tomadas decisões em prol da sustentabilidade empresarial, por meio da busca da interação entre a melhoria contínua da performance de seus negócios e as aspirações socioambientais da sociedade, do seu corpo funcional, bem como dos consumidores, acionistas e fornecedores. Principais Iniciativas na Área Respeito ao Mínimo Impacto Ambiental Na concepção de projetos de subestações e linhas de distribuição, os critérios para a definição da localização dos empreendimentos respeitam estudos de impacto sobre vegetação, fauna, unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, áreas indígenas, comunidades quilombolas etc. O uso de redes ecológicas é uma prática que vem ganhando espaço na distribuidora. O investimento nessa tecnologia permite a redução do impacto ambiental, seja pela diminuição da faixa de passagem dos alimentadores nas áreas rurais ou pela minimização das distâncias de segurança nas podas de árvores em áreas urbanas. Em 2009, a Celesc Distribuição S.A. alcançou a marca de 978,06km de redes ecológicas na área de sua concessão, número que vem crescendo conforme demonstra o gráfico abaixo: 978,1km 650,0km Expansão de redes ecológicas (2006-2009) 417,3km 147,4km 2006 2007 2008 2009 Neste item, outro destaque no ano foi a adoção de novo processo de produção da fatura distribuída aos clientes: além da redução de custos, alia várias vantagens para os profissionais da área de produção e para o meio ambiente: um filtro de ozônio controla a emissão de odor no ambiente, a cola do envelopamento é à base de água e a tecnologia empregada garante 50% de economia de energia elétrica. Todas as faturas rejeitadas no processo são trituradas em uma máquina especial e enviadas para reciclagem. RELATÓRIO ANUAL 53 Na área de geração, as Pequenas Centrais Hidrelétricas que integram o parque gerador atendem a todas as normas de licenciamento ambiental vigentes na legislação brasileira. O plano de repotenciação dessas usinas, por meio de ganhos de eficiência, prevê o aumento da produção sem impactar o ambiente natural nas áreas onde estão inseridas. Os investimentos previstos utilizam fontes alternativas, como biomassa, biogás e energia eólica, além de novas PCHs. A responsabilidade ambiental também está presente em projetos como a geração de energia solar para as ilhas do Guará e de Anhatomirim, em Florianópolis, em substituição a antigos geradores a diesel, e na manutenção de uma reserva junto à usina hidrelétrica de Bracinho, em Schröeder, na região de Joinville, preservando a nascente do rio que dá nome ao complexo. Recuperação de áreas degradadas O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas visa recuperar e preservar o meio natural afetado pela construção de linhas de transmissão. Por meio do Programa, os efeitos da implantação dos empreendimentos sobre o solo, recursos hídricos, flora e fauna locais são minimizados ou neutralizados. No caso de subestações, são executadas ações para reintegração paisagística. 54 A CELESC EM 2009 Tratamento e destinação de resíduos A destinação dos resíduos resultantes de atividades administrativas e operacionais é realizada de acordo com a classificação desses resíduos. Óleos isolantes, lâmpadas especiais, baterias, bauxita residual da filtragem de óleos isolantes, entre outros, são encaminhados para tratamento/destinação por empresas especializadas. Demonstração do Valor Adicionado – DVA O montante do Valor Adicionado mostra a importância da Celesc para a sociedade em geral, com a distribuição de R$2,9 bilhões em 2009. A SCGÁS apresentou DVA de R$ 232,13 milhões em 2009. Os Valores Adicionados proporcionados pelas empresas para os vários segmentos estão apresentados nos gráficos abaixo: Celesc Remuneração de Capitais Próprios 6,28% SCGÁS Remuneração de Capitais de Terceiros 3,96% Remuneração de Capitais Próprios 28,8% Pessoal 13,71% Impostos, Taxas e Contribuições 76,05% Remuneração de Capitais de Terceiros 5,35% Pessoal 4,15% Impostos, Taxas e Contribuições 61,70% RELATÓRIO ANUAL 55 9 | premiações Em 2009, a Celesc é mais uma vez reconhecida como uma das melhores empresas do setor elétrico nacional e suas ações ganham destaque nos campos técnico, social e financeiro. 56 A CELESC EM 2009 Celesc Distribuição S.A. é a melhor do Sul no IASC 2009 Com índice de 75,98, a Celesc Distribuição S.A. conquistou o primeiro lugar do Prêmio Índice Aneel de Satisfação do Cliente – IASC, edição 2009, entre as cinco concessionárias que atendem mais de 400 mil unidades consumidoras na região Sul do País. O índice de satisfação pelos serviços prestados pela Empresa foi de 75,98 contra a média regional de 71,27. Celesc Distribuição S.A. é a terceira melhor na Pesquisa Abradee A subsidiária conquistou o terceiro melhor resultado da 11ª Pesquisa Anual da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), realizada com consumidores residenciais de energia elétrica em todo o Brasil. Prêmio de Reputação Corporativa A Celesc foi um dos destaques da 2ª edição do Prêmio Reputação Corporativa, organizado pela revista Amanhã nos Estados do Sul. O prêmio é resultado