JB NEWS
Informativo Nr. 623
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
(Associação Brasileira da Imprensa Maçônica)
Editor: IrJeronimo Borges
Florianópolis(SC), 12 de maio de 2012
Índice deste sábado (20 páginas em PDF):
1.
2.
3.
4.
5.
Almanaque
Opinião – O Analfabeto – (Mário Gentil Costa)
O Pentagrama – Partes II e III (Ir. Aquilino R. Leal)
O Maçom, esse desconhecido (Ir. Hercule Spoladore)
Destaques JB
Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Caso não queira receber mais este informativo, se estiver recebendo em duplicidade
ou se preferir que seja enviado para outro endereçamento eletrônico, por favor,
comunique-nos. Obrigado.
Livros indicados
Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom
I Tomo
Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Pedro Juk
Editora – A Trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição.
www.atrolha.com.br
Sinopse.
OBJETIVO – INTRODUÇÃO A INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA MAÇÔNICA.
CONTEÚDO – RESUMO HISTÓRICO DAS ORIGENS DA MAÇONARIA – OPERATIVA,
ESPECULATIVA E MODERNA.
APRECIAÇÃO – SISTEMA LATINO E INGLÊS – RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO E
TRABALHO DE EMULAÇÃO.
TEMA CENTRAL – ORIGENS HISTÓRICAS DO PAINEL DA LOJA DE APRENDIZ E DA
TÁBUA DE DELINEAR.
ENFOQUE – EXEGESE DO CONTEÚDO DOS PAINÉIS (RITUALÍSTICA E LITURGIA,
HISTÓRIA, ÉTICA E FILOSOFIA).
EXTENSO ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO.
Hoje, 12 de maio de 2012,
é o 133º.dia do calendário gregoriano.
Faltam 233 para acabar o ano.
Para se aprofundar na leitura clique nas palavras sublinhadas.
Eventos Históricos

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254 - Eleito o Papa Estêvão I, 23º papa.
1191 - Ricardo I da Inglaterra casa-se com Berengária de Navarra.
1386 - É assinado o Tratado de Windsor entre Portugal e a Inglaterra.
1551 - Em Lima é fundada a 1ª universidade da América, a Univerdidad Nacional Mayor de San
Marcos.
 1769 - Alvará régio português que combate a consolidação dos prazos das igrejas (legislação sobre a
enfiteuse).
 1888 - Câmara Federal do Brasil aprova a Lei Áurea (abolição dos escravos), com 9 votos contrários.
 1925 - Paul von Hindenburg substitui Friedrich Ebert na presidência da Alemanha.
 1943 - II Guerra Mundial: Rendição do Afrika Korps na Tunísia.
 1959 - Emancipação política do município de Três Coroas (Rio Grande do Sul, Brasil).
 1982 - João Paulo II escapa de atentado em Portugal.
 1991 - Inauguração da Record Minas, emissora afiliada da Rede Record em Minas Gerais.
 1998 - A trinitária Wendy Fitzwilliam é eleita Miss Universo 1998, realizado nos Estados Unidos,
sendo a segunda mulher de Trinidad & Tobago a conquistar o título.
 2000 - A indiana Lara Dutta é eleita Miss Universo 2000, o concurso foi realizado no Chipre. Lara
torna-se a 2ª de seu país a conquistar a coroa.
 2006 - São Paulo: Início da onda de violência, organizada pelo PCC (ver Guerra urbana em São
Paulo).
 2008 - Terremoto na China com epicentro na província de Sichuan resulta na morte de 70.000
pessoas na China.
Esportivos
 1940 - Automobilismo: inauguração do Autódromo de Interlagos na cidade de São Paulo (Brasil).
 2002
o Automobilismo: o brasileiro Rubens Barrichello é obrigado, pela Ferrari, a ceder o 1º lugar do
GP de Fórmula 1 da Áustria para Michael Schumacher.
o Futebol: O Ituano conquista o Campeonato Paulista.
Religiosos
 1730 - Santa Rita de Cássia protege a cidade de Cássia, na Itália, de um terramoto que devastou
várias cidades das suas redondezas.
Feriados e Eventos cíclicos
Brasil


Dia do Enfermeiro, em homenagem a Florence Nightingale- Evento profissional
Dia do Engenheiro Militar - Evento profissional
Índia

Índia: Festival de Shashti, Deus das florestas - Diz-se que o Deus indiano protege as floresta contra
os saqueadores e caçadores - Mitologia indiana
Internacional
 Dia Internacional da Enfermagem, em homenagem ao dia de nascimento de Florence Nightingale,
considerada a fundadora da enfermagem moderna - Criado por ato da Assembléia geral das Nações
Unidas.
Portugal
 Feriado Municipal de Aveiro (Portugal).
Santos do Dia
 Dia de Santo Aquiles
 Dia de Stevan Felipe
fatos maçônicos do dia
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1725
1730
1837
1855
1875
1977
É encontrada a primeira referência ao Grau de Mestre Maçom, na Ata deste dia da
Philo-Musicae ET Architectura Societas, associação de músicos e arquitetos de
Londres.
Iniciado o filósofo Ir Charles Montesquieu na Loja Hom, em Westminster
1837: Falece Evaristo da Veiga, autor da letra do Hino da Independência (música de D.
Pedro I). Seu jornal Aurora Fluminense era a própria voz da consciência nacional à época.
Nasce IrHermes Rodrigues da Fonseca, 33º, sexto presidente da República, em São
Gabriel, RS.
Fundada a GL de Manitoba, Canadá.
Fundação da Loja Fraternidade Timboense nr. 19 (GLSC)
O autor, Mário Gentil Costa,
é médico em Florianópolis
Contato: [email protected]
"O ANALFABETO"
O que segue é fato verídico, que me foi contado pelo próprio magistrado. Só dei forma literária ao conteúdo.