de pesquisa com consumidores que lista as marcas de maior prestígio por Estado. Estreando no ranking, a Celesc obteve a sétima posição. A Empresa também aparece entre as dez primeiras em quatro atributos avaliados: admiração e confiança (6ª.), responsabilidade social e ambiental (7ª.), histórico e evolução (7ª.) e inovação (8ª.). Celesc Entre as Melhores Ações da Bolsa na Crise Um estudo realizado pela revista Amanhã, com o suporte técnico da Economática, destacou que as ações do Sul do País foram as que assimilaram melhor o impacto da crise, com queda bem abaixo da média; no caso da Celesc, a oscilação ficou em -16,48%, colocando-a em quarto lugar no ranking das ações sulistas mais negociadas e com menor perda. No ranking geral da Bovespa, que consolida os 30 melhores desempenhos, a Celesc ocupou a 20ª. posição. RELATÓRIO ANUAL 57 Aquecedor com Reutilizáveis é Destaque em Mostra Internacional A tecnologia do aquecedor solar produzido com materiais reutilizáveis pelo projeto Energia do Futuro foi selecionada para integrar a Mostra de Tecnologias Sustentáveis, realizada durante a Conferência Internacional de Empresas e Responsabilidade Social do Instituto Ethos, entre 16 e 18 de junho de 2009. Apenas 40 tecnologias foram selecionadas para participar da Mostra. Sou Legal, Tô Ligado recebe prêmio Empresa Cidadã O projeto Sou Legal, Tô Ligado recebeu o prêmio Empresa Cidadã 2009, concedido pela Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC) às empresas catarinenses com projetos de destaque na área de responsabilidade social. Celesc Entre as Melhores em Práticas de Transparência O ranking da consultoria de administração e gestão Management & Excellence, em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, avaliou as melhores companhias de capital aberto do País e constatou que as empresas do setor elétrico estão entre as melhores em práticas de transparência e sustentabilidade. O ranking classificou as 52 empresas de maior liquidez e volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo, baseado em 117 critérios, distribuídos entre as áreas de responsabilidade social corporativa, sustentabilidade e governança corporativa. A Celesc ficou na 28ª posição. O objetivo central do estudo era conhecer o grau de divulgação de dados relacionados à transparência em websites, relatórios anuais e outros documentos elaborados pelas companhias. Selo APIMEC/SP A Celesc realiza periodicamente, reuniões e apresentações destinadas à comunidade financeira e do mercado de capitais brasileiro e internacional. Em 2009, a empresa recebeu o selo assiduidade APIMEC/SP – Categoria Ouro – por promover pelo oitavo ano consecutivo, sua apresentação pública. 58 A CELESC EM 2009 Prêmio Mundo Cerâmico A revista Mundo Cerâmico, voltada ao segmento no Brasil, premiou os fornecedores que mais se destacaram no último ano em serviços, pontualidade e qualidade. A pesquisa ouviu indústrias cerâmicas do Brasil, cujo polo em SC situa-se no Sul do Estado. As empresas consultadas elegeram, por meio de menção espontânea, a Celesc Distribuição S.A. como a melhor fornecedora no setor de energia. Destaque entre as 500 maiores da América Latina O ranking da revista América Economia, que divulga anualmente as 500 maiores empresas da América Latina, trouxe a Celesc na 282ª posição. Os dados são relativos a 2008 e refletem o desempenho de diversos setores econômicos latino-americanos. A publicação ainda detalha as maiores por setor, as maiores estatais e empresas privadas, além de realizar uma ampla análise dos principais segmentos da economia. Anuário Valor 1000 e 200 Maiores Grupos Entre 250 colocados, o Grupo Celesc aparece na 80ª posição do ranking das maiores holdings do País do anuário Valor 1000. Na mesma publicação, a Celesc Distribuição ocupa a nona posição entre as 50 maiores empresas da região Sul e 87ª entre as 1000 maiores empresas do País. No ranking dos 200 Maiores Grupos, no setor “Serviços”, a Celesc é o 72º maior grupo empresarial brasileiro. Revista Amanhã – Grandes Líderes O anuário 500 Maiores do Sul, da revista Amanhã, apontou a Celesc e suas controladas como a 6ª maior na classificação das 100 maiores empresas de Santa Catarina e a terceira maior do setor “Energia”. O ranking da revista Amanhã mede o desempenho de 31 setores econômicos do Sul. Software de Telecomunicações Premiado na APEx A Celesc Distribuição S.A. conquistou o segundo lugar do Prêmio APEx, que destaca as melhores empresas do País no uso de tecnologia na área de telecomunicações, graças ao ineditismo de seu software de gerenciamento do uso da infraestrutura da Empresa. RELATÓRIO ANUAL 59 10 | 2010 Atenta ao dinamismo do cenário econômico, a Celesc manterá esforços na busca do aperfeiçoamento da gestão e da eficientização operacional, visando à sustentabilidade empresarial. 