- Mario MaGenCo
Recém-empossado na pequena comarca de primeira entrância, estava eu no gabinete de trabalho, às
voltas com processos acumulados cujo despacho requeria um esforço suplementar. Meu antecessor,
sobrecarregado, deixara, talvez de propósito, os casos mais cabeludos para o jovem substituto, que
normalmente chegava com melhor disposição para o trabalho. É a eterna história da vassoura-nova...
Juiz de interior é pau-pra-toda-obra. Ficam a seu cargo todas as questões jurídicas, seja na área criminal – a
mais espinhosa e delicada – seja na cível, trabalhista ou eleitoral. E era tempo de campanha para a prefeitura.
Os candidatos, que eram dois, estavam a pleno vapor, na luta mais encarniçada.
Naquele tempo, ainda não havia televisão, e a cidadezinha, quase uma vila cuja população era pouco
informada, nem tinha estação de rádio. Assim sendo, a disputa se dava à base do tapinha nas costas à porta
do botequim na praça da Matriz. Quando não era à custa de cabalas, chantagens, querelas e berros.
O Padre, sempre isento e puro de intenções, só pensava no bem-estar do seu rebanho de ovelhas e,
diante das circunstâncias, pendia para o candidato que melhor atenderia aos sacrossantos interesses da
paróquia. E este, na ânsia de eleger-se, já lhe prometera o tão sonhado sino de bronze que seria ouvido a
léguas, mas que custaria uma fortuna. Entusiasmado com a perspectiva, o reverendo fugia à pregação
religiosa usando o púlpito para fazer, em vez dos sermões pastorais de praxe, a mais descarada propaganda
do pretenso benfeitor.
Era o tempo dos manda-chuvas, que exerciam seu poder político à custa de bravatas e subornos nem
sempre sutis. E ai de quem ousasse revelar preferências que desafiassem seu comando autoritário. Quem
fosse do outro lado, era inimigo declarado. E como só havia dois partidos com chances de vitória, o voto era
dirigido a cabresto e nada tinha de secreto.
Naquela manhã, alheio a tudo isso, eu me dedicava ao estudo de um antigo processo de disputa de
terras que interessava justamente aos dois candidatos, cujas famílias viviam às turras. Meu antecessor,
assediado por um deles, prometera agilizar o despacho com a máxima urgência. Mas, para sua felicidade,
fora removido em tempo hábil, e a penosa tarefa me fora transferida com a recomendação de-pé-de-ouvido,
vazada nos seguintes termos:
- Olhe, quando tiver um tempinho, não deixe de dar esta sentença. É um processo simples; basta uma
olhadinha sumária nos autos. Já está tudo esclarecido. É que não me sobrou tempo.
O padre, por seu turno, já viera com uma conversa melíflua e untuosa que não me agradara
nem um pouco, pois o réu era justamente o seu candidato, o homem do sino de bronze, que, além de
tudo, era a parte mais comprometida. Esta batata quente me queimava as mãos, quando entra na sala
um dos meus auxiliares, exclamando:
- Meritíssimo, estourou a bomba!
- Que bomba?
- O homem é analfabeto!
- Que homem? Explique-se!
- O candidato do padre. O réu do processo.
- Como você sabe?
- Ouvi agora, na barbearia.
- Mas quem foi que disse?
- O outro, o adversário!
- Então, deve estar mentindo para prejudicá-lo.
- Até pode ser. Só queria que o senhor soubesse.
- Bem, de qualquer maneira, temos de tirar isso a limpo.
- Mas como?
- Trazendo-o aqui, claro!
- E com que desculpa, meritíssimo?
Parei para pensar. Teria de dispor de um motivo. De repente, me ocorreu a solução. Imaginei um
pequeno texto que seria apresentado aos dois canditatos, com a justificativa de que, antes das eleições,
ambos teriam de ler, perante a justiça, uma espécie de juramento prévio. E não perdi tempo. Redigi o
documento, que mandei datilografar pelo escrivão. Dizia mais ou menos o seguinte:
“Prometo que, uma vez eleito para a prefeitura desta comunidade, empregarei o melhor dos meus
esforços para bem representar a confiança dos eleitores, defendendo, com todas as minhas forças e
competências, os interesses do povo e de cada cidadão que estiver do lado da lei, independente de suas
preferências político-partidárias”.
E mandei chamá-los. Primeiro, o acusador; depois, o acusado. Aquele veio e leu a promessa com razoável
desembaraço. Este, entretanto, chegou, sentou-se e, quando tomou conhecimento da razão do chamado,
começou a suar. Suas mãos tremiam ao segurar o papel. E tentou sair pela tangente:
- O caso, seu juiz, é que eu não enxergo muito bem. E não trouxe “o meu” óculos.
- Então, vá buscá-los, meu caro. Eu espero. Estou aqui o dia todo.
Ele saiu e não retornou. Mandou, em seu lugar, um preposto com a justificativa de que seus óculos,
infelizmente, estavam quebrados e que teria de consultar um oculista. Mas, para isso, via-se obrigado a
viajar ao município vizinho, onde atuava o único especialista da região. Dei-lhe, então, o prazo de três
dias para que cumprisse este propósito. De novo, veio com a evasiva de que ‘o médico havia viajado para
um congresso e só retornaria no fim do mês’, quando as eleições já teriam ocorrido. Acudiu-me, então, o
expediente infalível: chamei um letrista e encomendei-lhe a transcrição dos dizeres para uma faixa de
pano a ser estendida na parede de madeira do fundo do meu gabinete, que era bem ampla. As palavras
ficaram com mais de dez centímetros de altura; não haveria quem não as lesse, a menos que fosse cego.
Ora, cego ele não era, pois dirigia sua caminhonete rural com plena desenvoltura. E mandei trazê-lo.
Quando entrou e deu com aquele imenso despropósito branco, afixado por prendedores, levou um susto.