60 A CELESC EM 2009 Perspectivas Apesar dos riscos dos efeitos da crise financeira global, o cenário para a economia brasileira se mostra favorável para 2010. A política fiscal e monetária mais o aumento do consumo apontam para a retomada dos investimentos no País. A conjuntura favorece o crescimento sustentado, mas os especialistas alertam para a necessidade de se manter prudência diante da recuperação econômica de muitos outros países que ainda se dá a passos lentos, bem como, para o fato de que os ajustes não sairão somente da área econômica, mas também do processo político. A economia brasileira está retomando os melhores níveis de evolução do Produto Interno Bruto – PIB, ocorridos antes da crise e, no entanto, se desconhece a real capacidade de crescimento, sem a ameaça da volta da inflação. O posicionamento dos analistas é de que esse contexto, em torno do crescimento potencial da economia, deixa algumas incertezas em aberto nesse início de ano, podendo-se sugerir que o Brasil suporte um crescimento entre 5% e 6% sem sair da meta de inflação oficial, de 4,5% em 2010. Perspectivas favoráveis também se configuram para o setor elétrico. O nível atual dos reservatórios garante o suprimento energético, a capacidade de geração tem sido ampliada, assim como expandiu-se o crédito para novos investimentos nessa área. O que se espera é que esse cenário possa contribuir para a redução das tarifas cobradas dos consumidores. Para se adequar às novas regras de governança corporativa e buscar a eficiência operacional, a Celesc, no ano de 2009, consolidou a estruturação organizacional e administrativa do Grupo, que estabeleceu um direcionamento estratégico para o biênio 2010-2011, que prevê o aperfeiçoamento da gestão, o fortalecimento da marca e a busca pela sustentabilidade empresarial. A Holding investiu, em 2009, R$3,4 milhões no aumento da participação societária na Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A. – ECTE e prevê investir em 2010, mais R$20,6 milhões. A Celesc Distribuição S.A., por sua vez, está inserida em um segmento de mercado regulado e de alta visibilidade. A Empresa está focada permanentemente na eficiência técnica, operacional e econômico-financeira para conquistar as metas estabelecidas na regulação setorial, particularmente nos parâmetros da Empresa de Referência estabelecida pela Aneel, buscando excelência na gestão dos seus negócios e reconhecimento por resultados. A distribuidora prevê o incremento da rentabilidade e também o aperfeiçoamento da gestão da cobrança. O cumprimento dos padrões regulatórios é o alicerce para a execução dos demais projetos, vislumbrando ações na ade- O direcionamento estratégico para o biênio 2010 – 2011 prevê o aperfeiçoamento da gestão, o fortalecimento da marca e a busca pela sustentabilidade empresarial RELATÓRIO ANUAL 61 quação do sistema elétrico e na satisfação dos consumidores. Na gestão de pessoal, são objetivos da Empresa a excelência em segurança no trabalho e a adequação dos recursos humanos à Empresa de Referência, em paralelo à qualificação e motivação dos seus empregados. No campo social e meio ambiente, tem foco no atendimento da conformidade ambiental e no aperfeiçoamento das práticas. Projetos também serão efetivados no campo da tecnologia e processos, com vistas à eficientização da gestão técnica, à otimização da gestão comercial e corporativa e ao incremento da gestão financeira, viabilizando melhorias tecnológicas e a concentração dos investimentos programáveis nos próximos anos que antecedem a Revisão Tarifária junto à Aneel. Para o ano de 2010 projetam-se investimentos da ordem de R$381 milhões, concentrando-se 85% destes na ampliação, operação e manutenção do sistema elétrico. A Celesc Geração S.A. tem como direcionamento estratégico, para o período 2010-2012, plano de expansão para aumentar a capacidade instalada para 200MW, com investimentos já aprovados de R$90,8 milhões; implantação do projeto de Pery II, ampliando a capacidade instalada da usina de 4,4MW para 30MW. No campo da tecnologia e processos, seus planos preveem investimentos em fontes renováveis e em Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs; a estruturação de processos e sistemas; o incremento da carteira de clientes e a efetivação de novas Parcerias Público Privadas – PPPs. Com vistas a essas realizações, os investimentos projetados para o ano vislumbram R$60 milhões. A SCGÁS, que tem como negócio soluções energéticas por meio da distribuição e utilização do gás natural, objetiva, no campo pessoas e aprendizado, ser referência em gestão de pessoas. No campo dos processos internos, visa à excelência na gestão, ao desenvolvimento do marketing institucional, do produto e de soluções com foco no cliente, além de aprimorar a gestão de investimentos. No campo mercado e clientes, pretende garantir o suprimento de gás natural, expandir e diversificar sua participação no mercado e agregar valor para o cliente. No campo financeiro, busca maximizar o valor da Empresa e assegurar a capacidade para realizar investimentos. Diante desses desafios, pretende investir R$47 milhões em 2010. Diretoria de Relações Institucionais e com Investidores Assessoria de Comunicação Social Av. Itamarati, 160 - 88034-900 Florianópolis - SC www.celesc.com.br Governo do Estado SANTA CATARINA www.celesc.com.br