E ficou pálido quando me ouviu dizer:
- Pronto! Está resolvido o seu problema. Em atenção à sua ‘visível’ dificuldade de ler sem óculos, e
porque não podemos esperar que seu médico volte do congresso, achei a solução. Mandei pintar o
juramento em letras bem grandes. Agora, tenho certeza de que vai poder lê-las.
E de pé, braço esticado em eloqüente postura magistral, apontei o cartaz. Ele desabou na cadeira,
puxou um lenço enorme, enxugou o suor que já lhe porejava a testa e, cabeça baixa, confessou
pateticamente, quase chorando:
- Seu Juiz, eu não sei ler.
- Neste caso, como responsável, não me resta alternativa: sou obrigado a impugnar sua candidatura.
A lei não permite que analfabetos sejam eleitos para cargos públicos. Compreendeu?
- E o que é que vai ser de mim? – foi sua reação incontida.
- Meu caro, eu não posso fazer nada. É meu dever. Sinto muito. Aliás, o senhor já devia saber disso.
Ele foi saindo, derrotado. Sem dizer nada. Não deixou, entretanto, de me dirigir um olhar agudo e
penetrante, que bem traduzia seus humores contidos.
O adversário foi eleito quase por unanimidade. A conselho da minha assessoria, embora contra a
vontade, passei a me fazer acompanhar de um guarda-costas, designado pelo delegado de polícia. O
padre, que perdeu o sino de bronze, não me dirigiu mais a palavra. O tempo, contudo, foi se encarregando
de repor as coisas no devido lugar. E enquanto durou minha permanência na comarca, não vi mais o
iletrado, que, por assim dizer, sumiu de circulação.
Os anos passaram. Já havia me esquecido inteiramente do triste episódio. Estava no fim do meu
período numa comarca de quarta entrância, quando compareci, como autoridade convidada, a um evento
no clube social mais freqüentado da cidade. Conversava distraidamente com um advogado, quando, do
outro lado do salão, vi meu antigo desafeto, que partia a passos firmes em minha direção. Meu primeiro
impulso foi o de fugir. Seria medo? Até hoje não sei. O sentimento que me dominava era de perplexidade.
Estaria vendo sinais de ânimo agressivo em sua expressão carregada? Pensei, até, no conceito jurídico da
legítima defesa putativa para justificar qualquer atitude que viesse a tomar. Só sei que nunca senti tanta
vontade de desaparecer. Mas não havia jeito, e me pus em estado de alerta máximo. Qual não foi a
surpresa e, confesso, o alívio, quando o dito-cujo chegou e me estendeu a mão para um cumprimento
cordial:
- Olá, doutor? Lembra-se de mim?
- Claro! Como vai o senhor?
Um tanto afobado, tratei de fazer as apresentações. Mãos devidamente apertadas e trocados os
monossílabos protocolares de parte a parte, ele, virando-se para mim, irrompeu com a inesperada
declaração:
- O meritíssimo não sabe o quanto lhe devo...
- Por favor, o senhor não me deve nada. Acho até que, mesmo na forma da lei, eu o prejudiquei.
- Pelo contrário! Só me ajudou...
- Não entendo...
- Não notou como eu saí envergonhado do seu gabinete?
- Então era vergonha aquilo que o senhor sentia?
O colega, ao lado, não estava entendendo patavina do estranho diálogo. E meu ex-desafeto
continuou:
- Pois era vergonha, sim. E das grandes. Tanta vergonha, que, na mesma hora, saí dali com a
decisão tomada. Fui pra casa, chamei minha filha, que era professora do grupo escolar e lhe disse:
- Tu vais me ensinar a ler e a escrever.
Ela, que já se oferecera diversas vezes, quase caiu da cadeira. Em pouco tempo, eu estava lendo,
escrevendo e fazendo as quatro operações. E tem mais: abandonei a política, que é uma coisa nojenta;
tratei de aplicar meus conhecimentos em negócios. Sempre tive jeito pra isso. Hoje sou um homem rico e
estudado. Comprei, a preço de banana, uma pedreira que ninguém queria. Fundei uma empresa e forneço
paralelepípedos para todas as prefeituras da região. Tenho até uma frota de caminhões e não sei quantos
empregados.
Minha estupefação era completa, absoluta. Só não sabia como traduzi-la em palavras, quando ele
arrematou:
- E para provar minha gratidão, quero que saiba, doutor, que batizei meu neto com o seu nome. Só
não o convidei para padrinho porque, quando ele nasceu, o senhor não estava mais lá...
Mario Gentil Costa
Ir. Aquilino R. Leal,O M I Aquilino R. Leal
é colaborador permanente da Folha Maçônica.
O PENTAGRAMA: BREVE ESTUDO (II/III)1
O pentalpha, que significava para os gregos Vida e Saúde, pode ser comparado à Cruz Alada dos egípcios (Ankh), cujo significado principal também é
Vida e Saúde. As proporções comuns do Ankh inscrevem-se curiosamente no pentagrama que, por sua vez, se
inscreve no pentágono – figura 7. Nessa figura observamos a cruz de Santo Antão ou Cruz Egípcia invertida,
Aquilino R. Leal
também chamada Cruz de Tau (da letra grega ‘tau’ – figura 8 - este símbolo se encontra no avental dos
MMII, incluindo-se o malhete).
Convém salientar que a partir da Cruz Tau se origina o antiqüíssimo símbolo egípcio da vida Ankh como foi dito,
sendo também a ‘Crux Ansata’ ou ‘Cruz de Tau com arco’ conhecida ainda como a
Chave do Nilo (figura 9) utilizada pela ordem Rosacruz.
É extremamente simples desenhar o pentagrama com um único risco, ou traço,
iniciando pelo ápice – figura 10. O primeiro traço trata-se da queda do espírito na
Figura 7
matéria, queda que acontece pela esquerda, queda rápida, quase vertical. De 2
sobe-se até 3, mais lentamente, o que equivale a dizer que o espírito organiza a
Figura 8
matéria encontrando numerosas dificuldades. De 3 a 4 estabelece-se um estado
Aquilino R. Leal
de equilíbrio transitório; mas esse estado tende para a esquerda, portanto, para
uma instabilidade crescente. Em um esforço para a direita, passa-se de 4 a 5; é
uma nova queda, mais lenta que a primeira, na qual o homem pode dar toda a
sua dimensão. Enfim, de 5 a 6, retorna-se à Unidade, tendo assim realizado o
ciclo completo de uma dupla involução e de uma dupla evolução; portanto, o
pentagrama é um símbolo ‘dinâmico’ enquanto que o selo de Salomão, ou
Figura 9
hexagrama, é ‘estático’.
Figura 10
Devemos notar que, sob o seu aspecto de ‘signo de ação’, o pentagrama foi
escolhido como símbolo pela extinta União Soviética, que lhe deu a cor vermelha enquanto a ordem militar
soviética (Ordem da Bandeira Vermelha) tem como símbolo um pentagrama invertido (duas pontas para cima – figura 3 da publicação da edição
passada). Os U.S.A. também escolheram o pentagrama como símbolo dando-lhe, porém a cor branca; o PT (partido dos trabalhadores) também o adotou,
ainda que ligeiramente estilizado etc.
É curioso observar que ao projetar o perfil do pentagrama, inscrito em um pentágono, na terceira dimensão, já que ele é meramente bidimensional, revela
um ataúde conforme ilustra a figura 11.
Aquilino R. Leal
O ‘caixão pentagonal’ indica que a morte é indispensável à vida e que toda morte contém em si uma
promessa de vida. De fato, unindo-se entre si as cinco pontas
do símbolo, um segundo ataúde se revela, e depois um
Aquilino R. Leal
terceiro se prolongarmos as suas pontas até o centro, e assim
sucessivamente e indefinidamente (figura 12), de modo que
temos de passar por inúmeras mortes simbólicas para que
1
Parte de um trabalho apresentado na Sessão de 14/11/1995 na Loja Septem Frateris no 95, Rio de Janeiro, da qual somos um de s eus sete fundadores. Originalmente publicado na edição 207 (29 de agosto de 2009) do semanário FOLHA
MAÇÔNICA - disponível para ‘baixar’ em http://www.4shared.com/account/dir/y2qPRyGk/_online.html ou http://SITIO-FOLHA-MACONICA.4shared.com/ ou http://www.4shared.com/account/dir/y2qPRyGk/_online.html; pasta FOLHAS MAÇÔNICAS.
Figura 11
Figura 12
R. Leal
possamos passar de um plano a outro plano, adquirindo conhecimentos e aproximando-nos, cada vez mais do Criador, ou seja, da letra ‘G’ a qual, como
sabemos, está colocada no centro da Estrela Flamejante - um enigma maçônico no qual paira um mistério que tem provocado um sem fim de
interpretações e comentários.
Os Oficiais de uma Loja podem ser distribuídos pelas pontas de um Pentagrama ou Estrela Flamejante tal qual ilustra a figura 13. Em distribuição
semelhante também podemos distribuir os Oficiais nos ‘braços’ de uma estrela de seis pontas, os Cobridores se situarão na ponta ‘inferior’, estando os
demais em posições semelhantes à distribuição pelo pentagrama2.
(conclui no próximo número)
Aquilino R. Leal
Bibliografia
1. O livro dos símbolos - Rudolf Koch - Editora Renes
2. A simbólica maçônica - Jules Boucher - Editora Pensamento
3. Dicionário de maçonaria - Joaquim Gervásio de Figueiredo - Editora Pensamento
Figura 13
4. Ritual do Companheiro Maçom - GLERJ - 1977
5. Ritual do Aprendiz Maçom - GLEda Guanabara - 1964
6. Signos Estelares - Linda Goodman - Editora Record
7. Geometria plana (apostila do curso Vetor) - Prof. Célio Pinto de Almeida
8. O universo dos números - Biblioteca Rosacruz (Pitágoras, Platão, Hermes Trismegistus, Fílon, Plotino, Gershom Scholem, Jacob Boehme, Francis
Bacon, Robert Fludd, John Heydon, Thomas Vaughan, Leibnitz)
9. Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira - Editora Nova Fronteira
10. Templo Maçônico e seu simbolismo - Boanerges Barbosa Castro - Editora Aurora
11. Maçonaria (Ritos, Graus e Palavras Conexas) - Sebastião Bodel dos Santos - Editora Aurora
12. Cabala (A tradição Esotérica do Ocidente) - Francisco Valdomiro Lorenz - Editora Pensamento
13. A Vida Oculta na Maçonaria - C.W. Leadbeater 33o - Editora Pensamento
“É necessário que nos falem numa linguagem bem simples para que possamos entender.” (Antoine de Saint-Exupéry)
O PENTAGRAMA: BREVE ESTUDO (III/III)3
O pentagrama, ou estrela de cinco pontas, apresenta triângulos isósceles4 iguais em suas cinco pontas, o ângulo do ápice de cada um desses triângulos
mede 36o. De fato, o pentagrama é um polígono regular estrelado podendo ser inscrito em uma
circunferência (figura 14), de forma que cada um desses ângulos, por serem inscritos, tem a metade da
medida do arco limitado pelos lados iguais, ou seja, a metade da quinta parte de 360 o, o que fornece o
valor de 36o; mas, cada ângulo da base, segundo o teorema angular de Thales,5 vale 72o – figura 15.
Finalmente, o ângulo externo relativo à base desse triângulo mede 108 o (180º - 72o).
Aquilino R. Leal
A figura 16 mostra isso claramente, em especial para o ângulo externo do vértice I do triângulo BJI –
lado esquerdo. Uma análise um pouco mais apurada desse desenho permite dizer que o triângulo IAB é
isósceles (de base AB), conseqüentemente os seus ângulos iguais medem
36o (lei angular de Thales); por outro lado, cada ângulo interno do
pentágono regular mede6 108o e cada ângulo do vértice, está sendo dividido
Figura 14
em três ângulos iguais (basta observar que, por exemplo, para o ângulo B,
2 Ainda que esta distribuição tenha sido extraída da ref.2 (pág. 123), acreditamos que a posição do Orad e do Secr estejam trocadas.
3
Parte de um trabalho apresentado na Sessão de 14/11/1995 na Loja Septem Frateris no 95, Rio de Janeiro, da qual somos um de seus sete fundadores. Originalmente publicado na edição 208 (5 de setembro de 2009) do semanário FOLHA
MAÇÔNICA - disponível para ‘baixar’ em http://www.4shared.com/account/dir/y2qPRyGk/_online.html ou http://SITIO-FOLHA-MACONICA.4shared.com/ ou http://www.4shared.com/account/dir/y2qPRyGk/_online.html; pasta FOLHAS MAÇÔNICA.
4 Triângulos que têm dois lados congruentes (iguais); o lado diferente é chamado base do triângulo.Possui dois ângulos iguais associados à base.
5 A lei angular de Thales diz que a soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é 180o.
Figura 15
6 Segundo a geometria clássica, a soma dos ângulos internos de qualquer polígono convexo de n lados é dado, em graus, por
108o
.
Si  (n  2)180
o . Para o caso do pentágono (n = 5) a soma de seus ângulos internos vale 540o e porque eles são congruentes (pentágono regular) cada um mede
que mede 108o, figura 16, o ângulo não assinalado nessa figura vale 36o já que 108o – (36o+36o) = 36o.
Ainda em relação à figura 16 vemos ser isósceles o triângulo JAB, apresentando ângulos iguais aos do triângulo da figura 15, formador de cada um dos
cinco ‘braços’ do pentagrama; também é interessante observar que BI é a
bissetriz7 de um dos ângulos
da base desse triângulo - estas propriedades serão úteis no estudo mais
apurado das relações métricas
do pentagrama a serem vistas oportunamente.
Da figura 16 deslumbramos a presença do Delta Luminoso, aqui
representado pelo triângulo
ICE e imediatamente percebemos que o ângulo do ápice do Delta é de
exatamente 108o como
Aquilino
R. Leal
havíamos dito - compare esta figura com o desenho da figura 6 da primeira
parte desta
série.
O triângulo da figura 15 recebeu dos pitagóricos a designação de ‘sublime’,
também conhecido por
‘triângulo de ouro’8. É curiosa a presença de inúmeros triângulos de ouro
no desenho da figura 16,
particularmente o Delta constituído pelo triângulo de ouro BCA
(ligeiramente voltado para a
direita e semelhante ao triângulo ICE mencionado) o qual, por sua vez, é
formado por dois triângulos
de ouro que se sobrepõem (triângulos ABJ e ICB), tal superposição forma
um
outro
triângulo
Figura 16
(triângulo IJB) de ouro!
A “coincidência” de triângulos de ouro não para por aí! É imediata a
conclusão que os triângulos
isósceles que têm por base um dos lados do pentágono são também triângulos de ouro! Para a figura 16 temos os cinco triângulos ADB, BCE, CDA, DEB
e EAC.
A designação de triângulo sublime, ou triângulo de ouro, advém da razão entre suas dimensões (base e um dos lados), proporção esta que não se encontra
apenas nos triângulos, mas também nos retângulos que, ao ter seus lados em proporção obedecendo a denominada seção dourada (relacionada ao número
 - phi) goza de propriedades geométricas notáveis, fazendo com que sejam escolhidos, conscientemente ou não, nas mais diversas situações tais como em
pintura, artes aplicadas, em arquitetura, etc. Jules Bucher (ref. 2) escreve: “Podemos pensar que a seção dourada era um dos ‘segredos’ dos Franco-Maçons
construtores; a maioria das catedrais inscrevem-se num esquema de proporção dourada”. Para confirmar, invoca o escritor Matila C. Ghika que escreveu o
seguinte: “É com razão que é permitido afirmar que a geometria esotérica pitagórica foi transmitida, desde a antigüidade até o século XVII, de um lado
pelas confrarias de construtores (que, concorrentemente, transmitiram, de geração em geração, um ritual iniciático em que a geometria desempenhava um
papel preponderante) e de outro lado pela Magia, pelas rosáceas9 das catedrais e pelos pentáculos10 dos magos” - esses retângulos ‘especiais’ são
conhecidos como ‘quadrados oblongos’... Isto, porém, é tema para o futuro!
Bibliografia
1. O livro dos símbolos - Rudolf Koch - Editora Renes
2. A simbólica maçônica - Jules Boucher - Editora Pensamento
3. Dicionário de maçonaria - Joaquim Gervásio de Figueiredo - Editora Pensamento
4. Ritual do Companheiro Maçom - GLERJ - 1977
5. Ritual do Aprendiz Maçom - GLEda Guanabara - 1964
6. Signos Estelares - Linda Goodman - Editora Record
7. Geometria plana (apostila do curso Vetor) - Prof. Célio Pinto de Almeida
8. O universo dos números - Biblioteca Rosacruz (Pitágoras, Platão, Hermes Trismegistus, Fílon, Plotino, Gershom Scholem, Jacob Boehme, Francis
Bacon, Robert Fludd, John Heydon, Thomas Vaughan, Leibnitz)
9. Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira - Editora Nova Fronteira
10. Templo Maçônico e seu simbolismo - Boanerges Barbosa Castro - Editora Aurora
11. Maçonaria (Ritos, Graus e Palavras Conexas) - Sebastião Bodel dos Santos - Editora Aurora
12. Cabala (A tradição Esotérica do Ocidente) - Francisco Valdomiro Lorenz - Editora Pensamento
13. A Vida Oculta na Maçonaria - C.W. Leadbeater 33o - Editora Pensamento
"Entre tantos loucos e livres existe um que é doce e que me falta." (Alice Ruiz)
7 A bissetriz de um ângulo é a semi-reta que tem para origem o vértice do ângulo e que o divide em dois outros ângulos adjacente iguais.
s
8 Não confundir com outro “triângulo de ouro” que é o triângulo retângulo de lados 3 e 4 (hipotenusa igual a 5) também conhecido por triângulo de Pitágoras.
Neste caso, triângulo isósceles, provase que os lados iguais tem comprimento 1,618 (número phi - ) maior que o comprimento da base, por isso recebe a denominação triângulo de
ouro.
9 Ornato arquitetônico em forma de rosa; grande vitral de igreja semelhante a esse adorno.
10 Estrela de cinco pontas feita com um único traçado contínuo, formando ao centro um pentágono regular, e à qual se atribuem virtudes mágicas e talismânicas.
(artigo extraído do Informativo
Chico da Botica, edição nr. 60, pag. 3)
Nota da Redação:
Na edição anterior (nr. 622) foi publicada a primeira parte
deste artigo, com previsão de seu complemento para hoje. No
entanto, com anuência do autor, a editoria optou pela sua
publicação integral, por ser mais prático aos Irmãos, que
costumam arquivar os excelentes trabalhos do JB News.
O MAÇOM, ESSE DESCONHECIDO
Autor Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
O Homem é um ser complexo, estranho e imperfeito. As vezes se julga senhor do mundo e as
vezes em depressão, ou quando algo em sua vida não está bem se sente muito pequeno inútil e
destruído. Em seus momentos de fantasia, aspira ser poderoso, dono da verdade e, sendo que jamais
poderá vir a sê-lo.
Quer ser imortal, pois não admite a morte, mas nunca se lembra de que se perpetua através de
seus genes em seus descendentes.
É um ser gregário, aliás, condição vital para sobreviver. Desde os tempos das cavernas ele
aprendeu a viver em grupo.
É curioso. Pergunta muito, muito embora não tenha respostas para causas maiores de sua
existência. Isto lhe traz um conflito existencial muito grande. Quer conhecer a todo custo o que se
passou com as civilizações anteriores e quer entrar em contato com seres inteligentes do Universo.
Explora o Cosmo como um todo e em particularidades, explora a própria Terra, em busca de
suas raízes, suas origens, sem tê-las conseguido até a presente data.
Desconhece a razão da vida e da morte, e temeroso diante das forças telúricas e universais
passou a respeitar, venerar e até idolatrar o criador invisível de tudo. Ai reside o princípio religioso da
maioria dos Homens, mais pelo temor da grandiosidade que o cerca, que pela sua inteligência, a qual é
limitada.
É um ser vicissitudinário. Em sua mente existem milhões de fantasmas de idéias, de sonhos, de
tal forma que ele muda sempre, para uma evolução que amanhã nunca será o mesmo de hoje. Nunca
será o mesmo em todas as épocas de sua vida, embora mantenha suas características de personalidade.
Nos últimos séculos e especialmente no último, sofreu todas as influências possíveis e
imagináveis quer pela evolução do próprio pensamento humano quer pelos verdadeiros saltos
científicos dados pelas invenções e pelas tecnologias modernas. O meio intelectual e moral foi
mergulhado e envolvido por estas descobertas. No último século o desenvolvimento científico da
Humanidade foi maior que em toda a história da atual civilização e civilizações anteriores.
As descobertas científicas aconteceram e acontecem sem qualquer antevisão do futuro.
As suas consequências não previsíveis dão forma para a nossa atual civilização. Quer dizer, não
há uma programação objetiva e direta direcionada a um ponto futuro para conduzir a Humanidade. A
ciência empurra o homem. As vezes ele não sabe aonde irá parar. Os cientistas não sabem para onde
estão indo e nem aonde querem chegar. São guiados por suas descobertas, as vezes imprevistas e,
grande parte por acaso. Cada um destes cientistas representa o seu próprio pensamento estabelece suas
próprias diretrizes para si e para a sociedade, sem pensar na sociedade como um todo.
Por analogia, o mesmo caso acontece com a Internet. Não sabemos o que irá acontecer. Teremos
que “pagar” para ver.
O Homem estuda desesperadamente as leis da natureza, estas, deveriam só ter valor quando
chegassem até ele diretamente, não filtradas pelo véu intelectual repleto de costumes incorretos e
tendenciosos, chegando assim a sua mente sem preconceitos, consumismos, conformismos e distorções.
Aí ocorrem os sofismas, especialmente dirigidos por interesses financeiros manipulados por grupos
multinacionais.
O comportamento humano em função destes fatores muda verticalmente de tempos em tempos,
ao sabor de uma mídia controlada por estes grupos, que explora as invenções da maneira que mais lucro
lhes dá, dando uma direção equivocada à Humanidade em muitos setores. E esta praga ataca o Homem
na política, na religião, no comércio e em todos os segmentos da vida, e ainda no que é mais complexo,
no seu relacionamento.
O Homem é um ser emocional, agressivo, intuitivo e faz pouco uso da razão para resolver seus
problemas. Age mais pela emoção.
Konrad Lorenz, (prêmio Nobel de 1973, zoologista austríaco admite que a agressividade do
Homem seja uma herança genética de seu passado animal e que o Homem não seria fruto do meio em
que vive). As guerras para ele serão inevitáveis por maiores que sejam as conquistas sociais e
científicas da Humanidade. Apesar de ter sido combatido pela maioria dos psicólogos do mundo inteiro,
ele parece ter razão. As guerras continuam existindo e a forma de destruição do próprio Homem cada
vez mais sofisticada. A invenção mais moderna de autodestruição chama-se terrorismo.
O Homem para se organizarem criaram regras disciplinares e entre elas a Ética e a Moral, que
tanto se escreve a respeito e há autores que as consideram a mesma coisa.
Anatole France em seu livro “Os deuses têm sede”, cita que o que chamamos de Moral não
passa “de um empreendimento desesperado de nossos semelhantes contra a ordem universal, que é a
luta, a carnificina e jogo cego dos contrários”.
“A Moral varia na cronicidade das épocas, pois o que serviu para nossos pais, não serve para
nossos filhos” (Mazie Ebner Eschenbach).
A Moral seria, pois, para entendermos melhor, o estudo dos costumes da época e a Ética, a
ciência que regula as regras pertinentes.
Os Homens ditos civilizados, costumam afirmar que a Ética é um princípio sem fim.
Mas o mesmo Homem que é um ser competitivo, agressivo, emocional e que seria capaz de
destruir a si e ao mundo em determinadas situações, ele também é em outros momentos bom, caridoso,
compreensivo, leal, capaz de gestos de desprendimento em favor de seus semelhantes.
Dentro desta dualidade se procura ainda que de forma muito superficial, traçar uma pálida
silhueta do Homem, já que é impossível descrevê-lo profundamente como um todo.
Todo maçom é um Homem, pelo menos no sentido genérico e, como tal não escapa as
especificações boas ou más citadas na descrição deste perfil traçado.
A Maçonaria traz a esperança de mudar os Iniciados para melhor. Isto até chega acontecer
verdadeiramente para poucos, e estes entenderão que a Ordem é antes de tudo uma tentativa de levar os
adeptos ao seu autoconhecimento e ao estudo das causas maiores da vida e que também sua função no
mundo atual será político-social. Entenderão que a Maçonaria é para eles uma forma de evolução ética,
moral e espiritual.
Outro grupo de maçons vive nesta ilusão, mas não vai de encontro a ela. É medíocre e
conformado, aceita tudo, mas sabe muito bem a diferença. Apenas por uma questão de não duvidar,
aceitar as coisas erradas passivamente, e por preguiça mental letárgica não luta e espera que as coisas
aconteçam. Porem, a maior parte dos Maçons jamais entenderá o desiderato verdadeiro da Ordem.
Jamais entenderá esta meta, mas acreditará equivocadamente de que a está conseguindo.
A maioria dos Maçons não lêem, não estudam, criticam os que querem produzir algo de bom,
querem saber quem será o próximo venerável, e querem que a sessão termine logo, para “demolirem os
materiais” e sorverem o precioso líquido que traz eflúvios etílicos, das “pólvoras amarela e vermelha”,
nos “fundões” das lojas, onde excelentes Irmãos cozinheiros preparam iguarias divinas. Até nem
podemos condena-los, já que são Homens e como tal não são perfeitos.
Os maçons de um modo geral trazem para dentro das Lojas, todas as transformações e
influências que existem no mundo profano, e sem se aperceberem tentam impor suas verdades como se
fossem as verdades ditadas pela Ordem.
Está havendo um grande equívoco na Maçonaria atual, pois esta tem em seus princípios valores
antigos tradicionais aparentemente conservados através dos rituais, costumes escritos, constituições etc.,
que muitos Maçons têm a pretensão de está-los seguindo, sem que isto seja verdade.
O que acontece em realidade é que a maioria destes valores acaba sendo letras mortas, pois o
maçom na sua condição de Homem que recebe todas as influências citadas do mundo profano,
especialmente no terreno das comunicações, informações e do moderno relacionamento humano, traz
para o seio da Maçonaria, tudo o que ele está sofrendo e se envolvendo fora das lojas, tais como a
competitividade desleal, o consumismo exagerado, a agressividade incontida, a ganância pelo poder, a
vaidade autoidólatra, enfim uma série de situações que ele mais cedo ou mais tarde, quando fizer uma
análise de consciência, se o fizer, pois a maioria nem isso faz, ele verá que não foi bem isso que ele
pretendia da Ordem. Então vem a desilusão total, uma das causas de esvaziamento doas nossas lojas.
Fala-se em tradição na Maçonaria, mas em realidade esta foi se distorcendo aos poucos, pois os
tempos são outros e tudo muda, e as mudanças ocorrem sem se apercebê-las, pois muito embora
aparentemente ligado ao passado, o maçom vive o tumultuado mundo presente.
A Maçonaria a exemplo da nossa civilização atual foi, organizada sem o conhecimento da
verdadeira natureza do maçom. Embora feita só para maçons não esteja ajustada ao real espaço que ela
deveria ocupar.
O modernismo, como não podia deixar de ser também chegou à Ordem. Hoje, em muitas lojas
não se usam mais as velas e sim lâmpadas elétricas. Os rituais foram acrescidos de práticas que não
existiam na Maçonaria primitiva. Os templos se tornaram suntuosos, e ricas colunas os adornam.
Acabou-se a simplicidade de outrora. Apareceram cerimônias enxertadas, inventadas, rebuscadas.
Constroem-se templos para todos os lados. Um templo as vezes fica ocioso por vários dias da
semana, onde poderia ter uma loja funcionando a cada dia e os demais templos construídos com muito
sacrifício de alguns, poderiam ser uma escola, um lar de velhinhos, ou qualquer outra modalidade de
prestação de serviços enfim, uma obra que depois de construída seria doada a sociedade.
As pendengas políticas entre os lideres da Ordem, chegam a tal rivalidade que com frequência
são levadas às barras dos tribunais na justiça maçônica, quando não, até na justiça profana.
A ganância pelo poder é um fenômeno bastante frequente na mente de alguns maçons. Um
simples cargo de venerável, as vezes é disputado de forma bastante ignóbil, não maçônica, pelos
oponentes. Imaginem então, o que ocorre quando de trata de eleição para o cargo de grão-mestre?
Não se concebe e não se justifica que este poder temporal maçônico que em realidade não
significa coisa alguma em matéria do Conhecimento que a Ordem pode proporcionar, cause tanta
cobiça, tantas situações antimaçônicas, as quais observamos com frequência, sendo que a maioria dos
maçons fingem que não as estão vendo.
Sábio foi um juiz profano que não acatou uma ação de um líder maçônico contra outro, alegando
que os problemas de maçons fossem resolvidos dentro da própria Maçonaria já que a Justiça tinha
coisas mais importantes a tratar. A Maçonaria foi exposta nesta situação, ao ridículo.
Como é triste, como é doloroso, como doe no fundo da alma quando um Irmão torna-se falso,
difama, conspira e tenta destruir outro. As vezes seu próprio Padrinho é o atingido ou um Irmão que
tanto lhe queria. E isto sempre ocorre não pela Dialética que é adotada pela Maçonaria que é a arte de
poder se expressar e alguém contrariar ou contraditar uma opinião para se chegar a uma verdade, mas
tão somente por inveja doentia ou vaidade.
Porem existe o reverso desta análise. Não podemos afirmar que o maçom como o Homem em si
seja totalmente mau. Ele é dual. Foi criado assim. Ele tem o seu lado mau, mas luta desesperadamente
para ser bom, sendo que maioria das vezes não consegue. É a eterna luta do Homem. O ofendido
altruísta costuma usar a qualidade cristã do perdão e ai volta a abraçar o Irmão que lhe ofendeu. E tudo
acaba em fraternidade, as vezes sincera e as vezes falsa. “A mão que afaga é a mesma que apedreja”.
(Augusto dos Anjos)
Não podemos negar que nos causa tanta alegria, quando ficamos conhecendo um Irmão que nos
é identificado como tal, onde quer que se esteja. Especialmente longe da cidade onde moramos. E
comum este Irmão abrir seu coração, sua residência sua loja. Isto é realmente lindo na Ordem. É uma
satisfação muito grande e uma realidade inconteste.
Outra situação boa que costuma acontecer na Ordem é a hospitalidade fraterna com que somos
recebidos em outras lojas não importando a Obediência. Esta situação acontece nas lojas-base, não
havendo mais atualmente a discriminação que havia outrora determinada pelos líderes das ditas
Obediências. Foi um avanço social dentro da própria Ordem muito importante. Já não existem mais
primos, agora somos irmãos de verdade.
O dualismo no maçom continuará, ele é genético, mas a Maçonaria espera que seus adeptos
desenvolvam somente o lado bom. Sua doutrina é toda voltada para esse fim. Então, não culpemos a
Ordem, por distorções ou digressões, estas são inerentes ao maçom, ao Homem imperfeito.
Entretanto, a Ordem deveria mudar o esquema de suas sessões imediatamente. Gastamos ¾ de
uma sessão com problemas administrativos. Aí está o grande mal. É aí que reside a nossa grande falha.
Se houvesse uma sessão administrativa mensal, onde uma diretoria capaz resolvesse todos os problemas
rotineiros, e as demais sessões fossem abertas e fechadas ritualisticamente, mas sua seqüência fosse tão
somente de trabalhos apresentados, debates, instruções, doutrinação, temos certeza de que mesmo
aqueles maçons que não leem, não estudam, aprenderiam muito e tomariam gosto pela leitura, pois
seriam despertos de um sono que talvez a própria maneira atual de ser da Ordem seja responsável.
Temos acreditar no Homem, no maçom, mesmo ele não sendo um ser perfeito. Ele desde que
devidamente preparado poderá ainda a vir a ser o esteio da Humanidade. Estamos no momento mal
doutrinados.
Temos que nos rever e modernizar, o futuro já é hoje. Vivemos num mundo de informações.
Estas não podem ser sonegadas ou deixar de serem assimiladas. Já estamos ficando para trás em muitos
segmentos da sociedade. Não aguentaremos por muito tempo o modelo anacrônico que estamos
seguindo se não nos atualizarmos. Isto qualquer maçom poderá deduzir, se refletir um pouco sobre a
Ordem.
Acreditamos que a Maçonaria redespertará, e que em num futuro bem mais próximo do que
imaginamos tudo mudará para melhor. Porque, apesar de todas as influências negativas ou não ela
conservou sua essência iniciática. E este fator manterá sua unidade simbólica e espiritual perene.
Assim acreditamos...
Do Grau 4º ao 33º devem ser 30 joias, certo? Errado! Alguns Graus
têm mais de três versões diferentes. E muitas das joias têm frente e
verso! Foi necessário incluir um livro no CD para explicar, tantos e
tão interessantes são os detalhes, tanto históricos como litúrgicos.
Veja em www.artedaleitura.com.br detalhes
Rádio Sintonia 33 & JB News
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação
da Maçonaria Universal.
www.radiosintonia33.com.br
Hoje, sábado,
é dia dos versos do Ir. Adilson Zotovici,
de São Bernardo do Campo
MÃE..., SER DIVINO !
Sagrado “Ser ” gerador !
Que alimenta, ensina e protege
Sua prole com tanto amor !
Seja bom filho fiel ou herege
Na felicidade ou na dor !
Que desde cedo labuta
Vislumbrando bom amanhã
Que com desvelo refuta
Barreiras surgidas no afã...
Da sua incansável luta !
É a “ Mãe”... Ser divino !
Que com o sentimento mais puro
Vigia com fé o destino
Do passado, presente e futuro
Do filho, que, seu eterno menino !
Da SANTA MÃE DO SENHOR,
Tem nossa “Mãe” , proteção !
Com reconhecimento e fervor
Dos filhos, tem gratidão...
Com a benção do PAI CRIADOR !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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Informativo nr. 0623